Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-1/189
ANEXO B1
DOSSIÊ DAS UNIDADES DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO – UGRHIS
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-2/189
APRESENTAÇÃO
Este Anexo, parte integrante do Relatório Técnico n.º 131.057-205,
Cadastramento de pontos de erosão e inundação no Estado de São Paulo, apresenta a
compilação dos resultados do trabalho para as 22 (vinte e duas) Unidades de
Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI do Estado, expondo a caracterização
geral do meio físico e do uso e ocupação do solo em cada unidade, além da situação
com relação aos processos erosivos e aos processos de inundação/enchente.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-3/189
SUMÁRIO
1 UGRHI 1 – MANTIQUEIRA .......................................................................................... 4
2 UGRHI 2 – PARAÍBA DO SUL .................................................................................... 9
3 UGRHI 3 – LITORAL NORTE .................................................................................... 20
4 UGRHI 4 – PARDO .................................................................................................... 26
5 UGRHI 5 – PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ ......................................................... 35
6 UGRHI 6 – ALTO TIETÊ ............................................................................................ 47
7 UGRHI 7 – BAIXADA SANTISTA .............................................................................. 57
8 UGRHI 8 – SAPUCAÍ/GRANDE ................................................................................. 63
9 UGRHI 9 – MOGI-GUAÇU ......................................................................................... 72
10 UGRHI 10 – TIETÊ/SOROCABA ............................................................................... 83
11 UGRHI 11 – RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL ................................................... 93
12 UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE.................................................................... 103
13 UGRHI 13 – TIETÊ/JACARÉ ................................................................................... 108
14 UGRHI 14 – ALTO PARANAPANEMA .................................................................... 117
15 UGRHI 15 – TURVO/GRANDE ................................................................................ 124
16 UGRHI 16 – TIETÊ/BATALHA ................................................................................. 133
17 UGRHI 17 – MÉDIO PARANAPANEMA .................................................................. 140
18 UGRHI 18 – SÃO JOSÉ DOS DOURADOS ............................................................ 149
19 UGRHI 19 – BAIXO TIETÊ ....................................................................................... 157
20 UGRHI 20 – AGUAPEÍ ............................................................................................. 165
21 UGRHI 21 – PEIXE ................................................................................................... 174
22 UGRHI 22 – PONTAL DO PARANAPANEMA ........................................................ 181
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 189
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-4/189
1 UGRHI 1 – MANTIQUEIRA
1.1 Descrição Geral
A UGRHI-1 (Mantiqueira) localiza-se na porção leste/sudeste do Estado de São
Paulo (Figura 1), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 1.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Sapucaí-Guaçu, drenando
uma área de aproximadamente 674 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios
Sapucaí-Guaçu e Sapucaí-Mirim.
Figura 1. Localização da UGRHI-1 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-5/189
Tabela 1. Municípios com sede na UGRHI-1 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS
MANTIQUEIRA
CAMPOS DO JORDÃO
SANTO ANTÔNIO DO PINHAL
SÃO BENTO DO SAPUCAÍ
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-1 rochas metamórficas do Complexo
Pinhal (representado por migmatitos de injeção, subordinadamente anatexitos e
granitoides diversos, migmatitos oftalmiticos, embrechitos facoidais e migmatitos
policíclicos de estruturas diversas, localmente com termos granulíticos); do Complexo
Silvianópolis (gnaisses embrechíticos, com núcleos de granulitos e anatexitos não
diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo Amparo, granulitos diversos e
migmatitos de anatexia, rochas metadioríticas e metabasíticas) e do Complexo Embu
(predominando migmatitos heterogêneos, essencialmente estromatíticos, com
paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados
predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e facoidal).
Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-1 situa-se
majoritariamente no Planalto e Serra da Mantiqueira (Cinturão Orogênico do Atlântico),
onde predominam formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui-se
basicamente em escarpas e morros altos com topos aguçados e topos convexos.
Predominam altimetrias entre 1.000 a 2.000 metros com declividade média maior que
30% no nível alto. Por ser uma unidade de relevo com formas muito dissecadas, vales
de entalhamento pequeno e densidade de drenagem alta ou vales muito entalhados
com densidade de drenagem menor e vertentes muito inclinadas caracteriza-se como
área de nível de fragilidade potencial muito alto, estando sujeita a processos erosivos
intensos e grande probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão
linear com voçorocas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações
pedológicas que predominam na UGRHI-1 são classificadas como Argissolos
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-6/189
Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado e proeminente + Argissolos Vermelho-
Amarelos Eutróficos A moderado, ambos com textura média/argilosa e argilosa em fase
não rochosa e rochosa de relevo montanhoso e forte ondulado; Latossolos Vermelho-
Amarelos Distróficos A moderado e proeminente de textura argilosa relevo forte
ondulado. Ocorrem também Cambissolos Háplicos Distróficos A proeminente e
moderado + Cambissolos Húmicos Distróficos ambos de textura média e argilosa em
relevo forte ondulado e montanhoso e Cambissolos Húmicos + Cambissolos Háplicos A
proeminente e moderado, ambos Distróficos de textura argilosa e média em relevo
montanhoso e escarpado.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predominam nesta Unidade
Hidrográfica as áreas de mata e as de campo antrópico/pastagem, que juntas recobrem
mais de 90% do seu território. Destaca-se a presença de importantes remanescentes
da Mata Atlântica, que integram a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, reconhecida
pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura - UNESCO,
que tem com uma das suas funções a conservação da biodiversidade e dos demais
atributos naturais da Mata Atlântica, incluindo a paisagem e os recursos hídricos.
1.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-1 está predominantemente inserida na classe II - Alta de suscetibilidade à
erosão (Figura 2).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-7/189
Figura 2. Mapa de Erosão da UGRHI-1 e UGRHI-2 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-8/189
Na UGRHI, foi cadastrada uma erosão linear urbana (ravina) e 53 rurais (42
ravinas e 11 boçorocas). Estes processos ocorrem prioritariamente em áreas de alta
suscetibilidade à erosão (classe II).
A Tabela 2 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-1.
Tabela 2. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-1
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
CAMPOS DO JORDÃO 1 7 8
SANTO ANTÔNIO DO PINHAL 0 26 26
SÃO BENTO DO SAPUCAÍ 0 20 20
TOTAL 1 53 54
O Mapa 01 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-1, impresso em escala 1:250.000.
1.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já
apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Campos do
Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-9/189
2 UGRHI 2 – PARAÍBA DO SUL
2.1 Descrição Geral
A UGRHI-2 (Paraíba do Sul) localiza-se na porção sul/sudeste do Estado de São
Paulo (Figura 3), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 3.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Paraíba do Sul, drenando
uma área de aproximadamente 14.429 km2. Os principais rios desta UGRHI são o
Paraíba do Sul, Paraitinga, Bananal, da Bocaina, entre outros.
Figura 3. Localização da UGRHI-2 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-10/189
Tabela 3. Municípios com sede na UGRHI-2 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
PARAÍBA DO SUL
APARECIDA
ARAPEÍ
AREIAS
BANANAL
CAÇAPAVA
CACHOEIRA PAULISTA
CANAS
CRUZEIRO
CUNHA
GUARAREMA
GUARATINGUETÁ
IGARATÁ
JACAREÍ
JAMBEIRO
LAGOINHA
LAVRINHAS
LORENA
MONTEIRO LOBATO
NATIVIDADE DA SERRA
PARAIBUNA
PINDAMONHANGABA
PIQUETE
POTIM
QUELUZ
REDENÇÃO DA SERRA
ROSEIRA
SANTA BRANCA
SANTA ISABEL
SÃO JOSÉ DO BARREIRO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
SÃO LUÍS DO PARAITINGA
SILVEIRAS
TAUBATÉ
TREMEMBÉ
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
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DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-2 rochas metamórficas do Complexo
Embu (predominando migmatitos heterogêneos, essencialmente estromatíticos, com
paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados
predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e facoidal) e rochas granitóides
das Suítes Granitóides, representadas pelas fácies Cantareira (granitos foliados,
granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente
discordantes e composição tonalítica a granítica) e Migmatítica (representada por
corpos granitóides foliados, com contatos concordantes e transicionais, incluindo
anatexitos, nebulitos e oftalmitos; grande heterogeneidade petrográfica, composicional
e textural). Ocorrem também rochas metamórficas representadas pelos complexos
Silvianópolis (gnaisses embrechíticos, com núcleos de granulitos e anatexitos não
diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo Amparo, granulitos diversos e
migmatitos de anatexia, rochas metadioríticas e metabasíticas); Costeiro (migmatitos
diversos, incluindo estromatitos, metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses, granitoides e
granitos gnáissicos, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente migmatizados,
metabasitos, charnoquitos, quartzitos, micaxistos); Pinhal (representado por migmatitos
oftalmiticos, embrechitos facoidais e migmatitos policíclicos de estruturas diversas,
localmente com termos granulíticos) e Juiz de Fora (representado por migmatitos
remigmatizados, com estruturas complexas); pelos grupos Açungui (representado por
filitos, quartzo filitos, micaxistos, quartzo micaxistos, subordinadamente quartzitos
micáceos e gnaisses, metabasitos, mármores calcíticos e dolomíticos, calcossilicatadas
e talco xistos) e São Roque (representado por dois conjuntos de rochas: um composto
por filitos, incluindo metassiltitos, quartzo xistos, quartzitos e micaxistos subordinados;
e outro composto por clorita xistos e quartzo micaxistos, subordinadamente
metassiltitos, metagrauvacas, metarcóseos, calcários dolomíticos e calcíticos,
calciossilicatadas e filitos); rochas sedimentares representadas pelas formações
Caçapava (representada por arenitos, argilitos, subordinadamente folhelhos e
conglomerados) e Tremembé (representada por folhelhos e argilitos localmente
pirobetuminosos, incluindo intercalações de arenitos e brechas sedimentares) e os
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-12/189
Sedimentos/Depósitos Aluviais (representados por aluviões em geral, incluindo areias
inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais
subordinadamente, em depósitos de calhas e/ou terraços) e Coluviais (areias com
matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na base). Geomorfologicamente, de
acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-2 situa-se majoritariamente no Planalto
Médio Vale do Paraíba (predominam formas de relevo denudacionais cujo modelado
constitui-se basicamente em morros baixos com topos convexos e formas
agradacionais associadas ao Rio Paraíba do Sul. Predominam altimetrias entre 600 a
800 metros e com declividades predominantes de 20 a 30%. Por ser uma unidade de
relevo com dissecação média, com vales muito entalhados e densidade de drenagem
média a alta, apresenta um nível de fragilidade potencial médio o que torna a área
suscetível a fortes atividades erosivas) e no Planalto de Paraítinga/Paraibuna
(predominam formas de relevo muito dissecadas cujo modelado constitui-se
basicamente por morros altos e alongados com topos convexos. Possui altimetria entre
800 e 1200 e declividades predominantes de 20 a 30%, ultrapassando os 40%, com
frequência. Por ser unidade de formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e densidade de drenagem média a alta, esta área apresenta um nível de
fragilidade potencial médio a alto, estando sujeita a fortes atividades erosivas de
caráter linear e pequenos escorregamentos de terras ou movimentos de massa).
Ocorrem também porções no Planalto e Serra da Mantiqueira (predominam formas de
relevo denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em escarpas e morros
altos com topos aguçados e topos convexos. Predominam altimetrias entre 1.000 a
2.000 metros com declividade média maior que 30% no nível alto. Por ser uma unidade
de relevo com formas muito dissecadas, com vales muito entalhados e alta densidade
de drenagem e vertentes muito inclinadas é área de nível de fragilidade potencial muito
alto, estando sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de
ocorrência de movimentos de massas); no Planalto e Serra da Bocaina (predominam
formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui basicamente por morros altos
e cristas com topos aguçados e topos convexos. Possui altimetrias entre 1000 a 2000
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-13/189
metros e declividades predominantes são superiores a 30% para as partes das
superfícies altas, enquanto que nas bordas prevalecem declividades ao redor de 60%.
Por apresentar formas de dissecação intensa os vales são muito entalhados e a
densidade de drenagem muito alta, esta área revela m nível de fragilidade potencial
médio, estando sujeita a fortes atividades erosivas); na Depressão do Médio Paraíba
(formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente por colinas
de topos convexos, com vales de entalhamento de até 20 a 80 metros e dimensão
interfluvial variando de 250 a 3750 metros. Com altitudes predominantes entre 600 e
700 metros e declividades entre 5 e 20%) e nas Planícies e Terraços Fluviais
(apresentam declividades inferiores a 2% e posicionam-se em diferentes níveis
altimétricos, com potencial de fragilidade muito alto por serem áreas sujeitas às
inundações periódicas, com lençol freático pouco profundo e sedimentos
inconsolidados sujeitos às acomodações constantes). Pedologicamente, segundo
Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-2 são
classificadas como Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de textura argilosa, de
relevo forte ondulado e montanhoso + Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos
argilossólicos, com textura argilosa, de relevo forte ondulado, ambos A moderado e
Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos + Argilossolos Vermelhos Distróficos de
textura média/argilosa + Argilossolos Vermelho-Amarelos Distróficos latossólicos A
moderado fase não rochosa e rochosa com relevo montanhoso e forte ondulado.
Ocorrem também as associações Cambissolos Háplicos Distróficos de textura argilosa
e média, relevo montanhoso e escarpado + Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos
de textura argilosa, com relevo montanhoso, ambos A moderado + Afloramento de
rochas; Gleissolos Melânicos Distróficos com argila de baixa atividade, de textura
argilosa + Neossolos Flúvicos com argila de baixa atividade, textura média +
Organossolos Distróficos todos com relevo de vázea; Latossolos Amarelos Distróficos
de relevo suave ondulado e ondulado + Argilossos Vermelho-Amarelos Distróficos de
relevo ondulado ambos A moderado e proeminente com textura argilosa e Cambissolos
Húmicos + Cambissolos Háplicos A proeminente e moderado, ambos Distróficos de
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-14/189
textura argilosa e média em relevo montanhoso e escarpado.
Nesta UGHRI predominam as classes de uso campo antrópico/pastagem e de
mata, que compreendem a 49% e 40%, respectivamente, totalizando 89% da área
desta unidade. A classe de área urbana constitui 3%, e representa um acelerado
crescimento das cidades, em manchas contínuas, com significativa concentração
populacional e industrial. O seu parque industrial conta com empresas de destaque,
principalmente nos ramos aeroespacial e automobilístico, além de ser um polo
científico e tecnológico de grande relevância estratégica.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 1. Erosão de margem no rio Paraíba, município de Caçapava.
Foto 2. Erosões em talude da represa de Paraibuna.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-15/189
Foto 3. Focos erosivos em encosta,no município de Silveiras.
Foto 4. Ravinamentos em talude rodoviário no município de Natividade da Serra.
Foto 5. Obras de drenagem no município de Areias.
Foto 6. Aspectos do relevo da UGRHI 2.
Foto 7. Depósitos provenientes de corridas de massa, município de Piquete.
Foto 8. Uso e ocupação do solo no município de Cunha.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-16/189
Foto 9. Obras de contenção de taludes, município de Paraibuna.
2.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-2 está predominantemente inserida nas classes II - Alta e III - Média de
suscetibilidade à erosão (Figura 4).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-17/189
Figura 4. Mapa de Erosão da UGRHI-1 e UGRHI-2 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-18/189
Na UGRHI, foram cadastradas 71 erosões lineares urbanas (48 ravinas e 23
boçorocas) e 3983 rurais (1228 ravinas e 2755 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de alta/média suscetibilidade à erosão (classe II e III).
A Tabela 4 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-2.
Tabela 4. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-2
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
APARECIDA 10 41 51
ARUJÁ 0 8 8
CAÇAPAVA 7 129 136
CRUZEIRO 5 152 157
CUNHA 5 384 389
GUARAREMA 1 98 99
GUARATINGUETÁ 3 199 202
GUARULHOS 0 9 9
ITAQUAQUECETUBA 0 2 2
JACAREÍ 5 117 122
JAMBEIRO 1 93 94
LAGOINHA 6 67 73
MOGI DAS CRUZES 6 50 56
NATIVIDADE DA SERRA 2 205 207
PARAIBUNA 1 243 244
PINDAMONHANGABA 1 102 103
PIQUETE 1 62 63
QUELUZ 1 41 42
ROSEIRA 1 17 18
SALESÓPOLIS 0 6 6
SANTA BRANCA 0 112 112
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 13 235 248
SÃO LUÍS DO PARAITINGA 1 118 119
SUZANO 0 1 1
TAUBATÉ 1 178 179
ARAPEÍ 0 62 62
AREIAS 0 112 112
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-19/189
BANANAL 0 91 91
CACHOEIRA PAULISTA 0 195 195
CANAS 0 14 14
IGARATÁ 0 131 131
LAVRINHAS 0 57 57
LORENA 0 205 205
MONTEIRO LOBATO 0 34 34
REDENÇÃO DA SERRA 0 109 109
SANTA ISABEL 0 99 99
SÃO JOSÉ DO BARREIRO 0 72 72
SILVEIRAS 0 121 121
TREMEMBÉ 0 12 12
TOTAL 71 3983 4054
O Mapa 01 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-2, impresso em escala 1:250.000.
2.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 31
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas,
Cruzeiro, Cunha, Guararema, Guaratinguetá, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Lavrinhas,
Lorena, Monteiro Lobato, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz,
Roseira, Santa Branca, Santa Isabel, São José do Barreiro, São José dos Campos,
São Luís do Paraitinga, Silveiras, Taubaté e Tremembé.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-20/189
3 UGRHI 3 – LITORAL NORTE
3.1 Descrição Geral
A UGRHI-3 (Litoral Norte) localiza-se na porção sul/sudeste do Estado de São
Paulo (Figura 5), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 5.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Camburu ou tingá,
drenando uma área de aproximadamente 1.952 km2. O principal rio desta UGRHI é o
Camburu ou Tingá.
Figura 5. Localização da UGRHI-3 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-21/189
Tabela 5. Municípios com sede na UGRHI-3 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
LITORAL NORTE
CARAGUATATUBA
ILHABELA
SÃO SEBASTIÃO
UBATUBA
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-3 rochas do Complexo Costeiro
(migmatitos diversos, incluindo estromatitos, metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses,
granitoides e granitos gnáissicos, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente
migmatizados) e os Corpos Alcalinos do Litoral Norte estão representados por nefelina
sienitos, pulaskitos, teralitos, essexitos, nordmarkitos, tinguaítos e álcali-sienitos,
cortados por numerosos diques não individualizados de micro-sienitos, traquitos,
lamprófiros, fonólitos, tinguaítos, nordmarkitos e teschenitos. Ocorrem também os
Sedimentos Marinhos e Lagunares Indiferenciados, incluindo areias, argilas de mangue
e areias litorâneas e rochas da Suíte Granitóide (granitos foliados, granulação fina a
média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente discordantes e composição
tonalítica a granítica - fácies Cantareira). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e
Moroz (1997), a UGRHI-3 situa-se majoritariamente na Escarpa/Serra do Mar e Morros
Litorâneos (constitui-se basicamente em escarpas e cristas com topos aguçados e
topos convexos. Altimetrias variam de 10 até 1000 metros e as declividades
predominantes são de 20 a 30%, sendo por vezes superiores a 30% e atingindo os
60%, em setores localizados das vertentes. Formas de dissecação muito intensas, com
vales de grande entalhamento, com alta densidade de drenagem e vertentes muito
inclinadas, apresenta um nível de fragilidade potencial muito alto, estando sujeita a
processos erosivos agressivos e movimentos de massa espontâneos e induzidos) e na
Planície Litorânea do Litoral Norte (terrenos planos de natureza sedimentar marinha e
fluvial quaternária, onde ocorrem processos de agradação. Com altimetrias entre 0 e 20
metros com declividades dominantes inferiores a 2%, possui baixa densidade de
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-22/189
drenagem de padrão meandrante e anastomasado. Possuem potencial de fragilidade
muito alto por serem áreas sujeitas às inundações periódicas, com lençol freático
pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos as acomodações constantes).
Ocorrem também porções no Planalto de Paraítinga/Paraibuna (predominam formas de
relevo muito dissecadas cujo modelado constitui-se basicamente por morros altos e
alongados com topos convexos. Possui altimetria entre 800 e 1200 e declividades
predominantes de 20 a 30%, ultrapassando os 40%, com frequência. Por ser unidade
de formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem
média a alta, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto,
estando sujeita a fortes atividades erosivas de caráter linear e pequenos
escorregamentos de terras ou movimentos de massa) e no Planalto Paulistano/Alto
Tietê (morros médios e altos com topos convexos. Pedologicamente, segundo Oliveira
et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-3 são
classificadas como Cambissolos Háplicos Distróficos textura argilosa e média fase não
rochosa e rochosa, relevo montanhoso e escarpado + Latossolos Vermelho-Amarelos
Distróficos textura argilosa relevo montanhoso e forte ondulado ambos A moderado e
proeminente. Ocorrem também Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A proeminente e
moderado, com textura arenosa + Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A
moderado, ambos em relevo plano e Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de
textura argilosa + Cambissolos Háplicos Distróficos de textura argilosa e média fase
não pedregosa e pedregosa, ambos A moderado, em relevo forte ondulado e
montanhoso.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, aproximadamente 89% da área
desta UGRHI é constituída pela classe de uso mata, que recobre significativas porções
da Serra do Mar e corresponde a Unidades de Conservação de diferentes categorias
de manejo e níveis de restrições. Esta Unidade Hidrográfica vem recebendo grandes
projetos de infraestrutura, principalmente do setor de petróleo e gás. Abriga muitas
praias que se espalham em torno de vilas de pescadores ou pequenas cidades,
recebem turistas especialmente no período de alta temporada, resultando num
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-23/189
acréscimo significativo de população flutuante.
3.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-3 está predominantemente inserida na classe II – Alta de suscetibilidade à
erosão (Figura 6).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-25/189
Na UGRHI, foram cadastradas 0 erosões lineares urbanas e 55 rurais (28
ravinas e 27 boçorocas). Estes processos ocorrem prioritariamente em áreas de alta
suscetibilidade à erosão (classe II).
A Tabela 6 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-3.
Tabela 6. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-3
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
CARAGUATATUBA 0 15 15
ILHABELA 0 12 12
SÃO SEBASTIÃO 0 10 10
UBATUBA 0 18 18
TOTAL 0 55 55
O Mapa 02 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-3, impresso em escala 1:250.000.
3.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já
apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Caraguatatuba,
Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-26/189
4 UGRHI 4 – PARDO
4.1 Descrição Geral
A UGRHI-4 (Pardo) localiza-se na porção nordeste do Estado de São Paulo
(Figura 7), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 7. Agrega os
tributários das margens direita e esquerda do rio Pardo (cabeceiras), drenando uma
área de aproximadamente 8.963 km2. Os principais rios desta UGRHI são o Pardo,
Canoas, da Fartura, do Peixe, Tambaú, entre outros.
Figura 7. Localização da UGRHI-4 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-27/189
Tabela 7. Municípios com sede na UGRHI-4 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
PARDO
ALTINÓPOLIS
BRODOWSKI
CACONDE
CAJURU
CASA BRANCA
CÁSSIA DOS COQUEIROS
CRAVINHOS
DIVINOLÂNDIA
ITOBI
JARDINÓPOLIS
MOCOCA
RIBEIRÃO PRETO
SALES OLIVEIRA
SANTA CRUZ DA ESPERANÇA
SANTA ROSA DE VITERBO
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO
SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA
SÃO SIMÃO
SERRA AZUL
SERRANA
TAMBAÚ
TAPIRATIBA
VARGEM GRANDE DO SUL
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-4 rochas sedimentares pertencentes ao
Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral (rochas vulcânicas
toleíticas em derrames basálticos), Botucatu (arenitos eólicos, de granulação fina à
média) e Pirambóia (arenitos finos a médios, com matriz síltico-argilosa, apresenta
níveis de folhelhos e arenitos argilosos); ao Grupo Tubarão, representado pelo Sub-
Grupo Itararé (arenitos finos a grosseiros, siltitos, lamitos, diamictitos e ritimitos) e pelas
formações Aquidauana (arenitos e siltitos de tonalidades avermelhadas) e Tatuí (siltitos
arenosos e argilosos, arenitos lamíticos, e raras lentes de calcário); ao Grupo Passa
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-28/189
Dois, representado pela Formação Corumbataí (arenitos muito finos, siltitos, lamitos e
folhelhos; níveis de calcários oolíticos e coquina); ao Grupo Bauru, representado pela
Formação Adamantina (arenitos finos a muito finos, com teor de matriz variável, lamitos
e siltitos). Ocorrem também rochas representadas pelas Suítes Básicas (diques
básicos em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros,
lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e traquiandesitos); rochas metamórficas
representadas pelos complexos Pinhal (migmatitos de injeção, subordinadamente
anatexitos e granitóides diversos) e Silvianópolis (granulitos diversos e migmatitos de
anatexia; granitos-gnaisses subordinadamente); pelo Grupo Amparo (paragnaisses
essencialmente fitados e bandados, com intercalações de micaxistos, quartzitos,
anfibolitos, calcossilicáticas, metaultrabásicas e gonditos, quartzitos feldspáticos,
micáceos, com intercalações de biotita xistos). E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais
(areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais) e os
Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e
quartzo na base). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a
UGRHI-4 situa-se majoritariamente no Planalto em Patamares Estruturais de Ribeirão
Preto (altitudes entre 500 e 700 metros e declividades que variam de 2 a 10%.
Constitui-se de formas de relevo denudacionais cujo modelado é basicamente em
colinas amplas e baixas com topos tabulares) e na Depressão Mogi-Guaçu (altimetrias
predominantes entre 500 e 600 metros, com declividades entre 5 a 10%. Constitui-se
de formas de relevo denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos
tabulares amplos). Ocorrem também porções no Planalto do Alto Rio Grande (altitudes
entre 700 e 800 metros e declividades que variam de 20 a 30%. Constitui-se de formas
de relevo denudacionais cujo modelado é basicamente e morros baixos com topos
convexos e parte com topos aguçados. Predominam formas de dissecação média a
alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando
um nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva); no
Planalto Residual de Franca e Batatais (altimetrias entre 700 e 1000 metros e
declividades de 10 a 20%. Esta unidade apresenta um nível de fragilidade potencial
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-29/189
baixo, com baixo potencial erosivo, nos setores mais aplanados dos topos dos
interflúvios, tornando-se com maior potencial erosivo nos setores de vertentes com
declividades mais elevadas); no Planalto Residual de São Carlos (predominam formas
de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem
média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a
forte atividade erosiva); no Planalto Centro Ocidental Paulista (com altitudes entre 300
e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação
média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta,
apresentando um nível de fragilidade potencial médio); no Planalto de Serra
Negra/Lindóia (altitudes entre 900 e 1100 metros. Nos níveis mais baixos apresenta
declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área, sendo superior nos
setores mais dissecados do relevo) e nas Planícies e Terraços Fluvias (caracterizam-se
por áreas baixas e planas sujeitas a inundações periódicas que possui declividades
inferiores a 2%, posicionando-se em diferentes níveis altimétricos. Possuem potencial
de fragilidade muito alto por estarem sujeitas a inundações periódicas e possuírem
lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações
constantes). Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações
pedológicas que predominam na UGRHI-4, são classificados como Latossolos
Vermelhos Distroférricos, de textura argilosa e Distróficos de textura média, ambos A
moderado, relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distroférricos +
Latossolos Vermelhos-Amarelos Distróficos ambos A moderado, com textura média,
em relevo suave ondulado. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos
Distróficos A moderado e proeminente, com textura média + Latossolos Vermelhos
Distróficos A moderado, de textura média argilosa, ambos em relevo suave ondulado;
Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos + Argissolos Vermelhos Eutróficos ambos A
moderado textura média/argilosa e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso;
Neossolos Quartzarênicos Órticos A fraco e moderado + Latossolos Vermelho-
Amarelos A moderado, de textura média ,ambos Distróficos relevo suave ondulado e
plano; Neossolos Flúvicos Distróficos A moderado textura argilosa e média, relevo de
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-30/189
várzea; Gleissolos Háplicos e Melânicos + Organossolos + Cambissolos Háplicos A
moderado ou proeminente, com textura indiscriminada, bem a imperfeitamente
drenados, todos Distróficos de relevo de várzea e Latossolos Brunos Distrófico A
proeminente textura argilosa relevo montanhoso.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destacam-se as áreas de campo
antrópico/pastagem, que ocupam 50% do seu território, seguidas pela classe de
culturas semi-perenes (cana-de-açúcar), com 25%. A UGHRI encontra-se em processo
de industrialização, com destaque para a agroindústria e a indústria de transformação.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 10. Represamento do rio Pardo no município de Caconde.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-31/189
Foto 11. Drenagem canalizada no município de Cássia dos Coqueiros.
4.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-4 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, I – Muito Alta e II -
Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 8).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-33/189
Na UGRHI, foram cadastradas 60 erosões lineares urbanas (13 ravinas e 47
boçorocas) e 606 rurais (43 ravinas e 563 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 8 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-4.
Tabela 8. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-4
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ALTINÓPOLIS 2 2 4
BATATAIS 0 1 1
BRODOWSKI 1 4 5
CACONDE 2 0 2
CAJURU 19 114 133
CASA BRANCA 9 0 9
CÁSSIA DOS COQUEIROS 1 48 49
CRAVINHOS 0 17 17
JARDINÓPOLIS 4 3 7
MOCOCA 1 307 308
PONTAL 0 1 1
RIBEIRÃO PRETO 1 2 3
SALES OLIVEIRA 2 1 3
SANTA CRUZ DA ESPERANÇA 0 25 25
SANTA ROSA DE VITERBO 11 0 11
SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 0 28 28
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 3 2 5
SÃO SIMÃO 1 0 1
SERRA AZUL 0 40 40
SERRANA 0 10 10
SERTÃOZINHO 0 1 1
TAMBAÚ 2 0 2
TAPIRATIBA 1 0 1
TOTAL 60 606 666
O Mapa 03 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-34/189
erosivos lineares na UGRHI-4, impresso em escala 1:250.000.
4.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 14
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Altinópolis, Caconde, Casa Branca, Divinolândia, Mococa, Ribeirão Preto, São
José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, São Simão, Serra Azul, Serrana,
Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-35/189
5 UGRHI 5 – PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ
5.1 Descrição Geral
A UGRHI-5 (Piracicaba/Capivari/Jundiaí) localiza-se na porção leste/sudeste do
Estado de São Paulo (Figura 9), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na
Tabela 9. Agrega os tributários das margens direita e esquerda dos rios Piracicaba,
Jaguari, Capivari, Camanducaia, Atibaia, Jundiaí entre outros, drenando uma área de
aproximadamente 14.194 km2.
Figura 9. Localização da UGRHI-5 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-36/189
Tabela 9. Municípios com sede na UGRHI-5 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ
ÁGUAS DE SÃO PEDRO
AMERICANA
AMPARO
ANALÂNDIA
ARTUR NOGUEIRA
ATIBAIA
BOM JESUS DOS PERDÕES
BRAGANÇA PAULISTA
CAMPINAS
CAMPO LIMPO PAULISTA
CAPIVARI
CHARQUEADA
CORDEIRÓPOLIS
CORUMBATAÍ
COSMÓPOLIS
ELIAS FAUSTO
HOLAMBRA
HORTOLÂNDIA
INDAIATUBA
IPEÚNA
IRACEMÁPOLIS
ITATIBA
ITUPEVA
JAGUARIÚNA
JARINU
JOANÓPOLIS
JUNDIAÍ
LIMEIRA
LOUVEIRA
MOMBUCA
MONTE ALEGRE DO SUL
MONTE MOR
MORUNGABA
NAZARÉ PAULISTA
NOVA ODESSA
PAULÍNIA
PEDRA BELA
PEDREIRA
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-37/189
PINHALZINHO
PIRACAIA
PIRACICABA
RAFARD
RIO CLARO
RIO DAS PEDRAS
SALTINHO
SALTO
SANTA BÁRBARA D'OESTE
SANTA GERTRUDES
SANTA MARIA DA SERRA
SANTO ANTÔNIO DE POSSE
SÃO PEDRO
SUMARÉ
TUIUTI
VALINHOS
VARGEM
VÁRZEA PAULISTA
VINHEDO
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-5, rochas sedimentares pertencente ao
Grupo Tubarão, representado pelo Sub-Grupo Itararé (composto predominantemente
por arenitos de granulação heterogênea, siltitos, lamitos, diamictitos e ritmitos) e pela
Formação Tatuí (constituída predominantemente de siltitos arenosos e argilosos.
Subordinadamente, ocorrem arenitos lamíticos, folhelhos, sílex e raras lentes de
calcário); ao Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral (composta
por rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a negra,
textura afanítica), Botucatu (composta por arenitos eólicos, de cores creme e vermelho,
de granulação fina à média) e Pirambóia (constituída predominantemente de arenitos
finos a médios, com matriz síltico-argilosa, avermelhados); ao Grupo Passa Dois,
representado pelas formações Corumbataí (constitui-se de arenitos muito finos, siltitos,
lamitos e folhelhos; níveis de calcários oolíticos e coquina) e Irati (composta por siltitos,
argilitos e folhelhos sílticos de cor cinza clara a escura, folhelhos pirobetuminosos,
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-38/189
localmente em alternância rítmica com calcários creme a acinzentado, em parte
silicificados e dolomíticos), rochas representadas pelas Suítes Básicas (diques básicos
em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros,
lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e traquiandesitos) e das Suítes Granitóides
(granitos foliados, granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos
parcialmente discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies Cantareira) e
Graníticas (corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos, isótropicos,
granulação fina a grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica granular -
fácies Itu), sedimentos da Formação Rio Claro (composta por arenitos pouco
consolidados finos a médios, subordinadamente conglomerados e argilitos), rochas
metamórficas do Complexo Silvianópolis (granulitos diversos e migmatitos de anatexia,
granitos-gnaisses subordinadamente e gnaisses embrechíticos com núcleos de
granulitos e anatexitos não diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo
Amparo) e do Complexo Pinhal (representado por migmatitos de injeção,
subordinadamente anatexitos e granitoides diversos, migmatitos oftalmíticos,
embrechitos facoidais e migmatitos policíclicos de estruturas diversas, localmente com
termos granulíticos) e dos grupos Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e
bandados, com intercalações de micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas,
metaultrabásicas, quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos
e subordinadamente filitos e gonditos) e São Roque (filitos, quatzo filitos e filitos
grafitosos em sucessões rítmicas incluindo subordinadamente metassiltitos e quartzo
xistos, quartzitos e micaxistos subordinados), rochas associadas ás Zonas
Cataclásticas (predominando rochas miloníticas e cataclasitos). Ocorrem também
Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e
quartzo na base), Depósitos de Cimeira (estão representados por conglomerados,
arenitos imaturos e cimento ferruginoso) e Depósitos Aluviais (areias inconsolidadas de
granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais), associados ás principais
drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-5
situa-se majoritariamente na Depressão do Médio Tietê (constitui basicamente por
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-39/189
colinas de topos amplos tabulares e convexos, com altimetrias entre 500 e 650 metros
e declividades entre 10 e 20%. Apresenta formas de dissecação média com vales
entalhados e densidade de drenagem média a alta, nível de fragilidade potencial médio
a baixo) e na Depressão do Rio Mogi-Guaçu (altimetrias predominantes entre 500 e
600 metros, com declividades entre 5 a 10%. Constitui-se de formas de relevo
denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos tabulares amplos,
com formas de dissecação baixa, com vales pouco entalhados e densidade de
drenagem baixa, apresentando um potencial erosivo baixo). Ocorrem também porções
situadas nos Planaltos de Jundiaí (constituído por colinas e morros baixos com topos
convexos e parte com morros altos com topos aguçados No nível alto do planalto
predominam as altimetrias entre 900 e 1200 metros, com declividades predominantes
de 30 a 40%, chegando a 60% em algumas vertentes. E, no nível médio do planalto,
predominam as altimetrias entre 700 e 800 metros, com declividades predominantes de
20 a 30%. Por ser unidade com formas muito dissecadas, com vales entalhados e com
alta densidade de drenagem, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial alto,
estando sujeita a ocorrência de movimento de massa e desencadeamento de
processos erosivos lineares vigorosos); no Planalto Residual de São Carlos (altitudes
entre 600 e 900 metros e declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área,
sendo superior nos setores mais dissecados do relevo. Constitui-se de formas de
relevo denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos aplainados e
tabulares, com formas de dissecação muito intensa, com vales de entalhamento
pequeno e densidade de drenagem alta ou vales muito entalhados, com densidade de
drenagem menor, caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos agressivos,
inclusive com movimentos de massa); no Planalto de Serra Negra/Lindóia
(predominando altitudes entre 900 e 1100 metros. Nos níveis mais baixos apresenta
declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área, sendo superior nos
setores mais dissecados do relevo. Constitui-se de formas de relevo denudacionais
cujo modelado é basicamente em colinas de topos aplainados e tabulares, com formas
muito dissecadas, vales entalhados associados a vales poucos entalhados e alta
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-40/189
densidade de drenagem, caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos
agressivos, com probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão linear
com voçorocas, apresentando nível de fragilidade potencial alto); no Planalto Centro
Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%.
Predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com
densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial
médio) e no Planalto e Serra da Mantigueira (predominam formas de relevo
denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em escarpas e morros altos
com topos aguçados e topos convexos. Predominam altimetrias entre 1.000 a 2.000
metros com declividade média maior que 30% no nível alto. Por ser uma unidade de
relevo com formas muito dissecadas, com vales muito entalhados e alta densidade de
drenagem e vertentes muito inclinadas é área de nível de fragilidade potencial muito
alto, estando sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de
ocorrência de movimentos de massas). Pedologicamente, segundo Oliveira et al.
(1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-5, são classificados
como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos com textura arenosa/média +
Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de textura média, ambos A moderado,
relevo suave ondulado, Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos + Argissolos
Vermelhos Eutróficos ambos A moderado textura média/argilosa e argilosa relevo forte
ondulado e montanhoso e Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos relevo ondulado +
Cambissolos Háplicos Distróficos em relevo ondulado e forte ondulado, ambos A
moderado textura argilosa, Latossolos Vermelhos Distróficos + Latossolos Vermelhos
Distroférricos, ambos A moderado, textura argilosa, em relevo suave ondulado;
Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado textura argilosa em relevo suave
ondulado. Ocorrem também Neossolos Litólicos Distróficos A moderado ou
chernozêmico com textura argilosa, e Distróficos A moderado textura indiscriminada em
relevo escarpado; Cambissolos Distróficos A moderado textura argilosa em relevo forte
ondulado; Gleissolos Háplicos Distróficos + Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos
de textura média/argilosa + Cambissolos Háplicos Tb Distróficos, ambos A moderado,
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-41/189
todos em relevo de várzea; Neossolos Quartzarênicos Órticos + Latossolos Vermelho-
Amarelos de textura média, ambos Distróficos A moderado relevo e suave ondulado;
Nitossolos Vermelhos Eutroférricos + Nitossolos Vermelhos Distroférricos latossólicos +
grupamento indiscriminado de Argissolos Vermelhos, todos A moderado textura
argilosa em relevo suave ondulado e ondulado; Grupamento indiscriminado de
Planossolos Háplicos Ta, A moderado + Gleissolos Háplicos e Melânicos. Os
Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,
tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predomina nesta UGHRI as
áreas de campo antrópico/pastagem, em mais de 50% do seu território, seguidas pela
classe de mata (22%) e pelas culturas semi-perenes (10%). A região é provida por
importantes sistemas de transportes (rodoviário, ferroviário, hidroviário e aeroviário)
que dão suporte ao seu crescimento econômico, e abriga importantes centros urbanos.
Esta Unidade Hidrográfica concentra o segundo maior contingente populacional do
Estado, com aproximadamente 5 milhões de habitantes.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 12. Assoreamento do corrego São Francisco, município de Analândia.
Foto 13. Aspectos do relevo no município de Corumbataí.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-42/189
Foto 14. Rio Atibaia, município de Paulínia.
Foto 15. Uso e ocupação das margens de represa no município de Cordeirópolis.
Foto 16. Uso e ocupação do solo no Município de Corumbataí.
Foto 17. Aspectos do relevo no município de Joanópolis.
5.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-5 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, II – Alta e I – Muito
Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 10).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-44/189
Na UGRHI, foram cadastradas 96 erosões lineares urbanas (37 ravinas e 59
boçorocas) e 3108 rurais (947 ravinas e 2161 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 10 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-5.
Tabela 10. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-5
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ÁGUAS DE SÃO PEDRO 0 3 3
AMERICANA 4 10 14
AMPARO 4 74 78
ANALÂNDIA 0 19 19
ANHEMBI 0 3 3
ARTUR NOGUEIRA 2 41 43
ATIBAIA 2 40 42
BOM JESUS DOS PERDÕES 2 7 9
BOTUCATU 0 2 2
BRAGANÇA PAULISTA 1 45 46
CABREÚVA 0 14 14
CAMPINAS 36 128 164
CAMPO LIMPO PAULISTA 1 19 20
CAPIVARI 0 79 79
CHARQUEADA 0 104 104
CORUMBATAÍ 0 119 119
COSMÓPOLIS 0 24 24
DOIS CÓRREGOS 0 56 56
ELIAS FAUSTO 0 35 35
ENGENHEIRO COELHO 0 10 10
HOLAMBRA 0 23 23
HORTOLÂNDIA 8 7 15
INDAIATUBA 0 15 15
IPEÚNA 0 124 124
IRACEMÁPOLIS 0 9 9
ITATIBA 2 70 72
ITIRAPINA 1 82 83
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-45/189
ITU 0 23 23
ITUPEVA 0 46 46
JAGUARIÚNA 0 15 15
JARINU 0 17 17
JOANÓPOLIS 0 55 55
JUNDIAÍ 1 28 29
LIMEIRA 3 195 198
LOUVEIRA 0 5 5
MOJI MIRIM 0 19 19
MOMBUCA 0 78 78
MONTE ALEGRE DO SUL 1 28 29
MONTE MOR 0 33 33
MORUNGABA 1 19 20
NAZARÉ PAULISTA 4 16 20
NOVA ODESSA 1 8 9
PAULÍNIA 1 6 7
PEDRA BELA 0 32 32
PEDREIRA 0 41 41
PINHALZINHO 0 45 45
PIRACAIA 0 74 74
PIRACICABA 0 326 326
PORTO FELIZ 0 1 1
RAFARD 0 62 62
RIO CLARO 6 107 113
RIO DAS PEDRAS 1 52 53
SALTINHO 0 7 7
SALTO 0 7 7
SANTA BÁRBARA D'OESTE 1 62 63
SANTA GERTRUDES 0 2 2
SANTA MARIA DA SERRA 0 50 50
SANTO ANTÔNIO DE POSSE 2 19 21
SÃO PEDRO 7 241 248
SERRA NEGRA 0 8 8
SOCORRO 0 45 45
SUMARÉ 4 14 18
TIETÊ 0 38 38
TORRINHA 0 35 35
TUIUTI 0 39 39
VALINHOS 0 17 17
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-46/189
VARGEM 0 21 21
VÁRZEA PAULISTA 0 5 5
VINHEDO 0 5 5
TOTAL 96 3108 3204
O Mapa 04 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-5, impresso em escala 1:250.000.
5.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 47
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Águas de São Pedro, Americana, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões,
Bragança Paulista, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Corumbataí,
Cosmópolis, Elias Fausto, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Iracemápolis, Itatiba,
Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Louveira, Mombuca, Monte
Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Pinhalzinho,
Piracaia, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Salto, Santa Bárbara D'oeste,
Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, São Pedro, Sumaré, Valinhos, Vargem, Várzea
Paulista e Vinhedo.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-47/189
6 UGRHI 6 – ALTO TIETÊ
6.1 Descrição Geral
A UGRHI-6 (Alto Tietê) localiza-se na porção sul do Estado de São Paulo (Figura
11), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 11. Agrega os
tributários das margens direita e esquerda dos rios Tietê e Pinheiros, drenando uma
área de aproximadamente 5.851 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Tietê,
Pinheiros, Aricanduva, Juqueri, Paraitinga, Cotia, Biritiba-Mirim, entre outros.
Figura 11. Localização da UGRHI-6 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-48/189
Tabela 11. Municípios com sede na UGRHI-6 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
ALTO TIETÊ
ARUJÁ
BARUERI
BIRITIBA-MIRIM
CAIEIRAS
CAJAMAR
CARAPICUÍBA
COTIA
DIADEMA
EMBU
EMBU-GUAÇU
FERRAZ DE VASCONCELOS
FRANCISCO MORATO
FRANCO DA ROCHA
GUARULHOS
ITAPECERICA DA SERRA
ITAPEVI
ITAQUAQUECETUBA
JANDIRA
MAIRIPORÃ
MAUÁ
MOGI DAS CRUZES
OSASCO
PIRAPORA DO BOM JESUS
POÁ
RIBEIRÃO PIRES
RIO GRANDE DA SERRA
SALESÓPOLIS
SANTANA DE PARNAÍBA
SANTO ANDRÉ
SÃO BERNARDO DO CAMPO
SÃO CAETANO DO SUL
SÃO PAULO
SUZANO
TABOÃO DA SERRA
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-49/189
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-6 rochas do Complexo Embu
(migmatitos heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso,
gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de
natureza homofânica, oftalmítica e facoidal) e das Suítes Granitóides (granitos foliados,
granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente
discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies Cantareira) e Graníticas
(corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos, isótropicos, granulação fina a
grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica granular - fácies Itu) e Granitos
e Granitóides polidiapíricos (predominância de termos porfiríticos, com granulação
variada). Ocorrem também rochas sedimentares da Bacia São Paulo, representadas
pela Formação São Paulo (incluindo argilitos, siltitos, arenitos argilosos finos e,
subordinadamente, arenitos grossos, cascalhos, conglomerados e restritos leitos de
argilas orgânicas) e da Bacia de Taubaté, representada pela Formação Caçapava
(arenitos, argilitos, folhelhos e conglomerados), rochas metamórficas dos complexos
Costeiro (migmatitos metatexíticos de estruturas variadas predominantemente
estromatíticas e oftálmicas; diatexitos, incluindo termos facoidais, oftálmicos e
homofânicos de paleossomoas variados e migmatitos policíclicos complexos de
paleossoma xistoso e/ou gnáissico, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente
migmatizados), Pinhal (representado por migmatitos oftalmíticos, embrechitos facoidais
e migmatitos policíclicos de estruturas diversas, localmente com termos granulíticos) e
Silvianópolis (gnaisses embrechíticos com núcleos de granulitos e anatexitos não
diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo Amparo), dos grupos Açungui
(representado por micaxistos, quartzo micaxistos; subordinadamente quartzitos
micáceos e gnaisses), São Roque (filitos, quatzo filitos e filitos grafitosos em sucessões
rítmicas incluindo subordinadamente metassiltitos e quartzo xistos, quartzitos e
micaxistos subordinados) e Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e bandados,
com intercalações de micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas,
metaultrabásicas, quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos
e subordinadamente filitos e gonditos), rochas associadas ás zonas cataclásticas
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-50/189
(predominando rochas miloníticas e cataclasitos). E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais
(areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais),
associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e
Moroz (1997), a UGRHI-6 situa-se majoritariamente no Planalto Paulistano/Alto Tietê
(predominando altimetrias entre 800 e 1000 metros, com declividades entre 10 e 20%,
com formas de dissecação muito intensa, vales de entalhamento pequeno e densidade
de drenagem alta ou vales muito entalhados com densidade de drenagem menor,
caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, inclusive com
movimentos de massa) e no Planalto e Serra da Mantigueira (predominam formas de
relevo denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em escarpas e morros
altos com topos aguçados e topos convexos. Predominam altimetrias entre 1.000 a
2.000 metros com declividade média maior que 30% no nível alto. Por ser uma unidade
de relevo com formas muito dissecadas, com vales muito entalhados e alta densidade
de drenagem e vertentes muito inclinadas é área de nível de fragilidade potencial muito
alto, estando sujeita aos processos erosivos intensos e grande probabilidade de
ocorrência de movimentos de massa). Ocorrem também porções na Depressão do
Médio-Paranaíba (constitui-se basicamente por colinas de topos convexos, com
altimetrias de 600 a 700 metros e declividades de 10 a 20%, apresentando formas de
dissecação muito intensa, com vales de entalhamento pequeno e densidade de
drenagem alta ou vales muito entalhados, com densidade de drenagem menor,
caracterizando áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, inclusive com
movimentos de massa), no Planalto de Paraitinga/Paraibuna (predominam formas de
relevo muito dissecadas cujo modelado constitui-se basicamente por morros altos e
alongados com topos convexos. Possui altimetria entre 800 e 1200 e declividades
predominantes de 20 a 30%, passando dos 40% com frequência. Por ser unidade de
formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem
média a alta, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto,
estando sujeita a fortes atividades erosivas de caráter linear e pequenos
escorregamentos de terras ou movimentos de massa), no Planalto de São Paulo
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-51/189
(altimetrias entre 700 a 800 metros e declividades de 20 a 30%. Apresentam formas de
dissecação média a alta, vales entalhados com densidade de drenagem média a alta,
apresentando um nível de fragilidade potencial médio, caracterizando áreas com forte
atividade erosiva. Os setores de vertentes pouco mais inclinadas apresentam maior
susceptibilidade aos processos erosivos, principalmente quando se desenvolvem
escoamentos concentrados) e no Planalto de Jundiaí (predominam formas de relevo
denudacionais cujo modelado é constituído basicamente por colinas e morros baixos
com topos convexos e parte com morros altos com topos aguçados. No nível alto do
planalto, predominam as altimetrias entre 900 e 1200 metros, com declividades
predominantes de 30 a 40%, chegando a 60% em algumas vertentes. E, no nível médio
do planalto, predominam as altimetrias entre 700 e 800 metros, com declividades
predominantes de 20 a 30%) e nas Planícies e Terraços Fluviais, apresentando
declividades inferiores a 2% e posicionam-se em diferentes níveis altimétricos, com
potencial de fragilidade muito alto por serem áreas sujeitas às inundações periódicas,
com lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos às
acomodações constantes. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as
associações pedológicas que predominam na UGRHI-6, são classificados como
Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos textura argilosa relevo forte ondulado e
montanhoso + Cambissolos Háplicos Distróficos textura argilosa em relevo forte
montanhoso e escarpado, ambos A moderado; Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos textura argilosa e média/argilosa em relevo forte ondulado e montanhoso +
Cambissolos Háplicos Distróficos de textura argilosa em relevo montanhoso, ambos A
moderado e Cambissolos Distróficos A moderado, de textura argilosa em relevo forte
ondulado. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado e
proeminente em relevo ondulado e suave ondulado + Cambissolos Háplicos Distróficos
A moderado em relevo ondulado e forte ondulado, ambos de textura argilosa e
Organossolos Mésicos ou Háplicos Distróficos + Gleissolos Melanozêmicos A
proeminente + Gleissolos Háplicos ambos Distróficos Tb com textura argilosa, todos
em relevo plano de várzea.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-52/189
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se a classe de uso
mata (38%), seguida das classes área urbana (28,5%) e campo antrópico/pastagem
(20,5%). Constitui uma Unidade Hidrográfica de significativa importância, por sua
complexidade, diversidade e conflitos, que resultam em experiências e ações que se
tornam referência para o Estado e o País. Esta UGHRI abriga aproximadamente 20
milhões de habitantes, representando cerca de 47% da população total do Estado de
São Paulo. Consequentemente, os problemas relacionados à disponibilidade e
consumo de água, ao comprometimento dos mananciais superficiais, à ocupação
periférica, à disposição de resíduos, às inundações/enchentes, processos erosivos e
escorregamentos, entre outros, são de uma dimensão incomparável com em relação às
demais Unidades Hidrográficas paulistas.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 18. Obras civis e solo degradado no município de Barueri.
Foto 19. Assoreamento de córrego no município de Franco da Rocha.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-53/189
Foto 20. Rio Tietê, município de Pirapora do Bom Jesus.
Foto 21. Focos erosivos gerados por ausência de obras de microdrenagem, no município de Cajamar.
Foto 22. Ocupações de baixo padrão às margens de córrego no município de Cajamar.
Foto 23. Obras em drenagem no município de Franco da Rocha.
6.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-6 está predominantemente inserida nas classes II - Alta e IV - Baixa de
suscetibilidade à erosão (Figura 12).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-55/189
Na UGRHI, foram cadastradas 21 erosões lineares urbanas (15 ravinas e 6
boçorocas) e 767 rurais (146 ravinas e 621 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de alta suscetibilidade à erosão (classe II).
A Tabela 12 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-6.
Tabela 12. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-6
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ARUJÁ 1 1 2
BARUERI 0 8 8
BIRITIBA-MIRIM 0 30 30
CAIEIRAS 0 23 23
CAJAMAR 0 31 31
CAMPO LIMPO PAULISTA 0 1 1
CARAPICUÍBA 1 0 1
COTIA 0 14 14
CUBATÃO 0 1 1
EMBU 0 3 3
EMBU-GUAÇU 0 28 28
FRANCISCO MORATO 1 13 14
FRANCO DA ROCHA 1 54 55
GUARULHOS 2 10 12
ITANHAÉM 0 1 1
ITAPECERICA DA SERRA 0 20 20
ITAPEVI 0 20 20
ITAQUAQUECETUBA 2 0 2
MAIRIPORÃ 0 60 60
MAUÁ 0 2 2
MOGI DAS CRUZES 5 30 35
NAZARÉ PAULISTA 0 10 10
OSASCO 2 2 4
PARAIBUNA 0 45 45
PIRAPORA DO BOM JESUS 0 46 46
POÁ 2 0 2
RIBEIRÃO PIRES 1 11 12
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-56/189
RIO GRANDE DA SERRA 1 0 1
SALESÓPOLIS 0 116 116
SANTA BRANCA 0 2 2
SANTANA DE PARNAÍBA 1 27 28
SANTO ANDRÉ 1 15 16
SÃO BERNARDO DO CAMPO 0 36 36
SÃO LOURENÇO DA SERRA 0 22 22
SÃO PAULO 0 44 44
SÃO ROQUE 0 9 9
SUZANO 0 32 32
TOTAL 21 767 788
O Mapa 05 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-6, impresso em escala 1:250.000.
6.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já
apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Arujá, Barueri,
Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu,
Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guarulhos, Itapecerica da
Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco,
Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis,
Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul,
São Paulo, Suzano e Taboão da Serra.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-57/189
7 UGRHI 7 – BAIXADA SANTISTA
7.1 Descrição Geral
A UGRHI-7 (Baixada Santista) localiza-se na porção sul do Estado de São Paulo
(Figura 13), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 13. Agrega
os tributários das margens direita e esquerda do rio Cubatão, drenando uma área de
aproximadamente 2.781 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Cubatão,
Itapanhaú, Aguapeú, entre outros.
Figura 13. Localização da UGRHI-7 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-58/189
Tabela 13. Municípios com sede na UGRHI-7 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
BAIXADA SANTISTA
BERTIOGA
CUBATÃO
GUARUJÁ
ITANHAÉM
MONGAGUÁ
PERUÍBE
PRAIA GRANDE
SANTOS
SÃO VICENTE
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-7 os Sedimentos Marinhos e Lagunares
Indiferenciados, incluindo areias, argilas de mangue e areias litorâneas. Ocorrem
também rochas do Complexo Costeiro (migmatitos diversos, incluindo estromatitos,
metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses, granitoides e granitos gnáissicos, anfibolitos e
serpentinitos subordinados, localmente migmatizados), das Suítes Granitóides (granitos
foliados, granulação fina a média, textura porfirítica frequente; contatos parcialmente
discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies Cantareira) e Graníticas
(corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos, isótropicos, granulação fina a
grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica granular - fácies Itu), do
Complexo Embu (migmatitos heterogêneos essencialmente estromatíticos, com
paleossoma xistoso, gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados
predominando os de natureza homofânica, oftalmítica e facoidal), do Grupo Açungui
(filitos com intercalações de rochas carbonáticas, filitos, quartzo filitos,
subordinadamente xistos e quartzitos, metabasitos e epidioritos, anfibolitos, anfibólio
xistos, metagabros e diques metabasítios de caráter variado e mármores calcíticos e
dolomíticos), da Formação Cananéia (areias marinhas litorâneas, finas inconsolidadas,
frequentemente limonitizadas, com presença de esparsos leitos argilosos), rochas
associadas ás Zonas Cataclásticas (milonitos e cataclasitos) e os
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-59/189
Sedimentos/Depósitos Aluviais (aluviões em geral, incluindo areias inconsolidadas de
granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais), associados ás principais
drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-7
situa-se em vários compartimentos geomorfológicos, destacando-se as Planícies
Litorâneas de Bertioga, Santista, de Praia Grande/Peruíbe e Cananéia/Iguape
(apresentam altimetrias entre 0 e 20 metros com declividades dominantes inferiores a
2%, possui baixa densidade de drenagem de padrão meandrante e anastomosado.
Possuem potencial de fragilidade muito alto por serem áreas sujeitas às inundações
periódicas, com lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos as
acomodações constantes). Ocorrem também porções na Escarpa/Serra do Mar e
Morros Litorâneos (constitui-se basicamente em escarpas e cristas com topos
aguçados e topos convexos. Altimetrias variam de 10 até 1000 metros e as
declividades predominantes são de 20 a 30%, sendo por vezes superiores a 30% e
atingindo os 60%, em setores localizados das vertentes. Formas de dissecação muito
intensas, com vales de grande entalhamento, com alta densidade de drenagem e
vertentes muito inclinadas, apresenta um nível de fragilidade potencial muito alto,
estando sujeita a processos erosivos agressivos e movimentos de massa espontâneos
e induzidos), no Planalto de Paraítinga/Paraibuna (predominam formas de relevo muito
dissecadas cujo modelado constitui-se basicamente por morros altos e alongados com
topos convexos. Possui altimetria entre 800 e 1200 e declividades predominantes de 20
a 30%, ultrapassando os 40%, com frequência. Por ser unidade de formas de
dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem média a alta,
esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto, estando sujeita a
fortes atividades erosivas de caráter linear e pequenos escorregamentos de terras ou
movimentos de massa) e no Planalto Paulistano/Alto Tietê (morros médios e altos com
topos convexos. Predominam as altimetrias entre 800 e 1000 metros, com declividades
predominantes entre 10 e 20%. Formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e densidade de drenagem média a alta, esta área apresenta um nível de
fragilidade potencial médio, estando sujeita a fortes atividades erosivas).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-60/189
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-7, são classificados como Associação Complexa de
Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A moderado + Espodossolos Ferrocárbicos
Hidromórficos hísticos, ambos de textura arenosa + Organossolos endotiomórficos +
Solos de Mangue indiscriminados + Gleissolos indiscriminados, todos de relevo de
várzea; Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A proeminente e moderado, com textura
arenosa + Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A moderado, ambos em relevo
plano e Gleissolos Sálicos Órticos + Gleissolos Tiomórficos indiscriminados +
Espodossolos Ferrocárbicos Hidromórficos A proeminente e moderado e textura
arenosa, todos em relevo plano. Ocorrem também Cambissolos Háplicos Distróficos A
moderado e proeminente, em relevo forte ondulado e montanhoso + Latossolos
Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado em relevo forte ondulado, ambos de
textura argilosa.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante na
UGHRI é a de mata, que recobre cerca de 75% da área, seguida pela de área urbana,
com 8,5%. Esta Unidade Hidrográfica desempenha importantes funções estratégicas
associadas às atividades industriais, comerciais, transporte e sistema financeiro,
abrigando o maior porto do país e da América Latina e o parque industrial de Cubatão.
Possui vocação turística e passa por significativas mudanças em razão das
expectativas de exploração do pré-sal.
7.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-7 está predominantemente inserida nas classes II - Alta e V – Muito Baixa de
suscetibilidade à erosão (Figura 14).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-62/189
Na UGRHI, foram cadastradas 0 erosões lineares urbanas e 33 rurais (9 ravinas
e 24 boçorocas). Estes processos ocorrem prioritariamente em áreas de alta
suscetibilidade à erosão (classe II).
A Tabela 14 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-7.
Tabela 14. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-7
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
BERTIOGA 0 13 13
BIRITIBA-MIRIM 0 3 3
CUBATÃO 0 1 1
GUARUJÁ 0 1 1
ITANHAÉM 0 1 1
SANTO ANDRÉ 0 2 2
SANTOS 0 4 4
SÃO BERNARDO DO CAMPO 0 2 2
SÃO PAULO 0 6 6
TOTAL 0 33 33
O Mapa 06 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-7, impresso em escala 1:250.000.
7.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, todos os municípios já
apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana: Bertioga, Cubatão,
Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-63/189
8 UGRHI 8 – SAPUCAÍ/GRANDE
8.1 Descrição Geral
A UGRHI-8 (Sapucaí/Grande) localiza-se na porção nordeste do Estado de São
Paulo (Figura 15), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 15.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Sapucaí e inclui alguns
afluentes pela margem esquerda do rio Grande, drenando uma área de
aproximadamente 9.141 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Sapucaí,
Sapucaizinho, do Carmo, Ponte Nova.
Figura 15. Localização da UGRHI-8 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-64/189
Tabela 15. Municípios com sede na UGRHI-8 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
SAPUCAÍ/GRANDE
ARAMINA
BATATAIS
BURITIZAL
CRISTAIS PAULISTA
FRANCA
GUAÍRA
GUARÁ
IGARAPAVA
IPUÃ
ITIRAPUÃ
ITUVERAVA
JERIQUARA
MIGUELÓPOLIS
NUPORANGA
PATROCÍNIO PAULISTA
PEDREGULHO
RESTINGA
RIBEIRÃO CORRENTE
RIFAINA
SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA
SÃO JOAQUIM DA BARRA
SÃO JOSÉ DA BELA VISTA
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-8 rochas vulcânicas e sedimentares
pertencentes ao Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral (rochas
vulcânicas toleíticas em derrames basálticos), Botucatu (arenitos eólicos, de
granulação fina à média) e Pirambóia (arenitos finos a médios, com matriz síltico-
argilosa, apresenta níveis de folhelhos e arenitos argilosos), ao Grupo Bauru
representado pela Formação Adamantina (arenitos e lamitos) e ao Grupo Tubarão,
representado pela Formação Aquidauana (arenitos e siltitos de tonalidades
avermelhadas). Ocorrem também rochas das Suítes Básicas, representadas por diques
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-65/189
básicos em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros,
lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e traquiandesitos, do Grupo
Araxá/Canastra, representado por quartzitos sericíticos com intercalações de sericita
xistos, calcoxistos e filitos. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e
cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com
Ross e Moroz (1997), a UGRHI-8, situa-se majoritariamente no Planalto Centro
Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%.
Predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com
densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial
médio). Ocorrem também porções nos Planaltos Residuais de Franca e Batatais, cujo
modelado dominante é composto de colinas com topos aplanados, com altimetria entre
700 e 1000 metros e declividades de 10 a 20%. Ocorrem formas de relevo
denudacionais cujo modelado constitui-se basicamente em colinas amplas e baixas.
Predominam formas de dissecação baixas e vales pouco entalhados e com densidade
de drenagem baixa, esta unidade apresenta um nível de fragilidade potencial baixo.
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-8 são classificados como Latossolos Vermelhos Distroférricos
A moderado, com textura argilosa, relevo ondulado e suave ondulado e Latossolos
Vermelhos Distroférricos A moderado e proeminente, de textura argilosa, relevo suave
ondulado e plano. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos A
moderado e proeminente, com textura média + Latossolos Vermelhos Distróficos A
moderado, de textura média argilosa, ambos em relevo suave ondulado; Latossolos
Amarelos Acriférricos e Distróficos com e sem plintita + Latossolos Vermelhos
Acriférricos ambos A moderado com textura argilosa, relevo suave ondulado e plano +
Gleissolos Háplicos Eutróficos e Distróficos com textura indiscriminada relevo de
várzea; Gleissolos Háplicos Eutróficos e Distróficos relevo de várzea + Latossolos
Amarelos Acriférricos e Ácricos com e sem plintita A moderado com textura argilosa em
relevo plano e suave ondulado + Planossolos Háplicos Eutróficos Tb A moderado com
textura médio-argilosa relevo de várzea e Nitossolos Vermelhos Eutroférricos +
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-66/189
Latossolos Vermelhos Eutróficos ambos A moderado, com textura argilosa, relevo
suave ondulado; Neossolos Quartzarênicos Órticos A fraco e moderado + Latossolos
Vermelho-Amarelos A moderado, textura média, ambos Distróficos relevo suave
ondulado e plano; Cambissolos Háplicos Distróficos de relevo ondulado + Neossolos
Litólicos Distróficos de relevo forte ondulado, ambos com textura média de fase
pedregosa + Latossolos Vermelhos Distróficos com textura argilosa de relevo suave
ondulado, todos A moderado e os Neossolos Litólicos Distróficos + Cambissolos
Háplicos Distróficos ambos A moderado e textura média, de fase pedregosa, em relevo
forte ondulado e montanhoso. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente
textural entre os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, nesta Unidade Hidrográfica são
mais significativas as áreas ocupadas por campo antrópico/pastagem, representando
54% do seu território, seguidas pela classe de cultura semi-perene (cana-de-açúcar),
com 30%. Destaca-se na UGRHI a área de ocorrência não confinada do Sistema
Aquífero Guarani, importante manancial subterrâneo.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 24. Rio Sapucaí.
Foto 25. Erosão Fluvial no município de Igarapava.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-67/189
Foto 26. Loteamento sem pavimentação, gerando alta produção de sedimentos, município de Restinga.
Foto 27. Ocupação das várzeas do rio Pardo.
Foto 28. Aspectos do relevo e uso do solo no município de Santo Antonio da Alegria.
Foto 29. Uso e ocupação do solo: áreas de cultivo de soja e cana-de-açúcar.
Foto 30. Erosão Maritaca, município de Franca.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-68/189
8.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-8 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa e I – Muito Alta de
suscetibilidade à erosão (Figura 16).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-70/189
Na UGRHI, foram cadastradas 69 erosões lineares urbanas (0 ravinas e 69
boçorocas) e 567 rurais (228 ravinas e 339 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 16 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-8.
Tabela 16. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-8
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ALTINÓPOLIS 0 121 121
ARAMINA 0 5 5
BATATAIS 0 20 20
BURITIZAL 0 17 17
CRISTAIS PAULISTA 0 12 12
FRANCA 56 73 129
GUAÍRA 2 0 2
GUARÁ 0 9 9
IGARAPAVA 1 5 6
IPUÃ 0 3 3
ITIRAPUÃ 0 50 50
ITUVERAVA 0 21 21
JERIQUARA 0 3 3
MIGUELÓPOLIS 0 10 10
NUPORANGA 0 5 5
ORLÂNDIA 0 3 3
PATROCÍNIO PAULISTA 3 106 109
PEDREGULHO 7 21 28
RESTINGA 0 13 13
RIBEIRÃO CORRENTE 0 5 5
RIFAINA 0 14 14
SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 0 38 38
SÃO JOAQUIM DA BARRA 0 5 5
SÃO JOSÉ DA BELA VISTA 0 8 8
TOTAL 69 567 636
O Mapa 07 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-71/189
erosivos lineares na UGRHI-8, impresso em escala 1:250.000.
8.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 6
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Batatais, Franca, Igarapava, Ituverava, Patrocínio Paulista e São Joaquim da
Barra.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-72/189
9 UGRHI 9 – MOGI-GUAÇU
9.1 Descrição Geral
A UGRHI-9 (Mogi-Guaçu) localiza-se na porção nordeste do Estado de São
Paulo (Figura 17), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 17.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Mogi-Guaçu, drenando
uma área de aproximadamente 15.013 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios
Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Jaguari Mirim, entre outros.
Figura 17. Localização da UGRHI-9 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-73/189
Tabela 17. Municípios com sede na UGRHI-9 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
MOGI-GUAÇU
AGUAÍ
ÁGUAS DA PRATA
ÁGUAS DE LINDÓIA
AMÉRICO BRASILIENSE
ARARAS
BARRINHA
CONCHAL
DESCALVADO
DUMONT
ENGENHEIRO COELHO
ESPÍRITO SANTO DO PINHAL
ESTIVA GERBI
GUARIBA
GUATAPARÁ
ITAPIRA
JABOTICABAL
LEME
LINDÓIA
LUÍS ANTÔNIO
MOGI GUAÇU
MOJI MIRIM
MOTUCA
PIRASSUNUNGA
PITANGUEIRAS
PONTAL
PORTO FERREIRA
PRADÓPOLIS
RINCÃO
SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO
SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS
SANTA LÚCIA
SANTA RITA DO PASSA QUATRO
SANTO ANTÔNIO DO JARDIM
SÃO JOÃO DA BOA VISTA
SERRA NEGRA
SERTÃOZINHO
SOCORRO
TAQUARAL
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-74/189
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-9 rochas sedimentares pertencente ao
Grupo Tubarão, representado pelo Sub-Grupo Itararé (arenitos finos a grosseiros,
siltitos, lamitos, diamictitos e ritimitos) e pelas formações Aquidauana (arenitos e siltitos
de tonalidades avermelhadas) e Tatuí (siltitos arenosos e argilosos, arenitos lamíticos,
e raras lentes de calcário), ao Grupo Passa Dois, representado pelas formações
Corumbataí (arenitos muito finos, siltitos, lamitos e folhelhos; níveis de calcários
oolíticos e coquina) e Irati (siltitos, argilitos e folhelhos sílticos, folhelhos
pirobetuminosos, localmente em alternância rítmica com calcários, em parte
silicificados e dolomíticos), ao Grupo São Bento, representado pelas formações Serra
Geral (rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos), Botucatu (arenitos eólicos,
de granulação fina à média) e Pirambóia (arenitos finos a médios, com matriz síltico-
argilosa, apresenta níveis de folhelhos e arenitos argilosos) e ao Grupo Bauru
representado pelas formações Adamantina (arenitos finos a muito finos, com teor de
matriz variável, lamitos e siltitos) e Marília (arenitos de granulação fina a grossa, com
lentes e intercalações subordinadas de siltitos, argilitos e arenitos muito finos.
Abundância de cimento carbonático). Ocorrem também rochas representadas pelas
Suítes Básicas (diques básicos em geral, incluindo diabásios, dioritos pórfiros,
microdioritos pórfiros, gabros, lamprófiros, andesitos, monzonitos pórfiros e
traquiandesitos), pela Suíte Alcalina de Jaboticabal (tinguaítos) e pelo Complexo
Alcalino de Poços de Caldas (fonolitos, foiaitos, tinguaítos, tufos e rochas piroclásticas),
rochas metamórficas e ígneas representadas pelos complexos Pinhal (migmatitos de
injeção, subordinadamente anatexitos e granitóides diversos) e Silvianópolis (granulitos
diversos e migmatitos de anatexia; granitos-gnaisses subordinadamente), Grupo
Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e bandados, com intercalações de
micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas, metaultrabásicas e gonditos,
quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos), Suítes
Graníticas Indiferenciadas (granitos e granitoides, com predominância de termos
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-75/189
porfiríticos, com granulações variadas), rochas associadas à Zonas Cataclásticas
(milonitos e cataclasitos) e a Formação Eleutério (metarenitos, metassiltitos, e
metarcóseos). E, os Sedimentos Aluvionares/Depósitos Aluvionares (areias
inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais), os Depósitos
Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na
base) e os Depósitos de Cimeira (conglomerados, arenitos imaturos, cimento
ferruginoso). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-9,
situa-se majoritariamente na Depressão Mogi-Guaçu (altimetrias predominantes entre
500 e 600 metros, com declividades entre 5 a 10%. Constitui-se de formas de relevo
denudacionais cujo modelado é basicamente em colinas de topos tabulares amplos) e
no Planalto de Serra Negra/Lindóia (altitudes entre 900 e 1100 metros. Nos níveis mais
baixos apresenta declividades que variam de 2 a 20% na maior parte da área, sendo
superior nos setores mais dissecados do relevo). Ocorrem também porções no Planalto
Residual de São Carlos (predominam formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de
fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva), no Planalto em
Patamares Estruturais de Ribeirão Preto (altitudes entre 500 e 700 metros e
declividades que variam de 2 a 10%. Constitui-se de formas de relevo denudacionais
cujo modelado é basicamente em colinas amplas e baixas com topos tabulares), no
Planalto Centro Ocidental Paulista (com altitudes entre 300 e 600 metros e declividades
inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de
fragilidade potencial médio), no Planalto Residual de Franca e Batatais (altimetrias
entre 700 e 1000 metros e declividades de 10 a 20%. Esta unidade apresenta um nível
de fragilidade potencial baixo, com baixo potencial erosivo, nos setores mais aplanados
dos topos dos interflúvios, tornando-se com maior potencial erosivo nos setores de
vertentes com declividades mais elevadas) e nas Planícies e Terraços Fluvias
(caracterizam-se por áreas baixas e planas sujeitas a inundações periódicas que
possui declividades inferiores a 2%, posicionando-se em diferentes níveis altimétricos.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-76/189
Possuem potencial de fragilidade muito alto por estarem sujeitas a inundações
periódicas e possuírem lençol freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados
sujeitos a acomodações constantes). Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999),
as associações pedológicas que predominam na UGRHI-9, são classificados como
Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado com textura média, em relevo plano e
suave ondulado, Latossolos Vermelhos Distroférricos com textura argilosa e Distróficos
com textura média ambos A moderado, relevo suave ondulado e plano, Grupamento
indiscriminado de Argissolos Vermelho-Amarelos sem e com cascalhos, em relevo
suave ondulado e ondulado, Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos + Argissolos
Vermelhos Eutróficos ambos A moderado textura média/argilosa e argilosa relevo forte
ondulado e montanhoso; Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos câmbicos +
Cambissolos Háplicos, ambos A moderado e proeminente textura indiscriminada em
relevo plano + Gleissolos Melânicos e Háplicos ambos relevo de várzea, todos
Distróficos. Ocorrem também Neossolos Quartzarênicos Órticos + Latossolos
Vermelho-Amarelos de textura média, ambos Distróficos A moderado em relevo e
suave ondulado; Grupamento indiscriminado de Gleissolos Háplicos e Melânicos em
relevo de várzea; Latossolo Bruno Distrófico A proeminente com textura argilosa em
relevo montanhoso e Neossolos Litólicos Eutróficos em relevo forte ondulado +
Latossolos Vermelhos Distroférricos + Latossolos Vermelhos Distróficos, ambos em
relevo suave ondulado, todos com textura argilosa + Latossolos Vermelho-Amarelos
Distróficos de textura média em relevo suave ondulado, todos A moderado. Os
Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,
tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predomina a classe campo
antrópico/pastagem, que constitui 49% da sua área, seguida da classe cultura semi-
perene (cana-de-açúcar), com 34%. Destaca-se na Unidade Hidrográfica a atividade de
agroindústria (açúcar, álcool, papel e celulose, entre outros) e o turismo, por meio dos
municípios reconhecidos como estâncias hidrominerais, tais como Águas da Prata,
Águas de Lindóia, Lindóia, Serra Negra e Socorro.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-77/189
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 31. Deserto do Alemão, município de Santa Rita do Passa Quatro.
Foto 32. Represamento na área urbana do município de Conchas.
Foto 33. Deserto do Alemão, município de Santa Rita do Passa Quatro.
Foto 34. Processos erosivos em solo rural, no município de Socorro.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-78/189
Foto 35. Processos erosivos em solo rural, no município de Espírito Santo do Pinhal.
Foto 36. Aspectos do relevo no município de Águas da Prata.
9.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-9 está predominantemente inserida nas classes III - Média e IV – Baixa de
suscetibilidade à erosão (Figura 18).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-80/189
Na UGRHI, foram cadastradas 72 erosões lineares urbanas (11 ravinas e 61
boçorocas) e 3330 rurais (156 ravinas e 3174 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de alta suscetibilidade à erosão (classe II).
A Tabela 18 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-9.
Tabela 18. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-9
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
AGUAÍ 0 129 129
ÁGUAS DA PRATA 0 60 60
ÁGUAS DE LINDÓIA 2 23 25
AMÉRICO BRASILIENSE 3 13 16
AMPARO 0 25 25
ANALÂNDIA 0 22 22
ARARAQUARA 0 46 46
ARARAS 0 86 86
BARRINHA 1 10 11
CASA BRANCA 0 116 116
CONCHAL 0 27 27
CORUMBATAÍ 0 11 11
CRAVINHOS 2 10 12
DESCALVADO 4 109 113
DOBRADA 0 9 9
DUMONT 0 10 10
ENGENHEIRO COELHO 0 7 7
ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 0 175 175
ESTIVA GERBI 0 18 18
GUARIBA 0 49 49
GUATAPARÁ 0 26 26
IBATÉ 0 12 12
ITAPIRA 0 282 282
JABOTICABAL 0 95 95
LEME 2 67 69
LINDÓIA 1 38 39
LUÍS ANTÔNIO 0 31 31
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-81/189
MATÃO 0 7 7
MOGI GUAÇU 1 198 199
MOJI MIRIM 10 105 115
MONTE ALTO 34 50 84
MOTUCA 0 27 27
PIRASSUNUNGA 0 118 118
PITANGUEIRAS 0 21 21
PONTAL 0 5 5
PORTO FERREIRA 0 42 42
PRADÓPOLIS 0 15 15
RIBEIRÃO PRETO 0 19 19
RINCÃO 0 17 17
RIO CLARO 0 9 9
SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO 0 93 93
SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS 0 70 70
SANTA ERNESTINA 0 15 15
SANTA LÚCIA 1 17 18
SANTA RITA DO PASSA QUATRO 5 231 236
SANTA ROSA DE VITERBO 0 7 7
SANTO ANTÔNIO DO JARDIM 0 70 70
SÃO CARLOS 0 86 86
SÃO JOÃO DA BOA VISTA 5 195 200
SÃO SIMÃO 0 30 30
SERRA NEGRA 0 85 85
SERTÃOZINHO 0 11 11
SOCORRO 1 150 151
TAIÚVA 0 29 29
TAMBAÚ 0 4 4
TAQUARAL 0 14 14
TAQUARITINGA 0 28 28
VARGEM GRANDE DO SUL 0 56 56
TOTAL 72 3330 3402
O Mapa 08 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-9, impresso em escala 1:250.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-82/189
9.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 27
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Águas da Prata, Águas de Lindóia, Araras, Barrinha, Conchal, Descalvado,
Dumont, Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Guariba, Itapira,
Jaboticabal, Leme, Lindóia, Mogi Guaçu, Moji Mirim, Pirassununga, Pitangueiras, Porto
Ferreira, Rincão, Santa Cruz da Conceição, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa
Vista, Serra Negra, Sertãozinho e Socorro.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-83/189
10 UGRHI 10 – TIETÊ/SOROCABA
10.1 Descrição Geral
A UGRHI-10 (Tietê/Sorocaba) localiza-se na porção sul do Estado de São Paulo
(Figura 19), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 19. Agrega
os tributários das margens direita e esquerda dos rios Tietê, Peixe e Sorocaba,
drenando uma área de aproximadamente 11.850 km2. Os principais rios desta UGRHI
são os rios Tietê, Sororcaba, Peixe, Ipanema, Pirpora,Tatuí, de Conchas, entre outros.
Figura 19. Localização da UGRHI-10 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-84/189
Tabela 19. Municípios com sede na UGRHI-10 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
TIETÊ/SOROCABA
ALAMBARI
ALUMÍNIO
ANHEMBI
ARAÇARIGUAMA
ARAÇOIABA DA SERRA
BOFETE
BOITUVA
BOTUCATU
CABREÚVA
CAPELA DO ALTO
CERQUILHO
CESÁRIO LANGE
CONCHAS
IBIÚNA
IPERÓ
ITU
JUMIRIM
LARANJAL PAULISTA
MAIRINQUE
PEREIRAS
PIEDADE
PORANGABA
PORTO FELIZ
QUADRA
SALTO DE PIRAPORA
SÃO ROQUE
SARAPUÍ
SOROCABA
TATUÍ
TIETÊ
TORRE DE PEDRA
VARGEM GRANDE PAULISTA
VOTORANTIM
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-10 rochas sedimentares pertencentes
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-85/189
aos Grupos Tubarão (Sub-Grupo Itararé e Formação Tatuí), Passa Dois (formações
Corumbataí e Irati), São Bento (formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia), e Bauru
(Formação Marília); as Suítes Básicas (diques básicos em geral, incluindo diabásios,
dioritos pórfiros, microdioritos pórfiros, gabros, lamprófiros, andesitos, monzonitos
pórfiros e traquiandesitos); as Suítes Granitóides (fácies Cantareira) e Graníticas
(fácies Itu); a Suíte Alcalina (glimeritos, pulaskitos, aegirinitos e carbonatitos com
diques shokinitos não individualizados); aos complexos Embu (migmatitos
heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso, gnáissico ou
anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de natureza
homofânica, oftalmítica e facoidal) e Silvianópolis (gnaisses embrechíticos com núcleos
de granulitos e anatexitos não diferenciados contendo ocorrências restritas do Grupo
Amparo); ao Grupo São Roque (filitos, quatzo filitos e filitos grafitosos em sucessões
rítmicas incluindo subordinadamente metassiltitos e quartzo xistos, quartzitos e
micaxistos subordinados); ao Grupo Amparo (paragnaisses essencialmente fitados e
bandados, com intercalações de micaxistos, quartzitos, anfibolitos, calcossilicáticas,
metaultrabásicas, quartzitos feldspáticos, micáceos, com intercalações de biotita xistos
e subordinadamente filitos e gonditos); rochas associadas ás zonas cataclástica
(milonitos e cataclasitos); os Sedimentos Aluvionares/Depósitos Aluvionares (areias
inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais) e os Depósitos
Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e quartzo na
base). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-10 situa-
se majoritariamente na Depressão do Médio Tietê (constitui basicamente por colinas de
topos amplos tabulares e convexos, com altimetrias entre 500 e 650 metros e
declividades entre 10 e 20%. Apresenta formas de dissecação média com vales
entalhados e densidade de drenagem média a alta, nível de fragilidade potencial médio
a baixo). Ocorrem também porções no Planalto de Ibiúna/São Roque (predominam as
altimetrias entre 800 e 1100 metros, com vertentes de declividades predominantes de
20 a 30%, ultrapassando com frequência os 30%. Por apresentar formas de dissecação
média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem elevada, esta área
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-86/189
apresenta um nível de fragilidade potencial médio a alto, estando sujeita a fortes
atividades erosivas), no Planalto Residual de São Carlos (predominam formas de
dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a
alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte
atividade erosiva), na Depressão Paranapamema (predominam formas com dissecação
baixa, com vales pouco entalhados e densidade de drenagem baixa, apresentando um
potencial erosivo baixo), no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e
600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média
a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta,
apresentando um nível de fragilidade potencial médio), no Planalto Residual de
Botucatu (predominam formas muito dissecadas com vales entalhados associados a
vales poucos entalhados, com alta densidade de drenagem. Áreas sujeitas a processos
erosivos agressivos, com probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e
erosão linear com voçorocas) e no Planalto de Jundiaí (constituído por colinas e morros
baixos com topos convexos e parte com morros altos com topos aguçados No nível alto
do planalto predominam as altimetrias entre 900 e 1200 metros, com declividades
predominantes de 30 a 40%, chegando a 60% em algumas vertentes. E no nível médio
do planalto, predominam as altimetrias entre 700 e 800 metros, com declividades
predominantes de 20 a 30%. Por ser unidade com formas muito dissecadas, com vales
entalhados e com alta densidade de drenagem, esta área apresenta um nível de
fragilidade potencial alto, estando sujeita a ocorrência de movimento de massa e
desencadeamento de processos erosivos lineares vigorosos). Pedologicamente,
segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na
UGRHI-10, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos A
moderado com textura arenosa/média e média/argilosa em relevo ondulado e forte
ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado com textura argilosa em
relevo suave ondulado e ondulado. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos
Distróficos, com textura média + Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos ambos A
moderado, relevo suave ondulado e plano; Neossolos Litólicos Distróficos A moderado
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-87/189
e proeminente e Eutróficos A moderado, ambos com textura argilosa de relevo
ondulado e forte ondulado; Grupamento indiscriminado de Cambissolos Háplicos Tb
Distróficos, bem a imperfeitamente drenados, com relevo plano e relevo de várzea e
Grupamento indiscriminado de Planossolos Háplicos Ta A moderado e de Gleissolos
Háplicos e Melânicos. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre
os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, as classes predominantes na
UGRHI correspondem a campo antrópico/pastagem (48%) e mata (32%). Nesta
Unidade Hidrográfica ocorre o Sistema Aquífero Guarani, importante manancial
subterrâneo, que se estende por cerca de 60% da sua área territorial, de forma não
confinada, reforçando a importância de medidas para sua proteção, visto ser bastante
vulnerável à contaminação.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 37. Assoreamento em drenagem no município de Bofete.
Foto 38. Obras de drenagem no município de Anhembi.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-88/189
Foto 39. Erosão em solo rural no município de Bofete.
Foto 40. Erosão em solo rural no município de Botucatu.
Foto 41. Erosão em solo rural no município de Tatuí.
Foto 42. Loteamento com intensa produção de sedimento nos município de Porto Feliz.
Foto 43. Aspectos do relevo no município de Botucatu.
Foto 44. Rio Sorocaba, município de Iperó.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-89/189
Foto 45. Rio Tietê (Reservatório de Promissão).
Foto 46. Preparo de solo em extensa área no município de Pardinho (foco de produção de sedimentos).
Foto 47. Aspectos do relevo e uso do solo urbano no município de Araçariguama.
10.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-10 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa e I – Muito Alta de
suscetibilidade à erosão (Figura 20).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-90/189
Figura 20. Mapa de Erosão da UGRHI-10 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-91/189
Na UGRHI, foram cadastradas 80 erosões lineares urbanas (19 ravinas e 61
boçorocas) e 4228 rurais (1493 ravinas e 2735 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de baixa/muito alta suscetibilidade à erosão (classe IV e I). A
Tabela 20 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares,
urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-10.
Tabela 20. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-10
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ALAMBARI 0 95 95
ALUMÍNIO 0 14 14
ANHEMBI 3 248 251
ARAÇARIGUAMA 0 30 30
ARAÇOIABA DA SERRA 0 197 197
BARRA BONITA 0 2 2
BOFETE 2 247 249
BOITUVA 4 112 116
BOTUCATU 46 139 185
CABREÚVA 0 9 9
CAPELA DO ALTO 1 82 83
CERQUILHO 2 65 67
CESÁRIO LANGE 0 36 36
CONCHAS 2 416 418
DOIS CÓRREGOS 0 7 7
ELIAS FAUSTO 0 52 52
GUAREÍ 0 18 18
IBIÚNA 0 4 4
INDAIATUBA 0 22 22
IPERÓ 0 27 27
ITAPETININGA 0 153 153
ITU 2 136 138
JUMIRIM 2 37 39
LARANJAL PAULISTA 0 169 169
MAIRINQUE 0 20 20
MINEIROS DO TIETÊ 0 27 27
PARDINHO 0 1 1
PEREIRAS 0 178 178
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-92/189
PIEDADE 0 69 69
PILAR DO SUL 0 52 52
PIRACICABA 0 105 105
PORANGABA 0 162 162
PORTO FELIZ 1 279 280
QUADRA 0 52 52
RAFARD 0 42 42
SALTINHO 0 16 16
SALTO 5 27 32
SALTO DE PIRAPORA 4 80 84
SÃO MANUEL 0 30 30
SÃO ROQUE 0 8 8
SARAPUÍ 0 219 219
SOROCABA 1 89 90
TATUÍ 0 120 120
TIETÊ 3 214 217
TORRE DE PEDRA 1 86 87
VOTORANTIM 1 35 36
TOTAL 80 4228 4308
O Mapa 09 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-10, impresso em escala 1:250.000.
10.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 27
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Alumínio, Anhembi, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Botucatu,
Cabreúva, Capela do Alto, Cerquilho, Conchas, Ibiúna, Itu, Laranjal Paulista, Mairinque,
Pereiras, Piedade, Porangaba, Porto Feliz, Salto de Pirapora, São Roque, Sarapuí,
Sorocaba, Tatuí, Tietê, Torre de Pedra, Vargem Grande Paulista e Votorantim.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-93/189
11 UGRHI 11 – RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL
11.1 Descrição Geral
A UGRHI-11 (Ribeira de Iguape/Litoral Sul) localiza-se na porção sul do Estado
de São Paulo (Figura 21), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na
Tabela 21. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio da Ribeira do
Iguape e do rio Juquiá, drenando uma área de aproximadamente 16.779 km2. Os
principais rios desta UGRHI são os rios da Ribeira do Iguape, Juquiá, São Lourenço,
Pariquera-Açu, Jacupiranguinha, Guarau, entre outros.
Figura 21. Localização da UGRHI-11 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-94/189
Tabela 21. Municípios com sede na UGRHI-11 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL
APIAÍ
BARRA DO CHAPÉU
BARRA DO TURVO
CAJATI
CANANÉIA
ELDORADO
IGUAPE
ILHA COMPRIDA
IPORANGA
ITAÓCA
ITAPIRAPUÃ PAULISTA
ITARIRI
JACUPIRANGA
JUQUIÁ
JUQUITIBA
MIRACATU
PARIQUERA-AÇU
PEDRO DE TOLEDO
REGISTRO
RIBEIRA
SÃO LOURENÇO DA SERRA
SETE BARRAS
TAPIRAÍ
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-11 rochas do Grupo Açungui (filitos com
intercalações de rochas carbonáticas, filitos, quartzo filitos, subordinadamente xistos e
quartzitos, metabasitos e epidioritos, anfibolitos, anfibólio xistos, metagabros e diques
metabasítios de caráter variado e mármores calcíticos e dolomíticos); das Suítes
Granitóides (granitos foliados, granulação fina a média, textura porfirítica frequente;
contatos parcialmente discordantes e composição tonalítica a granítica - fácies
Cantareira) e Graníticas (corpos graníticos a granodioríticos alóctones, intrusivos,
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-95/189
isótropicos, granulação fina a grossa, com textura sub-hipidiomórfica e hipidiomórfica
granular - fácies Itu e granitos alcalinos a subalcalinos, alóctones, isótropos, granulação
média a grossa, com textura hipidiomórfica ou xenomórfica granular, predominando os
termos granodioríticos a biotita graníticos – fácies Graciosa); do Complexo Embu
(migmatitos heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso,
gnáissico ou anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de
natureza homofânica, oftalmítica e facoidal); do Complexo Setuva (migmatitos
estromatíticos de paleossoma xistoso, migmatitos homogêneos, diatexitos, anatexitos e
incluindo núcleos granitoides e micaxistos, quartzitos, quartzo micaxistos, granada
micaxistos, ardósias, mármores dolomíticos, gonditos, metaultrabasitos, talco xistos e
esteatitos, metarcóseos com intercalações de quartzo xistos ); do Complexo Costeiro
(migmatitos diversos, incluindo estromatitos, metatexitos, diatexitos, biotita gnaisses,
granitoides e granitos gnáissicos, anfibolitos e serpentinitos subordinados, localmente
migmatizados); os Depósitos Aluviais (aluviões em geral, incluindo areias
inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais); os Sedimentos
Marinhos e Lagunares Indiferenciados (areias, argilas de mangue e areias litorâneas);
os sedimentos arenosos das formações Cananéia (areias marinhas litorâneas, finas
inconsolidadas, frequentemente limonitizadas, com presença de esparsos leitos
argilosos) e Pariquera-Açu (siltitos areno-argilosos e areias arcosianas de origem fluvial
com intercalações de cascalho); da Suíte Alcalina (representada pela Suíte Alcalina de
Juquiá, predominando olivina piroxenitos, álcali-gabros, nefelina sienitos, ijolitos,
melteigitos, carbonatitos, com pequenos diques lamprofíricos, e tinguaíticos não
individualizados e peridotitos) e rochas associadas as Zonas Cataclásticas (rochas, em
geral, miloníticas e cataclásticas). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz
(1997), a UGRHI-11 situa-se em vários compartimentos, destacando: a Depressão do
Baixo Ribeira (predominam formas de relevo denudacionais cujo modelado constitui-se
basicamente por colinas e patamares aplanados e altimetrias entre os 10 e 30 metros,
além de declividade entre 10 e 20%); o Planalto Atlântico de Guapiara (morros baixos
com topos convexos. Predominam altimetrias entre 700 e 800 metros e declividades
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-96/189
entre 20 e 30%. Por ser uma unidade com formas de dissecação e densidade de
drenagem média a alta, com vales entalhados, possui nível de fragilidade potencial
médio-alto, estando sujeita a significativos processos erosivos); o Planalto do
Ribeira/Turvo (morros altos com topos aguçados e topos convexos. As altimetrias
variam entre 700 e 900 metros e as declividades predominantes são de 20 a 30%.
Formas muito dissecadas possui vales bem entalhados e alta densidade de drenagem,
apresentando um nível de fragilidade potencial alto, estando sujeita aos processos
erosivos lineares, ocorrência de movimentos de massa), Planalto de Ibiuna/São Roque
(morros altos com topos aguçados e topos convexos. Predominam as altimetrias entre
800 e 1100 metros, com vertentes de declividades predominantes de 20 a 30%,
ultrapassando com frequência os 30%. Formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e densidade de drenagem elevada, apresenta um nível de fragilidade
potencial médio a alto, estando sujeita a fortes atividades erosivas), Planalto
Paulilstano/Alto Tietê (morros médios e altos com topos convexos. Predominam as
altimetrias entre 800 e 1000 metros, com declividades predominantes entre 10 e 20%.
Formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade de drenagem
média a alta, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio, estando
sujeita a fortes atividades erosivas); Escarpa/Serra do Mar e Morros Litorâneos
(constitui-se basicamente em escarpas e cristas com topos aguçados e topos
convexos. Altimetrias variam de 10 até 1000 metros e as declividades predominantes
são de 20 a 30%, sendo por vezes superiores a 30% e atingindo os 60%, em setores
localizados das vertentes. Formas de dissecação muito intensas, com vales de grande
entalhamento, com alta densidade de drenagem e vertentes muito inclinadas,
apresenta um nível de fragilidade potencial muito alto, estando sujeita a processos
erosivos agressivos e movimentos de massa espontâneos e induzidos); Planície
Litorânea de Iguape/Cananéia (apresentam altimetrias entre 0 e 20 metros com
declividades dominantes inferiores a 2%, possui baixa densidade de drenagem de
padrão meandrante e anastomosado. Possuem potencial de fragilidade muito alto por
serem áreas sujeitas às inundações periódicas, com lençol freático pouco profundo e
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-97/189
sedimentos inconsolidados sujeitos as acomodações constantes) e Planícies Fluvial do
Rio Ribeira de Iguape (sedimentos inconsolidados arenosos e argilosos. Áreas baixas e
planas sujeitas a inundações periódicas que possui declividades inferiores a 2%,
posicionando-se em diferentes níveis altimétricos. Apresentam potencial de fragilidade
muito alto por estarem sujeitas a inundações periódicas e possuírem lençol freático
pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações constantes).
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-11, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média/argilosa em relevo forte ondulado e montanhoso; Cambissolos Háplicos Tb e Ta
Distróficos e Eutróficos de textura argilosa A moderado em relevo forte ondulado e
montanhoso. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos de texturas
argilosa e média em relevo ondulado e forte ondulado; Gleissolos Háplicos e Melânicos
ambos Distróficos Tb de textura argilosa em relevo de várzea; Neossolos Litólicos
Distróficos textura arenosa relevo forte ondulado; associação Complexa de
(Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A moderado + Espodossolos Ferrocárbicos
Hidromórficos Hísticos, ambos de textura arenosa + Organossolos endotiomórficos +
Solos de Mangue indiscriminados, todos de relevo de várzea); associação complexa de
(Organossolos Mésicos ou Háplicos Distróficos + Organossolos Mésicos ou Háplicos
Distróficos (soterrados) + Gleissolos (não tiomórficos) Eutróficos e Distróficos ambos
indiscriminados + Cambissolos Háplicos Tb Distróficos A moderado textura
argilosa/média ou argilosa, todos em relevo plano de várzea); associação complexa de
(Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos A moderado com textura indiscriminada + Gleissolos
indiscriminados de textura argilosa e média em relevo de várzea) e Latossolos
Amarelos Distróficos A moderado com textura argilosa em relevo suave ondulado. Os
Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,
tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a UGRHI é recoberta em 81%
pela classe de mata. Em razão disto, incidem no seu território diversas Unidades de
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-98/189
Conservação, sejam de Proteção Integral ou de Uso Sustentável, com vistas ao uso e
manejo adequado dessas áreas. Os usos urbanos e agrícolas são pouco expressivos
nesta Unidade Hidrográfia.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 48. Rio Ribeira de Iguape.
Foto 49. Focos erosivos em encosta no município Barra do Turvo.
Foto 50. Taludes com solo exposto no município de Itariri.
Foto 51. Cortes em talude no município de Sete Barras (solo exposto).
11.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-99/189
UGRHI-11 está predominantemente inserida nas classes III – Média e V – Muito Baixa
de suscetibilidade à erosão (Figura 22).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-100/189
Figura 22. Mapa de Erosão da UGRHI-11 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-101/189
Na UGRHI, foram cadastradas 4 erosões lineares urbanas (3 ravinas e 1
boçoroca) e 428 rurais (209 ravinas e 219 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de alta suscetibilidade à erosão (classe II).
A Tabela 22 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-11.
Tabela 22. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-11
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
APIAÍ 0 20 20
BARRA DO CHAPÉU 0 54 54
BARRA DO TURVO 0 106 106
BOM SUCESSO DE ITARARÉ 0 1 1
CAJATI 0 28 28
CANANÉIA 0 3 3
ELDORADO 0 37 37
IGUAPE 0 13 13
IPORANGA 0 20 20
ITAÓCA 0 9 9
ITAPIRAPUÃ PAULISTA 0 44 44
ITARIRI 0 2 2
JACUPIRANGA 0 28 28
JUQUIÁ 0 14 14
JUQUITIBA 0 2 2
MIRACATU 0 3 3
PARIQUERA-AÇU 0 1 1
PEDRO DE TOLEDO 0 6 6
REGISTRO 2 4 6
RIBEIRA 0 23 23
SÃO MIGUEL ARCANJO 0 2 2
SETE BARRAS 2 8 10
TOTAL 4 428 432
O Mapa 10 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-11, impresso em escala 1:250.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-102/189
11.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 22
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape,
Iporanga, Itaóca, Itapirapuã Paulista, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu,
Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, São Lourenço da Serra, Sete
Barras e Tapiraí.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-103/189
12 UGRHI 12 – BAIXO PARDO/GRANDE
12.1 Descrição Geral
A UGRHI-12 (Baixo Pardo/Grande) localiza-se na porção norte do Estado de
São Paulo (Figura 23), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela
23. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Pardo e inclui alguns
afluentes pela margem esquerda do rio Grande, drenando uma área de
aproximadamente 7.254 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Grande e
Pardo.
Figura 23. Localização da UGRHI-12 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-104/189
Tabela 23. Municípios com sede na UGRHI-12 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
BAIXO PARDO/GRANDE
ALTAIR
BARRETOS
BEBEDOURO
COLINA
COLÔMBIA
GUARACI
ICÉM
JABORANDI
MORRO AGUDO
ORLÂNDIA
TERRA ROXA
VIRADOURO
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-12 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pela
Formação Adamantina (arenitos e lamitos) e rochas básicas (basaltos toleíticos) do
Grupo São Bento, representado pela Formação Serra Geral. E, os
Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás
principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a
UGRHI-12, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes
entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de
dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a
alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também porções
localizadas nas Planícies Fluviais (caracterizam-se por áreas baixas e planas sujeitas a
inundações periódicas que possui declividades inferiores a 2%, posicionando-se em
diferentes níveis altimétricos. Possuem potencial de fragilidade muito alto por estarem
sujeitas a inundações periódicas e possuírem lençol freático pouco profundo e
sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações constantes) e no Planalto Residual
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-105/189
de São Carlos (predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados
e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade
potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva). Pedologicamente, segundo
Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-12 são
classificados como Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado textura média relevo
plano e suave ondulado e Latossolos Vermelhos Distroférricos A moderado e
proeminente textura argilosa, relevo plano e suave ondulado; Argissolos Vermelho-
Amarelos Eutróficos + Argissolos Vermelhos Distróficos e Eutróficos ambos textura
arenosa/média e média, relevo suave ondulado. Ocorrem também Latossolos
Vermelho-Amarelos Distróficos A moderado textura média, relevo plano e suave
ondulado e Gleissolos Háplicos Tb + Neossolos Flúvicos A moderado, ambos
Eutróficos e Distróficos com textura indiscriminada, em relevo de várzea. Os Argissolos
são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os
altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se a classe de cultura
semi-perene (cana-de-açúcar), com 43% de incidência, seguida da classe de campo
antrópico/pastagem, com 39%. Em relação ao cultivo de cana-de-açúcar, que ocorre
em todos os municípios desta UGRHI, três deles são responsáveis por 53% da
produção total de açúcar, aguardente e álcool: Morro Agudo, Barretos e Bebedouro.
12.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-12 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa e III – Média de
suscetibilidade à erosão (Figura 24).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-106/189
Figura 24. Mapa de Erosão da UGRHI-12 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-107/189
Na UGRHI, foram cadastradas 6 erosões lineares urbanas (1 ravina e 5
boçorocas) e 45 rurais (4 ravinas e 41 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de média suscetibilidade à erosão (classe III). A Tabela 24
apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e
rurais, dentro dos limites da UGRHI-12.
Tabela 24. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-12
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
BARRETOS 1 13 14
BEBEDOURO 0 1 1
COLINA 2 2 4
COLÔMBIA 0 7 7
GUAÍRA 0 4 4
GUARACI 0 5 5
ICÉM 1 8 9
JABORANDI 1 2 3
MORRO AGUDO 0 2 2
ORLÂNDIA 1 0 1
VIRADOURO 0 1 1
TOTAL 6 45 51
O Mapa 11 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-12, impresso em escala 1:250.000.
12.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 7
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Barretos, Bebedouro, Icém, Morro Agudo, Orlândia, Terra Roxa e Viradouro.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-108/189
13 UGRHI 13 – TIETÊ/JACARÉ
13.1 Descrição Geral
A UGRHI-13 (Tietê/Jacaré) localiza-se na porção central do Estado de São
Paulo (Figura 25), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 25.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do curso médio do rio Tietê,
drenando uma área de aproximadamente 11.811 km2. Os principais rios desta UGRHI
são os rios Tietê, Jacaré-Pepira, Jacaré-Guaçu, Boa Esperança.
Figura 25. Localização da UGRHI-13 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-109/189
Tabela 25. Municípios com sede na UGRHI-13 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
TIETÊ/JACARÉ
AGUDOS
ARARAQUARA
AREALVA
AREIÓPOLIS
BARIRI
BARRA BONITA
BAURU
BOA ESPERANÇA DO SUL
BOCAINA
BORACÉIA
BOREBI
BROTAS
DOIS CÓRREGOS
DOURADO
GAVIÃO PEIXOTO
IACANGA
IBATÉ
IBITINGA
IGARAÇU DO TIETÊ
ITAJU
ITAPUÍ
ITIRAPINA
JAÚ
LENÇÓIS PAULISTA
MACATUBA
MINEIROS DO TIETÊ
NOVA EUROPA
PEDERNEIRAS
RIBEIRÃO BONITO
SÃO CARLOS
SÃO MANUEL
TABATINGA
TORRINHA
TRABIJU
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-110/189
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-13 rochas sedimentares de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos) e arenosas do
Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia e
Suítes Básicas (diques e sills de diabásio, dioritos pórfiros, monzonitos pórfiros,
andesitos pórfiros, gabros e lamprófiros). E, os Sedimentos Aluvionares/Depósitos
Aluvionares (areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras
fluviais), os Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de
limonita e quartzo na base) e os Depósitos de Cimeira (conglomerados, arenitos
imaturos, cimento ferruginoso). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz
(1997), a UGRHI-13, situa-se majoritariamente no Planalto Residual de São Carlos
(predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com
densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial
médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva) e no Planalto Centro Ocidental Paulista
(com altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam
formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de
drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio).
Ocorrem também porções localizadas nas Planícies Fluviais (caracterizam-se por áreas
baixas e planas sujeitas a inundações periódicas que possui declividades inferiores a
2%, posicionando-se em diferentes níveis altimétricos. Possuem potencial de
fragilidade muito alto por estarem sujeitas a inundações periódicas e possuírem lençol
freático pouco profundo e sedimentos inconsolidados sujeitos a acomodações
constantes) e na Depressão do Médio Tietê (constitui basicamente por colinas de topos
amplos tabulares e convexos, com altimetrias entre 500 e 650 metros e declividades
entre 10 e 20%. Apresenta formas de dissecação média com vales entalhados e
densidade de drenagem média a alta, nível de fragilidade potencial médio a baixo).
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-13, são classificados como Latossolos Vermelhos Distróficos
textura média e argilosa e Latossolos Vermelhos Eutroférricos e Distroférricos ambos
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-111/189
textura argilosa A moderado relevo plano e suave ondulado; Argissolos Vermelho-
Amarelos Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura
arenosa/média e média em relevo suave ondulado e ondulado; Latossolos Vermelho-
Amarelos Distróficos A moderado e proeminente textura média e argilosa relevo suave
ondulado. Ocorrem também Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A moderado
em relevo plano e suave ondulado; Nitossolos Vermelhos Eutróficos e Distróficos de
relevo ondulado; Gleissolos Háplicos e Melânicos ambos Distróficos, com textura
média e argilosa em relevo de várzea; Neossolos Litólicos Eutróficos e Distróficos
textura média e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso, Organossolos Mésicos
ou Háplicos Distróficos em relevo de várzea; Planossolos Háplicos Distróficos A
moderado e proeminente com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, relevo de
várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes
A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante na
UGRHI é a de campo antrópico/pastagem, compreendendo 49% da sua área, seguida
da classe de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 23%. Destacam-se os
municípios de Araraquara, Bauru, Jaú e São Carlos que totalizam 61% da população
da Bacia. Além disso, possui privilegiada infraestrutura de transporte: Hidrovia Tietê-
Paraná e as rodovias Marechal Rondon e Washington Luiz, além de uma malha
ferroviária eletrificada. A Unidade Hidrográfica é cortada, também, pelo gasoduto
Bolívia-Brasil.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-112/189
Foto 52. Descarte de resíduos sólidos urbanos na cabaceira de um processo erosivo, município de Bauru.
Foto 53. Erosão de margem no rio Jacaré-Guaçu.
Foto 54. Erosão rural com processos erosivos (Estrada de Jaú).
Foto 55. Uso do solo rural com cultivo de cana-de-açúcar, município de Guarapuã.
Foto 56. Ocupação das margens da Represa Arealva, município de Itaju.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-113/189
13.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-13 está predominantemente inserida nas classes III – Média, I – Muito Alta e IV
– Baixa de suscetibilidade à erosão (Figura 26).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-114/189
Figura 26. Mapa de Erosão da UGRHI-13 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-115/189
Na UGRHI, foram cadastradas 66 erosões lineares urbanas (16 ravinas e 50
boçorocas) e 276 rurais (234 ravinas e 42 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 26 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-13.
Tabela 26. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-13
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
AGUDOS 8 12 20
ARARAQUARA 3 28 31
AREALVA 0 22 22
BARIRI 0 14 14
BARRA BONITA 1 0 1
BAURU 19 1 20
BOA ESPERANÇA DO SUL 0 12 12
BOCAINA 2 19 21
BOREBI 0 7 7
BROTAS 0 12 12
DOIS CÓRREGOS 10 13 23
DOURADO 0 17 17
GAVIÃO PEIXOTO 0 4 4
IACANGA 0 27 27
IBATÉ 1 15 16
IBITINGA 0 13 13
ITAJU 0 7 7
ITIRAPINA 0 1 1
JAÚ 5 11 16
LENÇÓIS PAULISTA 2 2 4
MACATUBA 0 1 1
MINEIROS DO TIETÊ 0 2 2
NOVA EUROPA 0 1 1
PEDERNEIRAS 1 1 2
RIBEIRÃO BONITO 1 16 17
SÃO CARLOS 6 6 12
SÃO MANUEL 7 2 9
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-116/189
TABATINGA 0 6 6
TORRINHA 0 1 1
TRABIJU 0 3 3
TOTAL 66 276 342
O Mapa 12 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-13, impresso em escala 1:250.000.
13.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 22
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Agudos, Araraquara, Arealva, Areiópolis, Barra Bonita, Bauru, Boa Esperança
do Sul, Dois Córregos, Dourado, Iacanga, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Itapuí, Itirapina,
Jaú, Lençóis Paulista, Nova Europa, Pederneiras, Ribeirão Bonito, São Carlos, São
Manuel e Tabatinga.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-117/189
14 UGRHI 14 – ALTO PARANAPANEMA
14.1 Descrição Geral
A UGRHI-14 (Alto Paranapanema) localiza-se na porção sul do Estado de São
Paulo (Figura 27), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 27.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Paranapanema e inclui
alguns afluentes pela margem direita do rio Jaguariaíva, drenando uma área de
aproximadamente 22.756 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios
Paranapanema, Guapiara, Apiaí-Mirim, Taquari, Verde, entre outros.
Figura 27. Localização da UGRHI-14 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-118/189
Tabela 27. Municípios com sede na UGRHI-14 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
ALTO PARANAPANEMA
ANGATUBA
ARANDU
BARÃO DE ANTONINA
BERNARDINO DE CAMPOS
BOM SUCESSO DE ITARARÉ
BURI
CAMPINA DO MONTE ALEGRE
CAPÃO BONITO
CORONEL MACEDO
FARTURA
GUAPIARA
GUAREÍ
IPAUSSU
ITABERÁ
ITAÍ
ITAPETININGA
ITAPEVA
ITAPORANGA
ITARARÉ
MANDURI
NOVA CAMPINA
PARANAPANEMA
PILAR DO SUL
PIRAJU
RIBEIRÃO BRANCO
RIBEIRÃO GRANDE
RIVERSUL
SÃO MIGUEL ARCANJO
SARUTAIÁ
TAGUAÍ
TAQUARITUBA
TAQUARIVAÍ
TEJUPÁ
TIMBURI
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-119/189
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-14 rochas sedimentares pertencentes
aos Grupos Tubarão (Sub-Grupo Itararé e Formação Tatuí), Passa Dois (formações
Corumbataí e Irati), São Bento (formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia), Paraná
(Formação Furnas) e Bauru (formações Adamantina e Marília); Suítes Básicas; Suítes
Granitóides (fácies Cantareira) e Graníticas (fácies Itu); rochas metamórficas e ígneas
representadas pelo Grupo Açungui (filitos, quartzo filitos, subordinadamente xistos e
quartzitos, lentes de rochas carbonáticas) e pelo Complexo Embu (migmatitos
heterogêneos essencialmente estromatíticos, com paleossoma xistoso, gnáissico ou
anfibolítico, migmatitos homogêneos variados predominando os de natureza
homofânica, oftalmítica e facoidal); os Sedimentos Aluvionares/Depósitos Aluvionares
(areias inconsolidadas de granulação variável, argilas e cascalheiras fluviais) e os
Depósitos Coluviais de Espigão (areias com matriz argilosa, cascalhos de limonita e
quartzo na base). Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a
UGRHI-14, situa-se majoritariamente na Depressão do Paranapamema (predominam
formas com dissecação baixa, com vales pouco entalhados e densidade de drenagem
baixa, apresentando um potencial erosivo baixo). Ocorrem também porções no Planalto
Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a
20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com
densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial
médio), no Planalto Residual de Botucatu (predominam formas muito dissecadas com
vales entalhados associados a vales poucos entalhados, com alta densidade de
drenagem. Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, com probabilidade de
ocorrência de movimentos de massa e erosão linear com voçorocas), no Planalto
Atlântico de Guapiara (predominam altimetrias entre 700 e 800 metros e declividades
entre 20 e 30%. Por ser uma unidade com formas de dissecação e densidade de
drenagem média a alta, com vales entalhados, possui nível de fragilidade potencial
médio-alto, estando sujeita a significativos processos erosivos), no Planalto de
Ibiúna/São Roque (predominam as altimetrias entre 800 e 1100 metros, com vertentes
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-120/189
de declividades predominantes de 20 a 30%, ultrapassando com frequência os 30%.
Por apresentar formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e densidade
de drenagem elevada, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial médio a
alto, estando sujeita a fortes atividades erosivas). Pedologicamente, segundo Oliveira
et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-14, são
classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos e Eutróficos abrúpticos
ou não, A moderado com textura arenosa/média e média em relevo suave ondulado e
ondulado; Latossolos Vermelhos Distróficos de textura argilosa em relevo suave
ondulado; Latossolos Vermelhos Eutroférricos e Distroférricos e Nitossolos Vermelhos
Eutroférricos em relevo ondulado e suave ondulado, ambos A moderado e
chernozêmico com textura argilosa. Ocorrem também Latossolos Vermelho-Amarelos
Distróficos de texturas argilosa e média em relevo ondulado e suave ondulado;
Gleissolos Háplicos e Melânicos ambos Distróficos Tb de textura argilosa em relevo de
várzea e Neossolos Litólicos Eutróficos e Distróficos texturas arenosa, média e argilosa
relevo forte ondulado e montanhoso. Os Argissolos são solos que apresentam
gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a
erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe com maior ocorrência
em área é a de campo antrópico/pastagem, abrangendo 43% do território da UGRHI,
seguida da classe de cultura perene com 14%. Esta Unidade é a maior do Estado em
extensão, caracteriza-se por uma economia agrícola e com a maioria dos seus
municípios registrando população inferior a 50.000 habitantes.
14.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-14 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, I – Muito Alta e III
- Média de suscetibilidade à erosão (Figura 28).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-121/189
Figura 28. Mapa de Erosão da UGRHI-14 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-122/189
Na UGRHI, foram cadastradas 50 erosões lineares urbanas (15 ravinas e 35
boçorocas) e 5305 rurais (737 ravinas e 4568 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I). A Tabela 28
apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e
rurais, dentro dos limites da UGRHI-14.
Tabela 28. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-14
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ALAMBARI 0 1 1
ANGATUBA 1 164 165
APIAÍ 0 14 14
AVARÉ 1 64 65
BERNARDINO DE CAMPOS 2 7 9
BOFETE 0 23 23
BOM SUCESSO DE ITARARÉ 0 5 5
CAPÃO BONITO 6 307 313
CERQUEIRA CÉSAR 0 18 18
CHAVANTES 0 3 3
FARTURA 1 214 215
GUAREÍ 1 319 320
ITAÍ 3 153 156
ITAPETININGA 8 353 361
ITAPEVA 5 258 263
ITAPORANGA 8 389 397
ITARARÉ 1 413 414
ITATINGA 0 66 66
MANDURI 1 7 8
NOVA CAMPINA 1 8 9
PARANAPANEMA 2 199 201
PARDINHO 0 82 82
PIEDADE 0 16 16
PILAR DO SUL 2 104 106
PIRAJU 1 87 88
QUADRA 0 4 4
RIBEIRÃO GRANDE 1 37 38
RIVERSUL 2 389 391
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-123/189
SÃO MIGUEL ARCANJO 1 223 224
SARAPUÍ 0 13 13
TAGUAÍ 1 132 133
TAQUARIVAÍ 1 18 19
TORRE DE PEDRA 0 1 1
ARANDU 0 9 9
BARÃO DE ANTONINA 0 157 157
BURI 0 159 159
CAMPINA DO MONTE ALEGRE 0 16 16
CORONEL MACEDO 0 154 154
GUAPIARA 0 57 57
IPAUSSU 0 25 25
ITABERÁ 0 294 294
RIBEIRÃO BRANCO 0 81 81
SARUTAIÁ 0 49 49
TAPIRAÍ 0 3 3
TAQUARITUBA 0 50 50
TEJUPÁ 0 98 98
TIMBURI 0 62 62
TOTAL 50 5305 5355
O Mapa 13 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-14, impresso em escala 1:250.000.
14.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 25
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Angatuba, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão
Bonito, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Guareí, Ipaussu, Itaberá, Itaí, Itapetininga,
Itapeva, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Paranapanema, Pilar do Sul, Piraju,
Ribeirão Grande, Riversul, São Miguel Arcanjo, Taquarituba e Tejupá. O Mapa 22 do
Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de processos de
inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-124/189
15 UGRHI 15 – TURVO/GRANDE
15.1 Descrição Geral
A UGRHI-15 (Turvo/Grande) localiza-se na porção noroeste do Estado de São
Paulo (Figura 29), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 29.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio Turvo e inclui alguns
afluentes pela margem esquerda do rio Grande, drenando uma área de
aproximadamente 16.022 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Grande,
Turvo, Preto, da Cachoeirinha.
Figura 29. Localização da UGRHI-15 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-125/189
Tabela 29. Municípios com sede na UGRHI-15 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
TURVO/GRANDE
ÁLVARES FLORENCE
AMÉRICO DE CAMPOS
ARIRANHA
ASPÁSIA
BÁLSAMO
CAJOBI
CÂNDIDO RODRIGUES
CARDOSO
CATANDUVA
CATIGUÁ
CEDRAL
COSMORAMA
DOLCINÓPOLIS
EMBAÚBA
ESTRELA D'OESTE
FERNANDO PRESTES
FERNANDÓPOLIS
GUAPIAÇU
GUARANI D'OESTE
INDIAPORÃ
IPIGUÁ
MACEDÔNIA
MERIDIANO
MESÓPOLIS
MIRA ESTRELA
MIRASSOL
MIRASSOLÂNDIA
MONTE ALTO
MONTE AZUL PAULISTA
NOVA GRANADA
NOVAIS
OLÍMPIA
ONDA VERDE
ORINDIÚVA
OUROESTE
PALESTINA
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-126/189
PALMARES PAULISTA
PARAÍSO
PARANAPUÃ
PARISI
PAULO DE FARIA
PEDRANÓPOLIS
PINDORAMA
PIRANGI
PONTES GESTAL
POPULINA
RIOLÂNDIA
SANTA ADÉLIA
SANTA ALBERTINA
SANTA CLARA D'OESTE
SANTA RITA D'OESTE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
SEVERÍNIA
TABAPUÃ
TAIAÇU
TAIÚVA
TANABI
TURMALINA
UCHOA
URÂNIA
VALENTIM GENTIL
VISTA ALEGRE DO ALTO
VITÓRIA BRASIL
VOTUPORANGA
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-15 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina, Santo Anastácio e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos)
do Grupo São Bento, representado pela Formação Serra Geral. E, os
Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás
principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a
UGRHI-15, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-127/189
entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de
dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a
alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções
na Planície Aluvial dos principais rios, tais como, Grande, Turvo, apresentando relevos
planos e baixos, de agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas
variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas
que predominam na UGRHI-15 são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média em relevo suave ondulado e ondulado; Latossolos Vermelhos Distróficos A
moderado textura média relevo plano e suave ondulado e Latossolos Vermelhos
Eutroférricos e Distroférricos em relevo plano e suave ondulado + Nitossolos
Vermelhos Eutroférricos em relevo suave ondulado e ondulado, ambos A moderado e
chernozêmico com textura argilosa. Ocorrem também Gleissolos Háplicos Tb e
Neossolos Flúvicos A moderado, ambos Eutróficos e Distróficos com textura
indiscriminada, em relevo de várzea; Neossolos Litólicos Distróficos Tb textura média
relevo montanhoso. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre
os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predominam as áreas de campo
antrópico/pastagem, perfazendo 63% do território da UGRHI, seguidas da classe de
cultura semi-perene, com 20%. Possui o maior número de municípios dentre as
unidades hidrográficas paulistas, em grande parte registrando população inferior a
10.000 habitantes. Em termos de atividades econômicas destaca-se a agroindústria
(cana-de-açúcar e laranja).
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-128/189
Foto 57. Assoreamento em drenagem urbana no município de Fernando Prestes.
Foto 58. Obras em drenagem urbana do município de Catanduva.
Foto 59. Obras em drenagem urbana no município de Fernandópolis.
15.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-15 está predominantemente inserida nas classes II – Alta e I – Muito Alta de
suscetibilidade à erosão (Figura 30).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-129/189
Figura 30. Mapa de Erosão da UGRHI-15 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-130/189
Na UGRHI, foram cadastradas 173 erosões lineares urbanas (49 ravinas e 124
boçorocas) e 480 rurais (240 ravinas e 240 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta/alta suscetibilidade à erosão (classes I e II).
A Tabela 30 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-15.
Tabela 30. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-15
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ALTAIR 0 6 6
ÁLVARES FLORENCE 0 24 24
AMÉRICO DE CAMPOS 0 5 5
ARIRANHA 3 0 3
ASPÁSIA 0 2 2
CÂNDIDO RODRIGUES 2 0 2
CARDOSO 1 5 6
CATANDUVA 27 0 27
CATIGUÁ 1 1 2
CEDRAL 2 3 5
COSMORAMA 0 18 18
DOLCINÓPOLIS 1 16 17
EMBAÚBA 1 0 1
ESTRELA D'OESTE 1 9 10
FERNANDO PRESTES 1 2 3
FERNANDÓPOLIS 17 24 41
GUAPIAÇU 4 7 11
GUARANI D'OESTE 0 2 2
ICÉM 0 3 3
INDIAPORÃ 0 9 9
IPIGUÁ 1 0 1
JALES 6 8 14
MACEDÔNIA 1 23 24
MERIDIANO 1 12 13
MESÓPOLIS 0 3 3
MIRA ESTRELA 1 7 8
MIRASSOL 6 2 8
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-131/189
MIRASSOLÂNDIA 0 3 3
MONTE ALTO 5 7 12
MONTE AZUL PAULISTA 7 0 7
NOVA GRANADA 3 5 8
OLÍMPIA 2 6 8
ONDA VERDE 1 10 11
ORINDIÚVA 0 2 2
OUROESTE 2 7 9
PALESTINA 1 6 7
PALMARES PAULISTA 1 0 1
PARAÍSO 1 0 1
PARANAPUÃ 3 8 11
PARISI 0 4 4
PAULO DE FARIA 1 24 25
PEDRANÓPOLIS 0 10 10
PINDORAMA 1 2 3
PIRANGI 3 3 6
POPULINA 1 29 30
RIOLÂNDIA 0 11 11
SANTA ADÉLIA 12 1 13
SANTA ALBERTINA 4 30 34
SANTA CLARA D'OESTE 0 17 17
SANTA RITA D'OESTE 1 34 35
SANTA SALETE 0 3 3
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 27 5 32
SEVERÍNIA 2 1 3
TABAPUÃ 0 1 1
TAIAÇU 1 6 7
TAIÚVA 0 2 2
TANABI 3 8 11
TURMALINA 0 12 12
UCHOA 0 1 1
URÂNIA 2 15 17
VALENTIM GENTIL 1 7 8
VISTA ALEGRE DO ALTO 3 0 3
VITÓRIA BRASIL 0 2 2
VOTUPORANGA 8 7 15
TOTAL 173 480 653
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-132/189
O Mapa 14 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-15, impresso em escala 1:250.000.
15.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 10
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Catanduva, Catiguá, Fernando Prestes, Guapiaçu, Olímpia, Pindorama,
Pirangi, São José do Rio Preto, Tanabi e Votuporanga.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-133/189
16 UGRHI 16 – TIETÊ/BATALHA
16.1 Descrição Geral
A UGRHI-16 (Tietê/Batalha) localiza-se na porção centro/noroeste do Estado de
São Paulo (Figura 31), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela
31. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do curso inferior do rio Tietê,
drenando uma área de aproximadamente 13.186 km2. Os principais rios desta UGRHI
são os rios Batalha, Dourado, São Lourenço.
Figura 31. Localização da UGRHI-16 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-134/189
Tabela 31. Municípios com sede na UGRHI-16 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
TIETÊ/BATALHA
ADOLFO
AVAÍ
BADY BASSITT
BALBINOS
BORBOREMA
CAFELÂNDIA
DOBRADA
ELISIÁRIO
GUAIÇARA
GUARANTÃ
IBIRÁ
IRAPUÃ
ITAJOBI
ITÁPOLIS
JACI
LINS
MARAPOAMA
MATÃO
MENDONÇA
NOVA ALIANÇA
NOVO HORIZONTE
PIRAJUÍ
PIRATININGA
PONGAÍ
POTIRENDABA
PRESIDENTE ALVES
REGINÓPOLIS
SABINO
SALES
SANTA ERNESTINA
TAQUARITINGA
URU
URUPÊS
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-16 rochas sedimentares de composição
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-135/189
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos) e arenosas do
Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral e Pirambóia. Rochas
sedimentares pertencentes ao Grupo Passa Dois, representado pela Formação
Corumbataí (arenitos muito finos, siltitos, lamitos e folhelhos; níveis de calcários
oolíticos e coquina; cores predominantemente lilás e cinza). E, os
Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás
principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a
UGRHI-16, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes
entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de
dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a
alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções
no Planalto Residual de São Carlos (predominam formas de dissecação média a alta,
com vales entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um
nível de fragilidade potencial médio. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva).
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-16, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média em relevo suave ondulado e ondulado; como Latossolos Vermelhos Distróficos
textura média, Latossolos Vermelhos Eutroférricos e Distroférricos ambos em relevo
plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos Háplicos e Melânicos ambos
Distróficos, com textura média e argilosa, Neossolos Flúvicos A moderado, Eutróficos e
Distróficos com textura indiscriminada, todos em relevo de várzea e Neossolos Litólicos
Eutróficos e Distróficos textura média e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso.
Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B,
tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se, na UGRHI, a classe
campo antrópico/pastagem, abrangendo 65% da sua área, seguida da classe de
cultura semi-perene, com 14%. A unidade hidrográfica é cortada pela hidrovia Tietê-
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-136/189
Paraná e pelo gasoduto Brasil-Bolívia. No setor agrícola destaca-se a expansão das
agroindústrias sucroalcooleira (impondo significativas transformações ao setor) e
sucocítrica (grande centro de produção e exportação).
16.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-16 está predominantemente inserida nas classes I – Muito Alta e II – Alta de
suscetibilidade à erosão (Figura 32).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-137/189
Figura 32. Mapa de Erosão da UGRHI-16 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-138/189
Na UGRHI, foram cadastradas 65 erosões lineares urbanas (16 ravinas e 49
boçorocas) e 538 rurais (10 ravinas e 528 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 32 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-16.
Tabela 32. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-16
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
AGUDOS 0 2 2
AVAÍ 1 46 47
BADY BASSITT 4 4 8
BALBINOS 1 15 16
BAURU 23 42 65
CAFELÂNDIA 2 35 37
CÂNDIDO RODRIGUES 0 2 2
CEDRAL 0 4 4
DOBRADA 0 1 1
DUARTINA 0 23 23
ELISIÁRIO 1 3 4
FERNANDO PRESTES 0 5 5
GÁLIA 0 29 29
GUAIÇARA 0 3 3
GUARANTÃ 1 25 26
IACANGA 0 8 8
IBIRÁ 3 20 23
IBITINGA 0 2 2
ITAJOBI 1 13 14
ITÁPOLIS 0 7 7
JACI 1 2 3
JOSÉ BONIFÁCIO 0 3 3
LINS 4 19 23
MATÃO 7 2 9
MENDONÇA 0 1 1
MIRASSOL 0 1 1
NEVES PAULISTA 1 4 5
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-139/189
NOVA ALIANÇA 1 1 2
NOVO HORIZONTE 0 7 7
PINDORAMA 0 1 1
PIRAJUÍ 5 38 43
PIRATININGA 0 47 47
PONGAÍ 1 9 10
POTIRENDABA 0 10 10
PRESIDENTE ALVES 4 43 47
PROMISSÃO 0 3 3
REGINÓPOLIS 0 20 20
SABINO 0 2 2
SANTA ADÉLIA 0 12 12
TAQUARITINGA 3 2 5
URU 0 12 12
URUPÊS 1 10 11
TOTAL 65 538 603
O Mapa 15 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-16, impresso em escala 1:250.000.
16.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 15
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Balbinos, Borborema, Cafelândia, Itajobi, Itápolis, Lins, Matão, Pirajuí,
Piratininga, Pongaí, Reginópolis, Santa Ernestina, Taquaritinga, Uru e Urupês.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-140/189
17 UGRHI 17 – MÉDIO PARANAPANEMA
17.1 Descrição Geral
A UGRHI-17 (Médio Paranapanema) localiza-se na porção sudoeste do Estado
de São Paulo (Figura 33), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na
Tabela 33. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio São José dos
Dourados e inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná, drenando
uma área de aproximadamente 16.855 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios
Paranapanema, Turvo, Pardo, Novo, Capivara.
Figura 33. Localização da UGRHI-17 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-141/189
Tabela 33. Municípios com sede na UGRHI-17 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
MÉDIO PARANAPANEMA
ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA
ALVINLÂNDIA
ASSIS
AVARÉ
CABRÁLIA PAULISTA
CAMPOS NOVOS PAULISTA
CÂNDIDO MOTA
CANITAR
CERQUEIRA CÉSAR
CHAVANTES
CRUZÁLIA
DUARTINA
ECHAPORÃ
ESPÍRITO SANTO DO TURVO
FERNÃO
FLORÍNIA
GÁLIA
IARAS
IBIRAREMA
ITATINGA
JOÃO RAMALHO
LUCIANÓPOLIS
LUPÉRCIO
MARACAÍ
OCAUÇU
ÓLEO
OURINHOS
PALMITAL
PARAGUAÇU PAULISTA
PARDINHO
PAULISTÂNIA
PEDRINHAS PAULISTA
PLATINA
PRATÂNIA
QUATÁ
RANCHARIA
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-142/189
RIBEIRÃO DO SUL
SALTO GRANDE
SANTA CRUZ DO RIO PARDO
SÃO PEDRO DO TURVO
TARUMÃ
UBIRAJARA
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-17 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina e Marília. Rochas básicas (basaltos toleíticos) e arenosas do
Grupo São Bento, representado pelas formações Serra Geral, Botucatu e Pirambóia.
Rochas sedimentares de composição predominantemente arenosa, pertencentes ao
Grupo Tubarão, representado pela Formação Aquidauna. E, os Sedimentos/Depósitos
Coluviais de espigão (areias com matriz argilosa; cascalhos de limonita e quartzo na
base) e os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos),
associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e
Moroz (1997), a UGRHI-17, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental
Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam
formas de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de
drenagem média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio).
Ocorrem também, porções no Planalto Residual de Marília (predominam formas muito
dissecadas com vales entalhados associados a vales poucos entalhados, com alta
densidade de drenagem. Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, com
probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão linear com boçorocas),
no Planalto Residual de Botucatu (predominam formas muito dissecadas com vales
entalhados associados a vales poucos entalhados, com alta densidade de drenagem.
Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos, com probabilidade de ocorrência de
movimentos de massa e erosão linear com voçorocas) e na Depressão do
Paranapamema (predominam formas com dissecação baixa, com vales pouco
entalhados e densidade de drenagem baixa, apresentando um potencial erosivo baixo).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-143/189
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-17, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Eutroférricos e
Distroférricos em relevo plano e suave ondulado e Nitossolos Vermelhos Eutroférricos
em relevo ondulado e suave ondulado, ambos A moderado e chernozêmico com
textura argilosa. Ocorrem também, Neossolos Quartzarênicos Órticos Distróficos A
moderado, em relevo plano e suave ondulado e Neossolos Litólicos Eutróficos e
Distróficos textura média e argilosa relevo forte ondulado e montanhoso. Os Argissolos
são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os
altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante é a de
campo antrópico/pastagem, abrangendo 65% da área da UGRHI 17, seguida da classe
de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 17%, que subsidia a agroindústria
sucroalcooleira. A Unidade Hidrográfica abriga uma porção confinada do Sistema
Aquífero Guarani, importante manancial subterrâneo. Destaca-se o seu potencial para
geração de energia, com a presença de várias usinas hidrelétricas, principalmente ao
longo do rio Paranapanema.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-144/189
Foto 60. Boçoroca rural no município de Pardinho, às margens da Rodovia Castelo Branco.
Foto 61. Erosão de margem em curso d’água no município de São Pedro do Turvo.
Foto 62. Focos erosivos em talude rodoviário no município de Pardinho.
Foto 63. Produção de sedimentos por exposição do solo às margens de rodovia, município de Duartina.
Foto 64. Cultivo de cana-de-açúcar no município de Maracaí.
Foto 65. Cultivo de soja no município de Assis.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-145/189
17.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-17 está predominantemente inserida nas classes IV – Baixa, III – Média e II –
Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 34).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-146/189
Figura 34. Mapa de Erosão da UGRHI-17 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-147/189
Na UGRHI, foram cadastradas 63 erosões lineares urbanas (15 ravinas e 48
boçorocas) e 1349 rurais (32 ravinas e 1317 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta/alta suscetibilidade à erosão (classe I e II). A
Tabela 34 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares,
urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-17.
Tabela 34. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-17
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA 0 20 20
AGUDOS 0 110 110
ALVINLÂNDIA 2 40 42
ASSIS 6 8 14
AVARÉ 9 25 34
BERNARDINO DE CAMPOS 1 10 11
BOREBI 0 4 4
BOTUCATU 9 25 34
CABRÁLIA PAULISTA 5 30 35
CAMPOS NOVOS PAULISTA 0 11 11
CÂNDIDO MOTA 0 6 6
CERQUEIRA CÉSAR 5 12 17
CHAVANTES 0 3 3
CRUZÁLIA 0 1 1
DUARTINA 5 210 215
ECHAPORÃ 0 73 73
ESPÍRITO SANTO DO TURVO 0 45 45
FERNÃO 2 32 34
GÁLIA 1 66 67
IARAS 0 20 20
IEPÊ 0 8 8
ITATINGA 0 10 10
JOÃO RAMALHO 0 19 19
LENÇÓIS PAULISTA 0 4 4
LUCIANÓPOLIS 0 27 27
LUPÉRCIO 1 31 32
LUTÉCIA 0 26 26
MANDURI 0 2 2
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-148/189
MARACAÍ 0 4 4
MARÍLIA 0 51 51
OCAUÇU 2 34 36
ÓLEO 0 29 29
OSCAR BRESSANE 0 1 1
OURINHOS 4 2 6
PARAGUAÇU PAULISTA 5 26 31
PARDINHO 0 4 4
PAULISTÂNIA 0 17 17
PIRATININGA 0 32 32
PLATINA 0 5 5
PRATÂNIA 0 6 6
QUATÁ 2 28 30
RANCHARIA 2 51 53
RIBEIRÃO DO SUL 1 3 4
SANTA CRUZ DO RIO PARDO 1 58 59
SÃO MANUEL 0 23 23
SÃO PEDRO DO TURVO 0 33 33
UBIRAJARA 0 64 64
TOTAL 63 1349 1412
O Mapa 16 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-17, impresso em escala 1:250.000.
17.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 13
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Águas de Santa Bárbara, Assis, Avaré, Duartina, Espírito Santo do Turvo,
Itatinga, Maracaí, Óleo, Ourinhos, Pardinho, Paulistânia, Pratânia e Santa Cruz do Rio
Pardo.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-149/189
18 UGRHI 18 – SÃO JOSÉ DOS DOURADOS
18.1 Descrição Geral
A UGRHI-18 (São José dos Dourados) localiza-se na porção noroeste do Estado
de São Paulo (Figura 35), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na
Tabela 35. Agrega os tributários das margens direita e esquerda do rio São José dos
Dourados e inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná, drenando
uma área de aproximadamente 6.832 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios
Tietê e Paraná.
Figura 35. Localização da UGRHI-18 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-150/189
Tabela 35. Municípios com sede na UGRHI-18 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
SÃO JOSÉ DOS DOURADOS
APARECIDA D'OESTE
AURIFLAMA
DIRCE REIS
FLOREAL
GENERAL SALGADO
GUZOLÂNDIA
ILHA SOLTEIRA
JALES
MARINÓPOLIS
MONTE APRAZÍVEL
NEVES PAULISTA
NHANDEARA
NOVA CANAÃ PAULISTA
PALMEIRA D'OESTE
PONTALINDA
RUBINÉIA
SANTA FÉ DO SUL
SANTA SALETE
SANTANA DA PONTE PENSA
SÃO FRANCISCO
SÃO JOÃO DAS DUAS PONTES
SÃO JOÃO DE IRACEMA
SEBASTIANÓPOLIS DO SUL
SUZANÁPOLIS
TRÊS FRONTEIRAS
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-18 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina e Santo Anastácio. Rochas básicas (basaltos toleíticos) do
Grupo São Bento, representado pela Formação Serra Geral. E, os
Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e cascalhos), associados ás
principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com Ross e Moroz (1997), a
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-151/189
UGRHI-18, situa-se majoritariamente no Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes
entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas de
dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem média a
alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções
na Planície Aluvial dos principais rios, tais como, Paraná e Tietê, apresentando relevos
planos e baixos, de agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas
variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas
que predominam na UGRHI-18, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A
moderado textura média relevo plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos
Háplicos Eutróficos e Distróficos Tb textura argilosa e Planossolos Háplicos Eutróficos
Tb A moderado com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, todos em relevo de
várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes
A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, destaca-se a classe campo
antrópico, constituindo 75% do território da UGRHI, seguida da classe de cultura semi-
perene (cana-de-açúcar), com 11%. Esta Unidade Hidrográfica abriga a Usina
Hidrelétrica de Ilha Solteira, no rio Paraná, terceira maior do Brasil. Grande parte dos
seus municípios possui população inferior a 5.000 habitantes. Dentre as principais
atividades econômicas pode-se citar a pecuária de leite e a fruticultura, com destaque
para o plantio de uva.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-152/189
Foto 66. Rio São José dos Dourados.
Foto 67. Rio São José dos Dourados próximo à sua foz, município de Ilha Solteira.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-153/189
18.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-18 está predominantemente inserida na classe I – Muito Alta de suscetibilidade
à erosão (Figura 36).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-154/189
Figura 36. Mapa de Erosão da UGRHI-18 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-155/189
Na UGRHI, foram cadastradas 44 erosões lineares urbanas (1 ravina e 43
boçorocas) e 1325 rurais (161 ravinas e 1164 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 36 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-18.
Tabela 36. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-18
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
APARECIDA D'OESTE 2 53 55
AURIFLAMA 2 70 72
BÁLSAMO 0 4 4
COSMORAMA 0 17 17
DIRCE REIS 0 51 51
ESTRELA D'OESTE 2 27 29
FERNANDÓPOLIS 1 41 42
FLOREAL 3 18 21
GENERAL SALGADO 2 60 62
GUZOLÂNDIA 0 42 42
ILHA SOLTEIRA 4 29 33
JALES 7 47 54
MAGDA 0 11 11
MARINÓPOLIS 1 40 41
MERIDIANO 0 53 53
MIRASSOL 4 2 6
MONTE APRAZÍVEL 5 50 55
NEVES PAULISTA 0 11 11
NHANDEARA 1 35 36
NOVA CANAÃ PAULISTA 1 48 49
PALMEIRA D'OESTE 1 100 101
PEREIRA BARRETO 0 14 14
POLONI 0 6 6
PONTALINDA 0 43 43
RUBINÉIA 1 47 48
SANTA CLARA D'OESTE 0 1 1
SANTA FÉ DO SUL 1 28 29
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-156/189
SANTA SALETE 0 19 19
SANTANA DA PONTE PENSA 1 23 24
SÃO FRANCISCO 1 35 36
SÃO JOÃO DAS DUAS PONTES 1 30 31
SÃO JOÃO DE IRACEMA 1 19 20
SEBASTIANÓPOLIS DO SUL 0 22 22
SUD MENNUCCI 0 55 55
SUZANÁPOLIS 1 39 40
TANABI 0 22 22
TRÊS FRONTEIRAS 1 45 46
URÂNIA 0 28 28
VALENTIM GENTIL 0 12 12
VOTUPORANGA 0 28 28
TOTAL 44 1325 1369
O Mapa 17 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-18, impresso em escala 1:250.000.
18.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 2
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Jales e Pontalinda.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-157/189
19 UGRHI 19 – BAIXO TIETÊ
19.1 Descrição Geral
A UGRHI-19 (Baixo Tietê) localiza-se na porção noroeste do Estado de São
Paulo (Figura 37), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 37.
Agrega os tributários das margens direita e esquerda do curso inferior do rio Tietê e
inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná, drenando uma área de
aproximadamente 15.724 km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Tietê e
Paraná.
Figura 37. Localização da UGRHI-19 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-158/189
Tabela 37. Municípios com sede na UGRHI-19 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
BAIXO TIETÊ
ALTO ALEGRE
ANDRADINA
ARAÇATUBA
AVANHANDAVA
BARBOSA
BENTO DE ABREU
BILAC
BIRIGUI
BRAÚNA
BREJO ALEGRE
BURITAMA
CASTILHO
COROADOS
GASTÃO VIDIGAL
GLICÉRIO
GUARAÇAÍ
GUARARAPES
ITAPURA
JOSÉ BONIFÁCIO
LAVÍNIA
LOURDES
MACAUBAL
MAGDA
MIRANDÓPOLIS
MONÇÕES
MURUTINGA DO SUL
NIPOÃ
NOVA CASTILHO
NOVA LUZITÂNIA
PENÁPOLIS
PEREIRA BARRETO
PLANALTO
POLONI
PROMISSÃO
RUBIÁCEA
SANTO ANTÔNIO DO ARACANGUÁ
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-159/189
SUD MENNUCCI
TURIÚBA
UBARANA
UNIÃO PAULISTA
VALPARAÍSO
ZACARIAS
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-19 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina e Santo Anastácio. Rochas básicas do Grupo São Bento,
representado pela Formação Serra Geral. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas,
siltes, areias e cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente,
de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-19, situa-se majoritariamente no
Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades
inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de
fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções na Planície Aluvial dos
principais rios, tais como, Paraná e Tietê, apresentando relevos planos e baixos, de
agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas variadas.
Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que
predominam na UGRHI-19, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A
moderado textura média relevo plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos
Háplicos Eutróficos e Distróficos Tb textura argilosa e Planossolos Háplicos Eutróficos
Tb A moderado com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, todos em relevo de
várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes
A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe com maior ocorrência
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-160/189
na UGRHI é a de campo antrópico/pastagem, abrangendo 69% da sua área, seguida
da classe de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 15%. Abriga as Usinas
Hidrelétricas de Três Irmãos e Nova Avanhadava, integrando a hidrovia Tietê-Paraná.
Destacam-se as atividades econômicas voltadas à agropecuária e à indústria
sucroalcooleira.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 68. Intenso processo de assoreamento e erosão de margem em curso d’água no município de Nova Luzitânia.
Foto 69. Obras de macrodrenagem no município de Sud Mennucci (Canal Deoclécio Bispo dos Santos).
Foto 70. Erosão em drenagem rural no município de Gastão Vidigal.
Foto 71. Erosão em drenagem rural no município de Bilac.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-161/189
Foto 72. Produção de sedimentos em estrada rural, município de Lourdes.
Foto 73. Ocupação às margens da Represa Nova Avanhandava, município de Buritama.
Foto 74. Represa Três Irmãos, no rio Tietê, município de Pereira Barreto.
19.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-19 está predominantemente inserida nas classes III – Média e I – Muito Alta de
suscetibilidade à erosão (Figura 38).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-162/189
Figura 38. Mapa de Erosão da UGRHI-19 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-163/189
Na UGRHI, foram cadastradas 48 erosões lineares urbanas (18 ravinas e 30
boçorocas) e 678 rurais (299 ravinas e 379 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I). A Tabela 38
apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e
rurais, dentro dos limites da UGRHI-19.
Tabela 38. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-19
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ALTO ALEGRE 1 3 4
ANDRADINA 10 31 41
ARAÇATUBA 3 42 45
AURIFLAMA 2 28 30
AVANHANDAVA 1 7 8
BARBOSA 0 2 2
BENTO DE ABREU 0 1 1
BILAC 1 17 18
BIRIGUI 1 17 18
BRAÚNA 0 8 8
BURITAMA 0 6 6
CASTILHO 2 31 33
COROADOS 0 3 3
FLOREAL 0 18 18
GASTÃO VIDIGAL 0 10 10
GENERAL SALGADO 3 15 18
GLICÉRIO 0 8 8
GUARAÇAÍ 6 14 20
GUARARAPES 1 23 24
GUZOLÂNDIA 0 14 14
ILHA SOLTEIRA 0 5 5
ITAPURA 0 3 3
JOSÉ BONIFÁCIO 1 8 9
LAVÍNIA 1 40 41
LOURDES 0 3 3
MACAUBAL 4 3 7
MAGDA 0 7 7
MIRANDÓPOLIS 4 66 70
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-164/189
MONTE APRAZÍVEL 0 6 6
MURUTINGA DO SUL 0 18 18
NEVES PAULISTA 0 2 2
NHANDEARA 1 9 10
NIPOÃ 0 4 4
NOVA CASTILHO 0 15 15
NOVA LUZITÂNIA 1 2 3
PENÁPOLIS 2 8 10
PEREIRA BARRETO 0 40 40
PLANALTO 0 4 4
POLONI 2 1 3
PROMISSÃO 0 6 6
RUBIÁCEA 0 2 2
SANTO ANTÔNIO DO ARACANGUÁ 0 80 80
SUD MENNUCCI 0 17 17
TURIÚBA 0 3 3
UBARANA 0 1 1
UNIÃO PAULISTA 0 2 2
VALPARAÍSO 1 22 23
ZACARIAS 0 3 3
TOTAL 48 678 726
O Mapa 18 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-19, impresso em escala 1:250.000.
19.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 8
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Araçatuba, Birigui, Glicério, Guararapes, José Bonifácio, Lourdes, Penápolis e
Sud Mennucci.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-165/189
20 UGRHI 20 – AGUAPEÍ
20.1 Descrição Geral
A UGRHI-20 (Aguapeí) localiza-se na porção oeste do Estado de São Paulo
(Figura 39), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 39. Agrega
os tributários das margens direita e esquerda do rio Aguapeí e inclui alguns afluentes
pela margem esquerda do rio Paraná, drenando uma área de aproximadamente 13.290
km2. Os principais rios desta UGRHI são os rios Paraná, Aguapeí e Tibiriça.
Figura 39. Localização da UGRHI-20 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-166/189
Tabela 39. Municípios com sede na UGRHI-20 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
AGUAPEÍ
ÁLVARO DE CARVALHO
ARCO-ÍRIS
CLEMENTINA
DRACENA
GABRIEL MONTEIRO
GARÇA
GETULINA
GUAIMBÊ
HERCULÂNDIA
IACRI
JÚLIO MESQUITA
LUCÉLIA
LUIZIÂNIA
MONTE CASTELO
NOVA GUATAPORANGA
NOVA INDEPENDÊNCIA
PACAEMBU
PANORAMA
PARAPUÃ
PAULICÉIA
PIACATU
POMPÉIA
QUEIROZ
QUINTANA
RINÓPOLIS
SALMOURÃO
SANTA MERCEDES
SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ
SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO
TUPÃ
TUPI PAULISTA
VERA CRUZ
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-20 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-167/189
formações Adamantina, Santo Anastácio, Marília. Rochas básicas do Grupo São Bento,
representado pela Formação Serra Geral. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas,
siltes, areias e cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente,
de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-20, situa-se majoritariamente no
Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades
inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de
fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções na Planície Aluvial dos
principais rios, tais como, Paraná, Aguapeí, Tibiriça, entre outros, apresentando relevos
planos e baixos, de agradação, com declividades inferiores a 3%, dimensões e formas
variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas
que predominam na UGRHI-20, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos
Distróficos e Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e
média em relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A
moderado textura média relevo plano e suave ondulado. Ocorrem também, Gleissolos
Háplicos Eutróficos e Distróficos Tb textura argilosa e Planossolos Háplicos Eutróficos
Tb A moderado com textura arenosa/média e arenosa/argilosa, todos em relevo de
várzea. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os horizontes
A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predominam as áreas ocupadas
por campo antrópico/pastagem, compreendendo 77% do território da UGRHI, seguida
das áreas de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 10%. A agricultura e a
pecuária são as principais atividades econômicas nesta Unidade Hidrográfica,
destacando-se a expansão do cultivo de cana-de-açúcar.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-168/189
Foto 75. Bancos de sedimentos no rio Aguapeí.
Foto 76. Processo erosivo em área de pastagem, no município de Arco Íris.
Foto 77. Produção de sedimentos em estrada e solo rural no município de Salmourão.
Foto 78. Intenso processo erosivo em solo rural no município de Tupã.
Foto 79. Margens do rio Paraná, no município de Paulicéia.
Foto 80. Solo exposto, em preparo para cultura agrícola, no município de Ouro Verde (produção de sedimentos).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-169/189
20.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-20 está predominantemente inserida na classe I – Muito Alta de suscetibilidade
à erosão (Figura 40).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-170/189
Figura 40. Mapa de Erosão da UGRHI-20 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-171/189
Na UGRHI, foram cadastradas 140 erosões lineares urbanas (44 ravinas e 96
boçorocas) e 2624 rurais (1370 ravinas e 1254 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I).
A Tabela 40 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-20.
Tabela 40. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-20
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ADAMANTINA 10 65 75
ALTO ALEGRE 0 45 45
ÁLVARO DE CARVALHO 4 63 67
ARAÇATUBA 0 23 23
ARCO-ÍRIS 1 53 54
BENTO DE ABREU 0 7 7
BILAC 0 15 15
BRAÚNA 0 16 16
CAFELÂNDIA 0 51 51
CASTILHO 0 1 1
CLEMENTINA 2 32 34
DRACENA 14 21 35
FLÓRIDA PAULISTA 1 67 68
GABRIEL MONTEIRO 2 17 19
GÁLIA 0 38 38
GARÇA 4 57 61
GETULINA 3 98 101
GUAIÇARA 0 1 1
GUAIMBÊ 2 21 23
GUARAÇAÍ 0 9 9
GUARANTÃ 0 95 95
GUARARAPES 0 33 33
HERCULÂNDIA 2 68 70
IACRI 1 42 43
INÚBIA PAULISTA 0 1 1
IRAPURU 0 47 47
JÚLIO MESQUITA 4 56 60
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-172/189
JUNQUEIRÓPOLIS 1 32 33
LAVÍNIA 2 13 15
LINS 0 9 9
LUCÉLIA 4 26 30
LUIZIÂNIA 3 30 33
MARÍLIA 27 268 295
MIRANDÓPOLIS 7 38 45
MONTE CASTELO 1 7 8
NOVA GUATAPORANGA 1 0 1
NOVA INDEPENDÊNCIA 0 13 13
ORIENTE 0 33 33
OSVALDO CRUZ 1 21 22
OURO VERDE 0 7 7
PACAEMBU 0 31 31
PANORAMA 2 9 11
PARAPUÃ 2 14 16
PAULICÉIA 1 11 12
PIACATU 1 26 27
PIRAJUÍ 0 137 137
POMPÉIA 14 238 252
PRESIDENTE ALVES 0 44 44
PROMISSÃO 0 65 65
QUEIROZ 1 73 74
QUINTANA 4 94 98
RINÓPOLIS 2 90 92
RUBIÁCEA 0 42 42
SALMOURÃO 1 19 20
SANTA MERCEDES 0 7 7
SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ 0 29 29
SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO 1 2 3
TUPÃ 5 59 64
TUPI PAULISTA 1 22 23
VALPARAÍSO 2 28 30
VERA CRUZ 6 45 51
TOTAL 140 2624 2764
O Mapa 19 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-20, impresso em escala 1:250.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-173/189
20.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 4
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Garça, Getulina, Panorama e Tupã.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-174/189
21 UGRHI 21 – PEIXE
21.1 Descrição Geral
A UGRHI-21 (Peixe) localiza-se na porção oeste do Estado de São Paulo (Figura
41), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na Tabela 41. Agrega os
tributários das margens direita e esquerda do rio do Peixe e inclui alguns afluentes pela
margem esquerda do rio Paraná, drenando uma área de aproximadamente 10.827 km2.
Os principais rios desta UGRHI são os rios Paraná e do Peixe.
Figura 41. Localização da UGRHI-21 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-175/189
Tabela 41. Municípios com sede na UGRHI-21 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
PEIXE
ADAMANTINA
ALFREDO MARCONDES
ÁLVARES MACHADO
BASTOS
BORÁ
CAIABU
EMILIANÓPOLIS
FLORA RICA
FLÓRIDA PAULISTA
INDIANA
INÚBIA PAULISTA
IRAPURU
JUNQUEIRÓPOLIS
LUTÉCIA
MARIÁPOLIS
MARÍLIA
MARTINÓPOLIS
ORIENTE
OSCAR BRESSANE
OSVALDO CRUZ
OURO VERDE
PIQUEROBI
PRACINHA
RIBEIRÃO DOS ÍNDIOS
SAGRES
SANTO EXPEDITO
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-21 rochas sedimentares, de composição
predominantemente arenosa, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas
formações Adamantina, Santo Anastácio, Marília. Rochas básicas do Grupo São Bento,
representado pela Formação Serra Geral. E, os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas,
siltes, areias e cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente,
de acordo com Ross e Moroz (1997), a UGRHI-21, situa-se majoritariamente no
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-176/189
Planalto Centro Ocidental Paulista (altitudes entre 300 e 600 metros e declividades
inferiores a 20%. Predominam formas de dissecação média a alta, com vales
entalhados e com densidade de drenagem média a alta, apresentando um nível de
fragilidade potencial médio). Ocorrem também, porções na Planície Aluvial do Rio
Paraná, apresentando relevos planos e baixos, de agradação, com declividades
inferiores a 3%, dimensões e formas variadas. Pedologicamente, segundo Oliveira et
al. (1999), as associações pedológicas que predominam na UGRHI-21, são
classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos e Eutróficos abrúpticos
ou não, A moderado com textura arenosa/média e média em relevo suave ondulado e
ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado textura média relevo plano e
suave ondulado. Os Argissolos são solos que apresentam gradiente textural entre os
horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, a classe predominante na
UGRHI é a de campo antrópico, que ocupa 79% do seu território, seguida pela classe
de cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 7,5%. Esta Unidade Hidrográfica abriga
a Usina de Porto Primavera, instalada no rio Paraná, na divisa com o Estado do Mato
Grosso do Sul. A agricultura e a pecuária são as principais atividades econômicas,
destacando-se as áreas de cultivo de cana-de-açúcar voltadas ao abastecimento da
indústria sucroalcooleira.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-177/189
Foto 81. Assoreamento de pequeno curso d’água rural no município de Martinópolis.
Foto 82. Assoreamento em curso d’água no município de Emilianópolis.
Foto 83. Rio do Peixe.
Foto 84. Obras de drenagem, para contenção de processo erosivo, no município de Marília.
21.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-21 está predominantemente inserida nas classes I – Muito Alta e II – Alta de
suscetibilidade à erosão (Figura 42).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-178/189
Figura 42. Mapa de Erosão da UGRHI-21 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-179/189
Na UGRHI, foram cadastradas 165 erosões lineares urbanas (76 ravinas e 89
boçorocas) e 6825 rurais (1461 ravinas e 5364 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta suscetibilidade à erosão (classe I). A Tabela 42
apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos lineares, urbanos e
rurais, dentro dos limites da UGRHI-21.
Tabela 42. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-21
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ADAMANTINA 12 30 42
ALFREDO MARCONDES 3 154 157
ÁLVARES MACHADO 14 104 118
BASTOS 3 45 48
BORÁ 0 91 91
CAIABU 7 314 321
CAIUÁ 0 50 50
DRACENA 0 71 71
ECHAPORÃ 1 163 164
EMILIANÓPOLIS 2 103 105
FLORA RICA 1 143 144
FLÓRIDA PAULISTA 3 126 129
GARÇA 2 240 242
HERCULÂNDIA 0 49 49
IACRI 0 7 7
INDIANA 5 92 97
INÚBIA PAULISTA 2 25 27
IRAPURU 4 59 63
JOÃO RAMALHO 0 32 32
JUNQUEIRÓPOLIS 5 69 74
LUCÉLIA 2 88 90
LUPÉRCIO 0 6 6
LUTÉCIA 0 201 201
MARIÁPOLIS 9 195 204
MARÍLIA 21 332 353
MARTINÓPOLIS 4 416 420
OCAUÇU 0 43 43
ORIENTE 2 137 139
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-180/189
OSCAR BRESSANE 4 322 326
OSVALDO CRUZ 3 45 48
OURO VERDE 2 21 23
PACAEMBU 1 155 156
PANORAMA 0 10 10
PARAPUÃ 0 59 59
PIQUEROBI 1 134 135
POMPÉIA 2 298 300
PRACINHA 1 69 70
PRESIDENTE BERNARDES 0 201 201
PRESIDENTE EPITÁCIO 0 9 9
PRESIDENTE PRUDENTE 23 592 615
PRESIDENTE VENCESLAU 5 211 216
QUATÁ 2 211 213
QUINTANA 0 214 214
RANCHARIA 0 140 140
REGENTE FEIJÓ 5 65 70
RIBEIRÃO DOS ÍNDIOS 1 83 84
SAGRES 1 113 114
SANTO ANASTÁCIO 1 114 115
SANTO EXPEDITO 5 74 79
TUPÃ 3 147 150
VERA CRUZ 3 153 156
TOTAL 165 6825 6990
O Mapa 20 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-21, impresso em escala 1:250.000.
21.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 1
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Bastos. O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de
ocorrência de processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São
Paulo, impresso em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-181/189
22 UGRHI 22 – PONTAL DO PARANAPANEMA
22.1 Descrição Geral
A UGRHI-22 (Pontal do Paranapanema) localiza-se na porção oeste do Estado
de São Paulo (Figura 43), abrangendo as sedes dos municípios apresentados na
Tabela 43. Agrega os tributários da margem direita do curso inferior do rio
Paranapanema e inclui alguns afluentes pela margem esquerda do rio Paraná,
drenando uma área de aproximadamente 12.589 km2. Os principais rios desta UGRHI
são os rios Paranapanema, Paraná, Santo Anastácio e Pirapozinho.
Figura 43. Localização da UGRHI-22 no Estado de São Paulo.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-182/189
Tabela 43. Municípios com sede na UGRHI-22 (Fonte: São Paulo, 1994)
UGRHI MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI
PONTAL DO PARANAPANEMA
ANHUMAS
CAIUÁ
ESTRELA DO NORTE
EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA
IEPÊ
MARABÁ PAULISTA
MIRANTE DO PARANAPANEMA
NANTES
NARANDIBA
PIRAPOZINHO
PRESIDENTE BERNARDES
PRESIDENTE EPITÁCIO
PRESIDENTE PRUDENTE
PRESIDENTE VENCESLAU
REGENTE FEIJÓ
ROSANA
SANDOVALINA
SANTO ANASTÁCIO
TACIBA
TARABAI
TEODORO SAMPAIO
Com relação ao meio físico, no que se refere á geologia, de acordo com
DAEE/UNESP (1982), predominam na UGRHI-22 rochas sedimentares, principalmente
arenosas, pertencentes ao Grupo Bauru, representado pelas formações Adamantina,
Santo Anastácio e Caiuá e os Sedimentos/Depósitos Aluviais (argilas, siltes, areias e
cascalhos), associados ás principais drenagens. Geomorfologicamente, de acordo com
Ross e Moroz (1997), a UGRHI-22 situa-se no Planalto Centro Ocidental Paulista
(altitudes entre 300 e 600 metros e declividades inferiores a 20%. Predominam formas
de dissecação média a alta, com vales entalhados e com densidade de drenagem
média a alta, apresentando um nível de fragilidade potencial médio). Pedologicamente,
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-183/189
segundo Oliveira et al. (1999), as associações pedológicas que predominam na
UGRHI-22, são classificados como Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos e
Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado com textura arenosa/média e média em
relevo suave ondulado e ondulado e Latossolos Vermelhos Distróficos A moderado
textura média relevo plano e suave ondulado. Os Argissolos são solos que apresentam
gradiente textural entre os horizontes A e B, tornando-os altamente suscetíveis a
erosões.
No que diz respeito ao uso e ocupação do solo, predomina a classe campo
antrópico/pastagem, correspondendo a 77% da área da UGRHI, seguida das classes
de mata e cultura semi-perene (cana-de-açúcar), com 8% e 7%, respectivamente. O
Município de Presidente Prudente é destacadamente o mais importante dessa Bacia,
concentrando aproximadamente 41% da população total desta Unidade Hidrográfica. A
pecuária é atividade econômica de destaque, destinando-se tanto para corte quanto
para produção de leite.
A seguir são apresentadas algumas fotos ilustrativas da UGRHI, registradas
durante os trabalhos de campo, entre os meses de fevereiro e julho de 2012.
Foto 85. Curso d’água assoreado no município de Marabá Paulista.
Foto 86. Curso d’água assoreado no município de Mirante do Paranapanema.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-184/189
Foto 87. Curso d’água assoreado no município de Presidente Venceslau.
Foto 88. Boçoroca em solo rural do município Mirante do Paranapanema.
Foto 89. Processo erosivo em área de pastagem no município de Mirante do Paranapanema.
Foto 90. Drenagem em intenso processo erosivo, município de Marabá Paulista.
Foto 91. Solo exposto, em preparo para culturas agrícolas no município de Euclides da Cunha (sedimentos).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-185/189
22.2 Erosão
De acordo com o Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT/DAEE, 1997), a
UGRHI-22 está predominantemente inserida nas classes III – Média, II – Alta e I –
Muito Alta de suscetibilidade à erosão (Figura 44).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-186/189
Figura 44. Mapa de Erosão da UGRHI-22 (IPT/DAEE, 1997).
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-187/189
Na UGRHI, foram cadastradas 104 erosões lineares urbanas (51 ravinas e 53
boçorocas) e 3261 rurais (783 ravinas e 2478 boçorocas). Estes processos ocorrem
prioritariamente em áreas de muito alta/alta suscetibilidade à erosão (classe I e II).
A Tabela 44 apresenta a distribuição, por município, dos processos erosivos
lineares, urbanos e rurais, dentro dos limites da UGRHI-22.
Tabela 44. Distribuição dos processos erosivos lineares na UGRHI-22
MUNICÍPIO EROSÕES URBANAS EROSÕES RURAIS TOTAL
ÁLVARES MACHADO 17 157 174
ANHUMAS 6 178 184
CAIUÁ 0 44 44
ESTRELA DO NORTE 8 254 262
EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA 0 7 7
IEPÊ 0 33 33
INDIANA 2 9 11
MARABÁ PAULISTA 2 371 373
MARTINÓPOLIS 1 102 103
MIRANTE DO PARANAPANEMA 4 399 403
NANTES 0 19 19
NARANDIBA 0 72 72
PIQUEROBI 0 136 136
PIRAPOZINHO 8 171 179
PRESIDENTE BERNARDES 5 272 277
PRESIDENTE EPITÁCIO 6 132 138
PRESIDENTE PRUDENTE 26 26 52
PRESIDENTE VENCESLAU 3 95 98
RANCHARIA 0 3 3
REGENTE FEIJÓ 3 117 120
ROSANA 3 39 42
SANDOVALINA 0 64 64
SANTO ANASTÁCIO 1 310 311
TACIBA 1 137 138
TARABAI 3 34 37
TEODORO SAMPAIO 5 80 85
TOTAL 104 3261 3365
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-188/189
O Mapa 21 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição dos processos
erosivos lineares na UGRHI-22, impresso em escala 1:250.000.
22.3 Inundação
Pelas análises conduzidas e registros consultados, foram identificados 3
municípios que já apresentaram eventos de inundação/enchente em sua área urbana,
a saber: Iepê, Presidente Prudente e Presidente Venceslau.
O Mapa 22 do Anexo D, Volume 3, apresenta a distribuição de ocorrência de
processos de inundação/enchente em área urbana no Estado de São Paulo, impresso
em escala 1:750.000.
Relatório Técnico nº 131.057-205 – B1-189/189
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Mapa Geológico do Estado
de São Paulo. Escala 1:250.000. Convênio DAEE/UNESP, Instituto de Geociências e
Ciências Exatas, Campus de Rio Claro. 1982.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Mapa
de Erosão do Estado de São Paulo. Escala 1:1.000.000. IPT/DAEE, 1997 São Paulo,
1997.
OLIVEIRA, J. B. de et. al. Mapa Pedológico do Estado de São Paulo. Escala:
1:500.000. 1999. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas – IAC. Rio de Janeiro:
Embrapa Solos. 1999.
ROSS, J. L. S. ; MOROZ, I. C. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. São
Paulo: Laboratório de Geomorfologia – Departamento de Geografia-
FFLCH/USP/Laboratório de Cartografia Geotécnica - Geologia Aplicada – IPT/FAPESP
– Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, 1997. Escala 1:500.000.
SÃO PAULO (Estado). Lei nº 9.034, de 27 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o
Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH, a ser implantado no período 1994 e
1995, em conformidade com a Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991, que instituiu
normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos. Anexo II –
Discriminação dos municípios integrantes de cada Unidade de Gerenciamento de
Recursos Hídricos – UGRHI. São Paulo, 1994.