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Pico de Hubbert - Análise Morfológica aplicada à Gestão do Risco

(Abordagem Multidimensional de Problemas Complexos)

Nuno Miguel Alves de Sousa

Licenciado em Engenharia da Proteção Civil

Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal,

Setúbal, Portugal

[email protected]

Resumo

A situação traduzida pelo termo “Pico de Hubbert” - Pico do Petróleo - é

considerada como um risco colectivo com potencial sistémico de rápida

propagação de impactes a sectores vitais da sociedade contemporânea. Tal

deve-se à condição do petróleo como recurso geológico finito por

contraposição à sua condição de fonte primária de energia e à procura da

sociedade por este recurso e seus derivados. Será apresentada uma

metodologia de análise, a Análise Morfológica Geral (Multidimensional),

desenvolvida para áreas de estudo sobre acontecimentos futuros, análise de

políticas e gestão estratégica, aplicável no sector da gestão de riscos

coletivos na área da Proteção Civil.

Foi conceptualizado um estudo de caso fictício, suportado em variáveis

seleccionadas nos relatórios resposta elaborados por várias cidades mundiais

ao problema da escassez de recursos petrolíferos, de forma a ilustrar as

possibilidades oferecidas pela Análise Morfológica Geral (AMG). Em

função do número de variáveis associadas a um problema complexo

multidimensional, o cálculo combinatório resultante da sua conjugação pode

gerar um número elevado de combinações de difícil gestão sem auxílio de

uma ferramenta computacional. No âmbito do trabalho que dá suporte ao

presente resumo, foi formalizado um pedido de apoio académico pro bono à 1Swedish Morphological Society (SMS), a qual colaborou na produção de

resultados, através da utilização do software MA/CarmaTM (Computer-Aided

Resource for Morphological Analysis), desenvolvido pela Swedish

Morphological Society.

1 http://www.swemorph.com/index.html

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1 Introdução

“The emergency management community faces a future with challenges

likely to be far different from those we confront today” - Kaufman (2012). A

afirmação consta no relatório FEMA, produto da iniciativa “Strategic

Foresight Initiative” (SFI).

No trabalho desenvolvido na licenciatura de Engenharia da Proteção Civil -

Instituto Superior de Educação e Ciências, foi proposto efetuar uma

Abordagem Multidimensional de Problemas Complexos com recurso à

metodologia Análise Morfológica Geral, defendendo-se que incumbe

(também) à Proteção Civil, para além da análise dos riscos coletivos

tradicionais (naturais e tecnológicos) a análise de riscos coletivos de

natureza complexa, propondo-se a utilização do software MA/CarmaTM (Computer-Aided Resource for Morphological Analysis) como ferramenta

de construção de modelos, redução, classificação e análise de variáveis

multidimensionais de origem complexa.

Aquando da elaboração do trabalho “Pico de Hubbert - Análise Morfológica

aplicada à Gestão do Risco” a Autoridade Nacional de Proteção Civil

integrava a Comissão de Planeamento de Saúde de Emergência, resultando

uma ação limitada no estudo e planeamento de problemas complexos. Com a

publicação do Decreto-Lei n.º 126-B/2011 de 29 de Dezembro a Autoridade

Nacional de Proteção Civil viu reforçadas as suas atribuições, definindo

posteriormente o Decreto-Lei n.º 73/2012 de 26 de Março que “a ANPC tem

por missão planear, coordenar e executar a política de proteção civil,

designadamente na prevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, de

proteção e socorro de populações e de superintendência da atividade dos

bombeiros, bem como assegurar o planeamento e coordenação das

necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com

vista a fazer face a situações de crise ou de guerra.”

No decurso do novo enquadramento da Autoridade Nacional de Proteção

Civil e na ótica de que os desafios futuros apresentados à comunidade de

Gestão da Emergência serão muito diferentes dos quais se confronta

diariamente, apresentar-se-á a Análise Morfológica Geral envolta na

problemática dos problemas complexos descrita por Rittel (1973) e as suas

vantagens.

2 Problemas Complexos

A consideração do decisor político sobre quais medidas aplicar face à

incerteza inerente à garantia das disponibilidades necessárias, quais

processos implementar e que resultados atingir, concretiza-se quando um

problema possui ambiguidades (ausência de informação) com corpos

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irregulares (áreas do conhecimento) projetando tridimensionalmente

entidades (processos de decisão), que iluminadas de diferentes ângulos

(estratégias) absorvem, refletem ou refratam a luz (análise) em diferentes e

múltiplos vetores (opções) que “obrigam” o decisor a tomar a “melhor”

decisão “possível” face ao nível de incerteza e tolerabilidade social.

Rittel (1973) propôs dez critérios para os problemas complexos, que devem

ser do conhecimento do Gestor de Emergência:

- Não existe uma fórmula definitiva para um problema complexo.

- Problemas complexos não possuem regras delimitadoras.

- As soluções para problemas complexos não são verdadeiras ou falsas, são

aceitáveis ou não aceitáveis.

- Não existe um teste último e imediato para a solução derivada de um

problema complexo.

- Toda a solução para um problema complexo é uma “operação de tiro

único”. Devido à inexistência de oportunidade para aprendizagem por

tentativa-erro, toda a tentativa conta significativamente.

- Os problemas complexos não possuem um conjunto enumerável (ou uma

descrição exaustiva) de soluções, nem existe um conjunto de operações

permissíveis bem descriminadas que possam ser incorporadas no plano.

- Todo o problema complexo é essencialmente único.

- Todo o problema complexo pode ser considerado uma derivação de outro

problema.

- A verificação de uma discrepância na representação de um problema

complexo pode ser explicada de variados modos. A escolha da

justificação determina a natureza da resolução do problema

- O planeador não tem direito a errar.

3 Análise Morfológica Geral

Ritchey (2010) define a Análise Morfológica Global como um método para

estruturação e investigação do total de relações contidas num modelo

multidimensional, não quantificável, dos problemas complexos. A AMG foi

originalmente desenvolvida por Fritz Zwicky, um astrofísico e cientista

aeroespacial suíço que desenvolveu a sua atividade no Instituto de

Tecnologia da Califórnia.

Ritchey (2010) identifica o trabalho de Zwicky (1966), “Discovery,

Invention, Research through the Morphological Approach”, no qual o pai da

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descoberta da Matéria Negra presente no universo, sumariza 5 passos

iterativos do processo:

Primeiro passo: O problema, para ser resolvido, tem que ser formulado de

modo muito conciso.

e.g. – Estudar dois cenários com probabilidade elevada de

disseminação de impactes críticos a setores da sociedade devido à

escassez de oferta/fornecimento de produtos petrolíferos.

Segundo passo: Todos os parâmetros que possam ter importância para a

solução de um determinado problemas devem ser localizados e analisados.

e.g. – Situação; condições de insegurança; estratégias de redução do

risco; medidas de prevenção; medidas de preparação; medidas de

resposta e metodologia.

Terceiro passo: A caixa morfológica ou a matriz morfológica, que contém

as soluções potenciais do problema, é construída.

e.g. – Modelo Morfológico

Situation Insecurity Conditions

Risk Reduction Strategies

Prevention Measures

Preparation Measures

Response Measures

Methodology

Short Disruption Population Density Acknowledgement Urban Renovation Comunication Plan Political

Mandatory Directives

Sectorial Work Groups

Long decay of supply General Distribution

Systems Leadership Action Strategic Reserves

Community Preparedness

Activating Plan Global Task Force

Land Use Engage Communities

Local Food Sustainability

Monitoring Rationing

Fuel Supply Focus on accessibility

Forest Management Development

Cíclovia Construction

Conditioning

Fuel Demand Food security

Green Public Transport Network

Development

City Neighborhood Permaculturization

Crisis Groups

Foreign Energy

Dependence Strategic Local Business

Environment Tecnological

Inovation

Adopt Green Energy Efficient

Technologies TeleWork

Food Security

Prepare Municipal Services

Home Reserves Training Strategic Reserves

Activation

Social Support

System Demand Planning

Fleet Management Improvement

Sust. Infrastrutures Maintenance

Programs Fiscalization

Health Care

Reduce Global External Dependance

Renewable Energy Incentive

Global Resources

Access Bicicle Use Incentives

Urban Waste Management

Capacity

Develop Telework Organization

Infrastructures Maintenance

Sust. Infrastrutures Maintenance

Programs

Absence of Knowledge

New Constrution Codes

Mobility

Degrading capacity of the Security and

Emergency Services

Possible combinations

449280

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Quarto passo: Todas as soluções contidas numa caixa morfológica, são

escrutinadas em detalhe, no que respeita aos propósitos que se pretendem

atingir (ótimo; consistente não ótimo; indesejado/incompatível)

e.g. – Ver Tabela 2 ( - ; k ; X)

Quinto passo: As soluções ótimas adequadas são… selecionadas e aplicadas

na prática, desde que existam os meios necessários disponíveis. Esta redução

à prática requer, no geral, um novo estudo morfológico.

3.1 Caixa de Zwicky

Zwicky (Ritchey 2002) desenvolveu a “Caixa de Zwicky” para demonstrar as

vantagens dos campos morfológicos sobre os campos topológicos. A figura

representa uma “Caixa de Zwicky” e a respetiva representação de uma opção

(caixa azul com esfera) num campo morfológico.

Ilustração 1 - Caixa de Zwicky

O valor da esfera (opção) encontra-se na coordenada (3,2,3) podendo

representar uma opção combinatória que o investigador se propõe analisar.

Esta opção assume, num campo morfológico a representação da tabela 1.

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Campo Morfológico Tridimensional

Parâmetro x Parâmetro y Parâmetro z X1 Y1 Z1

X2 Y2 Z2

X3 Y3 Z3

X4 Y4 Z4

Tabela 1 - Campo Morfológico

No processo de análise morfológica o investigador permite-se avaliar um

conjunto de valores (condições) mudando a esfera de posição num espaço

multidimensional.

A ilustração 2 identifica uma combinação ótima (1x1; 2x1; 3x3; 2x1; 4x2;

3x3). Uma combinação possível não ótima poderia ser (1x1; 2x1; 2x1; 2x1;

3x1; 4x1).

Ilustração 2 – Combinação Ótima Possível

O exemplo morfológico (modelo α) caraterizado pela ilustração 2 é o

seguinte:

Parâmetro 1 Parâmetro 2 Parâmetro 3 Parâmetro 4

P1C1 P2C1 P3C1 P4C1

P1C2 P2C2 P3C2 P4C2

P1C3 P3C3 P4C3

P4C4

P4C5

P5C6

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3.2 Total Configurações Complexas

O total de configurações complexas (Tcc) num campo morfológico de n

parâmetros (Pn) e n condições (C1, C3, C3…Cn) para cada parâmetro é:

Tcc = P1Cn * P2Cn * P3Cn (1)

O exemplo da ilustração 2 possui um total de 144 configurações complexas:

Tcc = P1C3 * P2C2 * P3C4 * P4C6 (2)

Tcc = 3 * 2 * 4 * 6 = 144 (3)

Se no estudo estratégico o investigador decidisse por incluir dois novos

parâmetros com 5 e 7 condições respetivamente, o número de configurações

passaria para:

Tcc = 3 * 2 * 4 * 6 * 5 * 7 = 5040 combinações (4)

A rápida conclusão que podemos retirar da adição de mais dois parâmetros

(com mais doze condições) foi a de passarmos, de um campo morfológico de

144 combinações para 5040. Se porventura fosse necessário adicionar mais

um parâmetro com 4 condições, a equipa de estudo confrontar-se-ia com

20160 combinações complexas.

Parâmetro 1 Parâmetro 2 Parâmetro 3 Parâmetro 4 Parâmetro 5 Parâmetro 6

P1C1 P2C1 P3C1 P4C1 P5C1 P6C1

P1C2 P2C2 P3C2 P4C2 P5C2 P6C2

P1C3 P3C3 P4C3 P5C3 P6C3

P3C4 P4C4 P5C4 P6C4

P4C5 PSC5 P6C5

P5C6 P6C6

P6C7

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3.3 Matriz Cruzada de Verificação de Consistência

Ritchey (2010) apresenta a matriz cruzada de verificação de consistência,

comparando cada par, de cada condição, em cada parâmetro com todos as

condições de todos os parâmetros. Um bloco de parâmetros consiste em

todas as condições par-a-par entre todos os blocos, verificados de forma

cruzada como numa matriz topológica bidimensional.

P1 P2 P3

PIC

1

P1C

2

P1C

3

P2C

1

P2C

2

P3C

1

P3C

2

P3C

3

P3C

4

P2 P2C1 - - -

P2C2 - - -

P3

P3C1 - K - - K As células a cor encarnada indicam a

combinação ótima apontada na

ilustração 2

P3C2 - K K - K

P3C3 - - - - -

P3C4 - K - - K

P4

P4C1 - - - - - - - - -

P4C2 K - - K - K - - -

P4C3 X K - X K X K - K

P4C4 K - - K - K - - -

P4C5 - - - - - - - - -

P4C6 - - - - - - - - -

Tabela 2 - Matriz Cruzada de Verificação de Consistência (modelo α)

O número de blocos no interior de uma matriz cruzada de verificação de

consistência é dado pela seguinte expressão, onde N = n.º de Parâmetros:

(5)

No caso modelo α N = 4, logo:

(6)

3.4 Número de Pares MCVC

O número de pares para verificação da consistência é o número total de pares

relacionados (TPr) num modelo, e é expresso pela seguinte fórmula:

∑ ∑

(7)

No modelo α temos 4 parâmetros, logo:

∑ ∑ ∑ ∑

(8)

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TPr = [Vi1*(Vj2+Vj3+Vj4)]+[Vi2*(Vj3+Vj4)]+Vi3*(Vj4) ⇔ (9)

TPr = [3*(2+4+6)]+[2*(4+6)]+(4*6) = 36 + 20 + 24 = 80

Obteve-se, como quantitativo total para verificação cruzada de consistência

(classificação), 80 pares, um número muito distante das 5040 combinações

possíveis no modelo morfológico.

Seguidamente a equipa de análise iria proceder à classificação de relações

entre as condições segundo critérios de aceitabilidade ótima, aceitabilidade

condicionada ou não aceitabilidade.

4 Conetividade

Num modelo morfológico, a conectividade reporta-se às diferenças

endógenas das variáveis de origens, campos ou características distintas e à

forma como estas se podem interligar. A pergunta base resultante é: Como é

que cada parâmetro se relaciona com os outros parâmetros?

Ritchey (2010) argumenta que existem duas possibilidades: Ou os dois

parâmetros em estudo são ortogonais, ou seja, independentes um do outro,

ou possuem constrangimentos mútuos.

Desde que os valores sejam relacionados por consistência mútua, então

podemos afirmar que num par ortogonal Px e Py, qualquer valor de Px é

consistente com qualquer valor de Py.

Os valores ortogonais podem assumir assim a seguinte classificação:

“-“ significa que “é consistente com…” ou “pode coexistir com…”.

Se um valor ortogonal Pk, for ortogonal para com todos os outros parâmetros

do modelo morfológico, então tal significa que a sua variabilidade não tem

efeito sobre o resto do modelo. Um parâmetro assim é exógeno ao sistema.

Os pares de parâmetros são mutuamente constrangidos quando pelo menos

um par de valores (condições) de um bloco de parâmetros é inconsistente,

impossível ou inviável. “k” pode representar uma relação altamente

improvável, e “X” uma contradição extrema entre valores (condições).

Aplicando o esquema de símbolos e respetivo significado ao Modelo α

(Tabela 2) pode concluir-se o seguinte:

O valor P1C1, do parâmetro P1, é consistente com o valor P2C2, do

parâmetro P2 (ótimo).

O valor P1C2, do parâmetro P1, é altamente improvável com o valor

P3C4, do parâmetro P3 (consistente não ótimo).

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O valor P2C1, do parâmetro P1, é uma contradição extrema com o

valor P4C3, do parâmetro P3 (indesejado/incompatível).

Existem dois tipos de ligação entre parâmetros.

Ligados – quando apresentam constrangimentos mútuos entre os

valores dos parâmetros.

Não ligados – Quando os parâmetros são ortogonais

(independentes).

4.1 Coeficiente de Conetividade

O Coeficiente de conectividade ( ): O rácio entre o número de blocos de

parâmetros constrangidos (BPc) e o número total de ligações entre blocos de

parâmetros.

Do modelo α resulta:

(10)

4.2 Coeficiente de Consistência

O Coeficiente de Consistência ( ): O rácio do número de pares

constrangidos dos valores (condições) dos parâmetros da Matriz Cruzada de

Verificação de Consistência (Cx) com o número total de pares de valores da

Matriz (Ct).

(11)

4.3 Coeficiente do Espaço Solução

O Coeficiente Solução ( : O rácio entre o número de configurações

simples no espaço solução (Espsol) (topológico) com o número de

configurações simples no espaço total de configurações (morfológico).

Do modelo α resulta:

(12)

Onde,

(13)

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Aplicado ao modelo onde foram adicionados mais 2 parâmetros de 5 e 7

condições, respetivamente, obter-se-ia o seguinte:

(14)

Da constatação dos dois espaços solução intui-se que quanto maior e mais

complexo for o sistema maior é a redução do espaço solução.

5 Pico de Hubbert (Oil Peak)

O conceito associado ao Pico de Hubbert sustenta-se em três enunciados de

senso-comum:

A produção inicia-se do ponto 0;

A produção aumenta até atingir um ponto que não pode ser

ultrapassado (pico);

Passado o pico, a produção entra em declínio até à depleção do

recurso.

A consciencialização da depleção dos recursos energéticos não renováveis,

com especial enfoque na escassez dos produtos petrolíferos primários e seus

derivados suscita uma questão: Existirá potencial para afetação de sectores

críticos da sociedade em derivação da situação do pico de produção?

O relatório da International Energy Agency “Oil & Gas Security –

Emergency Response of IEA Countries – Portugal” (2011) revela que

Portugal é 99,9% (2010) dependente da importação de petróleo.

PORTUGAL

Key Oil Data

1985 1990 1995 2000 2005 2008 2009 2010

Production (kb/d) - - - - - 0.8 0.8 0.3

Demand (kb/d) 179.9 251.0 290.3 332.7 336.9 288.9 270.6 271.7

Motor gasoline 19.8 31.7 43.8 49.0 41.9 34.4 34.2 32.5

Gas/diesel oil 41.2 54.2 66.8 101.2 115.0 111.2 112.9 114.2

Residual fuel oil 63.8 79.1 82.3 68.9 63.7 40.7 31.7 26.9

Others 55.1 85.9 97.5 113.6 116.3 102.6 91.9 98.1

Net imports (kb/d) 179.9 251.0 290.3 332.7 336.9 288.1 269.8 271.4

Import dependency 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 99.7% 99.7% 99.9%

Refining capacity (kb/d) 290 313 304 304 304 304 304 310

Oil in TPES 75.7% 63.9% 65.6% 60.6% 58.6% 52.9% 49.5% -

Source: International Energy Agency

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Um exemplo é o setor dos transportes em Portugal que consome 50% dos

produtos petrolíferos importados, permitindo a mobilidade de pessoas, a

distribuição e logística de matérias-primas, produtos intermédios e produtos

acabados, com potenciação do desenvolvimento económico, contudo este

setor é extremamente vulnerável a variações de preço dos combustíveis,

conforme ficou demonstrado na greve dos camionistas do ano de 2008.

Com consciência dos desafios que se colocam após a publicação de vários

relatórios de referência dedicados ao tema “Oil Peak”, diversas cidades

mundiais, decidiram de modo unilateral, proceder à constituição de grupos

de trabalho para análise da problemática da exaustão do petróleo

convencional e quais os riscos coletivos associados, com potencial de

transferência de impactes para a gestão dos territórios, sustentabilidade e

segurança das populações, procedendo à identificação de setores

considerados críticos. As cidades de Bristol (Reino Unido - 2009), San

Francisco (Estados Unidos da América - 2009), Dunedin (Nova Zelândia -

2010), Maribyrnong (Austrália - 2009), Portland (Estados Unidos da

América - 2007), Brisbane (Austrália – 2007), Bloomington (Estados Unidos

da América – 2009), Oakland (Estados Unidos da América - 2008),

Warwickshire (Reino Unido - 2010), Bellingham and Whatcom (Estados

Unidos da América – 2009) analisaram os seguintes sectores estratégicos

(agregação dos sectores parcelares escolhidos por cada cidade):

aeroporto, agricultura, água, alimentação, ambiente económico,

apoio social, atividades locais e regionais, bombeiros, cadeia de

distribuição, coesão social, comércio e negócios, comunicação e

educação, construção, cuidados de saúde, cuidados materno-infantis,

custo de deslocação do pessoal, distribuição de água, diversificação

e conservação dos recursos naturais, economia, edifícios, edifícios

municipais, emergências e eventos não esperados, energia, entrega

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alimentar, estradas, floresta, frota, funções sociais, gestão de frotas,

gestão de resíduos, habitação, indústria, infraestruturas investigação,

liderança e parcerias, manutenção de edifícios, manutenção de

estradas, operações de transportes, orçamento, planeamento,

planeamento de emergência, planeamento estratégico, polícia,

população, preparação e educação comunitária, preparação para a

mudança, processo de decisão, proteção de populações vulneráveis,

reciclagem, redes e serviços informáticos, resíduos, resíduos

urbanos, saúde.

A afetação dos setores prioritários da economia e a diminuição da

capacidade de satisfação das necessidades fundamentais configura uma

situação de crise.

6 Crise

O Decreto-Lei n.º 114/2001, de 7 de Abril, define que “a previsão de

circunstâncias que possam provocar, com elevada probabilidade”,

“dificuldades no aprovisionamento ou na distribuição de energia que tornem

necessária a aplicação de medidas excecionais destinadas a garantir os

abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado

e dos setores prioritários da economia e à satisfação das necessidades

fundamentais da população”, “é equiparada a uma situação de crise”.

A manutenção dos preços atuais entre $100 - $120 por barril (ICE BRENT),

por um período superior a um ano, poderá indicar que se atingiu um patamar

crítico, tornando necessária a adoção de medidas excecionais.

17-02-2012; 119,6

16-02-2011; 103,8

0

20

40

60

80

100

120

140

07-0

1-20

11

26-0

2-20

11

17-0

4-20

11

06-0

6-20

11

26-0

7-20

11

14-0

9-20

11

03-1

1-20

11

23-1

2-20

11

11-0

2-20

12

01-0

4-20

12

Ice Brent

http://www.livecharts.co.uk/futures_commodities/brent_oil_prices_historical.php

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7 Modelação da AMG (MA/CarmaTM)

Modelo Morfológico

Situation Insecurity Conditions Risk Reduction

Strategies Prevention Measures

Preparation Measures

Response Measures

Methodology

Short Disruption Population Density Acknowledgement Urban Renovation Comunication Plan Political

Mandatory Directives

Sectorial Work Groups

Long decay of supply General Distribution

Systems Leadership Action Strategic Reserves

Community Preparedness

Activating Plan Global Task Force

Land Use Engage Communities

Local Food Sustainability

Monitoring Rationing

Fuel Supply Focus on accessibility

Forest Management Development

Cíclovia Construction

Conditioning

Fuel Demand Food security

Green Public Transport Network

Development

City Neighborhood Permaculturization

Crisis Groups

Foreign Energy

Dependence Strategic Local Business

Environment Tecnological

Inovation

Adopt Green Energy Efficient

Technologies TeleWork

Food Security

Prepare Municipal Services

Home Reserves Training Strategic Reserves

Activation

Social Support

System Demand Planning

Fleet Management Improvement

Sustainable Infrastrutures Maintenance

Programs

Fiscalization

Health Care

Reduce Global External Dependance

Renewable Energy Incentive

Global Resources

Access Bicicle Use Incentives

Urban Waste Management

Capacity

Develop Telework Organization

Infrastructures Maintenance

Sustainable Infrastrutures Maintenance

Programs

Absence of Knowledge

New Constrution Codes

Mobility

Degrading capacity of the Security and

Emergency Services

Total de Configurações Complexas

(Tcc) = 2*15*9*13*8*8*2= 449.280 combinações

Total de Pares Relacionados

(TPr) = [2*(15+9+13+8+8+2)] + [15*(9+13+8+8+2)] + [9*(13+8+8+2)] +

[13*(8+8+2)] + [8*(8+2)] + (8*2) = 110 + 600 + 279 + 234 + 80 + 16 =

1319 combinações.

De 100 % de combinações possíveis (449.280), no campo morfológico

multidimensional, a equipa classificará 0,29% (1319) de combinações

topológicas bidimensionais, reduzindo 99,71% de combinações

multidimensionais das 449.280 possíveis.

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Após classificação (matriz cruzada de verificação de consistência) das 1319

combinações possíveis o software MA/CarmaTM computou a matriz com 975

resultados ótimos e 12526 resultados consistentes não óptimos.

O software permite, após computação, efetuar um “play” no ecrãn “D”

(display), fornecendo à equipa de análise estratégica e ao decisor uma

ferramenta intuitiva onde este pode selecionar os inputs (encarnado) com

obtenção dos outputs (combinações ótimas ou consistentes não ótimas).

No exemplo supra, a equipa seleciona os inputs “decaimento gradual da

oferta” com a metodologia de “trabalho por grupos setoriais”, analisando

um output (combinação ótima) de 122 possíveis: condições de insegurança -

uso do solo; estratégia de redução do risco - conhecimento; medidas de

prevenção - renovação urbana; medidas de preparação - permaculturização

periurbana; medida de resposta - fiscalização.

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8 Conclusão

“The emergency management community faces a future with challenges

likely to be far different from those we confront today” - Kaufman (2012).

Com a publicação do Decreto-Lei n.º 73/2012 de 26 de Março, a ANPC

confronta-se com o desafio de “assegurar o planeamento e coordenação das

necessidades nacionais na área do planeamento civil de emergência com

vista a fazer face a situações de crise ou de guerra”, prosseguindo atribuições

para assegurar atividades de planeamento, definição de políticas, elaboração

de diretrizes, estudos e planos, garantindo a articulação dos serviços públicos

ou privados para garantia da continuidade da ação governativa, a proteção

das populações e a salvaguarda do património nacional, no âmbito da

previsão e gestão de risco e planeamento civil de emergência.

O risco pode ser definido como 2“o efeito da incerteza sobre os objetivos”.

Os efeitos podem ser benéficos ou prejudiciais, contudo estão associados à

probabilidade da sua ocorrência e à magnitude dos seus impactos, ambos

(probabilidade, magnitude e tipo de impacto) se podem caraterizar pela

incerteza introduzida pela escassez de informação relacionada com a

compreensão ou conhecimento do evento, suas consequências ou

probabilidade. Reconhecendo-se no caso em estudo (Pico de Hubbert), a

escassez de informação como variável determinante em relação à modelação

do futuro (cenários), a Análise Morfológica Geral oferece um quadro

conceptual estruturado e sequencial de modelação e análise de cenários

complexos, sendo especialmente recomendada para desenvolvimento de

cenários e mapeamento de alternativas futuras.

O método (AMG) permite ao decisor (equipa) construir modelos

morfológicos, com identificação dos parâmetros e condições internas

relevantes, que são classificados em função da sua consistência interna na

Matriz Cruzada de Verificação de Consistência, com redução significativa

das combinações possíveis de análise, poupando recursos valiosos ao nível

dos custos associados à constituição e manutenção do grupo e tempo de

trabalho, permitindo, com a aplicação do software MA/CarmaTM

, a

construção de modelos associados a qualquer tema de estudo no âmbito da

previsão e gestão do risco (incêndios florestais, alterações climáticas,

sismologia, tsunamis, acidentes com matérias perigosas, infraestruturas

críticas, reservas estratégicas, “war games”, etc.).

À equipa de trabalho e análise multidisciplinar é permitido, após construção

do modelo e consequente classificação de consistência, a computação dos

resultados com indicação do número de combinações ótimas e consistentes

2 ISO/FDIS 31000:2009(E). Risk management - Principles and guidelines (Final Draft).

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não ótimas, facilitando através de um layout gráfico intuitivo, com “display”

das combinações computadas para seleção de “inputs” e visualização de

“outputs”, um jogo interativo de discussão e análise de resultados entre os

membros do grupo de trabalho.

O novo conceito estratégico da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico

Norte) reconhece, no capítulo de caraterização do ambiente de segurança

(pág. 12), que todos os países (OTAN) se encontram dependentes de vias de

trânsito, comunicação e transportes sobre as quais o comércio internacional,

a segurança energética e a prosperidade dependem, requerendo maiores

esforços internacionais para garantir a sua resiliência em caso de ataque ou

disrupção. Afirma ainda que alguns países ficarão mais dependentes de

fornecedores internacionais de energia e, em alguns casos, de fornecedores e

redes de distribuição para a satisfação das suas necessidades. A necessidade

de satisfação da procura mundial obriga a uma maior partilha e transporte

dos recursos através do globo, aumentando o nível de exposição à disrupção

no fornecimento de energia.

Como medida de defesa e dissuasão (pág. 17), entre outras, a OTAN, define

como objetivo o “desenvolvimento da capacidade de contribuição para a

segurança energética, incluído a proteção de infraestruturas críticas no setor

da energia, em cooperação (…) na base de avaliações estratégicas e

planeamento de contingência.”

Este receio expresso no conceito estratégico da OTAN encontra eco no

relatório do World Economic Forum, “Global Risks 2012 – Seventh Edition

– An Iniciative of the Risk Response Network”; no qual são identificados

cenários de evolução dos riscos em termos de probabilidade e impacto. Em

5.º lugar verificamos o posicionamento da volatilidade extrema dos preços

no setor da energia, concretizando uma vez mais o potencial para a disrupção

no fornecimento de energia.

A acontecer este cenário, a ANPC, no conjunto das suas novas atribuições

deverá considerar que a escassez gradual ou repentina no fornecimento de

energia traduzir-se-á em problemas reais, com imperatividade de estudos

estratégicos atempados que permitam aos decisores políticos a nível

Nacional, Regional e Local planearem e construírem um período de

transição, em conjunto com a comunidade, que permita a adaptação da

população a uma sociedade com menores recursos energéticos disponíveis,

inibindo a sua mobilidade urbana e metropolitana, o acesso a bens de

consumo e investimento, constrangimentos na gestão e logística dos

transportes, nas distribuição de bens essenciais, redução da atividade

económica e a sustentabilidade orçamental para investimento em

infraestruturas de apoio social, de distribuição de água, de saneamento, de

asfaltamento, de saúde, de segurança, justiça, defesa, etc… Em suma,

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configurando-se uma situação de crise, que pode e deve ser objeto de

planeamento estratégico atempado para aumento da resiliência das

populações, apresentando-se como instrumento, a Análise Morfológica Geral

com recurso ao software MA/CarmaTM

, desenvolvido pela Swedish

Morphological Society.

9 Referências

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Decreto-Lei n.º 73/2012 de 26 de Março [Orgânica da Autoridade Nacional

de Proteção Civil (ANPC), fixando as suas atribuições em matéria de

planeamento civil de emergência].

Decreto-Lei n.º 126-B/2011, de 29 de Dezembro (Aprova a Lei Orgânica do

Ministério da Administração Interna).

Lei n.º 27/2006 de 3 de Julho (Aprova a Lei de Bases da Proteção Civil).

Lei n.º 65/2007 de 12 de Novembro [Define o enquadramento institucional e

operacional da proteção civil no âmbito municipal (…)].

Decreto-Lei n.º 75/2007 de 29 de Março (Aprova a orgânica da Autoridade

Nacional de Proteção Civil).

Decreto-Lei n.º 114/2001, de 7 de Abril (Disposições relativas à definição de

crise energética, à sua declaração e às medidas de carácter excecional a

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Artigo publicado no livro da conferência “4.º Encontro Nacional de Riscos,

Segurança e Fiabilidade (2012) – Secção Portuguesa da Associação Europeia

de Segurança e Fiabilidade (ESRA)”

Título:

"Pico de Hubbert - Análise Morfológica Aplicada à Gestão do Risco -

(Abordagem Multidimensional de Problemas Complexos). Riscos,

Segurança e Sustentabilidade”, volume 2, C. Guedes Soares, A.P. Teixeira,

C. Jacinto (Eds.), Edições Salamandra, Lisboa, 2012, pp 683-702.


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