1. COME AFRICANOUM COMENTRIO EM UM VOLUME ESCRITO POR 70
ERUDITOS AFRICANOS TOKUNBOH ADEYEMOI e d it o r g e r a l PREFACIO
DE JOHN R. STOTT E ROBERT K. ABOAGYE-MENSAH
2. C0MENTM10 BBLICO AFRICANO Editor geral Tokunboh Adeyemo
Editores teolgicos Solomon Andria, Issiaka Coulibaly, Tewoldemedhin
Habtu, Samuel Ngewa Consultores teolgicos Kwame Bediako, Isabel
Apawo Phiri, Yusufu Turaki MC So Paulo
3. Copyright @ 2006 por ABC Editorial Board, Association of
Evangelicals of Africa (AEA) A edio em portugus do Comentrio bblico
africano contou com o suporte financeiro das organizaes Langham
Partnership International e SIM International. Editora responsvel:
Silvia Justino Superviso editorial: Ester Tarrone Assistente
editorial: Miriam de Assis Traduo: Heloisa Martins, Jair Rechia,
Judson Canto, Susana Klassen, Vanderlei Ortigoza Preparao: Andrea
Filatro, Marcos Granconato Reviso: Josemar de Souza, Norma Braga,
Tereza Gouveia, Valtair Miranda Diagramao: Triall Composio
Editorial Ltda. Coordenao deproduo: Lilian Melo Colaborao: Pamela
Moura Este comentrio baseia-se na traduo de Joo Ferreira de
Almeida, edio Revista e Atualizada (RA), 2aedio, Copyright @ 1993
por Sociedade Bblica do Brasil (SBB). Todos os direitos reservados
e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998. expressamente proibida
a reproduo total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrnicos, mecnicos, fotogrficos, gravao e outros), sem prvia
autorizao, por escrito, da editora. DadosInternacionaisde Catalogao
na Publicao (CIP) (Cmara Brasileirado Livro, SP, Brasil) Comentrio
bblico africano / editor geral Tokunboh Adeyemo. So Paulo: Mundo
Cristo, 2010. Ttulo original: Africa Bible Commentary Vrios
tradutores Bibliografia ISBN 978-85-7325-554-6 1. Bblia -
Comentrios 2. Teologia africana I. Adeyemo, Tokunboh. 09-05001
CDD-220.7096 ndicepara catlogo sistemtico: 1. Comentrio bblico
africano 220.7096 Categoria: Referncia Publicado no Brasil com
todos os direitos reservados por: Editora Mundo Cristo Rua Antonio
Carlos Tacconi, 79, So Paulo, SP, Brasil, CEP 04810-020 Telefone:
(11) 2127-4147 Home page: www.mundocristao.com.br Ia edio:
fevereiro de 2010 Printed in China
4. SUMARIO Prefcio do dr. John Stott vii Daniel Tokunboh
Adeyemo 1016 Prefcio do dr. Aboagye-Mensah vii Oseias Douglas Carew
1041 Introduo geral viii Joel Yoilah Yilpet 1055 Diretrizes para
uso do CBA xi Ams Daniel Bitrus 1061 Abreviaes xii Obadias
Augustine Musopole 1069 Colaboradores xiii Jonas Cossi Augustin
Ahoga 1073 s Miqueias Yoilah Yilpet 1078 COMENTRIOS Naum
CossiAugustin Ahoga 1088 As Escrituras como intrpretes da cultura
Habacuque YoussoufDembele 1092 e da tradio Kwame Bediako 3 Sofonias
Yoilah Yilpet 1096 Ageu Yoilah Yilpet 1102 Antigo Testamento
Zacarias Yoilah Yilpet 1106 Introduo ao Pentateuco Abel Ndjerareou
7 Malaquias Yoilah Yilpet 1122 Gnesis Bamabe Assohoto Samuel Ngewa
9 0 perodo intertestamentrio Samuel Ngewa 1128 xodo Abel Ndjerareou
87 Levtico Felix Chingota 131 Novo Testamento Nmeros Anastasia
Boniface-Malle 171 Princpios de interpretao Samuel Ngewa 1131
Deuteronmio Luciano C. Chianeque, Mateus Joe Kapolyo 1133 Samuel
Ngewa, 211 Marcos VictorBabajide Cole 1197 Josu David Oginde 257
Lucas PaulJohn Isaak 1231 Juizes Tokunboh Adeyemo 297 Joo Samuel
Ngewa 1282 Rute IsabelApawo Phiri 321 Atos dos Apstolos Paul Mumo
Kisau 1330 1 e 2Samuel GbileAkanni, Romanos David M. Kasali 1383
Nupanga Weanzana 327 ICorntios Dachollom Datiri 1412 1 e 2Reis Musa
Gotom 411 2Corntios Issiaka Coulibaly 1435 1 e 2Crnicas Nupanga
Weanzana 469 Glatas Samuel Ngewa 1449 Esdras Nupanga Weanzana 533
Efsios Yusufu Turaki 1461 Neemias Nupanga Weanzana 545 Filipenses
Eshetu Abate 1475 Ester Lois Semenye 562 Colossenses Solomon Andria
1485 Introduo literatura ITessalonicenses Rosalie Koudougueret 1495
sapiencial Tewoldemedhin Habtu 573 2Tessalonicenses Rosalie
Koudougueret 1501 J Tewoldemedhin Habtu 575 ITimteo Solomon Andria
1506 Salmos Nupanga Weanzana, 2Timteo Solomon Andria 1515 Samuel
Ngewa, Tito Solomon Andria 1522 Tewoldemedhin Habtu, Filemom Soro
Soungalo 1526 Zamani Kafang 609 Hebreus Tesfaye Kassa 1528
Provrbios Tewoldemedhin Habtu 776 Tiago Solomon Andria 1548
Eclesiastes Tewoldemedhin Habtu 816 lPedro Sicily Mbura Muriithi
1556 Cntico dos Cnticos Tewoldemedhin Habtu 826 2Pedro Tokunboh
Adeyemo 1564 Introduo aos profetas Yoilah Yilpet 834 ljoo Samuel
Ngewa 1569 Isaas Edouard Kitoko Nsiku 838 2Joo Samuel Ngewa 1577
Jeremias Issiaka Coulibaly 882 3Joo Samuel Ngewa 1578 Lamentaes
Issiaka Coulibaly 952 Judas Tokunboh Adeyemo 1579 Ezequiel
Tewoldemedhin Habtu 960 Apocalipse Onesimus Ngundu 1583
5. vi NDICE DE ARTIGOS Jav e outros deuses Abel Ndjerareou 890
Judeus e gentios David Oginde 83 A autoridade e a Bblia Patrick M.
Musibi 80 Legalismo SamuelNgewa 1457 A Bblia Yusufu Turaki 747
Liderana Tokunboh Adeyemo 548 A Bblia e a poligamia A educao crist
na frica Isabel Apawo Phir 431 Misses nativas Bayo Famonure 1382
Lois Semenye 1517 Mutilao genital feminina Sicily Mbura Murithi 37
A f e a busca de sinais Adama Ouedraogo 305 Novos relacionamentos
familiares Soro Soungalo 12 A herana da viva Mae Alice Reggy-Mamo
325 0 antigo Onente Medio M. Douglas Carew 219 A histria de Israel
Tewoldemedhin Habtu 209 O conceito de terra D. S. M. Mutonono e A
hospitalidade na frica EmilyJ. Choge 392 0 cristo e o meio ambiente
M. L. Mautsa 293 A igreja e o Estado Yusufu Turaki 1406 George
Kinoti 622 A natureza da iereia Samuel Naewa 1467 0 lugar dos
sacrifcios tradicionais Samuel Ngewa 1541 A traduo da Bblia na
frica Aloo Osotsi Moiola 1348 0 papel das mulheres na igreja
NyamburaJ. Njoroge 1508 A unidade dos crentes Kuzuli Koss 1320 0
papel dos ancestrais Yusufu Turaki 482 Administrao de conflitos
Tokunboh Adeyemo 553 0 perodo intertestamentrio Sanuel Ngewa 1128
Adorao e louvor Tokunboh Adeyemo 253 0 sacerdcio na Bblia Felix
Chingota 193 Anios. demnios e Orao Bonifes Adoyo 1213 autoridades
James Nkansah-Obrempong 1490 Os cristos e a poltica James B.
Kantiok 1028 As Escrituras como intrnretes Perseguio Elias M.
Githuka 1604 da cultura e da tradio Kwame Bediako 3 Pluralismo
religioso Tokunboh Adeyemo 1572 Casamento, divrcio e Poder e
responsabilidade Remi Lawanson 1075 novo casamento Samuel Ngewa
1175 Princpios de interpretao Samuel Ngewa 1131 Casamento e lobolo
IsabelApawo Phir 828 Profetas e apstolos Adama Ouedraogo 1471
Crianas de rua Solomon Gacece 1270 Questes culturais e Culto nos
lares Uzodinma Obed 1370 mensagem bblica Eunice Okorocha 1503 Cura
Kingsley Larbi 449 Recompensa e punio Luciano C. Chianeque 880
Democracia Yusufu Turaki 814 Refugiados Celestin Musekura 323
Discipulado Tokunboh Adeyemo 1252 Riqueza e pobreza Stephen Adei
790 Dvidas Stephen Adei 807 Ritos de iniciao Judith A. Milasi 103
Escravido Rubin Pohor 91 Sangue VictorBabajide Cole 141 Estupro
IsabelApawo Phir 394 Secularismo e materialismo Yusufu Turaki 821
Famlia e comunidade Soro Soungalo 1205 Sincretismo Lawrence Lasisi
928 Favoritismo Soro Soungalo 1550 Sofrimento Issiaka Coulibaly 589
Feitiaria Samuel Waje Kunhiyop 376 Sonhos Tokunboh Adeyemo 1020
Funerais e ritos de enterro Toe Simfukwe 1497 Tabus Emestina
Afriyie 161 Generosidade e solidariedade Solomon Andria 233
Tribalismo, etnicidade e raa Rubin Pohor 318 Guerra
RobertAboaaue-Mensah 994 Verdade, justia, reconciliao e paz Yusufu
Turaki 903 Heresia teolgica James Nkansah-Obrempong 1593 Vida e
doutrina Sanuel Ngewa 1480 HlV/aids Peter Okaalet 681 Violncia
Yusufu Turaki 1071 Homossexualidade Yusufu Turaki 1389 Viuvas e
orfos Mae Alice Reggy-Mamo 846 Ideias sobre salvao em outras
religies Tokunboh Adeyemo 1387 Idolatria Emeka Nwankpa 869 RECURSOS
ADICIONAIS Introduo literatura Glossrio 1621 sapiencial
Tewoldemedhin Habtu 573 Reis de Israel e Jud 414 Introduo ao
pentateuco Abel Ndjerareou 7 Profetas de Israel e Jud 836 Introduo
aos profetas Yoilah Yilpet 834 Recursos da web 1627
6. PREFACIO DO DR. JOHN STOTT A Bblia indispensvel no
discipulado pessoal de cada membro da igreja e no ministrio de
pregao do pastor. A fim de exercerem seu papel, contudo, as
Escrituras preci sam ser compreendidas, da a importncia do
Comentrio bblico africano. Nos ltimos tempos, a igreja na Africa
tem testemunhado o avano de estudos bblicos srios no mbi to
acadmico. Trata-se de um ressurgimento auspicioso no continente que
no passado nos deu intrpretes como Agos tinho e Atansio. 0
Comentrio bblico africano um marco editorial e desejo parabenizar
os colaboradores e editores pela elaborao de um comentrio
fundamentado nas Escri turas, que as interpreta do ponto de vista
africano e aborda as questes controversas de modo equilibrado.
Tenho a in teno de us-lo para obter maior entendimento da Palavra
de Deus sob a tica africana. Alis, espero que conquiste leitores do
mundo inteiro para que possamos compreender melhor as dimenses
plenas do amor de Cristo (Ef 3:18). John Stott Dezembro de 2005
PREFCIO DO DR. ABOAGYE-MENSAH O crescimento fenomenal da igreja
africana traz consigo inmeros desafios. Um deles diz respeito a
como manter o crescimento numrico e, ao mesmo tempo, assegurar que
a f dos cristos se encontre firmemente fundamentada na palavra
revelada e escrita de Deus, as Sagradas Escrituras. Para isso,
preciso intensificar o ministrio de ensino na igreja, o que, por
sua vez, cria a necessidade de instrumen tos adequados para atender
a pastores, seminaristas, te logos, pregadores leigos e professores
de educao crist a fim de exercerem suas funes de modo eficaz. O
Comen trio bblico africano, escrito por telogos africanos, chegou
na hora certa! A singularidade e a relevncia desta obra se devem ao
fato de seus autores, telogos africanos comprometidos com o Senhor
e com a vida da igreja, terem escrito com base em sua ampla
experincia prtica de ensino da Bblia na comunidade crist. Podemos
dizer, portanto, que temos em mos um material testado e aprovado
que, quando usa do com seriedade, ajudar outros a crescerem em
maturi dade crist. Em sua interpretao das Escrituras, os autores
conse guiram, ainda, reunir a espiritualidade crist e uma com
preenso aprofundada da cultura e religio africana. No obstante, o
Comentrio bblico africano tambm ser til para cristos fora do
continente africano que desejam enriquecer seu entendimento da
Bblia a partir do enfoque de culturas e experincias diversas. Com
isso, tambm obtero uma compreenso mais profunda de sua prpria
cultura, pois os estudiosos africanos que colaboraram neste
comentrio tambm possuem vivncias pessoais e eclesisticas ricas e
variadas fora da frica. Desejo expressar minha profunda gratido a
todos que contriburam para elaborar este comentrio e recomendo-o a
cristos de toda parte que desejam entender a Bblia a fim de
coloc-la em prtica e compartilhar sua f. Reverendssimo dr. RobertK.
Aboagye-Mensah Bispo presidente Igreja Metodista de Gana Fevereiro
de 2006
7. INTRODUO GERAL Tudo comeou com uma ideia, um pensamento, um
concei to. A medida que a ideia crescia, comearam a surgir pos
sibilidades, e o pensamento criativo ganhou asas. Como na parbola
do semeador, a semente que cai em solo frtil pro duz colheita farta
(Mt 13:8). No caso do Comentrio bblico africano (CBA), a colheita
foi produzida por uma ideia que comeou a crescer entre vrios lderes
de igrejas africanas e alguns colegas de misses estrangeiras
trabalhando em nosso continente. A histria do CBA Em setembro de
1994, representantes de igrejas protes tantes ecumnicas e
evanglicas se reuniram em Nairbi, Qunia, para a segunda Pan Africa
Christian Leadership Assembly (Assembleia Pan-Africana de Liderana
Crist; PACLAII). Nessa reunio histrica, lderes cristos identi
ficaram a falta de conhecimento bblico e a aplicao equi vocada das
Escrituras como os principais pontos fracos da igreja africana.
Reconheceram que a igreja na frica tem um quilmetro de extenso no
que diz respeito quanti dade, mas apenas um centmetro de
profundidade no que diz respeito qualidade. A Bblia precisava ser
interpreta da e explicada para o povo em linguagem inteligvel, com
metforas coloquiais, formas de raciocnio e nuanas afri canas, bem
como aplicaes prticas adequadas ao nosso contexto. Afinal, como
disse Agostinho de Hipona, Deus se aproxima do povo quando fala sua
linguagem. Inspirados pela conferncia, estudiosos arregaaram as
mangas e comearam a produzir diversos livros. Esses volumes, porm,
acabaram nas bibliotecas de instituies acadmicas e nas mos de
estudantes e professores de teo logia. No supriram as necessidades
de milhes de cristos e seus pastores que no tm o privilgio de
estudar em se minrios. Dessa realidade, nasceu o sonho dos lderes
da Association of Evangelicals in Africa (Associao de Evan glicos
na frica; AEA): um comentrio bblico africano a ser elaborado por
setenta estudiosos e telogos africanos de ambos os sexos.
Francfonos e anglfonos explicariam o texto de todos os sessenta e
seis livros da Bblia e apli cariam seus ensinamentos ao contexto
africano contem porneo. Nas palavras do prof. Bediako, o livro
seria um recurso fundamental para a igreja na frica, para o pensa
mento, a ao e os estudos acadmicos cristos. Muitos imaginaram que o
projeto nunca sairia do papel. Alm do desafio de obter a cooperao
de estudiosos de diferentes tradies eclesisticas e pontos de vista
teol gicos, havia uma srie de problemas logsticos desanima- dores
resultantes das dificuldades de comunicao num continente to vasto.
Seria possvel setenta estudiosos e telogos africanos trabalharem
juntos, cumprirem prazos e elaborarem uma obra gigantesca como o
CBA a um custo razovel? Uma das poucas organizaes que acreditaram
na viabi lidade do projeto e ofereceram apoio logstico e financeiro
foi a Serving in Mission (Servindo em Misso; SIM), que fez jus ao
seu nome. H mais de um sculo, a SIM exerce o ministrio de implantao
de igrejas na frica. No de hoje que seu departamento editorial, sob
a direo de Jim Mason, organiza congressos para pastores e distribui
li vros para ajud-los no ministrio. ideia de oferecer aos pastores
um comentrio bblico escrito inteiramente por estudiosos africanos
no foi novidade para eles. 0 Comit Executivo da AEA, os lderes da
SIM e ou tros que expressaram interesse no projeto se reuniram no
campus da Nairobi Evangelical Graduate School of Theo- logy (Escola
de Ensino Superior de Teologia de Nairbi; NEGST), outro projeto da
AEA. Quatro dos participantes das reunies realizadas entre 29 e 31
de janeiro de 2001 se tomaram os editores do CBA. Tokunboh Adeyemo
(nige riano) , secretrio geral da AEA, foi nomeado editor geral.
Samuel Ngewa (queniano), professor da NEGST, assumiu a
responsabilidade de editar todos os comentrios do Novo Testamento
redigidos em ingls. Tewoldemedhin Habtu (eritreu), tambm professor
da NEGST, ficou encarregado de editar os manuscritos referentes ao
Antigo Testamento redigidos em ingls. Os manuscritos em francs
ficaram sob responsabilidade de Issiaka Coulibaly (costa-marfi-
nense), professor da Facult de Thologie Evanglique de lAlliance
Chrtienne (Faculdade Evanglica de Teologia da Aliana Crist; FATEAC)
na Costa do Marfim. Em 2002, Solomon Andria (malgaxe), outro
professor da FATEAC, ingressou na equipe e ficou responsvel pelos
comentrios do Novo Testamento redigidos em francs. Dois dos
presentes na reunio inicial aceitaram a funo de consultores
editoriais: dra. Isabel Phiri (malauiana), pro fessora de teologia
na University of KwaZulu-Natal (Univer sidade de KwaZulu-Natal), e
dr. Yusufu Turaki (Nigeriano), da International Bible Society,
Enugu (Sociedade Bblica Internacional em Enugu, Nigria), e
professor do Jos ECWA Theological Seminary (Seminrio Teolgico da
Igreja Evan glica da frica Ocidental em Jos, Nigria; JETS). Os
representantes da SIM, dr. Jim Plueddemann (esta dunidense) ,
diretor internacional da SIM nos EUA, e Jim Mason (canadense),
consultor de literatura internacional da SIM, Canad, foram
convidados a atuar como associados tcnicos. Outro associado tcnico
foi Pieter Kwant, diretor da Piquant Agency (Agncia Piquant) em
Carlisle, Reino Unido (holands), e diretor do programa
internacional da
8. ix Langham Partnership International (Organizao Interna
cional Langham). Outros trs lderes que haviam expressado interesse
no projeto enviaram pedidos de desculpa por no poderem comparecer
reunio: dr. Dirinda Marini-Bodho, primeiro editor dos manuscritos
em francs do Antigo Testamento, dr. Kwame Bediako e dr. Tite
Tienou. A primeira reunio serviu para traar diretrizes, descre ver
funes e termos de referncia e aprovar oramentos. Uma vez decidido
que o CBA incluiria artigos sobre ques tes relevantes para o
continente, os presentes fizeram uma relao dessas questes e dos
autores que poderiam ser convidados para tratar delas. Dentre as
decises mais importantes tomadas nessa reunio, cinco serviram de
diretrizes editoriais para o projeto: O CBA deveria ser de leitura
fcil para que pastores, estudantes e leigos pudessem us-lo sem
dificuldade. 0 CBA deveria ser de autoria e contedo africano e
retratar o contexto de nosso continente. Deveria per manecer fiel s
Escrituras e, ao mesmo tempo, aplicar os ensinamentos e as verdades
bblicas s realidades africanas. Os colaboradores do CBA deveriam
ser escolhidos de modo a refletir a diversidade de denominaes e
lnguas na frica e incluir homens e mulheres. Eles respeita riam
essa diversidade, dentro dos limites estabelecidos pela Declarao de
F da AEA. Como parte de seu contrato, seria esperado dos colabo
radores do CBA que aceitassem a Declarao de F da AEA como diretriz
para seu trabalho. O projeto do CBA seria de propriedade dos
africanos e administrado de forma independente ainda que, em ltima
anlise, sob a superviso da AEA. Depois dessa reunio, possveis
colaboradores foram conta tados, convidados a realizar pesquisas
individuais e traba lhar com os textos originais gregos e hebraicos
e tambm com tradues da Bblia em sua lngua nativa. Foram or
ganizados encontros com esses colaboradores em diferen tes partes
do continente. Vrios autores receberam ajuda para obter um perodo
sabtico a fim de terem tempo para escrever. Autores da mesma regio
foram incentivados a interagir para se encorajarem mutuamente e
comentarem o trabalho uns dos outros. Ocontedo do CBA O CBA no um
comentrio crtico e acadmico, vers culo por versculo. Antes, traz a
exegese de cada seo e explicaes acerca da Bblia como um todo sob a
tica de estudiosos africanos que respeitaram a integridade do texto
e empregaram provrbios, metforas e histrias de nossas culturas para
se comunicarem com cristos africa nos de vilas e cidades de todo o
continente. Suas aplica es so ousadas e, ao mesmo tempo, fiis s
Escrituras. 0 CBA no fala, portanto, de um Jesus Negro. Isso seria
uma distoro ignorante do relato bblico. O CBA fiel ao texto e ao
contexto tanto dos tempos da Bblia quanto de nossos dias. O CBA ,
de fato, uma minibiblioteca que fornece ferra mentas para pastores
e professores ensinarem nas igrejas e incentivarem alunos e membros
a estudarem a palavra de Deus por sua prpria conta. Os artigos
escritos por especialistas sobre temas atuais controversos e proble
mticos como pobreza, favoritismo, HIV/aids, refugiados, guerra,
poltica e assim por diante so particularmente proveitosos. Aplicaes
do CBA Como o CBA pode ser usado? Um dos primeiros itens de minha
lista o estudo devocional particular. Como editor geral, tive de
analisar e corrigir todos os manuscritos. De pois de concluir essa
tarefa, porm, comecei a us-los em minhas devocionais. No caso dos
livros mais curtos, pri meiro lia o livro da Bblia inteiro e,
depois, o respectivo comentrio. No caso dos livros mais longos, lia
de cinco a dez captulos por dia e, em seguida, o comentrio corres
pondente. Recomendo incisivamente essa abordagem que tanto
enriqueceu minha vida espiritual. Tambm usei trechos do CBA no
preparo de sermes e no ministrio de ensino. Ao faz-lo, aprendi uma
srie de coisas novas a respeito de povos africanos sobre os quais
nada sabia. Antes de ler o comentrio sobre Levtico, por exemplo, no
sabia da existncia da tribo iraqw, do norte da Tanznia, um povo de
origem semita que possui vrios elementos em comum com os hebreus.
Todos os editores do CBA so professores de semin rio e todos eles
usaram partes do CBA em suas aulas. Na verdade, alguns alunos da
NEGST que interagiram com meu manuscrito sobre 2Pedro enviaram-me
comentrios concordando ou discordando de minhas colocaes. As dis
cusses foram extremamente proveitosas para o propes- so de
compreenso e aplicao da Palavra de Deus. Essa experincia confirma
que o CBA ser um livro de consulta de grande utilidade para grupos
de estudo e at mesmo para classes de escola dominical nas igrejas.
Espero encon trar o CBA em todas as bibliotecas de todos os
institutos bblicos, seminrios e universidades, bem como em outras
instituies de ensino superior nas diversas regies da fri ca e em
outros continentes. Agradecimentos Louvamos a Deus por tudo o que
ele tem realizado. Consi deramos importante, tambm, reconhecer as
contribuies significativas de indivduos e organizaes sem os quais o
CBA no poderia ter sido elaborado. Agradecemos, portan to, a(s),
ao(s):
9. X AEA, pelo patrocnio oficial do CBA e por dar ao conse lho
editorial liberdade administrativa e acadmica para trabalhar. SIM,
pelo auxlio logstico e financeiro necessrio para completar todos os
passos do processo de produo. NEGST, por servir de centro acadmico
para o CBA, por providenciar um local para nos reunirmos e por
colocar sua biblioteca e outras instalaes disposio de es tudiosos
visitantes. Langham Partnership International, por providenciar
fundos para que vrios de nossos estudiosos tirassem perodos
sabticos a fim de escreverem. Instituies de ensino superior
(inclusive UNISA, GIMPA e Biola University) e centros de retiro,
que hospedaram estudiosos durante seus perodos sab ticos. Equipes
tcnicas na Europa e Canad, que ajudaram nas questes
administrativas, reviso, traduo, edi o, composio, localizao dos
autores que faltavam e outras tarefas similares. Consultores, por
seus conselhos sbios, observaes acadmicas e teolgicas penetrantes e
contribuies inestimveis. Editores, por seu conhecimento slido e
erudito, com um toque de uno espiritual, bem como por seu servi o
abnegado e sacrificial. Sessenta e nove colaboradores que fizeram
histria em nossa gerao ao produzirem o primeiro comentrio b blico
em volume nico para a igreja da Africa. Zondervan, WordAlive e
Oasis, por concordarem em publicar, distribuir e divulgar o CBA.
Jim Mason, Pieter Kwant, Isobel Stevenson, Krysia Lear, Maybeth
Henderson, Sue Prior e Judy Milasi, por sua competncia para lidar
com vrias tarefas do CBA simultaneamente. Todos os indivduos e
grupos na frica e ao redor do mundo que apoiaram este projeto com
suas oraes. Todos aqueles que contriburam generosamente com
recursos para cobrir os inmeros custos decorrentes da produo do
CBA. Por fim, gostaria de agradecer ao dr. John Stott, por es-cre-
ver o prefcio do CBA, e ao dr. Robert Aboagye-Mensah, bispo
presidente da Igreja Metodista de Gana, e a muitos outros que
honraram o CBA ao recomend-lo publicamente. Pedimos a Deus que,
assim como usou sua Palavra para acender as chamas da Reforma na
Europa do sculo XVI, em pregue o CBA para fazer o mesmo na frica de
hoje. Amm! Tokunboh Adeyemo, editor geral, Comentrio Bblico
Africano Fevereiro de 2006 A VISO Declarao da viso do CBA redigida
em janeiro de 2001 O Comentrio bblico africano constitui-se de um
nico volume sobre todos os livros da Bblia, escrito e editado por
estudiosos africanos. Seu objetivo geral consiste em aplicar a
Palavra de Deus de forma relevante s realidades africanas de hoje.
voltado, mais especificamente, para lderes cristos de comunidades:
pastores, estudantes e lderes leigos que, sob a direo do Esprito
Santo, podem colaborar para estabelecer e alimentar uma igreja
vigorosa no continente africano. Um comentrio de volume nico sobre
toda a Bblia , por natureza, um grande exerccio de condensao e
exige disciplina rigorosa para definir os elementos a serem
includos ou omitidos. Este volume no se detm, portanto, em detalhes
crticos e exegticos. Com base na convico firme e crena na inspirao
divina e autoridade das Escrituras Sagradas, procura oferecer ao
leitor um guia contextual e de leitura acessvel. Voc tem nas mos o
fruto dessa viso!
10. DIRETRIZES PARA USO DO CBA Para leitores que esto dando os
primeiros passos no uso de comentrios bblicos, oferecemos a seguir
algumas su gestes sobre como encontrar as informaes que procu ram
no Comentrio bblico africano. Preciso de informaes sobre o autor de
um livro da Bblia, bem como onde, quando e por que foi escrito.
Cada livro comea com uma introduo geral que procura responder a
algumas dessas perguntas. possvel encontrar informaes adicionais em
artigos introdutrios gerais como a Introduo ao Pentateuco e a
Introduo aos profetas. Desejo ter uma viso geral de um livro da
Bblia. Leia o comentrio sobre esse livro. Cada comentrio do CBA foi
escrito para ser lido como um todo, e no como uma srie de observaes
sobre versculos individuais. Preciso de ajuda para preparar um
sermo ou estudo bblico. 1. Leia o artigo Princpios de interpretao,
que mostra como abordar passagens das Escrituras. 2. Veja o
comentrio sobre o livro no qual se encontra a pas sagem que servir
de base para seu sermo ou estudo. 3. Veja o esboo do contedo para
ter uma ideia de como a passagem em questo se encaixa no contexto
mais amplo do livro. 4. Localize no esboo o subttulo da seo onde se
encon tra a passagem que voc deseja estudar. 5. Leia a seo
correspondente. Pode ser interessante, ainda, ler as sees antes e
depois para entender o con texto da passagem. 6. Leia as referncias
cruzadas (indicadas por cf. ou cf. tb.) para ver de que maneira
outras partes da Bblia esclarecem a passagem em questo. A abordagem
usada no comentrio pode sugerir a estrutura para seu sermo ou uma
possvel aplicao. Se a passagem tem um tpico central (p. ex.,
casamento), pode ser pro veitoso ler os artigos do CBA relacionados
ao casamento. Todos os artigos esto listados no sumrio. Tenho
dvidas sobre um versculo especfico. Por exemplo: por que ICorntios
11:10 diz que as mulheres devem cobrir a cabea por causa dos anjos?
1. Localize no CBA o comentrio sobre o livro em que o versculo se
encontra. (Usando o sumrio, encontre ICorntios, ou localize-o
diretamente, lembrando que o comentrio segue a mesma seqncia dos
livros na Bblia.) 2. Veja a indicao dos captulos no cabealho de
cada pgina, exceto na pgina de ttulo dos comentrios. Procure a
pgina que inclui o captulo (ICorntios 11) e a referncia que lhe
interessa, indicada em negrito (11: 10) no local onde o versculo
comentado. 3. As palavras do versculo discutidas no comentrio apa
recem em itlico (por causa dos anjos est em itlico, junto a 11:10).
Preciso saber o que um livro da Bblia diz a respeito de determinado
assunto. Consulte a lista de artigos no sumrio para verificar se
algum deles trata do tema em questo. (Se, p. ex., voc deseja mais
informaes sobre cura, pode ver o artigo com esse ttulo e tambm
artigos relacionados, como HlV/aids, Sofrimento, Feitiaria, 0 papel
dos ancestrais e Orao, pois todos podem ser relevantes para as
questes de cura e enfermidade. O comentrio usa uma palavra que eu
no conheo. Procuramos evitar o uso de vocabulrio tcnico-teolgico,
mas no h como evitar algumas palavras, como, por exem plo,
apocalptico. Voc encontrar esclarecimentos no glossrio, no final do
CBA. Li o comentrio, mas desejo saber mais sobre determi nado livro
da Bblia. No final de cada comentrio, o autor indica livros para
leitu ra adicional. Voc tambm pode consultar livros da srie de
comentrios relacionados na pgina de Abreviaes. Esses comentrios so
citados ocasionalmente no CBA e o ttulo aparece na forma abreviada.
Se voc tem acesso internet, pode obter mais informaes nos sites
relacionados no final do CBA. No entendi a diferena entre
referncias como 5:2-4, usadas com frequncia, e apenas 2 4, que
aparece so mente algumas vezes. Todas as referncias a versculos so
fornecidas com ca ptulo e versculos. Os nmeros separados por
travesso (trao mais longo) indicam nmeros de captulos, e no de
versculos. Logo, 2 4 indica os captulos dois a quatro do livro em
questo.
11. ABREVIAES Livros da Bblia CBC Cambridge Bible Commentary
CBSC Cambridge Bible for Schools and Colleges Antigo Testamento CCC
Crossway Classic Commentaries Gn Gnesis Ec Eclesiastes CC
Communicators Commentary x xodo Ct Cntico dos Cnticos DSB Daily
Study Bible Lv Levtico Is Isaas EBC Expositors Bible Commentary Nm
Nmeros Jr Jeremias EC Expositional Commentary Dt Deuteronmio Lm
Lamentaes EvBC Eveiymans Bible Commentary Js Josu Ez Ezequiel FOB
Focus on the Bible Jz Juizes Dn Daniel HC Hermeneia Commentaries Rt
Rute Os Oseias IBC Interpretation Bible Commentary for Teaching and
ISm ISamuel J1 Jod Preaching 2Sm 2Samuel Am Ams ICC International
Criticai Commentary lRs IReis Ob Obadias ITC International
Theological Commentary 2Rs 2Reis Jn Jonas NAC New American
Commentary lCr 1Crnicas Mq Miqueias NBC New Bible Commentary 2Cr
2Crnicas Na Naum NIBC New International Bible Commentary Ed Esdras
Hc Habacuque NICNT New International Commentary on the New Ne
Neemias Sf Sofonias Testament Et Ester Ag Ageu NICOT New
International Commentary on the Old J J Zc Zacarias Testament SI
Salmos Ml Malaquias NIGTC New International Greek Testament
Commentary Pv Provrbios NIVAC PC NIV Application Commentary
Preachers Commentary NovoTestamento PNTC Pillar New Testament
Commentary Mt Mateus lTm ITimteo SPCK Society for Promoting
Christian Knowledge Mc Marcos 2Tm 2Timteo TBC Torch Bible
Commentary Lc Lucas Tt Tito TNT Tyndale New Testament Commentaiy Jo
Joo Fm Filemom TOT Tyndale Old Testament Commentary At Atos dos
Apstolos Hb Hebreus WBC Word Bible Commentaiy Rm Romanos Tg Tiago
ICo ICorntios lPe 1Pedro Outras abreviaes 2Co 2Corntios 2Pe 2Pedro
a.C. antes de Cristo G1 Glatas IJo ljoo AT Antigo Testamento Ef
Efsios 2Jo 2Joo c. cerca (cerca de) Fp Filipenses 3Jo 3Joo cap.
captulo Cl Colossenses Jd Judas caps. captulos lTs ITessalonicenses
Ap Apocalipse cf. conferir, conforme 2Ts 2Tessalonicenses cp. ct.
comparar contraste com Verses e parfrases da Bblia d.C. ed. depois
de Cristo edio, editor isto BJ Bblia de Jerusalem i. G. NTLH Nova
Traduo na Linguagem de Hoje lit. literal, literalmente NVI Nova
Verso Internacional RA Revista e Atualizada (Joo Ferreira de
Almeida) LXX NT Septuaginta Novo Testamento RC Revista e Corrigida
(Joo Ferreira de Almeida) p. ex. por exemplo tb. tambm Comentrios
trad. traduo AB Anchor Bible Commentary Series v. versculo,
versculos BNTC Blacks New Testament Commentary vol. volume BST The
Bible Speaks Today vols. volumes
12. COLABORADORES Abate, Eshetu Koyra. Etope. Bacharel em
divindade (Associa- tion of Theological Institutions in Eastem
Africa) e bacharel em teologia (Mekane Yesus Seminaiy, Addis Ababa,
Etipia). Mes tre e doutor em teologia (Concordia Seminaiy, St.
Louis, EUA). Foi diretor do Mekane Yesus Seminaiy. Atualmente,
consultor de traduo da Bible Society of Ethiopia. Filipenses
Aboagye-Mensah, Robert K. Gans. Metodista. Licenciado em teologia
(Trinity College, Legon, Gana) e bacharel em teologia (St Johns
College, University of Nottingham, Inglaterra). Mestre em educao
crist (VIrginia Theological Seminaiy, EUA). Dou tor em filosofia
(University of Aberdeen, Esccia). Foi professor no Trinity College,
Legon, Gana, e secretrio geral do Cliristian Council em Gana.
Atualmente, bispo presidente da Igreja Me todista de Gana. Guerra
Adei, Stephen. Gans. Bacharel em cincias (University of Ghana).
Mestre em cincias (University of Strathclyde, Esccia) e mestre em
teologia (University of South Africa). Doutor em economia
(University of Sidney, Austrlia). Foi representante residente do
United Nations Development Program (UNDP) na Nambia, economista e
chefe do Directorat of UNDP, Africa Bu- reau, Nova York, e
secretrio geral da Ghana Missionary Socie ty. Atualmente, reitor do
Ghana Institute of Management and Public Administration (GIMPA).
Riqueza epobreza; Dvidas Adeyemo, Tokunboh. Nigeriano. Bacharel em
teologia (Evan- gelical Church of West Africa [ECWA] Theological
Seminary, Nigria). Mestre em divindade e teologia (Talbot School of
Theology, Biola University, Califrnia, EUA). Doutor em teo logia
(Dalias Theological Seminary, Texas, EUA). Foi secre trio geral da
Association of Evangelicals in Africa (por 22 anos). Atualmente,
diretor executivo do Centre for Biblical Transformation. Juizes;
Daniel; 2Ped.ro;Judas; Adorao e louvor; Liderana; Admi nistrao de
conflitos; Sonhos; Discipulado; Ideias sobre salvao em outras
religies; Pluralismo religioso Adoyo, Bonifes E. Queniano. Formado
em Design (Nairbi University, Qunia). Mestre em divindade (Nairbi
Evangelical Graduate School of Theology [NEGST], Qunia). Foi
gerente de vendas e marketing da Rank Xerox International.
Atualmente, bispo da Nairbi Pentecostal Church, ministrio da
organizao Christ Is the Answer Ministries, Nairbi, Qunia. Orao
Afriyie, Emestina. Ganesa. Presbiteriana. Bacharel em teologia
(Gana). Mestre emteologia (Natal). PhD (Natal). Pesquisadora do
Akrofi-Christaller Memorial Centre, Akropong-Akuapem, Gana. Tabus
Ahoga, Augustin Cossi. Beninense. Mestre em economia (Be- nin
National University), teologia (Facult Libre de Thologie
Evanglique, Vaux-sur-Seine, Frana) e estudos bblicos (Uni versity
of Gloucestershire, Inglaterra). Secretrio do IFES na frica
francfona. Professor da Baptist School of Theology em Lom, Togo e
no Benin Bible Institute em Cotonou, onde tam bm presidente do
conselho administrativo. Jonas; Naum Akanni, Gbile. Nigeriano.
Formado em fsica e pedagogia (Uni versity of Ibadan, Nigria). Foi
professor do College of Education, Katsina-Ala, Nigria. Atualmente
presidente e coordenador da Living Seed House, Gboko, Nigria.
1Samuel Andria (Andriatsimialomananarivo), Solomon. Malgaxe. Forma
do em engenharia e eletromecnica (Universit dAntananarivo,
Madagascar). Mestre em teologia (Facult Libre de Thologie
Evanglique, Vaux-sur-Seine, Frana). Doutor em missiologia
(University of South Africa). Atualmente, coordenador de hist ria e
teologia na Facult de Thologie Evanglique de 1Alliance Chrtienne
(FATEAC), Abidj, Costa do Marfim. Colossenses; 1 e 2Timteo; Tito;
Tiago; Generosidade e solida riedade Assohoto, Bamab. Beninense.
Batista. Formado em eletrnica (University Polytechnic, Benin).
Mestre em teologia (Facult Libre de Thologie Evanglique,
Vaux-sur-Seine, Frana). PhD (Strasbourg University Frana).
Atualmente diretor do African Research Centre, Cotonou, Benin e
coordenador da organizao Faith in Action International. Gnesis
Bediako, Kwame. Gans. Presbiteriano. Formado (com hon ras) em
francs (University of Ghana, Legon, Gana) e bacharel em teologia
(London School of Theology [antigo London Bible College],
Inglaterra). Doutor em literatura francesa (Uniyersi: ty of
Bordeaux, Frana). Doutor em divindade (University of Aberdeen,
Esccia). Foi pastor da Ridge Church, Accr, e pro fessor visitante
da University of Edinburgh, Esccia. Atualmen te diretor do
Akrofi-Christaller Memorial Centre for Mission Research and Applied
Theology. Akropong-Akuapem, Gana. j4sEscrituras como intrpretes da
cultura e da tradio
13. xiv Bitrus, Daniel. Nigeriano. Church of Christ. Bacharel
em teolo gia (United Missionary Theological College [UMTC], Ilorin,
Ni gria). Mestre em educao crist (Trinity Evangelical Divinity
School, Chicago, EUA). Trabalhou com a United Bible Societies e foi
secretrio geral da Association of Evangelicals in Africa.
Atualmente, pastor da Bukuru Church of Christ na Nigria. Ams
Boniface-Malle, Anastasia. Tanzaniana. Ministra luterana or denada.
Bacharel em divindade (Makumira Theological College, Tanznia).
Mestre em teologia (Wartburg Theological Seminary, Iowa, EUA).
Doutora em estudos do AT (Luther Theological Seminary, Minnesota,
EUA). Foi professora no Makumira Theo- logical College. Atualmente
consultora de traduo da United Bible Societies. Nmeros Carew, M.
Douglas. Serra-leons. Bacharel em cincias (Fou- rah Bay College,
Serra Leoa). Mestre em divindade (Nairbi Evangelical Graduate
School of Theology [NEGST], Qunia). PhD (Trinity International
University, Illinois, EUA). Foi profes sor do Sierra Leone Bible
College. Atualmente vice-chanceler da NEGST. Oseias; Oantigo
OrienteMdio Chianeque, Luciano C. Angolano. Formado em Bblia e
teolo gia (University of Durban-Westville, frica do Sul). Mestre em
religio e transformao social (University of Cape Town, frica do
Sul). PhD (University of KwaZulu-Natal, frica do Sul). Foi
secretrio geral da Evangelical Congregational Church em An gola.
Atualmente, diretor nacional do Alfalit, um projeto de alfabetizao
de adultos na Angola. Deuteronmio; Recompensa epunio Chingota,
Felix Lack. Malauiano. Formado em francs, histria e filosofia
(University of Malawi), bacharel em divindade (St. Pauls United
College, Limuru, Qunia). Doutor em estudos b blicos (University of
Aberdeen, Esccia). Foi pastor da Presbyte- rian Church of Malawi.
Atualmente professor do departamento de teologia e cincias da
religio e deo interino da faculdade de cincias humanas do
Chancellor College, University of Malawi. Levtico; Osacerdcio
naBblia Choge, Emily J. Queniana. Licenciada em artes (Kenyatta Uni
versity, Nairbi, Qunia). Mestre em divindade e teologia (Nairo- bi
Evangelical Graduate School of Theology [NEGST], Qunia). PhD
(Fuller Theological Seminary, Califrnia, EUA). Foi vice- diretora
do St. Josephs Girls High School, Chepterit, Qunia. Atualmente,
professora na Moi University, Eldoret, Qunia e professora em meio
perodo da NEGST. A hospitalidade nafrica Cole, Victor Babajide.
Nigeriano. Bacharel em teologia (Igba- ja Theological Seminary,
Nigria). Mestre em teologia (Dallas Theological Seminary, Texas,
EUA). PhD (Michigan State Uni versity, EUA). Foi consultor
curricular da African Leadership and Management Academy, Harare,
Zimbbue. Atualmente vice-chanceler interino de assuntos acadmicos
da Evangelical Graduate School of Theology [NEGST], Qunia. Marcos;
Sangue Coulibaly, Issiaka. Costa-marfinense. Mestre em teologia e
can didato a PhD em exegese bblica (Facult Libre de Thologie
Evanglique, Vaux-sur-Seine, Frana). Atualmente gerente de publicaes
em francs da United Bible Societies e professor de estudos do AT na
Facult de Thologie Evanglique de 1Alhance Chrtienne [FATEAC],
Abidj, Costa do Marfim. Jeremias; Lamentaes; 2Corntios Datiri,
Dachollom C. Nigeriano. Bacharel, mestre e doutor em estudos
bblicos (University of Sheffield, Inglaterra). Atualmen te pastor
da Church of Christ, na Nigria (COCIN), Nassarawa Gwong, Jos,
Nigria. Tambm professor em meio perodo no Theological College of
Northern Nigria (TCNN), Bukuru, Jos, Nigria. ICorntios Dembele,
Youssouf. Malins. Formado em cincias aplicadas (Instituto Superior
de Cincias Agropecuarias de la Habana, Cuba). Mestre em teologia
(Facult Libre de Thologie Evan glique, Vaux-sur-Seine, Frana).
Doutor em teologia bblica e sistemtica (Trinity International
University, Illinois, EUA). Foi professor no Reed Bible Institute,
Bougouni, Mali. Atualmente consultor de traduo da United Bible
Societies e pastor da Evangelical Protestant Church of Mali.
Habacuque Famonure, Bayo. Nigeriano. Formado (com honras)
emjornalis mo (London School of Joumalism, Frilsham Hermitage,
Berks) e ingls (University of Nigria). Doutor em divindade (World
Link University, Portland, Oregon, EUA). Membro fundador e presiden
te da organizao Calvaiy Ministries (CAPRO); foi secretrio exe
cutivo da comisso de misses da Association of Evangelicals in
Africa. Atualmente presidente daAgape Missions na Nigria. Misses
nativas Gacece, Solomon. Queniano. Presbiteriano. Formado em pe
dagogia (Kenyatta University, Qunia) e bacharel em teologia
(Presbyterian College, Kikuyu, Qunia) Atualmente coor denador de um
programa pra crianas de rua mantido pela St. Andrews Church,
Nairbi, e secretrio executivo da comisso de jovens e esportes da
Association of Evangelicals in Africa. Crianas de rua Githuka,
Elias M. Queniano. Formado em Bblia e teologia (Pan African
Christian College, Qunia / ICI University) e est con cluindo o
mestrado em liderana crist (Global University). Foi administrador
regional do ministrio Misses Portas Abertas
14. XV com o Irmo Andr, regio leste da frica. Atualmente pastor
da Nairbi Pentecostal Church, Valley Road. Perseguio Gotom, Musa.
PhD (Claremont). Presidente da organizao TEKAN (Fellowship of
Christian Churches in Nigria). Leciona aconselhamento pastoral no
Theological College of Northern Nigria. 1 e 2Reis Habtu,
Tewoldemedhin. Eritreu. Metodista wesleyano. For mado em
administrao de empresas (Addis Ababa University, Etipia). Mestre em
divindade (Nairbi Evangelical Graduate School of Theology [NEGST],
Qunia). PhD (Trinity Interna tional University, Illinois, EUA). Foi
pastor da Church of Christ durante mais de dez anos. Atualmente
professor de estudos do AT na NEGST. Introduo literatura
sapiencial; J; Salmos; Provrbios; Eclesias- tes; Cntico dos
Cnticos; Ezequiel; A histria de Israel Isaak, Paul John. Namibiano.
Evangelical Lutheran Church. Mestre em cincias da religio (Pacific
Lutheran Theological Seminary, Califrnia, EUA), mestre em teologia
e PhD (Lutheran School of Theology, Chicago, EUA). Coordenador do
departa mento de religio e teologia, University of Namibia. Lucas
Kantiok, James B. Nigeriano. Licenciado em estudos sociais (Ahmadu
Bello University, Zaria, Nigria). Mestre em psicologia educacional
e em treinamento de professores e programas de avaliao (University
of Jos, Nigria), mestre em missiologia e doutor em estudos
interculturais (Fuller Theological Seminaiy, Califrnia, EUA). Foi
professor adjunto na Califrnia Lutheran University. Atualmente
professor da Azusa Pacific University, Califrnia, EUA. Os cristos e
apoltica Kapolyo, Joe M. Zambiano. Batista. Formado em teologia
(Lon don Bible College, Inglaterra). Mestre em antropologia social
(University of London, Inglaterra) e em teologia exegese do NT
(Aberdeen University, Esccia). Candidato a PhD (University of
London). Foi diretor do Theological College of Central Africa,
Zmbia, e diretor do Ali Nations Christian College, Inglaterra.
Atualmente pastor da Edmonton Baptist Church na regio norte de
Londres, Inglaterra. Mateus Kasali, David M. Congols (RDC). Mestre
em geografia e pe dagogia (Institut Suprieur Pdagogique de Bukavu).
Mestre em divindade e doutor em Novo Testamento (Trinity
Evangelical Divinity School, Chicago, EUA). Foi vice-chanceler na
Nairbi Evangelical Graduate School of Theology (NEGST), Qunia. Atu
almente presidente da Christian Bilingual University of Congo.
Romanos Kassa, Tesfaye D. Etope. Formado em medicina (Addis Ababa
University, Etipia). Bacharel em teologia (East Africa School of
Theology, Nairbi, Qunia). Mestre em divindade (Nairbi Evangelical
Graduate School of Theology [NEGST], Qunia). Foi mdico na Etipia e
pastor da Nairbi Pentecostal Church. Fundou e atualmente dirige a
organizao Discipleship Pathway Community International. Hebreus
Kinoti, George. Queniano. Formado em zoologia e qumica. Ps-
graduado em parasitologia aplicada e entomologia. Doutor em
parasitologia (University of London, Inglaterra). Foi professor na
Makerere Universtity, Uganda, e Nairbi University, Qunia. Fundador
e, atualmente, diretor do African Institute of Scientific Research
and Development (AISRED), Nairbi, Qunia. 0 cristo e o meio ambiente
Kisau, Paul Mumo. Queniano. Bacharel em teologia (Scott Theological
College, Machakos, Qunia). Mestre em divinda de (Nairbi Evangelical
Graduate School of Theology [NEGST], Qunia). PhD (University of
Aberdeen, Esccia). Foi diretor in terino de assuntos acadmicos do
Scott Theological College. Atualmente professor assistente na
International School of Theology, Qunia. Atos dosApstolos Koss,
Kuzuli. Congols. Mestre em teologia (Facult de Tho logie Evanglique
de Bangui [FATEB], Repblica Central da frica). Doutor em misses
(TrinityInternational University, Illi nois, EUA). Atualmente
professor de missiologia na FATEB. A unidade dos crentes
Koudougueret, Rosalie. Repblica Central da frica (RCA). Bacharel em
Bblia e teologia e mestre em teologia (Facult de Thologie
Evanglique de Bangui [FATEB], Repblica Central da frica). Foi
coordenadora do programa de treinamento de mulheres, FATEB.
Atualmente professora na FATEB. 1 e 2Tessalonicenses Kunhiyop,
Samuel Waje. Nigeriano. Bacharel em teologia (Evan gelical Church
of West Africa [ECWA] Theological Seminaiy, Ni gria). Mestre em
teologia exegtica (Western Baptist Seminaiy, Portland, Oregon,
EUA). PhD (Trinity International University, Illinois, EUA). Foi
deo de alunos e atualmente reitor e profes sor de teologia e tica
no ECWATheological Seminary. Feitiaria Larbi, E. Kingsley. Gans.
Bacharel em Bblia e teologia (Pan Africa Christian College, Qunia).
Mestre em divindade e teolo gia (Nairbi Evangelical Graduate School
of Theology [NEGST]), Qunia). PhD (University of Edinburgh,
Esccia). Foi vice-chan- celer do Central University College, Accra,
Gana. Atualmente presidente da Regent University Acra, Gana.
Cura
15. xvi Lasisi, Lawrence Adenyi. Nigeriano. Bacharel em
teologia (Christ International Divinity College, Erinmo, Nigria).
Mestre em divindade (Acadia University, Wolfville, Nova Scotia,
Canad) e em estudos islmicos (Hartford Seminary, Connecticut, EUA).
Doutor em estudos interculturais (Fuller Theological Seminary,
Califrnia, EUA). Atualmente pastor do Springs of Hope Chris tian
Ministries, Califrnia, EUA, e professor adjunto da School of
Professional Studies, Hope International University, Fuller- ton,
Califrnia. Sincretismo Lawanson, Aderemi (Remi) Tesilimi.
Nigeriano. Formado em cincias estatsticas (University of Lagos).
Mestre em estudos interculturais e candidato a PhD (Fuller
Theological Seminary, Califrnia, EUA). Foi diretor executivo da
comisso de inten- dncia e prestao de contas da Association of
Evangelicals in Africa. Atualmente encontra-se no Fuller
Theological Seminary. Poder e responsabilidade Mautsa, Makoto
Lloyd. Zimbabuano. Formado em engenharia mecnica (University of
Applied Science, Colnia, Alemanha). Mestre em engenharia agrcola
(University of Zimbabwe). Foi engenheiro pesquisador no Instituto
de Engenharia Agrcola, Ministrio da Agricultura, Zimbbue.
Atualmente gerente de pesquisa, desenvolvimento e manuteno em
Hastt, Zimbbue. 0 conceito de terra Milasi, Judith A. Queniana.
Formada em ministrio pastoral (Grace College of East Africa,
Nairbi), bacharel em Bblia e teologia (East African School of
Theology, Qunia). Foi arqui vista do Grace College of East Africa;
assistente pessoal do dr. Tokunboh Adeyemo, editor geral do
Comentrio bblico africa no. Atualmente assistente pessoal do
coordenador do projeto SIM Pastors Book Set, Qunia. Ritos de
iniciao Mojola, Aloo Osotsi. Queniano. Anglicano. Bacharel e mestre
em cincias humanas (University of Nairbi). Doutor em filosofia
(University of Nairbi) e em lingstica e filosofia (University of
Frankfurt, Alemanha). Estudou hebraico e geografia bblica em
Jerusalm (Jerusalem Bible College, Israel). Foi professor da
University of Nairbi, Qunia, e consultor de traduo da United Bible
Societies. Atualmente coordenador regional de traduo da frica para
a United Bible Societies. A traduo daBblia nafrica Muriithi, Sicily
Mbura. Queniana. Bacharel em teologia e di vindade (St Pauls United
Theological College, Limuru, Qunia). Mestre em religio e
transformao social e PhD (University of KwaZulu-Natal, frica do
Sul). Foi pastora da Presbyterian Church of East Africa, Qunia, e
capel em escolas de ensino mdio no Qunia. Atualmente professora da
Presbyterian Uni versity, Qunia. lPedro; Mutilao genitalfeminina
Musekura, Celestin. Ruands. Batista. Bacharel em teologia (Kenya
Highlands Bible College). Mestre em divindade (Nairo- bi
Evangelical Graduate School of Theology [NEGST], Qunia).. Mestre em
teologia e candidato a PhD (Dallas Theological Seminary, Texas,
EUA). Foi diretor do ministrio de reconcilia o, MAP International.
Fundador e, atualmente, presidente da organizao African Leadership
Reconciliation Ministries, Nairbi. Refugiados Musibi, Patrick
Moses. Queniano. Armed Forces Training Col lege (Lanet, Qunia).
Curso para oficiais de logstica (Royal Air Force College, Cranwell,
Inglaterra). Atualmente est concluin do o curso superior em
economia de desenvolvimento (Pacific Western University, Los
Angeles, EUA). Foi major da Fora Area do Qunia. Atua hoje como
consultor para o programa Putting Children on the MilitaryAgenda,
Nairbi. A autoridade e aBblia Musopole, Augustine. Malauiano.
Formado em cincias sociais (Chancellor College, University of
Malawi) e bacharel em divin dade (University of London,
Inglaterra). Mestre em teologia e filosofia e PhD (Union
Theological Seminary, Nova York, EUA). Foi secretrio geral do
Malawi Council of Churches. Atualmen te professor assistente na
Chang jung Christian University, Taiwan. Obadias Mutonono, Dwight
S. M. Zimbabuano. Bacharel em Bblia e teologia (University of South
Africa). Mestre em liderana e administrao (African Leadership and
Management Acade- my, Zimbbue). Foi controlador de trfego areo nos
aero portos de Prince e Harare e pastor administrativo do Faith
Ministries. Atualmente diretor administrativo da African Leadership
and Management Academy (ALMA) e pastor do Faith Ministries. 0
conceito de terra Ndjerareou, Abel Laoundoye. Chadiano. Bacharel em
teolo gia (Facult Libre de Thologie Evanglique, Vaux-sur-Seine,
Frana). Mestre em teologia do NT (Trinity Evangelical Divinity
School, Chicago, EUA). Doutor em exegese do AT (Dallas Theo logical
Seminary, Texas, EUA). Foi diretor da Shalom Evangeli cal School of
Theology no Chade. Atualmente diretor da Facul t de Thologie
Evanglique de Bangui (FATEB) na Repblica Central da frica. Introduo
ao Pentateuco; xodo; Jav e outros deuses Ngewa, Samuel M. Queniano.
Bacharel em teologia (Ontario Bible College, Canad). Mestre em
divindade (Trinity Interna tional University, Deerfield, Illinois,
EUA). Mestre em Novo Testamento e doutor em interpretao bblica
(Westminster Theological Seminary, Filadlfia, EUA). Foi professor
do Scott Theological College. Atualmente professor de estudos do
NT
16. xvii na Nairbi Evangelical Graduate School of Theology
(NEGST), Qunia. Gnesis; Deuteronmio; Salmos; 0 perodo
intertestamentrio; Prin cpios de interpretao; Joo; Glatas; 1, 2 e
3Joo; Casamento, divrcio e novo casamento; Legalismo; A natureza da
igreja; Vida e doutrina; O lugar dos sacrifcios tradicionais
Ngundu, Onesimus. Zimbabuano. Bacharel em teologia (Phila- delphia
Biblical University, Pensilvnia, EUA). Mestre em teo logia bblica e
lnguas bblicas e doutor em teologia do Novo Testamento (Dallas
Theological Seminary, Texas, EUA). Mestre em histria do
cristianismo (University of Edinburgh, Esccia). Candidato a doutor
em histria da igreja (University of Cam bridge, Inglaterra).
Atualmente diretor do Harare Theological College, Zimbbue.
Apocalipse Njoroge, Nyambura J. Queniano. Bacharel em divindade (St
Pauls United Theological College, Limuru, Qunia). Mestre em cincias
humanas (Louisville Theological Seminary, Kentucky, EUA). Doutor em
teologia africana e tica social crist (Prin- ceton Theological
Seminary, Nova Jersey, EUA). Foi pastor da Igreja Presbiteriana do
Qunia. Atualmente secretrio execu tivo do programa ecumnico de
educao teolgica do Conselho Mundial de Igrejas, Genebra, Sua.
Opapel das mulheres na igreja Nkansah-Obrempong, James. Gans.
Bacharel em cincias humanas (Pan Africa Christian College, Qunia).
Mestre em divindade e teologia (Nairbi Evangelical Graduate School
of Theology [NEGST], Qunia). Doutor em teologia (Fuller Theo
logical Seminary, Califrnia, EUA). Foi diretor regional (frica) da
organizao Misses Portas Abertas. Atualmente profes sor de teologia
da NEGST. Anjos, demnios e autoridades; Heresia teolgica Nsiku,
Edouard Kitoko. Congols (RDC). Batista. Formado em psicologia
pastoral e mestre em Antigo Testamento (Facul dade Teolgica Batista
de Braslia, Brasil). PhD (University of KwaZulu-Natal, frica do
Sul). Membro da Baptist Community Church of Congo River. Lecionou
em vrios seminrios teolgi cos no Brasil e atuou na organizao
International Fellowship of Evangelical Students em Moambique.
Atualmente consultor de traduo para a United Bible Societies, em
Maputo. Isaas Nwankpa, Emeka. Nigeriano. Formado em direito (Ahmadu
Bello University, Zaria, Nigria). Exerceu advocacia em Lagos,
Nigria. Fundador e presidente da Africa House of Prayer/Inter-
cessors for Africa, em Accra, Gema. Idolatria Obed, Uzodinma.
Nigeriano. Doutor em educao fsica (Univer sity of Ibadan, Nigria).
Foi professor da University of Ibadan. Atualmente coordenador
internacional do Apostolic Disci- pleship Movement (ADM) e pastor
do GloryTabemacle Ministry, Ibadan, Nigria. Culto nos lares Oginde,
David. Queniano. Formado em arquitetura (Universi ty of Nairbi,
Qunia). Certificado em estudos bblicos (Trinity Evangelical
Divinity School, Chicago, EUA). Cursando mestra do em liderana
(Trinity Western University, British Columbia, Canad). Foi
secretrio geral da organizao Fellowship of Christian University
Students (FOCUS). Atualmente pastor da Nairbi Pentecostal Church,
Valley Road. Josu;Judeus e gentios Okaalet, Peter. Ugandense.
Anglicano. Mdico cirurgio (Make- rere University, Uganda). Mestre
em divindade e teologia (Nairo- bi Evangelical Graduate School of
Theology [NEGST], Qunia). Foi ministro da Igreja Anglicana em
Uganda e no Qunia. Atual mente professor honorrio no African
Leadership Development Institute, Pietermaritzburg, frica do Sul, e
diretor africano da MAP International. HlV/aids Okorocha, Eunice
Iheoma. Nigeriana. Formada em pedagogia (University of Ibadan,
Nigria). Mestre em aconselhamento e orientao pedaggica (Ahmadu
Bello University, Zaria, Nig ria). Doutora em educao internacional
e aconselhamento inter- cultural (University of Surrey,
Inglaterra). Atualmente, ministra com seu marido na Igreja
Anglicana da Nigria e trabalha como freelance em programas de
conscientizao cultural crist. Questes culturais e mensagem bblica
Ouedraogo, Adama. Burquinense. Formado em teologia (1Institut
Thologique de Katadji, Costa do Marfim). Foi pre sidente da
organizao Action Missionnaire des Assembles de Dieu de Cte dIvoire
e pastor da Igreja Assembleia de Deus de Adjame, Abidj, Costa do
Marfim. Atualmente pastor da Igreja Evanglica Assembleia de Deus,
Riviera II, Costa do Marfim, e professor do Institut Thologique de
Katadji et Daloa, Costa do Marfim. A fea busca de sinais; Profetas
e apstolos Phiri, Isabel Apawo. Malauiana. Formada em pedagogia
(Chan- cellor College, University of Malawi). Mestre em ensino
religio so (Lancaster University, Inglaterra). PhD (University of
Cape Town, frica do Sul). Foi professora das universidades do Ma-
lui e Nambia. Atualmente diretora da Faculdade de Religio e
Teologia da University of KwaZulu-Natal, frica do Sul, e coor
denadora do Circle of Concemed African Women Theologians. Rute;
Estupro; A Bblia e apoligamia; Casamento e lobolo Pohor, Rubin.
Costa-marfinense. Formado em histria. Ps-gra duado em antropologia
da religio. Doutor em cincias dareligio (cole Pratique des Hautes
tudes, Sorbonne, Paris, Frana).
17. xviii Foi coordenador interino do departamento de
antropologia e sociologia da lUniversit de Bouak, Costa do Marfim.
Atual mente diretor do 1institut Pastoral Hbron, Costa do Marfim.
Escravido; Tribalismo, etnicidade e raa Reggy-Mamo, Mae Alice.
Afro-americana. Formada em ingls (Douglass College, Rutgers
University, Nova Jersey, EUA). Mes tre em pedagogia (Harvard
University, Massachusetts, EUA). Doutora em pedagogia (University
of Maryland, EUA). Foi con sultora de alfabetizao para a fricajunto
United Bible Socie ties. Atualmente diretora do programa de educao
de adultos do Total Grace Christian Centre e professora adjunta no
Beulah Heights Bible College, Atlanta, Gergia, EUA. A herana da
viva; Vivas e rfos Semenye, Lois Mvuli. Queniana. Presbiteriana.
Formada em histria e Bblia (Covenant College, Tennessee, EUA).
Mestre em educao (Reformed Theological Seminary, Mississippi, EUA).
PhD e doutora em educao (Biola University, Califrnia, EUA). Foi
professora da Daystar University, Nairbi, Qunia e diretora
administrativa do Christian Leaming Materials Center. Atualmente de
de ensino e coordenadora de educao crist da Nairbi International
School of Theology. Ester; A educao crist nafrica Simfukwe, Joe M.
Zambiano. Batista. Bacharel em teologia (Spurgeons College,
Londres, Inglaterra). Ps-graduado em teo logia (Australian College
of Theology, Sidney) e candidato a mestre emteologia. Atualmente
diretor do Theological College of Central Africa, Ndola, Zmbia.
Funerais e ritos de enterro Soungalo, Soro. Costa-marfinense.
Bacharel em teologia (Fa cult Libre de Thologie Evanglique,
Vaux-sur-Seine, Frana). PhD (Paris). Atualmente pastor da Igreja
Batista Evanglica da Costa do Marfim, professor de teologia
pastoral da Facult de Thologie Evanglique de 1AUiance Chrtienne
(FATEAC, Abidj) e presidente do Evangelical Training Center for
Commu- nication in Africa (CEFCA) em Abidj, Costa do Marfim.
Filemom; Novos relacionamentosfamiliares; Famlia e comunidade;
Favoritismo Turaki, Yusufu. Nigeriano. Evangelical Church of West
Africa (ECWA). Bacharel em teologia (IgbajaTheological Seminary, Ni
gria). Mestre em teologia e tica (Gordon-Conwell Theological
Seminaiy, Massachusetts, EUA). Doutor em tica social (Boston
University, Massachusetts, EUA). Foi reitor do ECWA Theologi cal
Seminary, Jos, Nigria, secretrio geral da ECWA e secret rio
executivo da comisso de tica, paz e justia da Association of
Evangelicals in Africa. Atualmente consultor de traduo da
International Bible Society. Efsios; Opapel dos ancestrais; A
Bblia; Democracia; Secularismo e materialismo; Verdade, justia,
reconciliao e paz; Violncia; Ho mossexualidade; A igreja e o Estado
Weanzana, Nupanga. Congols (RDC). Evangelical Community Church.
Mestre em teologia (Facult de Thologie Evanglique de Bangui
[FATEB], Repblica Central da frica). Doutor em estudos do AT
(University of Pretria, frica do Sul). Foi vice- presidente da
FATEB. Atualmente deo acadmico da FATEB. 2Samuel; 1 e 2Crnicas;
Esdras; Neemias; Salmos Yilpet, Yoilah. Nigeriano. Anglicano.
Formado (com honras) em qumica (Ahmadu Bello University, Zaria,
Nigria). Mestre em divindade e doutor em teologia do AT (Trinity
International University, Illinois). Foi pastor assistente da
Christ Episcopal Church, Waukegan, Illinois, EUA. Atualmente
trabalha no de partamento de cincias da religio da Jos University,
Nigria. Introduo aos profetas; Joel; Miqueias; Sofonias; Ageu;
Zacarias; Malaquias.
18. COMENTRIO BBLICO AFRICANO
19. 3 AS ESCRITURAS COMO INTRPRETES DA CULTURA E DA TRADIO O
Comentrio bblico africano busca relacionar as Escrituras s culturas
africanas e, com isso, encontrar maneiras pe las quais o evangelho
pode ser considerado relevante para essas culturas. importante que,
nesse processo, tanto lei tores quanto escritores evitem a
simplificao excessiva da natureza dessa relao. O que cultura? A
cultura no consiste apenas em msica, dana, artefatos e outros
elementos do gnero. Nossa cultura nossa cosmo- viso, ou seja,
fundamental para nossa compreenso de quem somos, de onde viemos e
para onde estamos indo. Dentro de ns e ao nosso redor, o que nos
define e mol da. Quando aceitamos a Cristo como Senhor, entregamos
a ele tudo o que h em ns, que se relaciona conosco e est ao nosso
redor, aquilo que nos definiu e moldou. Assim, a salvao abrange no
apenas a nossa alma, mas tambm a nossa cultura em seu nvel mais
profundo. Precisamos permitir que as Escrituras tornem-se
intrpretes de quem somos no sentido concreto e especfico de nossa
identidade dentro de nossas culturas e tradies. O que so as
Escrituras? Porm, reconhecer a centralidade das Escrituras para
nossa identidade no significa demonizar nossa cultura tradicional
nem aprender a citar determinados versculos e captulos para apoiar
certas posies que assumimos devido a nossas origens denominacionais
ou tradicionais. A centralidade das Escrituras mais fundamental e
sua relevncia ultrapassa em muito esses comportamentos. As
Escrituras so um prisma Quando a luz passa por um prisma, revela-se
do outro lado como um arco-ris. Semelhantemente, quando nossas cul
turas passam pelo prisma das Escrituras, ns as vemos de uma nova
maneira, pois elas revelam a luz e a sombra in trnsecas dessas
culturas. No somos mais definidos por nossas tradies; antes,
permitimos que essas tradies se jam interpretadas pelas Escrituras.
As Escrituras so um registro do envolvimento de Deus com a cultura
As Escrituras no so apenas um relato da histria e religio de Israel
e da igreja primitiva. Tambm registram a relao de Deus com seu povo
e com sua cultura, sendo, elas mes mas, fruto desse envolvimento.
Assim, as Escrituras servem de parmetro ou modelo para incentivar,
identificar e con trolar todos os envolvimentos subsequentes do
evangelho com a cultura na relao divina-humana contnua que ca
racteriza a nossa f. As Escrituras como mapa As Escrituras so o
mapa oficial da nossa jornada de f, uma jornada que comeou antes de
crermos em Cristo. Esse mapa nos lembra de que nossa jornada no se
iniciou no momento em que o recebemos. Ao olharmos para o mapa das
Escrituras, podemos ver de onde viemos e como chegamos onde
estamos. Ele tambm aponta para o rumo que devemos tomar a fim de
alcanar nosso destino. Os primeiros pregadores do evangelho
enfatizaram esse discer nimento ao usarem com frequncia a expresso
segundo as Escrituras. Paulo lembra Timteo do papel norteador da
Palavra (2Tm 3:16), demonstra seu uso ao relatar parte da histria
dos israelitas e conclui: Estas coisas lhes sobre vieram como
exemplos e foram escritas para advertncia nossa (1Co 10:1-11).
Muitas vezes, os pastores escolhem determinado texto e o usam como
ponto de partida para apresentar as prprias ideias; mas no era
assim que os apstolos pregavam. Na Bblia, o significado das
Escrituras apresentado como um todo e aplicado situao cultural e
social concreta dos ouvintes. Precisamos fazer o mesmo para que as
Escrituras sejam o mapa que nos conduzir ao nosso destino. As
Escrituras so a nossa histria Todas as referncias s Escrituras no
Novo Testamento re metem ao Antigo Testamento, apesar de serem
dirigidas, em sua maior parte, a gentios de origem cultural distin
ta daquela dos judeus. No entanto, ao falar aos gentios de Corinto,
Paulo se refere aos nossos pais (IC o 10:1). A histria de Israel
havia se transformado na histria ado tiva dos gentios, pois todos
aqueles que creem em Cristo se tornam filhos de Abrao (Cl 3:26-29)
e so enxertados na oliveira original (Rm 11:7-20). Assim tambm,
todos os cristos so escravos que foram libertos (Cl 4:7). Todos ns,
com nossas tradies, fomos adotados em Cristo e, portan to, somos
transformados com nossas tradies. O Deus de Israel no um Deus
tribal, mas sim o Deus que criou toda a humanidade. As Escrituras
so a base da nossa identidade A igreja primitiva foi tentada a
considerar os cristos gen tios como judeus de segunda categoria,
retardatrios. No entanto, no Concilio de Jerusalm (At 15), os
apstolos reconheceram que Deus estava fazendo algo novo. Paulo
argumenta no mesmo sentido quando escreve como se houvesse, ento,
trs categorias de pessoas: judeus, gen tios e algo novo, chamado
igreja de Deus (1 Co 10:32; 2Co 5:17; Ef 2:14-18). Nas primeiras
dcadas da igreja, alguns escritores cris tos se referiram ao
cristianismo como uma terceira raa. A primeira raa era a dos
judeus; a segunda, a dos gentios, e a terceira, a dos cristos. A
base para essa nova identidade era religiosa, e no tica, nacional,
social ou cultural no sentido mais estrito. Tornamo-nos um "reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai" (Ap 1:5-6; 1Pe 2:9-10). As
Escrituras so nossa narrativa As Escrituras no so apenas um livro
sagrado do qual extramos ensinamentos e princpios bblicos. Tambm so
uma narrativa da qual participamos. Quando David Livin- gstone
pregou na Africa no sculo dezenove, diz-se que ele sempre se
referia Bblia como a mensagem do Deus que vocs conhecem. Em outras
palavras, as Escrituras falam a
20. 4 ns porque falam sobre ns. E falam sobre ns porque faze
mos parte do evangelho que pregamos. Paulo possua uma percepo clara
desse fato, enfatizando que Deus havia tido misericrdia dele e que,
agora, ele era chamado para pre gar a outros (1Co 15:8-11). Os
africanos tm uma forte conscincia de sua jornada religiosa pr-crist
e devem ficar atentos para essa parti cipao nas Escrituras. Sem
dvida, foi o que fez o profe ta liberiano William Wad Harris
(1865-1929), o primeiro profeta cristo africano a se distinguir nos
tempos moder nos e contribuir de forma expressiva para o
crescimento da igreja. Harris se separou de sua etnia grebo e de
sua famlia numa converso radical, mas no ficou desprovido de
ancestrais nem de uma comunidade. Ele simplesmente trocou seus laos
familiares por vnculos baseados na f no Cristo revelado nas
Escrituras. Sua espiritualidade era carac terizada por sua
participao vital na vida em comunidade, algo inerente cultura
africana. Harris no pensava em ter mos daquilo que Moiss fez ou
jesus disse na Bblia, mas em como seus novos ancestrais, Moiss,
Elias e, de forma suprema, jesus Cristo, interagiam com ele. Foi
assim que alcanou tantas pessoas para Cristo. Na cultura africana,
as comunidades e os grupos tnicos so constitudos e definidos pela
participao numa vida comum. Quando uma libao derramada, a
comunidade recita o nome de todos aqueles que esto ausentes, tra
tando-os como se estivessem presentes. Fiis tradicionais invocam
seus antepassados e acreditam que estes se en contram presentes na
cerimnia subsequente. (Ser que temos convico semelhante da presena
de jesus quando oramos?) Em termos cristos, participamos de Cristo
e, portanto, dos recursos e poderes de toda a comunidade,
constituda daqueles que esto unidos a Cristo por meio do Esprito.
Essa comunidade inclui tanto os vivos quanto os mortos (Lc
20:33-38). uma comunidade transcendente na qual seus membros
humanos experimentam e participam da vida e natureza de Deus (2Pe
1:14). Reunindo as Escrituras e a cultura No devemos nos concentrar
em extrair princpios da Bblia e aplic-los cultura. As Escrituras no
so um livro que existe independentemente de ns. So o testemunho
vivo daquilo que Deus fez e continua a fazer, e ns somos parte
desse testemunho. Os personagens das Escrituras so, ao mesmo tempo,
nossos contemporneos e antepassados. Suas vitrias e seus fracassos
nos ajudam a entender a nossa jornada de f (Rm 11:18). As
Escrituras no so apenas algo em que cremos, so algo de que
participamos. por isso que as pessoas da Bblia no sero aperfeioadas
sem ns (Hb 11:40), nem ns sem elas. A aplicao das Escrituras nossa
cultura um processo gradativo de unio de vida. Nossa cultura em
particular tocada pela ao de Deus, que constri ao longo da hist ria
comunidades constitudas do seu povo, nas quais so mos includos,
assim como nossas tradies, nossa histria e cultura especficas. Aos
poucos, participaremos de uma semelhana familiar que no medida
segundo particulari dades tnicas, mas segundo o prprio Cristo (Ef
4:1 3). As Escrituras e a cultura sao como crculos que vo se apro-
N atural A dap tvel ximando gradativamente at se fundirem e terem o
mesmo centro, medida que nos reco nhecemos nas Escrituras e que as
Escrituras se tornam cada vez mais reconhecveis em nossa narrativa.
O processo de reunir o evangelho e a cultura se esten de por vrias
geraes. Buscar uma "resposta" definitiva para determinado problema
cultural entender equivocadamente o processo pelo qual uma co
munidade e um povo passam a se considerar chamados para ingressar
no povo de Deus e participar dessa comunidade. Esse processo, tanto
no passado como agora, sempre requer o envolvimento de vrias
geraes. Todos os esfor os dos cristos de origens diversas no
sentido de reunir o evangelho e a cultura so parte essencial da
nossa narrativa. Para compreendermos plenamente o impacto do evange
lho em seu envolvimento com qualquer ambiente cultural especfico,
precisamos conhecer a luta da antiga Israel para aceitar a
singularidade e majestade de jav e os lapsos, as apostasias,
calamidades, tragdias e os triunfos desse povo. Tambm precisamos
saber de que maneira os santurios terrenos africanos de hoje so
relacionados aos caminhos de Deus. Precisamos saber como o
evangelho foi levado de Alexandria para Axum, da Irlanda para a
Inglaterra, do su deste de Gana para seu extremo nordeste. Nenhuma
parte da narrativa do povo de Deus independente ou mais im portante
do que outra. O evangelho no tem uma cultura de residncia
permanente. medida que nos apropriamos das experincias e lutas de
um contexto, afunilando-as por nossa leitura e experincia das
Escrituras em nossa lngua me, descobrimos que outras narrativas
crists esclarecem nossa prpria histria. As Escrituras, a lngua e a
cultura A lngua materna das Escrituras tem um lugar fundamental no
envolvimento do evangelho com a cultura. Se as pesso as consideram
Onyankopon (como Deus chamado pelo povo akan em Cana) o Deus
conhecido desde tempos imemoriais seu Salvador, e entendem a vinda
do evan gelho como aquilo pelo que estavam esperando, porque Deus
continua a garantir que todos os povos o ouviro, cada um em sua
prpria lngua, para que se maravilhem com sua majestade e seu amor.
Nossa lngua materna a lngua na qual Deus fala com cada um de ns.
Ele no fala numa lngua sagrada, mas numa lngua comum, para que
possamos ouvi-lo e entender que seu evangelho se refere a ns e que
fomos convidados a ingressar numa comunidade constituda de membros
de todas as naes, tribos, povos e lnguas (Ap 7:9). Kwame
Bediako
21. 0 ANTIGO TESTAMENTO
22. 7 INTRODUO AO PENTATEUCO A palavra Pentateuco um termo
grego usado pela pri meira vez na Septuaginta, a traduo grega
antiga da Bblia. Significa, literalmente, cinco rolos, ou seja, os
cinco primeiros livros da Bblia: Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros e
Deuteronmio. Na Bblia hebraica, esses livros so conhecidos como a
Tor, uma palavra que abrange a ideia de ensinamento e lei. Contam a
histria do povo de Israel desde seus primrdios at o momento em que
estavam prestes a entrar na terra que Deus lhes promete ra. Durante
o perodo que esse relato histrico abrange, o povo recebeu a lei no
Sinai. Autor Os cinco livros so agrupados sob um nico nome, pois
apresentam evidncias claras de terem sido redigidos como um
conjunto e, possivelmente, por um nico autor humano. As tradies
judaicas e crists afirmam de longa data que esse autor foi Moiss.
Vrias passagens do Pen tateuco afirmam que Moiss escreveu a lei e a
histria do povo de Israel (x 17:14; 24:4; 34:27; Nm 33:1-2; Dt
31:9). Ao que parece, escritores bblicos posteriores tambm
consideraram Moiss o autor da Tor (Js 1:7-8; 2Cr 25:4; 35:12; Ed
6:18; Ne 13:1). At mesmo jesus se referiu ao Pentateuco como Livro
de Moiss (Mc 12:26) e Lei de Moiss (Lc 24:44) e afirmou que Moiss
[...] escreveu a meu respeito (Jo 5:46-47). Porm, apesar de
aceitarmos Moiss como o autor, devemos reconhecer que algumas
partes do texto foram reescritas posteriormente de modo a atualizar
palavras, nomes de lugares e genealogias. Vemos um exemplo disso na
referncia aos reis israelitas em Gnesis 36:21. possvel que essas
mudanas tenham sido feitas com fins didticos, para tornar o texto
mais compreensvel s geraes seguintes. Alguns comentaristas preferem
considerar essas mu danas como evidncias de que os livros da Tor
foram escritos depois do tempo de Moiss com base em tradi es orais,
mas a discusso dessa questo no produ tiva. Afinal, como acontece
com as histrias africanas, o mais importante no o autor. O que
importa a exis tncia de uma mensagem relevante para a comunidade.
No obstante o seu autor, o Pentateuco apresenta gran de coerncia
textual e teolgica. Sua teologia extrema mente relevante para a
frica nos dias de hoje. Coerncia A coerncia da redao fica evidente
nos fortes elos ob servados entre os cinco livros. Nenhum deles
pode ser entendido sem os outros e todos apontam para o Deus nico.
O mesmo Deus o Criador (Gn 1:1), o Deus dos patriarcas (Gn 17:1-8;
31:42), o Deus que liberta o povo hebreu do Egito (x 2:24; 3:6,15)
e o Deus que estabele ce a sua lei (Lv 1:1; 26:42; Nm 1:1; 32:11;
Dt 1:8; 4:32). O livro de Gnesis, em particular, lana os alicerces
para a compreenso dos quatro livros seguintes, pois o interesse de
Deus por Israel s pode ser explicado em funo de sua promessa a
Abrao. A lei em si tambm pode ser compreendida como derivao dos
princpios iniciais estabelecidos na criao. Por exemplo, os seres
humanos foram incumbidos de exercer domnio sobre a criao de Deus
(Gn 1:26-28). Assim, no de surpreender a proibio de se coloca rem
na posio ridcula de adorar dolos representando as coisas sobre as
quais deveriam exercer domnio (x 20:4). Semelhantemente, a lista
extensa de regras em Le vtico no pode ser entendida sem o conceito
de pecado e a seriedade de suas conseqncias (Gn 3:1 4:15). As
regras podem ser consideradas uma lio prtica ou uma disciplina a
ser seguida a fim de evitar o pecado. A terra de Cana, a terra
prometida, faz eco ao jardim do den. Uma vez eliminados os antigos
habitantes que a contaminaram com sua imoralidade desde os primr
dios, a terra se torna smbolo de um novo lugar de har monia entre o
povo, seu Criador e a prpria criao (Gn 2:8; 9:24-25; 17:8; Lv 18:3;
Nm 33:55; Dt 6:1 -3). Essa coerncia temtica do Pentateuco acompa
nhada da coerncia em seu contedo teolgico. Os li vros visam a
instruo. Como todo bom mestre, seu autor emprega vrios estilos
literrios para comunicar sua mensagem: narrativas, cnticos,
poesias, tratados e alianas, um cdigo legal e genealogias. Todos
comuni cam a mesma mensagem sobre a natureza de Deus ele soberano,
fiel e santo. Na histria do povo hebreu, descrito o aprendizado
desse povo sobre a vida em comunho com um Deus soberano e santo,
sobre como se beneficiar plenamente das bnos associadas a essa
comunho e como ser exemplo para outras naes (Gn 18:18; Dt
7:6,12-13). A soberania de Deus A Tor lana um dos alicerces do
monotesmo ao afirmar a supremacia de Deus. Essa supremacia se
expressa em seu prprio nome, lav (Eu sou o que sou), que expressa
sua natureza eterna (x 3:14-15). Uma vez que os judeus se mostravam
relutantes em pronunciar o nome de Deus, ele traduzido com
frequncia como S enhor no Antigo Testamento de vrias verses da
Bblia. Aquele que no limitado pelo tempo tambm o Criador de todas
as coisas e exerce poder supremo sobre sua criao. Esse fato
demonstrado na soberania que exerce sobre Fara e os elementos
naturais deificados pe los egpcios (x 7:14 10:29).
23. 8 Cabia ao povo hebreu experimentar a natureza eterna de
Deus passando de gerao em gerao o conhecimen to de Deus e seus
mandamentos. As comemoraes e o ensino so temas constantes no
Pentateuco (x 13:8-9; 20:12; Lv 23; Dt 6:1-9). Devemos observar
tais elementos em nossa sociedade cuja tradio , na maior parte,
oral, de modo que quando uma pessoa idosa morre, como se perdssemos
uma biblioteca. Precisamos transmitir as virtudes de nossa cultura
que se mostram concordantes com a natureza de Deus. O comentrio que
voc tem em mos um exemplo de como isso pode ser feito. O povo
hebreu tambm devia colocar em prtica a autoridade de Deus sobre sua
criao. Alm de recusa rem subordinar-se s coisas criadas, tambm no
de viam sujeitar-se a outros povos. Como ex-escravos que eram,
deviam sujeitar-se somente ao Senhor (x 20:3; Dt 15:12-14). Essa
ideia tambm se aplica a ns nos dias de hoje. Muitas vezes, o
progresso em nosso continente paralisado pelas foras da natureza,
que suportamos em vez de administrar, e por uma reverncia cega a
qualquer forma de autoridade humana. A fidelidade de Deus A segunda
maior caracterstica de Deus apresentada nes tes livros sua
fidelidade, refletida na promessa feita a Abrao (Gn 24:27). Os
relatos dos incontveis fracassos dos israelitas no deserto, que
constituem grande parte destes livros, do ensejo a que Deus
demonstre sua pa cincia (x 32:9-14; 34:6). O povo hebreu chamado a
desenvolver um relacionamento de fidelidade semelhante quele que
Moiss desfrutava com o Senhor (Nm 12:7; Dt 6:5; 7:7-11). A
santidade de Deus A santidade de Deus mostrada ao longo de todo o
Pen tateuco. O termo se refere diferena ou distncia en tre Deus e a
humanidade pecaminosa (x 15:11; 26:34; 28:36). O povo hebreu foi
chamado para ser semelhante ao Senhor quanto santidade (Lv
11:44-45; Dt 7:6), de monstrando um comportamento adequado e
obediente s leis de Deus e realizando rituais como smbolo de seu
arrependimento. Era a santidade, e no os vnculos com a terra ou a
famlia, que distinguia Israel das outras naes (Dt 26:19; 33:8-10).
Esse convite a uma reunio fiel em torno de valores que transcendem
os laos familiares e t nicos importante para os cristos africanos
que desejam viver em comunidades estveis e pacficas. Os primeiros
leitores do Pentateuco foram os judeus do AT, mas a mensagem destes
cinco livros universal. Ainda hoje fala tanto a judeus quanto a
gentios. Para os cristos, seus ensinamentos sobre a inimizade entre
a ser pente e a mulher (Gn 3:15), a fidelidade dos patriarcas, a
ddiva do primognito (Gn 22:1-19; x 13:12), a oferta pelo pecado (Lv
5:14-15) e a santidade so prefiguraes da pessoa de Cristo, de seu
ministrio e da vida que ofe rece aos seguidores fiis (Mt 26:28; jo
1:29; Rm 15:4; 1Co 10:1-4; Cl 1:15; Hb 11:29; 1Pe 2:9-10). Que
possa mos ser grandemente beneficiados pelas lies aprendi das pelo
povo de Israel. Abel Ndjerareou
24. GNESIS Gnesis um livro de "comeos", que trata dos primr-
dios da criao, das lnguas e de uma nao escolhida. Tambm apresenta
um relato das geraes antes do dilvio, acompanhado de detalhes
especficos sobre as linhagens (5:1-32; 10:1 -32). A expresso "esta
a hist ria de" ocorre em pontos importantes do livro e tradu zida
de vrias maneiras, mas significa literalmente "estas so as geraes
de" (2:4; 5:1; 6:9; 10:1; 11:10; 11:27; 25:12,19; 36:1; 37:2).
Gnesis tambm pode ser descrito como um livro so bre
relacionamentos: Ado e Eva, Caim e Abel, os des cendentes de Sete,
Abrao e L, Sara e Agar, Jac e Esa, Jos e seus irmos. Acim a de
tudo, porm, Gnesis um livro sobre Deus: ele cria (todas as coisas),
salva (No, sua famlia e alguns animais), destri (com gua no tempo
de No, com fogo em Sodoma e Gomorra), escolhe (Abrao), faz alianas
(com No e com Abrao), perdoa (Jac) e protege (Jos). Gnesis e os
quatro livros subsequentes (xodo, Lev- tico, Nmeros e Deuteronmio)
so considerados pela tradio uma unidade chamada Pentateuco.
Acredita-se que todos eles foram escritos por Moiss. Nascido pro
vavelmente por volta de 1500 a.C., Moiss viveu 120 anos (Dt 34:7).
Durante os primeiros quarenta anos de sua vida, ele desfrutou a
posio de neto adotivo de Fa ra (x 2:11; At 7:23). Tudo indica que o
Pentateuco foi escrito durante seus ltimos oitenta anos de vida,
dos quais ele passou quarenta cuidando das ovelhas de Jetro em Midi
e, pela providncia de Deus, familiarizando-se com aquela regio (At
7:30), e os outros quarenta lide rando o povo de Israel. De acordo
com alguns estudiosos, vrios escritores redigiram os cinco livros
durante um longo perodo, es pecialmente entre cerca de 850 e 550
a.C., e os textos s foram reunidos mais tarde, talvez at no sculo V
a.C. No entanto, nenhum dos argumentos em favor desse ponto de
vista (p. ex., o uso de nomes diferentes de Deus em sees
diferentes) mostrou-se forte o bastante para derrubar a posio
tradicional de que Moiss es creveu o Pentateuco. Assim, este
comentrio pressupe que o autor Moiss. O livro dividido em duas sees
principais: O rela cionamento de Deus com a humanidade em geral
(1:1 - 11:9) e seu relacionamento com aqueles que ele esco lheu
para ser seu povo especial (11:10-26). Esboo 1:1 11:9 Deus e a
humanidade 1:1-31 A criao de todas as coisas 2:1-3 O descanso de
Deus 2:4-25 A criao da comunidade humana 3:1 -24 A desobedincia do
primeiro casal 3:1 -6 Uma falha na comunidade 3:7-19 Uma nova
realidade 3:20-24 Conseqncias imediatas da queda 4:1-16 O mal entre
irmos: Caim e Abel 4:175:32 As primeiras genealogias 4:17-24 A
linhagem de Caim: a multiplicao do mal 4:25-26 A linhagem de Sete:
o substituto de Abel 5:1 -32 A rvore genealgica de Ado a No 6:18:22
O dilvio 6:1-7,11 -13 A causa do dilvio 6:8-10, 14-18 Uma exceo
6:19 7:5 O objetivo do dilvio 7:6-24 Natureza e efeito do dilvio
8:1 -19 Deus finaliza a operao 8:20-22 A adorao de No e o
compromisso de Deus 9:1 -17 A aliana de Deus com No 9:18-29 O erro
de No 10:1 -32 O repovoamento da terra 10:1 Introduo 10:2-5 Os
descendentes de jaf 10:6-20 Os descendentes de Cam 10:21-32 Os
descendentes de Sem 11:1-9 A torre de Babel 11:1025:18 Abrao e seus
descendentes 11:10-26 Os antepassados de Abro 11:27-32 A mudana de
Ur para Har 12:1 -9 Abro obedece ao chamado do Senhor 12:10-20 O
Senhor castiga Fara 13:1 -4 Abro volta do Egito 13:5-18 Abro e L se
separam 13:5-13 Abro protege os laos de famlia 13:14-18 O Senhor
renova a confiana de Abro 14:1-16 Abro intervm em favor de L 14:1
7-24 Abro e os reis 15:1-21 Deus tranqiliza Abro 16:1 -16 A soluo
de Sarai para a falta de filhos 17:1 -27 As promessas do Senhor
18:1 -15 Abrao recebe trs visitantes 18:16-33 Abrao roga por L
25. 10 Gnesis 1 19:1-29 A destruio de Sodoma e Gomorra 19:30-38
L e suas filhas 20:1 -18 Abrao e Abimeleque 21:1-7 Isaque, o filho
prometido 21:8-21 Agar e Ismael 21:22-34 O tratado com Abimeleque
22:1 -19 Outra prova de f 22:20-24 Os descendentes de Naor 23:1 -20
A morte e o sepultamento de Sara 24:1-67 O casamento de Isaque
25:1-11 A morte de Abrao 25:12-18 Os descendentes de Ismael
25:1928:9 Isaque 25:19-34 Dois filhos: Jac e Esa 26:1 -33 Isaque e
os filisteus 26:34-35 O casamento de Esa 27:1 -29 A bno de Esa
concedida a Jac 27:30-40 O desespero de Esa 27:4128:5 Jac foge para
Har 28:6-9 Esa aprende uma lio 28:10 36:43 Jac 28:10-22 O Senhor se
encontra com Jac 29:1-14o Jac chega a Pad-Ar 29:14b-30 Jac se casa
com suas primas 29:31 30:24 O convvio na famlia de Jac 29:31 -35 Os
filhos de Jac com Lia 30:1 -8 Os filhos de Jac com Bila 30:9-13 Os
filhos de Jac com Zilpa 30:14-21 Mais filhos com Lia 30:22-24 Os
filhos de Jac com Raquel 30:25-43 Jac abenoado com rebanhos 31:1-21
Jac parte sem avisar Labo 31:22 32:2 O Senhor protege Jac de Labo
32:3-21 O Senhor protege Jac de Esa 32:22-32 O Senhor muda o nome
de Jac 33:1-17 O encontro com Esa 33:18 34:31 Din desonrada 35:1
-15 Jac volta a Betei 35:16-29 A morte de Raquel e Isaque 36:1-43
Os descendentes de Esa 37:150:26 Jos 37:1-11 Jos e seus sonhos
37:12-36 Jos vendido por seus irmos 38:1-30 O pecado de jud 39:1-23
A vitria de Jos sobre a tentao 40:1 -23 Os dois oficiais de Fara
41:1-40 Os sonhos de Fara 41:41-57 Jos administra o Egito 42:1 -38
Jos se encontra com seus irmos 43:1 -15 Os irmos de Jos voltam para
o Egito 43:1645:15 Jos se revela 43:16-34 Uma refeio juntos 44:1-34
Benjamim e o copo de prata 45:1 -15 A revelao de Jos 45:16-28 O
apoio de Fara 46:1 47:12 Jac se muda para o Egito 46:1 -4 O
encontro de Jac com Deus 46:5-27 As pessoas que acompanharam Jac
46:28-30 O reencontro de Jac e Jos 46:3147:12 Fara d boas-vindas
47:13-26 A estratgia de Jos para o futuro 47:2749:28 Os ltimos anos
de Jac 47:27-28 A situao de Jac 47:29-31 jac planeja seu
sepultamento 48:1-22 Jac abenoa Manasss e Efraim 49:1 -28 Jac
abenoa seus filhos 49:2950:14 A morte de Jac 50:15-26 A vida de Jos
depois da morte de Jac 50:15-21 Jos tranqiliza seus irmos 50:22-26
A morte de Jos COMENTRIO 1:111:9 Deus e a humanidade 1:1-31 A criao
de todas as coisas 0 relato da criao do mundo por Deus define dois
pon tos fundamentais que se aplicam ao restante do livro de Gnesis
e tambm da Bblia. Em primeiro lugar, o papel de Deus na origem da
terra e do cu singular. Eles no existiam antes e no so resultantes
de foras impessoais ou de outros seres espirituais. Em segundo
lugar, como criao de Deus, o mundo revela seu Criador e est sujeito
sua vontade. 0 primeiro versculo de Gnesis pode ser lido como uma
declarao resumida de que Deus criou todas as coisas os cus e a
terra e tudo o que neles h (1:1). 0 restante do captulo expande a
sntese inicial. No entanto, tambm possvel que essas palavras
descrevam o primeiro passo da criao, de modo que no princpio pode
eqivaler expres so em primeiro lugar. Nesse caso, a primeira coisa
que Deus fez foi criar a casca oca (cu e terra) e, no perodo de
seis dias, criou o contedo para ench-la. Em vez de formar o
universo todo como um produto acabado com um nico gesto grandioso,
Deus trabalhou na criao. Este segundo conceito se encaixa com a
descrio da terra como semfor ma e vazia (1:2). 0 Esprito de Deus
pairava sobre as guas para mant-las sob controle at que fossem
colocadas em seu devido lugar. Deus estava controlando o projeto da
cria o e, como resultado, tudo aconteceu sob os olhos atentos do
Criador e em decorrncia de seu poder.
26. Gnesis 1 11 Este relato da criao em seis dias (quer estes
sejam con siderados literalmente como dias de vinte e quatro horas
quer figurativamente como representaes de longos perodos) revela um
Deus metdico que criou uma sucesso de coisas diferentes com um
propsito definido. Um a um, o Senhor co locou no lugar todos os
elementos necessrios para sustentar os seres humanos para os quais
ele criou este mundo. Ao lermos este relato, devemos observar que
cada es tgio novo da obra de Deus comea com uma forma da ex presso
criadora haja (1:3,6,9,14,20,24,26). E cada uma dessas declaraes
termina com as palavras e assim se fez (1:7,9,11,15,24,30). Todas
as ordens de Deus para que algo viesse a existir, como tambm ordens
de reunio e separa o, foram cumpridas. Ele tem o poder de criar e o
poder de organizar sua criao. Podemos confiar nesse mesmo poder em
nossas circunstncias de vida. O Deus da criao ainda o Deus da
histria. Se ouvirmos sua palavra e sujeitarmos nossos planos sua
vontade, ele pode ordenar que o conti nente africano seja
grandemente exaltado! A primeira coisa que Deus criou da
matria-prima do universo foi a luz (1:3-5). Ela foi criada antes de
todas as outras coisas pois seria essencial para a sobrevivncia das
plantas, animais e seres humanos que estavam por vir. Os corpos
celestes ainda no haviam sido criados, mas a luz permitiu que o
Criador formasse a estrutura temporal ini cial de sua criao: dia e
noite-, tarde e manh. Na segunda fase de sua criao, que se estendeu
do se gundo ao quarto dia, Deus providenciou a estrutura ma terial
para sustentar os seres vivos. Criou o cu (1:6-8), seguido do mar e
da terra seca (1:9). A terra seca seria o mbito central da vida
humana e forneceria os ingredientes para essa vida (cf. 2:7). Foi s
depois de formar a terra seca que Deus declarou bom aquilo que
criou (1:10). Em seguida, essa terra foi abenoada com plantas que
forneceriam alimentos para os seres humanos uma vez que estes
tivessem sido criados (1:11-13; 29-30). Por fim, os corpos celestes
e seus movimentos foram criados especial mente para ajudar os
futuros habitantes da terra a organi zar o tempo em estaes, dias e
anos (1:14-19). Antes de nos formar, o Criador reuniu tudo o que
seria necessrio para nossa sobrevivncia, lembrando-nos de que
estava operando para nosso bem, e no nos destinando ao sofri mento
(Lm 3:33; Ez 33:11). A criao dos seres vivos segue a mesma seqncia
da criao material. No quinto dia, Deus criou os seres que vi vem no
mar e no cu (1:20-23) e, no sexto dia, os animais que vivem na
terra (1:24-25), culminando o processo, por fim, com os seres
humanos. A posio privilegiada dos seres humanos demonstra da pelo
fato de nossa criao exigir uma deciso especial, tomada numa grande
assembleia, conforme o texto deixa entrever. O pluralfaamos o homem
indica a solenidade da deciso e enfatiza que algo novo e importante
estava para acontecer (1:26a). Tambm sugere a comunidade do Ser
divino que envolve trs pessoas Pai, Filho e Esprito Santo. De
acordo com as Escrituras, os seres humanos de am bos os sexos foram
feitos imagem de Deus (l:26&-27). Assim, as pessoas so
diferentes de outros seres criados como os animais, um fato que tem
conseqncias impor tantes para a maneira como vivemos. Em primeiro
lugar significa que cada ser humano , de alguma forma, se melhante
a seu Criador. Assim, cada ser humano especial e importante.
Devemos ser capazes de reconhecer o Criador nos homens e nas
mulheres que vemos a nosso redor. Em segundo lugar, significa que
no devemos adorar nenhum animal (x 20:4; Rm 1:21-22). Ai da pessoa
que se rebaixa ao nvel dos seres irracionais, colocando um animal
ou a imagem de um animal no lugar que pertence somente ao Criador!
Em terceiro lugar, uma vez que Deus criou tanto nosso corpo quanto
nosso esprito, no devemos consider- los separadamente e pensar que
podemos ignorar o corpo enquanto vivemos para Deus no esprito. As
Escrituras dei xam claro que no devemos maltratar nosso prprio
corpo nem o de outros (ICo 6:19-20). Deus abenoou o homem e a
mulher e lhes deu uma in cumbncia dupla: multiplicar-se e encher a
terra (1:28a), exercer domnio sobre a criao e sujeitar a terra
(1:26c,286). Essa misso no era um fardo pesado, mas sim uma ddiva
de Deus. Os seres humanos deviam ocupar e desfrutar e no temer a
criao. Essa misso indica que todos podemos glorificar a Deus,
primeiramente, cui dando de sua criao. importante observar que os
homens e as mulheres receberam permisso de exercer domnio sobre as
criatu ras vivas, mas no sobre outros seres humanos. Da mesma
forma, os homens no receberam autoridade para dominar as mulheres
(nem vice-versa). Nossos semelhantes tambm so portadores da imagem
do Criador e, portanto, no devem ser dominados, mas sim servidos
(J