A PLATAFORMA MULTIMÍDIA COMO ESTRATÉGIA DE PROPAGANDA
INSTITUCIONAL: O PROJETO GPSNET.TV DA GPSNET
Orientando: Jorge Ezequiel Benites Campos
Junior
Orientador: Dr. Profº Joel Filipe Guindani
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
JORGE EZEQUIEL BENITES CAMPOS JUNIOR
A PLATAFORMA MULTIMÍDIA COMO ESTRATÉGIA DE PROPAGANDA
INSTITUCIONAL: O PROJETO GPSNET.TV DA GPSNET
São Borja
2015
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JORGE EZEQUIEL BENITES CAMPOS JUNIOR
A PLATAFORMA MULTIMÍDIA COMO ESTRATÉGIA DE PROPAGANDA
INSTITUCIONAL: O PROJETO GPSNET.TV DA GPSNET
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Relações
Públicas – Ênfase em produção cultural
da Universidade Federal do Pampa, como
requisito parcial para obtenção do Título
de Bacharel em Relações Públicas –
Ênfase em Produção Cultural.
Orientador: Prof. Dr. Joel Felipe
Guindani.
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em: 21 de janeiro de 2015.
4
AGRADECIMENTOS
Foram muitos os percalços, experiências mal sucedidas, tombos e dificuldades
adversas até chegar aqui, e não foram poucos os motivos para desistir. Em certa altura, o
desanimo apareceu, perdi a direção e lá fiquei perdido e sem ter aonde ir. Foi então que
quase sem esperança e desacreditado, apareceram os meus amigos, a família que não é de
sangue, mas que não impediu de agir fraternalmente como um irmão, primo, mãe ou pai.
Encontrei a luz, achei o caminho e segui até o final. E então percebi, através do apoio
deles, que todas as coisas que aconteceram negativamente na minha vida, foram para me
melhorar, lapidar, transformar em alguém maior, como pessoa e como profissional. Ao
longo dessa caminhada tortuosa, mas ao mesmo tempo enriquecedora, tive este imenso
apoio, e não há como mensurar em apenas com palavras o quanto me ajudou.
O meu muitíssimo obrigado, aos meus amigos Douglas Vieira, Marlon Oliveira,
Antonio Marcos, Martiele Prestes, Leonardo Campos, que de forma indireta ou direta me
direcionaram a concluir esta etapa.
Agradeço a minha família, por me dar todo o suporte que necessitei para superar
estas barreiras e aos professores do curso de Relações Públicas, em especial aos
professores e Joel Felipe Guindani, Valmor Rhoden, Carmen Abreu e Cristovão Almeida
que em todos os momentos da minha vida acadêmica construíram em mim o profissional
que eu sou hoje.
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RESUMO
O presente trabalho objetivou compreender a plataforma multimídiatica como
uma ação de comunicação institucional. Como objeto empírico, escolhemos o projeto de
construção de um canal Multimídia GPSNet TV da empresa GPSNet - Provedor de
Acesso a Rede de Comunicações LTDA que é referencial em tecnologia, situada na
cidade de São Borja, fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul. Como metodologia
utilizamos a entrevista semiestruturada com profissionais da empresa do setor de
comunicação, bem como pesquisa em documentos que nos evidenciaram a construção
deste projeto multimídia. Como objetivos específicos buscamos identificar os aspectos
que definem a ação institucional da plataforma multimídia da GPSNet; descrever o
processo de construção da GPSNet.TV e analisar se o GPSNet.TV se efetiva como projeto
de comunicação institucional multimídia. Iniciamos a construção deste trabalho
questionando se o projeto GPSNet TV se efetiva como uma ação de comunicação
institucional, ou seja, se os objetivos estratégicos foram concebidos com o viés de
promoção da imagem da empresa bem como a motivação para a criação desta plataforma
multimídia. Como resultado geral, percebemos que o GPSNet.TV é um projeto em
andamento, que ainda não atingiu o seu objetivo principal, o de oferecer a comunidade
uma plataforma para produção multimídia e ao mesmo tempo ser um potencial meio de
comunicação institucional
Palavras-chave: Plataforma multimídia; imagem institucional; comunicação
institucional; GPSNet TV; estratégias de comunicação;
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ABSTRACT
This study aimed to understand the multimedia platform as an institutional
communication action. As empirical object, choose the construction project of a
Multimedia GPSNet TV channel GPSNet Company - Access Provider to LTDA
Communications Network that is referential in technology, in the city of São Borja,
western border of the state of Rio Grande do Sul. the methodology we used semi-
structured interviews with communications industry business professionals as well as
research on documents that showed in the construction of this multimedia project. The
specific objectives we seek to identify the aspects that define the institutional action of
the multimedia platform GPSNet; describe the process of building GPSNet.TV and
analyze the GPSNet.TV be effective as a project of multimedia corporate communication.
Started the construction of this work questioning whether GPSNet TV project is effective
as an institutional communication action, that is, if the strategic objectives are designed
with the bias of the company's image promotion and the motivation for the creation of
this multimedia platform. As a result, we realize that GPSNet.TV is an ongoing project
that has not yet reached its main goal was to offer the community a platform for
multimedia production and at the same time be a potential means of corporate
communication.
Keywords: multimedia platform; institutional image; institutional communication; TV
GPSNet; communication strategies;
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LISTA DE ANEXOS
Anexo I – Termos de uso e direitos autorais - GPSNet.TV
Anexo II – Organograma da GPSNet
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
2.1 As plataformas de produção e veiculação multimídia ............................................... 13
2.2 A produção audiovisual em tempos multimídia ........................................................ 15
2.3 Um olhar histórico sobre a TV .................................................................................. 17
3 AS ESTRATÉGIAS DE AÇÕES DE PROPAGANDA INSTITUCIONAL ......... 21
3.1 A produção de estratégias de ações comunicacionais com a finalidade
institucional ..................................................................................................................... 22
3.2 A percepção positiva do público e os ganhos com imagem institucional ................. 23
4 METODOLOGIA ....................................................................................................... 26
4.1 Estudo de caso ........................................................................................................... 26
5 OBJETO DE PESQUISA: GPSNET ........................................................................ 28
5.1 História da empresa ................................................................................................... 28
5.2 A equipe de comunicação da GPSNet ....................................................................... 30
5.3 Os projetos sociais da empresa .................................................................................. 31
5.3.1 Arte no muro ........................................................................................................... 32
5.3.2 Kombi da Conectividade ........................................................................................ 32
5.3.4 TI Verde .................................................................................................................. 33
6 GPSNET TV: A PLATAFORMA MULTIMIDIA COLABORATIVA DA
GPSNET ......................................................................................................................... 34
6.1 Objetivo Geral e objetivos específicos do projeto ..................................................... 35
6.2 Seções do GPSNet TV ............................................................................................... 35
7 A ESTRATÉGIA DE AÇÃO POR TRÁS DA CRIAÇÃO DO GPSNET TV ...... 36
7.1 As possíveis contribuições de uma plataforma multimídia para a comunicação
institucional da empresa .................................................................................................. 38
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 42
ANEXOS ........................................................................................................................ 44
9
1 INTRODUÇÃO
A realização deste trabalho motivou-se a partir das diferentes ferramentas de
comunicação aprendidas e praticadas em sala de aula e, dentre esta variedade, a que mais
se destacou com a sua forma intrínseca e peculiar de planejar, quanto seu potencial
engajador foi a produção áudio e visual de conteúdos voltados para a promoção
institucional.
Em primeiro momento é preciso analisar a questão audiovisual dentro de uma
ferramenta de comunicação institucional, diante do cenário atual, é inegável que a
produção audiovisual, definitivamente, popularizou e hoje representa massivamente uma
grande fatia de consumo através dos meios de comunicação como a TV, o cinema e a
internet, existindo uma enorme diversidade de formatos e gêneros como de
entretenimento, educação, esporte, política, propaganda, etc. Diante deste cenário os
indivíduos estão cada vez mais acostumados com a linguagem audiovisual, pela forte
cultura de consumo televisivo, programas de TV sejam eles de entretenimento como o
Big Brother Brasil, The Voice Brasil e Domingão do Faustão, quanto de estilo jornalístico:
Jornal Nacional, Fantástico e Jornal Hoje, além das coberturas esportivas, como o
campeonato Brasileiro, Copa do mundo de Futebol e Olimpíadas, são programas com
picos altos de audiência, resultando em excelentes vitrines para a publicidade, seja ela
informativa, comercial ou institucional.
A Produção audiovisual de conteúdo publicitário é algo recorrente no
planejamento comunicacional da maioria das empresas, presente no contexto micro:
pequenas empresa, até as médias e grandes corporações. Porém há o fato de que o público
absorve e descarta em sua mente diversas propagandas da qual não é de seu interesse ou
não o chama atenção. Ser um diferencial neste mar de propagandas é tarefa para poucos,
e estes poucos, devem investir alto em uma produção de qualidade, quanto para contratar
os horários comerciais nas TV’s. A internet é outro meio de divulgar a propaganda
audiovisual, mas só produzir e reproduzir em diferente meio não é garantia o suficiente
para atingir o público, pois na internet há diferentes níveis e tipos de usuários e não há
garantia do perfil do público consumirá a sua produção. Esses fatores podem e já
desmotivam diversas empresas, que buscam outras soluções para atingir seu objetivo
comunicacional.
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Dentro de um contexto mercadológico, são inúmeras as ações de comunicação
que visam persuadir o público, com o objetivo de buscar uma maior aceitação destes com
os seus produtos e serviços. A produção audiovisual no que remete a uma comunicação
com fins institucionais se insere neste cenário como uma ferramenta se bem explorada de
reforço positivo da imagem.
Um plano de ação que seja eficaz e atinja os objetivos pré-estabelecidos no início
do processo é o que toda empresa idealiza, porém os por menores da produção, execução
e veiculação são vários. Neste contexto teórico situamos nosso objeto de investigação:
GPSNet.TV. Este é um projeto da empresa GPSNet - provedor de Acesso a Rede de
Comunicações LTDA, situada no município de São Borja, fronteira oeste do Estado do
RS. Após delimitarmos o objeto, elaboramos a seguinte questão: A GPSNet.tv se efetiva
como um canal institucional multimídia?
Como objetivo geral, buscamos compreender se a plataforma Multimídia se
efetiva como instrumento de propaganda institucional, a partir de um estudo de caso da
GPSNet.TV. Os objetivos específicos visam: identificar os aspectos que definem a ação
institucional da plataforma multimídia da GPSNet; descrever o processo de construção
da GPSNet.TV; analisar se o GPSNet.tv se efetiva como um canal institucional
multimídia.
Como justificativa, percebemos que ao longo dos anos, a produção de ações de
comunicação que tem por objetivo, ser institucional tem tomado uma fatia importante dos
investimentos em comunicação de uma empresa. Por definição, o termo institucional não
há um conceito claro, mas tem relação intrínseca com a instituição/empresa. A produção
da comunicação institucional está ligada às ferramentas de relações públicas com o
objetivo de estabelecer uma aceitação da instituição perante a sociedade.
Há vários motivos que levam uma empresa a optar por este tipo de comunicação,
dentre estes estão as constantes transformações sociais, a opinião pública cada vez mais
hostil perante as empresas privadas e o aumento dos movimentos sociais. Todos estes
fatores contribuem para que a empresa sinta a necessidade de justificar seu significado
social e o seu valor para a sociedade na qual está inserida.
São diversas a gama ações de comunicação que uma empresa pode criar, com
finalidade de aproximar público e empresa que se destacam pela sua qualidade e
eficiência na transmissão da mensagem, dentre esta variedade, o estudo analisará a
plataforma Multimídia GPSNet TV, com o enfoque em que estratégia comunicacional da
qual foi concebida.
11
Na fundamentação teórica seguimos a seguinte estruturação: inicialmente
abordamos sobre a comunicação multimídia e produção audiovisual para que em seguida,
conectar o conceito de comunicação institucional, pois cremos que a eficiência desta ação
não pode prescindir de um olhar em relação com as outras ações e estratégias de
comunicações. Busca-se encontrar elementos que reforcem a imagem da instituição
dentro dos objetivos intrínsecos na ação.
12
2 DA COMUNICAÇÃO DE MASSA AS TECNOLOGIAS MULTIMÍDIAS
A comunicação na forma que conhecemos hoje, interativa, interligada e incisiva,
não foi sempre assim. Foi limitada, grotesca e simplória para a complexidade da
sociedade. Ela foi se desenvolvendo e passando por diversos processos, à medida que a
sociedade se moldava e passava por transformações sociais, culturais e éticas.
Antes de abordamos questões referentes as tecnologias multimidiáticas devemos
partir de um olhar histórico, desde a comunicação realizada de modo mais simples, a
partir de tecnologia segmentadas que não tinham por objetivos atuação em rede ou ser
multimídia. Ou seja, o fenômeno contemporâneo que denominamos multimídia não está
isolado ou é simplesmente de fácil compreensão. Por isso é necessário um olhar para a
própria história da comunicação de massa, a qual consideramos parte das novas
configurações midiáticas contemporâneas (RAMOS, 2005).
Ao falar de comunicação de massa, inevitavelmente estaremos falando em teoria
hipodérmica, teoria crítica, Escola de Frankfurt, indústria cultural, espiral do silêncio e
agenda setting, difundida por diversos autores ao longo dos últimos séculos e difundida
até os dias atuais. Citamos aqui algumas das principais abordagens que estabeleceram
paradigmas importantes no campo analítico da comunicação.
A comunicação de massa ou o mass media, teoricamente, é descrita nas seguintes
teorias e hipóteses: Teoria hipodérmica, teoria crítica, espiral do silêncio e agenda setting,
abordaremos sucintamente cada uma destas. A teoria hipodérmica, também conhecida
como teoria da “seringa” compara o público como um tecido que recebe a substância, (no
caso a informação), o indivíduo é descrito como estimulo-resposta, (FERREIRA, 2001,
p. 108), os estímulos que não produzem respostas não são considerados estímulos. Os
indivíduos neste paradigma, são condicionados a reagir aos estímulos, coagidos a seguir
um comportamento, ditada pelos meios de comunicação. A partir desta teoria,
percebemos um contexto de comunicação direcionada, a partir de mídias específicas,
dotadas de uma força particular e pouco articulada.
Já na teoria crítica, o cenário comunicacional se molda em torno da razão, ela
constata que os indivíduos se caracterizam através da indústria cultural, estes por sua vez,
constituídos pelo rádio, cinema, televisão e publicidade, e é percebida como um sistema,
pelo qual seu funcionamento operativo (enredo, imagens, sons.) e também pela sua
diversidade de meios e gêneros. Assim, a comunicação também se apresenta de modo
13
especializado, ou seja, cada mídia operando de um modo e atingindo públicos massivos
(RAMOS, 1995). Os grandes conglomerados de comunicação, podemos dizer, agiam de
modo massivo, com vários meios, no entanto a comunicação não era pensada ou possível
desde um único suporte - ou como iremos enfatizar adiante -, em formato multimídia.
O agenda setting e a espiral do silêncio, em sua concepção são parecidos e
diferentes ao mesmo tempo, conforme trabalham com a perspectiva massificante sob à
égide da imposição do mass media sobre os indivíduos. A definição da informação
segundo a agenda setting é de que os temas mediáticos são ditados pelos próprios grupos
de indivíduos. Ao contrário dessa teoria, a espiral do silêncio pauta-se pelo silenciamento
dos indivíduos em objeção a opinião das massas. Esta modalidade percebia nas
tecnologias a possibilidade de condução da opinião pública, através de uma variada e
intensa veiculação de conteúdo. Como enfatizamos a partir da teoria crítica, a sociedade
ainda atuava como receptora e as formas de produção de conteúdo não dispunham de
canais de retorno ou de interação com os grandes meios de comunicação. (FERREIRA,
2001, p. 108).
Do mesmo modo, as empresas não dispunham de uma comunicação independente
dos grandes meios de comunicação. A produção de conteúdo, como a propaganda
institucional, era realizada diretamente pelas empresas de comunicação. Assim, as
empresas não dispunham de tecnologias de comunicação, permanecendo dependentes,
unicamente, desses grandes meios de comunicação.
No entanto, o cenário comunicacional contemporâneo vem alterando as
possibilidades de produção e veiculação. As mídias digitais, através das plataformas de
produção multimídia, têm alargado as probabilidades das empresas veicularem seus
conteúdos, bem como desenvolver projetos de comunicação que visem a propaganda
institucional.
2.1 As plataformas de produção e veiculação multimídia
Há várias definições e sentidos da palavra multimídia. Segundo Carvalho (2002,
p. 245)
A primeira referência ao termo multimídia surgiu em 1959, no livro
Instructional Media and Methods de Brown, Lewis e Harcleroad... Desde
então, o termo tem aparecido em expressões variadas, como apresentação
14
multimídia, espectáculo multimídia, software educativo multimídia, pacote
multimídia, sistemas multimídia, computador multimídia, entre outros.
Um exemplo melhor detalhado sobre o termo é o do autor francês Pierre Lévy
(2000), que utiliza a expressão “estratégia multimídia” para descrever a utilização de
diferentes meios de comunicação que têm uma função de complementaridade na
promoção e venda de produtos”. (Lévy, 2000, p. 68).
A definição que mais se aproxima do cenário em que o nosso objeto empírico se
encontra, é a convergência multimidiatica. Segundo Vidigal (2008, p. 27), vivenciamos
agora o que chamamos de cultura de convergência, em que os meios de comunicação
estão interligados através das plataformas multimídias, e realiza uma reflexão abrangente
sobre o termo da qual resume: “é o fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes
midiáticos, a cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e o comportamento
migratório dos públicos dos meios de comunicação”, este que procuram formar diferentes
para experimentar.
E dentro deste cenário estão as “plataformas multimídias” da qual
semelhantemente definido como o termo história multimídia: “uma combinação de texto,
imagens fotográficas, ilustrações, videoclipes, áudio e interatividade” aplicados na
construção de sites na internet, a partir de uma narrativa não-linear, de modo que a
informação em cada mídia seja complementar e não redundante. (VIDIGAL, 2011, p. 5).
O processo de construção dessas plataformas, é semelhante a qualquer outro
produto comunicacional, para que o objetivo seja atingido com sucesso, devem ser
construídas através um planejamento minucioso e detalhado, pois a mal elaboração desta,
pode ocasionar um efeito contrário, desmotivando o público que irá consumir a
ferramenta, conforme afirma Vidigal:
Mesmo com a evolução da tecnologia e um aumento considerável das
ferramentas e dos recursos digitais, se não for bem planejado, o material
multimídia pode dispersar a atenção do usuário e, até mesmo, desmotivá-lo a
navegar pelo conteúdo do site. (VIDIGAL, 2011, p.06)
Há também “sub formatos” que se constituem basicamente de uma mistura entre
um elemento midiático e outro, e que possuem características parecidas, mas que tem
como objetivo complementar a mídia tradicional, e não substitui-la, exemplos são:
hipertexto, hipervídeo; infográficos, slideshow; podcast; vídeocast; vídeo 360º, fotos
15
360º. Segundo Nora Paul (2007) pode-se dizer que a internet possui diferentes exemplos
de convergência destes elementos que se caracterizaram como uma narrativa multimídia.
Com as ferramentas tecnológicas cada vez mais acessíveis, e presente nos dias
atuais, a linha entre produtor e consumidor de mídia é frequentemente tênue, como afirma
Jenkins:
O surgimento de novas tecnologias sustenta um impulso democrático para
permitir que mais pessoas criem e circulem mídia. Às vezes a mídia é planejada
para responder aos conteúdos dos meios de massa – positiva ou negativamente
– e às vezes a criatividade alternativa chega a lugares que ninguém na indústria
da mídia poderia imaginar. (JENKINS, 2008, p. 326).
É frequente a reprodução de conteúdo feito por pessoas “comuns” no dia-a-dia,
nos canais de mídia tradicional, como TV, Rádio, jornal e revista, a mídia está cada vez
mais colaborativa, aonde a sociedade cada vez mais participa, interage, cria conteúdos,
se manifesta a favor, ou contrário. Enfim, os moldes atuais, configuram-se com um
público crítico e exigente, não mais sendo apenas influenciando pelas mídias, mas sim
influenciando e transformando estas.
Nos primórdios midiáticos, eles estavam no fim da cadeia produtiva, eram
coadjuvantes passivos do processo de comunicação e facilmente se tornavam
objeto de manipulação. Aos poucos, os consumidores passaram a adquirir
caráter crítico, ativo, criativo, produtivo e sociabilizado. No entanto, foi a partir
do surgimento da internet que eles começaram a dar fim às hierarquias e
fronteiras, que antes eram estabelecidas entre produtores e consumidores de
conteúdos e linguagens de comunicação. (MAGNONI, VIEIRA, 2013, p.103)
A mídia ciente deste novo paradigma, reconhece a atuação e influência do público
em seu próprio produtos midiáticos, e promove ações de incentivo como: enquete,
votação, reprodução de opiniões do público, apoiando a interatividade que a
instantaneidade que o mecanismo das tecnologias com acesso à internet proporciona.
2.2 A produção audiovisual em tempos multimídia
A necessidade de evidenciar o audiovisual, através deste capitulo, está nos
desafios da produção de conteúdo para uma plataforma multimídia, seja ela produzido
por um meio de comunicação tradicional, ou realizado pelo próprio indivíduo comum,
16
exemplo disto, são os constantes vídeos enviados para as TV’s, contendo o registro de
algum fato curioso do cotidiano, de algum evento fora do comum, ou até mesmo
compartilhando sua opinião a respeito do assunto proposto pelo meio. O ponto em comum
desta participação constante do público, é que o conteúdo seja bastante relevante para ser
evidenciado nestes canais de comunicação. Abordaremos então, de forma sucinta a
importância do audiovisual a partir dos desafios impostos pelas novas linguagens e
plataformas multimídia.
Atualmente, o audiovisual tem se tornado não apenas uma tecnologia de registro
ou de exibição de alguma realidade, mas, sobretudo, um novo jeito de construir e de
compreender essa própria realidade. O ditado “uma imagem vale mais que mil palavras”
nos comprova que o audiovisual ocupa um lugar de destaque no mundo tecnológico
contemporâneo.
Desde o cinema e a televisão, o audiovisual se firmou como um instrumento capaz
de assegurar as empresas, pessoas e instituições, não apenas a comunicação e a
informação, mas a construção de uma imagem positiva, de uma identidade e até mesmo
de uma memória. Pelo mesmo caminho, registrar audiovisualmente é acompanhar não
apenas a evolução tecnológica, mas, sobretudo, estar no tempo cultural contemporâneo,
que, segundo Rovida (2009), é o tempo da cultura da imagem e do visual.
A tendência de expormos em imagem tudo o que existe reforçou uma cultura
dependente do audiovisual que, como nos mostra a história, avançou do campo das
grandes corporações comerciais e midiáticas para o campo da produção individual
alternativa e coletiva, com baixo custo de produção e de exibição.
Neste cenário multimídia, outro aspecto importante é a da popularização de bens
tecnológicos, como câmeras, filmadoras, celulares. Ficou, em tese, mais fácil de produzir
conteúdo de cunho audiovisual e, em consequência deste fenômeno, a produção deste
conteúdo ficou mais barata e acessível. Em paralelo, outro meio de comunicação que se
popularizou nos últimos anos é a internet, com características de livre acesso e uma fácil
penetração ao público. Logo, a divulgação também é feita com mais facilidade e em
diversas plataformas.
A produção de um audiovisual seja ela qual for a sua finalidade, atualmente,
possui meios eficazes para posterior divulgação multimídia. As redes sociais estão cada
vez mais presentes e devem representar uma grande fatia do consumo de conteúdo digital.
Por exemplo, na era da comunicação de massa, um vídeo era realizado por uma produtora
e distribuído massificamente em forma de conteúdo televisivo ou então através dos
17
"vídeos-cassetes". Neste tempo multimídia, a produção já é realizada por diversos
sujeitos. As próprias empresas já incentivam que seus funcionários postem vídeos com
discursos favoráveis à instituição. A grande oferta de conteúdos audiovisuais tem
reconfigurado o seu próprio valor. Anteriormente, pouco se investia, pois as formas de
veiculação eram limitadas e de custo elevado. Com a chegada da internet e as novas
possibilidades de veiculação multimídia, o audiovisual se tornou um grande aliado das
empresas, sobretudo quando o assunto é a qualificação da imagem através da propaganda
institucional.
Neste tempo multimídia, identificamos que a produção audiovisual alargou seus
gêneros e formatos, e a mensagem está ligada ao público cada vez mais distinto e
segmentado. Assim, novas incertezas surgiram quando o objetivo é a escolha dos públicos
receptores. Mesmo assim, o vídeo quando bem produzido exerce um excelente papel de
sedução e fixação ao telespectador, sobretudo, a mensagem transmitida através das
imagens deve conter - desde o seus processos de pré-produção - uma singularidade em
que o receptor possa não só absorver, mas gravar em sua mente.
A medida que o telespectador interpreta uma mensagem, há uma comparação
através de significados da imagem com os seus próprios conhecimentos sobre a
mensagem. Com isso, percebemos que a produção audiovisual em tempos multimídia
requer atenção especial ao públicos receptor, que cada vez mais interage e, portanto, está
mais crítico com relação aos conteúdos que lhes chega.
Desta inevitável relação entre o audiovisual e as plataformas multimídia, surgiram
várias possibilidades de produção de conteúdo. A seguir, evidenciamos uma delas.
2.3 Um olhar histórico sobre a TV
A configuração dos meios de comunicação de massa dos dias atuais passa por
constante mudança, em especial, as mídias tradicionais, que estão cada vez mais se
reinventando para atingir o público.
Os novos sistemas de comunicação que estão emergindo não são mais
analógicos, e sim digitais, e as formas familiares dos meios de comunicação
de massa, como o rádio e a televisão, estão evoluindo para novas formas, como
o videotexto, a TV de Alta Resolução (HDTV), a World Wide Web da Internet
e a WebTV.” (RIBEIRO, COSTA, pag 3. 2010)
18
No entanto, se olharmos para trás e observarmos a história da televisão,
identificamos não uma complexidade, mas uma certa regularidade de formatos no que
tange a produção e veiculação de conteúdo, conforme já referenciamos no capítulo que
abordou a comunicação de massa. Ou seja, o modo tradicional de produzir conteúdo
televisivos se limitava à junção de áudio e imagem.
O princípio da junção “áudio-imagem” é cinematográfico. Foi ele a fonte ou a
matriz de resgate histórico e de educação política e cultural do século XIX. Derivado da
arte circense e da poesia, o primeiro cinema teve uma base de produção mais aberta e
livre de padrões. Da mesma forma, o consumo cinematográfico foi liderado pelo público
popular. Já no século seguinte, com a industrialização emergente, a produção
cinematográfica ganhou uma forma ligeira e linear, com textos elaborados e cenários
construídos, passando a ser narrativo e não apenas imagético (RAMOS, 1995). .
Para Valter Bonásio (2002), a história desse meio não possui o mesmo registro
que o primeiro cinema. A gênese da televisão ainda é um espaço pouco demarcado por
detalhes históricos, sobre o processo de produção e seus primeiros produtos. A pré-
história da televisão não foi totalmente gravada por vários fatores, dentre eles: a
impossibilidade de gravação e, posteriormente, o uso reaproveitável do filme ou dos
suportes de registros, o descarte de roteiros em papel, que foram utilizados com
frequência apenas na da década de 50.
Desde os primeiros experimentos televisivos realizados na Inglaterra, no ano de
1926, o desenvolvimento da televisão passou por algumas estruturações institucionais,
como uma indústria moldada pela política governamental e pelos investimentos de
sociedades científicas e grupos econômicos. Nesse aspecto, a tendência histórica da
televisão foi construída sob dois eixos: o controle e cerceamento do Estado e o
investimento do capital privado. Essa tendência irá se acentuar, sobretudo, a partir da
primeira guerra mundial (BONÁSIO, 2002).
No Brasil, um fato desse período é a primeira exposição de Televisão realizada no
ano de 1939. Na oportunidade, o presidente Getúlio Vargas proferiu o primeiro discurso
televisionado. Emocionado, Vargas saudou o novo invento e agradeceu à empresa norte-
americana “Telefunken” pelo patrocínio e pela sua chegada ao país.
19
A história da televisão, de acordo com Freire (2003) também pode ser identificada
como realização, ou seja, com foco na cultura e na prática profissional. Esse é o período
social das produções televisivas, que fortifica a expansão técnica e o sentido cultural da
nova tecnologia.
A televisão também se apresenta, historicamente, como representação e forma,
quer dizer, como um enquadramento estético, que toma emprestado o vocabulário da
literatura, as gestualidades do teatro e os enquadramentos do cinema. Este período
histórico é considerado, no Brasil, após o estabelecimento do meio, em meados de 1950,
especialmente após o estabelecimento da TV Tupi, de Assis Chateaubriand.
Nessa perspectiva histórica o professor Laurindo Leal, no seu livro “A melhor TV
do mundo” (1997), afirma que a televisão também pode ser vista como um fenômeno
sociocultural, interligado, também, à política e à economia. Realça-se, por conseguinte, o
caráter cultural de massa, como os demais imbricamentos com a cultura popular e com a
esfera pública.
Em 1956, o Brasil contava com 1,5 milhão de aparelhos e as transmissões eram
todas ao vivo, distribuídas em horários específicos. Adaptando programas radiofônicos,
sobretudo as radionovelas, o fazer televisivo reforça sua identidade na dramaturgia e no
entretenimento, ampliando, a partir dos anos 70, a produção de conteúdos jornalísticos,
como o Jornal Nacional, como a locação de produtos cinematográficos para o espaço
doméstico.
Assim, consolidada por uma produção de conteúdo aberta, a Televisão se legitima
como uma tecnologia doméstica; como uma técnica que transforma e produz uma nova
estética, que incide rapidamente sobre os modos de sociabilidade. Presa a moral e aos
bons costumes da elite brasileira, a produção televisa não se arriscou em mostrar mulheres
grávidas; a cena do primeiro beijo não foi registrada nem em fotos e nem em roteiro.
Importante reforçar, que essa base histórica é multifacetada por diversos aspectos
sociais, culturais, econômicos, estéticos, discursivos, editoriais e políticos, que se aliam,
contemporaneamente, com os tipos de concessões públicas - comercial, aberto, a cabo,
pública, estatal, comunitária e educativa - e com a variedade de gêneros, como o
jornalístico, educativo, cultural, prestação de serviços, entretenimento e esportivo.
Contemporaneamente, quando a possibilidade de transmissão digital entra em
cena, a televisão, figura como o meio audiovisual de grande representatividade.
20
Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 1 lançou o
Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil. A publicação revela que
a televisão constitui o principal elo entre os cidadãos e o mundo, atingindo quase 96%
dos domicílios. Seu impacto sobre a sociedade nacional é incomensurável. Dela se
apoderam os vendedores de bens e serviços, bem como os mercadores da fé e da política.
É compreensível, assim, que tenha abocanhado, em 2010, a maior parcela da verba
publicitária (62,9%).
Assim, identificamos que a TV ao longo dos anos, se transforma, a medida que a
tecnologia avança, e o perfil dos telespectadores vai se renovando, muda-se também a
forma de conteúdo produzido e a maneira de como ele será percebido pelo público. O
levantamento histórico, chegando até os dias atuais da qual possui elementos distinto de
todos os demais períodos onde a televisão até então figurou: as possibilidades de
transmissão e consumo em plataformas multimídias.
1http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_panoramadacomunicacao2010_vol3.pdf
21
3 AS ESTRATÉGIAS DE AÇÕES DE PROPAGANDA INSTITUCIONAL
No conjunto das possibilidades de produção de conteúdo a partir de plataformas
multimídias, centramos nossa reflexão no campo da propaganda institucional. A
propaganda com o objetivo institucional é uma forma de publicidade com o objetivo de
promover a empresa e não o produto dela, a fim de gerar uma imagem positiva e
influenciar seu público para obter uma maior confiabilidade, criar empatia, formar a
imagem de seriedade, etc, (GRACIOSO, 2006) a empresa tem os mais variados motivos
para utilizar-se deste recurso. Dentro de um contexto mais amplo e mercadológico, a ação
de comunicação com viés institucional, deve fazer parte de um planejamento
comunicacional, pois sozinho ele não alcançará o mesmo resultado do que ao lado de
outras ferramentas, que contemplam com o mesmo objetivo.
A propaganda institucional é um dos pilares de investimentos em comunicação de
uma empresa, dentro de um planejamento estratégico de comunicação, ela ganha destaque
à medida que consegue definir ou reposicionar melhor a imagem da mesma, que é
fundamental para o crescimento da marca e sobrevivência no mercado. Um dos principais
autores que abordam a questão da propaganda institucional é Gracioso. Ele afirma que
Como todas as formas de propaganda, a institucional tem por função influir
sobre o comportamento das pessoas, através da criação, mudança ou reforço
de imagens e atitudes mentais. Em outras palavras, a propaganda institucional
em particular, procuram informar, persuadir e predispor favoravelmente as
pessoas, em relação ao produto, serviço, marca ou instituição patrocinadora.
(GRACIOSO, 2006, p. 35)
Porém, o consumidor é bombardeado por diversas informações nos diversos
meios de comunicação da qual consomem e ganhar um lugar em sua mente é uma tarefa
de imensa dificuldade, chegando até a facilmente confundi-los. Conforme afirma
Gracioso (2006, p.33), “as empresas de vanguarda já compreenderam que a imagem das
suas marcas se confunde com a imagem institucional na mente do consumidor.” Este é
um exemplo, de um dos vários desafios que uma instituição enfrenta ao criar ações de
comunicação, intrinsicamente ligado aos resultados da qual quer se obter.
22
3.1 A produção de estratégias de ações comunicacionais com a finalidade
institucional
O processo que o consumidor vivencia é relativamente simples, são elaboradas
estratégias de comunicação com o teor persuasivo, emotivo e atrativo para que atinja o
público de forma incisiva e evidencie características positivas em alusão a marca.
Indiretamente o objetivo por trás desta ação, tem o viés mercadológico, pois, ou quer
fidelizar o público a instituição, seja ele do âmbito interno ou externo, ou quer barganhar
consumidores para adquirir determinado seu serviço, produto ou ideia. Para que a
comunicação seja clara e alcance seu objetivo esperado, é preciso aliar a mensagem com
os diversos objetivos organizacionais das instituições, incluindo sua missão, visão e
valores.
A coerência entre falar e fazer é de suma importância, pois não basta só executar
uma exuberante campanha institucional se a sua empresa não está comprometida com os
seus valores e seus públicos estratégicos. Gracioso afirma que:
Outra implicação do caráter estratégico da propaganda institucional é a
coerência que deve existir entre ações e palavras, o que dizemos e o que
fazemos, de pouco adiantaria, por exemplo, que as revendedoras de carros
lançassem uma campanha de melhoria de sua imagem pública enquanto, ao
mesmo tempo, se locupletam com ágio cobrado sobre o preço dos modelos
ditos populares (GRACIOSO, 2006, p. 116).
Outro aspecto importante da qual são utilizadas as ferramentas de propaganda
institucional é a de dissipar falsas impressões ou corrigir concepções errôneas. Um claro
exemplo é o caso da Coca-Cola e o suposto rato encontrado em uma de suas garrafas, em
setembro de 2013. Mesmo inocentada pela justiça, a empresa multinacional emitiu um
comunicado e elaborou um vídeo institucional mostrando o ambiente de suas fabricas,
bem como o processo de fabricação de seus produtos. Neste caso, a empresa se preocupou
em corrigir a percepção errônea de sua imagem, e viu no vídeo a ferramenta auxiliar para
reparar o ocorrido.
As atividades de uma empresa podem ser mal interpretadas e gerar concepções
errôneas que prejudiquem o seu conceito junto à opinião pública. Informações
23
sobre as operações da firma podem ser levadas ao público por meio de
propaganda, esclarecendo qualquer mal-entendido (PINHO, 1990 p. 84).
Para Pinho (1990), a propaganda institucional pode se dividir em 5 principais
aspectos funcionais, como: 1) a função protetora; 2) a função de identidade; 3) a função
institucional; 4) a função de serviço público; e 5) a função de estímulo à ação (ou de
iniciação). Essas funções servem para organizar categoricamente para qual cada
propaganda é funcional, importante ressaltar também, é saber para qual público a
propaganda é essencial e se estes esforços comunicacionais são necessários para alcançar
os objetivos da instituição. A propaganda com a função institucional prioriza os esforços
para promover a aceitação da empresa como uma instituição pública, com o objetivo
principal de obter um melhor relacionamento com os seus públicos e enaltecer aspectos
sociais e funcionais que a empresa possui para a sociedade que está inserida.
3.2 A percepção positiva do público e os ganhos com imagem institucional
Ao produzir conteúdo de cunho institucional, a empresa tem que estar ciente de
diversos fatores para que esta seja eficaz, tais como: seu público, as mídias que seu
público consome e o teor do conteúdo da produção institucional, tendo este que ser
adequado para o público.
A comunicação institucional tem vários instrumentos da quais a empresa pode
utilizar, em inúmeras situações e que se assemelham às ferramentas de propaganda
comercial, são elas: banners, outdoors, flyers, eventos, patrocínio, vídeo e etc. A imagem
que este público tem perante a empresa é fundamental na escolha da mensagem e
consequentemente da ação institucional.
Frequentemente a empresa opta por uma linguagem voltada aos aspectos positivos
e diferenciais de sua instituição, ou também uma mensagem voltada a sensibilização, este
com um objetivo para que o público crie uma empatia pela empresa. Como afirma França
e Leite (2007, p. 48),
[...] o objetivo é fazer com que o público se sensibilize com a
mensagem, reflita sobre ela e, aos poucos, se motive e forme sua
própria opinião em relação ao assunto, tomando, afinal, a decisão
esperada e favorável aos objetivos de uma campanha.
24
Os aspectos temporais também são levados em conta, como alguma tendência
viral ou data comemorativa da qual a empresa aproveita a sensibilidade do telespectador
e utiliza elementos em suas produções comunicacionais que se assemelham com o que
está sendo difundido no momento. São diversas as mensagens que a empresa pode passar
dentro de uma ação de comunicação institucional, a questão central que a instituição tem
que se ater, é em qual é objetivo e para qual público está sendo produzida e se a ferramenta
contempla com os resultados que a empresa quer obter. O ato de se colocar na mente do
público é uma forma eficiente para uma primeira análise, pensando em qual impressão a
empresa quer transmitir e se colocando como telespectador para verificar se os objetivos
de mensagem foram bem concebidos.
Para analisar uma mensagem, é preciso começar por nos colocarmos
deliberadamente do lado em que estamos, a saber, o lado da recepção. Tal não
invalida, evidentemente, a necessidade de estudar a história desta mensagem
(tanto do seu aparecimento como da sua recepção) (JOLY, 1994, p. 49)
A função institucional da propaganda apresentada por Gracioso (2010) nos
evidencia que a principal característica da ferramenta é a priorização dos esforços para
promover a aceitação da empresa como uma instituição pública, melhorando aspectos da
imagem social e funcional da empresa.
O posicionamento da empresa perante a comunidade, para manter um diálogo
afinco e franco, com a finalidade de promover sua imagem deve ser estrategicamente
elaborado para conseguir atingir seus objetos comunicacionais conforme afirma Rossetti
A elaboração do plano deve prever também de que forma a empresa transmitirá
seus projetos a comunidade. Aqui podem ser utilizadas diferentes ferramentas
de comunicação, como o dia de portas abertas, programa de visitas, entrevistas
coletivas com a imprensa, instalação de conselhos comunitários consultivos,
ou elaboração de um jornal direcionado à comunidade, tudo de acordo com o
grau de envolvimento das lideranças da empresa no projeto e com os recursos
financeiros disponíveis. (ROSSETI, p.256, 2007)
As missões, visões e valores da empresa devem estar alinhados com a estratégia
de ação utilizada, para que efetivamente a ação dê o retorno esperado.
25
O diálogo com a comunidade não pode ser apenas uma estratégia de marketing,
tática muito comum entre empresas que se apresentam como naturalista. Ele
devem fazer parte da cultura das empresas. Somente aquelas que têm o
relacionamento com a comunidade como um de seus valores e como parte de
sua cultura é que efetivamente conseguem um diálogo enriquecedor e
permanente com a sociedade. (ROSSETI, P.251, 2007)
O trabalho de comunicação interna também é importante para motivar os
colaboradores da empresa para que o processo de diálogo com a comunidade seja eficaz.
Assim elas poderão se constituir em agentes de transformação do comportamento dos
colaboradores diante da nova forma de atuação das empresas. (ROSSETI, 2007)
26
4 METODOLOGIA
Em um primeiro momento, o estudo focalizou no levantamento bibliográfico
sobre as definições multimidiaticas e a comunicação institucional, embora existam
poucos autores que trabalhem especificamente a abordagem da plataforma
multimidiatica, a aplicação desta metodologia se torna necessária para continuar a
investigação.
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas
já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros,
artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se
com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já
se estudou sobre o assunto. (FONSECA, 2002, p. 32)
Cremos que, para entender o contexto macro das motivações da empresa analisada
que levaram a possível utilização da ferramenta, serão utilizadas duas técnicas
metodológicas de investigação qualitativa: o estudo de caso e a entrevista
semiestruturada, com a finalidade de esclarecer a estratégia de ação adotada para a criação
do GPSNet TV.
4.1 Estudo de caso
O estudo de caso foi utilizado, pois facilita o entendimento de fenômenos sociais
complexos. Ela se aplica em diferentes áreas do conhecimento, sendo um estudo
aprofundado que busca fundamentos e explicações para determinado fato ou fenômeno
da realidade empírica.
O Estudo de caso reúne o maior número de informações detalhadas por meio
de diferentes técnicas de pesquisa, com o objetivo de apreender a totalidade de
uma situação e descrever a complexidade de um caso concreto. Através de um
mergulho profundo e exaustivo em um objeto delimitado, o estudo de caso
possibilita a penetração na realidade social, não conseguida pela análise
estatística. (GOLDENBERG, 1997, Pag. 33)
O estudo de caso considera a unidade social como um todo, reúne o maior número
de informações detalhadas por meio de diferentes técnicas de pesquisa, com o objetivo
de aprender a totalidade de uma situação e descrever a complexidade de um caso concreto.
27
O estudo de caso é portanto, uma investigação profunda da realidade, que averigua
e interpreta fatos sociais que dão contorno e conteúdo a realidade. É também uma forma
de exploração da realidade social que deve ser significativamente fundamentada para a
compreensão e explicação dessa realidade, investigar o real pela qual se coletam e se
registram dados para a posterior interpretação. Em nosso estudo o objeto empírico requer
a utilização do estudo de caso, para analisar o cenário da qual foi necessário a utilização
da plataforma multimídia como estratégia de ação para a divulgação da imagem
institucional da empresa. (GOLDENBERG, 1997)
28
5 OBJETO DE PESQUISA: GPSNET
A escolha da empresa e da sua ação de comunicação, se deu pela facilidade de
entender o seu contexto, por ser um colaborador e também pela afinidade com temática
da ação, está ligada ao audiovisual com a finalidade de promover a imagem institucional
da empresa perante a comunidade da qual está inserida
A GPSNet também possui outras ações sociais que a destaca, entre as empresas
de São Borja, como o Prêmio Arte no Muro, o TI verde, a Kombi da conectividade e o
Ponto de conectividade Livre, projetos que veremos a seguir, que reforçam a escolha da
instituição, sendo referencial no quesito projetos sociais no município. E por último, e
não menos importante, foi o fato de poder gerenciar o projeto GPSNet TV, como
assistente de comunicação da empresa.
5.1 História da empresa
A GPSNet é um Provedor de Acesso a Rede de Comunicações LTDA, atualmente
trabalha com serviços de telefonia e internet banda larga, iniciou atuação em maio de
1997, na cidade de São Borja, os serviços prestados inicialmente eram de manutenção e
suporte de equipamentos de informática, acesso à Internet, e oferta de cursos de
informática.
No ano de 2002, em parceria com outras 22 empresas do setor, fundou a SIM
Telecomunicações S.A. O empreendimento proporcionou a solidificação a sua atuação
dos seus principais produtos. Aumentando a qualidade, a partir da viabilização da
regularização institucional, no que rege a exploração dos Serviços de Comunicação
Multimídia - SCM, junto a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL.
Com o passar dos anos a GPSNet redirecionou sua atuação dando ênfase a
Serviços de internet, transmissão e gerenciamento de dados e solução multimídia.
Com sua visão em ser referencial de credibilidade como provedor de acesso,
promove diversos projetos para consolidar a sua atividade em São Borja,
sempre seguindo seus valores primordiais de conduta profissional séria,
transparência nas atividades e de forma sustentável.2
2 Disponível em: <http://www.gpsnet.com.br/sites.php?siteid=17>
29
A seguir um quadro com o histórico cronológico da empresa GPSNet
1997 Em maio, a GPSNet inicia as operações como Provedor de Acesso à Internet
na modalidade discada (dial-up) na cidade de São Borja, Rio Grande do Sul.
1998 É apresentada a divisão de treinamentos GPSNet Escola Aberta, ofertando
cursos de informática e profissionalizantes em São Borja e Itaqui.
1999 Com a aquisição dos provedores Itaquinet e Alenet, iniciam-se as operações de
Internet local nas cidades de Itaqui e Alegrete.
2000 A divisão de treinamentos GPSNet Escola Aberta, juntamente com a
Universidade de Brasília, apresenta o primeiro curso Tecnólogo em
Informática à Distância do Brasil já com reconhecimento pelo MEC.
2001 A GPSNet soma mais de 2 mil acessos discados ativos em municípios da
Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Em São Borja são iniciadas as primeiras
conexões de Internet Banda Larga via rádio, voltado exclusivamente ao
mercado empresarial.
2002 Iniciou operações de Internet na região central do estado. Somado a aquisição
do provedor Quarta Colônia, abrangendo 14 municípios em torno da cidade de
Santa Maria.
2003 A GPSNet, juntamente com mais 22 provedores do Rio Grande do Sul
constituem a SIM Telecomunicações S/A, com sede em Porto Alegre.
2004 Com a aquisição do Provedor Viabrazil de Santa Rosa, iniciam-se as operações
na região noroeste do estado.
2005 A aquisição do provedor SOL de Santo Ângelo transforma a GPSNet é um dos
maiores provedores de Internet do RS, com capilaridade na Fronteira Oeste,
Região Centro e Noroeste do Rio Grande do Sul.
2006 É anunciada a fusão com a Ômega Tecnologia, empresa com sede em Santa
Maria, unificando as operações e reformulando o foco dos produtos e serviços.
É iniciado o programa interno de sustentabilidade TI Verde, que armazena
materiais eletrônicos em descarte.
30
2007 A GPSNet inaugura sua sede própria e consolida-se como Provedor de Acesso
à Internet com operação na cidade de São Borja.
2008 Acontece a reestruturação do Backbone e a construção da nova Torre de
Transmissão de Internet no centro da cidade em São Borja é adquirida a carteira
do Provedor Technet em São Borja.
2009 A GPSNet investe e aumenta sua área de abrangência, levando Internet para o
interior do município de São Borja e localidades próximas.
2010
É implantada uma nova tecnologia em redes comunicação com equipamentos
da Motorola e efetivada a aquisição da carteira de clientes do provedor Fast
Systems em São Borja.
2011 Implantação do um novo Sistema de Gestão; Desenvolvimento do novo
Planejamento Estratégico; Aquisição e mudança para nova sede da empresa.
2012 Desenvolvimento dos projetos sociais como: Prêmio GPSNet de Arte no Muro
– uma parceria entre seis instituições da cidade; Kombi da Conectividade –
patrocínio a eventos da cidade; e GPSNet TV – um site de conteúdo local e
exclusivo de São Borja.
2013 Criação do projeto Ponto de Conectividade Livre – pontos de Internet gratuita
pela cidade de São Borja.
2014 Criação do projeto socioambiental TI Verde – que busca conscientizar a
comunidade a descartar corretamente equipamentos eletrônicos.
5.2 A equipe de comunicação da GPSNet
O setor de comunicação da GPSNet existe desde 2010, tendo como colaboradores,
estagiários, assessor e assistentes que exercem funções do setor como: Gerenciar os
projetos e as atividades de comunicação interna e externa da empresa. Promover uma
imagem positiva através do desenvolvimento de ações comunicacionais divulgando a
GPSNet nas diversas mídias.
31
Em dezembro de 2014, o setor possuia quatro colaboradores trabalhando no setor,
dois acadêmicos do curso de Jornalismo, Ricardo Godoy e Luthiana Soares, do segundo
e oitavo semestre respectivamente, um acadêmico do curso de Relações Públicas – Ênfase
em produção Cultural, Jorge Campos, oitavo semestre. E um bacharel em Publicidade e
Propaganda, José Willis Jardim.
O acadêmico de Jornalismo, Ricardo Godoy, é estagiário da empresa e trabalha
apenas meio período. Os outros dois colaboradores, Luthiana Soares e Jorge Campos são
assistentes de comunicação e trabalham em período integral, Willis Jardim, é o assessor
de comunicação e trabalha de forma assistencial ao setor, ou seja, não trabalha na
empresa, suas funções são coordenar e orientar as ações de comunicação, seja ela no
âmbito interno ou externo.
A GPSNet possui três canais de comunicação externa, a fan page, o site
institucional e o webmail; a fan page na rede social facebook tem como objetivo informar
o público sobre os projetos e programas da empresa, com uma linguagem leve e atraente,
são realizadas postagens quase que diariamente, e o conteúdo são referentes aos seus
projetos sociais, programas internos, novas contratações, e informações referentes ao seu
serviço.
O site institucional é o canal onde são postadas semanalmente notícias
institucionais e informações referentes aos seus serviços, há também áreas com
informações pertinentes aos projetos sociais da empresa.
No website, se encontra o terceiro canal de comunicação da empresa: O webmail,
localizado no cabeçalho, onde colaboradores e parceiros acessam diariamente. É através
deste, que a comunicação interna e externa se constitui.
E as ações de comunicação interna são: mural, boletim informativo mensal e
reuniões semanais entre todos os setores.
5.3 Os projetos sociais da empresa
Os projetos sociais gerenciados pelo setor de comunicação da GPSNet estão
dispostos da seguinte forma:
32
5.3.1 Arte no muro3
O Prêmio GPSNet de Arte no Muro propõe ações que visam à preservação do
patrimônio cultural e a limpeza visual da cidade, incentivando a criatividade de jovens
estudantes, possibilitando que estes aprimorem suas expressões artísticas.
Os aspectos contemplados pelo projeto são:
Ação Social – Promoção de um movimento que possibilita ao setor privado contribuir
diretamente na comunidade onde está inserido. Também incentiva os proprietários de
muros e fachadas sem manutenção ou pichados a transformarem esses espaços em telas
de arte, desenvolvendo a consciência e a participação dos jovens para formação de
melhores cidadãos.
Cultura/Arte – Incentivo para que professores e alunos desenvolvam ações em sala de
aula e fora dela, voltadas para a cultura artística e a prática de atividades que contribuam
para construção do conhecimento.
Integração - Integrar alunos, professores, escolas, empresas e comunidade, construindo
uma relação de cooperação, respeito e crescimento cultural, educacional, pessoal e
profissional.
5.3.2 Kombi da Conectividade4
O projeto Kombi da Conectividade pretende atender clientes e parceiros da
GPSNet de forma institucional, substituindo o patrocínio em dinheiro, através da entrega
do serviço da empresa em eventos e feiras promovidos pela comunidade. O projeto
justifica-se por promover a conectividade em locais onde não há a infraestrutura de
internet e, ainda, proporcionar ao público do evento a experimentação dos serviços e a
visibilidade da empresa junto aos seus clientes e público alvo.
3 Mais informações em: <http://www.gpsnet.com.br/sites.php?siteid=19> 4 Mais informações em: <http://www.gpsnet.com.br/sites.php?siteid=22>
33
5.3.3 Ponto de Conectividade Livre5
O projeto tem como objetivo oferecer o sinal de Internet gratuita em locais
públicos proporcionando a comunidade estar sempre conectada. Em São Borja, vários
pontos de lazer da população possuem sinal de Internet da GPSNet como: Cais do Porto,
Parque General Vargas, Parada Cultural, Estádio Vicente Goulart são Pontos de
Conectividade Livre
5.3.4 TI Verde6
O projeto TI Verde da GPSNet procura diminuir o índice de material poluente,
degradante e tóxico descartado incorretamente em São Borja, armazená-lo e depositá-lo
de maneira correta, de modo que não cause danos à natureza. O projeto trabalha em duas
frentes, a conscientização, via produção de releases para imprensa, informativos e criação
de conteúdo digital para as redes sociais, e a outra frente é o cesto de TI Verde, local onde
a população pode descartar materiais e equipamentos eletrônicos não mais utilizados, o
material do cesto, mensalmente é enviado para uma empresa, a OTser, que encaminha
para um destino correto, que em outras situações seriam jogados erroneamente no lixo
comum.
5 Mais informações em: <http://www.gpsnet.com.br/sites.php?siteid=30> Acesso em 13/01/2015 6 Mais informações em: <http://www.gpsnet.com.br/sites.php?siteid=29> Acesso em 13/01/2015
34
6 GPSNET TV: A PLATAFORMA MULTIMIDIA COLABORATIVA DA
GPSNET
O último projeto social da GPSNet veremos neste capítulo, pois trata-se do objeto
empírico analisado neste estudo e resolvemos detalha-lo de forma mais abrangente.
O GPSNet TV é um projeto em desenvolvimento, surgiu a partir da percepção da
empresa GPSNet sobre a inexistência de um veículo, na cidade de São Borja, que
proporcionasse à população informação local e diária. O portal tem como característica
principal o de ser uma plataforma multimídia que tem como objetivo reunir conteúdo
histórico e cultural, de entretenimento, informativo e jornalístico. Mas com um
diferencial, o de ser realizado pela própria comunidade.
Para isso o GPSNet TV conta com um sistema de canais, que serviriam de espaços
para a empresas, instituições, veículos de comunicação e pessoas que sirvam como fonte
de informação e que estejam aptos à produção de conteúdo para o site.
Porém, inicialmente, por ser um projeto em desenvolvimento, as produções estão
restritas ao público interno - colaboradores da GPSNet e algumas produções audiovisuais
jornalísticas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Contudo, o intuito é
abranger cada vez mais o acesso da plataforma para a comunidade.
A ação em sua estrutura inicial configura-se como um meio de comunicação em
que os usuários, sejam eles pessoas, instituições, empresas e órgãos públicos,
disponibilizam seu próprio conteúdo, através de diferentes tipos de mídia e com
determinada periodicidade. O GPSNet TV dá ao usuário a possibilidade de criação e
interação com os meios, em consequência disto dá a ferramenta a característica
colaborativa da internet, a transmite informação de uma maneira diferente dos demais
meios de comunicação tradicional, pois oferece ao próprio telespectador, produzir e
distribuir, compartilhar seu próprio conteúdo.
O usuário que queira criar um canal no GPSNet TV apenas terá que cumprir com
os termos de compromisso GPSNet TV7, não utilizando-se de conteúdo que não seja
autoral, e não infringindo alguns termos relativos ao conteúdo e postagens, estes
gerenciados pelos próprios canais, sendo de inteira responsabilidade dos mesmos. Para
7 Ver anexo I – Termos de uso e Direitos Autorais – GPSNet TV
35
fiscalizar o conteúdo postado, é analisado periodicamente o teor das publicações na
plataforma.
6.1 Objetivo Geral e objetivos específicos do projeto
Os objetivo geral do projeto é oferecer a população do município de São Borja um
meio para criar e acessar conteúdo informativos, culturais e de entretenimento; E como
específicos: Promover e fortalecer a imagem da GPSNet; Conquistar novos clientes de
acesso à internet e usuários; Estreitar laços com instituições e pessoas - setor público e
privado - referências na cidade; Prestar um serviço inovador, de relevância para a
comunidade de São Borja e ser referência como provedor de acesso a redes de
comunicação.
6.2 Seções do GPSNet TV
As seções do GPSNet TV estão dispostas da seguinte forma:
Vídeos: Na seção “Vídeos”, estarão presentes as matérias jornalísticas e também
produções de outros gêneros, voltadas ao entretenimento ou de cunho artístico e cultural;
Áudios: esse setor do site é destinado a produções musicais e conta com um acervo de
artistas da cidade. Seja ele de qualquer gênero, nativista, samba, pop ou rock. A intenção
desta seção é proporcionar, ao artista são-borjense, um espaço para a divulgação de seu
trabalho;
Imagens: É o local destinado a álbuns de fotos. É o espaço do site que tem como
objetivo mostrar São Borja através de fotografias; Nelas poderão estar imagens de eventos
da comunidade
Notícias: Seção destinada a notícias escritas. Este campo do site ainda possui
subseções, com os temas Esporte, Política, Tecnologia, Entretenimento, Geral, Rural e
Opinião. Com isso, o GPSNet TV pretende segmentar a informação e fornecer apenas
aquela com a temática que agrade ao usuário;
Streaming: Transmissão ao vivo os eventos da comunidade
36
7 A ESTRATÉGIA DE AÇÃO POR TRÁS DA CRIAÇÃO DO GPSNET TV
Para efetivar este capítulo empírico, buscou-se na metodologia da entrevista
semiestruturada, um caminho investigativo. Porém, indo além da lógica ou da obrigação
de cumprir, numericamente, as expectativas de pergunta-resposta.
A entrevista foi realizada com Willis Jardim, assessor de comunicação da
GPSNet, no dia 03 de Janeiro, de 2015. O processo de contato ao entrevistado foi
relativamente fácil, pois é constante o convívio com o assessor dentro do ambiente de
trabalho, dentro da hierarquia da empresa8, ele é quem coordena as ações de comunicação
e as direciona para a realização plena. Buscou examinar através deste instrumento
metodológico, e investigar a percepção do assessor de comunicação da empresa, sobre o
processo de gestão da plataforma GPSNet TV.
Entrevistador: Seu nome e o cargo que possui na instituição?
Entrevistado: Meu nome é Jose Willis da Silveira Jardim, me chamam de Willis.
Entrevistador: Descreva sucintamente um pouco de suas funções na empresa,
como assessor de comunicação.
Entrevistado: Aqui na GPSNet, eu sou assessor de comunicação, não trabalho
diretamente na empresa, mas trabalho diretamente para a empresa, olhando os dois
ângulos, tanto no âmbito interno, quanto externo, que é como a comunicação da GPSNet
se comporta nas diversas fases de algumas campanhas e também das ações que a GPSNet
realiza na comunidade.
Entrevistador: Willis, em sua concepção, o que é o GPSNet TV?
Entrevistado: Na minha concepção, para te dizer o que é, olhando da parte interna da
empresa, o GPSNet TV, nasceu de uma necessidade, que existe ainda, na comunidade e
também na região, de que haja um armazém, aonde os eventos, e as imagens dos eventos,
fiquem guardadas, pro resto da vida, vamos dizer assim, com base nessa demanda a
GPSNet viu que poderia criar um meio que possibilitassem que as pessoas gravassem
vídeos, e que depositassem nesse local que se chama GPSNet TV
Entrevistador: E Como era a rotina de produção, manutenção e criação de conteúdo
para o canal?
Entrevistado: A produção de conteúdo, que na verdade não é um canal único, a GPSNet
TV, é multicanal, cada pessoa que se habilitar, como canal, é livre para criar o seu vídeo
8 Ver anexo II – Organograma da Empresa GPSNet
37
e enviar o seu para o GPSNet TV, e eventualmente, a GPSNet também tem um canal,
assim como qualquer colaborador, eles podem ter um canal, se quiserem. E poderão
gravar os seus vídeos, e como autores, existe uma obrigatoriedade no GPSNet TV que os
vídeos tenham conteúdo local, eu não posso colocar um vídeo do carnaval do Rio de
Janeiro, por exemplo, se caso fosse o do canal de São Borja, ele será aceito no Canal,
então os canais são orientados, para quando eles se habilitam para ser um canal para que
os vídeos produzidos, sejam locais.
Entrevistador: E você tem ciência de quais eram os desafios dos canais para
produzir conteúdo para o GPSNet TV? Por exemplo, da própria GPSNet
Entrevistado: Da parte da GPSNet, existia, e ainda existe uma dificuldade que
são os equipamentos, que seriam materiais, porque a equipe de comunicação da GPSNet
tem condições de gravar vídeos mesmo com celulares, porque acredito que hoje em dia,
o que interessa não é qualidade do vídeo, e sim o conteúdo. Então de maneira geral, não
há uma dificuldade grande de produzir conteúdo, o que falta é tempo e disponibilidade de
pessoas para que se faça isso, inclusive, os primeiros canais que foram ativados no
GPSNet TV, eles receberam o apoio técnico do pessoal da comunicação na época da
criação do canal.
Entrevistador: Como uma ação de comunicação, que visa promover a
imagem institucional, de forma indiretamente, qual o retorno de imagem o projeto
GPSNet TV tende a dar para a GPSNet?
Entrevistado: A GPSNet é uma empresa que trabalha com tecnologia, e a
tecnologia envolve muito com a comunicação, neste aspecto comunicação é que o canal
GPSNet TV traria então uma visibilidade maior para a GPSNet.
Entrevistador: E há algo tangível, mensurável, dados que possam comprovar
que este objetivo, de trazer uma maior visibilidade para empresa está sendo
cumprido?
Entrevistado: Acredito que não seja possível mensurar este aspecto, porque o
canal, embora tenha alguns anos já de existência, (a empresa) ainda não fez um trabalho
de mensuração nestes canais e no GPSNet TV como um todo, tratando só dos canais, até
esperava-se que os canais, deslumbrassem o futuro crescente que poderiam ter, para esta
fatia que existe, aonde estes canais, possam se expor. Então a GPSNet esperava um
retorno, de que os canais, isoladamente, tentassem se auto promover, através destas
publicações de conteúdo, o que não ocorreu, e não ocorre ainda. Uma definição que
podemos dar ao GPSNet TV é que ele seja um Youtube local.
38
Entrevistador: Como uma ferramenta voltada a comunicação, o GPSNet TV
atinge seu objetivo?
Entrevistado: Acredito, que ele contribui para um posicionamento melhor da
imagem da GPSNet na comunidade da qual ela se insere, uma vez que ela está atendendo
esta demanda que existe, mas que ainda falta uma percepção melhor da população geral
ainda, que se produza e que se mantenha armazenada imagens, de hoje, para que daqui
pra frente, digamos uns 10 anos à frente, eu possa olhar para o carnaval de Rua de São
Borja, olhar para estas imagens, e de repente produzir uma pesquisas em cima dessas
imagens que existiam nessa época, e que daqui a alguns anos a gente vai sentir falta dessas
imagens, e então somente o canal GPSNet TV, que é um canal local. Então
posicionamento da imagem da GPSNet, afirma com este canal.
7.1 As possíveis contribuições de uma plataforma multimídia para a comunicação
institucional da empresa
A busca por uma maior visibilidade da imagem da empresa bem como suprir uma
demanda local, na visão da empresa, foram os dois ingredientes para a criação do GPSNet
TV, conforme afirma WILLIS "ele contribui para um posicionamento melhor da imagem
da GPSNet na comunidade da qual ela se insere, uma vez que ela está atendendo esta
demanda que existe". Conforme evidenciamos no teórico deste estudo, Gracioso (2006)
afirma que a estratégia da propaganda com o objetivo institucional é influenciar
positivamente o público perante a imagem da empresa, ou seja “informar, persuadir e
predispor favoravelmente as pessoas, em relação ao produto, serviço, marca ou instituição
patrocinadora”.
O redirecionamento das ações, bem como a manutenção do projeto passa por um
planejamento eficaz e um plano de ação comunicacional contundente, para que os
resultados sejam alcançados de forma esperada. Constata-se então a importância de um
acompanhamento constante do plano de ação do projeto, para que a ação se torne efetiva
e colabore no reforço positivo da imagem da instituição.
É necessário que os resultados do processo de avaliação sejam transformados
em informações para do plano. É graças a uma consistente interação entre
planejamento, execução e avaliação que uma empresa poderá melhorar
constantemente a sua estratégia de relação com a comunidade. ROSSETI,
2007, p. 259)
39
Na visão de WILLIS, sobre a descrição da ferramenta, é que o GPSNet.TV, possa
ser uma rede social, assim como youtube, só que com características locais,
Para Recuero (2009) Uma rede social pode ser definida como a combinação de
dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões
(interações ou laços sociais). Concluindo que a rede é uma metáfora para observar os
padrões de conexão de um grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os
diversos atores. WILLIS ainda constata que em sua percepção o público ainda não
deslumbrou todo o potencial que a ferramenta multimídia.
No discurso podemos perceber a definição clara do público alvo da ferramenta,
que é a comunidade são-borjense, tendo a plataforma sendo criada, exclusivamente para
oferecer tal público.
Identificar o público-alvo significa conhecer suas necessidades e
expectativas atuais e futuras. Isso possibilita não só criar serviços
adequados a tais necessidades. Pode-se dizer que a definição do
público-alvo é como a escolha do destino de uma viagem: enquanto não
se sabe onde se quer ir , não se sabe que mapa comprar e muito menos
que rota escolher. (SPILLER, 2004, p. 61)
Na expectativa da empresa, perante o retorno de imagem que o projeto possa
oferecer, WILLIS evidencia em seu discurso que o projeto possa dar uma maior
visibilidade para a GPSNet, novamente, trazendo à tona a necessidade de evidenciar a
imagem da GPSNet, através da ação.
Um dos argumentos frequentemente citados por WILLIS, o de afirmar a imagem
da GPSNet, através do GPSNet TV, desta forma, verificamos que o discurso está alinhado
a um dos objetivos do projeto, que é de interagir com a comunidade através da ferramenta
multimídia.
Ao estabelecer relacionamentos favoráveis, a organização, por sua vez,
pretende obter boa vontade e cooperação, conquistar credibilidade e
legitimar suas ações, gerando valor e diferenciação em um mercado
altamente competitivo, fidelizando e mantendo suas existências.
(BASEGGIO, 2012, p.17)
Por fim, a ação planejada estrategicamente com a finalidade de relacionar com a
comunidade, afim de elevar a imagem da instituição é algo intrinsicamente ligado a
necessidade de pertencimento a comunidade da qual pertence bem como a sua existência
social.
40
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa tratou de evidenciar um aspecto estratégico do projeto, como uma
ferramenta de propaganda institucional, como teorias tivemos GRACIOSO e PINHO, da
qual evidenciam que a função institucional da propaganda, serve para posicionar e
reforçar a imagem da instituição perante aos seus públicos estratégicos.
O GPSNet TV é um projeto em andamento, que ainda continua a tentar atingir o
seu objetivo principal, o de oferecer a comunidade uma plataforma para produção
multimídia. Com base na justificativa do projeto e o interesse da empresa em "ser
referencial de credibilidade como provedor de acesso a redes de comunicação" e a
presença de uma Universidade pública com currículo ligado a área de comunicação.
Entende-se que a soma desses fatores podem e devem potencializar a viabilidade do
projeto.
Ao relacionar o projeto GPSNet TV com uma ação de propaganda institucional,
podemos perceber que, ele só irá ser efetivo, à medida que consegue se caracterizar como
uma plataforma multimidiatica para seu público-alvo. Em tese, podemos categorizar o
canal, como uma plataforma multimídia, pelo o fato de ser um meio da qual qualquer
indivíduo possa postar conteúdo, seja ele, imagem, som, vídeo ou texto o define como
multimidiatico.
Em complemento para que ação se torne efetiva, acreditamos que uma
mensuração constante, e um acompanhamento detalhado do produto, devem ser
realizados, em depoimento, Willis afirma que não é realizada nenhuma analise e
mensuração se a ação está sendo aceita pelos colaboradores e comunidade. Um plano de
ação constante, dentro de um contexto macro de um planejamento de comunicação faz
necessário para a manutenção e o aprimoramento do projeto Conforme afirma ROSSETI
que uma interação entre o planejamento, execução e avaliação poderá melhorar de forma
significativa a estratégia de ação. Ou seja, para dar subsídios para que a ação contemple
seus objetivos estratégicos, é indispensável que o plano de ação seja constantemente
revisto, que o planejamento contemple os objetivos estratégicos da ação e que métricas
de comunicação possam ser aplicadas para o aprimoramento do projeto.
O projeto em sua concepção busca atender aos seus objetivos estratégicos, porém,
não de forma plena. Fatores como a constante troca de colaboradores no setor de
41
comunicação, e a falta de material técnico para fazer uma produção técnica, bem como
um planejamento com eficiência são alguns dos fatores percebidos que travaram o
aprimoramento do projeto.
Fica evidente também, a necessidade que a instituição tem em se posicionar como
uma empresa referencial em tecnologia no município de São Borja, não só através desta
ação, mas com o conjunto com as demais. Mantendo um setor especifico para planejar,
executar e gerenciar os projetos e os programas da instituição com os seus públicos
estratégicos.
42
REFERÊNCIAS
BASEGGIO, Ana Luiza, DORNELLES, Souvenir Maria Graszky (org). Relações
públicas: planejamento e comunicação. EDIPUCRS - PUC RS, 2012.
BONASIO, Valter. Televisão: Manual de Produção e Direção. Belo Horizonte:
Leitura, 2002.
COSTA, D. G. (2007). Comunicações Multimídia na Internet: da Teoria à Prática.
Rio de Janeiro: Brasport. 1 a ed.
FRANÇA, Fábio; LEITE, Gutemberg. A comunicação como estratégia de recursos
humanos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
FREIRE FILHO, Daniel. O circo eletrônico: fazendo TV no Brasil. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo (orgs.). Métodos de pesquisa,
POA: UFRGS, 2009.
GRACIOSO, Francisco. Propaganda Institucional, nova arma estratégica da empresa,
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record; 1997.
JOLY, Martine. Introdução à Análise da Imagem, Lisboa, Ed.70, 1994
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
LEAL FILHO, Laurindo Lalo. A melhor TV do mundo: o modelo britânico de
comunicação. São Paulo: Summus, 1997.
43
MAGNONI, antonio Francisco, MIRANDA, Giovani Vieira. Novas formas de
comunicação no século XXI: o fenômeno da cultura participativa, Conexão –
Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul – v. 12, n. 23, jan./jun. 2013
PINHO, José Benedito. Propaganda Institucional: Usos e funções da propaganda em
Relações Públicas. São Paulo, SP, 1990.
RAMOS, José M. Televisão, publicidade e cultura de massa. Petrópolis: vozes, 1995.
RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
RIBEIRO, Daniela Costa, COSTA, Daniel G. Multimídia e Internet: Novas
Perspectivas para Transmissões ao vivo na Televisão, Universidade Estadual de Feira
de Santana, 2009.
ROSSETTI, Gislaine. KUNSCH, Margarida Krohling, KUNSCH, Waldemar Luiz (org)
Relações Públicas Comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e
transformadora. São Paulo: Summus, 2007
ROVIDA, Mara Ferreira. A imagem complexa na “cultura visual”. Revista Eletrônica
da Pós-Graduação da Cásper Líbero, 2009.
SPILLER, Eduardo Santiago, PLÁ, Daniel, FERREIRA, João da Luz, SÁ, Patrícia Ricelli
Galante, Gestão de Serviços e Marketing Interno, Editora FGV, Rio de Janeiro - RJ.
2004
TORRES, Cláudio. Guia prático de marketing na internet para pequenas empresas.
E-book, 2010.
XAVIER, Carlos; ZUPARDO, Eveleine. Entregando o ouro para os mocinhos: o
roteiro audiovisual na comunicação das empresas. São Paulo: Zennex Publishing,
2004.
44
ANEXOS
45
ANEXO I
TERMOS DE USO E DIREITOS AUTORAIS – GPSNet TV
Ao usar os serviços e acessar os conteúdos do GPSNet TV, você está concordando
com estes termos. Nossos serviços estão em fase de desenvolvimento, portanto, os termos
abaixo estão sujeitos a modificações e alterações. Leia-os com atenção e, quando
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46
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47
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advocatícios.
50
SOBRE ESTES TERMOS
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que sejam aplicáveis aos serviços e conteúdos do GPSNet TV podem ser modificados e
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prevalecerão com relação a esse conflito.
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não criam quaisquer direitos para terceiros.
Caso você não cumpra algum ponto desses termos - e nós não tomemos
providências imediatas – não é indício de que renunciamos a quaisquer direitos, ou da
intenção e do direito de tomarmos providencias futuras.
51
ANEXO – 2
ORGANOGRAMA DA EMPRESA GPSNET