António Agostinho Neto nasceu a 16 de setembro de 1922 em
Kaxicane, distrito de Luanda;
De 1934 a 1944, completou os estudos (na escola primária e
secundária);
Em 1944, após concluir os estudos em Luanda, sendo funcionário dos
serviços de saúde, deixa Angola e embarca para Portugal para
poder frequentar a Faculdade de Medicina de Coimbra;
Integra-se e participa nas atividades sociais, políticas e culturais da secção de Coimbra da Casa dos Estudantes do Império com sede em Lisboa;
Em 1948, foi-lhe concedida uma bolsa de estudo pela igreja Metodista americana;
Transfere a sua matrícula para a Faculdade de Medicina de Lisboa, onde passa a residir, e continua a sua atividade cultural e política na Casa dos Estudantes do Império;
Em 1951, foi preso pela PIDE em Lisboa, durante 3 meses;
Pela segunda vez, em 1955, foi preso durante 2 anos (período
em que publica a sua primeira obra literária de poemas);
A sua obra literária foi reconhecida internacionalmente.
Em 1958, finalmente, formou-se em Medicina e, nesse mesmo dia, casa-
se com Maria Eugénia
Maria Eugénia Neto
(viúva de Neto, foto atual)
1957 - Quatro Poemas de Agostinho Neto, Póvoa do Varzim
1961 - Poemas, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império
1974 - Sagrada Esperança, Lisboa, Sá da Costa (inclui os poemas dos
dois primeiros livros)
1982 - A Renúncia Impossível, Luanda, INALD (edição póstuma)
Declaração
As aves, como voam livremente
num voar de desafio!
Eu te escrevo, meu amor,
num escrever de libertação.
Tantas, tantas coisas comigo
adentro do coração
que só escrevendo as liberto
destas grades sem limitação.
Que não se frustre o sentimento
de o guardar em segredo
como liones, correm as águas do rio!
corram límpidos amores sem medo.
Ei-lo que to apresento
puro e simples – o amor
que vive e cresce ao momento
em que fecunda cada flor.
O meu escrever-te é
realização de cada instante
germine a semente, e rompa o fruto
da Mãe-Terra fertilizante.
António Agostinho Neto morre a 10 de setembro de 1979, numa sala de
operações no hospital de Moscovo.
“A vida de um homem do tamanho
deste filho de África não se
conta em pequenos minutos.
Ficou muito por falar, muitos
nomes por dizer, muitas
histórias pequenas, algumas
grandes também, guardadas
para outra fogueira, se for o
caso...Não se pode chorar
mais”.
• Ana Santos nº 4
• Catarina Sousa nº8
• Sara Vieira nº23
10ºR