MEMORIAL DESCRITIVO INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
1. INTRODUÇÃO
Este memorial tem por objetivo descrever os serviços a serem executados, requisitos de
segurança e os materiais a serem aplicados na reforma das instalações elétricas do edifício sede
do CREA-PR, contendo informações necessárias para o entendimento do projeto.
Endereço: R. Dr. Zamenhof, 35, Alto da Glória, Curitiba - PR.
Escopo:
Modernização dos quadros de distribuição elétrica;
Adequação da quantidade de tomadas elétricas à quantidade de equipamentos;
Complementação de condutores de proteção (aterramento);
Adequação do SPDA;
Instalação de iluminação de emergência;
Encobrimento da tubulação de ar condicionado;
Ponto para nobreak na central de informações;
Projeto elétrico as-built e medição da impedância de aterramento.
2. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS
2.1. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS E ORIENTAÇÕES GERAIS
As características mínimas dos materiais a serem empregados na obra estão
especificadas na planilha orçamentária. Todos os materiais utilizados devem obedecer às normas
técnicas da ABNT aplicáveis e possuir as certificações do INMETRO necessárias.
A execução da instalação deve ser regida totalmente pelas recomendações da NBR
5410:2004, NBR 5419:2008 e NR-10 do MTE.
Qualquer alteração nas características dos materiais deve ser aprovada previamente com
o fiscal da obra nomeado pelo CREA-PR.
O disjuntor que alimenta os circuitos elétricos envolvidos em cada tarefa da obra deve ser
desligado e bloqueado com trava de segurança e cadeado antes de qualquer trabalho nas linhas
elétricas.
Serviços que demandem a interrupção de energia elétrica devem ser executados,
preferencialmente após às 18:00 ou nos finais de semana, o que não impede de serem
executados em horário de expediente caso seja previamente agendado com o fiscal e com a
área/setor afetados.
Serviços que demandem a interdição de áreas de passagem de pedestres devem ser
previamente agendados e sinalizados, inclusive proteção contra queda de matérias, ferramentas,
restos de construção e poeira.
2.2. MODERNIZAÇÃO DOS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
O edifício sede do CREA-PR possui 9 (nove) quadros de distribuição que serão
modernizados. O Quadro de Distribuição Geral (QDG) está localizado no térreo, especificamente
no hall de entrada, ao seu lado está o Quadro de Distribuição do Térreo (QD-T), nos pavimentos
estão distribuídos 5 (cinco) quadros, do 1º ao 5º, a partir de agora denominados QD-1, QD-2, QD-
3, QD-4 e QD-5. Além desses há um quadro de distribuição par a casa de máquinas localizado no
terraço (QD-CM) e um quadro na edificação anexa (QD-DRI) que serão modernizados.
Os serviços devem ser realizado após às 18:30 de segunda-feira a sexta-feira ou durante o
final de semana em qualquer horário, com necessidade de agendamento prévio com o fiscal da
obra designado pela contratada. Antes da realização do serviço deve ser desligado e bloqueado o
disjuntor que alimenta o quadro. Devido à ausência de iluminação recomenda-se que o novo
quadro seja montado antes da fixação na parede, e que seja utilizada uma fonte de iluminação
externa.
2.2.1. QDG
O QDG possui a função de distribuir os circuitos para os demais quadros da edificação. A
caixa em que está instalado o QDG era antigamente utilizada para abrigar 6 (seis) medidores de
energia e é maior do que o quadro pelo qual será substituída, o que exige a recomposição do
vazio resultante na parede com alvenaria (tijolo, argamassa e pintura) e o prolongamento das
tubulações da prumada até as saídas do novo invólucro, em eletroduto de PEAD corrugado
flexível de 1 ¼” e 2”.
Atualmente não há um disjuntor geral para manobra, será necessário instalar um disjuntor
de 200 A em caixa moldada para esta finalidade. Todos os disjuntores padrão NEMA serão
substituídos por disjuntores compactos DIN equivalentes, 40 A e 50 A. O disjuntor de 90 A será
substituído por um disjuntor modular de 90 A.
Deverão ser instalados 3 (três) DPS de 45 kA entre cada fase e o barramento de terra. O
barramento deve suportar 225 A. A montagem do quadro deve atender plenamente as
recomendações do fabricante, possuindo um acabamento perfeito no que se refere a regulagem
de altura do trilho, vedação dos espaços entre os disjuntores e a placa de montagem, palhetas de
proteção plásticas para os espaços vazios e barramentos de neutro e terra com isoladores.
Cada circuito deve ser identificado com o nome do quadro que alimenta (QD-1, QD-2, etc.).
O barramento de terra deve ser interligado à haste de aterramento cravada logo abaixo do quadro.
O barramento de neutro deve ser interligado ao barramento de terra neste ponto, e
somente neste.
2.2.2. QD-T
Este quadro alimenta o andar térreo do edifício, o quadro de bombas, a chave estrela-
triângulo de acionamento do elevador, o quadro da casa de máquinas (QD-CM) e a área externa.
Deverá ser executado o requadro do nicho resultante na parede com argamassa e pintura,
e também o prolongamento dos eletrodutos existentes até o novo invólucro com eletrodutos de
PVC corrugado flexível de ¾” e 1”, embutidos no nicho.
Todos os disjuntores deste quadro são compactos padrão DIN e por isso devem ser
mantidos e remanejados para o novo quadro. Devem ser instalados 2 (dois) interruptores DR,
sendo um para o circuito de alimentação dos banheiros externos e um para o circuito de
alimentação das cargas externas (jardim e estacionamento). Também devem ser instalados 3
(três) DPS de 30 kA entre cada fase e o barramento de terra.
O barramento deve suportar 100 A. A montagem do quadro deve atender plenamente as
recomendações do fabricante, possuindo um acabamento perfeito no que se refere a regulagem
de altura do trilho, vedação dos espaços entre os disjuntores e a placa de montagem, palhetas de
proteção plásticas para os espaços vazios e barramentos de neutro e terra com isoladores.
Cada circuito deve ser identificado de forma numérica sequencial após a indicação do
quadro em que se origina, separado por um traço, por exemplo: T-01, T-02, etc. A mesma
nomenclatura deverá ser adotada no projeto as-built no diagrama unifilar, na identificação dos
circuitos, tomadas e no quadro de cargas.
2.2.3. QD-1 ATÉ O QD-5
Este quadro alimenta todas as cargas do 1º pavimento. Deverá ser executado o requadro
do nicho resultante na parede com argamassa e pintura, e também o prolongamento dos
eletrodutos existentes até o novo invólucro com eletrodutos de PVC corrugado flexível de ¾” e 1”,
embutidos no nicho.
Todos os disjuntores destes quadros devem ser substituídos por modelos compactos
padrão DIN conforme detalhado nos desenhos. Deve ser instalado 1 (um) interruptor DR em cada
quadro para proteção do circuito de alimentação dos banheiros. Também devem ser instalados
em cada quadro 3 (três) DPS de 30 kA entre cada fase e o barramento de terra.
O barramento deve suportar 100 A. A montagem do quadro deve atender plenamente as
recomendações do fabricante, possuindo um acabamento perfeito no que se refere a regulagem
de altura do trilho, vedação dos espaços entre os disjuntores e a placa de montagem, palhetas de
proteção plásticas para os espaços vazios e barramentos de neutro e terra com isoladores.
Cada circuito deve ser identificado de forma numérica sequencial após a indicação do
quadro em que se origina, separado por um traço, por exemplo: 1-01, 1-02, 2-01, 2-02,..., 5-01, 5-
02, etc. A mesma nomenclatura deverá ser adotada no projeto as-built no diagrama unifilar, na
identificação dos circuitos, tomadas e no quadro de cargas.
2.2.4. QD-CM
Este quadro alimenta as cargas de tomadas de uso geral e iluminação da casa de
máquinas. O novo quadro possui uma área de projeção sobre a parede maior do que o atual, e
por isso não exige requadro com argamassa, porém devem ser executados rasgos na alvenaria e
adaptação dos eletrodutos para encaixar no novo quadro, inclusive o acabamento na junção entre
as bordas do quadro e a parede..
Todos os disjuntores destes quadros devem ser substituídos por modelos compactos
padrão DIN conforme detalhado nos desenhos. Devem ser instalados 2 (dois) DPS de 30 kA entre
cada fase e o barramento de terra.
O barramento deve suportar 100 A. A montagem do quadro deve atender plenamente as
recomendações do fabricante, possuindo um acabamento perfeito no que se refere a regulagem
de altura do trilho, vedação dos espaços entre os disjuntores e a placa de montagem, palhetas de
proteção plásticas para os espaços vazios e barramentos de neutro e terra com isoladores.
Cada circuito deve ser identificado de forma numérica sequencial após a indicação do
quadro em que se origina, separado por um traço, por exemplo: CM-01, CM-02, etc. A mesma
nomenclatura deverá ser adotada no projeto as-built no diagrama unifilar, na identificação dos
circuitos, tomadas e no quadro de cargas.
Este quadro fica no último pavimento ao lado da porta da casa de máquinas e ao lado do
fosso da escada, por isso deve ser adota alguma medida de proteção contra a queda de restos de
construção e ferramentas durante a instalação, podendo ser uma pequena rede de proteção.
2.2.5. QD-DRI
Este quadro alimenta as cargas de tomadas e iluminação do departamento DRI. Este
quadro é alimentado por uma entrada de energia diferente dos anteriores. O novo quadro possui
uma área de projeção sobre a parede maior do que o atual, e por isso não exige requadro com
argamassa, porém devem ser executados rasgos na alvenaria e adaptação dos eletrodutos para
encaixar no novo quadro, inclusive o acabamento na junção entre as bordas do quadro e a
parede.
Todos os disjuntores deste quadro devem ser substituídos por modelos compactos padrão
DIN conforme detalhado nos desenhos. Devem ser instalados 3 (dois) DPS de 30 kA entre cada
fase e o barramento de terra. Também devem ser instalados 2 (dois) interruptores DR para
proteção do circuito de alimentação dos banheiros e da área externa.
O barramento deve suportar 100 A. A montagem do quadro deve atender plenamente as
recomendações do fabricante, possuindo um acabamento perfeito no que se refere a regulagem
de altura do trilho, vedação dos espaços entre os disjuntores e a placa de montagem, palhetas de
proteção plásticas para os espaços vazios e barramentos de neutro e terra com isoladores.
Cada circuito deve ser identificado de forma numérica sequencial após a indicação do
quadro em que se origina, separado por um traço, por exemplo: DRI-01, DRI-02, etc. A mesma
nomenclatura deverá ser adotada no projeto as-built no diagrama unifilar, na identificação dos
circuitos, tomadas e no quadro de cargas.
2.2.6. QDG – PLENÁRIO E QUADRO DE MEDIÇÃO
O QDG-PLENÁRIO não será modernizado porque foi reformado recentemente. É
alimentado pela mesma entrada de energia que alimenta o QD-DRI, o qual, por sua vez, é
alimentado pelo QDG do plenário. O único serviço a ser realizado neste quadro é a identificação
dos circuitos.
Cada circuito deve ser identificado de forma numérica sequencial após a indicação do
quadro em que se origina, separado por um traço, por exemplo: P-01, P-02, etc. A mesma
nomenclatura deverá ser adotada no projeto as-built, no diagrama unifilar, na identificação dos
circuitos, tomadas e no quadro de cargas.
No quadro de medição da sede deve ser efetuada uma revisão das conexões e cabos,
buscando identificar pontos de oxidação e conexões frouxas, executando a substituição e
correção das partes defeituosas.
2.3. TOMADAS DE CORRENTE E CONDUTORES DE PROTEÇÃO
Em cada pavimento devem ser verificadas as tomadas de corrente das estações de
trabalho e de outras cargas (impressoras, bebedouros, etc.) identificando as seguintes possíveis
situações e tomando as respectivas medidas corretivas.
2.3.1. TOMADAS DE CORRENTE
Deve ser identificado se há a utilização de adaptadores (tês, benjamins), de filtro de linha,
régua de tomadas ou outro dispositivo com a função de permitir a ligação de mais de um
equipamento a uma única tomada. É aceitável a utilização de adaptadores apenas para
compatibilizar diferentes modelos de plugues, e de filtros de linha apenas nos casos em que a
tomada está afastada do equipamento.
Em caso positivo devem ser instaladas quantas tomadas forem necessárias, de modo a se
obter no mínimo uma para cada equipamento elétrico. Se houver espaço disponível para adição
de módulos de tomada esta deve ser a medida adotada. Caso não haja deve ser instalada uma
caixa de tomada adicional, em alvenaria do tipo embutir e em divisórias e móveis do tipo sobrepor.
Quando houver o embutimento de caixa de tomada o circuito de alimentação será derivado
da tomada existente através de eletroduto corrugado flexível de PVC, ¾”, e os cabos em cobre,
flexíveis, com isolação de 750 V e seção 2,5 mm².
A quantidade de tomadas orçada é uma estimativa devido à inviabilidade de efetuar um
levantamento preciso desta quantidade na fase de elaboração do projeto, por isso pode haver
uma variação considerável para mais ou para menos durante a execução da obra, sendo feita a
correção do valor após a medição.
Na central de informações as tomadas existentes estão instaladas em canaletas metálicas,
são do tipo redonda do modelo europeu. Estas tomadas devem ser substituídas por tomadas
redondas para condulete, no padrão NBR 14136, 10 A, e fixadas firmemente na canaleta metálica.
As novas tomadas devem atender obrigatoriamente à ABNT NBR 14136. Por questões de
segurança as tarefas só devem ser executadas com o disjuntor desligado e bloqueado pelo
eletricista.
2.3.2. CONDUTOR DE PROTEÇÃO, FIO-TERRA (PE)
Em cada tomada deve ser verificada a existência de condutor de proteção (PE) conectado
ao 3º pino. O teste pode ser feito medindo a continuidade entre o pino na tomada com o
barramento de terra do quadro ou com um instrumento testador de tomadas.
Caso constatada a ausência aterramento na tomada o problema deverá ser corrigido
através da passagem de um condutor isolado, flexível, de cobre, isolação 750 V na cor verde-
amarela, de mesma seção do condutor de fase, emendado com fita isolante no condutor de
proteção mais próximo existente na tubulação.
Caso a tomada seja de dois pinos ela deverá ser substituída por uma tomada 2P+T e
também deverá ser instalado um condutor de proteção da forma descrita no parágrafo anterior.
A quantidade de cabos orçada é uma estimativa devido à inviabilidade de efetuar um
levantamento preciso desta quantidade na fase de elaboração do projeto, por isso pode haver
uma variação considerável para mais ou para menos durante a execução da obra, sendo feita a
correção do valor após a medição.
Também deve ser verificada nas tomadas a correta polaridade entre fase e neutro,
conforme ilustração a seguir. Caso constatada a inversão a mesma deverá ser corrigida.
2.4. SPDA – SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
O SPDA existente encontra-se em mau estado de conservação, com diversos elementos
de fixação oxidados, o que compromete sua condutibilidade elétrica e resistência mecânica,
devendo por isso ser totalmente removido, exceto as partes enterradas, as quais devem ser
interligadas ao novo SPDA em todos os pontos acessíveis.
2.4.1. SUBSISTEMA CAPTOR
Deverá ser substituído o mastro existente de 6 m por outro novo, com captor tipo Franklin,
para duas descidas de cabos em alumínio nu de 70 mm², instalados através de abraçadeiras guia,
duas reforçadas próximo ao captor e à base, e três simples no meio do mastro. A base também
deve ser substituída e a manta de impermeabilização da laje neste pedaço deve ser recomposta.
A uma altura de aproximadamente 3 m da base do mastro deve ser instalado o sinalizador
duplo para lâmpadas de 60 W com relé fotoelétrico, fixado através de suporte específico para
mastro. A alimentação das lâmpadas é feita por um cabo multipolar que já existe atualmente,
conforme ilustrado no DETALHE 01.
O mastro deve ser estaiado com 3 estais rígidos separados por um ângulo horizontal de
120° e fixados no mastro por abraçadeira e na laje por placa metálica parafusada.
A conexão entre cabos de alumínio para mudança de direção (derivações d01 a d06) são
executadas utilizando-se conectores paralelos em alumínio, conforme DETALHE 02.
Os cabos da malha captora devem ser fixados a cada metro, com presilha de alumínio,
sobre os rufos ou platibanda, utilizando-se bucha e parafuso. Nos locais indicados devem ser
fixadas hastes captoras de 60 cm, presas aos cabos através de conectores tipo split-bolt. Nos
locais de fixação dos parafusos deve ser aplicada uma pasta de poliuretano para vedar a entrada
de água. Esta etapa é ilustrada nos DETALHES 03 E 04.
Em todas as curvas os cabos de alumínio devem ser travados através de grampos nas
duas direções, conforme DETALHE 05. Nas derivações d05, d06, d07 e d08 há a junção entre
cabo e barra. As derivações d05 e d06 são para a barra que forma o anel de captação que
circunda toda a área do terraço com acesso de pessoas, fixado na parede externa a 20 cm da
platibanda, e as derivações d07 e d08 são para as barras dos condutores de descida. O detalhe
de derivação está ilustrado no DETALHE 06.
A fixação da barra chata em alumínio está ilustrada no DETALHE 07. A curva de 90° só
será utilizada nas duas curvas internas do anel, logo após as derivações d05 e d06. As curvas
externas deverão ser executadas com um pedaço de 30 cm do cabo de alumínio nu de 70 mm²,
interligado às barras através de terminais de compressão. Neste ponto já deve ser utilizado o
balancim para trabalho em altura, todos os trabalhadores devem ser capacitados em NR-35 e
possuir certificado vigente, obedecendo a todas as orientações de segurança a serem fornecidas
pelo executor, durante esta tarefa e durante a fixação dos condutores de descida descrita a
seguir.
As escadas marinheiro e as estruturas metálicas dos condicionadores de ar devem ser
equalizadas através de fitas metálicas, interligadas ao cabo de captação ou condutor de descida
mais próximo.
2.4.2. SUBSISTEMA DE CONDUTORES DE DESCIDA
Os condutores de descida são barras chatas em alumínio, de 7/8” x 1/8”, as quais devem
ser fixadas na superfície da parede de alvenaria a cada metro de percurso, conforme o DETALHE
08. Até uma altura de 2,5 m do nível do solo deve ser instalado um eletroduto de PVC rígido para
proteção da descida contra danos mecânicos.
Para interligação entre a barra de alumínio na entrada do eletroduto e a haste de
aterramento na outra ponta, deve ser utilizado um cabo de cobre de 50 mm². A conexão entre o
cabo de cobre e a barra de alumínio é feita através de um terminal de compressão, DETALHE 09.
Neste ponto de conexão é importante a aplicação de uma pasta anti-óxido, pois, caso contrário, se
iniciará imediatamente o processo de corrosão eletrolítica entre o alumínio e o cobre.
Próximo ao eletrodo de aterramento, na metade da altura do eletroduto, deve ser instalada
uma caixa para conexão de medição, com uma tampa removível apenas por ferramenta, ilustrada
no DETALHE 10. Cada eletroduto deve ser fixado na parede através de 4 abraçadeiras, duas
acima da caixa de inspeção e outras duas abaixo. A ilustração do DETALHE 11 dá uma visão
geral dos condutores de descida próximo ao solo.
2.4.3. SUBSISTEMA DE ATERRAMENTO
Ao redor da edificação deve ser escavada uma vala de 30 cm de largura por 50 cm de
profundidade para instalação do anel do anel de equipotencialização que interliga todas as
descidas, composto por um cabo de cobre de 50 mm², ver DETALHE 12.
O piso no local de escavação da vala é composto de paver e paralelepípedo, os quais
devem ser retirados e reassentados após a execução dos serviços. A escavação deve ser feita
com muito cuidado, pois podem haver tubulações enterradas cruzando o caminho, nestes casos
devem ser tomadas medidas para contornar estas tubulações sem danificá-las. Após a
compactação do solo é esperado que seja necessário complementar o volume de terra e a sua
compactação. A espessura de pó de pedra sob o paver e paralelepípedo deve ser de 5 cm, no
máximo.
No local de cada descida devem ser cravadas duas hastes de aterramento de 3 m,
totalizando 6 m de profundidade. Por isso as hastes devem ser prolongáveis. A conexão entre os
cabos de cobre provenientes da descida e da malha de aterramento deve ser feita utilizando-se
solda exotérmica, conforme DETALHE 13.
Para a equipotencialização de todos os aterramentos será utilizada uma caixa de embutir,
com terminais e barramento de cobre, para interligação da malha do SPDA, do barramento de
terra do quadro de telefonia e do barramento de terra do QD-T, compondo o B.E.P (Barramento e
Equipotencialização Principal), a qual deverá ser embutida ao lado do QD-T.
Na parede em que for instalada devem ser instalados eletrodutos de PVC, flexível,
corrugado, interligando uma saída do BEP aos quadros QD-T e Telefonia. Neste eletroduto serão
instalados dois cabos de cobre, flexível, isolado, 16 mm², conectados através de terminais de
compressão nos barramentos nas duas pontas.
Para a interligação entre o BEP e a malha de aterramento do SPDA será embutido na
alvenaria um eletroduto de PVC, flexível, corrugado, ¾” atravessando a parede até uma caixa de
passagem no canto da sala de equipamentos (localizada atrás da parede onde estão instalados
os quadros) e atravessando a parede da sala de equipamentos para o corredor externo até a vala
da malha de aterramento do SPDA, onde haverá a conexão através de um conector paralelo com
parafuso.
2.5. SUBSISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Deve ser instalado um sistema de iluminação de emergência para aclaramento e
sinalização das rotas de fuga, em locais como escadas, portas, corredores, halls, salas de
reunião, mudanças de direção e obstáculos, para atuação durante falta de energia elétrica ou
incêndio.
A duração da iluminação de emergência deve ser de 1 hora, no mínimo, e atender às
recomendações da ABNT NBR 10898.
Serão utilizados três tipos de luminárias de emergência, sendo: bloco autônomo sem
sinalização, luminária de LED com placa acrílica com a sinalização de escadaria e conjunto
autônomo com bateria e dois projetores halógenos.
As luminárias devem ser instaladas nos locais indicados nos desenhos. Além daquelas
indicadas nos desenhos devem ser instalados dois blocos autônomos adicionais, um na porta e
outro na escada de acesso à casa de máquinas do elevador. A autonomia de cada luminária é
indicada na legenda.
Os blocos autônomos devem ser fixados na parede imediatamente sobre a porta, as
luminárias de sinalização de escadaria devem ser fixadas no teto do hall entre os níveis da
escada. O conjunto autônomo com projetores deve ser fixado na parede sobre a porta de saída do
plenário, utilizando mão francesa, e os refletores posicionados para as laterais do ambiente de
modo a evitar o ofuscamento das pessoas durante uma fuga.
Para alimentação das luminárias de emergência devem ser instaladas tomadas elétricas
de sobrepor, tipo sistema-X, 2P+T, 10 A, e os circuitos elétricos devem ser derivados da luminária
mais aproxima através de canaletas 20mmx10mm (fase-neutro-terra, 1,5 mm²). Caso a luminária
não venha com plugues os mesmos devem ser fabricados in-loco com cabo multipolar de 3 veias
(fase-neutro-terra), 50 cm por luminária, e plugue de 10 A.
2.6. CALHA METÁLICA
Na parede externa do edifício, no 5º andar, face para a rua Ivo Leão, existe uma tubulação
de ar condicionado que deve ser encobrida por uma calha metálica branca. Como se trata de
trabalho em altura recomenda-se que seja executado em sincronia com a descida do SPDA.
A calha metálica deve ser branca, corte 50 cm, e ancorada na parede através de parafusos
M8 a cada metro.
2.7. TOMADA PARA NO-BREAK NA CENTRAL DE INFORMAÇÕES
Na central de informações do CREA-PR está prevista a instalação de um nobreak para
alimentar a carga de iluminação (nobreak não contemplado nesta obra). Para a instalação do
nobreak será necessária uma tomada de corrente no circuito que hoje alimenta as luminárias.
Para esta ligação deverá ser identificado o circuito elétrico de iluminação no forro e
interrompido em um ponto próximo à parede. Na parte que vem do quadro de distribuição será
executada uma emenda e uma descida através de canaleta 50mmx20mm até uma tomada de
corrente de 20 A na parede. O circuito elétrico deve ser composto de condutores de 2,5 mm².
No lado da carga também será executada uma emenda, porém com um cabo multipolar de
3 veias (fase-neutro-terra) de 2,5 mm², descendo até a tomada (com uma folga de
aproximadamente 1,5 m e um plugue reto 2P+T, NBR 14136), onde posteriormente será
conectado a uma saída do nobreak.
2.8. PROJETO COMO CONSTRUÍDO – AS-BUILT
Após a execução de toda a instalação deve ser efetuada a medição da impedância de
aterramento, com elaboração de laudo detalhando o instrumento utilizado, as informações da
instalação elétrica, data e hora. Caso a impedância medida esteja acima de 10 devem ser
sugeridas medidas para a correção deste valor.
Devem ser elaborados todos os projetos as-built da instalação, incluindo, no mínimo:
Plantas de iluminação com a posição das luminárias, potência e quantidade de lâmpadas,
circuito de alimentação e localização odos interruptores.
Diagrama unifilar representando os disjuntores e circuitos desde a entrada de energia até
os circuitos terminais, passando por todos os quadros de distribuição existentes.
Distribuição de circuitos (indicação da seção e nº do circuito conforme identificado no
quadro), eletrodutos (local de instalação, bitola e prumadas), localização das tomadas e indicação
do circuito de alimentação.
Planta de iluminação: local de instalação, circuito de alimentação, interruptores, tipo da luminária e
quantidade, modelo e potência das lâmpadas.
SPDA com a posição das descidas, malha de aterramento, malha captora e hastes.
Os desenhos devem ser entregues plotados em tamanho que permita a legibilidade de
todas as informações, e também em CD nos formatos dwg, plt e pdf.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este memorial descritivo é parte integrante do projeto básico, o qual, aliado aos desenhos
(pranchas), à lista de materiais da planilha orçamentária e ao cronograma, fornece o conjunto
básico de informações necessário à completa execução da obra.
Ao término da obra é esperado que todo o escopo inicialmente previsto seja plenamente
atendido. A segurança dos trabalhadores deve ser garantida durante todo o período. De acordo
com o risco inerente a cada serviço descrito é exigida a capacitação mínima do trabalhador, de
forma a evitar qualquer acidente com eletricidade ou quedas, principalmente no que se refere a
cursos de NR-10 e NR-35.
Os materiais utilizados devem ser aqueles especificados na planilha orçamentária, e a
técnica e local de aplicação são indicados nas respectivas pranchas e neste memorial.
Curitiba, 18 de agosto de 2014
_________________________________________
Eng. Eletric. Gabriel T. Ribeiro (PR-94169/D)
Assessor Técnico de Obras e Serviços de Engenharia do CREA-PR