Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN
Palestra sobre o curso de Engenharia
Mecatrônica na UFRN
Aluno: Itanildo Augusto Sinnésio Dantas
Relatório de atividade complementar
Disciplina: Redação Técnica da Língua Portuguesa
Professora: Cellina Muniz
Natal
2010
Introdução
Este trabalho consiste em relatar uma atividade complementar realizada no dia
05 de Maio de 2011, das 15:00 às 16:00, no setor IV, da UFRN. Esta atividade
complementar trata-se de uma palestra sobre o curso de engenharia mecatrônica, cujos
palestrantes presentes eram Allysion Beserra, Diogenes Santos, Stephanie Zanini e Luís
Felipe. O público alvo da palestra eram alunos que desejavam conhecer melhor o curso
de Engenharia Mecatrônica da UFRN, e assim ajudá-los no processo de escolha do
curso que irão prestar vestibular. Ela foi apresentada em forma de slides cujo conteúdo
era tópicos, fotos e vídeos, todos relacionados ao curso.
Desenvolvimento
A atividade complementar apresentou inconvenientes no começo, como o
espaço pequeno da sala em que foi realizada e consequente superlotação (alguns tiveram
que assistir à palestra em pé) e também devido à falta de permissão de entrada para os
que chegaram atrasados.
A palestra então foi iniciada e inicialmente foram mostrados alguns dados gerais
do curso de engenharia mecatrônica da UFRN, como a quantidade de vagas, o turno em
que o curso está disponível, o perfil de um estudante desse curso e principalmente
explicado seu objetivo geral, que é formar engenheiros habilitados para projetar e
integrar sistemas. Esse curso possui dois ciclos: o primeiro ciclo de BCT (Bacharelado
em ciência e tecnologia), que têm três anos de duração, e o segundo ciclo de engenharia
mecatrônica, que apresenta duração de dois anos.
Os cursos de engenharia mecatrônica e engenharia da computação são
aparentemente muito semelhantes na visão de muitos estudantes do ensino médio, de
forma que eles muitas vezes não conseguem distinguir muito bem a diferença entre os
dois cursos. Devido a isto, foi explicada a diferença entre eles. Engenharia mecatrônica
é mais focada em automação industrial e engenharia da computação, em produção de
hardware.
Foi mostrada também uma apresentação sobre a história da engenharia
mecatrônica. Os primeiros cursos surgiram em meados da década de 80, sendo que no
Brasil surgiu no final da década de 80. É um curso muito recente, porém de importância
fundamental para os dias atuais, pois quanto mais tecnologias surgem, mais meios de
automação necessitam ser criados.
A grade curricular do curso na UFRN foi apresentada logo em seguida. No
início do primeiro ciclo, o curso oferece disciplinas que fornecem uma boa base para a
área, como cálculo, física e informática. Já no final do primeiro ciclo, são oferecidas
mais disciplinas fazem parte da área. Já o segundo ciclo do curso, que é a engenharia
mecatrônica propriamente dita, possui outras disciplinas de eletricidade, mecânica e
computação, sendo algumas delas estão selecionadas como optativas para que o
formando tenha a opção de escolher uma área que tenha mais afinidade e curse
disciplinas dessa área para aumentar o grau de conhecimento específico.
Depois, foram apresentados alguns projetos da UFRN na área da mecatrônica.
Um desses projetos foi um par de pernas mecânicas, desenvolvida por um professor,
que auxilia pessoas com dificuldades de locomoção a andar. Porém ainda está em fase
de aperfeiçoamento. Outros projetos da UFRN da área também foram mostrados, como
o robô carrinho, o robô helicóptero e o futebol de robôs (os robôs possuíam uma
aparência simples e batiam na bola para ela se movimentar), todos desenvolvidos no
DCA (Departamento de Engenharia de Computação e Automação). Todos eles foram
mostrados em pleno funcionamento através de um vídeo. O projeto que o público
visivelmente achou mais interessante foi o futebol de robôs, devido sua aparência
amigável e também aos movimentos mirabolantes e engraçados que eles executavam, o
que despertou muitas risadas ao público presente.
Os palestrantes explicaram a respeito das possíveis áreas de atuação de um
engenheiro mecatrônico. O mercado é bastante amplo, permitindo que o profissional
atue na indústria (construção de máquinas que automatizam o processo de produção de
algum determinado equipamento), petrolífera (construção de sondas), hospitais
(máquinas capazes de auxiliar o diagnóstico de uma doença, por exemplo), e até mesmo
no setor aeroespacial (construção de sondas enviadas para outros planetas), e o
entretenimento (o próprio futebol de robôs já é um exemplo)
Todos os projetos feitos pelos engenheiros mecatrônicos são extremamente
complexos. Por exemplo, os jogadores do futebol de robôs que foi apresentado apesar
de ser aparentemente simples e divertido possui uma enorme complexidade embutida
dentro deles, mas suas aparências amigáveis escondem essa complexidade. Dessa
forma, é necessária uma grande quantidade de conhecimentos em mecânica,
computação e elétrica são necessários para o desenvolvimento desses robôs. Logo após
essa explicação, foram mostrados vídeos de outros projetos de robótica feitos no
exterior. Os robôs apresentados eram ainda mais complexos que os mostrados
anteriormente. No primeiro vídeo, os robôs jogando futebol (dessa vez eles possuíam
pernas que executavam o movimento de chutar de forma mais realista), foram
apresentados também um vídeo com robôs dançando e uma luta de sumô de robôs
O mercado de trabalho no Brasil é bastante amplo (principalmente em estados
como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Manaus e a região Sudeste em geral). No Rio
Grande do Norte, a principal empresa que requisita profissionais de mecatrônica é a
Petrobrás. Algumas outras empresas também fornecem mercado para esses
profissionais. O piso salarial de um engenheiro mecatrônico também foi anunciado. O
valor é de R$ 4.590,00 e vale para qualquer engenheiro. É um salário bastante atraente,
porém houve alguns questionamentos do público em relação a esse salário, visto que a
realidade observada não é essa.
Em seguida, foi mostrado um vídeo com duração entre 05 e 10 minutos
mostrando as diversas áreas de atuação de um profissional formado em engenharia
mecatrônica. O vídeo era dividido por áreas específicas (petrolífera, industrial,
entretenimento...) de modo que para cada uma dessas áreas, foi mostrado um exemplo
de robô/máquina feito(a) com foco de aplicação na devida área. Um dos robôs
mostrados no vídeo que chamou bastante atenção foi o big dog, que é o robô
quadrúpede mais avançado do mundo. Ele possuía uma locomoção extremamente
realista, reflexos e equilíbrio muito apurados. Era capaz de se manter em pé ao ser
empurrado, por exemplo, e ainda podia se reerguer facilmente após uma queda de forma
impressionante.
Os palestrantes mostraram um robô desenvolvido na UFRN. Esse robô possuía
uma garra que detectava a presença de algum obstáculo na frente dele e caso houvesse,
a garra ia em direção ao obstáculo. Um voluntário foi escolhido para testar a invenção e,
quando sua mão foi colocada na frente do robô, ele moveu sua garra em direção à mão
do voluntário, comprovando a sua funcionalidade.
A palestra se encerrou após ser aberto um espaço para o público fazer perguntas
e tirar dúvidas em relação ao curso.
Conclusão
A atividade complementar, apesar dos inconvenientes apresentados no começo,
se desenrolou de forma satisfatória, pois houve bastante dinamismo na apresentação da
palestra por causa dos vídeos que foram mostrados. O curso de engenharia mecatrônica
sem dúvida é bastante complexo devido a sólida base teórica que é exigida para a
execução da profissão, mas ao mesmo tempo é muito interessante por causa das
possibilidades que o estudante possui durante e no final do curso.
O mercado de trabalho e o salário são satisfatórios, mas é muito importante que
o aluno estude bastante durante o curso para se tornar um bom profissional, pois nos
dias atuais é necessário não apenas conseguir o diploma, mas também demostrar que
tem capacidade de exercer a profissão com eficiência.