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Novembro/Dezembro de 2012 - Edição nº 600

TX (Dezembro): R$ 29,67, com variação de 3,78% sobre o mês anterior.

50 anos de união do rádio e da TV no Rio Grande do Sul50 anos de união do rádio e da TV no Rio Grande do Sul50 anos de união do rádio e da TV no Rio Grande do Sul

TX (Novembro): R$ 28,59, com variação de 0,95% sobre o mês anterior.

O futuro do rádio digital no Brasil: as principais diferenças entre ossistemas DRM X HD Radio

Páginas 4 e 5

A N O S

Página 3

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Novembro/Dezembro de 20122

Editorial

AGERT - Entidade fundada em 13 de dezembro de 1962

Realização: Eliana Camejo Comunicação Empresarial Comercialização: Diego AlvesRedação: Mariana CaldieraroColaboração: Cláudia Jobim

Diagramação: Renato DambrosImpressão: 1000 exemplares

O Agert Informa é uma publicação mensal da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão

Rua Riachuelo, 1098 CJ. 204 - CentroCEP: 90010-272 - Porto Alegre/RS

Telefone: (51) 3228.3959 - www.agert.org.br Contato: [email protected]

PresidenteAlexandre Alvarez Gadret - [email protected]

Vice-PresidentesAntonio Tigre - [email protected]

Ary Cauduro dos Santos - [email protected] Piccoli - [email protected]áudio Brito - [email protected]

Cláudio Zappe - [email protected] Corrêa - [email protected]

Jerônimo Fragomeni - [email protected] Badra - [email protected]

Leonardo Meneghetti - [email protected] Hintz Mallmann - [email protected]

Luis Cruz - [email protected] Proença - [email protected]

Nelcy Adão de Souza - [email protected]ébio Borghetti - [email protected]

Pedro Edir Farias - [email protected] Pedro Ricardo Germano - [email protected]

Renato Albuquerque - [email protected] Ruivo - [email protected]

DiretoresAlexandre Kannenberg - [email protected]

Cláudio Albert Zappe - [email protected] Casali - [email protected]

Cyro Martins - [email protected] Edson de Bem - [email protected]

Eloy Scheibe - [email protected] Casara - [email protected]

Hilmar Kannenberg - [email protected] Ildomar Joanol - [email protected]

João Vianei - [email protected] José Cunha - [email protected]

José Luis Bonamigo - [email protected] Markus - [email protected]

Marcos Dytz Piccoli - [email protected] Puretz Neto - [email protected]

Ricardo Brunetto - [email protected] Saraiva Carriconde - [email protected]

Vanderlei Roberto Uhry - [email protected] Ubiratan de Moura - [email protected]

Conselho ConsultivoPresidente: Roberto CervoMembros do Conselho:

Afonso Antunes da Motta, Antônio Abelin, Fernando Ernesto Corrêa, Gildo Milman,

Otavio Gadret, Paulo Sérgio Pinto, Ricardo Ferro Gentilini

Conselho Fiscal Presidente: João Henrique Gallo

Membros do Conselho: Aniceto Paganin, Alcides Zappe

AssessoresAssessoria Jurídica: Gildo Milman

[email protected] Contábil: Ronaldo Silva de Oliveira

[email protected] Fiscal: Paulo Ledur

[email protected]

Nossa Agert completa neste mês de dezembro 50 anos. 50 anos de lutas, de con-

quistas, mas acima de tudo, de muito trabalho e de muito respeito entre todas emissoras

do estado. Uma grande comemoração nos aguarda e esperamos todos para celebrarmos

juntos esta data tão importante que marcará a história da instituição reunindo os radiodifu-

sores de todo o Rio Grande do Sul e autoridades regionais e nacionais.

A Agert nasceu a partir da luta de radiodifusores, com o objetivo de dar garantia de

uma comunicação livre e autônoma. Hoje, trabalha para prestar suporte técnico, jurídico,

institucional, contribuir para o desenvolvimento de seus recursos humanos e sua produti-

vidade. E por incrível que pareça ainda luta para assegurar a liberdade de expressão dos

veículos de comunicação e a liberdade de escolha dos ouvintes e telespectadores.

Ao longo de sua existência, a entidade foi comandada por 14 diferentes presidentes.

Nomes que não fazem parte somente da história da Associação, mas foram de fundamen-

tal importância para a história do rádio e da televisão no Rio Grande do Sul. E nesta edi-

ção, poderemos conhecer um pouco mais sobre eles. Também abordaremos as últimas

informações sobre o rádio digital, apresentando as principais diferenças entre os sistemas

HD Radio e DRM.

Que todos tenham um Natal iluminado e um Ano Novo repleto de realizações e

sucesso. Boa leitura!

RÁDIOS ANIVERSARIANTES

Rádio Emoção FM Taquara 3/11/1988Rádio Vale Feliz FM Feliz 6/11/2007Rádio Unisinos São Leopoldo 10/11/2007Rádio Cidade FM Porto Alegre 11/11/1979Rádio Iguaçu FM Santiago 11/11/1984Rádio Oceano FM Rio Grande 11/11/1996Rádio Cidade Canção FM Três de Maio 13/11/1988Rádio da Universidade AM Porto Alegre 14/11/2002Rádio RCC FM Santana do Livramento 15/11/1983Rádio Difusão 650 AM Erechim 18/11/1960Rádio Nativa FM Alegrete 18/11/1982Rádio Viva AM Bento Gonçalves 21/11/1947Rádio Miriam AM Farroupilha 21/11/1956Rádio Taquara AM Taquara 25/11/1960Rádio Uirapuru AM Passo Fundo 26/11/1981Rádio Campinas AM Campinas do Sul 26/11/2007Rádio Tapejara AM Tapejara 27/11/1982Rádio Amizade FM David Canabarro 28/11/2007Rádio Simpatia AM Chapada 01/12/1979Rádio Esperança AM Porto Alegre 01/12/1988Rádio Integração AM Restinga Seca 02/12/1978Rádio Pampa AM Porto Alegre 03/12/1987Rádio Guarita AM Coronel Bicaco 03/12/1989Rádio Esmeralda AM Vacaria 04/12/2007Rádio Sorriso FM Panambi 04/12/2007Rádio Rio Pardo AM Rio Pardo 06/12/1952Rádio Atlântida Beira Mar FM Tramandaí 07/12/1991Rádio Horizonte AM Capão da Canoa 08/12/1989Rádio Tarumã FM Tavares 08/12/1990Rádio Terra FM Venâncio Aires 12/12/1987Rádio Rosário AM Serafina Corrêa 14/12/1984Rádio Universidade FM Rio Grande 16/12/1988Rádio Guaramano Guarani das Missões 16/12/2007Rádio Atlântida FM Pelotas 19/12/1979Rádio Camaquense AM Camaquã 24/12/1954Rádio Viva News 92,5 FM Bento Gonlçaves 26/12/1980Rádio Cultura AM Tapera 31/12/1982

Editorial

Alexandre GadretPresidente da Agert

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50 ANOS de defesa da radiodifusão gaúcha

Fundada em 13 de dezembro de 1962, a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão completa, neste ano, 50 anos de história.

Sua trajetória pautada pela defesa dos interesses da radiodifusão gaúcha teve início com o trabalho de 62 empre-sários do setor, que se reuniam nos salões da Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI). O grupo cresceu, fortale-ceu-se e a Associação ganhou sede própria. Hoje, são quase 300 emissoras de rádio e televisão e representantes comerciais associados.

A Agert nasceu a partir da luta de alguns radiodifusores, com o objetivo de dar a importância merecida aos veículos de comunicação. Hoje, trabalha para prestar suporte técnico e jurídico institucional e contribuir para o desenvolvimento de seus recursos humanos e incremento de sua produtividade.

Na década de 60, quando a Agert foi constituída, a televi-são ensaiava seus primeiros passos, enquanto o rádio já estava consolidado no papel de ágil e confiável elemento de

ligação dos mais distantes pontos do país às grandes cida-des.

O contexto histórico pelo qual o país passava contribui para fortalecer ainda mais o rádio como meio de comunica-ção. A Rede da Legalidade, formada por cadeia de rádios lide-rada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Bri-zola, pedia respeito à Constituição e defendia a posse de João Goulart. Brizola comandou a rede de emissoras a partir da Rádio Guaíba AM, com transmissão ininterrupta direto dos porões do Palácio Piratini, os “porões da legalidade”. Em nenhum outro momento o rádio contribuiu tão efetivamente, influenciando diretamente a história político brasileira.

Não havia transcorrido ainda um ano da posse de Jango e pairava sobre a radiodifusão a ameaça de estatiza-ção. Para evitar a estatização, uma comitiva de radiodifuso-res gaúchos, atendendo a convocação de João de Medeiros Calmon, esteve em Brasília para pressionar a Câmara de Deputados. A comissão conseguiu vetar os 22 itens que seri-

am acrescentados ao Código Brasileiro de Telecomunica-ções, que propunham entregar ao Estado o controle total das estações de rádio e televisão do país. Como conse-quência, no dia 27 de novembro de 1962 foi fundada a Asso-ciação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT).

Seguindo o exemplo, o grupo formado por Flávio Alca-raz Gomes, representando a Companhia Caldas Júnior, Hugo Vitor Ferlauto, das Emissoras Reunidas, Antônio Abe-lin, da Rádio Imembuí de Santa Maria, René Corbelini, da Rádio Charrua de Uruguaiana, Nelson Dimas de Oliveira, dos Diários Associados, Salvadore Rosito, da Difusora, Fran-kilin Peres, comercial da Rádio Farroupilha, Maurício Sirotsky Sobrinho, Rádio Gaúcha, Frederico Arnaldo Balvê, Emissoras Reunidas, entre outros, fundaram a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão. A Agert nascia com suas raízes plantadas na defesa da liberdade de infor-mação e livre iniciativa.

À frente da agert Durante esses 50 anos de luta, a Agert foi comandada por 14 diferentes presidentes. Nomes que não fazem parte somente da história da Associação, mas foram de fundamen-

tal importância para a história do rádio e da televisão no Rio Grande do Sul.

Então Superintendente dos Diários Associados do Rio Grande do Sul, Dimas reuniu pela primeira vez os radiodifusores gaúchos em Congresso, em 1964. Sua gestão foi marcada por ampliar as atividades da Associação, contatos com as emissoras da capital e interior, com autoridades às quais encaminhava plei-tos da radiodifusão.

Diretor da Rádio Cultura de Gravataí na época, foi na gestão de Gildo Milmann que a Agert adquiriu sede própria, na Rua dos Andradas, 123/10°. Promoveu os primeiros Congressos Estaduais, em Caxias do Sul e Santa Maria, e viu nascer o Sindicato das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado. Durante essa gestão, foi celebrado o primeiro convênio, em âmbito estadual, com o ECAD, posteriormente com alcance nacional, através da ABERT.

Durante sua gestão, criou o jornal da Agert e contratou engenheiros especializados, que encaminhavam ao governo as pretensões do Rio Grande na redistribuição dos canais de rádio e TV em nosso Estado. Nos Congressos, a Agert ganhou projeção nacional.

Sua eleição marcou o início da alternância de presidentes entre capital e interior. Em meio à gestão de Abelin, da Rádio Imembuí de Santa Maria, o Ministro das Comunicações do Brasil, Euclides Quandt de Oliveira, esteve em Gramado com sua equipe e assinou o Plano Básico de Radiodifusão Brasileira em 76. No final de sua gestão, a Agert patrocinou o XI Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado em Caxias do Sul. Nessa ocasião Abelin aproveitou para se despedir do Estado, já que estava assumindo a superintendência da Abert.

Nesta época, a Agert criou e incentivou os cursos de treinamento e de regularização profissional. Firmado um convênio com a Fun-dação Educacional Padre Landell de Moura (FEPLAM), que desenvolveu diversos cursos de aperfeiçoamento gerencial e regularização de operadores e locutores, adaptando-os à lei que regulamentou a profissão de radialista. Iniciou os Congressos no Hotel Laje de Pedra, em Canela, o Congresso de Rádio e Televisão.

Diretor da Rádio Palmeira das Missões, David Figueiredo Martins incentivou o relacionamento com emissoras de todo o estado, com reuniões realizadas em diferentes regiões. Ganhou muito prestígio das rádios do interior.

Diretor da Rede Pampa de Comunicação, Otávio Dumit Gadret promoveu diversas reuniões no interior e uma internacional, em Santana do Livramento, juntamente com empresários argentinos, quando foram debatidos os horários de redução de potência das emissoras, de acordo com tratados assinados por todos os países interessados. A Agert passou a pressionar o Ministério das Comunicações para outorgar novas concessões e permissões com critérios mais rigorosos e não com simples pedidos dos políticos governistas.

Diretor do Independente pautou sua ação especialmente pelo intercâmbio com a Abert, tendo sido seu vice-presidente. Incentivou ainda a realização de encontros em diversas regiões do estado. Promoveu a integração das entidades voltadas ao rádio e TV: Agert, Sindirádios e Central de Rádios. Nesta gestão, foi criado o TX–RS, o indexador que registra, mensalmente, o custo médio de um texto comercial de 30'' nas emissoras do interior, facilitando a confecção das tabelas de preço e as negociações.

Durante a sua gestão realizou o Seminário Técnico, com engenheiros, radiodifusores e empresários com vistas ao aperfeiçoamento profissional. No dia 13 de agosto de 1992, Ricardo Gentilini passou o cargo de presidente para o vice-presidente Enio Berwanger.

Berwanger, da Rede Pampa de Comunicação, concluiu mandato de Gentilini e voltou a ser eleito presidente para o biênio 98/99, mas faleceu em março de 1998 no exercício do mandato. Profissional que muito valorizou a radiodifusão gaúcha e um dos mais expressivos e notáveis empresários da comunicação rio-grandense.

Empossado em abril de 1998, substituindo Berwanger e ficou no cargo até 1999, sendo reeleito para as duas gestões seguidas. Em sua ges-tão, a Agert passou pensar como uma associação, onde os interesses coletivos sobrepujam os particulares. Nos encontros pelo interior do estado, observou a qualidade tecnológica e profissional. O estado passou a ser referência para Brasil no segmento rádio, exportando profissionais e gestores. Iniciaram, neste período, os debates sobre a digitalização do rádio.

A Agert conquista o reconhecimento institucional das comunidades. O Balanço Social expressa o papel crescente da radiodifusão como agência a serviço da informação e do entretenimento na defesa dos interesses do cidadão.

Ações e campanhas contra a ilegalidade e a pirataria foram desenvolvidas durante sua gestão. Promoveu momen-tos de mobilização regional e integração, buscando sempre valorizar o espírito participativo e qualificar os profissionais. A aproximação entre os radiodifusores foi possível com o desenvolvimento do site, Agert Informa e Newsletter Agert, canais permanentes de informação e interatividade. Demandas especificas e relevantes para setor, tais como a Voz do Brasil, Ecad e questões técnicas em geral foram encaminhadas e trabalhadas a nível Estadual e Nacional.

Trabalhou para que o setor da radiodifusão no Rio Grande do Sul se desenvol-vesse. Foi indicado pelas Associações Estaduais para representá-las junto ao Conselho Superior da Abert. Junto a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, a Agert lutou pela regionalização da mídia, a melhor distribuição das verbas publicitárias governamentais, contemplando emissoras de todos os portes e de diversas localidades e reivin-dicou e conquistou o direito de ressarcimento fiscal pela transmissão da propaganda política obrigatória para as emisso-ras optantes do Simples. Inúmeras campanhas de iniciativa do setor público tiveram o apoio dos radiodifusores gaúchos e o projeto de Flexibilização da Voz do Brasil avançou obtendo mais uma conquista junto ao Superior Tribunal de Justiça. Junto ao MiniCom e Anatel foi alcançada a liberação de centenas de processos, entre eles a abertura de novas emisso-ras de FM e AM e alteração e renovação de outorga.

1962 – 1966: Nelson Dimas de Oliveira |

1966 – 1970: Gildo Milmann |

1970 – 1974: Flávio Alcaraz Gomes |

1974 – 1978: Antônio Abelin |

1978 – 1982: Fernando Ernesto Corrêa |

1982 – 1986: David Figueiredo Martins |

1986 – 1989: Otávio Dumit Gadret |

1989 – 1991 e 1995 – 1997: Lauro Mathias Müller |

1991 – 1992: Ricardo Ferro Gentilini |

1992 – 1993: Enio Berwanger |

1998 – 2003: Paulo Sérgio Pinto |

2003 – 2005: Afonso Antunes da Motta |

2005 – 2009: Roberto Cervo Melão |

Atuais lutas da Agert

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DRM X HD RADIO O futuro do rádio digital no Brasil

A digitalização do rádio, em breve, será realidade no Brasil. O rádio digital não representa apenas uma atuali-zação tecnológica, a evolução é inevitável para permitir que o rádio interaja com outras mídias que já estão digita-lizadas e para, consequentemente, possibilitar maior par-ticipação do ouvinte por esse próprio canal, ampliando as possibilidades de estratégias de interação. Poderá tam-bém ser incluído em dispositivos eletrônicos como celula-res, tablets ou GPS, ampliando as possibilidades para a radiodifusão.

Na Europa o sistema digital adotado para o rádio é o DRM, já o padrão norte-americano é o HD Radio. Atual-mente, o Ministério das Comunicações (MiniCom) vem realizando testes com os dois sistemas digitais possíveis

para o país e tudo indica que em 2013, poderá ser definido o modelo brasileiro de rádio digital.

Se por um lado o HD Radio saiu na frente desta corri-da, iniciando testes e implantações há mais de dez anos no país de origem (USA), o DRM, que veio em outro ritmo, chega com a vantagem de estar baseado em um padrão aberto, de acesso público e gratuito.

Entre os técnicos brasileiros, muitos defendem o modelo do DRM como o mais adequado ao Brasil, princi-palmente pela capacidade desse padrão atender a dife-rentes necessidades do país e permitir a transmissão de ondas curtas. Embora as áreas urbanas possam ser ple-namente atendidas com qualquer dos dois sistemas, o Brasil não pode fugir da realidade de que precisa da trans-

missão em ondas médias, em ondas tropicais e curtas, para atender áreas rurais, como a região da campanha do Rio Grande do Sul, onde as emissoras de FM não conse-guem vencer as distâncias entre os centros urbanos, mui-tas vezes superior a 100 km, ou na metade norte, em que encontramos regiões de serra com topografia que inviabi-liza o atendimento de forma homogênea das comunida-des interioranas sem o uso de ondas médias. Além disso, não há como atender a grande região Amazônica, onde as distâncias são ainda maiores e a condutividade do solo extremamente baixa, sem o uso das ondas tropicais ou curtas. Isso ocorre porque o sistema europeu vai além da AM e FM, utilizando faixas de espectro a partir de 96 Khz, enquanto o padrão americano precisa de 400 Khz.

O sistema DRMO DRM foi criado em Guangzhou, China, em 1998,

inicialmente com o objetivo de digitalização das ban-das de radiodifusão AM até 30 MHz – Ondas Longas (OL), Ondas Médias (OM) e Ondas Curtas (OC). A especificação do sistema DRM para a transmissão aba-ixo de 30 MHz ("DRM30") foi publicada pela primeira vez pelo European Telecommunications Standards Institute (ETSI) em 2001, seguida de uma Recomen-dação da International Telecommunication Union (ITU) que definia a utilização do sistema de radiodifusão sonora digital a nível internacional.

Em 2005, foi tomada a decisão de estender o siste-ma DRM para operar nas bandas de transmissão VHF ("DRM+"). Esse trabalho requereu um desenvolvimen-to adicional a fim de definir o novo modo de transmis-são em VHF, que, após refinamento por meio de ensai-os laboratoriais e de campo, culminou na publicação da atual (e estendida) especificação DRM, a ETSI ES 201 980.

Criado e desenvolvido por um consórcio formado por empresas e emissoras interessadas na digitaliza-ção do rádio e sem fins lucrativos, o Digital Radio Mon-diale (DRM) é um padrão de rádio aberto e totalmente digital para a radiodifusão terrestre. Esse consórcio difunde e ensina a tecnologia DRM e acompanhará a sua implantação, caso seja o modelo adotado pelo Governo brasileiro.

Por ser um padrão aberto, está pronto para ser uti-lizado imediatamente, pois todas as informações técni-cas necessárias são públicas. Nesse modelo, a trans-ferência de tecnologia é desnecessária, pois toda a informação está acessível e disponível gratuitamente.

A coleta de royalties é feita por uma empresa inde-pendente, a Via Licensing (www.vialicensing.com), em benefício da indústria, ou seja, é aplicada nos produtos finais, transmissores e receptores.

O DRM abrange todas as faixas: banda AM (confi-guração "DRM30") e todas as faixas de VHF (canais 2 a 4, 5 e 6, 7 a 13) da banda FM (configuração "DRM

+"), atendendo todos os formatos de rádio, desde as gran-des redes comerciais e públicas até as rádios comunitári-as de baixo orçamento.

O aproveitamento do espetro FM é possível incluindo a banda estendida para os canais 5 e 6 de VHF. Como o DRM utiliza 100 kHz de largura de Banda (96 kHz efetivos para 4 Serviços), a Banda 5 VHF de 76 a 82 MHz, e a Banda 6 VHF de 82 a 88 MHz per-mitem 120 canais a mais em Full Digital oferecendo a possibilidade de até 480 serviços.

A técnica concebida pelos enge-nheiros do DRM consiste em transmitir, não as duas bandas laterais do sinal modulante digital, mas apenas uma delas - ou seja, o sinal digital é transmiti-do em modo SSB, em apenas uma das bandas laterais.

O DRM é flexível e utiliza ¼ do espectro em relação a uma transmissão analógica. Além disso, é compatível com ISDT-Tb, usando o codec MPEG-4 HE-AAC v2, COFDM e é capaz de transmitir áudio, tex-to, imagens e vídeo; oferecem um som melhor

do que o atual FM.No modo simulcast pode ser encaixado em qual-

quer lugar do espectro; relacionado às transmissões analógicas (FM ou AM) via mecanismos de sincronis-mo. Não há, portanto, a necessidade alocar fisica-mente o sinal analógico e o digital lado a lado na mesma faixa. O ouvinte indicará apenas o nome da

rádio que deseja ouvir e será, diretamente, direcio-nado ao seu espectro, seja ela AM ou FM.

Outras vantagens do modelo é o fato de per-mitir, pela multiplicidade de conteúdos, a diver-sidade cultural e a coesão social, além de pro-mover a livre competição.

O Sistema pode também ser adotado pelo Governo como um eficiente e ágil sis-

tema de segurança e de alerta de emer-gência, através de um meio de baixo

custo e capilarizado como somente o rádio consegue ser. Em caso de

uma situação emergencial, o rádio poderá ser remota-

mente ligado e o aler-ta acionado.

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OFormada em 2000 com a união de duas empre-sas de desenvolvimento tecnológico: USA Digital Radio e Lucent Technologies, a HD Radio desenvol-veu tecnologia que utiliza o método “In-Band, On Channel” (IBOC). A iBiquity licencia sua tecnologia aos fabricantes de transmissores, radiodifusores, fabricantes de semicondutores e fabricantes de receptores.

O HD Radio é um padrão americano, que permite

transmitir sinais digitais junto com os sinais atuais ana-lógicos de AM (Amplitude Modulada). Com isso, o ouvinte que tem um rádio AM comum continua ouvin-do o sinal AM normalmente, e quem tem um receptor digital, vai ouvir a transmissão digital em alta fidelida-de, sintonizando a mesma frequência da emissora AM. Na verdade, o sinal digital é situado em duas ban-das de cada lado das bandas laterais do sinal AM, para não interferir nelas, mas que acaba causando inevitáveis interferências em outras emissoras de AM nos canais adjacentes.

O HD Radio é um sistema híbrido e foi criado para ser usado na fase de transição do atual sistema AM para o sistema digital, e permitir que o ouvinte de rádio digital possa sintonizar as mesmas fre-quências que costumava sintonizar em AM.

Nesse padrão, o sinal digital é transmitido com 1 a 10% da potência analógica, utilizan-do a infraestrutura de broadcast existente, não sendo necessário sem novo espec-tro, posição de dial, torres, etc.

No HD Radio, o sinal analógico passa por um codificador de áudio (HDC) e um modulador digital. A saída deste modulador é aco-plada (por meio de um aco-plador passivo) à saída do modulador ana-lógico, de

modo que ambos os sinais, assim juntados, são envia-dos ao elemento irradiante (antena). Um elemento adi-cional que aparece aqui no circuito analógico é a linha de retardo: como o processo digital é mais demorado (leva alguns segundos para ser executado), para que a informações dos sinais analógico e digital “aconte-çam” no mesmo instante, faz-se necessário tal retar-do. Dessa forma, um sintonizador HD Radio poderia funcionar em modo “dual”, como ocorre no FM

mono/estéreo: idealmente, o receptor HD Radio esta-rá sintonizando a parte digital do sinal. Entretanto, se devido às condições de recepção o sinal digital não puder ser recuperado, o receptor automaticamente mudaria para a fonte analógica, sem interromper a continuidade do programa para o ouvinte.

A grande vantagem para os radiodifusores é que a adoção não é obrigatória, é uma decisão de mercado. As emissoras mantêm suas frequências, cobertura e identidade e podem decidir quando adotar o sistema híbrido e quando desligar o analógico. Multicasting e

aplicações de dados avançados são pos-síveis para gerar novas rendas e,

assim, custear o preço da conversão.O Governo e o público também

são beneficiados neste aspecto, pois permite uma transição gradual ao sistema digital, o que não obriga a substituição de receptores.

O padrão HD Radio é um siste-ma fechado e proprietário neste caso tanto as emissoras como os fabricantes de rádios deverão pagar

royalties a empresa que o desenvol-veu, pelo direto de uso e exploração do

sistema.

Colaborou com a matéria o Engenhei-ro Álfio Rosin - Sulrádio

O sistema HD RADIO Ministério das Comunicações divulga testes

com os sistemas de Rádio DigitalOs radiodifusores, ouvintes e técnicos já

podem conhecer os resultados dos testes com os dois sistemas de rádio digital que podem ser implantados no Brasil: o HD Radio e o DRM.

A publicação dos relatórios é uma iniciativa do Conselho Consultivo do Rádio Digital, que deverá definir qual o padrão de rádio digital é o mais indica-do para ser implantado no Brasil. O Conselho Con-sultivo do Rádio Digital conta com representantes do governo, do setor de radiodifusão, da indústria e do Congresso.

Os técnicos dispostos a fazer avaliações com-parativas entre os dois sistemas - principal objetivo dos testes - encontram enorme dificuldade em rea-lizá-las, pois as medidas apresentadas quando rea-lizadas para os dois sistemas na mesma emissora, foram realizadas em épocas diferentes, em muitos casos em locais de recepção diferentes e com potências de transmissão diferentes, sendo os rela-tórios apresentados em separado com diferentes formatos de apresentação dos resultados.

Apesar de todas as dificuldades, vem se fir-mando dentre os técnicos e engenheiros gaúchos, a preferência pelo DRM, principalmente pelas pers-pectivas de adaptação às necessidades locais, o que certamente será elemento facilitador para ultrapassar as dificuldades esperadas em relação a todo o processo de implantação, principalmente nas pequenas emissoras.

Acesse os resultados através do site: http://migre.me/ccqF9

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Direitos Autorais – prescrição

A prescrição quinqüenal, que estava pacificada na jurisprudência de nosso Tribunais, era submetida aos ter-mos do artigo 178, § 10º, VII, do Código Civil de 1916. Este mesmo prazo estava previsto na Lei 5988/73. Estas disposições permaneceram até o surgimento do atual Diploma Civil que, ao tratar da prescrição, em seu Titulo IV, Capítulo I, não trouxe previsão de prazo prescricional especifico, fazendo incidir a regra geral de dez anos, para exigência de valores correspondentes aos direitos auto-rais, a cargo do ECAD que, por determinação legal, é o único autorizado a fiscalizar e cobrar o que for aprovado pela Assembleia dos compositores e os demais envolvi-dos na produção artística musical.

Do exame do atual Código, constata-se que, ao tra-

“Art. 205 – A prescrição ocorre em 10 (dez) anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.”(Código Civil Brasileiro – 10/01/2002)

tar do instituto da prescrição foi o prazo duplicado de cinco para dez anos, como está expresso na transcrição supra do artigo 205.

Ainda hoje permanecem nos Tribunais de Justiça e no Egrégio Superior Tribunal de Justiça incontáveis ações tratando das mais variadas cobranças de direitos autorais. Na maioria dos pleitos são trazidas interpreta-ções, que justificariam prazos menores para a prescri-ção, teses que não merecem acolhimento face ao que está esculpido da Lei atual.

Pelas razões expostas, louvadas em lei, bem como em recentes decisões da Justiça Brasileira, não há como invocar quaisquer outras interpretações.

Ao término, seja permitido trazer o brocardo latino

sempre invocado: ”interpretatio cessat in claris”: a inter-pretação cessa nas coisas claras.

Dr.Gildo MilmanConsultor Jurídico da

AGERT

Rádios e TVs estão isentos de pagar imposto sobre material publicitário

O rádio e a televisão foram isentos de pagar o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) pela inserção de textos, desenhos e outros recursos visuais em peças publicitárias.

Projeto da Câmara dos Deputados (32/2012), aprovado no dia 30 de outubro, no Sena-do, modifica a lista de atividades obrigadas a pagar o tributo, incluindo quaisquer meios de comunicação que utilizarem a inserção desses recursos. Passarão a pagar o imposto, por-

tanto, outdoors, displays e placas modulares, entre outros dispositivos de mídia.A proposta, segundo seu autor, deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP),

está de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que a veiculação deve ser tratada como serviço de publicidade, e não de comunicação.

O PL passou pelas comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos e Econômicos e agora aguarda votação no plenário da casa.

Abert garante renovação de isenção de ICMS para importação de equipamentos

A isenção de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para a importação de equipa-mentos essenciais, sem similar nacional, por emissoras de rádio e televisão foi prorrogada até o dia 31 de dezem-bro de 2014.

A renovação do benefício foi publicada no dia 4 de novembro, no Diário Oficial da União, depois de aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

A manutenção do incentivo fiscal resulta da atuação da Abert junto aos governos estaduais. A prorrogação permite

a realização dos investimentos programados pelas emisso-ras na atualização e ampliação de seu parque tecnológico.

A redução da carga tributaria é essencial para a conti-nuidade dos investimentos exigidos para a adoção da tec-nologia digital.

Emissoras associadas são convidadas a fazer cobertura na Arena do Grêmio

No dia 19 de outubro, a convite do presidente do Grê-mio, Paulo Odone, as emissoras associadas à Agert tive-ram a oportunidade de conferir de perto o andamento das obras da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Duran-te a visita, a imprensa teve a oportunidade de entrevistar o presidente do Grêmio, Paulo Odone, o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, o diretor da Arena Porto Alegrense, Eduardo Pinto e a agrônoma responsável pelo processo, Maristela Kuhn.

O presidente do clube agradeceu a presença da Agert e Adjori e garantiu que os veículos de comunica-

ção, tanto do interior quanto da capital serão muito bem-vindos a nova casa tricolor. “Para a imprensa poder assistir e comentar o espetáculo, e transmitir ao mundo inteiro, teremos uma área para televisão, rádio e imprensa escrita. Terá segurança, será afastado da tor-cida, um espaço independente com o conforto que pou-cos estádios no mundo oferecerão para vocês”, enfati-zou o presidente do clube aos jornalistas presentes.

Após a visita exclusiva, os associados da Agert foram convidados para um almoço no Espaço do Torce-dor.

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Novembro/Dezembro de 2012 7

Tecnologia de rádio digital atinge níveis de maturidade

A forma que a tecnologia e seus produtos evoluíram no século passado é bas-tante interessante. A gera-ção mais velha pode lem-

brar-se do uso de máquinas de es-crever mecâni-cas e de caixas registradoras, rádios a válvu-la, gramofo-nes, televiso-

res mo-nocromáticos, televisores a cores e assim por diante. Descobertas levaram a invenções que desen-volveram novos produtos finais. As pessoas começa-ram a acostumar-se com estes produtos, mesmo sendo caros inicialmente; a sua popularidade e o marketing viral, em seguida, aumentaram o volume de vendas. Na medida em que os mercados engrenaram, mais fabri-cantes começaram a fazer estes produtos. Isto aumen-tou a concorrência e, em seguida, as empresas investi-ram mais dinheiro em pesquisa e desenvolvimento para ajudar a criar produtos mais baratos. Isto levou ao aumento do volume de vendas na medida em que os gadgets tornaram-se mais acessíveis.

Tudo isso soa tão simples e lógico, que é questioná-vel a finalidade dessa elaboração. O objetivo aqui é mos-trar o “ciclo de evolução”. Quando este ciclo de evolução é dependente de um único parâmetro ou tecnologia,

Por T. V. B. Subrahmanyam

que pode ser chamado de um ciclo de evolução unidi-mensional, fica muito fácil compreender esta evolução. Questões tornam-se mais complexas à medida que adi-cionamos múltiplas dependências, fazendo um ciclo de evolução multidimensional.

Rádios digitais são um exemplo do ciclo de evolu-ção de um produto complexo, felizmente dependente de apenas três parâmetros:

a) Transmissores & equipamento de radiodifusãob) Receptores de rádioc) ConteúdoCada um é dependente do outro e a menos que eles

coexistam, a tecnologia não será bem sucedida. A menos que a tecnologia seja bem sucedida o custo de cada item individual não se reduzirá e não se tornará acessível.

Nos últimos 5 anos, os radiodifusores queixam-se, em várias plataformas, que receptores digitais de baixo custos não estão disponíveis. Por outro lado, fabrican-tes de receptores de rádio expressam a opinião de que conteúdo e transmissores suficientes devem estar dis-poníveis para garantir a venda de produtos e seu retor-no sobre o investimento. Para um homem comum, todos estes três parâmetros precisam desenvolver-se e amadurecer para que ele fique “viciado” na tecnologia, e surja um sentimento de must have para o produto. Para rádios digitais, estes três parâmetros são como as per-nas de um tripé... Todas as três pernas têm de ser sufici-entemente forte para um modelo de negócios viável e estável.

Rádios digitais podem ser classificadas em duas categorias: a) tecnologias usando padrões proprietári-os, e b) tecnologias baseadas em padrões abertos. Padrões proprietários "podem ser" de vida curta, e caros para o usuário. Podem haver algumas exceções a essa regra. Rede de rádio por satélite WorldSpace é fre-quentemente citada como um exemplo clássico no domí-nio de uma morte precoce de uma boa tecnologia de rádio digital.

No caso de rádios digitais baseados em padrões abertos, o processo é bastante democrático e leva mais tempo para todas as três pernas deste tripé tornarem-se fortes e amadurecidas. Também é sabido que os siste-mas democráticos são mais estáveis, apesar de serem mais lentos, mas com probabilidade de maior longevi-dade. Digital Radio Mondiale (DRM) é um padrão aberto que está fazendo muitos progressos no domínio de rádio digital. A tecnologia atingiu um estágio onde vários transmissores estão sendo instalados, estimulando os fabricantes de receptores a investir em criar os produtos certos e em paralelo, fazendo as emissoras pensarem conteúdos atraentes para serem criados e exibidos. É só uma questão de tempo antes que o preço dos recep-tores de rádios digitais aproximem-se dos preços atuais dos rádios analógicos.

T. V. B. Subrahmanyam – Analog Devices, empresa de semicondutores norte americana. M. Tech na Indian Institute of Technology, Delhi, M. Sc na Indian Institute of Technology, Roorkee.

Projeto “Cuide do planeta, plante arvores e preserve as águas” contemplou cerca 600 pessoas com

mudas de diversas espécies na cidade de Candelária...

Rádio Triângulo FM de olho na sustentabilidade

Para comemorar o Dia da Árvore em grande estilo, a Rádio Triângulo FM de Candelária, no Vale do Rio Pardo, apro-veitou as comemorações de 21 de setembro, para alertar a população sobre a sustentabilidade e a importância de preservar o meio ambiente.

O tema foi trabalhado com crianças e adolescentes do meio rural, através do projeto "Cuide do planeta, plante árvores e preserve as águas", visto que a princi-pal fonte de renda do município é basea-da na agricultura. Desde o dia 21 de julho, quando iniciou o projeto, a emisso-ra reproduziu dicas de como cuidar da natureza com atitudes simples que podem ser praticadas por todos, inde-pendente da faixa etária.

No período, foram inseridos durante programação spots educativos e infor-mativos. De acordo coma colaboradora da Rádio Triân-gulo FM, Jucelie Ferreira, “foram realizadas blitz na cida-de e nelas intervenções ao vivo relatando a distribuição das mudas. Todo o processo também foi divulgado nos noticiários da emissora”.

Já no Dia da Árvore - 21 de setembro, a equipe da Triângulo FM saiu às ruas da cidade, iniciando pela

Avenida principal do município e em seguida no Bair-ro Rincão Comprido, com a unidade móvel para distri-buir aos pedestres e condutores que transitavam nos locais da ação as mudas de variadas espécies árvores promovendo o projeto.

Nas escolas da região, aproximadamente 150 alu-nos participaram das atividades, que a final recebe-

ram as para colaborar com o projeto. Foram doadas cerca de 200 mudas de árvores aos estudantes e mais de 400 para os candelarienses durante as blitz. “Os moradores de Candelária receberam muito bem a ini-ciativa. Acreditamos que ações como estas benefici-am o bem comum de toda a população”, ressalta Juce-lie.

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Eventos da Radiodifusão 2012

Prêmios de Jornalismo

13 de Dezembro

Aniversário de 50 anos da AgertHorário: 20hLocal: Leopoldina Juvenil - Rua Marquês do Herval, 280 - Moinhos de Vento / Porto Alegre

25 de Janeiro de 2013

Seminário Regional - Osório Horário: 14h A Agert promoverá um encontro no litoral que terá a presença de representan-tes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Famurs e prefeitos da região. O assunto em pauta será a nova gestão dos municípios e a relação com a mídia. O evento é aberto para todos os radiodifusores associados à Agert. O evento acontecerá junto com a primeira reunião de diretoria da entidade no ano de 2013. Entrada gratuita. Organizadores do evento: Pedro Farias e Nelci Adão.

5º Prêmio Sebrae de Jornalismo Inscrições até 21 de janeiro de 2013. Mais informações pelo o e-mail

[email protected]. A versão online do regulamen-to está disponível no site www.premiosebraedejornalismo.com.br. Poderão

ser inscritas no Prêmio Sebrae de Jornalismo matérias e reportagens publicadas nos veículos de comunicação de jornalismo impresso, radiojor-

nalismo, telejornalismo e webjornalismo, que forem veiculadas de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012.

4º Prêmio Top Etanol de JornalismoInscrições até 22 de fevereiro de 2013. Mais informações no site:

www.projetoagora.com.br/premiotopetanol/regulamento-jornalismo. O Prê-mio tem como objetivo estimular a conscientização sobre temas de agroe-

nergia, meio ambiente, sustentabilidade, e proteção ambiental. Poderão concorrer trabalhos publicados originalmente entre 1º de janeiro de 2012 e

22 de fevereiro de 2013, nas categorias Jornal, Revista, Veículos Eletrônicos, Radiojornalismo e Telejornalismo.

Justiça presenteArtigo

Impressionaram-me as con-dutas de uma juíza e de um pro-motor em atendimento à necessi-dade de uma comunidade por jus-tiça. Foi em Dom Pedrito, onde um debate eleitoral estava previs-to. Um dos dois candidatos negou-se a comparecer por vári-os motivos, entre eles a presença de público no evento, transmitido pelas rádios Upacaraí e Sulina, concorrentes que se uniram pela

democracia. O político, irresignado, pretendeu impedir que o outro concorrente fosse entrevistado, como autoriza a legisla-ção. Foi à Justiça. Seu pedido foi rechaçado por impossibilida-de jurídica. O Ministério Público, representado pelo promotor Octávio Noronha, examinando o pedido, manifestou-se de pla-no, na linha que a juíza Gabriela Irigon Pereira também adotou.

O que chamou atenção foi a presença de ambos. Disse a magistrada, na sentença: "Por fim, sobre o local para o evento, tampouco justifica-se a preocupação da coligação autora, visto que inclusive esta signatária já confirmou presença ao ato, bem como as demais autoridades locais, com total apoio da Brigada Militar, restando aparentemente garantida a segurança dos pre-sentes, bem como a ordem pública". O promotor, a juíza e servi-doras do cartório eleitoral estavam na primeira fila do auditório, sede de um clube tradicional. Poderia haver maior significado? Poderia alguém imaginar que se estivesse cometendo uma ile-galidade? A sentença ganhou vida, a decisão judicial estava ali, diante de todos, personificada. Tudo correu de acordo com a lei, garantidas a isonomia e a transparência que as regras eleitorais preservam. Que belo exemplo.

Imaginemos outros temas levados ao Judiciário tratados assim. Uma vistoria em local perigoso, uma reintegração de pos-se, uma produção de perícia ou prova antecipada. Tudo que não comprometa o natural distanciamento que os juízes devem man-

ter dos fatos. Impedimentos que não atingem plenamente os pro-motores. Em ocasiões como a que Dom Pedrito viveu, em que a juíza fez melhor que notificar as partes envolvidas e mandar que suas ordens fossem cumpridas, pois compareceu ao evento, outros juízes podem fazer o mesmo. A Justiça viva, tangível, pró-xima, presente. Como seria bom que assim acontecesse mais seguidamente. Sabido que não pode ser a regra, mas que se adotasse o modelo quando possível.

Dom Pedrito está de parabéns, servindo de inspiração a quem pretende uma resposta mais ágil e mais ao gosto da comu-nidade. Cidadania pura. Impactou-me o ocorrido na cidade que serviu de cenário à paz entre revoltosos e imperiais em 1845. Escreveu-se outro grande capítulo naquele lugar. A sentença da juíza Gabriela estava lá, bem viva, sentada na primeira fila.

Por Cláudio Brito - JornalistaArtigo publicado no dia 01 de outubro de 2012 no jornal

Zero Hora

Agert presente em audiência sobre as antenas do Morro do Farol, em TorresNa tarde do dia 30 de outubro, mais uma audiência aconteceu na Promotoria de Justiça de Torres, com a presença

do Promotor de Justiça Márcio Roberto Silva de Carvalho, para tratar sobre torres e as antenas instaladas no Morro do Farol. Na ocasião, a Agert esteve representada pelo vice-presidente da entidade, Cláudio Brito, que acompanhou insti-tucionalmente as associadas - emissoras de rádio e televisão. Estiveram presentes representantes de todas as empre-sas de telefonia do Estado lá instaladas.

O Ministério Público reiterou a necessidade de reduzir os impactos decorrentes da proliferação de torres no Morro do Farol. As empresas que irão edificar uma terceira torre, onde serão instaladas antenas de algumas emissoras, firma-ram o compromisso de protocolar junto à Prefeitura de Torres, no prazo de 90 dias, projeto arquitetônico, de engenharia civil e ambiental versando sobre a instalação da referida torre.

Após aprovação e a liberação pela prefeitura de tal projeto, correrão 05 meses para as referidas empresas efetua-rem a edificação da torre, nos moldes do projeto apresentado e aprovado, período pelo qual as empresas precitadas, poderão seguir funcionando normalmente no local.

Para o município de Torres restou estabelecido no sentido de que identifique antenas clandestinas que se encon-tram instaladas no local, bem como implemente norma regulamentar acerca da instalação/edificação das torres, razão pela qual será a municipalidade convidada a realizar tais medidas no prazo de 4 meses.

Entenda o processo em 2012:– Em encontro realizado no dia 09 de maio de

2012, a Agert colheu das empresas referidas, posição consensual para responder às demandas da audiência de janeiro.

– Assim, as signatárias manifestam ser viável o compartilhamento de estruturas para diminuir os impactos paisagísticos que o inquérito tem como obje-to. Para tanto, apresentam a sugestão de redução do quadro atual para a manutenção de três torres.

– Tais providências significarão a redução de 6 (se-is) para 3 (três) torres. Das atuais, 4 (quatro) seriam reti-radas. Às duas restantes, seria acrescentada uma nova estrutura.


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