Lajeado, fim de semana,4 e 5 de junho de 2016. Ano 13 - Nº 1606
Avulso: R$ 3,50
Fechamento da edição: 19h
Fim de semana no Vale: sol com poucas nuvens
Mínima: 8°C - Máxima: 17°C
TEMPONO VALE
Fundado em julho de 2002
SUINOFEST DE ENCANTADO
HABITAÇÃO POPULAR
Evento celebra raiz italiana
Estrela sorteia 250 residências
Conexão
Página 8
Festa gastronômica diversifica
atrações, mas mantém a relação
com a imigração italiana. Suinofest
começou nessa sexta e pretende su-
perar 40 mil visitantes.
Herton Metz é um dos morado-
res contemplados com uma casa
no Nova Morada.
Direções clamam por ajuda para ter merenda escolar
DOAÇÃO GARANTE MERENDA: em Marques de Souza, despensa da escola Henrique Geiss conta com alimentos produzidos por agricultores locais
ESCASSEZ DE MERENDA
Colégios estaduais dependem de doações da comu-
nidade escolar para garantir o estoque de alimen-
tos. Pais doam desde hortaliças, carne, arroz, ovos,
feijão, até dinheiro. Além da falta de repasses do governo
federal, a mudança no formato de compra dos produtos
agravou a dificuldade em 18 municípios do Vale.
Páginas 4 e 5
ANDERSON LOPES
A crise econômica reduziu o número de empregos e provocou uma de-
bandada de clientes dos planos privados de assistência médica. No ano
passado, mais de 1,3 milhão de brasileiros abandonaram os convênios
e passaram a depender do sistema público ou de atendimentos particu-
lares. Na região, cerca de 2,2 mil pessoas deixaram de ser beneficiárias
da Unimed.
ASSISTÊNCIA PRIVADA
Retração na economia prejudica planos de saúde
Página 10
FÁBIO KUHN
2 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
INDICADORES ECONÔMICOS
REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201
Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS
COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201
Fone: 51 3710-4210CEP 95900-000 - Lajeado - [email protected]
[email protected]@jornalahora.inf.br
Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade
de seus autores.
Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto
ao impressor (ZH Editora Jornalística)
Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS
EXPEDIENTE
MOEDA COMPRA VENDA
Dólar Comercial 3,5235 3,5244
Dólar Turismo 3,4700 3,6800
Euro 4,0010 4,0018
Libra 5,1395 5,1414
Peso Argentino 0,2552 0,2553
Yen Jap. 0,0331 0,0331
ÍNDICE MÊSÍNDICE
MÊS (%)
ACUMU-LADO
ANO (%)
ICV Mes (DIEESE) 04/2016 0,57 3,56
IGP-DI (FGV) 04/2016 0,36 3,14
IGP-M (FGV) 04/2016 0,33 3,31
INPC (IBGE) 04/2016 0,64 3,58
INCC 04/2016 0,41 2,06
IPC-A (IBGE) 04/2016 0,61 3,25
BOLSAS DE VALORES
PONTOVARIAÇÃO
(%)FECHAMENTO
Ibovespa (BRA) 50620 1,47
cotação do dia anterior até 17h45min
Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10
S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42
Nasdaq (EUA) 4.771 0,39
DAX 30 (ALE) 10.208 0,03
Merval (EUA) 11.400 0,00
Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.
Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 12009.8 cotação do dia 03/06/2016
Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 50,04 em 03/06/2016
Salário Mínimo/2016 R$ 880,00
TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)
MÊSÍNDICE
MÊS (%)ACUMULADO
ANO (%)
TJLP 7,5
Selic 14.25%(meta)
TR 05/16 0,1533 0,7303
CDI (Mensal) 04/16 1,0544 3,2513
Prime Rate 04/16 3.25 3,25 (Previsto)
Fed fund rate 04/16 0.50 0,25 (Previsto)
Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss
Diretor de Operações Fabricio de Almeida
Gilberto [email protected]
. Benjamin Constant, 1034/201
Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade
Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)
Opinião 3A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Concentração de pobrezaamplia desigualdade social
Adair [email protected]
Denominado de Novo Tempo, o projeto
habitacional no bairro Santo Antônio faz jus ao nome, mas não ao
mérito.”
Os projetos habitacio-nais populares no Brasil têm um viés, muitas vezes, popu-
lista e eleitoreiro. Nos ex-gover-nos de Paulo Maluf (PP), em São Paulo, por exemplo, os edifícios populares criaram bolsões de pobreza e criminalidade sem fronteiras. Milhares de famílias pobres aglomeradas no mesmo pátio, bairro, no mesmo conví-vio, muitas vezes sem a devida infraestrutura no entorno.
Em 1992, a nova diretriz urbanística do Es-tatuto da Cidade orientava para uma prática socialmente mais diversificada, justamente, para evitar bolsões de pobreza concentrados.
A dificuldade de acesso ou falta de con-vívio com culturas ou classes distintas da sociedade tende a forçar um padrão ainda menos privilegiado. Quando se tem acesso a ambientes com diversidade econômica, mo-delos e exemplos alternativos, nossa compre-ensão e cultura se expandem. Do contrário, quando “forçados” a conviver em ambiente mais restrito, nossas oportunidades de evo-lução diminuem. Não é a regra, necessaria-mente, mas o ambiente em que crescemos influi no nosso futuro.
Denominado de Novo Tempo, o projeto ha-bitacional no bairro Santo Antônio faz jus ao nome, mas não ao mérito.
Ainda que mais de 400 famílias terão mo-radia própria, o que é louvável, o projeto errou na sua concepção. Reunirá centenas de famílias com baixo poder aquisitivo em espaço apertado, sem a estrutura adequa-da em seu entorno.
Via de regra, o grau de escolaridade tam-
A polêmica envolvendo a Lei de Incen-
tivo à Cultura no Brasil é saudável, desde
que não adentre ao mérito exagerado do
que é ou não relevante. Fundamental é
considerar o aspecto social, econômico e
cultural da lei.
Há suspeitas de mau uso do recursos
em projetos no país. Brechas que abrem
margem para a malandragem devem
ser atacadas.
Aprimorar as ferramentas de contro-
le e fiscalização sobre a maquiagem ou
mesmo maximização dos resultados al-
cançados na hora da prestação de con-
tas é fundamental. A fiscalização mais
austera é benéfica e aumentará a credi-
bilidade da lei.
Na região, o jornal A Hora desen-
volveu dois projetos culturais, ambos
importantes para a democratização do
acesso à cultura. Movimentaram a eco-
nomia da cultura, geraram empregos
periódicos, oportunizaram artistas e a
formação de plateia. Em 2013, o Hora
dos Talentos integrou mais de 200 artis-
tas e, em 2015, o projeto dos corais trou-
xe à tona a necessidade de preservação
do canto coral no Vale do Taquari.
Outras entidades do Vale são proponen-
tes em ações culturais. Isso é positivo, pois
abre oportunidades aos artistas e público
locais, já que os grandes investimentos
ainda permanecem no eixo Rio, São Paulo
e Minas. No máximo, Porto Alegre se vale
dos incentivos fiscais de maior expressão.
Aqui no Vale estamos engatinhando.
Ainda assim, redobrar o cuidado e o
zelo pela transparência e correta apli-
cação dos recursos é vital para a manu-
tenção da lei.
bém é menor entre essa categoria social, o que denota, facilmente, compreender o grau de tensão e problemas que surgem nesse tipo de moradia concentrada.
Famílias que hoje vivem em bairros distin-tos e convivem com diferentes classes sociais possibilitam que seus filhos estudem com colegas de status econômico e cultural tam-bém distintos. Esse convívio plural em uma atmosfera social e economicamente diversa, que mistura classes e culturas, inevitavel-mente, cria terreno favorável para a evolução dos menos favorecidos.
Distribuir pequenos conjuntos habitacio-nais em diferentes regiões da cidade pode até
custar mais caro num primeiro momento. Mas, em médio prazo, se traduz em enormes ganhos so-ciais. Quem diz isso são especia-listas no assunto e que embasam a discussão sobre o tema.
Quando uma cidade concentra um grande número de famílias carentes em um bairro também carente, ela amplia a desigual-dade social. É exatamente o que reforça o projeto Novo Tempo.
A falta de visão do governo municipal de Lajeado ainda não é percep-tível aos olhos da maioria, nem mesmo dos futuros moradores. Entretanto, quando os conflitos eclodirão, a comunidade benefi-ciada e também a população em geral se darão conta de que faltou pensar melhor.
Infelizmente, será tarde e os reflexos da diminuição de ganho em qualidade de vida afetarão famílias humildes que ora comemoram a conquista.
Está feito. Fica a sugestão e, em bre-ve, a lição, de que o barato sai caro logo adiante. Aliás, se observados os números financeiros desse empreendimento, vere-mos que nem mesmo o fator da econo-mia fora atendido.
Eis o desafio: gestão pública precisa pen-sar, discutir e planejar demandas urgentes, mas com a visão no médio e longo prazos, atentando aos reflexos em todos os sentidos.
Não resta dúvida que o avanço social se amplia quando as comunidades populares ficam integradas aos moradores de bairros menos carentes. Isso evita a “marginaliza-ção” e abre oportunidades de emprego e, principalmente, de evolução cultural.
Fica a dica para os próximos projetos.
Lupa sobrea Rouanet
4 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Governos reduzem verbas e prejudicam escolas
CRISE NA EDUCAÇÃO
Vale do Taquari
A crise orçamentária enfrentada
pelos governos gera dificuldade
para cumprir com a obrigação
da merenda escolar. Direções
de escolas públicas clamam pela ajuda
da comunidade escolar para manter as
dispensas cheias. Em municípios como
Marques de Souza, Anta Gorda, Pro-gresso e Relvado, o cardápio depende
do complemento de doações feitas pela
comunidade escolar e produtores rurais.
Frutas e produtos cultivados nas pro-
priedades das famílias são encaminha-
dos conforme a demanda das escolas. Em
alguns casos, unidades de itens da cesta
básica, como arroz ou açúcar, são com-
pradas a mais e repassadas às cozinhas.
Na localidade de Tamanduá, Marques de
Souza, há pouco mais de um mês, pais or-
ganizaram um revezamento de doações.
O agricultor Alcir Grana, 44, integrou
o Conselho de Pais e Mestres da escola de
Ensino Fundamental Henrique Geiss por
cerca de quatro anos. Ele se disse surpreso
com o panorama apresentado pela dire-
ção da escola e relatado pelo filho. A situ-
ação tem se agravado desde o último ano,
diz, com a implantação de mudanças no
processo de compras dos alimentos.
Apesar de não haver registros de falta,
há relatos de limitação e dificuldades em
manter o cardápio, segundo ele. Grana
salienta o envolvimento comunitário na
rotina da escola e considera baixos os
valores repassados, em comparação com
anos anteriores. “Vinha verba que quase
sobrava para a merenda, mas com isto
que recebem não tem como preparar um
lanche. Teu filho vai na aula e tu nunca
vai virar as costas para a escola.”
Sem a ajuda da comunidade escolar, a
diretora Juracy da Silva projeta um pa-
norama mais difícil se comparado com o
Com pouco dinheiro para comprar itens da merenda escolar, direções são obrigadas a pedir
doações da comunidade. Famílias de agricultores repassam alimentos ou mandam dinheiro
para garantir os estoques nas cozinhas dos colégios.
atual. Sem receber recursos complemen-
tares da União desde maio, o colégio de-
pende de verba enviada pelo Estado, con-
siderada insuficiente. “Só com os recursos
que recebemos, R$ 0,30 por aluno, fica
complicado de manter. Eles vão ajudando
como podem.” A escola atende 55 alunos.
Menos dinheiroDesde a reunião sobre a dificuldade
para comprar merenda, a comunida-
de escolar antecipou as contribuições
antes feitas durante o ano. Apesar das
doações dos pais, o cardápio servido aos
alunos precisa ser adequado ao estoque
disponível.
No armário da escola, caixas de cereal
matinal se acumulam por falta de leite.
Nesta semana, doações garantiram o
abastecimento de feijão e açúcar. Para a
próxima, aguardam a chegada de ovos e
azeite. Para a diretora, essa limitação da
merenda é resultado da queda nos repas-
ses públicos.
Até o ano passado, considerando as
verbas encaminhadas pelo Estado e pela
União, a escola recebia em torno de R$
0,90 por aluno. Comparando o primeiro
semestre deste ano ao mesmo período de
2015, o envio do governo federal reduziu
de R$ 4 mil para pouco mais de R$ 1,3 mil.
Uma famíliae duas escolas
Da produção da família de Márcia Zan-
galli, 37, saem alimentos que ajudam a
compor os estoques das escolas dos filhos.
O menino, de 10 anos, estuda na Henrique
Geiss, em Marques de Souza, já a menina,
de 15, frequenta a Escola Estadual Bási-
ca São Francisco, em Progresso. A direção
dessa escola começou a solicitar ajuda
das famílias na semana passada.
Segundo ela, a família tem aproveitado
os pedidos indicados pelas escolas ou fi-
lhos para encaminhar hortaliças, carne,
além de massa, arroz e feijão. Antes da
solicitação de apoio, o cultivo era para
abastecer a demanda dos moradores, diz.
Ela costumava fornecer o excedente para
vizinhos e amigos.
Para Márcia, a prática é facilitada pela
rotina de produção agrícola das famí-
lias. Na avaliação dela, a situação tende
a demorar até ter uma melhora e isso
exige uma participação maior da comu-
Feijão doado por produtores auxilia no preparo da merenda em Tamanduá, Marques de Souza
ANDERSON LOPES
5A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Reportagem: Marcelo Gouvêa
Em meio às dificuldades, o depósito de alimentos do Ins-tituto Estadual de Educação Pereira Coruja, em Taquari, foi alvo de dois furtos em menos de uma semana. O caso ocorreu no fim de maio e levou a um prejuízo supe-rior a R$ 1 mil.
Na primeira ação, entre o sábado, 14, e o domingo, 15, foram levados 20 quilos de queijo mussarela, 48 litros de leite, dez potes de margarina de 500 gramas, 50 pacotes de bolachas e dez quilos de peito de frango congelado. Durante a noite da quarta-feira, 18, os ban-didos levaram dois quilos de leite em pó, dez pacotes de macarrão, 14 quilos de peito de frango congelado e oito quilos de queijo mussarela.
FURTO DE MERENDA
nidade. “Achamos que não era tão grave
e, pelo o que se comenta, isso não deve
mudar logo.”
Dinheiro do CPM precisou ser antecipado
No caso das escolas de Ensino Funda-
mental Sagrado Coração de Jesus, de Anta
Gorda, e da José Plácido de Castro, de Rel-
vado, as direções promoveram um debate
com os pais logo no início do ano letivo. A
medida foi uma forma de antecipar pos-
síveis dificuldades nos meses seguintes.
Com a limitação de R$ 78 diários para
compra da merenda, os alimentos arre-
cadados na campanha da solidariedade
anual da Sagrado Coração de Jesus fo-
ram revertidos para a escola. Até esta
edição, eles costumavam encaminhar
os itens para o hospital ou famílias ca-
rentes do município. Na escola, estudam
260 crianças.
Para a diretora da José Plácido de Cas-
Silvana Ferronato
Diretora da escola José Plácido de Castro
As escolas sempre
dão um jeito. Com
esta colaboração da
comunidade temos
conseguido manter
a qualidade.
Diminuiu um pouco
a quantidade, mas
ninguém fica sem.”
tro, Silvana Ferronato, a participação dos
pais tem sido essencial para a manter a
rotina. De acordo com ela, diferentes mo-
bilizações têm ajudado na arrecadação
de alimentos. “As escolas sempre dão um
jeito. Com esta colaboração da comunida-
de temos conseguido manter a qualidade.
Diminuiu um pouco a quantidade, mas
ninguém fica sem.”
Segundo ela, além das doações das fa-
mílias, mobilizações desenvolvidas pelo
município têm colaborado com o abas-
tecimento da escola com 205 estudantes.
Durante as comemorações de aniversário
do município, um quilo de alimento foi
cobrado como ingresso em uma partida
de futebol. Toda a arrecadação foi reverti-
da para a escola.
Responsabilidade da UniãoO coordenador administrativo e fi-
nanceiro da 3ª Coordenadoria de Regio-
nal de Educação, José Ambreu Diedrich
Márcia Zangalli envia itens cultivados na propriedade para ajudar a merenda da escola Henrique Geiss, de Marques de Souza, e José Plácido de Castro
MARCELO GOUVÊAelogia a iniciativa das famílias para
ajudar as escolas. De acordo com ele,
as instituições com até cem alunos re-
cebem, além do repasse tradicional, de
R$ 0,30 por aluno, um valor extra de R$
0,60. O recurso adicional, segundo ele,
está empenhado e deve ser pago na pró-
xima semana. O prazo é o mesmo esti-
mado para o depósito do valor relativo
ao Ensino Politécnico.
Segundo Diedrich, nas 18 escolas da
coordenadoria onde a merenda era mu-
nicipalizada estão em processo de adap-
tação. Ele afirma que, apesar de a 3ª CRE
ter tomado todas as medidas cabíveis
sobre o caso, exite a dependência do te-
souro para a liberação dos recursos e a
definição dos valores repassados é feita
por decreto. “Os valores da merenda, me-
nos o politécnico, são de responsabilida-
de do governo federal.”
Política6 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
SOLUÇÃO
Teutônia
O evento que reuniu 70
mil pessoas para come-
morar o aniversário de
35 anos da cidade foi
alvo de críticas na câmara de vere-
adores. Durante a sessão de quin-
ta-feira, Marcos Quadros (PSDB)
questionou o objetivo da festa, o
preço dos ingressos e o destino do
lucro. Também exigiu a prestação
de contas o mais rápido possível.
Em março, quando o Executivo
encaminhou projeto para firmar
convênio com a Câmara de In-
dústria, Comércio e Serviços (CIC),
para organizar o evento, o verea-
dor propôs emenda que destina-
ria R$ 20 mil oriundos da bilhete-
ria para o Hospital Ouro Branco
(HOB). A medida foi rejeitada. O
documento original que autori-
zava a administração municipal
a reverter R$ 172 mil e dispor dos
espaços públicos no Centro Admi-
nistrativo para a CIC teve aprova-
ção de dez vereadores. Quadros se
absteve da votação.
Apesar de afirmar que o even-
to tenha sido bem organizado, o
tucano acredita haver falhas no
objetivo principal. “Uma festa
Marcos Quadros considera que a comemoração de aniversário afasta público carente
Vereador critica gastos na Festa de Maio
particular não deve ocorrer nas
instalações do município. E tem
dinheiro público envolvido. No
momento que isso acontece, se
torna uma festa pública.”
Quadros ainda sugeriu que a
organização fosse delegada para
outra instituição. Segundo ele, a
incerteza para onde o lucro será
aplicado é a principal inquietação
da comunidade. Para ele, a presta-
ção de contas deve ser apresenta-
da logo, devido à insatisfação da
comunidade. “Torço para que com
isso saneie todas as dúvidas.”
A presidente da câmara, Mareli
Lerner Vogel (PP), rebateu as críti-
cas, destacando empresas e ações
que foram importantes para
eventos como o encontro da União
dos Vereadores Brasileiros (UVB)
que investiu R$ 5 mil na compra
de brindes. “A festa é mais da co-
munidade e do setor industrial,
comercial e agropecuário do que
da administração municipal. E é
muito bem organizada pela CIC.”
“Tudo tem seu preço”Raul Wolf, 45, publicou em sua
conta no Facebook a insatisfação
pelo valor do ingresso de R$ 40
cobrado na quinta-feira, após às
15 horas. A crítica atraiu mais de
300 internautas, além de comen-
tários. Para ele, na quarta-feira, a
entrada gratuita e, na sexta-feira,
o ingresso único a R$ 10 não fo-
ram suficientes, pois muitas pes-
soas trabalharam. “No sábado,
quando todos poderiam ir, depois
das 16h, cobraram R$ 40. Quem
trabalha em comércio, que fecha
às 18h, tinha que pagar a mais. Vi
famílias de Venâncio Aires, Co-
linas e Arroio do Meio indo em-
bora porque não sabiam”, relata.
A polêmica se tornou ainda
maior quando um funcionário da
CIC e integrante da comissão or-
ganizadora passou a responder os
comentários. O debate ficou am-
plo e gerou indignação.
Para Wolf, as críticas e suges-
tões deveriam ser acatadas e le-
vadas para a mesa de discussão
da organização e não ironizadas.
“Quando envolve dinheiro públi-
co, tenho o direito de criticar. A
crítica não é pessoal”, diz.
Para o vereador André Böhmer
(PT), o preço dos ingressos estava
justo e condizente com a realida-
de. “Tudo tem seu preço. Teve dias
com entrada gratuita, com entra-
da a R$ 10, e os grandes shows ti-
nham que custar mais”.
A CIC pondera, lembrando que
a venda dos ingressos iniciou com
antecedência e com valores mais
baixos. Os primeiros lotes foram
vendidos a R$ 25 cada.
SAIBA MAIS
Para a realização do evento bianual, a administra-ção municipal firma convê-nio com a CIC que tem os direitos sobre o título Festa de Maio. Além de investir R$ 172 mil para gastos com infraestrutura e logística, o município sede o Pavilhão Multiuso e as áreas ao redor
do Centro Administrativo. A contrapartida da CIC é
a organização, contratação dos shows e divulgação do aniversário da cidade. O contrato define que a presta-ção de contas deve ser apre-sentada até 31 de julho com direito à prorrogação de 30 dias mediante justificativa.
Críticas do vereador tucano sugerem mudanças no formato do Evento
MACIEL DELFINO
Estado
A Secretaria de Educação esgota-
rá todas as negociações com os in-
vasores de escolas públicas até esta
segunda-feira, 6. Caso nada fique
acordado e os estudantes não dei-
xem os colégios, o Estado e os pais
poderão entrar com ação judicial. O
secretário Luís Alcoba afirmou em
reunião nessa quinta-feira de ma-
nhã, 2, na Assembleia Legislativa,
que todas as medidas serão toma-
das para normalizar as rotinas das
instituições. O encontro foi resul-
tado da articulação dos deputados
Marcel van Hattem (PP) e Tiago Si-
mon (PMDB) com pais, professores e
alunos contrários às invasões.
Segundo Alcoba, nessa quarta-
-feira o Estado recebeu reivindi-
cações de mais de cem escolas:
“Qualquer tipo de movimento tem
uma razão: chamar a atenção da
sociedade. Mas, neste caso, temos
que garantir os direitos de todos.
Estávamos analisando a melhor
forma de intervir. Não descarta-
mos uma ação judicial para ga-
rantir o direito à educação. Até
esta sexta-feira iremos analisar to-
das as pautas das escolas. Não po-
demos passar de semana que vem
sem uma providência efetiva.”
Segundo o secretário, as solici-
tações são as mais diversas, mas
o principal é a reforma das estru-
turas físicas. “Temos condições
de fazer uma lista de reformas
e montar uma agenda para que
cada uma seja resolvida. Outra
medida que será tomada é a en-
trega de recursos diretamente aos
diretores. Serão entregues R$ 150
mil para que possam resolver o
que for de mais urgente a curto
prazo. Já o problema de defasagem
de professores nas instituições já
estamos resolvendo. No ano passa-
do, tivemos o afastamento de 6,3
mil professores pelos mais diversos
motivos. Entretanto, temos verbas
e estamos repondo todos os car-
gos”, garantiu Alcoba.
Conforme a conselheira da OAB/
RS, Maria Cristina Meneghini, pre-
sente na reunião, os membros vi-
sitaram as escolas para falar com
os estudantes: “Estes colégios es-
tão invadidos, este é o termo legal
para esta situação, não há dúvi-
das. O que podemos fazer como ór-
gão é acompanhar o cumprimento
de toda esta lista de reformas e ga-
rantir que sejam cumpridas.”
Segundo o advogado que tem
acompanhado as conversas en-
tre pais e autoridades, Ricardo
Gomes, o que está acontecendo
é uma tomada ideológica: “Não
temos nada a perder em mostrar
para a população que realmente
é um movimento partidário que
se apropriou da causa para usá-la
como um escudo.”
Estado ameaça entrar na Justiça para terminar com ocupações
Na segunda-feira deve ocorrer uma reunião na Casa Civil com os depu-tados Marcel van Hattem e Tiago Simon, o secretá-rio da Casa Civil, Márcio Biolchi, e a Secretaria de Educação. O Estado se comprometeu com diversas pautas, inclusive com au-tonomia financeira para as escolas. Se até o dia 6 não houver a desocupação, o Estado poderá entrar com pedido de reintegração de posse ou os pais podem pedir, em liminar, o direito de entrar nas escolas.
até agora não ouviu quem é contra
esses atos, ou seja, a grande maio-
ria dos estudantes. Acreditamos
que agora possamos estar próxi-
mos de uma solução.”
Professores e alunosPara Ana Maria Oliveira, profes-
sora da Escola Técnica Estadual
Senador Ernesto Dornelles – inva-
dida por cerca de dez alunos – as
instituições estão minadas e quem
é contrário ao movimento não tem
apoio: “Estamos realmente em uma
guerra política e, com todo o patru-
lhamento ideológico que existe, pre-
cisamos mostrar à sociedade o que
o Estado já fez pelas instituições.
De todos os professores do colégio,
apenas três apoiam as invasões. De
todos meus alunos, nenhum parti-
cipa ou concorda com isso. Então,
porque não estamos tendo aulas?”
O presidente do Grêmio Estu-
dantil do Ernesto Dornelles, Daniel
Ajala, afirma que a quase totalida-
de dos 750 alunos da escola quer
voltar a estudar. Por isso, ele segue
acompanhando todas as reuniões
para que o ensino deste ano letivo
não seja prejudicado: “A imprensa
Política 7A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Vale do Taquari
A nova diretoria da Fe-
derasul vai buscar no
interior do estado os
líderes do setor empre-
sarial. A proposta foi apresenta-
da nessa sexta-feira, durante a
reunião da Associação Comercial
e Industrial do Vale do Taquari
(ACI). A estratégia do Movimento
Empresarial é realizar encontros
com as entidades das macroregi-
ões do estado.
Na avaliação dos líderes locais,
a eleição de Simone Leite para a
presidência da Federasul abriu
um espaço maior para os repre-
sentantes do interior. De acordo
com a vice-presidente da Assco-
ciação Comercial e Industrial de
Encantado (ACI-E), Renata Galiot-
to, a medida será fundamental
para que não se perca mais ta-
lentos. “Tem muitas pessoas que-
rendo participar, com vontade de
Federasul cria projeto para fortalecer participação de empresários pelo estado
Vale quer ser pioneiro na formação de líderes
mudança. Nosso desafio é buscar
essas pessoas para mudar o país.”
Os empresários destacaram a
necessidade de retomar o espa-
ço que estva ocupado por outros
setores. “Os sincatos vinham
brigando muito por seus ideiais
e isso se disseminou. Acredita-
mos que as entidades poderem
retomar o nosso espaço”, afirma
Renata.
De acordo com o vice-presiden-
te regional da Federasul, Verno
Arent, o Vale tem todas as con-
dições de ser o primeiro a aderir
a este projeto. “A ideia é sermos
os protagonistas e trazermos
para a região o primeiro encon-
tro das macroregiões.” Com isso,
Arent acredita que será possível
diagnosticar as reivindicações
comuns dos empresários da re-
gião. “Nós somos parte dos pro-
blemas que hoje temos na na-
ção, mas também temos que ser
parte da solução.”
Malha rodoviáriadeve ser a prioridade
A próxima bandeira a ser ado-
data pela Acic são os problemas
nas rodovias da região. A malha
rodoviária do Vale, tem sofrido
com a falta de investimento e de
recursos, tanto do Governo Esta-
dual quanto Federal.
Entre as reivindicações estão
da duplicação da ERS-130, entre
Arroio do Meio e Venãncio Aires.
Outro gargalo é o estacamento
das obras na BR-386.
Encontro entre empresários da CIC regional e da Federasul ocorreu nessa sexta-feira, durante a Suinofest de Encantado
EDUARDO AMARAL
Cidades
A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 20168
LAJEADO – O Palácio Farroupilha,
em Porto Alegre, sedia, a partir das
14h de terça-feira, a homenagem
da Assembleia Legislativa à Socie-
dade Lajeadense de Atendimento
à Criança e Adolescente (Slan). A
proposta foi feita pelo deputado
Enio Bacci.
Assembleia homenageia a Slan
Estrela
Nas três décadas que tra-
balha como pedreiro,
Herton Metz, 52, aju-
dou a construir mais
de cem casas, mas não tinha uma
para ele. Agora, ganhou uma no
conjunto habitacional Nova Mo-
rada I e II, de Novo Paraíso. “De-
pois de construir tantas casas,
agora construíram uma para
mim”, festeja.
Mertz é um dos 250 beneficiados
do Programa Minha Casa, Minha
Vida. O sorteio para escolha das
unidades do Nova Morada I e 11
ocorreu nessa sexta-feira. Evento
foi realizado pelo administração
municipal com o apoio da Caixa
Econômica Federal e Conselho Mu-
nicipal de Habitação.
Quem também realiza o sonho
da casa própria é a diarista Jocé-
lia da Silva, 44. “Sempre quis ter
uma casa, mas não tinha condi-
ções para comprar”, frisa. Com a
nova moradia, estima poupar R$
350 no aluguel e pretende investir
o dinheiro na poupança. “Posso
guardar um dinheiro para o fu-
turo.”
Entre os 250 beneficiados, seis
são portadores de deficiência e
oito são idosos. Durante o sorteio,
eles tiveram preferência na esco-
lha das unidades. O processo obe-
dece a critérios nacionais e muni-
cipais do Programa Minha Casa,
Minha Vida, regido por portaria
Sorteio de 250 residências do conjunto Nova Morada ocorreu nessa sexta-feira
Famílias realizam o sonho da casa própria
Depois de ajudar a construir mais de cem casas, o pedreiro Herton Metz foi um dos contemplados pelo programa
FOTOS FÁBIO KUHN
do Ministério das Cidades.
As prestações das famílias deve-
rão ficar entre R$ 25 e R$ 80 men-
sais, não ultrapassando 10% da
renda familiar. O pagamento será
feito durante dez anos.
Herton Metz
Pedreiro
A assinatura do con-trato de implantação dos conjuntos habitacionais ocorreu em dezembro de 2013. Este é considerado o “grande marco” da administração municipal estrelense. O investimen-to no projeto é de R$ 21 milhões, com recursos próprios do município e do governo federal.
Para a finalizar o Nova Morada, faltam a ins-talação das calçadas, pintura e construção de uma estação de esgoto. Previsão do engenheiro Fernando Machado, 30, é que as obras terminem em agosto.
Após, o engenheiro prevê mais dois meses para serem finalizadas as “questões burocrá-ticas”. Até outubro, as famílias devem ocupar as residências. No futuro, Machado prevê a cons-trução de escolas infantis e centros de lazer.
INVESTIMENTO DER$ 21 MILHÕES
Depois de
construir tantas
casas, agora
construíram uma
para mim.”
Sorteio das 250 unidades do Nova Morada ocorreu nessa sexta-feira
9A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Cidades10 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Vale do Taquari
O aumento do desempre-go e as dificuldades na economia nacional pro-vocam uma debanda-
da de clientes dos planos de saúde privados. No último ano, mais de 1,3 milhão de pessoas cancelaram as assistências médicas privadas e passaram a depender do siste-ma público ou de atendimentos particulares.
O momento de queda trouxe reflexos para a região. Em 2015, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP) fechou o ano com 234.675 beneficiários, cerca de 2,2 mil a menos na comparação com 2014. Em todo o RS, os planos pri-vados perderam mais de 36 mil clientes no último ano.
Conforme a Unimed-VTRP, as principais quedas ocorreram nas categorias empresariais, sindicais e de saúde ocupacional. Para a cooperativa, os resultados repre-
No ano passado, Unimed VTRP perdeu 2,2 mil clientes na comparação com 2014
Crise reduz adesão aos planos de saúde
sentam a queda na atividade eco-nômica e a diminuição dos postos de empregos.
No caso dos planos dos sindica-tos, a Unimed alega não comercia-lizar mais o produto, justificando a redução gradual no segmento. De acordo com a cooperativa, a queda nas outras duas categorias só não provocou maiores impac-tos devido ao aumento no número de beneficiários nos planos fami-liares e SOS Unimed.
Em meados do ano passado, a trabalhadora de uma padaria de Lajeado, Janice Kern, 38, can-celou os dois planos de saúde da qual era cliente e passou a depen-der exclusivamente do SUS. Além dela, outras cinco pessoas da fa-mília também abandonaram a assistência médica privada.
“Avaliamos que pagávamos muito por algo que não usáva-mos”, alega. Para ela, a diferença do atendimento por meio do pla-no e o do SUS é muito pequena e
não justifica a despesa. “Não tenho do que me queixar
do sistema público. Às vezes é melhor do que o plano”, relata. Conforme Janice, a qualidade do
SUS no município melhorou após a instalação da UPA.
SUS e convêniosNessa sexta-feira à tarde, 3, a
vendedora Liane Schmidt, 49, le-vou a filha Luane, 16, para aten-dimento na UPA. Beneficiária de plano de saúde sindical faz mais de 20 anos, Liane não abre mão do sistema público.
“Antes de acionar o plano, sem-pre procuramos os postos de saú-de”, afirma. Segundo ela, o moti-vo seria a gratuidade de remédios e exames por meio do SUS, que no convênio são pagos em separado. “Para mim vale a pena, porque o valor é baixo para as quatro pes-soas da minha família”, ressalta. Conforme Liane, uma das vanta-gens dos planos é a maior dispo-nibilidade de médicos e uma va-riedade maior de especialidades disponíveis.
A educadora física Ana Júlia Du-arte, 32, também opta por man-ter um plano de saúde e utilizar o sistema público. “Tenho convênio faz cinco anos, mas não abro mão do SUS, principalmente em casos de urgência e emergência.”
Segundo ela, o motivo seria a ausência de médicos privados ou conveniados disponíveis aos fins de semana e à noite. “São nesses períodos que costuma-mos ficar doentes e necessita-mos do serviço.”
Porém, Ana Júlia ressalta que, para alguns atendimentos, o convênio representa maior se-
gurança na comparação como o sistema público. Durante uma gravidez, pesquisou a diferença entre os dois serviços e achou mais vantajoso o atendimento por meio do plano.
Relata que o SUS oferece três ecografias, mas elas precisam ser realizadas fora da cidade. “Mesmo com o transporte da prefeitura, optei pelo médico conveniado. Além da comodi-dade, o plano inclui exames em todas as consultas.”
Aumento acima da inflação
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em até 13,57% o índice de reajuste a ser aplicado nos convênios. O aumen-to será referente ao período entre maio de 2016 e abril de 2017. O percentual é válido para planos contratados a partir de janeiro de 1999 e atinge cerca de 8,3 milhões de beneficiários o país.
O índice de reajuste pode ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato. Se o mês de aniversário do contra-to é maio ou junho, será permiti-da cobrança retroativa. Deverão constar claramente no boleto de pagamento o índice de reajuste autorizado pela ANS, o número do ofício de autorização da agência, nome, código e número de regis-tro do plano, bem como o mês pre-visto para aplicação do próximo reajuste anual.
Liane, 49, levou a filha Luane, 16, para consultar na UPA. Mesmo tendo convênio, utiliza o sistema público como primeira opção
THIAGO MAURIQUE
CidadesA HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016 11
Bom Retiro do Sul
A administração mu-
nicipal renovou dois
convênios totalizando
R$ 686,4 mil divididos
em oito parcelas com o Hospital
de Caridade Sant'Ana. O recurso
será investido na manutenção
do ambulatório e o atendimen-
to de urgência e emergência 24
horas.
Os projetos que definiram o
convênio foram votados e apro-
vados por unanimidade na câ-
mara de vereadores no dia 30 de
maio.
A administração aplicou R$ 168
mil no ambulatório, para ser in-
vestido na compra de insumos,
manutenção da infraestrutura e
cobrir os gastos dos mais de 1.500
procedimentos. Além disso, foram
destinados R$ 518,4 mil para o
plantão médico. O montante cus-
teia o quadro clínico.
Repasse total no ano ultrapassa R$ 686 mil. Pagamento será parcelado em 8 vezes
Município renova convênios com hospital
As consultas ocorrem com base
no protocolo de urgência e emer-
gência. Cada paciente é avaliado
por enfermeiros e depois recebe
classificação. O investimento da ad-
ministração prioriza os casos mais
graves ou com risco de morte.
A parceria iniciou em 2009 e
garante o atendimento 24 horas.
Conforme a diretora Simone Die-
drich, o serviço prestado é impor-
tante para a comunidade. “Não
tem como o município ficar sem
esse convênio. Apesar de não ter-
mos tantas especialidades, mui-
tas vidas foram salvas devido ao
primeiro atendimento feito no
pronto socorro.”
SAIBA MAIS
Em abril o hospital promoveu a venda de cachorro-quente para ar-recadar fundos. A unidade foi vendida a R$ 10 e todo lucro ficou na instituição. No total, foram comercia-lizados 1.600, gerando R$ 12 mil de lucro. Segundo a direção, a iniciativa tem o objetivo de arrecadar fundos para pagar alguns débitos menores ou com-plementar orçamento.
Além dessa promoção, o HCSA criou o Programa Amigos do Hospital, no qual os moradores con-tribuem com R$ 10, R$ 15 ou R$ 20 deduzidos direto da conta de energia elétrica. Em troca, recebem um cartão que garante descontos em rede de far-mácias e consultas. Hoje o programa conta com 700 associados. Por mês, são atendidos 1.299 pacientes.
Comunidade fez cachorro-quente para angariar recursos e ajudar a casa de saúde
ARQUIVO A HORA
Falta de incentivo barra investimento
Desde que o governo Sartori
assumiu, o Incentivo Hospita-
lar (Ihosp), referente a R$ 22 mil
mensais, foi cortado. O repasse
foi anunciado em outras gestões
com objetivo de complementar a
tabela do SUS, considerada defa-
sada. No entanto, o atual gover-
no deixou de financiar as insti-
tuições para agregar o valor ao
orçamento do Estado. Em 17 me-
ses, o hospital deixou de receber
R$ 374 mil.
Cidades12 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Vale do Taquari
O Sebrae quer transfor-
mar o Vale do Taquari
em um destino turís-
tico e para isso elabo-
rou um projeto que integra 67
empresas regionais. A proposta
foi apresentada para cerca de 20
prefeitos presentes na reunião
da Amvat realizada durante a
abertura da Suinofest, em En-
cantado.
As ações estão divididas em
quatro grandes grupos dividi-
dos por atividade e região. Estão
contemplados a realização de
eventos, como a própria Sui-
nofest, e roteiros turísticos. O
trabalho do Sebrae é qualificar
os empresários das cidades con-
templadas para que o turismo
seja ampliado para a região. As
atividades serão realizadas ao
longo de quatro anos, e o orça-
mento para 2016 é de R$ 216 mil.
Na avaliação do gestor de
Produtos, Comércio e Serviços
do Sebrae, Diego Zenkner, a re-
gião não está explorando seu
potencial turístico. “Existe um
movimento de roteiros, mas te-
mos que qualificar as empresas
para oferecer um serviço melhor
e podermos tornar o Vale como
destino turístico.”
Proposta foi apresentada em reunião da Amvat
Projeto do Sebrae foca turismo regional
Nas próximas semanas, inicia
uma nova etapa de qualificação
dos empresários que trabalham
com o setor.
Os valores necessários para
tornar o projeto realidade, ain-
da são, quase na totalidade,
exclusivos do próprio Sebrae e
de investimentos da iniciativa
privada. Porém, ao apresntar
as propostas, os representantes
da entidade deixaram claro a
necessidade de apoio do poder
público. Segundo eles, essa par-
ceria será fundamental nos pró-
ximos passos.
Deputado destaca neces-sidade de investimento nas pequenas empresas
Durante o encontro, o deputa-
do Tiago Simon (PMDB) ressaltou
a importância da pequena em-
presa para a economia do esta-
do e dos municípios. “Aqui no RS
66%b do emprego é gerado pelas
micro e pequenas empresas”,
ressaltou. Ao ser questionado
sobre as isenções às grandes
empresas, Simon garantiu que
os donos de pequenos negócios
ainda pagam menos impostos.
“Temos o Simples e, dependendo
do tamanho do negócio, o em-
presário sequer paga imposto.”
Eventos – Envolve
20 empresas de
Lajeado, Arroio do
Meio e demais ci-
dades próximas
G 3 – Participação
de empresas de
Sério, Progresso e
Boqueirão do Leão
Caminhos da
Forqueta – Roteiro
já explorado em Ar-
roio do Meio
Túneis Viadutos
– Desenvovido em
Vespasiano Corrêa,
Muçum, Encantado
e Nova Bréscia
Projetos já
existentes na região
EDUARDO AMARAL
Proposta apresentada aos prefeitos do Vale durante a Suinofest inclui participação de 67 empresas do setor na região
Cidades 13A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Teutônia
O Corpo de Bombeiros Vo-
luntários (CBV) promo-
ve o 2º Seminário Téc-
nico de Teutônia, com o
tema “Acidente de trânsito, como
evitar? Qual a causa?” O encon-
tro ocorre no dia 25, no auditório
principal da Câmara de Indústria,
Comércio e Serviços (CIC). O in-
gresso custa R$ 15 e está à venda
na sede da corporação.
Para abordar o assunto, profis-
sionais de Eldorado do Sul, São Sebastião do Caí, Igrejinha e Picada Café foram convidados. O
objetivo do evento é engajar pro-
fissionais da saúde e técnicos em
Segurança do Trabalho no atendi-
mento e prevenção de acidentes
por meio de palestras.
A corporação quer criar a ideia
da direção defensiva na comuni-
dade. Para isso, busca expandir o
conhecimento das lideranças. Se-
gundo o presidente do CBV Marky-
Voluntários intensificam projeto de palestras para mudar conduta e reduzir acidentes
Seminário discute soluções para o trânsito
son Marques, todos os assuntos
serão abordados, desde a falta de
planejamento de trânsito até os
procedimentos para atendimen-
to em caso de urgência em uma
colisão.
Em 153 dias, aconteceram 182
acidentes dentro do perímetro
urbano, atendido pela Brigada
Militar. A maioria é atribuída ao
erro humano. Para reverter essa
estatística, o foco será no ensino.
“Os bombeiros chegam depois que
o fato aconteceu, então nos resta
fazer o atendimento, mas, quan-
do levamos o assunto às escolas,
levamos a prevenção mais rápido,
antes que algo ocorra.”
Por meio do Projeto Salvar implantado em escolas, os voluntários atendem 194 crianças da região. A meta do grupo é chegar a 500 estu-dantes até o fim do ano. Para isso, os mesmos profissionais que socorrem vítimas realizam manutenção e limpeza dos veículos.
O trabalho diferenciado está nas escolas de Educa-ção Infantil Azaléia do bairro Teutônia, e Cirandinha, em Canabarro. A educação no trânsito inicia desde os 4 anos de forma lúdica e linguagem que os alunos possam com-preender. Segundo Marques, eles devem ter em si a respon-sabilidade de saber que den-tro do carro o lugar de criança é na cadeirinha. “Ensinamos desde cedo que os pais devem usar cinto de segurança, que não podem andar de moto
sem capacete e eles já estão cobrando em casa.”
O CBV também elabora projeto em parceria com a administração municipal para promover palestras com a terceira idade e moradores do interior. Embora não sejam os principais envolvidos nos acidentes, têm vícios de con-duta executados dentro das propriedades.
Para Marques, pelo fato de não haver fluxo intenso e fiscalização, os agricultores dirigem sem cinto de seguran-ça, sem capacete e descalços. A falta de especialização ou orientações sobre direção em máquinas agrícolas é outra preocupação da corpora-ção. “A dificuldade é que têm costumes domésticos do interior que são trazidos para a cidade. Temos que mudar essa mentalidade.”
EDUCAÇÃO PARA TODAS AS IDADES
Área urbana de Teutônia tem um dos maiores índices de acidentabilidade do Vale
MACIEL DELFINO
PolíciaIncêndio destrói chalé no Camping do Pretto
ENCANTADO – O Corpo de Bombeiros comba-
teu um incêndio em um chalé de madeira no
Camping do Pretto. O sinistro aconteceu por
volta da 0h25min, nas margens da ERS-332,
em Linha Jacaré. Quando chegaram ao local, o
fogo tinha consumido a maior parte da estru-
tura e do mobiliário da moradia. Cerca de três
mil litro de água foram usados para conter as
chamas e impedir que o fogo atingisse outros
chalés. Não havia ninguém no local.
A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 201614
Lajeado
A Polícia Civil descobriu
uma casa que servia
de base para quadri-
lha nessa sexta-feira
à tarde, 3. Localizado na rua
Eleolino Domingos Zagonel, no
bairro Jardim do Cedro, o local
abrigava armas, toucas ninjas,
além de um carro de luxo e pro-
dutos roubados.
De acordo com o delegado Ju-
liano Stobbe, a residência foi
encontrada após a denúncia
de movimentação suspeita. Ao
chegar ao endereço, os policiais
avistaram um homem que fu-
giu do local ao perceber a apro-
ximação dos agentes.
Na casa, foram apreendidos
dois revólveres calibres 38 e 32,
uma pistola .380, uma espingar-
da calibre 20 munições, jaquetas
de couro, toucas ninja, coletes
balísticos e um rádio transmis-
sor ligado na frequência da Bri-
gada Militar.
Na garagem da residência,
estava um automóvel Audi Q3
roubado em Garibaldi. O veí-
culo, de cor original branca, foi
pintado com spray pelos crimi-
nosos e estaria sendo usado em
assaltos na região.
Ainda foram apreendidas qua-
tro sacolas com joias e semijoias,
provavelmente roubadas em
Guaporé, dois televisores, duas
caixas amplificadas, uma saco-
la com bebidas alcoólicas, um
playstation 3 e uma guitarra.
A polícia segue com as investi-
gações para prender a quadrilha
e entrará em contato com dele-
gacias de municípios próximos
para localizar as vítimas dos
roubos. O homem que estava em
frente à casa foi identificado e é
conhecido no meio policial.
Casa no Jardim do Cedro abrigava armas, um carro e outros produtos roubados
Polícia localiza esconderijo de quadrilha
Agentes também encontraram coletes balísticos e um rádio transmissor ligado na frequência da Brigada Militar
THIAGO MAURIQUE
Vale do Taquari
Agentes do setor de investigação
da DP de Lajeado apreenderam
cerca de dez quilos de maconha e
350 gramas de cocaína durante o
cumprimento de mandado de bus-
ca e apreensão nessa sexta-feira de
manhã, 3.
A droga estava acondicionada
em uma residência na rua Rai-
mundo Schmitt, bairro Carneiros.
Ao todo, 14 tijolos de maconha,
três trouxas de cocaína e uma ba-
lança de precisão foram encontra-
dos no local. A droga está avaliada
em cerca de R$ 30 mil, de acordo
com a polícia. Nenhuma pessoa foi
encontrada na casa.
Um homem foi preso por tráfico
de drogas durante ação em Fazen-
da Vilanova. Após realização de
PC encontra maconha e cocaína em dois municípios
vistoria ambiental em uma empresa
no centro, policiais suspeitaram da
atitude do homem e realizaram a
abordagem.
No local foram apreendidas 127
gramas de maconha, 36 porções de
cocaína e duas munições calibre 38.
O suspeito foi autuado em flagrante.
Mais de 10 quilos de drogas estavam
em uma casa no bairro Carneiros
THIAGO MAURIQUE
Vale do Taquari
Um automóvel Fiesta com pla-
cas clonadas foi recuperado pela
Polícia Rodoviária Federal nessa
sexta-feira de manhã, 3, em Ta-
baí. O carro foi parado em fisca-
lização no km 385 da BR-386.
Durante averiguação, os poli-
ciais constataram que as placas
do automóvel se referiam a um
veículo roubado há cerca de três
meses em Porto Alegre. Mora-
dor de Triunfo, o condutor alega
que recebeu o Fiesta como paga-
mento de uma dívida.
O homem foi encaminhado
para Delegacia de Polícia de La-
jeado, onde pagou fiança. Ele
responderá em liberdade pelo
crime de receptação.
PRF recupera veículo roubado
Placas do Fiesta foram copiadas de um veículo roubado em Porto Alegre
PRF/DIVULGAÇÃO
Série Ouro
ASTF disputa o primeiro clássicoPartida contra a Assaf ocorre em Santa Cruz do Sul na segunda-feira, às 20h
A HORA · FIM DE SEMANA,
4 E 5 DE JUNHO DE 2016
PATROCÍNIO:
A Associação Teutônia
Futsal (ASTF) busca
nesta segunda-feira
a primeira vitória no
Estadual Série Ouro de Futsal. A
partida diante da lanterna Assaf
ocorre às 20h, no Ginásio Polies-
portivo, em Santa Cruz do Sul.
Depois de sofrer duas goleadas,
para AGF e ADS, o time de Teutô-
nia quer o êxito para espantar
a crise e entrar na zona de clas-
sificação à segunda fase. Para o
confronto, o treinador Christian
Carniel tem o desfalque do fixo
Karoki, expulso no último jogo. Ni-
colas segue no time titular. O pro-
vável grupo que inicia a partida
é: Lucas Bastian, Nicolas, Dionízio,
Lelê e Biel.
Apesar de ter levado 11 gols em
dois jogos, Carniel acredita que os
erros cometidos nos últimos jogos
não voltarão a acontecer. Ele sa-
lienta que a situação delicada em
que a equipe se encontra não pode
ser levada para a partida, em vir-
tude de a Assaf ser um adversário
direto na briga por uma vaga à
próxima fase. “Não podemos es-
quecer tudo que foi feito e mudar
muita coisa, temos que aprimo-
Sábado20h – Juventude x Cachoeira Futsal
20h – Assoeva x Atlântico20h – ADS x AGFSegunda-feira
20h – Assaf x ASTF20h15min – Assoeva x Atlântico
Quarta-feira20h – Alaf x BGF
rar, acreditar pois o campeonato
está apenas começando.”
O adversário também vem de
duas goleadas. Perdeu na estreia
por 5 a 0 para a ADS, em Sanan-
duva, e nessa quinta-feira, jogan-
do em Santa Cruz do Sul, perdeu
por 6 a 0. O destaque do time do
Vale do Rio Pardo é o goleiro Bazí-
lio, ex-atleta da Assoeva.
JOGOS
CLASSIFICAÇÃO
Chave AACBF – 7 pontosJuventude – 7 pontosAES – 6 pontosBGF – 3 pontosAlaf – 3 pontosAsif – 3 pontosCachoeira Futsal – Sem pontuar
Chave BAtlântico – 9 pontosAssoeva – 6 pontosADS/ATF – 6 pontosAGF – 6 pontosAmérica – Sem pontuarASTF – Sem pontuarAssaf – Sem pontuar
Nos últimos clássicos disputados entre as equipes, a ASTF levou a melhor
EZEQUIEL NEITZKE
16 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Hora de conhecermais dois campeõesSe o tempo permitir, duas competições municipais definem os vence-
dores neste fim de semana – amador de Progresso e Taça da Amizade.
Encantado e Marques de Souza iniciam a disputa da final
Cruzeiro e Flamengodisputam a 26ª taça
A decisão do Campeonato Municipal de Progresso ocorre neste sábado, às 15h30min, em Xaxim. Antes, Cruzeiro e Inter-nacional de Campo Branco dis-putam uma vaga à final pela categoria veterano.
No primeiro jogo, no sábado passado, o Flamengo A venceu por 3 a 1. Agora está a um empa-te de conquistar a quinta taça. Como não existe a vantagem do saldo de gols, o Cruzeiro preci-sa de uma vitória simples para levar a decisão aos pênaltis. O Flamengo terminou a primeira fase com a melhor colocação.
Final em Progresso inicia às
15h30min
Lourenço, o “Rocha”, acredita na força de vontade dos jogadores para levantar a taça.
Para ele, faltou atenção dos jogadores no primeiro jogo e agora, com o retorno de alguns atletas que estiveram fora, a equipe reverterá o resultado. “Conversamos durante a sema-na, sabemos das qualidades do adversário, mas se não errar-mos ganharemos esse título.” O comandante terá o retorno do volante Fernando. Em con-trapartida, o volante Vermelho, suspenso, está fora.
Ecas em vantagemnas duas categorias
A decisão da Taça da Amizade – competição que integra Coli-
nas, Imigrante, Poço das An-
tas e Westfália – ocorre neste domingo. A partir das 13h30min, Ecas e Juventude decidem quem fica com a taça na categoria as-
pirante. Às 15h30min, as mes-mas equipes se enfrentam pela categoria titular. Nos dois casos, o Ecas tem a vantagem do em-pate. O jogo ocorre em Linha Ber-lim, Westfália. Até o momento, os clubes se enfrentaram duas vezes. Um empate na primeira fase em 1 a 1 e vitória na partida de ida da final por 1 a 0.
Para o confronto, o Ecas não conta com o lateral-esquerdo Uéslei Steffens, suspenso. Em contrapartida, o time do técnico Zico tem o retorno do zagueiro Alan Webers. Em sua trajetória na competição, o Ecas foi vice em duas oportunidades e campeão na edição passada. Precisando reverter o placar para levar a de-cisão aos pênaltis, o Juventude, do treinador Valdair Kliks, apos-ta em Joceir Florencio, artilheiro da competição com 24 gols. Na categoria aspirante, as mesmas equipes fazem a final. Na primei-ro jogo, o Ecas venceu por 1 a 0.
Nas quartas de final, eliminou o Gaúcho e na semi venceu o Flamengo B. Mesmo sendo o favorito e tendo as vantagens, o treinador Valmor Batistti, o “Jundiá”, prevê um jogo difícil. “A vantagem existe na teoria, temos que fazer valer dentro de campo.” O comandante espera que a equipe repita o empenho e a seriedade do primeiro jogo. O único desfalque para o confron-to é o coringa Adriano Martini, suspenso.
Já o Cruzeiro é o atual bicam-peão. Eliminou o Corinthians, de São Luiz, nas quartas e nas semifinais. Precisando da vi-tória, para decidir o título nas penalidades, o treinador Rogério
Flamengo A está a um empate de conquistar o pentacampeonato municipal de Progresso. Partida será em Xaxim Juventude inicia em casa a disputa pelo título em Marques de Souza
FELIPE NEITZKE
EZEQUIEL NEITZKE
Estádio das Cabriúvas recebe a primeira partida da final do Amador de Encantado. Decisão inicia às 15h
JOGOS DO FIM DE SEMANA
Taça da Amizade – Final/jogo de voltaLinha Berlim/Westfália – Juventude x Ecas
Marques de Souza – Final/jogo de idaLinha Orlando – Juventude x Ser Picada Flor
Encantado – Final/jogo de idaCabriúvas – Tele Entulho/Metalúrgica Planalto x CAN
Teutônia – Semifinal/jogo de idaLinha Catarina – Ouro Verde x Atlético Gaúcho (aspirante)Linha Germano – Ribeirense x Juventude (aspirante)Linha Catarina – Catarinense x Ouro Verde (titular)Linha Germano – União x Juventude (titular)
Boqueirão do Leão – Semifinal/jogo da ida
Linha Data – Esportivo x IndependenteLajeado – Semifinal/jogo da idaIgrejinha – Guarani x InternacionalCampestre – União Campestre x União Carneiros
Cruzeiro do Sul – Semifinal/jogo da idaBom Fim – Bom Fim x XV de Novembro (veterano)Bom Fim – Bom Fim x XV de Novembro (aspirante)Bom Fim – Bom Fim x Tamoio (titular)Picada Aurora – 22 de Novembro x Canarinho (veterano)Picada Aurora – 22 de Novembro x Canarinho (aspirante)Picada Aurora – 25 de Julho x Canarinho (titular)
Bom Retiro do Sul – Última rodadaSaca Rolha – Palmeiras x FlorianoRochedo – Aecosajo x Grêmio
A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016 17
Reportagem: Ezequiel Neitzke
Teutônia define os
finalistas neste domingo
Juventude buscao bicampeonato
Atual campeão, o Juventude inicia no domingo a disputa pelo bicampeonato. A partida ocor-re às 15h, em Linha Orlando. A equipe treinada por Marcelo Stoll tem todos os atletas à disposição. Adversário da final, o Ser Picada Flor busca o segundo troféu – a única conquista foi em 2000. Para a partida, o treinador João Jung tem dúvidas. O centroavante e artilheiro do municipal Junior Si-monetti se recupera de lesão e não sabe se joga. O zagueiro Luciano Brandt saiu lesionado na partida da semifinal e preocupa o coman-dante.
CAN e Tele Entulhodisputam final
O Clube Atlético Navegantes enfrenta neste domingo o time do Tele Entulho/Metalúrgica Planal-to, que terá o mando de campo na partida de ida. O jogo ocorre a partir das 15h, no Estádio das Ca-briúvas. O valor do ingresso é de R$ 5. A competição é organizada pela Associação Cultural Encan-tado com apoio da Secretaria da Juventude, Desporto e Turismo e Loja Via Esporte.
Teutônia conheceos finalistas
Neste domingo, a cidade conhe-cerá as duas equipes finalistas. Na Linha Catarina, o Catarinense precisa ganhar do Ouro Verde, no tempo normal e nas penalidades,
para chegar à final. Mesma situ-ação do Juventude no duelo con-tra o União. Ouro Verde e União jogam pelo empate.
Na categoria aspirante, Ouro Verde e Juventude também têm a vantagem do empate. Atlético Gaúcho necessita vencer o Ouro
Verde no tempo normal e nos pê-naltis. Já o Ribeirense precisa ape-nas de um êxito nos 90 minutos, pois na partida de ida empatou em 0 a 0 com o Juventude.
Iniciam as semifinais da Copa Gastão Valandro
As semifinais do amador de Lajeado iniciam neste domingo com jogo entre Guarani e Interna-cional. A partida ocorre no bairro Igrejinha a partir das 13h30min (aspirante) e 15h30min (titular). O outro jogo entre União Campestre e União Carneiros ocorre no bair-ro Campestre. União Carneiros e Internacional têm a vantagem de jogar por dois empates na catego-ria titular. Na aspirante, a van-tagem é do Guarani e do União Campestre
Semifinais ocorremno domingoAs semifinais do municipal de
Cruzeiro do Sul iniciam neste do-mingo com jogos em Picada Auro-ra e em Bom Fim. Dono da melhor campanha na categoria titular, o
Bom Fim joga por dois empates diante do Tamoio. Em Picada Au-rora, ocorre o clássico das divisas com o Canarinho, de São Bento. Os jogos iniciam às 10h, na categoria veterano, 13h30min, na aspiran-te, e 15h30min na titular.
Última rodadada primeira fase
A derradeira rodada da primei-ra fase do amador de Bom Retiro do Sul define quem será o último classificado nas duas categorias. Na aspirante, o Grêmio precisa
vencer o já classificado Aecosajo e torcer por um tropeço do Pal-meiras para se classificar.
Na titular, Grêmio e Aecosajo fa-zem confronto direto pela última vaga. Com 6 pontos, o Grêmio tem a vantagem do empate, já a Aeco-sajo, com 4 pontos, necessita ven-cer. Na outra partida, o Palmeiras enfrenta o Floriano.
O líder da categoria é o Rudibar com 22 pontos, seguido de Floria-no (12), Palmeiras (8), Grêmio (6) e Aecosajo (4). Na aspirante, o Flo-riano lidera com 16 pontos, Aeco-sajo e Rudibar (15), Palmeiras (4) e Grêmio (2).
Linha Data sedia rodadaA comunidade de Linha Data,
Boqueirão do Leão, sedia a pri-meira rodada da semifinal do amador. Na categoria aspirante, o Esportivo recebe o São Roque a partir das 13h30min. O con-fronto principal é entre Espor-tivo e Independente. No dia 12, na sede, o Grêmio 5 de Junho enfrenta o São Brás nas duas ca-tegorias. Os jogos de volta ocor-rem nos dias 19 e 26.Ouro Verde joga pela igualdade para chegar de novo à decisão em Teutônia
União Carneiros, do técnico Sírio, joga por dois empates no amador de Lajeado
das Cabriúvas recebe a primeira partida da final do Amador de Encantado. Decisão inicia às 15h
GISELE FERABOLIFÁBIO KUHN
FÁBIO KUHN
18 A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Internacional
Fabinho melhora e viaja para SalvadorAtleta será reavaliado e pode enfrentar o Vitória pela sexta rodada do Brasileirão
JOGOS
O treino realizado nessa
sexta-feira de manhã
rendeu uma boa notí-
cia para Argel Fucks, o
volante Fabinho apresentou boa
recuperação e correu no Centro
de Treinamentos do Parque Gi-
gante ao lado de Marquinhos –
que se recupera de uma entorse
no tornozelo direito. O jogador
viajou com o restante do grupo
para Salvador e será submetido
a um teste antes do confronto
contra o Vitória neste domingo,
às 16h, no Barradão.
Fabinho sentiu problemas no
tornozelo e joelho esquerdos du-
rante a vitória por 1 a 0 sobre o
Atlético-PR nessa quarta-feira.
Chegou a deixar o Beira-Rio de
muletas, mas o exame não apon-
tou lesão. Caso seja vetado pelo de-
partamento médico, Anselmo é o
principal candidato a substitui-lo.
Em campo, Argel não deu indí-
cios da formação que mandará a
campo contra o Vitória. O técnico
dividiu o grupo em quatro equi-
pes, que se enfrentavam de duas
em duas em metade do campo.
A provável formação tem: Dani-
lo Fernandes, William, Paulão, Er-
nando, Artur, Fernando Bob, Fabi-
nho (Anselmo), Gustavo Ferrareis,
Andrigo, Eduardo Sasha e Vitinho.
O Colorado lidera o certame
com 13 pontos. Para manter o
topo da tabela, o time busca su-
perar o Vitória.
Série ASábado 16h – Atlético-PR x Santa Cruz20h30min – Corinthians x Coritiba20h30min – Chapecoense x FluminenseDomingo11h – Santos x Botafogo11h – América-MG x Figueirense16h – Vitória x Internacional16h – Flamengo x Palmeiras16h – Grêmio x Ponte Preta16h – Sport x Atlético-MG18h30min – Cruzeiro x São Paulo
Convocado pela Seleção Brasi-
leira, o volante Walace desfalca
o Grêmio nas próximas partidas
do Brasileirão. Neste domingo, a
equipe enfrenta a Ponte Preta,
na Arena, às 16h. Ingressos po-
dem ser adquiridos pelo www.
arenapoa.com.br e também nas
bilheterias da Arena.
O técnico Roger Machado tem
dúvida entre Edinho e Rami-
ro. Além de Walace, não terá
Fabinho correu ao redor do gramado e pode atuar na partida deste domingo
Edinho e Ramiro disputam a vaga de Walace
Marcelo Grohe, Bolaños, Fred,
Wesley, Wallace Oliveira e Hen-
rique Almeida. O provável time
que enfrenta a Ponte Preta deve
ter: Bruno Grassi, Edilson, Pe-
dro Geromel, Wallace (Bressan),
Marcelo Hermes, Edinho (Rami-
ro), Maicon, Giuliano, Douglas,
Everton e Luan.
Adversário do Tricolor, a Pon-
te Preta vem de vitória sobre o
América-MG por 2 a 1. A equipe
Edinho (foto) disputa com Ramiro uma vaga no time titular contra a Ponte Preta
CLASSIFICAÇÃOSÉRIE A
Equipes PG
1º – Internacional 13
2º – Grêmio 10
3º – Corinthians 10
4º – Flamengo 10
5º – Palmeiras 9
6º – Chapecoense 9
7º – Santa Cruz 8
8º – Fluminense 8
9º – São Paulo 7
10º – Ponte Preta 7
11º – Figueirense 6
12º – Atlético-MG 6
13º – Vitória 5
14º – Cruzeiro 5
15º – Santos 4
16º – Botafogo 4
17º – Coritiba 4
18º – Sport 4
19º – Atlético-PR 4
20º – América-MG 2
tem no elenco jogadores com
passagem pelo Grêmio como os
zagueiros Kadu e Fábio Ferreira.
O provável time titular deve ter:
João Carlos, Jefferson, Kadu, Fá-
bio Ferreira, Reinaldo, João Vitor,
Renê Júnior, Cristian, Clayson,
Felipe Azevedo e Roger.
Promoção nos ingressosA direção informa que crian-
ças de 3 a 11 anos têm a van-
tagem de ingresso a R$ 10 em
todos os setores, exceto para
arquibancada Norte e torcida
adversária. Sócios com cadei-
ra podem adquirir um ingres-
so para acompanhante a R$ 20
(válido no mesmo setor do sócio
Cadeira) e camarotes comparti-
lhados seguem com valores pro-
mocionais de R$ 280 por pessoa
– valor que vale para os jogos do
Campeonato Brasileiro.
FOTOS DIVULGAÇÃO
19A HORA · FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE JUNHO DE 2016
Informe www.ctclajeado.com.brww
Líderes encaramos lanternas na
rodada de sábado
Restam mais três ro-dadas até o fim da fase de grupos da quarta divisão da
Copa CTC/Espaço3 Arquitetu-ra. Neste sábado, as equipes jogam mais quatro partidas a partir das 12h15min.
Destaque da rodada é o con-fronto entre o líder contra o lanterna (veja tabela de jogos no boxe). Com 13 pontos em seis jogos e a melhor campa-nha da divisão, o Supérfluos joga contra o Aliança – time que ainda não pontuou e tem um saldo de dez gols negativos.
Nove equipes disputam a quarta divisão. Dessas, oito se classificam às quartas de final, programadas para o pri-meiro sábado de agosto.
Na primeira divisão, o vice--líder, Dream Time, joga contra o último colocado Tocafogo. O Dream Team tem 15 pontos, um a menos que o dono da ponta da tabela Rebordose. Tocafogo busca os primeiros
CLASSIFICAÇÃO
Primeira divisão Pontos Disciplina
1° Rebordose 16 340
2° Dream Team 15 360
3° Galera 14 300
4° Banguzinho 11 160
5° C. Mirim D 10 200
6° C. Mirim/Charrua 10 250
7° EPTG 10 300
8° Donos da Bola 9 310
9° Aliança 7 180
10° Falcatrua 3 180
11° C. Mirim/Arco Gás 1 270
12° Tocafogo 0 200
Segunda divisão
1° Smurfs 19 200
2° Amnésia 18 60
3° Maragatos 14 430
4° Hangover 12 310
5° Exxtra Classe 11 300
6° DKI FC 10 260
7° Sodabeb 10 320
8° Executivos 8 360
9° 100 Pressão 7 390
10° Metralhas 6 310
11° Ghost 4 380
12° Bitterflex 1 320
Terceira divisão
1° Galera 13 120
2° Lesionados 11 140
3° Pampero 10 180
4° C. Mirim D/Physalis 10 180
5° C. Mirim 9 250
6° Four 7 240
7° S.O.S 7 240
8° C. Mirim D 5 60
9° No Migué 5 210
10° Descontrole 4 40
11° ADL 1411 3 140
12° Toca Água 3 200
Quarta divisão
1° Supérfluos 13 400
2° Pumas 12 160
3° B.E.C 12 400
4° Dream Team 9 140
5° Canhão 9 340
6° Kuasenada 6 240
7° Baile de Monique 5 140
8° Pampero 4 340
9° Aliança 0 400
pontos.Ainda faltam cinco rodadas na
primeira fase da elite. Após, as equipes serão divididas em dois grupos. Os seis primeiros coloca-dos jogam a Série Ouro e os seis últimos disputam a Prata.
Pela terceira divisão, serão dis-putadas seis partidas neste sába-do. Às 15h15min, o líder Galera joga contra o quarto colocado Coroas Mirim D/Clínica Physalis. A diferença entre as duas equipes é de 3 pontos.
RODADA DESTE SÁBADO
Primeira divisão (campo C)12h15min – Tocafogo x Dream Team13h15min – Galera x EPTG14h15min – C. Mirim/Charrua x C. Mirim/Arco Gás15h15min – Falcatrua x Donos da Bola16h15min – Rebordose x Banguzinho 17h15min – Aliança x C. Mirim D
Terceira divisão (campo A)12h15min – Toca Água x No Migué 13h15min – ADL 1411 x Descontrole14h15min – Lesionados x Four15h15min – Galera x C. Mirim D/Physalis 16h15min – Pampero x S.O.S17h15min – C. Mirim D x Coroas Mirim
Quarta divisão (campo B)12h15min – Kuasenada x Baile de Monique13h15min – Dream Team x Pumas 14h15min – Aliança x Supérfluos15h15min – Canhão x Pampero
Equipes da quarta divisão jogam quatro partidas neste sábado. Faltam mais três rodadas na fase de grupos
FÁBIO KUHN
Lajeado,fim de semana, 4 e 5 de junho de 2016
Jornalismo / redação: [email protected] Publicidade: [email protected]: [email protected]
Recommended