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ANÁLISE MORFOMÉTRICA E IDENTIFICAÇÃO DASÁREAS DEGRADADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA

DO CÓRREGO IMBUIA EM TERRA BOA – PR

Ricardo Henrique Bueno

Universidade Estadual de Maringá- UEM

[email protected]

INTRODUÇÃO

Este estudo abre uma brecha para questões pertinentes a gestão de recursos

hídricos, bem como, Colavite (2008) considera que o estudo em bacias hidrográficas deve

iniciar-se em sua estrutura física, ou seja, torna-se necessário estudar o tamanho,

abrangência dos canais, importância e suas formas. Segundo a autora, as referidas

informações obtidas pelo sensoriamento remoto e principalmente pela cartografia

sistemática gerarão uma visão abrangente do todo, fornecendo informações confiáveis o

suficiente para gestão dos recursos hídricos.

Desta modo, objetivou-se neste trabalho, realizar a análise da bacia hidrográfica

do córrego Imbuia correlacionando os parâmetros morfométricos com a fisionomia da

dinâmica da paisagem, para identificação das áreas degradas na bacia em estudo,

utilizando-se procedimentos cartográficos auxiliados pelas ferramentas geotecnologicas.

Levantou-se os dados referentes ao local, tais como quantidade de canais, área

de drenagem, coeficiente de compacidade, fator de forma, índice de circularidade, padrão

de drenagem, comprimento total dos canais, densidade hidrográfica, textura da topografia e

amplitude topográfica da bacia e assim, analisa-los por meio de cálculos específicos dos

aspectos morfométricos e realizar mapeamento do local identificando quais são as possíveis

potencialidades ou fragilidades existentes na área de estudo.

Verificou-se na área da bacia, que a paisagem sofreu alterações ao longo dos

anos, sendo que houve o crescimento da cidade de Terra Boa, criando novos conjuntos

habitacionais que adentrassem a área da bacia.

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Em relação à área rural, notou-se o predomínio de pastagens na área da bacia,

havendo assim, a necessidade de verificação dos prováveis impactos ambientais gerados

pela ocupação no interior desta bacia.

Neste estudo buscou-se entender a dinâmica da bacia hidrográfica do córrego

Imbuia, bem como analisar por meio dos estudos morfométricos as possíveis

potencialidades ligadas ao uso dos recursos hídricos e uso da terra na área da bacia,

verificando-se, correlacionadamente ao estudo da paisagem quais potencialidades ou

fragilidades ligadas ao uso da terra na área da bacia, principalmente em razão da sua

relação de proximidade com a área urbana.

Segundo Colavite (2009), os trabalhos relacionados ao estudo da paisagem

adquiriram espaço com a aplicação em análises ambientais e no planejamento e

desenvolvimento regional de uma determinada área em razão da sua abrangência de

abordagens e pela inter-relação entre o homem e ambiente.

Cabe ressaltar que o uso de imagens de satélite e fotografias aéreas

desempenham papel fundamental na análise geográfica, uma vez que “permitem enxergar,

e descobrir, o planeta Terra de uma posição privilegiada. Essas imagens proporcionam uma

visão sinóptica (de conjunto) e multitemporal (em diferentes datas) de extensas áreas da

superfície terrestre”(FLORENZANO, 2007, p.8).

O trabalho dividiu-se em cinco momentos, em primeiro lugar esteve o

levantamento de material bibliográfico para embasamento teórico e discussões a respeito

da temática debatida, sendo um trabalho que envolve uma temática especialmente

complexa, pois, pauta-se na análise da paisagem na perspectiva geossistemica e agregando

ainda o uso de geotecnologias.

Na ciência geográfica, também ocorre um processo continuo de inserção da

tecnologia considerando à atual era da informação, discute-se muito o uso de

geotecnologias, sistemas de informações geográficas, geoprocessamento e sensoriamento

remoto, bem como suas aplicações nas mais variadas temáticas de pesquisa da Geografia.

No entanto, deve-se tomar cuidado ao incorporar algum destes termos

mencionados em uma pesquisa, é importante conhecer as diferenças existentes entre um e

outro conceito utilizado. Especialmente, muitos autores divergem ou acabam os termos

equivocadamente e colocam o SIG (Sistema de Informação Geografica) e geotecnologias

com a mesma definição.

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Deste modo, SIG é entendido como um conjunto de componentes que

trabalham com dados geográficos, desde a obtenção, tratamento, processamento e

armazenamento, bem como apontam as definições de Burrough (1986) “SIG é um poderoso

conjunto de técnicas para colecionar, armazenar, recuperar, transformar e apresentar dados

espaciais do mundo real”, Lang e Blaschke (2009) aponta que um “SIG é um sistema

composto de hardware, software e dados ”Aronoff (1989) define o SIG como “conjunto de

procedimentos, manual ou automatizado, utilizados no sentido de armazenamento e

manipulação de informação georreferenciadas” e Lang e Blaschke (2009) colocam que um

SIG é um sistema composto por um conjunto de funções automatizadas, ou seja, um

sistema organizado com capacidade avançada de armazenamento, acesso, manipulação e

visualização de informações georreferenciadas.

Câmara et al (1996) colocam ainda que um SIG deve conter os seguintes

componentes: “interface com o usuário, entrada e integração de dados, funções de

processamento, visualização e plotagem, armazenamento e recuperação de dados”.

SIG é, portanto, um conjunto que envolve os elementos geoecológicos, bem

como os softwares, as metodologias empregadas em uma pesquisa, os dados desde a coleta

até o seu tratamento e armazenamento, o hardware, e os recursos humanos, ou seja, os

profissionais que manipulam e tratam estes dados também fazem parte do processo, sendo

os responsáveis pelas tomadas de decisões a cerca dos elementos estudados.

A tomada de decisão em relação à pesquisa a ser desenvolvida com o uso do SIG

deve conter bom planejamento, para que as despesas sejam otimizadas, ou seja, para que

não ocorram atividades de campos desnecessárias e outros gastos relacionados aos

materiais utilizados na pesquisa.

É fundamental que a equipe seja qualificada e tenha uma visão multidisciplinar,

visando inteirar os elementos a serem estudados. É necessário que o hardware seja

adequado, que, suporte os softwares utilizados e possua memória suficiente para o

armazenamento e o processamento dos dados e por fim, os dados adquiridos devem ser de

qualidade, pois, a realização de uma pesquisa com dados ruins resulta em um trabalho de

baixa qualidade em virtude da dificuldade de representação, analise e visualização do

trabalho.

A importância do uso do SIG na análise da paisagem decorre principalmente da

capacidade de descrever diversas características do campo de estudo, Lang e Blaschke

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(2009) colocam que no final da década de 1980 surgiu significativamente uma estrutura

metodológica com relação a utilização de SIG nos Estados Unidos com os trabalhos de

Monica Turner e na Grã-Bretanha com os trabalhos de Roy Haines-Young, adquirindo cada

vez mais um sentido de planejamento de paisagens.

MATERIAIS E MÉTODOS

A bacia hidrográfica do córrego Imbuia faz parte da drenagem da bacia

hidrográfica do rio Ligeiro que por sua vez faz parte da bacia do rio Ivaí. Situada no

município de Terra Boa – PR, localiza-se entre as coordenadas S23º45’52” e S23º46’49”

latitude Sul e O52º28’48” O52º27’08” de longitude Oeste. (figura 1)

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Figura 1 – Localização da área de estudo – bacia hidrográfica do córrego Imbuia

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A bacia hidrográfica do córrego Imbuia encontra-se assentada sobre a Formação

Caiuá. De acordo com o Atlas geomorfológico do Estado do Paraná (2006), a região

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geomorfológica está situada na sub-unidade 2.4.12 denominada Planalto de Umuarama no

Terceiro Planalto Paranaense, que caracteriza-se por apresentar dissecação média, com

classe de declividade predominante entre 6 e 12%. Apresenta gradiente altimétrico de

aproximadamente 320 metros, com altitudes variando entre 260 e 600 metros.

O relevo na região é na sua totalidade caracterizada pelo Planalto de Umuarama,

com, “(...) formas predominantes de topos alongados e aplainados, vertentes convexas e

vales em “V”, modeladas em rochas da Formação Caiuá” (ATLAS GEOMORFOLÓGICO DO

PARANÁ, 2006 p.28).

A vegetação original da região caracteriza-se pela Floresta Estacional

Semidecidual, com presença principalmente de espécies que atingem altitude de mais de 20

metros de altura, como o Cedro, a Peroba o Pau-Cetim e a Figueira.

O clima Cfa segundo a classificação de Köppen, com temperaturas amenas e

chuvas bem distribuídas ao longo do ano, com pouca frequência de geadas, invernos frios e

verões quentes.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para realização deste estudo adotaram-se os procedimentos metodológicos para

obtenção dos resultados dos parâmetros morfométricos da bacia hidrográfica do córrego

Imbuia conforme descrição encontrada nos trabalhos de, Christofoletti (1973), Cardoso

(2006), Costa et al. (2007), Furtado (2007), Colavite (2009) e Borsato e Oliveira (2011).

Embora seja imensa a quantidade de cálculos morfométricos que podem ser

tecidos a partir da realização de medidas em bacias hidrográficas, estes autores apresentam

os seguintes parâmetros morfométricos: Área de drenagem; Perímetro; Coeficiente de

compacidade; Fator de forma; Índice de circularidade; Densidade Hidrográfica; Densidade de

drenagem; Comprimento total dos cursos fluviais; Comprimento total do canal principal e

Rugosidade Topográfica.

Embora a metodologia seja adaptada de outros autores, para cada um dos

parâmetros utilizados neste trabalho realizou-se uma adaptação para bacia hidrográfica do

córrego Imbuia, sendo que cada um dos trabalhos mencionados anteriormente foram

realizados em outras bacias hidrográficas.

Portanto, assim como Colavite (2009) adotou-se para realização da análise dos

parâmetros morfométricos, as informações principais foram extraídos da carta topográfica

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de Peabiru.

- Carta Topográfica Peabiru - PR, folha SF. 22-Y-D-IV-3, Ministério do Exército,

escala 1:50.000, projeção Universal Transversa de Mercator, datum Córrego Alegre, 1972.

O banco de dados contendo as cartas topográficas foi construído no SPRING

5.2.2©, a partir do qual além de obter os dados para realização dos cálculos serão

elaborados os mapas de: Ordenação dos canais da bacia hidrográfica; Hipsometria e de

Declividade.

Gerou-se o BD no SPRING 5.2.2©, com o sistema gerenciador DBase e o projeto

contendo as informações cartográficas da base (projeção, datum e meridiano de origem) e

as coordenadas que delimitam a área da bacia hidrográfica.

Para o georreferenciamento da carta topográfica abrangente da bacia

hidrográfica do córrego Imbuia necessitou-se realizar a transformação do tipo de arquivo da

referida carta (armazenada no computador em formato original JPEG). As cartas topográficas

encontram-se disponíveis para download no site do ITCG (Instituto de Terras e Cartografia e

Geografia).

Para a transformação de formato necessitou-se utilizar-se outro software, o

Microsoft Manager. Posteriormente, na extensão Imprima do SPRING converteu-se a carta

topográfica do formato TIF para SPG.

Posteriormente, com o arquivo da carta topográfica transformada para o

formato do SPRING e com a importação para o software realizada, digitalizou-se a área da

bacia e foram vetorizados também e ordenados no SPRING os rios que compõem a bacia de

acordo com o sistema de ordenamento dos canais proposto por Strahler. Os dados foram

armazenadas no BD de acordo com cada categoria utilizada para representar os planos de

informação (layers).

Para cada mapa criou-se uma categoria temática no SPRING, onde gerou-se as

matrizes dos mapas e o processo de acabamento dos produtos cartográficos se deu no

software Corel Draw X 4, em que foram organizados e finalizados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os cálculos morfométricos da bacia hidrográfica do córrego Imbuia que é

afluente do córrego Azul e pertencente à bacia hidrográfica rio Ligeiro possuí uma rede de

drenagem composta por canais de terceira ordem, sua área de drenagem (AD) é de 4,203

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km² e seu perímetro (PE) é de 8,460 km, ou seja, seu tamanho é relativamente pequeno se

comparada a outras bacias hidrográficas de maiores extensões.

O comprimento total dos canais é de 7267 m, são cinco canais de primeira

ordem com 5741 m de comprimento na bacia do córrego Imbuia. Os canais de primeira

ordem são os com as maiores extensões como verifica-se na figura 2. Os córregos de

segunda ordem são compostos por dois canais e apresentam 1165 m de comprimento e por

fim o canal de terceira ordem é o menor com 631 metros.

Figura 2 – Mapa de Ordenação dos canais do córrego Imbuia

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Os resultados dos cálculos morfométricos da bacia hidrográfica do córrego

Imbuia estão apresentados na tabela – 1.

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Tabela 1 – Parâmetros morfométricos do Córrego Imbuia

De acordo com os cálculos realizados sobre a bacia hidrográfica do córrego

Imbuia, verificou-se que a bacia tende a ser circular, tendo o resultado do coeficiente de

compacidade = a 1,15, ou seja, próximo a 1 que é o resultado de uma bacia circular. Pelo

próprio mapeamento realizado na área da bacia, nota-se um padrão circular da mesma.

Simultaneamente, o índice de circularidade, foi de 0,738 o que indica a forma da bacia em

circulo, favorecendo inundações nos períodos de maior concentração de chuvas, por se

tratar de uma bacia com tendência circular, as chuvas são distribuídas igualmente ao longo

de toda a extensão da bacia. E como acontece no verão também, nesta estação do ano as

temperaturas são mais elevadas e a umidade relativa do ar também é maior, contribuindo

para maiores precipitações.

Vale destacar ainda que em bacias que tendem a circularidade de fato o canal de

ordem superior (neste caso 3ª ordem), se forma muito próximo ao exultório, por isso seu

comprimento é pequeno.

Quanto à densidade de drenagem, a bacia apresenta baixa densidade de

drenagem, com resultado de 1,36 km/km², Christofoletti (1969) destaca que valores menores

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que 7,5 km/km² apresentam baixa densidade de drenagem, valores entre 7,5 e 10 km/km²

apresentam média densidade de drenagem e valores acima de 10 km/km² apresentam alta

densidade de drenagem.

No caso da bacia do córrego Imbuia, esta apresenta uma baixa capacidade de

drenagem, com rampas longas e solos com muita infiltração, sendo também um dos

motivos pelo relevo ser pouco dissecado, apresentando formas suaves a onduladas.

A densidade hidrográfica é de 1,18, ou seja, pouco mais de um canal por km², ou

seja, 1 canal a cada 850 metros, como verificou-se nas visitas a campo, apesar da bacia ser

pequena, é bem ramificada com capacidade para gerar novos cursos d’água.

Para Colavite (2009) a rugosidade topográfica é resultado da multiplicação da

densidade de drenagem pela amplitude altimétrica, quanto maior a irregularidade do

terreno, maior será a rugosidade deste, neste caso obteve-se o valor 108,80, o que

corresponde a uma superfície de baixa irregularidade.

Em relação ao relevo, verificou-se a partir dos parâmetros morfométricos, pela

rugosidade topográfica que a área da bacia do córrego Imbuia possui uma superfície de

baixa irregularidade topográfica. A menor cota encontrada na área da bacia é de 480 metros

e a maior cota é de 560 metros ao longo de 2,561 km longitudinais.

A partir dos dados da altimetria, as cotas foram divididas em 6 faixas com

variação de 20 metros em 20 metros que forneceram base para a elaboração do mapa

Hipsométrico (figura 3). A faixa com maior representatividade é a ente as cotas de 500 – 520

m com área de 1251,200 m² e a faixa com a menor representatividade na área da bacia é de

540 – 560 m² com área de 432,875 m².

A área da bacia entre as cotas de 460 – 480 m é composta por um banhado,

relacionando-se área ao que já foi mencionado a respeito da forma da bacia favorecer a

ocorrência de inundações.

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Figura 3 – Mapa Hipsométrico da bacia do córrego Imbuia

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Em relação à declividade tem-se o predomínio de baixas declividades entre 06-

12%, o que caracteriza uma região com topografia pouco acidentada, de relevo suave e

suave ondulado. Apresentando baixa declividade nas áreas próximas as nascentes ao longo

da bacia (figura 4). Em razão da intensa exploração agrícola da bacia hidrográfica do córrego

Imbuia, encontram-se poucas áreas de vegetação original.

Ao longo do médio e baixo curso da bacia existe uma área de baixíssima

declividade, conforme Ross (2010) entre 0-06%, nesta região da bacia há o é caracterizada

pela vegetação de várzea e por ser uma área planície está sujeita as inundações nos

períodos de constantes chuvas.

Nas faixas hipsométricas entre 460-480m e 480-500m predominam áreas de

declividade baixa de 0-06%, a média entre 20-30%. E nas faixas hipsométricasentre500-520m

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predominam áreas de baixa declividade, entre 20-30%, nas faixas de 520-540m e540-560m

ocorrem pontos com declividade entre 30-45%, e com áreas com declividade média entre

20-30%.

A ocorrência de áreas com maior declividade próximo as vertentes dos canais

fluviais, verificando-se em alguns trechos dos canais faixas de declividade em torno de 30-

45%, principalmente no alto curso e no baixo curso da bacia, como pode-se observar pelo

mapa de declividade. (figura 4).

Figura 4 – Mapa de Declividade na bacia hidrográfica do córrego Imbuia

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O principal impacto ambiental verificado na bacia hidrográfica do córrego Imbuia

é a erosão do solo. Destaca-se que a área da bacia encontra-se localizada no substrato

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rochoso de Formação Caiuá, portanto, seu solo é bastante friável com textura arenosa, que

favorece a ação de processos erosivos. Aliado a maneira como se deu a ocupação e uso da

terra nesta área, verifica-se que a proximidade com o setor urbano acelera o processo de

erosão dos solos e quanto ao uso rural, verificou-se que este também contribuiu para o

aparecimento de ravinas, voçorocas e processos de escorregamento superficial ao longo da

bacia, especialmente associados às áreas de pastagem.

Como Guerra e Botelho (2006) afirmam, um dos processos que mais contribuem

para o aparecimento de feições erosivas em um determinado terreno está relacionado com

o manejo inadequado do uso do solo, muitas vezes associada à retirada da cobertura

vegetal o que leva ao aparecimento de processos de erosão por ação hídrica, como a erosão

laminar, causando o assoreamento do leito dos canais.

Com o crescimento urbano e o aumento das construções civis, o processo de

assoreamento dos canais do córrego é acelerado e conforme aumenta-se o número de

construções, tem-se a perda de solos permeáveis na área da bacia, próximo a este ponto,

verifica-se maior incidência deste processo de sedimentação do canal principal do córrego.

Observa-se que o gado bovino nas propriedades ao médio curso da bacia

procuram água diretamente no córrego e quando estes animais dirigem-se ao córrego para

dessedentação, estes caminham em grupo e acabam compactando o solo, provocando o

inicio dos processos de erosivos.

Um dos principais problemas referentes ao processo erosivo na área da bacia

está localizado em sua montante, próximo as nascentes do córrego Imbuia, área mais

próxima ao centro urbano de Terra Boa encontra-se uma voçoroca, causada pelas galerias

pluviais.

O local onde estão localizadas as principais nascentes do córrego e onde são

liberadas as águas das chuvas possui uma declividade média entre 20-30%. Gasparetto et

al(1995) destacam que áreas de declives e uso de pastagens são áreas de grande fragilidade

e que os processos erosivos são detonados pela abertura de construções de ruas e pelo

pisoteio do gado, bem como, apresenta-se no presente estudo. A figura 5 apresenta áreas

com processos erosivos, principalmente pelo uso inadequado da terra, e provocadas pelos

sistemas de drenagem e pelo pisoteio do gado.

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Figura 5 – Quadro de imagens na bacia do córrego Imbuia

Fotos: Ricardo Henrique Bueno

Como verifica-se na figura 5, a bacia apresenta sérios problemas com processos

erosivos, principalmente em decorrência do tipo de solo, ausência de vegetação ripária,

manejo do uso da terra de modo inadequado e proximidade com centro urbano. Na cena (A)

verifica-se o sistema de drenagem que deveria captar o escoamento superficial na área

urbana, porém, este sistema conduz a água da chuva com muita energia para a área da

bacia gerando voçorocas, cena (B), além de acelerar o processo erosivo, o sistema de

drenagem escoa também os sedimentos de construções contribuindo para o assoreamento

dos córregos.

A voçoroca é provocada principalmente pela água das chuvas que chegam até o

córrego com energia potencializada e pelo escoamento superficial de áreas

impermeabilizadas próximas a cabeceira de drenagem do córrego Imbuia.

Na cena (C) nota-se o processo de movimentação gravitacional de massa, em um

dos afluentes do córrego Imbuia, sendo possível verificar que algumas árvores que existiam

ali foram levadas pelo desmoronamento do solo, já a cena (D) apresenta um dos afluentes

do córrego Imbuia desprovido de vegetação ripária.

PONTOS DE COLETA

A figura 6 apresenta os pontos principais onde foram coletados dados a respeito

da bacia hidrográfica do córrego Imbuia. Destacam-se os quadros A e B, onde mostra-se as

classes de declividade e a imagem de satélite da área de estudo.

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O ponto 1 localizado sob as coordenadas de 23º 46’ 08,92” de latitude Sul e 52º

27’34,65” de longitude Oeste à direção Sul e apresenta o uso do solo naquele ponto, onde

existe um recente loteamento de terras urbanas.

No ponto 1 verifica-se o conjunto habitacional em expansão, o que levará as

construções até muito próximo do córrego, e como a declividade naquele ponto é média

surgiram problemas futuros relacionados a sedimentação do córrego e aos processos

erosivos, causando problemas para a população que ocupar estas áreas, podendo

prejudicar as estruturas das casas, causando inundações próximas a essas áreas.

No segundo ponto, como não existe vegetação ripária, o córrego está totalmente

desprotegido e consequentemente a ação deposicional age acumulando com maior

facilidade os sedimentos, causando deste modo o assoreamento do corpo hídrico, e desta

maneira, os próprios proprietários de lotes próximos a área podem se prejudicar com

ausência de água para o uso em suas atividades.

Figura 6 – Quadro de imagens dos pontos de coleta de dados da bacia hidrográfica do córregoImbuia

Foto: Ricardo Henrique Bueno

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A paisagem referenciada ao ponto 2 apresenta o canal principal do córrego

Imbuia localizado sob as coordenadas 23º 46’ 20,67” de latitude Sul e 52 º 27’ 35,17” de

longitude Oeste. Verifica-se pela carta de declividade que esta região possui declividade

média a forte e nota-se que o córrego está assoreado contendo sedimentos oriundos de

construções civis do centro urbano.

O ponto 3 apresenta um dos canais afluentes do córrego Imbuia assoreado

desprovido de vegetação ripária ao longo de seu curso. Este ponto localizado sob as

coordenadas 23º 46’ 04,78” latitude sul e 52º 27’ 59,45” longitude oeste.

O ponto 4 apresenta a jusante do córrego Imbuia e verifica-se nesta paisagem

existe uma área significativa de vegetação ripária em virtude da obrigação de áreas de

preservação permanente ao longo dos corpos hídricos, apesar de não ocorrer em toda a

bacia. Este ponto está localizado nas coordenadas 23º 46’ 44,16” de latitude sul e 52º 27’

59,45” de longitude oeste.

Verificou-se que na paisagem de toda a extensão da bacia hidrográfica que o

predomínio da pecuária, e cultura de mandioca, além da proximidade com área urbana do

município de Terra Boa, inclusive existe o sistema de drenagem urbana que despeja o

excesso de águas das chuvas no córrego.

Na paisagem do ponto 4 próximo a jusante do córrego é ainda um dos pontos da

bacia que encontra-se vegetação nativa em estado de conservação, sendo até dificultado o

acesso à área por conta da vegetação cerrada e densa. Portanto, considera-se o local de

maior preservação da área de estudo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste estudo, verificou-se que a bacia hidrográfica do córrego Imbuia

possui impactos ambientais provocados em grande parte pelo uso inadequado dos recursos

naturais pelo homem, destacando-se que a região onde localiza-se a bacia é de uma

fragilidade maior em decorrência do tipo solo e estrato geológico da área.

Dentre os principais problemas relacionados à bacia hidrográfica leva-se em

consideração a proximidade com o centro urbano e uso rural do tipo pecuária, onde os

animais provocam impactos ao longo da bacia, pelo continuo pisoteio.

Em relação às áreas de vegetação, estas são mais comumente encontradas

próximos aos cursos d’água como áreas de preservação permanente e em alguns casos

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constituídas de vegetação exótica como o Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill) e em alguns

pontos, há a ausência total de vegetação, favorecendo a chegada dos sedimentos com maior

intensidade ao córrego, acelerando o processo de erosão das vertentes e de assoreamento

do canal.

Deste modo, considera-se fundamentalmente a elaboração de um plano de

manejo para a bacia hidrográfica, pois, constitui-se um recurso natural de grande valia para

o município, levando-se em conta as discussões geradas entorno da ausência de água

potável no futuro.

Destaca-se, a necessidade de projetos para recuperação e proteção das

nascentes que compõem esta bacia, bem como, a recuperação das áreas de preservação

permanente na área da bacia e trabalhos de sensibilização ambiental por parte da

população e produtores rurais que moram e utilizam os recursos da bacia hidrográfica.

Por ultimo, mas não menos importante, em relação aos sistemas de drenagem

urbana, estes devem possuir dissipadores de energia para que a água das chuvas cheguem

até o córrego com menor energia, evitando assim a aceleração dos processos erosivos,

principalmente nesta região, onde predominam solos de textura arenosa.

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ANÁLISE MORFOMÉTRICA E IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO IMBUIA EM TERRA BOA – PR

EIXO 6 – Representações cartográficas e geotecnologias nos estudos territoriais e ambientais

RESUMO

Nesta pesquisa levantou-se a questão sobre os possíveis impactos ambientais existentes em uma

bacia hidrográfica em área periurbana do município de Terra Boa – PR, deste modo, verificou-se

os problemas ambientais causados pelo processo de urbanização e pelo uso e ocupação da terra.

Para tal, o presente estudo teve como objetivo realizar análise correlacionada da paisagem com

os parâmetros morfométricos da bacia hidrográfica do córrego Imbuia localizado no município de

Terra Boa-PR. Como materiais e métodos utilizou-se o software SPRING® 5.2.2 na elaboração do

mapeamento da área de pesquisa em seus aspectos físico-naturais, por meio da sobreposição de

camadas realizou-se as devidas análises em relação à área de estudo, a base de dados constitui-

se a partir da carta topográfica na escala de 1:50.000. Em seguida realizou-se a análise topológica,

bem como o estudo de parâmetros morfométricos da bacia hidrográfica baseados na metodologia

de Christofoletti (1980). O trabalho justificou-se pelo fato de identificar os principais impactos

ambientais existentes na área de estudo, e pela localização da área de estudo próxima a área

urbana, o que pode gerar inúmeros problemas de ordem pública. Justifica-se pela analise da

paisagem, o qual traz uma perspectiva integrada e geossistemica ao projeto, através da

identificação das fragilidades e potencialidades naturais, uma vez que a morfometria dedica-se a

análise das formas da bacia e com base nessa pode-se traçar parâmetros físicos e estruturais para

a análise da paisagem. Além do mais, realizou-se a elaboração de um BD (banco de dados) no

software SPRING® 5.2.2, sendo possível a utilização para outros trabalhos futuros a serem

realizados na área.

Palavras-chave: paisagem; bacia hidrográfica; SPRING

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