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MonitorFINANCEIRO

Monitor Mercantil Sexta, sábado e segunda-feira, 25, 26 e 28 de março de 2016

ACIONISTA ESTÁ SATISFEITA COM EVOLUÇÃO DA OPERADORA

Oi espera resolução sobre regulação do setor e troca de multas no 1º semestreEmpresa afetada pelas despesas em meio

à deterioração das condições dos mercados

A operadora de telecomuni-cações Oi espera que a revi-são do governo no modelo deconcessão de telefonia fixa nopaís seja definida no primeirosemestre deste ano, assimcomo o julgamento de acordopara a empresa trocar multasde cerca de R$ 1,2 bilhão porinvestimentos.

Segundo o presidente da Oi,Bayard Gontijo, a companhiaobteve na Agência Nacionalde Telecomunicações (Ana-tel) três votos de cinco em seufavor com relação ao Termode Ajustamento de Conduta(TAC) para o acordo. O as-sunto segue para análise doTribunal de Contas da União.Depois do aval do TCU a ope-radora e a Anatel têm 30 diaspara assinar o Termo.

“Estamos confiantes de queseguiremos adiante”, afirmouGontijo a analistas em telecon-ferência.

Os TACs como o da Oi per-mitem às operadoras trocarmultas da agência por investi-mentos em projetos de inte-resse público no setor de tele-comunicações.

Quanto à reestruturação dadívida, a Oi apenas disse que oPJT Partners está atuando na

avaliação das alternativas es-tratégicas e que manterá omercado informado. Confor-me a empresa, a dívida bruta éde R$ 54,98 bilhões e a líquida,de R$ 38,1 bilhões, pois o caixada companhia conta com R$16, 8 bilhões. Este ano preci-sam ser amortizados R$ 13, 1bilhões; em 2017, R$ 9 bilhões;e em R$ 2018 R$ 7 bilhões. Amaturidade média da dívida éde 3,5 anos.

Segundo a Oi, algumas li-nhas de crédito não estão maisdisponíveis. Atualmente, elaconta com duas linhas disponí-veis: CDB de R$ 2,2 bilhões eBNB de R$ 371 milhões parao financiamento do Capex.

Pharol

A Pharol, maior acionista daOi, está satisfeita com a per-formance operacional da ope-radora de telecomunicaçõesbrasileira apesar do no quartotrimestre, disse o presidente-executivo da Pharol, Luís Pa-lha da Silva.

“Estamos satisfeitos com aevolução dos resultados ope-racionais da empresa, os re-sultados financeiros já são co-nhecidos pelo nível de endivi-

damento da empresa”, disseSilva.

A operadora teve prejuízo lí-quido de R$ 4,55 bilhões noquarto trimestre, desempenhoimpactado por três ajustes con-tábeis no total de R$ 3,1 bilhões.

A empresa havia registradoprejuízo de R$ 4,42 bilhões noquarto trimestre de 2014 e re-sultado negativo de R$ 1 bi-lhão no terceiro trimestre. Como desempenho dos três últimosmeses do ano passado, a Oiacumulou em 2015 prejuízo deR$ 5,35 bilhões, após resulta-do negativo de R$ 4,4 bilhõesem 2014.

Os ajustes no quarto trimes-tre envolveram redução de R$1,58 bilhão no valor da partici-pação de investimentos de gru-pos não controlados na África,incluindo a operadora Unitel,provisões para perdas comImposto de Renda diferido nototal de R$ 1,39 bilhão, além deredução de R$ 89 milhões novalor da participação da Oinos investimentos controladosna África.

Excluindo esses efeitos, oprejuízo líquido pró-forma dasoperações continuadas teriasido da ordem de R$ 1,47 bi-lhão no quarto trimestre, infor-mou a operadora. O desempe-nho é explicado principalmen-te pelas maiores despesas fi-nanceiras em meio à deterio-ração das condições dos mer-cados e aumento das taxas de

juros, disse a Oi.A empresa teve resultado

financeiro negativo de R$ 3,95bilhão, ante despesa de R$1,32 bilhão nos últimos trêsmeses do ano anterior.

O Ebitda da Oi de outubro adezembro foi de R$ 1,7 bilhão,queda de 46,6% na base decomparação anual. Em ter-mos recorrentes, o Ebitda doquarto trimestre foi de R$ 1,79bilhão, queda anual de 2,2%.

No resultado de 2015, a Oicumpriu projeção de Ebitdarecorrente para as operaçõesno Brasil entre R$ 7 bilhões eR$ 7,4 bilhões, alcançando R$7,23 bilhões. Porém, a empre-sa resolveu não divulgar proje-ções para seu desempenho em2016, afirmando que isso dáflexibilidade à operadora faceà instabilidade macroeconômi-ca atual.

A receita líquida total noquarto trimestre ficou em 6,7bilhões de reais, baixa de 8,5%na comparação anual. A re-ceita líquida das operaçõesbrasileiras caiu 7,6% e a dasoperações internacionais re-cuou 33,2%.

A Oi não divulgará projeçõespara o desempenho da compa-nhia neste ano. Em comunica-do ao mercado, afirma que adecisão busca "dar flexibilida-de à companhia face à instabi-lidade macroeconômica atual,especialmente com relação aosíndices adotados como premis-

Bayard Gontijo: ‘Estamos confiantes de queseguiremos adiante’

sas para fundamentar a divul-gação de projeções, como taxade inflação e crescimento doPIB, por exemplo".

Operacional

Segundo os dados divulga-dos pela Oi, a receita médiapor usuário (Arpu) no seg-mento residencial aumentou5,8% no quarto trimestre, paraR$ 79,6, enquanto a do seg-mento móvel pós-pago expan-diu 20,5%.

Ao final do trimestre, a em-presa registrou 10.019 mil cli-entes de telefonia fixa no seg-mento Residencial, queda de8,6% em relação ao 4T14 e de1,9% na comparação trimes-tral. No entanto, verifica-seuma trajetória decrescente do

nível de desconexões líquidas,que totalizaram 199 mil linhasfixas no trimestre (menor nívelde desconexões em 2015).

A velocidade média da basede clientes de banda larga atin-giu 5,5 Mbps neste trimestre(+25,4% contra 4T14 e +5,2%na comparação sequencial).

A base de TV paga da Oiencerrou o trimestre com 1.169mil unidades geradoras de re-ceita (UGRs), uma reduçãode 6,3% em relação ao quartotrimestre, mas se mantendopraticamente estável em rela-ção ao trimestre anterior.Mesmo em um cenário ma-croeconômico mais enfraque-cido, as desconexões líquidasvêm caindo a cada trimestre eatingiu o seu menor nível nesteúltimo trimestre de 2015.

Preço do petróleoreduz perda etermina em queda

Os preços dos contratos fu-turos de petróleo reduziram asperdas, mas ainda assim fe-charam em queda a últimasessão de uma semana maiscurta por conta do feriado. Ascotações recuaram

pressionadas pelos níveisrecordes de estoques da com-modity nos Estados Unidos epela valorização do dólar.

O Departamento de Energianorte-americano informou queos estoques de petróleo do paíssubiram em 9,4 milhões debarris na semana encerradaem 18 de março. Analistaspreviam alta de 2,9 milhões debarris. O dado acabou ofus-cando a gasolina, cujos esto-ques caíram em 4,6 milhões debarris ante estimativa de que-da de 2 milhões de barris.

As perdas, no entanto, dimi-nuíram no final da sessão des-ta quinta-feira depois que da-dos da Baker Hughes mos-traram que a atividade de ex-ploração norte-americanavoltou a recuar nesta sema-na. De acordo com a empre-sa, o número de plataformasem operação nos EstadosUnidos caiu 3,88% em rela-ção à semana anterior, para372 unidades. Na compara-ção entre esta semana e igualperíodo do ano passado, hou-ve queda de 54,24%, o querepresenta 441 plataformas amenos.

A contagem de plataformasde perfuração nos EstadosUnidos passou a ser acompa-nhada pelos analistas comoforma de antecipar a produ-ção norte-americana, que vi-nha inundando o mercado depetróleo e ajudando a derrubaros preços. O recuo no númerode plataformas é visto comoum bom sinal para as cota-ções.

O preço do contrato futurodo WTI negociado na Nymexe com entrega para maio re-cuou 0,83%, a US$ 39,46 obarril, encerrando a semanacom baixa de 4,08%. Já o pre-ço do contrato do Brent nego-ciado na ICE e com entregapara o mesmo mês teve levebaixa de 0,07%, a US$ 40,44 obarril, acumulando perda de1,84% na semana.Monitor Mercantil - o melhor preço para matéria legal

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