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Adesivos Odontolgicosde Prof. Dr. Fernando Mandarino.
1 Introduo
O maior problema da Dentstica Restauradora era a falta de adeso dos materiais restauradores
s estruturas dentrias, a qual permitia uma infiltrao marginal, que leva descolorao marginal,
fraturas marginais, reincidncia de crie, sensibilidade ps-operatria e reaes pulpares (8,31) . No
entanto, atravs da introduo da tcnica do condicionamento cido do esmalte por Buonocore (9), em
1955, criou-se uma nova perspectiva nos procedimentos restauradores dando incio Odontologia
Adesiva.
O condicionamento cido do esmalte cria uma descalcificao seletiva, formando poros. Esses
poros na superfcie do esmalte aumenta o embricamento mecnico pela penetrao da resina
formando o que se chama de tags permitindo a adeso(22). A adeso ao esmalte um processo
universalmente aceito e de efetividade comprovada, entretanto, nem sempre as margens de uma
restaurao esto exclusivamente em esmalte(18, 20). Com a finalidade de obter o mesmo sucesso que
o condicionamento cido do esmalte, esta tcnica foi realizada na dentina, sem contudo obt-lo, pois
apesar do esmalte e a dentina serem tecidos mineralizados e conterem os mesmos componentes
inorgnicos, apresentam diferenas morfolgicas e na composio orgnica, que so fundamentais no
processo de adeso nesses tecidos(9). A dentina um tecido histologicamente complexo,
predominantemente tubular, com a presena de umidade e prolongamentos odontoblsticos, fatores
estes que dificultam a adeso dos materiais a sua superfcie. Com a evoluo dos sistemas adesivos,
conseguiu-se uma melhora na capacidade de adeso e reduo da microinfiltrao marginal em
dentina. Para isso, houve a necessidade de realizar procedimentos invasivos nesse tecido que
poderiam acarretar danos polpa, uma vez que, a dentina abriga em seu interior prolongamentos de
clulas do tecido pulpar, portanto, no podendo ser considerada um tecido isolado, e sim um
complexo dentino-pulpar( 42,43,47,45). Iremos apresentar os aspectos relacionados com a reparao
pulpar frente ao condicionamento cido, demonstrando os aspectos principalmente biolgicos.
2 Esmalte
2.1 Composio qumica do esmalte e estrutura
O esmalte dental um tecido mineralizado poroso de estrutura basicamente prismtica. A
poro inorgnica constitui 96%, formada principalmente por fosfato de clcio na forma de
hidroxiapatita. Ainda est composto por 3% de gua, e o material orgnico, formado principalmente
http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/adesivos/adesivos.pdfhttp://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/adesivos/adesivos.pdf7/31/2019 Adesivos Odontologicos
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por protenas(011). A Figura 1 ilustra a proporo dos componentes qumica do esmalte.
Figura 1. proporo dos componentes qumica do esmalte.
O componente orgnico constitudo de protenas soluvis e insolveis e peptdeos que esto
presentes em quantidades aproximadamente iguais. O esmalte varia consideravelmente em espessura
nas diferentes regies do dente e entre os diferentes tipos de dentes. mais espesso nas cspides e nas
bordas incisais mais delgado terminando na margem cervical.
A poro inorgnica apresenta-se sob a forma de cristais, que unidos originam os prismas de
esmalte. Esses prismas iniciam-se na juno amelodentinria e dirigem-se para a superfcie,
apresentando uma variao de tamanho de 4 a 7 m (Firuga 2). Porm, a poro mais externa do
esmalte est constitudo principalmente pela poro orgnica, desprovida de prismas, pois os cristais
apresentam-se paralelos uns aos outros e perpendicular superfcie externa do esmalte, sendo
denominada dessa forma de esmalte prismtico(0 1).
Figura 2. Estrutura do esmalte.
2.2 Condicionamento cido do Esmalte
O condicionamento cido remove aproximadamente 10 m da superfcie de esmalte e cria
poros de 5 50 m de profundidade. Assim quando o adesivo aplicado, ele flue nos microporos
criando uma reteno micromecnica com o esmalte. Ainda o condicionamento aumenta o
molhamento e a rea de superfcie do esmalte.
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GWINNETT et al(23) & SILVERTONE et al(46) descreveram os trs padres de
condicionamento cido do esmalte). O mais comum ou o tipo I , o padro de condicionamento
envolve a remoo preferencialmente do ncleo dos prismas de esmalte; os prismas perifricos
permanecem relativamente intactos (Figura 3). O tipo II de padro de condicionamento o contrrio
do anterior ou seja, a periferia removida e o ncleo mantm-se intacto (Figura 4). E o tipo III incluereas alternadas de cada tipo de padro de condicionamento (Figura 5).
Figura 3. Padro de condicionamento tipo I
Figura 4. Padro de condicionamento tipo II
Figura 5. Padro de condicionamento tipo III
Dois tipos de tags de resina tm sido descritos como:
=>Macrotags - so formados nos ncleos dos prismas de esmalte.
=>Microtags - so formados nos ncleos dos prismas de esmalte. Os microtags provavelmente
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contribuem mais para a resistncia adesiva por causa da quantidade e largura da rea de superfcie.
2.3 Fatores que Interferem no Condicionamento cido do Esmalte:
=> Tipo de cido usado
Vrios so os cidos utilizados mas, o cido fosfrico na concentrao de 30 40% tem sido
recomendado como a melhor forma para obter uma superfcie para adeso. Por causa do cido
fosfrico ser relativamente agressivo removendo quantidade substancial de esmalte, outros agentes
desmineralizantes tem sido testado como: EDTA, cido pirvico(10%).
=> Concentrao do cido
Existe alguma controvrsia sobre a concentrao do cido fosfrico, que promove um bom
padro de condicionamento ,porque alguns cidos tem sido descritos , que formam precipitados na
superfcie a qual interfere na adeso. Um estudo demonstrou que a aplicao do cido fosfrico 50%por 60 segundos no esmalte produziu um precipitado de fosfato monoclcio monohidratado que pode
ser removido. J o precipitado de fosfato diclcio dihidratado produzido pelo condicionamento cido
com o cido fosfrico numa concentrao menor que 27% no foi removido facilmente. Assim este
tecido na concentrao entre 30 40%, so freqentemente utilizados sem comprometer a adeso ao
esmalte.
=> Tempo de aplicao
O tempo de condicionamento tem sido reduzido do tradicional 60 segundos com 30 `a 40%
do cido fosfrico para 15 segundos. Estudos com SEM tem demonstrado que o tempo de
condicionamento cido de 15 segundos promove a mesma rugosidade que no tempo de 60 segundos.
Estudos laboratorias tm demonstrado que a resistncia ao cisalhamento e a infiltrao marginal so
similares tanto em 15 /60 segundos no tempo de condicionamento.
=> Apresentao do cido
Os cidos podem apresentar-se sob 2 formas: Gel e Soluo.
=> Tempo de lavagem
A lavagem uma fase importante. O tempo de lavagem de no mnimo 15 segundos
geralmente utilizado para a remoo do precipitado formado pelo condicionamento cido.
=> Composio qumica e condio do esmalte
=> Dente decduo ou permanente
=> Esmalte flouretado/ manchado/ desmineralizado
A estrutura do esmalte interfere no padro de condicionamento, ou seja, o mesmo pode
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apresentar maior ou menor resistncia (Figura 6).
Figura 6. Esmalte prismtico e aprismtico.
3 Dentina
Com o sucesso do condicionamento cido no esmalte, os pesquisadores comearam a realizaro condicionamento cido em dentina, que at hoje no se encontrou uma maneira efetiva para obter
uma melhor adeso. Recentemente os sistemas adesivos esto apresentando um melhor desempenho
aumentando o nvel de sucesso clnico.
A dentina composta por 70% de substncia inorgnicas (hidroxiapatita), 20% de substncia
orgnica(colgeno) e 10% de gua. A Figura 7 ilustra a proporo da composio qumica da dentina.
Figura 7. Proporo da composio qumica da dentina.
As entidades estruturais bsicas da dentina so: prolongamentos odontoblsticos, tbulos
dentinrios, espao periodontoblstico, dentina peritubular'e a dentina intertubular (Figura 8).
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Figura 8. Estrutura da dentina.
A dentina apresenta um aspecto tubular, com os tbulos dirigidos perpendicularmente
superfcie em relao ao plano oclusal. Sua quantidade e dimetro mdios variam de acordo com a
proximidade com o tecido pulpar. Onde prximo juno amelodentinria apresenta, em mdia,
10.000 tbulos mm2, na poro mdia, 30.000 tbulos mm2 e, prximo polpa, 50.000 tbulos mm2
(Figuras 9 e 10). Em relao aos dimetros so de 0,87 m prximo juno amelodentinria e de 2,5
m prximo da polpa.
Figura 9. Dentina superficial
Figura 10. Dentina profunda
Esse importante tecido mineralizado, a dentina, deve ser visto como uma extenso anatmica e
fisiolgica da polpa, apresentando componentes estruturais bsicos, os prolongamentos
odontoblsticos, os tbulos dentinrios, o espao periodontoblstico e a dentina peritubular e
intertubular Os tbulos dentinrios alojam os prolongamentos odontoblsticos que se formam durante
a dentinognese(49,37). Eles permanecem nos tbulos da dentina completamente formada e se
estendem por toda a extenso dentinria. O dimetro e o volume do lmen dos tbulos variam,
dependendo da idade do dente e da localizao dentro da dentina. O espao periodontoblstico
localiza-se entre a parede do tbulo e o prolongamento odontoblstico. Este espao contm
lquido tecidual e alguns constituintes orgnicos tais como fibras colgenas, e isso importante
porque ocorreram neste local mudanas tissulares na dentina. Os prolongamentos odontoblsticos
constituem o tecido vivo da dentina.
As dentinas peritubular e intertubular so mineralizadas. A dentina peritubular envolve os
tbulos e caracterizada por seu alto contedo mineral. J a dentina intertubular se acha situada entre
os tbulos dentinrios ou na periferia da dentina peritubular, sendo menos mineralizada, constituindo
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a massa dentinria propriamente dita. Apesar do seu alto grau de mineralizao, cerca da metade do
seu volume composto por uma matriz orgnica representada por fibras colgenas envolvidas por
substncia amorfa (Figuras 11 e 12). Devido a estas diferenas morfolgicas e de composio,
mecanismo de adeso estrutura dentinria se torna mais complexo quando comparada ao do esmalte.
Figura 11- Dentina intertubular
Figura 12 - Dentina peritubular
Desde o estgio de desenvolvimento inicial at o seu amadurecimento, a dentina sofre
transformaes no que diz respeito da mineralizao. Sendo um processo contnuo que pode ocorrer,
fisiologicamente com a idade do indivduo ou patologicamente como resposta a um estmulo podendo
ser carioso ou como resposta aos procedimentos operatrios e restauradores. Tais modificaes
ocorrem ao nvel peritubular (Figuras 13 e 14).
Figura 13 - Processo carioso
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Figura 14 - Fisiolgico
A capacidade formadora dos odontoblastos continua mesmo com a erupo do dente. A
atividade odontoblstica durante a formao do dente de 4mm de dentina por dia. Aps a formao
radicular ocorre diminuio da deposio de dentina, para 1mm de dentina por dia. Quando se
observa um preparo cavitrio profundo, a deposio dentinria aproxima-se de 3,5 mm por dia
durante os 27 a 48 dias ps-operatrio.
Em 1959, Kuttler(32), props uma classificao para identificar as vrias formas de dentina,
classificando-as em trs tipos bsicos:
=> Primria - a dentina original ,normal e regular, a maior parte formada antes da erupo do dente.
=> Secundria - a que se forma devido aos estmulos de baixa intensidade, decorrente de funo
biolgica normal durante a vida clnica do dente. Difere da primeira, por apresentar tbulos
dentinrios mais estreitos e tortuosos. A dentina secundria depositada em toda a superfcie pulpar,
especialmente no teto e no assoalho da cmara pulpar. Como resultado da contnua deposio de
dentina secundria, o volume pulpar vai se tornando cada vez menor com o passar da idade. Ostbulos dentinrios sofrem uma mudana brusca de direo na regio onde termina a dentina primria
e comea a secundria, caracterizando microscopicamente uma linha de demarcao ntida entre os
dois tipos de dentina.
=> Terciria - Desenvolve-se quando existem irritaes pulpares mais intensas, como crie, preparo
cavitrio, eroso, abraso, irritaes mecnicas, trmicas, qumicas, eltricas e outras. A dentina
terciria difere dos outros tipos por apresentar seus tbulos mais irregulares, tortuosos, reduzidos em
nmero ou mesmo ausentes. Localizam-se subjacentes `a zona de irritao. A irregularidade dos
canalculos dentinrios da dentina reparadora pode ser atribuida morte dos odontoblastos ou
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interferncia metablica tanto nas clulas sobreviventes como nas recm-diferenciadas.
4 Smear Layer
Uma vez que a superfcie dentinria cortada ou desgastada com instrumentos rotatrios ou
manuais, formam-se macro e micropartculas semelhantes ao p produzido pela serragem da madeira.
O termo smear layer mais usado para descrever os microfragmentos ou microdetritos
deixados sobre a dentina durante o preparo cavitrio. O termo tambm se aplica a qualquer tipo de
fragmento produzido iatrogenicamente pelo corte ou desgaste, no somente da dentina mas tambm
do esmalte, cemento e mesmo da dentina do canal radicular.
A palavra Smear layer foi mencionado pela primeira vez por BOYDE,SWITSUR &
STEWART(04)
, em 1963, e definido por EICK(13)
, em 1970.
A expresso inglesa, foi referida em portugus como camada agregada, barro ou lama
dentinria, um substrato dinmico, produzido clinicamente e consiste de duas camadas: a camada
externa superficial e amorfa (smear on), agregada sobre superfcie dentinria, e a interna (smear
in ou plug) , formada por micropartculas que foradamente penetram por alguns micrmetros no
interior do complexo tubular da dentina.
A considerao dessa camada de partculas aderidas s paredes cavitrias aumenta quando se
entende que ela pode abrigar microorganismos que, por sua vez, podem promover a reinstalao da
crie e inflamao pulpar. Entretanto, para a maioria dos pesquisadores , o completo entendimento da
importncia da smear layer est ainda longe de ser alcanado e sua remoo das paredes cavitrias
pode trazer, ao mesmo tempo, benefcios e prejuzos para as tcnicas restauradoras, em funo do tipo
de procedimento restaurador.
O dimetro ou tamanho das partculas da camada agregada varia de 50 a menos de 2m. As
partculas pequenas ( com menos de 2m) obstruem e selam parcialmente os tbulos dentinrios
seccionados, formando os plugs que diminuem a permeabilidade dentinria, enquanto as partculas
maiores que 20m repousam sobre a superfcie dentinria e poderiam interferir na adaptao de
materiais restauradores ou de cimentao.
A smear layer composta de pequenas partculas de matriz colgena mineralizada, bem como
partculas dentinrias inorgnicas, saliva, sangue e numerosos microorganismos (Figuras 15 e 16).
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Figura 15
Figura 16
4.1 Vantagens da Smear Layer
=> Reduo da permeabilidade a fludos bucais e produtos txicos, como toxinas bacterianas e cidos
presentes em certos materiais.
=> Reduo da difuso ( movimento dos fludos dentinrios em direo polpa).
=> Preveno da penetrao bacteriana nos tbulos dentinrios.
4.2 Desvantagens
A pesar de ter sido demonstrado que a smear layer uma proteo contra a penetrao de
bactrias, diversos autores acreditam que ela permevel a produtos bacterianos, que podem resultar
em resposta inflamatria pulpar e mostram que remanescentes bacterianos nesta camada podem
sobreviver e se multiplicar.
PASHLEYl(40) em 1984, demonstrou de maneira objetiva o problema da remoo ou
manuteno da camada agregada. De acordo com o autor, o aspecto benfico da no remoo da lama
dentinria, que ela constitui um forrador cavitrio iatrognico que reduz a permeabilidade dentinria
mais efetivamente que qualquer selante cavitrio. Por outro lado ela interfere com a adeso de alguns
materiais odontolgicos com a dentina ao mesmo tempo que pode servir como depsito de bactrias
ou de seus produtos. A smear layer pode permanecer quando o clnico pretende usar materiaisrestauradores convencionais no adesivos sujeitos infiltrao marginal.
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5 Agentes de Limpeza Cavitria
Os procedimentos para efetuar a limpeza cavitria consistem em remover os resduos deixados
ou acumulados sobre as paredes e concomitantemente, destruir, inibir e/ou remover as bactrias soltas
na cavidade ou infiltrada na dentina.A escolha do agente de limpeza depender do conhecimento do clnico, porm deve-se levar
em considerao a ao de biocompatibilidade do material. No deve ser irritante aos tecidos bucais
apresentar uma concentrao, atividade tensiomtrica, eletroltica e pH aceitveis ao meio bucal.
BRNNSTRM & NYBORG(05) ,em 1973, consideravam como fator preponderante para a
irritao pulpar a presena de bactrias no assoalho da cavidade e que a aplicao de substncias
cidas sobre a dentina no produzia efeito nocivo a polpa, desde que no houvesse penetrao
bacteriana atravs da margens do preparo.
Os agentes de limpeza cavitria devem possuir as seguintes caractersticas e aes fsico-
qumico-biolgicas:
=> Limpar as paredes cavitrias, removendo os microfragmentos orgnicos e dentrios, contaminados
ou no, acumulados durante a instrumentao do preparo.
=> No ser txico e facilitar a ao dos agentes protetores
=> Combater ou eliminar possveis microorganismos patognicos no interior da cavidade.
Esses agentes devem desempenhar essas funes sem injuriar o complexo dentino pulpar e ,
portanto, sua escolha se baseava nas propriedades fsicas, qumicas e biolgicas que apresentam, de
modo a atender aos objetivos da limpeza e desinfeo da cavidade.
Existem dois tipos de agentes para limpeza cavitria:
=> No desmineralizantes: ao de lavagem, removendo os detritos pela fora do impacto do jato da
substncia ou por esfregao. Exemplos: Germicidas, Solues fluoretadas, Solues declorexidina, detersivos e alcalinizantes.
=> Desmineralizantes: considerados bons limpadores por reagirem com os microfragmentos
dentinrios, removendo total ou parcialmente a smear layer.
Deve-se a BUONOCORE(09) em 1955, o desenvolvimento de um mtodo para limpar,
condicionar e aumentar a adeso das resinas restauradoras superfcie do esmalte. Inicialmente foi
utilizado o cido fosfrico a 85% para ataque da superfcie do esmalte. Logo aps a introduo deste
cido, iniciou-se a procura por substncias que proporcionassem alm da limpeza uma unio mais
adequada a dentina, considerando a possibilidade de promover a formao de microporosidades
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semelhana do esmalte.
Uma vez estabelecida a necessidade de tratar, limpar e condicionar a dentina, diversas
pesquisas empregando substncias cidas foram realizadas, para a avaliao destas substncias sobre
a superfcie dentinria relacionando com a smear layer . Foram utilizadas vrios tipos de cidos
entre eles o cido poliacrlico, fosfrico , EDTA e outros.
Alguns aspectos deve ser considerados com relao ao uso das substncias cidas: o elevado
potencial irritativo dessas solues e a desmineralizao da dentina peritubular.
5.1 EDTA
Foi introduzido na prtica endodntica em 1957, sob a forma de soluo aquosa a 15,5% e pH
de 7,3 e para limpeza cavitria em 1980 por BRNNSTRM(07).
Pode ser empregado separadamente ou associado com outras substncias, a fim de conseguir
um melhor efeito de limpeza, pois um composto quelante que se une ao clcio, formando ligaes
covalentes com o significado de remoo da camada agregada tanto da poro radicular como do
preparo cavitrio.
A aplicao deve ser executada aps o preparo momentos antes da colocao de um material
protetor, adesivo ou prvio a restaurao, sendo utilizado como esfregao com uma bolinha de
algodo sobre a superfcie dentinria. Tem a ao de desobliterar parcialmente os tbulos dentinriose tem a capacidade de destruir a dentina peritubular (Figura 17).
Figura 17
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5.2 cido Poliacrlico
Evidncias clnicas e cientficas tm demonstrado que o cido poliacrlico de alto peso
molecular eficaz na remoo da camada de partculas agregadas, sem contudo, desobstruir a
embocadura dos tbulos dentinrios. Esta remoo parcial recomendada para aumentar a fora de
unio dentina de materiais como o cimento de ionmero de vidro. Porm o cido no deve ser
aplicado sobre a polpa exposta, se houver zonas prximas da polpa, esta deve ser protegida com um
forrador ou uma base.
A mnima toxicidade pulpar produzida pelos ionmeros de vidro devido ao alto peso
molecular, que torna menos mvel e penetrante e seu pH maior comparado com o cido fosfrico.
Deve utilizar o cido poliacrlico na concentrao de 12 a 25%, tambm utilizado como esfregao
com uma bolinha de algodo ou pincel por 15 segundos sobre a superfcie cavitria e deve ser lavado
em seguida com jatos de gua e seca com ar (Figura 18).
Figura 18
5.3 cido Fosfrico
Vrias pesquisas demonstraram que algumas solues cidas, especialmente as fosfrica,
promoviam uma limpeza completa da superfcie dentinria. O estudo feito por LEE(33) em 1973, onde
utilizou o cido fosfrico e o cido ctrico ambos a 50%, revelou que estes cidos utilizados por cinco
minutos na rea afetada, mostrou que os condicionadores no penetravam profundamente e exerciam
pouco efeito na superfcie dentinria. Por outro lado, RETIEF(43) em 1974, observou que a aplicao
do cido fosfrico a 50% em dentina de macaco resultou em uma resposta pulpar severa e por essa
razo, sugeriu a proteo o emprego de protetores pulpares.
Em 1979, FUSAYAMA (18), relataram a tcnica do condicionamento cido total in vivo
empregando o cido fosfrico a 37% para condicionar o esmalte e a dentina para posterior aplicao
do sistema adesivo. NAKABAYASHI(38) definiram a formao da camada hbrida, resultante da
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infiltrao de monmeros resinosos entre as fibras colgenas expostas, devido remoo total da
smear layer e da maioria dos smear plugs e da dentina peritubular e intertubular.
Em relao ao condicionamento da dentina, no incio utilizava o cido fosfrico a 50%, mas
esta concentrao foi considerada muito forte , e hoje existe um direcionamento para a utilizao de
uma concentrao menor como 10 ou 37% com o intuito de diminuir a possvel agresso ao complexo
dentino pulpar. E o cido fosfrico apresentou um melhor padro de condicionamento (Figuras 19, 20
e 21).
Figura 19. cido fosfrico10%
Figura 20. cido fosfrico32%
Figura 21. cido fosforico37%.
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6 Condicionamento cido Total de Dentina e Esmalte
Uma das maiores contradies mundiais relaciona-se ao uso do cido na superfcie do
complexo dentino pulpar, uma vez que , era at recentemente era aceito de forma geral pela maioria
da classe odontolgica que aplicao deliberada ou acidental do cido fosfrico a 37 ou 50% na
superfcie da dentina propiciava grandes chances de causar necrose pulpar. Este fato baseava-se em
ensaios biolgicos de laboratrio e observaes clinicas geralmente relacionadas aos sistemas
adesivos de primeira gerao, aos cimentos de fosfato de zinco , silicato e slico fosfato.
A tcnica do condicionamento total esta indicada em cavidades que apresentam estruturas
remanescentes suficientes de dentina na paredes de fundo das cavidades, pois, de acordo com
MERYON(35), uma espessura de 0,5 mm e 1 mm de dentina remanescente pode reduzir a toxicidade
dos materiais restauradores em at 75% e 90% respectivamente.
Os autores que condenam o condicionamento da dentina com cido fosfrico a 37% sustentam
que o ataque cido causa a remoo completa de Smear Layer com o alargamento da embocadura dos
tbulos com o processo de degenerao, afunilados e propiciando fcil caminhos para as bactrias
atingirem a polpa. Alm disso, quando a aplicao do adesivo vrios tags so formados, mais a
adeso obtida muito pequena, devido a polimerizao incompleta destas projees resinosas, seja
pelo oxignio existente, ou pela umidade presente causado pelo fludo intertubular. Esses autores
contra indicam a utilizao do cido fosfrico alegando que o mesmo causa inflamao pulpar.
FUSAYAMA(19) tem recomendado que a superfcie de dentina deva ser condicionada com
cido fosfrico antes da aplicao do agente de unio, pois o mesmo vem obtendo com tal tcnica um
aumento potencial na adesividade entre o agente de unio e a superfcie dentinria sem nenhum
problema relacionado a sensibilidade ps operatria ou necrose pulpar. Mais recentemente ,
KANCA III,J. E BERTOLLOTI, difundiram o mesmo conceito, o qual apesar de ainda sofre
resistncia , vem se transformando em uma tararia mais aceita entre os clnicos mais atualizados.
Aparentemente de fcil execuo, no , no entanto, to simples e duas consideraes sobre ocondicionamento cido da dentina so fundamentais e deve ser discutidas: O tempo de
condicionamento e a concentrao do cido. Quanto maior a concentrao e mais longo for o perodo
for qual o material permanece em contato com a superfcie da dentina cortada maior ser o grau de
reao.
Realmente, o uso de cidos fortes nas superfcie da dentina remove de forma agressiva o
esfregao ( Smear Layer) abre os tbulos e remove parte da dentina peritubular. Caso essa superfcie
no sejam completamente vedadas, a possibilidade de invaso bacteriana torna-se uma preocupaomuito sria. Falhas na indicao clnica e a utilizao de tcnicas apropriadas prontamente resultam
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em invaso bacteriana a qual ocasiona necrose pulpar. Convm lembrar , uma vez mais, que at agora
nenhum sistema restaurador sela hermeticamente um preparo cavitrio, quando muito se consegue
um bom vedamento marginal.
Pesquisas contrarias parecem ter sufocado a tcnica do condicionamento total por um certo
perodo e condicionar a dentina com o mesmo cido preconizado para o esmalte tornou-se inaceitvel
na maioria das escolas ocidentais. FUSAYAMA (19). persistem em dever a tcnica de
condicionamento total, alegando ser a melhor forma de evitar a sensibilidade ps operatria e a
microinfiltrao ; GOTO e JORDAN, comparando espcimes tratados por cido fosfrico a 50% com
grupo controle, no encontraram diferenas significante quanto a respostas pulpar; BRNNSTRM e
NYBORG(05), COX et al(12). , constataram que materiais tidos como txicos, fosfato de zinco,
cimento silicato e slico fosfato, que contem cido fosfrico em sua composio, no necrosam a
polpa, mesmo quando em contato com ela, desde que sejam inseridos na forma assptica sugerindo
fortemente que o que causa necrose no o material restaurador nem o cido, mas sim a presena de
bactrias. Todavia, o que se questiona conseguir um ambiente cavitrio assptico antes, durante e
aps restaurao do dente.
Em 1970, JONHSON(26), observaram que a espessura da dentina remanescente teve
influncia apenas para os dentes tratados com cidos, pois quanto menor esta espessura, mais severa a
reao inflamatria.
ERIKSEN (15), em 1974, concluiu que a limpeza da cavidade com uma soluo concentrada
de cido ctrico aumentou de forma significante a resposta do tecido pulpar posterior restaurao de
resina.
Tambm em 1974, RETIEF etal.(43), observou aps um perodo de 4/14/42 dias que a
aplicao de cido fosfrico sobre a dentina recm exposta, produziu reaes pulpares mais severas
que a simples colocao de cimento de xido de zinco e eugenol sem a utilizao do cido, sugerindo
que um material protetor deve ser utilizado para cobrir o tecido dentinrio antes do condicionamento
com cido fosfrico 50%.
STANLEYl(47), em 1975, avaliaram a resposta do tecido pulpar frente a materiais
restauradores, assim como, ao pr tratamento cido da dentina. Foram utilizados os materiais ZOE,
resina mas sem o pr tratamento da dentina, e resina com pr tratamento da dentina com cido
fosfrico a 50% por 60 segundos ou com cido ctrico 50%.
Os resultados demonstraram que, para os casos onde a resina foi aplicada sem o prtratamento cido, a reao inflamatria no foi severa quando o remanescente dentinrio foi maior
que 1 mm. de espessura, entretanto quando este foi menor que 1 mm, severa resposta inflamatria foi
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observada diminuindo aps 60 dias. Tambm, para os dentes que foram realizados o pr tratamento,
mnima reao pulpar pode ser observada quando o remanescente dentinrio foi mais que 1 mm de
espessura, sendo que o tratamento intensificou quando o remanescente foi menor que 1 mm.
Baseado nestes resultados, os autores sugerem que o tecido pulpar deve sempre ser protegido com
materiais a base de hidrxido de clcio.
A avaliao realizada por , MACKO(34) em 1978, com o colocao do cido a 2,6 mm da
polpa, com o cido fosfrico 50% por 60 segundos, com o tempo de 30 e 90 minutos do
procedimento operatrio mostrou aspirao do ncleo de odontoblastos para o interior dos tbulos
dentinrios e presena de eritrcitos na regio subjacente ao preparo cavitrio, e poucas clulas
inflamatrias foram observadas. O carter crnico era diferente do grupo controle (ZOE). Os autores
concluram que o cido fosfrico 50% sobre a dentina de cavidades rasas, causou moderada reao
pulpar, no devendo ser utilizado sobre a dentina no protegida.
Um trabalho realizado por, FRANQUIN & BROUILLET(16) em 1988, avaliaram a resposta do
complexo dentino pulpar aps a confeco de cavidades profundas de classe V restauradas de
seguinte forma: aplicao de adesivo e resina composta sem condicionamento cido;
condicionamento cido 37% por 60 segundos, primer, adesivo e resina; ou no lugar do cido
fosfrico o EDTA por 30 segundos. E como controle foi utilizado o IRM. Os dentes foram avaliados
Histologicamente aps perodos de 20 a 50 dias (avaliao intermediria) e num perodo de 51 a 381
dias (avaliao a longo prazo). Os resultados relacionados ao grupo controle, no qual todos os dentes
foram extrados aos 40 dias, demonstraram suave reao pulpar. Os autores observaram que a
utilizao do adesivo sem o prvio condicionamento cido das paredes dentinrias, pode ser
considerada como aceitvel, uma vez que no foram observadas reaes pulpares severas ou muito
severas em nenhum perodo, e houve diminuio na sua intensidade com o decorrer do tempo.
Quando o condicionamento cido foi realizado, a biocompatibilidade do adesivo no foi aceitvel.
Reaes pulpares severas forma observadas. Os autores concluram que as tcnicas as quais requerem
o pr-tratamento cido, no devem ser realizadas em cavidades profundas, com base nos riscos que
podem representar para o complexo dentino pulpar. A espessura de dentina remanescente foi um fator
importante quando da avaliao da intensidade da resposta pulpar, sendo que as reaes mais graves
ocorreram quando o remanescente dentinrio foi menor. A dentina terciria no deve ser considerada
um fator positivo necessrio para assegurar a proteo da polpa, mas sim, como resultado de uma
irritao inevitvel.
Com objetivo de avaliar a biocompatibilidade de um sistema adesivo dentinrio, ELBAUM
(14), em 1991, prepararam cavidades classe V em dentes, que aps o condicionamento cido do
esmalte por 60 segundos, e aplicao do sistema adesivo, foram restaurados com resina composta.
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Como grupo controle foi utilizado o IRM. Decorridos perodos de 21 a 120 dias, os dentes foram
extrados e colocados em grupos definidos Grupo A, dentes extrados entre 21 e 49 dias, Grupo B
dentes extrados entre 50 e 120 dias. Para o grupo A, 15% dos dentes apresentaram resposta pulpar
suave, 70% reao moderada e 15% reao severa. No Grupo B, 14% dos dentes apresentaram
resposta pulpar suave, 80% reao moderada e no houve casos de reao severa. Baseados em seusresultados, concluram que nas condies experimentais empregadas, o sistema adesivo utilizado foi
irritante ao complexo dentino pulpar.
HEBLING(24), em 1999, demonstraram a possibilidade de difuso de material resinoso atravs
dos tbulos dentinrios quanto menor a espessura de dentina entre o assoalho cavitrio e o espao
pulpar. Nestes caso, especficos a resposta inflamatria associada a desorganizao tecidual foi
evidente. Ruptura da camada odontoblstica e aspirao de odontoblastos para o interior dos tbulos
dentinrios.
Em relao a fatores associados, FUSAYAMA(19) em 1987, descreveu inflamao do tecido
pulpar como fatores qumicos provenientes dos materiais restauradores, microinfiltrao, presena de
bactrias, efeitos do preparo cavitrio e o afastamento dos materiais resinosos das paredes dentinrias,
devido a contrao de polimerizao. Embora relatasse o potencial irritante de alguns materiais
restauradores, o autor mostrou acreditar que o principal promotor de irritao pulpar a separao
entre a resina e a polpa. Relatou tambm quadros inflamatrios mesmo na ausncia de bactrias,
sugerindo que a irritao pulpar o resultado da associao de vrios fatores, o que parece justificar
os diferentes resultados obtidos por vrios pesquisadores.
A presena de bactrias sendo tambm um fator de importncia para a irritao pulpar,
GRIEVE(21), em 1991, relataram um estudo onde dentes foram restaurados com cavidades classe V
com resina composta com e sem a utilizao de sistemas adesivos, objetivando avaliar a resposta
pulpar. O grupo controle foi restaurado com cimento xido de zinco e eugenol. Aps perodos de 7,14
e 28 dias observaram um variado quadro de reaes inflamatrias, sendo que no houve diferena
entre os dois sistemas adesivos avaliados e a utilizao apenas da resina. Observaram tambm uma
associao entre a presena de bactrias e inflamao pulpar e concluram que a resina composta e os
sistemas adesivos testados no foram os nicos responsveis pela a irritao do tecido pulpar,
entretanto, acreditam ser de fundamental importncia a colocao de uma base ou forramento para
prevenir que microorganismos alcancem o assoalho da cavidade, promovendo tanto uma barreira
fsica como qumica, atravs de uma atuao antimicrobiana.
FUJITANI(17)
, em 1992, prepararam 115 cavidades profundas de classe V em dentes demacacos, e as restauraram com resina composta aps o condicionamento cido com o cido fosfrico
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37% por 60 segundos, com resina composta aps condicionamento de esmalte e dentina com o
mesmo cido e mesmo tempo de aplicao, e com cimento de xido e zinco e eugenol ou cimento
silicato como grupo controle negativo e positivo, respectivamente. A resposta pulpar para o grupo
controle restaurado com cimento de xido de zinco e eugenol, mostrou-se suave ou ausente aos 3
dias, sendo que aps 30 dias, reaes moderadas ou severas foram observadas em metade dosespcimes. Aos 90 dias metade doas espcimes apresentaram moderada e severa formao de dentina
de irritao. Entretanto, no foram encontradas bactrias em nenhum espcime. Para o grupo do
cimento de silicato as reaes foram mais severas em todos os perodos, enquanto bactrias foram
encontradas ao longo das paredes dentinrias com um aumento em nmero com o decorrer do tempo.
Para os grupos experimentais, reaes mais severas foram observadas aos 3 dias quando do
condicionamento cido total, porm com o transcorrer dos perodos a intensidade desasas reaes
diminui. Bactrias foram encontradas em poucos espcimes para ambos os grupos. Baseados em seusresultados, os autores concluram que o condicionamento cido da dentina induz a uma resposta
inflamatria pulpar inicial, porm transitria, diminuindo com o tempo, e que a principal causa de
irritao pulpar foi considerada como sendo a microinfiltrao e consequentemente a infeco de
bacteriana.
WHITE(50), em 1992, desenvolveram um trabalho com o objetivo de observar o processo de
reparo pulpar aps o condicionamento cido da dentina e aplicao de sistemas adesivos em 112
cavidades confeccionadas em dentes de macacos. Os resultados mostraram que o condicionamento
cido da dentina realizado em cavidades profundas no impede o processo de reparo pulpar. Os casos
com reao severa, foram associados presena de bactrias na dentina remanescente na parede axial.
As cavidades utilizadas como controle e restauradas com cimentos cidos, apresentaram respostas
pulpares mais severas.
Em relao aos fatores qumicos, QVIST (41), em 1989, avaliaram a resposta do tecido pulpar
frente a diferentes tcnicas de restaurao com resina composta, utilizando 58 dentes pr-molares
humanos que receberam cavidades de classe V com aproximadamente 2 mm. de profundidade. Aps 4
meses, observaram que nas restauraes onde resina com baixa viscosidade ou uma soluo foi
aplicada aps o condicionamento cido, a infiltrao marginal foi reduzida. Entretanto a utilizao de
resina de baixa viscosidade, resultou na maior freqncia de formao e abcessos e necrose, alm de
maior reduo da quantidade de odontoblastos e da deposio de dentina terciria. Este quadro no se
repetiu quando a dentina foi protegida com algodo estril antes do condicionamento. Os autores
concluram que o cido fosfrico por si s, teve um efeito agudo, porm minimo sobre o tecido
pulpar, e que o aumento da permeabilidade dentinria, produzida pelo cido, aumentou o efeito
citotxico dos materiais e de bactrias e suas toxinas. Recomendaram que a dentina exposta seja
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protegida em cavidades a serem restauradas com resina, uma vez que uma perfeita adaptao
marginal ainda no pode ser assegurada por nenhuma tcnica ou material restaurador.
KANCA(27) em 1990, avaliou a possibilidade de outros fatores que no o condicionamento
cido da dentina causarem inflamao pulpar. Argumentou, que atravs da literatura, que os trabalhos
que inicialmente criticaram a realizao desta prtica, estiveram equivocados, pois a reao pulpar por
eles demonstrados teria sido causada pelo material restaurador empregado, cimento xido de zinco e
eugenol, e no pelo cido. O autor concluiu que o tratamento cido realizado sobre a dentina no
causa por si s as injrias polpa, entretanto, falha no selamento da restaurao aps este
condicionamento, que poderia causar problemas pulpares, principalmente pela penetrao de
bactrias na interface dente restaurao.
Para as fendas como um dos fatores associados inflamao pulpar associados,
FUSAYAMA(19) em 1987, descreveu inflamao do tecido pulpar deveria ser provenientes pelo
efeito do preparo cavitrio e o afastamento dos materiais resinosos das paredes dentinrias, devido a
contrao de polimerizao.
HEBLING (24) em 1997, em seu estudo para a resposta do complexo dentino pulpar
aplicao de um sistema adesivo em cavidades profundas com ou sem exposio pulpar, conclui que a
utilizao do sistema adesivo e resina composta, e cimento hidrxido de clcio mais adesivo mais
resina composta, que o sistema adesivo apresentou biocompatibilidade aceitvel, na dependncia daespessura dentinria, que a aplicao diretamente sobre a polpa, o sistema adesivo no foi
biocompatvel, agresso ao complexo destino pulpar foi discretamente maior nos grupos que foram
contaminados, em todos os grupos e para o perodo avaliado, o sistema adesivo foi mais citotxico,
que os materiais a base de hidrxido de clcio, a correlao entre a presena de bactrias e reao
celular inflamatria foi de 11,2% e no houve correlao entre os achados clnicos e radiogrficos e os
eventos histopatolgicos.
A concluso final frente ao condicionamento cido total que so vrios fatores que interferemna resposta pulpar e o profissional atravs do senso clnico deve minimizar estes fatores( proteo
pulpar adequada).
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7 Proteo de Cavidades Profundas
7.1 Hidrxido de Clcio
Segundo MONDELLI(37), os produtos base de hidrxido de clcio so atualmente
empregados, graas sua comprovada capacidade de estimular a formao de dentina esclerosada,reparadora e proteger a polpa contra os estmulos termoelctricos e a ao dos agentes txicos de
alguns materiais restauradores.
A induo de neoformao dentinria parece ser decorrente ao pH altamente alcalino do
material, embora seu mecanismo no seja conhecido. Desde que este material particularmente
efetivo em estimular a formao de dentina reacional e reparadora , o material de escolha para ser
utilizado em cavidades profundas, particularmente quando ocorre exposies pulpares. Alm de
bloquear os tbulos dentinrios, neutralizar o ataque de cidos e aumentar a espessura dentinria.
7.2 Cimento Ionmero de Vidro
Quanto ao comportamento biolgico do material, este pode ser aplicado diretamente sobre
cavidades rasas, mdias e em cavidades profundas deve ser utilizado previamente o cimento
hidrxido de clcio. A sua discreta reao pulpar devido a:
=> cidos fracos com baixa toxicidade;
=> Alto peso molecular (macromolcula);
=> Cadeia polinica grande.
7.3 Polpa Dental
A polpa dental um tecido conjuntivo frouxo altamente especializado, rica mente
vascularizado , inervado , e consequentemente, responsvel pela vitalidade do dente. Ocupa a
cavidade pulpar, formada pela cmara pulpar coronria e canais radiculares, e est diretamente
conjugada ao sistema circulatrio e tecidos periapicais atravs do feixe vasculonervoso que entra esai pelos forames apicais.
Os principais componentes do tecido pulpar e seu envolvimento dentinrio so a dentina
tubular, a pr-dentina, a camada odontoblstica, a zona acelular de Weil, a zona rica em clulas e o
tecido pulpar profundo, onde se concentram fibrosblastos, clulas mesenquimais
indiferenciadas,vasos sanguneos, fibras colgenas, e fibras nervosas. O reconhecimento desses
elementos de grande auxlio na compreeenso dos fenmenos biolgicos que envolvem o tecido
pulpar diante dos procedimentos operatrios e algumas formas de agresses.
Os odontoblastos so clulas do tecido pulpar altamente diferenciadas. Deles a
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responsabilidade de produzir dentina desde o incio da formao do dente at a degenerao e o
desaparecimento da polpa. As clulas odontoblsticas, uma vez diferenciadas, so consideradas ps-
mitticas, incapazes de se dividirem, e como os neurnios, pertencem populao de clulas estticas
as quais no se reproduzem na idade adulta. Encontram-se na regio mais superficial da polpa, em
intimidade com a pr-dentina. Esta uma camada de matriz orgnica constituda de fibras colgenas eprecursora da dentina calcificada. medida que os odontoblastos vo organizando a matriz orgnica,
deixam aprisionados na massa pr-calcificada seus prolongamentos citoplasmticos. Assim, pode-se
entender que existe um odontoblasto para cada canalculo dentinrio formado. Esta ntima relao do
tecido pulpar, representada pelos odontoblastos, com a estrutura dentinria desenvolvida, torna difcil
a compreenso dos fenmenos que ocorrem numa e noutra regio separadamente. Polpa e dentina
compem, portanto, um sistema que se convencionou chamar complexo dentino-pulpar. A mnima
interveno nas pores superiores de dentina , portanto, imediatamente percebida pelo tecido pulpare uma resposta de ordem local ou geral, comeam a se desenvolver.
A principal funo da polpa dental produzir dentina. Sua primeira atividade consiste,
entretanto, em induzir a diferenciao do epitlio oral em lmina dental e formao do orgo do
esmalte(indutiva), alm de ser responsvel pela identidade do dente formado. Em sua funo
formativa, a polpa dental, atravs de seus odontoblastos, produz, matriz orgnica e promove sua
calcificao, formando dentina tubular, com o desenvolvimento gradativo dos processos
odontoblsticos.
A polpa proporciona nutrio dentina atravs dos prolongamentos dos odontoblastos, os
quais conduzem elementos essenciais para o metabolismo local.
A polpa dental exerce tambm funo de proteo ao dente. Graas a essa funo, que se
manifesta atravs da dor, mediante estmulos fsicos e qumicos, o indivduo est capacitado a
perceber alteraes na superfcie do dente. Fibras nervosas, as quais penetram ao nvel das foraminas
apicais compondo o feixe vasculonervoso, so as responsveis pela mediao da sensao de dor. So
as fibras nervosas mielnicas que acompanham o curso dos vasos sanguneos. As fibras no-mielnicas
mantm ntima relao com os vasos sanguneos e seus terminais nas clulas musculares das
arterolas, controlando a ao vasomotora.
Um verdadeiro mecanismo de defesa acionado cada vez que as estruturas dentrias so
estimuladas. Por meio deste a polpa exerce uma de suas principais funes, a de defesa ou reparadora.
Dependendo da intensidade do estmulo e de sua capacidade individual de resposta, a polpa poder
iniciar o esclerosamento dos tbulos dentinrios e ao, mesmo tempo, formar dentina terciria ou
reparadora ou simplesmente sucumbir aos efeitos de um processo inflamatrio intenso.
Ao nvel pulpar ocorrem modificaes em resposta a estmulos externos. Estas so
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representadas pelo aumento do fluxo sanguneo e pela mobilizao das clulas de defesa da polpa.
Constituem, em conjunto, o desenvolvimento de um processo inflamatrio e, as caractersticas da
resposta inflamatria dependem do tipo e intensidade do estmulo.
Fazem parte do sistema celular defensivo da polpa as clulas mesenquimais indiferenciadas,
os histicitos ou macrfagos e ainda os neutrfilos, linfcitos e plasmcitos, que migram para os
locais de inflamao atravs da corrente sangunea.
As clulas mesenquimais indiferenciadas reservam uma grande capacidade de diferenciao e
proliferam em todo o tecido pulpar, especialmente na zona rica em clulas prxima camada
odontoblstica. O papel mais importante destas clulas a diferenciao em odontoblastos e, em
consequncia, a reativao da capacidade reparadora da polpa na regio da camada odontoblstica
desorganizada pela injria.
Se as clulas indiferenciadas so as responsveis pela recomposio da camada
odontoblstica, os macrfagos juntamente com os neutrfilos oferecem condies definitivas de
reparo atravs da fagocitose de bactrias, clulas degeneradas e corpos estranhos.
7.4 Exposio Pulpar
A proteo direta consiste na aplicao de um agente protetor numa exposio do tecido
pulpar, a fim de promover o restabelecimento da polpa e proteg-la de irritao adicional, mantendo a
sua vitalidade, bem como para estimular o desenvolvimento de nova dentina.
As protees diretas esto indicadas na ocorrncia de exposio mecnica acidental, estando a
polpa num estgio reversvel. Caso a camada de odontoblastos seja tambm inadvertidamente
perfurada, essa penetrao deve ser rasa e a hemorragia estancar-se com rapidez. Quando essa
perfurao for patolgica, a proteo direta cede lugar a outras condutas conservadoras, tais como a
curetagem pulpar e a pulpotomia.
Para que possa ser realizado a proteo direta, algumas diretrizes e requisitos bsicos devem
ser seguidos. So eles:
=> Campo operatrio - as protees diretas devero sempre que possvel ser realizadas sob
isolamento absoluto com dique de borracha e o campo descontaminado com solues bactericida,
como lcool iodado.
=> Presena de bactrias - embora exista comprovao cientfica de que exposies pulpares
mecnicas acidentais possam cicatrizar normalmente por capeamento direto , um ambiente isento de
bactrias necessrio. O sucesso de uma proteo pulpra direta, que culmina com a formao debarreira mineralizada para vedar a exposio e manter a vitalidade pulpar est condicionada a
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tcnicas operatrias ideais ou seja campo operatrioi, polpa e local da exposio livres de
contaminao.
=>Idade do paciente - o paciente deve ser jovem, porque as polpas de indivduos mais velhos tm,
segundo BERNICK & NEDELMAN(03) e COHEN & BURNS(11), fibrose aumentada e um
suprimento sanguneo diminudo, depsito de clculos pulpares que reduzem o estroma pulpar e, em
funo disso, capacidade reduzida para mostrar uma resposta eficaz aos microorganismos e de reparo
biolgico similar s polpas jovens.
=> Tamanho da exposio - os capeamentos pulpares diretos devem ser realizados apenas quando
uma pequena exposio (menos que 1mm de dimetro), e for tratada imediatamente ou at poucas
horas aps a injria.
=> Agente capeador - a exposio deve ser coberta com o hidrxido de clcio, devido a suacomprovada capacidade de promover reparo biolgico em alta porcentagem. Porm no devem ser
colocados sobre polpas sangrentas ou hemorrgicas.
=> Vedamento do dente - deve ser restaurado temporria e/ou definitivamentte com um material que
vede adequadamente a cavidade, a fim de impedir contaminao bacteriana posterior.
O hidrxido de clcio foi o primeiro material capeador utilizado por Hermann em 1930. O
hidrxido de clcio serve como barreira protetora para o tecido pulpar no somente bloqueando os
tbulos dentinrios mas tambm,neutralizando o ataque dos cidos inorgnicos. Quando colocado
sobre a polpa exposta estimula a formao da ponte dentinria.
Muitos problemas no capeamento pulpar so criados pela falta de critrio histolgico uniforme
para avaliar o sucesso e a falha. Finalmente doze critrios foram considerados pela ISO 1997, quando
o teste do capeamento feito para analisar a biocompatibilidade.
O hidrxido de clcio puro na sua frmula original age destruindo uma certa quantidade de
tecido pulpar, quando colocado em contato direto com a polpa. Essa caracteristica destrutiva de
cauterizao qumica, estimulou a busca de frmulas que pudessem estimular a dentina reparadora,
para formar a barreira sem sacrificar o remanescente pulpar. No entanto o mecanismo exato pelo qual
o hidrxido de clcio forma a barreira mineralizada no tem sido elucidado mas, a ao castica
produzida pelo pH alcalino(11-13), onde o mesmo solubilizado induzindo uma zona de
mumificao do tecido pulpar em contato direto. O sucesso da tcnica ocorre e pouca ateno dada
a presena de microorganismos por causa do efeito bactericida dos produtos base de hidrxido de
clcio. Por causa da variao do pH do hidrxido de clcio, existem duas formas de reparo:
7.4.1 Hidrxido de clcio com pH elevado
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O tecido pulpar em contato direto com o hidrxido de clcio frequentemente desordenado
por causa do efeito custico. Esta zona de obliterao consiste de debris, fragmentos, fragmentos
dentinrios, hemorragia, cogulo sanguneo, pigmentos sanguneos e partculas do hidrxido de
clcio. O tecido com a zona de obliterao sofre a uma ao do hidrxido de clcio com um efeito
qumico fraco alcanando a rea subjacente e resultando numa zona de necrose e trombose doscapilares denominada de zona de mumificao. Esta zona de mumificao (0,2- 0,5 mm) representa o
tecido desvitalizado sem completa obliterao e com pouco infiltrado e clulas inflamatrias. No
entanto o componente celular diminudo, hemlise dos eritrcitos, odontoblastos mortos.
A zona de mumificao estimula o tecido pulpar adjacente a responder com formao de
barreira mineralizada. A sequncia de reparo do tecido comea com mudanas vasculares, migrao
de clulas inflamatrias e eliminao dos agentes irritantes.
O hidrxido de clcio, com o seu elevado pH, capaz de induzir a mumificao, a zona de
mumificao removida pela fagocitose, e substituio pelo tecido de granulao com maturao e
formao da barreira mineralizada.
Injria qumica intensa => Zona de mumificao => fagocitose =>
=> Tecido de granulao => Barreira mineralizada
7.4.2 Hidrxido de clcio com baixo pH
No existe zona de mumificao assim a injria qumica menor. Apresenta capacidade de
formar uma barreira mineralizada mais mineralizada, a qual a grande vantagem.
Injria qumica intensa => Zona de mumificao => fagocitose =>
=> Tecido de granulao => Barreira mineralizada mais uniforme
7.4.3 Hidrxido de clcio - Ao bactericida
Muitos estudos demonstraram que h uma mnima relao no sucesso do capeamento pulpar
em exposies contaminadas, expostas ao ambiente oral por trs horas, cinco ou sete dias, quandoprodutos base de hidrxido de clcio so usados.
Testando o potencial bactericida do hidrxido de clcio, ISERMANN & KAMINSKI(25)
infectaram intencionalmente polpas expostas com Streptococus faecalis e Streptococus sanguis antes
do capeamento com esse agente e encontraram pequena diferena na resposta de reparo com e sem
contaminao. BRANNSTROM(07), em 1979 colocaram um filtro embebido com Streptococus
sanguis sobre polpas expostas de ces por dois dias e dez semanas, aps o que encontraram barreira
mineralizada muito espessas. Estes fatos contrapem-se as opinies de que o capeamento pulpar
recomendado apenas para exposies traumticas ou mecnicas pequenas e tratadas imediatamente ou
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poucas horas aps a injria. STANLEY (48) no acredita no conceito de que os microorganismos
permaneam latentes numa polpa durante meses e anos aps a contaminao de uma exposio e
ento repentinamente comecem a se multiplicar e produzir um episdio agudo doloroso. difcil
aceitar que o tecido pulpar possa necrosar, pelos microorganismos latentes e, depois, causarem pulpite
aguda purulenta e desse modo responsabilizarem a contaminao, ocorrida meses antes. Quandoocorre a necrose meses ou anos depois do capeamento porque ocorreu uma nova infeco.
7.4.4 Condicionamento cido em Polpa Exposta
Um dos critrios para avaliao do resultado de um tratamento restaurador se fundamenta na
resposta do complexo dentinopulpar a esse procedimento, cuja interpretao dentro do contexto
clnico-biolgico est diretamente relacionada com a organizao estrutural e funcional desse
complexo, sob condies normais e fisiolgicas, assim como sob influncias teraputicas e
patolgicas.
O interesse pela tcnica do condicionamento cido do complexo dentinopulpar comeou a
ganhar mais adeptos a partir de observaes de BRANNSTROM & NODERVALL(06) quando, em
algumas ocasies de seus experimentos, ocorreu inadvertidamente o contato de solues cidas em
pequenas exposies pulpares de cavidades profundas. O fato foi descoberto nos exames
histopatolgicos e, de acordo, com esses resultados, foi relatado que quando a infeco era evitada
no ocorria danos polpa, devido ao efeito cido. A partir da, estudos anteriores enfocando o tipo de
resposta pulpar frente ao condicionamento cido da dentina comearam a ser contestados. Atribui-se
aos materiais de vedamento e/ou protetores empregados nesses trabalhos a causa pela resposta
inflamatria ocorrida no tecido pulpar. O excesso de eugenol por suas caractersticas qumicas, apesar
do xido de zinco/eugenol ser bom vedador biolgico, e o cimento de hidrxido de clcio, por no
aderir adequadamente estrutura dentria e permitir a invaso bacteriana, poderiam efetivamente ser
os responsveis pela resposta inflamatria da polpa.
Sendo assim, existe uma tendncia a se acreditar que, se for conseguido um selamento
hermtico nas margens da restaurao, o eventual trauma causado por exemplo, por um
condicionameto cido perfeitamente superado pela polpa. comum ouvir-se que se deve
condicionar a dentina, mesmo que existam exposies pulpares antes da aplicao de um agente
dentinrio de quarta ou quinta gerao, os quais, como j mencionado, formam a camada hbrida e
impedem o ingresso de bactrias pela interface dente/restaurao, o que levaria ao completo
restabelecimento da sade pulpar, inclusive ocorrendo a formao de barreira mineralizada.
Solues cidas fortes, como cido fosfrico a 37% ou 50%, podem em funo de seu pH
baixo causar danos s clulas odontoblsticas, o que possivelmente seja superado pela capacidade de
recuperao de um tecido conjuntivo saudvel. Associado a esta possibilidade, deve-se considerar que
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o processo de dissociao inica, ou seja, de liberar ons H+, pode causar uma desmineralizao
acentuada, aumentando a permeabilidade dentinria e, ainda remover o suporte mineral natural de
fibras colgenas muito em profundidade, regies essas em que os primers atuais provavelmente no
conseguiro penetrar, permanecendo fibras desprovidas de proteo, sem suporte mineral.
Houve uma melhora na capacidade de unio dos sistemas restauradores adesivos, mas isto se
deu base de procedimentos invasivos, como o condicionamento cido da dentina, para a obteno da
camada hbrida.
Inmeros fatores esto relacionados com a aplicao de solues cidas sobres a dentina come
sem exposio pulpar e este tipo de procedimento no pode ser empregado sem a devida anlise de
cada caso, alm do que a infiltrao marginal pode ocorrer mesmo quando se empregam sistemas
adesivos de quarta e quinta gerao , como demonstraram SANO(44).
O condicionamento cido por si s no leva degenerao pulpar em situaes consideradas
normais, clinicamente nem sempre esta condio est presente, ou seja a associao de estmulos
irritantes de natureza variada, fragmentos dentinrios contaminados, cogulo e ao dos primers e
adesivos podem deixar sequelas, o que compromete a capacidade de regenerao pulpar. Isto pode ser
diagnosticado por meio de testes de sensibilidade pulpar ou pela anamnese. Respostas exageradas ou
inexistentes frente estmulos trmicos, dor espontnea ou qualquer situao fora da normalidade
devem sempre ser melhor analisadas. importante lembrar que no somente o condicionamento cido o elemento agressor da
polpa, pois muitos dos componentes dos sistemas adesivos so diretamente txicos para as clulas
pulpares. Os resultados conflitantes de biocompatibilidade de materiais revelam a complexidade do
padro de respostas e reaes pulpares. Enfatizam-se, assim a necessidade de uma anlise
multifatorial da influncia das diferentes causas que afetam a qualidade de uma restaurao adesiva.
Isto est diretamente relacionado com seus efeitos clnico e biolgico, ou seja, a passagem de
bactrias, fluidos, molculas ou ons entre a parede cavitria e o material aplicado sobre o complexo
dentinopulpar. Vrios so os fatores que influenciam o resultado da proteo e respectiva restaurao
adesiva como: consideraes sobre o paciente, tcnica ; tipo; profundidade e localizao do preparo
cavitrio; quantidade e qualidade da dentina e do esmalte cervical; seleo do sistema adesivo; tcnica
de aplicao; fotoativao e polimento da restaurao.
Considerando o vedamento marginal como principal fator para o sucesso das tcnicas
restauradoras adesivas, alguns estudos em animais tm demonstrado que exposies pulpares
mecnicas diretas podem cicatrizar normalmente, independente do pH do material utilizado, quando o
dente for vedado hermeticamente. Isto foi suficiente para que surgisse o questionamento sobre a
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necessidade do uso do hidrxido de clcio como agente de proteo do complexo dentino/pulpar.
Alguns autores como KASHIWADA; & TAKAGI(30) avaliaram clnica e microscopicamente,
enquanto KANCA (28) E BARATIERI (01), avaliaram clinicamente o emprego do sistema adesivo,
para capeamento pulpar por dois anos em humanos, e nenhum sinal e sintoma de dor ou morte pulpar
foi encontrado.
HOLLAND et al, em 1995, avaliou o efeito do sistema adesivo ALL BOND 2 em protees
diretas e pulpotomias em dentes de ces, por um perodo de trinta dias tendo verificado a ocorrncia
de necrose pulpar, almm de outros eventos prejudiciais a esse tecido, e ausncia de barreira
mineralizada em todos os dentes tratados experimentalmente.
HEBLING,J.(24) em 1997, realizou avaliaes histolgicas aps a aplicao de protees
diretas e indiretas com os sistema adesivo ALL BOND 2, em cavidades classe V de dentes humanos,que seriam extrados por razes ortodnticas. Nos eventos microscpicos aps perodos de 7,14,30,45
e 60 dias, verificou-se a presena de inflamao crnica, geleificao da matriz extracelular e
ausncia de barreira mineralizada.
Contrapondo ao que foi visto anteriormente KANCA e BARATIERI , relataram casos clnicos
com at dois anos de controle, sem sintomatologia dolorosa e com tecido pulpar sadio, com
verificao atravs de tomadas radiogrficas, e por essas razes sugerem e indicam a hibridizao
pulpar ao invs da utilizao do hidrxido de clcio nas exposies pulpares. Segundo COX (12) e
BRANNSTROM (07); KANCA (28) ; na ausncia de bactrias , o tecido pulpar no seria injuriado
pelos componentes do sistema restaurador adesivo ou qualquer agente txico e reagiria
favoravelmente a esse procedimento de hibridizao( ataque cido + primer + adesivo + resina
composta).
Apesar de afirmarem com base nos controles clnicos e exames radiogrficos por perodos
mais ou menos prolongados a eficincia desta tcnica, h necessidade de embasamento cientfico para
os resultados, alm de comprovao microscpica. Outra dvida que ocorre, e que todo clnico
procura saber se s o controle atravs dos testes de vitalidade e exame radiogrfico seriam
suficientes para comprovar o sucesso da hibridizao pulpar. No se deve esquecer que apenas o
exame microscpico que pode provar a vitalidade pulpar e que os testes clnicos avaliam apenas a
sensibilidade pulpar ou do dente. Segundo BASTOS (02),existe uma carncia de informaes acerca
dessas reaes pulpares em polpas de humanos.
No Simpsio de Esttica - XII Encontro do GBPD foi concludo que:
=> O condicionamento cido no deve ser utilizado indiscriminadamente
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=> Devem ser observados alguns princpios bsicos, como:
- Concentrao do cido/tipo
- Capacidade de dissociao inica
=> O cido por si s no fator preponderante no processo patolgico pulpar;=> Ao limitada do cido, uma vez que no permanece em contato com o tecido.
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Selantes oclusais
Dentro da filosofia minimamente invasiva, os selantes oclusais tem papel fundamental para
preveno de leses de crie nos dentes permanentes posteriores.
O selante nada mais que o preenchimento das cicatrculas e fissuras presentes no dente, porum material restaurador, logo que este aparece na cavidade oral (Figura 1).
Neste procedimento, dois aspectos so importantes: o momento da aplicao e o tipo domaterial.
A aplicao do selante deve ser feito logo que a superfcie do dente aparea na cavidade oral,porque neste momento o dente ainda no atingiu sua maturao ps-eruptiva (ou seja, no entrou emcontato com o flor presente na boca) e est em uma posio que favorece o acmulo da placa
bacteriana (abaixo dos outros dentes). Alm desses fatores desfavorveis, a criana acaba evitando aescovao porque geralmente a rea est sensvel ao toque.
O tipo de material empregado tambm importante. Neste momento deve-se aplicar ummaterial que permite as trocas de flor entre a superfcie dentria abaixo do selante e o meio oral,saturado com o flor do creme dental. Isto necessrio porque, mesmo que o selante falhe (e qualquermaterial restaurador pode falhar!) o esmalte abaixo dele estar amadurecido porque o material usado
permitiu a maturao do esmalte.
Sentimo-nos honrado com a sua presena em nossa clnica! Por favor, sinta-se vontade para
perguntar, estaremos sempre disposio para esclarecer suas dvidas, visando a SADE ORAL deseu filho(a).
Referncias
CORRA, MARIA SALETE NAHS PIRES . Sade Bucal do Beb ao Adolescente - Guia deOrientao para a Gestante,Pais, Profissional da Sade e Educador. 2a edio. 2011Escola Paulista deMedicina Oral www.epmo.com.br
http://www.epmo.com.br/http://www.epmo.com.br/7/31/2019 Adesivos Odontologicos
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Selante dental
Selantes so resinas fluidas capazes de escoar nas fssulas e fissuras penetrando nos microporos doesmalte condicionado por cido onde assim ser fixada mecanicamente. O selante tem a finalidade deisolar fisicamente a superfcie oclusal de molares e pr-molares do meio bucal, preservando a sadedentria numa das superfcies mais expostas.[1]
Desde a dcada de setenta observa-se uma reduo na incidncia decries na populao jovem econstata-se que no est associada com mudana de hbitos alimentares e freqncia do consumo deacares, observando-se tambm melhora na qualidade de higiene oral e disseminao do uso diriode flor. As trs principais formas de uso dirio de flor so gua de abastecimento pblico,dentifrcios fluoretados, comprimidos e tabletes. A eficincia dos fluoretos para a reduo da crie indiscutvel, mas a sua atuao mais benfica em superfcies lisas do dente, em faces vestibular,lingual e interproximal. Contudo, persistindo o problema das faces oclusais o cirurgio-dentista se
preocupava em restaurar os dentes afetados pela crie nessas faces.
Dentro da preveno, que pode permitir uma associao de mtodos, so utilizados os selantes defssulas e fissuras para o controle das cries oclusais, principalmente em crianas de idade escolar.
Ataque de crie por superfcieA queda na prevalencia de cries que ocorre em crianas de idade escolar nos Estados Unidos mostrano s uma reduo no nmero de superfcies atacadas, mas tambm uma mudana na distribuio
relativa de diferentes superfcies dentais.Levantamentos realizados em Macei, em escolares de alta e baixa renda mostraram tendnciassimilares. facil verificar que cerca de 70% das leses ocorrem nas reas oclusais e palatinolinguaisdos escolares de alta renda. Nos escolares de baixa renda a proporo maior que 50% para estassuperfcies.[2]
Seleo dos dentesA seleo dos dentes para aplicao de selantes depende antes da atividade de crie do paciente doque das condies de um dente individualmente.
Guias para uso de selantes em pacientes individuais
Determinao do risco do paciente
Experincia de crie
Padro de uso dos servios odontolgicos
Uso de servios preventivos
Histria mdica (exemplo:xerostomia)
Determinao do risco de dentes individuais
A morfologia do sulco e da fissuraO nvel de atividade de crie
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esmalte_dent%C3%A1riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1riehttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1riehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Higiene_oralhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgi%C3%A3o-dentistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Xerostomiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Xerostomiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Esmalte_dent%C3%A1riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1riehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Higiene_oralhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgi%C3%A3o-dentistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Xerostomia7/31/2019 Adesivos Odontologicos
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O padro de crie
No sele se:
O dente no pode ser isolado
Restaurao proximal envolve sulcos e fissuras
A expectativa de vida de um dente decduo curta
Tcnica de aplicaoA tcnica de aplicao de selantes simples e direta, contudo extremamente sensvel manipulaodo material e contaminaosalivar. A literatura relata que uma perda de adeso de at 100% podeocorrer com uma contaminao salivar no mais duradora que 60 segundos.[3] Assim, sempre que
possvel, deve ser utilizado o isolamento absoluto. No entanto, especialmente em programas de sadepblica, nem sempre este procedimento aplicvel devido ao custo dos materiais equipamentosenvolvidos.
ProfilaxiaPor tradio advoga-se que a limpeza dos dentes selados deve ser realizada com taa de borracha ouescova de Robinson, utilizando pedra pomes como agente abrasivo.
Isolamento
um passo crucial na utilizao dos selantes. Um bom isolamento deve ser obtido para assegurar osucesso do procedimento. O indicado a utilizao do isolamento absoluto, no entanto alguns tipos deisolamentos relativos tambm podem ser utilizados.
Ataque cidoO cido mais utilizado para este fim oorto-fosfrico a 37%, que disponvel nas formas de gel elquido. Ambos os tipos so adequados, contudo os dentistas quase sempre preferem o gel por servisvel, devido a sua cor e proporcionar um maior controle. O cido deve ser aplicado sobre todas assuperfcies suscetveis e estendido inclinaes das cspides por pelo menos 2 mm. O cido deve ficarem contato com os dentes de 15 a 20 segundos em ambas as denties.[4]
Remoo do cido
Embora muitos recomendem a lavagem dos dentes por tempos to longos quanto 1 minuto, os estudos
no demostraram a necessidade deste alongamento. O tempo de 1 minuto foi to efetivo quanto otempo de 20 segundos no que diz respeito fora de adeso e microinfiltrao. No entanto a lavagemdeve ser longa o suficiente para permitir a remoo de todo o cido.
Depois de lavado o esmalte deve ser completamente seco e mostrar, em toda extenso do ataquecido, uma aparncia opaca. Se depois de diversos segundos de secagem o esmalte no apresenta estacolorao deve existir um problema. Este problema pode ser a presena de leo no sistema da seringatrplice que necessita ser corrigido. Se existir contaminao salivar, em qualquer tempo do
procedimento, o ataque cido deve ser refeito antes de prosseguir.
Aplicao do selante
O selante deve ser aplicado em toda a superfcie atacada. De preferncia com um pincel, embora noexista recomendaes cientficas a respeito. Feigal et al. (1993) mostraram que com a aplicao de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salivahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salivahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Isolamento_absolutohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Isolamento_absolutohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Orto-fosf%C3%B3rico_a_37%25&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Orto-fosf%C3%B3rico_a_37%25&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Salivahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Isolamento_absolutohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Orto-fosf%C3%B3rico_a_37%25&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Selante_dental#cite_note-37/31/2019 Adesivos Odontologicos
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adesivo - Scot-chbond Dual Cure - a reteno do selante foi igual em dentes contaminados e nocontaminados. Apolimerizao do material deve ser realizada o mais rpido possvel. Uma outraabordagem foi a de Chosak e Eidelman (1988) que demostrou maior penetrao do selante nosmicroporos do esmalte e maiores tags de resina, quando se permitiu o selante demorar sobre asuperfcie dental. A polimerizao de selante deve ser pelo tempo recomendado pelo fabricante.
Aps a polimerizao o selante deve ser checado com o uso de um explorador a fim de que degraus ebolhas e sejam detectados. Finalmente o dique de borracha deve ser removido e a ocluso verificada.
Avaliao peridicaOs selantes devem ser avaliados regularmente, em especial pro que a sua taxa de re-aplicao maiornos primeiros seis meses e porque os sulcos vestibular e lingual apresentam uma maior taxa de perda.O normal recomendar uma verificao semestral dos selantes, especialmente daqueles aplicadoscom os dentes em erupo.[5]
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As principais propriedades dos materiais odontolgicos
Sero relacionadas as propriedades mais importantes dos materiais odontolgicos estudados, citando-as e fazendo um breve comentrio sobre elas em cada material.
Vernizes: so materiais de proteo do complexo dentino-pulpar. Existem os vernizes cavitrios e os
vernizes modificados. O primeiro tipo de verniz tambm conhecido como de ao mecnica, umavez que reduz significativamente a microinfiltrao, reduz 69% a permeabilidade dentinria efunciona tambm contra passagem de agentes irritantes. O segundo tipo de verniz tambmconhecido como biolgico, possui ao teraputica e mecnica uma vez que possui hidrxido declcio em sua composio que tem efeito bactericida.
Vernizes cvitarios:
Propriedade fsica: apresentam baixa condutividade trmica, podendo quando aplicados sob oamlgama, por exemplo, diminuir a possibildade de formao de corrente galvnica. Almdisso eficaz na tendncia que tem de minimizar a infiltrao marginal em volta darestaurao.
Propriedade qumica: funcionam como membramas semi-permeveis, permitindo que algunsons penetrem livremente, e impedindo a passagem de outros. Alm disso a solubilidade dosvernizes dentrios baixa; so praticamente insolveis em gua destilada. H duasdesvantagens: o verniz inibe a penetrao do flor para dentro do esmalte com cerca de 50% eos vernizes convencionais no devem ser usados sob as restauraes diretas de resinasacrlicas, pois , o solvente do verniz pode reagir ou amolecer a resina.
Vernizes modificados:
Propriedade biolgica: esses vernizes possuem ao teraputica, uma vez que possuemCa(OH)2 em sua composio e este pode neutralizar a acidez dos cimentos dentrios.
Propriedade fsica: assim como os cavitrios um fraco isolante trmico.Materiais base de Ca(OH)2 : so tambm materiais de proteo do complexo dentino-pulpar.
Podem se apresentar em soluo, suspenso, pasta e cimento.
Propriedade biolgica: a biocompatibilidade uma de suas principais propriedades uma vezque o Ca(OH)2 tende a acelerar a formao de dentina reparadora em casos de crie muito
profunda, alm disso preserva as funes biolgicas da polpa anulando a atividade bacterianalocal, uma vez que o Ca(OH)2 bactericida.
Propriedade trmica: vai depender da espessura do cimento quando usado como base; logo evidente que uma camada fina de cimento aplicada ao assoalho da cavidade preparada no
confere proteo contra as mudanas trmicas veiculadas por meio da restaurao metlica. Resistncia: o cimento deve ter resistncia suficiente para suportar as foras de condensao,
para que a base no se frature durante a introduo da restaurao. A resistncia compressivaaos sete minutos de grande interesse e o de Ca(OH)2 enquadra-se na variao dos outros
tipos de cimentos, porm sua resitncia compressiva final pequena.
Cimento de xido de zinco e eugenol(OZE): so usualmente apresentados na forma de um p e umlquido, ou na de duas pastas. A espatulao do cimento no crtica como a de outros. utilizado emrestauraes temporrias e intermedirias, como forrador, como base para isolamento trmico,cimentao temporria e permanente, obturao de canais radiculares e como cimentos periodontais.O pH de aproximadamente sete, sendo o menos irritante entre todos os materiais dentrios.
Tempo de presa: -quanto menores as partculas de xido de zinco, mais rpido ser oendurecimento;
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quanto maior a quantidade de xido incorporada ao eugenol, mais rpido ser oendurecimento;
quanto menor a temperatura da placa de vidro utilizada para a mistura, mais longo ser otempo de presa.
A quantidade de gua no lquido um problema crtico, pois, quanto mais gua, mais rpida areao de presa.
Resistncia: a resistncia do OZE pode ser afetada por vrios fatores; entre eles a relao entrep e lquido(quanto mais p, mais resistente a massa) ou a incluso de alguns aditivos. Aspartculas de xido de zinco quando menores aumentam a resistncia. Esse cimento no muito resistente, mas tem resistncia satisfatria para que utilizado.
Solubilidade: tem uma relativa solubilidade, pois o eugenol no missvel em gua e o xidode zinco solvel em solues de pH baixo; logo indicado para cimentaes provisrias.
Propriedade biolgica: biocompatvel, no irritante, calmante; mas necessrio fazeruma massa com o mnimo de eugenol, pois este irritante.
Cimento de fosfato de zinco: um cimento mais utilizado para cimentao definitiva; em suacomposio apresenta cido fosfrico que um irritante. Sua diferena do cimento de xido de zinco
basicamente o lquido. Reao de presa: os fatores que influem sobre o tempo de presa so a composio e a
temperatura de fuso do p, a composio do lquido, o tamanho das partculas(quantomaiores as partculas do p, mais lenta a reao), o tempo de espatulao( quanto maisdemorada, mais tempo leva a reao de presa) e a velocidade de incorporao do p.
Espessura da pelcula: a pelcula deve ser suficientemente delgada, para no interferir com aadaptao da restaurao. Por outro lado, a espessura da pelcula e a adaptao da restauraoso, em grande parte, deterrminadas pela presso de cimentao, pela viscosidade etemperatura do cimento, e pelo afunilamento das paredes da cavidade preparada.
Contato com a umidade: quando se deixa o cimento endurecer sob uma pelcula de saliva,
parte do cido fosfrico se dissolve e a superfcie do cimento ficar opaca, mole e dissolver-se- facilmente nos fluidos orais.
Reteno: no h qualquer adeso entre o cimento de fosfato de zinco e a estrutura dentria oucom qualquer um dos materiais para restauraes com os quais utilizado; entretanto podeocorrer uma vedao retentiva formada com este e com a maioria dos outros cimento dentriosque mecnica e no constitui uma verdadeira articulao adesiva.
Estabilidade dimensional: o cimentos de fosfato de zinco contraem-se durante a consolidao.O cimento contrai-se muito mais quando est em contato com o ar do que quando est sob agua. Se o cimento est em contato com a gua, sua contrao negligencivel em relaocom a cimentao.
Resistncia: tem maior resistncia que o cimento de xido de zinco e quando utilizado comobase deve ter mais resistncia. A resistncia do cimento depende da relao p-lquido; aresistncia compressiva aumenta rapid