A natureza, caprichosa artesã, jamais
repete um alvorecer ou um pôr de sol.
A cada amanhecer o céu se veste com
cores e tons diferentes.
Há manhãs de sol e de muita luz, que nos
convidam a despertar sorrindo.
Há manhãs cinzentas, em que nuvens escuras
e densas cobrem sem piedade os raios
dourados do sol.
Há tardes em que o poente assume cores que
nem mesmo os mais criativos pintores jamais
arriscaram usar em seus trabalhos.
Há poentes em que a garoa fina domina a paisagem,
ocultando, em meio à bruma, até mesmo as árvores
mais próximas.
Há noites sem luar, quando as sombras
invadem nosso olhar e as estrelas distantes
parecem senhoras de um brilho ainda mais
intenso.
Há dias de sol e há dias de chuva.
Nenhum minuto repete minutos anteriores.
Nenhum dia é igual a outro que já vivemos
tampouco será idêntico a algum que ainda vamos
viver.
A vida é feita de experiências únicas que,
somadas, criam o arcabouço de nossa história.
Há momentos de alegria e momentos de dor.
Há conquistas que nos felicitam.
Há perdas que nos dilaceram.
Tudo que vivemos e aprendemos integra
nossas existências e forma o ser que
somos ou que um dia seremos.
É evidente que nem todos os momentos são
fáceis.
Há dificuldades que nos parecem
intransponíveis e dores infinitas.
Nesses momentos o desalento deita sobre nós
o peso do sofrimento e da angústia.
Curvamo-nos, incapazes de olhar o horizonte, e
só vislumbramos as pedras do caminho.
Não somos capazes de perceber a luz do sol
que brilha acima das nuvens.
Tampouco notamos a beleza das flores que
emolduram a nossa estrada.
Nessas ocasiões, lembremo-nos de
contar as bênçãos recebidas.
Enumeremos as dádivas que iluminam
nossos dias.
São tantas!
O corpo físico, instrumento bendito que nos possibilita
mais essa jornada terrestre;
A família, composta por amores do passado e do
presente, oportunizando-nos reconciliação e crescimento
conjunto;
Os amigos, presenças que nos fortalecem e
animam nas mais variadas situações;
O trabalho, fonte de recursos materiais a
sustentar-nos e engrandecer-nos;
A mensagem do Cristo, guiando nossos passos
por trilhas de luz, consolando-nos sempre.
A natureza exuberante, prova inequívoca da
existência e da presença de Deus em nossos
dias.
Pense nisso!
Não deixe que as adversidades ocultem de
seus olhos as bênçãos que a vida lhe
concede.
Se a saúde lhe falta, se os amores se afastaram,
ou se os recursos materiais se mostram
escassos, não se entregue ao desespero.
São apenas dias de chuva a preceder manhãs
de sol.
São situações passageiras e necessárias para
o aprendizado do espírito.
Valorize o que de bom você já conquistou.
As verdadeiras riquezas não são consumíveis
pelo tempo, nem podem ser corroídas pela
inveja alheia.
Ao contrário, elas integram e integrarão,
para sempre, a essência de cada ser,
completando-o.
Conte as bênçãos que já lhe chegaram às mãos
e que hão de fazer eternamente parte da sua
existência imortal.
Levante os olhos, seque as lágrimas e prossiga sempre.
Autor:Texto da Equipe de Redação do Momento
Espírita.
Recebi do amigo Paulo Nunes Junior
Formatação – Ana Lucia Chiavaioli
Agosto / 2009