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Page 1: Almanaque Cultura

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A gente não quer só comida!

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Publicação bimestral da3marias Produtora Ltda.

Jornalista ResponsávelAna Paula Pontes - Mtb 26.425

Coordenação EditorialLuciana Teixeira - Mtb 25.863

Coordenação Gráfi caEliane Deliberali

ArticulistasCarlos Augusto de Almeida

Clélia BruschiEloiza TeixeiraRegina Gouvea

RevisãoJanete Stela Domenica

CapaFoto: Eliane Deliberali

Texto: Extraído da canção “Comida”, de autoria de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto.

ImpressãoGráfi ca e Editora Adonis Ltda.

Tiragem10.000 exemplares

DistribuiçãoGratuita

Cartas à redaçãoAv. 9 de Julho, 1010, sala 6

Jardim São Domingos - Americana - SPCEP: 13471-140

Fone: (19) [email protected]

almanaque

cultura

Realização

Personagem

Ver e Ver-se

Alternativo e Independente

Mobilização

Vida de Artista

Mais que Comida

Bom de Ir

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Lulu Benencase, um poeta americanense

O Almanaque Cultura é uma publica-ção que tem como objetivo principal a divulgação da cultura como elemento de inclusão social, bem como a veicula-ção das diversas manifestações e ativi-dades cul turais e artísticas realizadas na região dos municípios de Ameri-cana, Limeira, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste. Além de informar, o Almanaque pretende contribuir para formar, fazendo com que a região des-cubra seus ta lentos, fale de si e para si e, ao mesmo tempo, dialogue com a cultura em outros níveis. Com lingua-gem ágil e notadamente acessível, a publicação pretende estimular a inte-ra tividade e a participação do público.Mais especifi camente, o Almanaque deseja informar e formar um público consumidor de cultura, com enfoque para o seu potencial estratégico de desenvolvimento; divulgar os artistas e a arte locais; divulgar trabalhos e projetos que utilizam a cultura como elemento de socialização; integrar ar-tistas e produtores culturais da região; resgatar temas e elementos da cultura popular; resgatar a história da região e das comunidades que a constituem; popularizar e desmistifi car a lingua-gem artístico-cultural (erudita).Esta é a nossa proposta e o nosso desafio.Boa leitura!

Editorial

Patrocínio

Apoio

Música boa em discos bons de ouvir

Muito trabalho e boa vontade em 10 anos do Fábrica das Artes e na expansão do Cineclube Estação

Movimento Salve o Casarão conquista recursos para o restauro

A arte de vencer de Silvia Negrona

Quem investe em cultura merece aplausos

Programe-se para o 2º Americana Mostra

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O almanaque é um dos mais inusitados formatos editoriais já publicados, sendo considerado, inclu-sive, a primeira manifestação cultural popular do mundo.

Os primeiros almanaques surgiram na França, por volta de 1450, destinados a um público pouco familiarizado ao hábito da leitura. Desde o início,

o almanaque caracterizou-se por ser escrito em linguagem fácil, apresentar-se fartamente ilus-trado e oferecer informações para todos os gostos. Por volta de 1550, Nostradamus tornou-se célebre pelas profecias que publicou num almanaque que levava seu nome.

No Brasil, um dos pri mei ros registros desse tipo de publica-ção data de 1812, quando foi editado em Salvador o Alma-naque para a cidade da Bahia. O Almanak Histórico do Rio de Janeiro também é dos mais antigos do país, assim como o

A cultura doAlmanaque

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Almanak da Provín-cia de São Paulo. Com o passar dos anos, as publica-ções desse gênero foram sendo edita-das em cidades co-mo Franca, Cam-pinas, São Luiz do Ma ranhão, entre tan tas outras. O ponto alto na evolução dos almanaques brasileiros foi a publicação do Al-manaque do Biotônico Fontoura e Jeca Tatu, que era elaborado e ilustrado por Monteiro Lobato e distribuído gratuitamente em todo o Brasil.

Os almanaques já foram muito utilizados como meio de disseminação da arte, especial-mente a literatura e a caricatura. Poetas e es-critores como Álvares de Azevedo, Machado de Assis, Olavo Bilac e o próprio Monteiro Lobato tiveram muitos trabalhos divulgados em al-manaques; outros, como o português Eça de Queiroz, criaram seus próprios almanaques com o intuito de dar acesso à arte às mais di-versas camadas da população.

3número um

Um reizinho

brasileiro

em alemãoSerá que depois de exatos 50 anos, o Romi-Isetta,

primeiro carro a ser produzido em série no Brasil, es-tará de volta? Esse é um boato que vive correndo entre os apaixonados por carros antigos e amantes do veí-culo. A empresa Indústrias Romi, que produziu o carro de 1956 a 1961, descarta a possibilidade, mesmo com os micros e pequenos automóveis voltando a ter im-portância no cenário mundial. Cerca de três mil Romi-Isettas foram fabricados no Brasil, sendo que muitos ainda circulam pelas mãos de coleciona-dores. Para ver de perto um Romi-Isetta, vá até o CEDOC da Fundação Romi (Av. João Ometto, 118 - Jd. Panambi - San-ta Bárbara d’Oeste).

Romi-Isetta volver?A escritora Luciene Regina Paulino Tognetta, de Americana, teve seu livro O reizinho e ele mes-mo, da Editora Adonis, traduzido para o alemão: Der kleine König und er selbst. “A ideia de pu-blicar o livro em alemão surgiu dos trabalhos que realizo num curso de pós-gra duação. O livro já foi para a Alemanha e para a Suíça e está nas mãos de profes-sores em várias escolas”, conta a escritora.

O livro aborda as relações in-terpessoais e, na tradução, todo o seu conteúdo foi mantido. “Quando falamos sobre a forma-ção de pessoas mais éticas, fala-mos de seres humanos alemães, brasileiros, suíços”, enfatiza.

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Papel imuneO papel é um produto que não paga imposto em algumas circunstâncias, de acordo com a lei brasileira. Trata-se do chamado “papel imune”, que fica restrito a algumas situações, tais como livros e jornais, entre outros. Magali afirma que esta isenção possibilita um preço menor de impressão, mas não beneficia as outras etapas de produção e distribuição do livro.

4

Ler - e ter um bom li vro em casa - é uma via gem que ainda não pode ser rea lizada pe la maior par te da po pu lação bra sileira. O preço do livro é um dos responsáveis pe la difi cul-dade do a ces so à leitura

no país. “Meu sonho é que o livro che gue a toda pes soa que dese je ler num valor mais aces sível; que a pes soa tenha o livro como objeto de de-sejo e de direito, em casa, na cabeceira da cama, podendo com prá-lo no valor re al”, afi rma Magali

Por que o livro é tão caro?

Berggren Comelato, dire-tora da Editora Adonis, de Americana.

Ela informa que o livro sai da gráfi ca e da editora a um valor, no mínimo, três vezes menor do que aquele que chega às li-vrarias. “Para chegar à li vraria, o livro é enviado em consignação ao distri-buidor, que cobra entre 50% e 60% em cima do preço de capa”, explica.

Magali conta que a in-dústria do livro no Bra-sil teve início pelas mãos de Monteiro Lobato, que começou a editar as pró-prias histórias. “Monteiro

enviava cartas a peque nos comerciantes, propondo a ven da em consignação. Ele tratava o livro como um artigo comercial como qualquer outro e vendeu muito livro desse jeito”.

Ela acredita que o mer-cado editorial vai aquecer com a disseminação do livro digital, diminuindo o preço de venda. “A in-ternet vai favorecer e fa-cilitar o acesso à leitura, mas o livro impresso vai continuar sendo objeto de desejo das pessoas, que vão poder comprar um produto mais bara-to”, sublinha.

LemqureadaOred

O publicitário america-nense André Bastelli via-jou com Gulliver e trouxe na bagagem a proposta de criar o Lilliput Books, livros minúsculos com te-mas interes santíssimos, mui tos de les tendo como foco a sua cidade, como é o caso do Lilliput Ameri-cana - Museu do Casa-rão. “A criação nasceu de um sonho, que completa 15 anos em 2011. Como publicar editorialmen te era muito caro, pensei em um formato em que cada página fosse 1/100 de um A4. A sacada da dobra veio para facili-tar o acabamento, o ta-manho foi para viabili-zar economicamente e criar um diferencial de

miniatura cole cionável”, explica Bastelli.

Ao todo foram lança-dos 59 títulos, sendo um em Nova Iorque. Entre as diversas histórias desses 15 anos, destacamos a ou sadia de Bastelli, que trouxe para o lançamento Airton, um anão que fa-zia performances e estava com um chapéu quase do mesmo ta manho dele. Bastelli con ta que, embo-ra não es teja produzindo mais, tem guardadas mais de cem mil unidades.

Da onde vem Lilliput?Lilliput é uma ilha fi c-

tícia do livro As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift. O autor apresen-tou-a como parte de um

arquipélago com Blufescu, algures no Oceano Índico.

Nessa ilha o personagem principal deparou-se com a população de pessoas minúsculas (com menos de seis polegadas de altura), chamadas lilliputeanos, que o tomaram por gigante.

Fonte: Wikipedia - enciclopédia livre

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2011, o fi lme As viagens de Gulliver, baseado no livro, conta a história de um rapaz que trabalha num jornal e decide fazer uma viagem pelo mar. Devido a uma tempes-tade, ele vai parar na ilha de Li lliput, onde os habi-tantes são minúsculos e onde ele, um gigante, vive muitas aventuras!

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Lulu

Benencase

Amálio Benencase (1913 - 1965), o Lulu, nasceu em Americana, fi lho de Tarquino e Ana Ventri Benencase. Era irmão do profes-sor, maestro e compositor Germano Benen-case. Desde cedo (1928), contava piadas e imitava personagens da época no palco do saudoso Cine Central, em Americana.

Certa vez, quando assistia a um show em São Paulo, foi até o diretor do espetáculo para pedir uma oportunidade. Após algu-ma insistência, o diretor permitiu que Lulu apresentasse suas piadas e imitações. O sucesso foi tão grande que o público pedia somente Lulu no palco. Assim começou sua vida artística.

Na lápide simples de seu túmulo, no Ce-mitério da Saudade, em Americana, está escrito: Foi poeta, somente poeta.

Lulu Benencase lan çou vários artistas, como Mazzaropi e a dupla Tonico & Tinoco, entre outros que fi ze-ram muito sucesso no rádio, TV e cinema.

O programa Festa na Roça, da Rádio Tupi, marcou época. “Era um programa caipira de auditório de bom gosto, com produção do Lulu, que foi sucesso por mais de 25 anos e por onde passaram grandes nomes da nossa cul-tura caipira e popu-lar”, lembra Rolando Boldrin.

Em 1960, Lulu apre-sentou o programa no antigo Cine Brasil, em Americana, local onde hoje é o Teatro Munici-pal Lulu Benencase.

Ícone da televisão brasileira, Rolando Boldrin era grande amigo e discípulo de Lulu Benencase. Rolando, que atualmente apresenta o programa Sr. Brasil (TV Cultura), já declamou muitos dos poemas de Lulu na TV, tendo também gravado vários textos e músicas, entre elas “Vamos Tirar o Brasil da Gaveta”, cujo tí-tulo é utilizado até hoje como slogan de um importante projeto de divulgação de talentos da música brasileira.

Fonte: biografia escrita por Lelo Benencase, filho do maestro Germano e sobrinho de Lulu. Fotos gentilmente cedidas pela família Benencase.

“Lulu Benencase foi o mestre de todas as emoções declamadas. No programa de auditório superlotado aos domingos à tardinha, o lendário Festa na Roça, quanta lágrima aquele ator maravilhoso fez escorrer dos olhos emocionados de um público atento ao seu personagem Juca, o poeta do sertão. O que faço hoje, nos meus programas de TV, declamando versos, Lulu já fazia nos anos 50 na Rádio Tupi de São Paulo. Lulu é o meu Guru (até rimou)...A benção, poeta Lulu.

A pedido do Almanaque Cultura, Rolando escreveu a seguinte mensagem sobre Lulu:

Carreira

Rolando Boldrin

Lulu Benencase (e) e seu grande amigo Homero Silva, locutor do Festa na Roça.

Foi poeta, somente poeta

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Ver e ver-seRir para não chorar

Os atores James Ribeiro (e), Cícero Edno e Bruno Agulhiari (d) em apresentação do Humor da hora, em Nova Odessa.

O disco é um tributo a Americana

Lembra do Chez Marie?Winchester, Pampas, Pier 33, Chez Marie, Pia-

no’s Bar. A velha guarda de Americana certa-mente vai lembrar desses nomes com saudades. Bares que marcaram a carreira de muitos dos cantores da noite americanense são homenagea-dos em canção composta por Cido Moreno, que faz parte do primeiro CD do cantor. O disco é um tributo a Americana, tem o título Minha Cidade - Meus Amigos e produção executiva de Divina Bertália.

Autor de todas as 13 canções que compõem o CD, Cido Moreno lançou a obra em show rea-lizado no Teatro Municipal de Americana, em setembro de 2010. Além da música Bares e Ami-gos da Cidade / Xote do Boteco, o disco traz ain-da Carioba, Ribeirão Quilombo, No Reinado da Princesa e outros temas relacionados à cidade e à trajetória do músico.

O disco está sendo vendido pelo próprio cantor, podendo ser solicitado pelo telefone (19) 9646-4613. “Já vendi quase 3.000 discos e encomendei mais 1.000 unidades”, declara Cido, satisfeito.

Minha Cidade - Meus Amigos

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Não fosse trágico, seria cômico. Quantas ve zes a rea-lidade se mostra assim, quando abrimos as páginas dos jornais ou sites de notícias na rede? Pois é jus-tamente a realidade que anda inspirando o escritor e ator Cícero Edno. A sua mais recente produção, Humor da hora, em título mais que autoexplicativo, provoca risos da plateia a partir das notícias do dia.

É um espetáculo em formato experimental, de im-proviso, já que não há texto e as piadas partem das notícias do dia. “O que se vê é um telejornal mistu-rado com programa de variedades, no qual as notícias ou as receitas ou o horóscopo ou a previsão do tempo são apresentados em forma de telejornal com infor-mações ‘verídicas’, trazidas, principalmente, mas não exclusivamente, pelo público e pelo media dor/âncora, Cícero Edno”, afi rma a produtora Mônica Galhardo, da Móbile Cultural, parceira do projeto.A ideia é que o espetáculo seja essencialmente atual e dinâmico, misturando as interpretações com elemen-tos da internet e músicas, quando for o caso. As apre-sentações realizadas no saguão da Prefeitura de Nova Odessa têm agradado bastante o público. Mais infor-mações em www.ciceroedno.com.

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Agora em CD: som encantado e cultura popularEncantar o público através da interação de

músicas, histórias, conversas, viagens pela natureza e outras coisas boas da vida é o mote do grupo Encantoria, de Limeira, que lançou o primeiro CD em 2010, intitulado Mãos que segurei. A gravação do CD e uma sé-rie de ações culturais realizadas nas cidades de Limeira, Rio Claro, Iracemápolis, Ilhabela e São Luís do Paraitinga fazem parte de um projeto cultural aprovado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC), do Governo do Estado de São Paulo, e têm patrocínio da Elektro e copatrocínio do Grupo São Martinho.

Além das apresentações, o projeto idea-lizado pelo vocalista Leandro Pfeifer contem-pla ofi cinas de música e vivências de cultura popular. Acompanhando os onze músicos da sua formação, a gravação do disco contou com as participações especiais do sanfoneiro e cantador Enock Virgulino, do cantador e compositor Tião Carvalho, do compositor e vio lonista Marquinho Mendonça, do acordeo-nista Gabriel Levy, da atriz Tatiana Zalla, das cantoras e compositoras Rosângela Macedo

e Ana Maria Carvalho e do quarteto de cordas forma-do por Fabio Engle, Fabio Chamma, Cristina Geral-dini e Jonas Góes. Todas as canções foram compos-tas e arranjadas pelo En-cantoria, com participação

do maestro Luciano Filho e do produtor mu-sical Cleyver Rossi em alguns arranjos e na produção musical. Quadrilhas juninas, mo-das, ciranda, folia de reis, maracatu, canto-ria brasileira, frevo, samba de roda, o som de batuques, cordas e metais, essa mistura bem brasileira e autoral do Encantoria pode ser conferida no endereço www.encantoria.com.

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O CD Virado à paulista, com canções de Isaías Andrade, compositor de Americana. Ouça em http://www.myspace.com/isaiasandrade. Sugestões: Seu nome e Palavra encantada.

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mou uma legião de novos adictos. Jogar videogame pode até não signifi car mais sedentarismo, sendo agora uma alternativa para os adolescentes (e muitos, mas muitos adultos) da Era Digital.

“A jogabilidade on-line é hoje em dia a cereja do bolo para os gamers!”, afi rma André Leitão, um americanense afi cionado por jogos como o Fifa 11 e o Guitar Hero.

Através do seu console, o joga-dor pode navegar pela inter-net em busca de adversários ou parceiros de batalha no mundo inteiro, interagindo com outras culturas ou com seus próprios amigos de turma.

Além de videogame, o console também pos-sibilita ao usuário armazenar arquivos de mídia ou comprar serviços na rede. “Com tudo isso, não é estranho entender por que o mercado de videogames já movimenta mais di nheiro que o cinema de Hollywood”, cons-tata André. Ele tem 23 anos e joga desde os 8, quando ganhou o primeiro Nintendo. Hoje joga de uma a duas horas por noite em dias

Permitido para maiores

de semana e cerca de cinco horas no sába-do. Fora os games com joystick, os simula-dores hoje atraem um grande número de jogadores, possibilitando, inclusive, exercitar o corpo com jogos como os do pacote Kinect Sports, em que o console reconhece os gestos e feições do jogador, que tem que executar os movimentos de boliche, tênis de mesa, boxe, vôlei, entre outros. Além de diversão, propor-cionam muito suor.

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8 alternativo

A cidade de Nova Odessa não possui um teatro, mas nem por isso as apresenta-ções deixam de acontecer na cidade: o saguão do prédio da prefeitura é utilizado para eventos. “Sempre dizemos que, se não temos um espaço adequado para as atividades culturais, nós adequamos o espaço que temos”, conta a coordenadora de cultura, Suely Welsch Liepkaln. O saguão, que já foi utilizado até como sala

de cine ma, tem capacidade para 250 pessoas, mas é possível acomodar até 400, dependendo do tipo de evento. Peças de atores re-nomados como Antonio Petrin e Marcelo Mansfi led, espetáculos musicais como Grupo Sanfonias e Osvaldo e Marisa Viana, concertos de piano com Eudóxia de Barros, concertos da Banda Sinfônica Prof. Gunars Tiss entre outras atrações, já ti-veram o saguão da prefei-tura como palco.

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foto: Osnei Réstio / divulgação

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9independente

Números do Cineclube em 2010Cine Estação48 projeções de filmes na Estação1.776 espectadores

Cine Conpacel10 sessões de cinema em praças públicas2.500 espectadores

Somente 8,7% das cidades brasileiras possuem salas de cinema. Levando em con-ta este triste dado do Ministério da Cultura, podem ser considerados privilegiados os poucos municípios que têm telonas em seus territórios. O público de Americana sofre ain da mais com a realidade, pois a cidade já contou com magnífi cos cinemas de rua - o Cine Brasil e o Cine Cacique - e hoje já não dispõe de salas, fi cando o acesso ao cinema na cidade restrito ao valioso trabalho da ONG Cineclube Estação.

Édson Boff, gerente das salas de cinema do Shopping Piracicaba, foi gerente do Cine Ca-cique, que funcionava na esquina das ruas Fernando Camargo com Washington Luiz e que fechou há dez anos por falta de público. “Os cinemas de rua tendem a fechar quando surgem os shoppings. Foi o que aconteceu com o Cacique e com as salas do Welcome Center, onde eu também trabalhei”.

Reunindo apaixonados por cinema, o Cineclube Estação traz, toda terça-feira, às 20 horas, no prédio da Estação Cultura (lo-

Cinema, pipoca e refrigerante grátiscalizada ao lado do Terminal Urbano, na Av. Dr. Antônio Lobo), um fi lme com entrada, pipoca e refrigerante grátis a um público cada vez mais frequente. A ONG tem am-pliado o trabalho, levando cinema para os bairros, com exibição em praça públi-ca uma vez por mês, com patrocínio do Conpacel. Além disso, tem desenvolvido outros projetos, como o Cine Universitário, o Cine Civi e o Cine Ficção. Para acompa-nhar a progra mação do Cineclube Estação, acesse www.quecorralavoz.com/cineclube.

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O Fábrica das Artes, o espaço mais democrático, al-ternativo e criativo de Americana e região, completa 10 anos em 2011. E pelo fato de fomentar a Cultura e, prin-cipalmente, valorizar os artistas da comunidade, o local é visto como um “berço criativo”.

O Fábrica surgiu em 2001 a partir do sonho do ator e produtor Carlos Justi e outros artistas que sentiam a falta de um espaço para ensaiar, criar e se apresentar. Justi, que hoje preside o Fábrica, conta para o Alma-naque como é comemorar 10 anos.

- O que mais marcou nesses 10 anos?Foram tantas coisas positivas... O simples fato de existir

na cidade um espaço como o Fábrica é motivo de orgulho, afi nal, muitos municípios de nossa região, que é consi-derada uma das mais ricas do país, não têm um teatro como o Fábrica. Além disso, o esforço do Fábrica em valo-rizar os artistas locais, formar público e oferecer lazer cul-tural à população da cidade e região.

Berço criativo

- O que signifi ca completar 10 anos?Signifi ca vencer batalhas. Acreditar que o

sonho é possível, que apesar das difi culdades, há espaço para quem para de reclamar e parte para a ação. Quando o projeto é bom, parceiros se rendem a ele.

- O que você deseja para os próximos 10 anos?Que o Fábrica receba dos americanenses o mesmo respeito que goza fora da cidade. Que

possamos aglutinar ainda mais a classe artística em torno da profi ssionalização e da valo-rização da arte. Que consigamos parceiros e respaldo fi nanceiro para implementar nossos projetos. E que a arte seja horizontalizada em todos os segmentos da sociedade.

Espetáculo: Tchau, turma de alunos de 2009 - Direção:

Otávio Delaneza

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patrimônio10

Salve o Casarão do Salto Grande!

foto: Juarez Godoy

Muito mais que reforma, o RESTAURO permite reconstruir o prédio com as suas características originais, resgatando a sua concepção e o contexto histórico do período em que foi construído.

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11mobilização

O projeto Vamos Recu-perar o Casarão surgiu do inconformismo de algumas pessoas que guardavam na memória afetiva as visitas dominicais monitoradas, eventos musicais, pipoca e algodão doce com a famí-lia em um Museu lotado de gente e de histórias.

Em 2003, quando o Ca-sa rão estava interditado de vido ao risco iminente de desabamento, uma par-ceria entre a Prefeitura de Americana, o restaurador Salvador de Cápua, a ar-quiteta Juliana Binotti e a 3marias Produtora Cultural (que nascia naquele ano) viabilizou a elaboração de um minucioso projeto de restauro para aprovação do Ministério da Cultura (PRONAC - Lei Rouanet), permitindo o investimento de empresas mediante a dedução do patrocínio no Imposto de Renda.

O projeto foi aprovado em 2006, mas somente em 2008 recebeu a verba necessária para que a obra fosse iniciada. Foram R$ 512 mil do Con-sórcio Paulista de Papel e Celulose (Conpacel), que possibilitaram reconstruir todo o telhado e impedir que as paredes de taipa sucumbissem às fortes chuvas que derrubaram tantos prédios históricos em São Paulo em 2009. Assim que o prefeito Diego De Nadai assumiu, foi procurado pela 3marias em busca de apoio para o restauro. Deputados e vereadores da cidade, em tempos diferentes, também foram procurados para que auxiliassem a captação de recursos.

#Movimento

É importante ressaltar o engajamento do Conpacel, não apenas como patrocinador do projeto, mas como grande entusias ta do restauro, na pessoa do diretor Paulo Bassetti, que em todas as oportunidades pede a participação de outras empresas, mos trando os benefícios das leis de in-centivo. Também na pessoa da (twitteira) Lucia na Bueno - e toda a sua equipe - ati-vamente participante do movimento.

Empresa responsável

Em 2010, o restauro do Casarão recebeu um investimento inesperado: o engajamento de jo-vens que queriam a oportunidade de usufruir do Museu Histórico e Pedagógico João da Silva Car-rão. O Movimento Salve o Casarão teve início em maio de 2010, quando o @LazerCultural (leia-se Rhô Lopes) fez uma mobilização pelo Twitter para chamar a atenção para a necessidade de retomar as obras, já que o Museu continuava fechado e o prazo de captação de recursos via Lei Rouanet estava quase expirando. Foi impres-sionante a adesão dos usuários da rede social, o que deu certa visibilidade ao Casarão, mas ainda sem novos investimentos.

Em setembro, o Cineclube Estação abraçou a causa e reuniu jovens e entidades com o mesmo propósito: salvar o Casarão e também todo o tra-balho que vinha sendo feito desde 2003. Já na primeira reunião, a preocupação desses novos entusiastas encantou a 3marias.

No dia 9 de outubro foi realizada uma ação de conscientização no calçadão da área central de Americana, com a distribuição de panfl etos ex-plicativos sobre a importância da recuperação e da abertura do Museu. A mobilização teve o es-sencial apoio da imprensa, o que deu nova força ao projeto de restauro, que culminou na conquis-ta de R$ 487 mil do Ministério do Tu rismo (com a força do deputado Antônio Mentor) e R$ 120 mil da prefeitura (com o empenho do prefeito Diego e da equipe da Secretaria de Cultura e Turismo).

Embora o prazo de captação do projeto via Lei Rouanet tenha efetivamente expirado em dezembro de 2010, persiste a expectativa de que o restauro tenha continuidade. Para mais infor-mações sobre todo este trabalho, acesse: www.casaraodosaltogrande.com.br (site criado e man-tido pela CM+P, empresa que abraçou a causa).

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Para conhecer um pouco mais sobre o Casarão e assinar o manifesto on-line, acesse www.casaraodosaltogrande.com.br.

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Page 12: Almanaque Cultura

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Santa ferramenta, Batman!Você consegue ima ginar seu dia sem a

internet? Por ser tão rica em conteúdo, ela acabou se tornando uma fer ramenta in dis pen -sável nas ati vi dades do dia a dia, sejam elas de traba lho ou entretenimen to. Se você é um

daque les que torcem o nariz para a rede e que ainda não foram fi sgados por ela, tente

uma experiência: pense num tema

que lhe agrada, coloque em um

buscador e vá garimpando os

resultados. A chance de você consi derar a utilidade da internet

na sua vida é imensa. E, se isso ocorrer, não deixe que vire vício.

Melhor que o cinto de utilidades!

Que tal aprender um idioma?

http://www.livemocha.com/

Tocar cavaquinho?http://www.mvhp.com.br/cavaco1.htm

Dar um pulo até Paris, no Museu Louvre:

http://www.louvre.fr/

Pegar um cineminha na sua casa:http://www.portacurtas.com.br

Ler os melhores textos dos melhores escritores:

http://www.releituras.com.br

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Lazer CulturalOutro parceiro de peso da cultura

regional é o Lazer Cultural, um perfi l do Twitter que, assim como o QCLV, divulga e promove as artes. Idealizado pela também entusiasta Rhô Lopes, o Lazer Cultural surgiu em setembro de 2009, a partir da sua busca por op-ções de lazer. “Cheguei em Americana no fi nal de 2008 e tinha difi culdade para saber dos eventos. Quando fi ca-va sabendo de algo interessante, já era tarde... Lembro de uma apresentação da OSESP aqui na cidade que só fi quei sabendo vários dias depois”. Assim, Rhô criou o hábito de pesquisar na internet, semanalmente, eventos inte-re s santes pela região. Para começar a compartilhar as informações bastou a descoberta do Twitter como ferramen-ta. “Acredito que a cultura bem como a educação são muito importantes na formação das crianças e jovens! Achei que seria uma maneira de colaborar!”.

Aproveitando o slogan do QCLV, “abasteça-se”: quecorralavoz.com e twitter.com/lazercultural.

Que corra la voz é o título do sex-to disco da banda espanhola de ska/punk, a SKA-P. Que corra la voz é também a bandeira da pági-na de divulgação de eventos cria-da por um grupo de entusiastas da cultura de Americana e região, liderado por Felipe Ferreira, o Pepê. A ideia inicial era manter apenas um portfólio na web para as criações de Pepê como designer gráfi co, porém, a partir da união com Fernando Ferreira e Hen-rique Furlan, foi criado o QCLV, “com o intuito de mostrar e divul-gar Arte, Cultura, Música, Cine-ma, Teatro, Dança, Meio Ambien-te, Literatura, em toda e qualquer forma de expressão”, declaram. Em 07/03/2010, o QCLV comple-tou um ano, o que foi comemo-rado com um novo layout e um acréscimo ao nome: 2.0, simboli-zando também a repaginação pro-movida por terem sido agregados novos colaboradores. Além disso, o QCLV passou a ter parcerias com o Cineclube Estação e o Es-paço Fábrica das Artes.

Page 13: Almanaque Cultura

ARTE

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Entre tantas histórias já contadas e faladas por muitos cantos, surgiu esta, que chegou em local alegre, porém em tempo triste. Mas vamos relatar com alegria essa bela história, pois ela conta a passagem da “Negrona” por este planeta.

O apelido já diz para que veio, ferrenha lutadora pelos direitos da raça negra, dizia sempre a todos das injustiças e dos dissabores que, por centenas de anos, os negros viveram.

Moça faceira, cheia de charme, metida nos panos, com aquele sorriso alegre estampado no rosto e com uma palavra amiga sempre saindo da boca de dentes alvos e perfeitos.

Queria tudo, era jovem, podia, né!? Amigos mil, de to-das as cores e todos os sabores.

Ficou mãe cedo e, lógico, houve mudanças de planos, mas não de sonhos.

Foi trabalhar na Escola São Vicente de Paula, como merendeira, onde conheceu o pessoal da Escola de Samba Acadêmicos do Salto Grande. Foi quando seus sonhos começaram a fl uir mais positivamente, pois, vivendo o dia a dia com crianças no seu tra-balho e as tardes e noites na escola de samba, foi se colocando de frente com inumeráveis problemas que,

Receita de Samba: Silvia Regina de Barrospara ela, eram muito interessantes, já que gostava de trabalhar com crianças e percebia que havia várias oportunidades para ajudá-las.

Já fazendo com a Escola de Samba um trabalho para tirar algumas crianças da rua e dando um su-porte de aprendizado para elas, seus sonhos tomaram uma dimensão espantosa.

“Queria dominar essa fera”, que existia dentro de cada jovem, tirar de dentro deles essa vontade de ser e trazer para fora, para a conquista de novos mundos.

No começo, ela brincava com muitos deles no meio da rua mesmo, assim não fi cavam à mercê de trafi can-tes, tinham o que fazer à noite e tinham uma amiga do lado deles para conversar e brincar. Mas isso era pouco, ela queria muito mais, ela queria VENCER e não queria vencer sozinha, queria vencer com aquilo que ela e seus amigos tinham em mãos - a ARTE. E foi assim que, de um sonho, nasceu o Arte de Vencer!

Daí foram surgindo muitas ações e uma delas foi a Escola de Samba que veio para dentro do Arte de Vencer, a Esco la de Samba Receita de Samba, porque, como dizia: “chegamos para ensinar uma receita fácil. Fácil para nós, é claro! Vamos fazer o samba acontecer na avenida”.

Essa foi uma mulher guerreira, amiga para sempre, companheira, mãe, lutadora e que se doava completa-mente a suas crianças e a seus jovens, de quem tanto sentia orgulho. Atribuímos milhões de valores a ela quando abaixamos nossas cabeças e reverenciamos aquela que jamais será esquecida por todos que ti-veram o prazer de conhecê-la: Silvia Regina de Barros.

E lá se foi Silvia Negrona mostrar para o nosso DEUS que, em 2009, no céu chegou uma mulher guerreira, pronta para novos desafi os e com a cabeça ainda cheia de sonhos.

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Uma história, uma vida

Clélia BruschiEx-Presidente da Associação Arte de Vencer e

amiga para sempre de Silvia Negronafoto

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Page 14: Almanaque Cultura

Luteria é a arte de con-

feccionar instrumentos de cordas e arcos em

madeiras. Luthier é o artesão que constrói ou conserta ins-

trumentos com caixa de ressonância, como violões, guitarras,

violinos, cavacos, entre outros. A palavra tem origem no Francês,

luth, que signifi ca alaúde.

Na nossa região, Pedro Edgar Fazenaro, de Iracemápolis,

é um luthier conceituado, avalizado por artistas como o

Maestro Carlos Lima, Ronaldo Sabino, Namir Neves e

Laércio Ilhabela, entre outros.

“Era um sonho que eu tinha desde criança, cons-

truir um instrumento de cordas”, lembra Edgar, que

começou no ofício em 2002, tendo produzido cerca

de 120 violões e violas caipiras até hoje. Ele conta

que aprendeu a arte com outro luthier e depois passou

vários anos pesquisando sobre luteria.

Edgar utiliza madeiras exóticas, tais como: jacarandá, sitka,

cedro, ébano e pinho sueco no trabalho, o qual pode ser co-

nhecido no endereço www.luthieredgar.com.br.

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Quem sabebeber vinho?

Tive uma experiência pessoal interessante, na organização de um evento de artes plásticas. Dividiram, no mesmo espaço, artistas con-sagrados e alunos da APAE que fazem da arte uma vivência de rea-bilitação. Pude perceber, independente do autor da obra, o poder e a atenção que a arte visual exerce nas pessoas que não estão acos-tumadas a conviver com esse meio de expressão. A identifi cação é imediata! Se elas não têm a informação técnica de um conhecedor habituado, têm a percepção aberta, chegando a observações sur-preendentes. Ouvi expressões como, “gostei, mas não entendo o que o artista quis dizer”.

A experiência é semelhante a escutar uma ária, seja em que idio-ma for, em que somos levados a uma identifi cação plena, embora não saibamos o conteúdo e, na grande maioria dos casos, não pos-suamos uma educação musical.

Observar é, antes de tudo, uma experiência dos sentidos, que age diretamente com o intuitivo de cada um. Observar é ter tempo

e se deixar levar pelo emocional, que não nos engana e conduz aos caminhos mais profundos do eu interior. Ao termos um respeito por aquilo que se abre à percepção, tor-namo-nos cúmplices, mesmo sem o saber, da obra observada.

Arte é experiência dos sentidosCarlos Augusto de Almeida

Curador

especialista14

Se há uma coisa que realmente me impres-siona é o mito de que beber vinho é muito complicado.

Não é. As pessoas é que complicam. É como dirigir um carro: só parece complica-do para quem nunca dirigiu.

Há aqueles que se dedicam a estudar a bebida. E o estudam a tal ponto que, quando falam, as outras pes-soas parecem analfa-betas. Isso acontece com o vinho. Mas é preciso apenas co-nhecer um ou dois bons vinhos para apreciá-los. Não é pre-ciso ser um especia-lista para apreciar uma bebida!

O vinho é um tema ao alcance de todos. Para aprender, tem que beber. Basta pegar numa garrafa e abrir com um saca-rolhas.

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“Triângulos Brancos”. Acrílico sobre tela. 2009. 0,80m x 0,80m (original em preto e branco). Obra do artista plástico Milton Mota.

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Page 15: Almanaque Cultura

Literatura paraNova Odessa

A vasta cabeleira brasileira segue crescendo pra todos os lados

e nunca foi tão liberta! Foi-se o tempo em que o cabeludo era im-

pedido de namorar a menina. Hoje, além das tendências estéticas,

as altas madeixas seguem ditando movimentos culturais e sociais.

Levar a literatura para as pessoas é o que tem feito a Sociedade dos Escritores de Nova Odessa, a Seno, desde 2008. A entidade reúne escritores da cidade e pro-move eventos com o objetivo de motivar os novaodessenses à leitura e à escrita.

Além das reuniões mensais com os es-critores, a Seno realizou, em 2010, o 1º concurso de fotografi a entre estudantes e professores, além de um encontro para formação de escritores e vem promoven-do o projeto “Leitura na Praça” a cada 15 dias: na Praça do Jardim Santa Rita, no 2º sábado, e na Praça Central José Gazzetta, no 4º sábado de cada mês.

“A associação tem dezenas de livros e empresta a quem tiver interesse, sem ne-nhum controle, sem nenhum registro, ape nas na confi ança de que as obras vão e voltam para que outros tenham acesso”, afi rma a jornalista e escritora Marineuza Lira, que ingressou recentemente na Seno.

Para saber mais sobre a Sociedade, acesse http://senoescritores.blogspot.com ou envie mensagem para [email protected].

Magro e comprido, o pernilongo tem nas pernas muito longas a sua principal carac-terística. A descrição se encaixou perfeitamente ao garoto Sidney Maurício Tempesta, quando começou a jogar capoeira, aos 12 anos de idade. Daí o apelido: Pernilongo.

“O apelido é uma tradição na capoeira, assim como no samba e no futebol. No caso da capoeira, os codinomes eram usados para camufl ar os nomes verdadeiros dos capoeiristas, já que a prática era proibida no Brasil na época da escravidão”, conta o Mestrando Pernilongo, responsável pelo Centro Cultural e Educacional Abadá Ca-poeira, em Americana.

Depois de se encantar pela capoeira e treinar por quatro anos, ele quis seguir carreira. “Pesquisei muito e conheci Mes-tre Camisa e o Abadá e fui para o Rio de Janeiro conhecer de perto essa entidade. Me apaixonei e me identifi quei com a ideo-logia e a fi losofi a de trabalho. Depois de algum tempo indo e voltando do Rio para estudar, comecei a desenvolver o trabalho do Abadá aqui na cidade em 1988, junto com dois amigos, o Job e o Nego Duro”.

Pernilongo acrescenta que o trabalho do Abadá de Americana está vinculado a to-

dos do Brasil. “A capoeira é uma arte que engloba várias artes e, além de ser cultura, é também es-porte, educação, disciplina e luta”.

O que pernilongo tem a ver com cultura?

ABADA - Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-Capoeira - está presente em todo o Brasil e em mais 53 outros países.

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Deixa meu cabelo em paz!

Page 16: Almanaque Cultura

aventura16

Quando escolhi meu laptop ou notebook (ainda hoje tenho dúvidas sobre a dife-rença) só podia ser verde: um fruto em processo de formação. Lindo, mo derno, charmoso e ainda por cima cheio de sim-bolismos. Só de olhar para ele, o meu status de mulher moderna se revelava, chegava a esboçar um ar de superio-ridade, embora tímido, diante do desafi o que eu teria pela frente: conseguir deci-frá-lo e conquistá-lo.

Não me intimidei! Pensei comigo: se “penso, logo existo”, naturalmente com ele “tento, logo consigo”. Puro engano! Não foi tão simples assim, pois nosso primeiro embate ocorreu no instante em que liguei o botão...

Com tanta tecnologia, cheguei a acredi-tar que bastava tocá-lo para que um uni-verso de possibilidades aparecesse entre o meu e o seu olhar. Por um instante, re-portei-me às probabilidades da Quântica e viajei. Nada! Era necessário programá-lo para funcionar, cedo descobri. Uma tarefa impossível para mim. Foram pou-cos os segundos idealizados na relação amorosa com o meu “note”.

Não podia adiar aquele momento de prazer, então imediatamente corri em busca da minha “gurua”. Hoje todo mun-do tem um personal alguma coisa: trainer, stylist, chef, diet, organizer, fi nancial con-sultant, hair, web, tools etc. Há sempre al-guém que nos oriente para absolutamente tudo e eu tenho a minha personal info. Só ela para socorrer minhas crises existen-ciais diante de um PC (personal computer). Alguém assim, com essa habilidade, só pode ser transdisciplinar. Capaz de en-tender de informática, tecnologia aplicada, matemática (é claro), e também de física, química, medicina ayurvédica, numerolo-gia e, principalmente, psicologia, com al-gum conhecimento em psiquiatria, para amparar nos momentos de surto. E ainda consegue ser uma grande amiga, capaz de

tentar me convencer que um dia serei ca-paz de me encantar pelo PC, sabendo do abismo que nos separa. Só alguém com poderes excepcionais seria capaz de ta-manha façanha: entender de magia para tentar decifrar para onde eu mando al-guns arquivos que desaparecem ao sim-ples toque dos meus dedos e encontrar numa lixeira o objeto do meu desejo.

Quando suas mãos mágicas me reve-laram a simplicidade em manipular o teclado prata foi o máximo. Uau! Eu não precisava do mouse (aquele ratinho meti-do a besta) que fugia de mim inexplicavel-mente, por mais que eu tentasse ser deli-cada e paciente. Agora bastava um leve deslizar de dedos para obrigar a setinha maluca a me obedecer.

“Bem-vindo”! Ele se comunicava comi-go de uma forma amistosa. Sem dúvida, uma nova conquista, tão verde ainda e nada eu sabia sobre ele. Um jovem a me ensinar coisas mirabolantes. Imediata-mente me apaixonei e estremeci ao ima-ginar o que poderíamos fazer juntos. Só ele para me arrancar do status de mu lher madura e experiente. Um universo de possibilidades a descobrir naquele fruto verde. Agora éramos eu e ele. Olhamos um para o outro e daquele momento em diante eu me tornei uma nova mulher.

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Page 17: Almanaque Cultura

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“A Canatiba vem seguida-mente investindo em projetos culturais, pois entende que, proporcionando momentos de refl exão e entretenimento ao nosso povo, contribui para seu desenvolvimento intelectual e moral. Toda vez que temos condições de proporcionar esses benefícios, sentimo-nos de certa forma recompensados pelo investimento realizado.”

Dalmo CovolanGerente administrativo financeiro

A gente não quer só comida

A Ministra Ana de Hollanda as-sumiu o comando da Cultura no país e, no seu discurso de posse, disse: “Um momento novo está amanhecendo na história do Bra-sil”. Quero acreditar que tudo vai melhorar. Aliás, todos nós que respiramos cultura temos que acreditar nisso sempre. Como diz Saramago: “A cultura é como a at-mosfera: não a percebemos, pois estamos imersos nela”.

Infelizmente, como todos já sa-bem, a cultura está entre as pastas que têm o menor orçamento e, por essa razão, precisa contar muito com a iniciativa privada para co-locar “o bloco na rua”. São poucos os empresários que têm a visão do quão importante é ser parceiro da cultura. Além de sair, muitas vezes, a custo zero para a empresa, princi-palmente quando se faz uso das leis de incentivo, o investimento em cul-tura proporciona um bem-estar à sua comunidade e traz um retorno institucional para a empresa “que não tem preço”.

Ainda mais nesse momento em que tanto se fala em sustentabili-dade, aliar-se à cultura é questão de estratégia, de sobrevivência no mercado, que está cada vez mais exigente na busca pela qualidade de vida. Ter cultura = viver bem!

Botando fé na fala da Ministra, vamos acreditar que a cultura será apoiada por mais empresas para que possamos aplaudi-las, como es-tamos fazendo com a Ober e a Têxtil Canatiba, que investem nos artistas locais, patrocinando várias ações, como a revista Almanaque Cultura, projetos literários, festivais etc.

E como comecei com a fala da Ministra, também vou terminar com ela: “Erradicar a miséria (...) tem de signifi car, também, acesso à informação, ao conhecimento, às artes”. Parabéns a essas empresas que têm esse comprometimento com a comunidade e investem em Cultura, pois, como diz Ar-naldo Antunes, a gente não quer só comida, quer também diversão e arte.

“A Ober acredita no poder da cultura, e mais ainda, nos talentos que existem em nossa região. Por isso, somos parceiros em ações culturais que contribuem para o cresci-mento de todo cidadão.”

Ademir A. GobboDiretor

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Page 18: Almanaque Cultura

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Mais de 60 artistas participam do2º Americana Mostra

O 2º Americana Mostra movimenta o cenário cul-tural da cidade por cinco semanas, reunindo mais de 60 artistas em 19 atividades culturais, de 28 de janeiro a 27 de fevereiro. Com o objetivo de repetir o sucesso da primeira edição, o Fábrica das Artes, em parceria com a Prefeitura Municipal de Americana e a 3marias Produtora Cultural, realiza esta segunda edição do evento, com o apoio de Audaz Publicidade e Lampejos Comunicação Digital.

São 10 espetáculos teatrais, quatro shows mu-sicais, uma exposição de artes plásticas e quatro seminários. A novidade em 2011 é a inclusão de apresentações musicais, envolvendo cantores, com-positores e instrumentistas de Americana. “O teatro continua sendo o motivo principal do evento, mas a cada ano, estamos inserindo outras artes, para que se cumpra o propósito da mostra de integrar os artistas locais”, afi rma Carlos Justi, presidente do Fábrica das Artes e organizador do evento.

A cerimônia de abertura da mostra, no dia 28 de janeiro, às 20 horas, no Teatro Municipal de Americana, além de apresentações curtas de teatro e música, conta com o lançamento da re-vista Almanaque Cultura, que tem o patrocínio das empresas Ober e Têxtil Canatiba e o apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo.

Novidade em 2011, o Ticket Cultura promete revolucionar a relação arte/espectador/artista. A ideia é simples: não se cobra ingresso na entrada nem se exige nada na saída, ape-nas se orienta o público a valorizar o artista local, atribuin-do ao trabalho o valor que cada um acha justo. “Quando dizemos justo, estamos pensando nos dois lados: a justiça na valorização do trabalho e o respeito com a condição fi -nanceira do público, que poderá simplesmente não pagar nada, caso não goste do que viu, ou não tenha como pagar. Com isso, esperamos ampliar o público da mostra em 30% em 2011 e criar o hábito nas pessoas de valorizar a arte de forma espontânea”, explica Justi.

Page 19: Almanaque Cultura

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28/01 - Sexta - 20h // Teatro Municipal Lulu BenencaseABERTURA OFICIAL› Lançamento da revista Almanaque Cultura - 3marias Produtora Cultural› Performances teatrais - Show de improviso - Cia Arte Móvel e GTT - Grupo Teatral Ta’lento› Apresentações musicais com Danny Asa, Val Nascimento, Sandro Livahck e Allan Kannon› Abertura da exposição “Roses”, de Giuseppe Buoso

29/01 - Sábado - 20h // Fábrica das ArtesLÚMINACia Cupim de TeatroAutor: Bruno Cardoso / Direção: ColetivaGênero: Realismo Fantástico / Duração: 50 minutos

30/01 - Domingo - 20h - “Estreia” // Fábrica das ArtesO PINGO QUE QUERIA CHOVER NO MOLHADOGTT e DaCuiaAutor: Criação coletiva / Direção: Marcelo PorqueresGênero: Teatro Infantil / Duração: 50 minutos

03/02 - Quinta - 20h // Fábrica das ArtesSEMINÁRIO - Política CulturalO que é / Para que serve / Quais os meios para se implantarPalestrante: Representante do Ministério da Cultura

04/02 - Sexta - 20h // Fábrica das ArtesTODOS POR ELAShow com Orquestra de Violões (regência: Clayton Prado)MPB com Eddie Fernan

05/02 - Sábado - 20h // Fábrica das ArtesÉTICA 10Cia PeripatéticosAutor: Sergio Costa / Direção: Odair VedovatoGênero: Comédia / Duração: 50 minutos 06/02 - Domingo - 20h // Fábrica das ArtesOS FABULANTESCia Arte Móvel de TeatroTexto: Colagens de fábulas de Esopo,

La Fontaine e Monteiro LobatoDireção: Otávio Delaneza e Lays RamiresGênero: Teatro de Contação e Animação / Duração: 45 minutos 10/02 - Quinta - 20h // Fábrica das ArtesSEMINÁRIO - Política Cultural de AmericanaA linha da política cultural do municípioPalestrante: Melquesedec Ferreira - Diretor da Unidade de Cultura da Secretaria de Cultura e Turismo de Americana

11/02 - Sexta - 20h // Fábrica das ArtesNÓS E ELESShow com Sandro Livahck, Danny Asa e convidados

12/02 - Sábado 20h - “Estreia” // Fábrica das ArtesMULHERESGrupo Farrapos DelirantesTexto: Criação Coletiva / Direção: João NalãoGênero: Drama / Duração: 50 minutos

13/02 - Domingo 10h - CRAS Praia Azul - R. Maranhão, 1595 - Praia Azul15h - CRAS Vila Mathiensen - R. dos Tucanos, 270 - MathiensenPREVENIR OU REMEDIARGrupo MCE - Malucos Complexos e EsquisitosTexto: Isaias Brugnerotto / Direção: Isaias BrugnerottoGênero: Teatro de Rua / Duração: 25 minutos

17/02 - Quinta - 20h // Fábrica das ArtesSEMINÁRIO - O artista profi ssional e o artista amadorDebate sobre as atitudes dos artistas e as diferenças entre os profi ssionais e os amadoresPalestrante: Nelson Lourenço, gerente do SESC por 35 anos e diretor da EmCantar Produtora

18/02 - Sexta - 20h // Fábrica das ArtesIDENTIFICAÇÃOShow com Val Nascimento, Allan Kannon e convidados

19/02 - Sábado - 20h // Teatro MunicipalVIDA TEMPO E MÚSCULO

Grupo MCE - Malucos Complexos e EsquisitosTexto e Direção: Criação e direção coletivaGênero: Realismo Fantástico / Duração: 70 minutos 20/02 - Domingo - 20h - “Estreia” // Fábrica das ArtesALCATEIAGrupo Ar CênicoAutor: Dirceu de Carvalho / Direção: Verônica FabriniGênero: Pós-Dramático / Duração: 60 minutos

24/02 - Quinta - 20h // Fábrica das ArtesSEMINÁRIO - Projetos Culturais - Leis e EditaisUma conversa sobre as leis de incentivo e os projetos culturais (Rouanet e ProAC)Palestrante: Ana Paula Pontes - produtora cultural da 3marias Produtora

25/02 - Sexta - 20h // Fábrica das ArtesENTRE TONS E MEGATONSShow com Marcio Lemos e convidados

26/02 - Sábado - 20h - “Estreia” // Fábrica das ArtesTEOBALDOGrupo DaCuiaTexto: Carlos Justi e Sidney Bonfi m / Direção: Carlos Justi e Sidney Bonfi mGênero: Teatro de Animação Adulto / Duração: 45 minutos

27/02 - Domingo - 20h // Fábrica das ArtesPLUMA E A TEMPESTADEGTT - Grupo Teatral Ta’lentoTexto: Aristides Vargas / Direção: Marcelo PorqueresGênero: Realidade Fantástica / Duração: 90 minutos

Fábrica das ArtesRua Dr. Cícero Jones, 146 - Vila Rehder - AmericanaFone: (19) 3014-1990

Teatro Municipal Lulu BenencaseRua Gonçalves Dias, 696 - Bairro Girassol - AmericanaFone: (19) 3461-3045

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Page 20: Almanaque Cultura

O Almanaque Cultura está nascendo para ser o retrato da cultura da região de Americana, Limeira, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste.Se você faz cultura na região, poderá ser visto no Almanaque.Se você valoriza a cultura local, encontrará informações no Almanaque.Se você ainda não consome cultura por aqui ou imagina que não há produção cultural perto de você, prepare-se para descobrir o quão rica é a nossa comunidade.Esta é a edição de abertura, que pretende, além de ser um primeiro contato com quem faz e consome cultura, estabelecer um vínculo com os diversos segmentos culturais das cidades abrangidas e propor um diálogo permanente com aqueles que se propuserem a interagir com este novo – e quiçá duradouro – espaço que a cultura local está conquistando.

A cara da nossa cultura

Orlando MarquesArtista plástico barbarense autodidata,

experimental e performático. Sua produção tem caráter intimista com requintes

artesanais. Seu trabalho desperta o interesse de colecionadores e críticos de arte contemporânea. Possui obras em coleções

particulares no Brasil e no exterior.Santa Bárbara d’Oeste

AvenaCriado nos anos 80, é o grupo musical limeirense mais premiado em festivais por todo o Brasil

em todos os tempos. O grupo prepara um novo disco e

atualmente é composto por Farid Zaine (autor das letras), Joaquim Prado (autor das músicas), Marcelo Bella e Dalvo Vinco.Limeira

O AlmnasccultLimBS

Banda Sinfônica Professor Gunars TissCriada em 1987, desenvolve um grande trabalho, com escola de música para formação de novos talentos e apresentações de alto nível musical. Orgulho e tesouro musical da cidade, consagrada em campeonatos estaduais e nacionais, com três CD’s e um DVD gravados, além de partituras editadas em parceria com a Funarte.Nova Odessa

Adriana TibaRepresentante da nova geração de ceramistas, com peças utilitárias e artísticas que encantam tanto o público quanto profi ssionais como arquitetos, decoradores e designers. Aprendeu a arte da cerâmica com uma das mais conceituadas ceramistas do Brasil, Regina Tsuchimoto, irmã do artista plástico Manabu Mabe.Americana

Apoio

Realização

Patrocínio

AvenaCriado nosmusical limem festiva

em todosprepa

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