MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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NESTA EDIÇÃO:
Lei nacional nº 12.234, de 5 de
maio de 2010 (DOU de 6.12.2010)
Ementas do Tribunal Pleno e da
Primeira e Segunda Turmas do STF
Ementas da Terceira Seção e da
Quinta e Sexta Turmas do STJ
ALGUMAS PALAVRAS
Setor de Jurisprudência O BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA é uma publicação eletrônica quinzenal da Procuradoria de Justiça
Criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo; o acesso a todas as suas edições poderá ser obtido, na rede mundial de computadores (Internet), por meio do endereço <http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/proc_criminal/Boletins_jurisprudencia>; a publicação é remetida, também, a todos os interessados mediante mala direta eletrônica. O inteiro teor dos acórdãos aqui
publicados acha-se disponível dentro das páginas eletrônicas do Supremo Tribunal Federal <www.stf.jus.br> e do Superior Tribunal de Justiça <www.stj.jus.br>. Críticas e sugestões serão bem-vindas e poderão ser encaminhadas ao Setor de Jurisprudência da Procuradoria de Justiça Criminal, por meio do seu endereço eletrônico <[email protected]>. Bom proveito!
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LEGISLAÇÃO
Lei nacional nº 12.234, de 5 de maio de 2010 (publicada na edição de 6 de maio de 2010 do D. O. U.)
Altera os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei altera os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, para excluir a prescrição retroativa.
Art. 2o Os arts. 109 e 110 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passam a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo
da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: .............................................................................................
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. ...................................................................................” (NR)
“Art. 110. ...................................................................... § 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em
julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo
inicial data anterior à da denúncia ou queixa. § 2o (Revogado).” (NR)
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4o Revoga-se o § 2o do art. 110 do Código Penal. Brasília, 5 de maio de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
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TRIBUNAL PLENO Composição:
Ministro Cezar Peluso - Presidente Ministro Ayres Britto - Vice-Presidente
Ministro Celso de Mello Ministro Marco Aurélio
Ministra Ellen Gracie Ministro Gilmar Mendes
Ministro Joaquim Barbosa Ministro Eros Grau
Ministro Ricardo Lewandowski Ministra Cármen Lúcia
Ministro Dias Toffoli ________________________________________________________________
Pet 4574 / AL – ALAGOAS
PETIÇÃO Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 11/03/2010 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação DJe-062 DIVULG 08-04-2010 PUBLIC 09-04-2010
EMENT VOL-02396-01 PP-00080
EMENTA: CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES - MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAL E FEDERAL. Conforme precedentes do Supremo, cabe a si
dirimir conflito de atribuições entre o Ministério Público estadual e o Federal - Petição nº 3.631-0/SP, relator Ministro Cezar Peluso, acórdão
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publicado no Diário da Justiça Eletrônico de 6 de março de 2008, e Ação Cível Originária nº 889/RJ, relatora Ministra Ellen Gracie, acórdão
veiculado no Diário da Justiça Eletrônico de 27 de novembro de 2008. CRIME COMUM - AUSÊNCIA DE CONEXÃO COM O CRIME COMUM
ELEITORAL. Verificada a inexistência de conexão entre as imputações, incumbe ao Ministério Público do Estado a atuação relativamente ao crime
comum propriamente dito. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. O conflito de competência pressupõe postura de órgãos do Judiciário quer assentando
ambos a respectiva competência, quer negando-a.
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, julgou procedente o conflito de atribuições e reconheceu a atribuição do
Ministério Público estadual. Votou o Presidente. Ausente, justificadamente,
neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Plenário,
11.03.2010.
AI 742202 AgR / PE – PERNAMBUCO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA
Julgamento: 06/04/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação
DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010 EMENT VOL-02399-11 PP-02422
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PROCESSO PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, INC. LV, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA COM BASE NO ARGUMENTO DE QUE OS REQUERIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS APRESENTADOS
PELO ORA AGRAVANTE NAS INSTÂNCIAS ANTERIORES, COM O INTUITO DE CORROBORAR SUA TESE DE LEGÍTIMA DEFESA NA FASE DA
PRONÚNCIA, NÃO FORAM APRECIADOS. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL NO SENTIDO DE QUE O ÓRGÃO JULGADOR NÃO É OBRIGADO
A SE MANIFESTAR SOBRE TODAS AS QUESTÕES QUE LHE SÃO
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APRESENTADAS E QUE, PARA A PRONÚNCIA, BASTAM A PROVA DA MATERIALIDADE E OS INDÍCIOS DE AUTORIA, NOS TERMOS DO ART. 408
DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PRECEDENTES. 1. No que concerne à questão objeto do recurso extraordinário interposto pelo ora Agravante,
novamente suscitada neste agravo regimental, o Tribunal a quo limitou-se a assentar que "o julgador, desde que fundamente a decisão, não está
obrigado a analisar todas as regras legais e as alegações de fato invocadas pelas partes" e que a alegação de legítima defesa não deveria
ser analisada na fase de pronúncia, uma vez "que exigiria uma detalhada apreciação das provas, o que seria inadmissível por suprimir a
competência do Tribunal do Júri". 2. Não há divergência entre o que decidido pelo Tribunal a quo e o entendimento do Supremo Tribunal
segundo o qual "o órgão judicante não é obrigado a se manifestar sobre
todas as teses apresentadas pela defesa, bastando que aponte fundamentadamente as razões de seu convencimento" (AI 690.504-AgR,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJE 23.5.2008) e "para a prolação da sentença de pronúncia, não se exige um acervo probatório capaz de
subsidiar um juízo de certeza a respeito da autoria do crime. Exige-se prova da materialidade do delito, mas basta, nos termos do artigo 408 do
Código de Processo Penal, que haja indícios de sua autoria" (RE 540.999, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 20.6.2008). 3. Agravo regimental ao qual
se nega provimento.
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou,
justificadamente, deste julgamento o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 06.04.2010.
AP 493 AgR / PB - PARAÍBA
AG.REG. NA AÇÃO PENAL Relator(a): Min. ELLEN GRACIE
Julgamento: 25/03/2010 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Publicação
DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010
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EMENT VOL-02399-01 PP-00210
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO PENAL. CRIME PRATICADO POR EX-PREFEITO. FATO CRIMINOSO PRATICADO NA VIGÊNCIA DA LEI
8.666/93. CONDUTA TIPIFICADA NO ART. 89 DA LEI 8.666/93. LEI ESPECIAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 89 DA LEI 9.099/95 DIANTE DA
PENA MÍNIMA COMINADA AO DELITO. RECURSO IMPROVIDO. 1. O fato criminoso imputado ao réu na inicial acusatória se ajusta,
perfeitamente, ao delito tipificado no art. 89 da Lei 8.666/93, visto que o mesmo está sendo acusado, justamente, de dispensar licitação fora das
hipóteses previstas em lei. 2. O fato de o acusado ter praticado a conduta descrita na denúncia na
condição de Prefeito, só por si, não atrai o tipo do art. 1º, XI, do Decreto-
Lei 201/67, eis que a Lei 8.666/93 trata especificamente de crimes nas licitações e contratos da Administração Pública, inclusive no âmbito
municipal. 3. Cabe ressaltar que o fato descrito na denúncia foi praticado na vigência
da Lei 8.666/93. 4. Estando correta a tipificação da conduta do acusado feita na prefacial
acusatória, mostra-se incabível a suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95, diante da pena mínima de 03 (três)
anos de detenção cominada ao delito imputado. 5. Recurso improvido.
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora,
negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente) e Eros Grau e, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro
Cezar Peluso (Vice-Presidente). Plenário, 25.03.2010.
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PRIMEIRA TURMA Composição:
Ministro Ricardo Lewandowski - Presidente
Ministro Marco Aurélio Ministro Ayres Britto
Ministra Cármen Lúcia Ministro Dias Toffoli
________________________________________________________________
HC 101786 / MS - MATO GROSSO DO SUL
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CARLOS BRITTO
Julgamento: 06/04/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-03 PP-00579
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO.
CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA. EMPREGO DE ARMA DE FOGO. ARMA NÃO APREENDIDA E NÃO PERICIADA. INSTRUÇÃO CRIMINAL QUE
EVIDENCIOU O EFETIVO MANEJO DO ARTEFATO OFENSIVO. INCIDÊNCIA
DA CIRCUNSTÂNCIA MAJORANTE. ORDEM DENEGADA. 1. À falta de apreensão da arma de fogo, mas comprovado o seu emprego
por outros meios idôneos de prova, não há como refugar a aplicação do inciso I do § 2º do art. 157 do Código Penal.
2. A incidência da circunstância majorante do inciso I do § 2º do art. 157 do estatuto incriminador está justificada no maior potencial de intimidação
e consequente rendição da vítima, provocadas pelo uso de arma de fogo. Precedentes: HCs 96.099, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski
(Plenário); e 94.236 e 101.534, da minha relatoria.
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3. Habeas corpus indeferido.
Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski.
1ª Turma, 06.04.2010.
HC 95244 / PE - PERNAMBUCO
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 23/03/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação
DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010
EMENT VOL-02399-05 PP-00926
EMENTA Habeas corpus. Constitucional e processual penal. Possibilidade de denúncia anônima, desde que acompanhada de demais elementos
colhidos a partir dela. Instauração de inquérito. Quebra de sigilo telefônico. Trancamento do inquérito. Denúncia recebida. Inexistência de
constrangimento ilegal. 1. O precedente referido pelo impetrante na inicial (HC nº 84.827/TO, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 23/11/07), de
fato, assentou o entendimento de que é vedada a persecução penal iniciada com base, exclusivamente, em denúncia anônima. Firmou-se a
orientação de que a autoridade policial, ao receber uma denúncia anônima, deve antes realizar diligências preliminares para averiguar se os
fatos narrados nessa "denúncia" são materialmente verdadeiros, para, só então, iniciar as investigações. 2. No caso concreto, ainda sem instaurar
inquérito policial, policiais federais diligenciaram no sentido de apurar as
identidades dos investigados e a veracidade das respectivas ocupações funcionais, tendo eles confirmado tratar-se de oficiais de justiça lotados
naquela comarca, cujos nomes eram os mesmos fornecidos pelos "denunciantes". Portanto, os procedimentos tomados pelos policiais
federais estão em perfeita consonância com o entendimento firmado no precedente supracitado, no que tange à realização de diligências
preliminares para apurar a veracidade das informações obtidas
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anonimamente e, então, instaurar o procedimento investigatório propriamente dito. 3. Habeas corpus denegado.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas
corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Falou o Dr. Francisco Rodrigues da Silva, pelos pacientes. Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 23.03.2010.
HC 100910 / SP - SÃO PAULO
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA
Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma
Publicação DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010
EMENT VOL-02399-05 PP-01113
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PENAL. TENTATIVA DE ROUBO E ROUBO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO E
PELO CONCURSO DE PESSOAS. DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. DESNECESSIDADE DE APREENSÃO DA ARMA E DE PERÍCIA PARA A COMPROVAÇÃO DA QUALIFICADORA. CIRCUNSTÂNCIA
QUE PODE SER EVIDENCIADA POR OUTROS MEIOS DE PROVA. ALEGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE CRIME CONTINUADO. IMPOSSIBILIDADE DO
REVOLVIMENTO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO EM HABEAS CORPUS. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.
1. Desnecessária a apreensão e a perícia da arma de fogo empregada no
roubo para comprovar a qualificadora do art. 157, § 2º, inc. I, do Código Penal, quando o seu potencial lesivo pode ser demonstrado por outros
meios de prova, em especial pela palavra da vítima ou pelo depoimento de testemunha presencial. Precedentes.
2. Necessidade de revolvimento do conjunto fático-probatório para a análise da alegação de que teria ocorrido crime continuado, o que não
pode ser feito na via estreita do habeas corpus. Precedentes.
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3. Ordem denegada.
Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste
julgamento, o Ministro Ayres Britto. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 09.03.2010.
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SEGUNDA TURMA Composição:
Ministro Cezar Peluso - Presidente
Ministro Celso de Mello Ministra Ellen Gracie
Ministro Joaquim Barbosa Ministro Eros Grau
___________________________________________________________
RHC 88512 / SP - SÃO PAULO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma
Publicação DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010
EMENT VOL-02398-01 PP-00097
EMENTA: AÇÃO PENAL. Defensor dativo. Falta de intimação pessoal para a sessão de julgamento da apelação. Julgamento realizado antes da Lei nº
9.271/1996. Nulidade. Inocorrência. Norma processual. Aplicação da regra "tempus regit actum". Recurso a que se nega provimento. Não é nulo o
julgamento de apelação sem a intimação pessoal de defensor dativo, nos casos anteriores à entrada em vigor da Lei nº 9.271/1996.
Decisão: Negado provimento ao recurso por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.
RHC 91189 / PR - PARANÁ
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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00123
EMENTAS: 1. INQUÉRITO POLICIAL. Prisão em flagrante. Inviolabilidade
domiciliar. Exceção. Nulidade. Inexistência. Precedentes. A Constituição Federal autoriza a prisão em flagrante como exceção à inviolabilidade
domiciliar, prescindindo de mandado judicial, qualquer que seja sua natureza.
2. AÇÃO PENAL. Falsificação de documento público. Crime formal.
Inexistência de prejuízo. Irrelevância. Consumação no momento da falsificação ou alteração. Recurso a que se nega provimento. O delito de
falsificação de documento público é crime formal, cuja consumação se dá no momento da falsificação ou da alteração do documento.
Decisão: Negado provimento ao recurso por votação unânime. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.
RHC 91552 / RJ - RIO DE JANEIRO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma
Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00150
EMENTAS:
1. PENA. Criminal. Prisão. Fixação. Dosimetria. Exacerbação da pena-base. Exigência do art. 59 do CP. Atendimento. Fundamentação suficiente.
Nulidade. Inexistência. Não carece de fundamentação idônea a sentença
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penal condenatória que fixa a pena-base acima do mínimo legal, se os elementos determinantes da majoração se encontram devidamente
indicados. 2. AÇÃO PENAL. Delitos de roubo qualificado e de latrocínio. Crime
continuado. Reconhecimento. Inadmissibilidade. Tipos de objetividades jurídicas distintas. Inexistência da correlação representada pela lesão do
mesmo bem jurídico. Crimes de espécies diferentes. HC denegado. Inaplicabilidade do art. 71 do CP. Recurso em habeas corpus a que se
nega provimento. Não pode reputar-se crime continuado a prática dos delitos de roubo e de latrocínio.
Decisão: Negado provimento ao recurso por votação unânime. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.
HC 90738 / RJ - RIO DE JANEIRO
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00109
EMENTA: AÇÃO PENAL. Processo. Suspensão condicional. Revogação após
transcurso do período de prova. Admissibilidade. Fato ocorrido antes de seu termo. Precedente HC denegado. O benefício da suspensão
condicional do processo pode ser revogado ainda após o transcurso do
período de prova, desde que motivado por fatos ocorridos dentro daquele prazo.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausente,
justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.
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HC 90830 / BA - BAHIA
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00116
EMENTA: AÇÃO PENAL. Interrogatório. Subscrição, sem ressalvas, do
termo de audiência pela defesa de co-réu. Pedido de realização de novo interrogatório. Indeferimento. Nulidade. Inexistência. Argüição
extemporânea. Preclusão. Ordem denegada. Se a defesa, no
interrogatório, não requereu reperguntas ao co-réu, subscrevendo sem ressalvas o termo de audiência, a manifestação posterior de
inconformismo não elide a preclusão.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim
Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.
HC 91371 / PE - PERNAMBUCO
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010
EMENT VOL-02398-01 PP-00142 Parte(s)
PACTE.(S) : MARCÍLIO OMENA RAMOS PITA IMPTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: AÇÃO PENAL. Citação. Tentativas de citação pessoal. Ocultação
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15
do réu. Citação por edital. Validade. Constituição de defesa técnica desde o início do processo. Nulidade. Inexistência. Ordem denegada. Constituída
a defesa técnica e comprovada a ocultação do réu para evitar a citação pessoal, não há falar em nulidade da citação por edital.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.
HC 92194 / MT - MATO GROSSO HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-01 PP-00170
EMENTA: AÇÃO PENAL. Júri. Sentença de pronúncia. Recurso. Razões não
apresentadas pelo defensor constituído. Intimação pessoal do réu para ratificar o interesse recursal. Não ratificação. Nulidade. Inexistência.
Ordem denegada. Não há falar em cerceamento de defesa, se, ante a falta de apresentação das razões de recurso pela defesa técnica, os réus não
ratificam interesse recursal, depois de pessoalmente intimados para tanto.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim
Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.
HC 94177 / RS - RIO GRANDE DO SUL HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma
Publicação
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DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-02 PP-00230
EMENTAS:
1. EXECUÇÃO PENAL. Pena privativa de liberdade. Remição. Dias remidos. Perda. Falta grave. Licitude. Constitucionalidade do art. 127 da Lei nº
7.210/84 (Lei de Execução Penal). Aplicação da súmula vinculante nº 9. É constitucional o art. 127 da Lei nº 7.210/84.
2. EXECUÇÃO PENAL. Pena privativa de liberdade. Falta grave. Perda dos dias remidos. Imposição do regime de isolamento. Bis in idem.
Inocorrência. Sanções de caráter diverso. Ordem denegada. A imposição de isolamento tem caráter disciplinar, enquanto a perda dos dias remidos
é sanção com efeitos penais, não se incorrendo em bis in idem na
aplicação simultânea.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim
Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.
HC 98261 / RS - RIO GRANDE DO SUL
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma Publicação
DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-02 PP-00357
EMENTA: EXECUÇÃO PENAL. Remissão. Regime aberto. Impossibilidade. Inteligência do art. 126 da LEP. Ordem denegada. Somente pode ser
beneficiado pela remição o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semi-aberto.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Falou, pelo paciente, o
Dr. Gustavo de Almeida Ribeiro e, pelo Ministério Público Federal, o Dr.
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Wagner Gonçalves. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 02.03.2010.
HC 101456 / MG - MINAS GERAIS HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. EROS GRAU Julgamento: 09/03/2010 Órgão Julgador: Segunda Turma
Publicação DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010
EMENT VOL-02399-06 PP-01183
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTUPRO.
VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER ABSOLUTO. 1. Ambas as Turmas desta Corte pacificaram o entendimento de que a
presunção de violência de que trata o artigo 224, alínea "a" do Código Penal é absoluta.
2. A violência presumida foi eliminada pela Lei n. 12.015/2009. A simples conjunção carnal com menor de quatorze anos consubstancia crime de
estupro. Não se há mais de perquirir se houve ou não violência. A lei consolidou de vez a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Ordem indeferida.
Decisão: Denegada a ordem por votação unânime. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.
ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ___________________________________________________________
TERCEIRA SEÇÃO Composição:
Laurita Vaz (Presidente) Felix Fischer
Paulo Medina* Arnaldo Esteves Lima
Maria Thereza de Assis Moura Napoleão Maia Filho
Jorge Mussi Og Fernandes
Celso Luiz Limongi (Desembargador do TJ/SP, convocado) Haroldo Rodrigues (Desembargador do TJ/CE, convocado)
* temporariamente afastado
________________________________________________________________
Processo
CC 109707 / SP CONFLITO DE COMPETÊNCIA
2009/0247761-7
Relator(a)
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
Órgão Julgador
S3 - TERCEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento
14/04/2010
Data da Publicação/Fonte
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DJe 28/04/2010
Ementa
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. SUPOSTO CRIME
AMBIENTAL PRATICADO EM ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, INSTITUÍDA POR DECRETO PRESIDENCIAL, SUJEITA À RESTRIÇÃO
ADMINISTRATIVA AO USO DA PROPRIEDADE E A INCENTIVOS E INVESTIMENTOS DO GOVERNO FEDERAL. INTERESSE DA UNIÃO
CARACTERIZADO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Crime ambiental, praticado em detrimento de bens, interesses ou
serviços da União, conduz ao reconhecimento da competência da Justiça Federal. In casu, a suposta ocorrência de depósito indevido de terra em
área de proteção ambiental da Bacia do Rio Paraíba do Sul, instituída por Decreto Presidencial, sujeita à restrição administrativa ao uso da
propriedade e a incentivos e investimentos do Governo Federal, indica a
competência da Justiça Federal. 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo da 1.ª Vara
Federal em Guarulhos da 19.ª Subseção Judiciária de São Paulo.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal
de Justiça: A Seção, por unanimidade, conheceu do conflito e declarou competente o Suscitante, Juízo Federal da 1ª Vara de Guarulhos -
SJ/SP, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Votaram com a Relatora os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og
Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves
e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, a Sra. Ministra Laurita Vaz. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima.
Processo
CC 110609 / RJ
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
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2010/0029106-2
Relator(a)
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
Órgão Julgador
S3 - TERCEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento
14/04/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 28/04/2010
Ementa
PROCESSO PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA. PRÉVIO CONFLITO ENTRE JECRIM E JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1. Compete ao Tribunal de Justiça, e não à Turma Recursal, dirimir
conflito de competência entre juizado especial criminal e juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher.
2. Conflito conhecido para declarar competente o TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, o suscitado.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça: A Seção, por unanimidade, conheceu do conflito e declarou
competente o Suscitado, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Votaram com a
Relatora os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP),
Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves e Felix Fischer. Ausente, ocasionalmente, a Sra. Ministra Laurita Vaz.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima.
Processo
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CC 92722 / RJ
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2007/0301849-7
Relator(a)
Ministro JORGE MUSSI
Órgão Julgador
S3 - TERCEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento
24/03/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 19/04/2010
Ementa
CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. CRIME CONTRA O MEIO
AMBIENTE. ART. 39 DA LEI 9.605/98. CORTE DE ÁRVORES EM ÁREA DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL SITUADA NO ENTORNO DO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
1. A competência da Justiça Federal, expressa no art. 109, IV, da Carta Magna, restringe-se às hipóteses em que os crimes ambientais são
perpetrados em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, suas autarquias ou empresas públicas.
2. Delito em tese cometido no interior de área de proteção ambiental localizada no Entorno do Parque Nacional do Itatiaia, criado pelo
Decreto 1.713/37, floresta contígua à aludida unidade de conservação, o que faz incidir na espécie o disposto no art. 9º da Lei nº 4.771/65
(Código Florestal), verbis: as florestas de propriedade particular, enquanto indivisas com outras, sujeitas a regime especial, ficam
subordinadas às disposições que vigorarem para estas. 3. Logo, tendo em vista que a área na qual houve o prejuízo ambiental
é vizinha a outra submetida a regime especial (bem da União), compete
à Justiça Federal processar e julgar o feito, nos termos do art. 109, inciso IV, da Carta Magna.
4. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Federal do Juizado Especial de Resende - Seção Judiciária do Estado do Rio de
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Janeiro.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do
conflito e declarar competente o Suscitante, Juízo Federal do Juizado Especial de Resende - SJ/RJ, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues
(Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves, Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima e Maria Thereza de Assis Moura. Ausente,
ocasionalmente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.
Processo
CC 105569 / SP
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 2009/0103163-1
Relator(a)
Ministro JORGE MUSSI
Órgão Julgador
S3 - TERCEIRA SEÇÃO
Data do Julgamento
24/03/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 19/04/2010
Ementa
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ESTELIONATO COMETIDO, EM TESE, CONTRA EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE
TELEFONIA. INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO A BENS OU INTERESSES DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.
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1. Na hipótese de concessão de serviço público, os bens pertencem à
própria empresa concessionária, que explora o serviço em nome próprio, cabendo à União apenas regular e fiscalizar a respectiva
prestação. 2. Portanto, compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de
estelionato cometido contra a Telesp S/A, empresa privada concessionária de serviço público, haja vista a inexistência de prejuízo a
bens ou interesses da União. Precedentes do STJ. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 2ª
Vara de Amparo-SP, o suscitado.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do
conflito e declarar competente o Suscitado, Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Amparo - SP, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues
(Desembargador convocado do TJ/CE), Nilson Naves, Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima e Maria Thereza de Assis Moura. Ausente,
ocasionalmente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz.
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QUINTA TURMA Composição:
Napoleão Maia Filho (Presidente) Felix Fischer
Laurita Vaz Arnaldo Esteves Lima
Jorge Mussi ___________________________________________________________
Processo
HC 137223 / RS
HABEAS CORPUS 2009/0100158-8
Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
18/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. FURTO QUALIFICADO, ROUBO MAJORADO (2 VEZES), NARCOTRAFICÂNCIA E USO DE DOCUMENTO
FALSO. PENA DE 22 ANOS, 6 MESES E 3 DIAS DE RECLUSÃO. DECRETO PRESIDENCIAL 6.706/08. CRIME HEDIONDO. INDULTO E/OU
COMUTAÇÃO DE PENAS. IMPOSSIBILIDADE. PARECER DO MP PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.
1. Inexiste divergência nesta Corte quanto à impossibilidade de indulto
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e/ou comutação de pena para condenados por delitos havidos por
hediondos. 2. Os decretos concessivos de indulto ou comutação de pena, na
espécie do Decreto Presidencial 6.706/08, podem excluir do ato de clemência os condenados pelos crimes inscritos na Lei 8.072/90,
mesmo que esses delitos tenham ocorrido anteriormente à edição da lei que os qualificou como hediondos, não importando tal exclusão em
transgressão ao postulado inscrito no art. 5o., XL, da CF (a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu).
3. Parecer do MPF pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves
Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 100502 / SP HABEAS CORPUS
2008/0036351-5
Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
18/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
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Ementa
HABEAS CORPUS. PACIENTE PRONUNCIADO PELO CRIME DO ART. 273, § 1o. B, I E V DO CPB (DEPÓSITO E VENDA DE MEDICAMENTO SEM
REGISTRO E DE PROCEDÊNCIA IGNORADA), CONEXO AO DELITO DO ART. 124, CAPUT DO CPB (ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE).
ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE EXAME PERICIAL NO MEDICAMENTO INDICATIVO DA POTENCIALIDADE LESIVA DO PRODUTO.
DESNECESSIDADE PARA A CONFIGURAÇÃO DO CRIME PELO QUAL O PACIENTE FOI PRONUNCIADO. CRIME FORMAL. ABORTO DEVIDAMENTE
COMPROVADO POR LAUDO PERICIAL NO NATIMORTO E NA GESTANTE. CONFISSÃO DOS ACUSADOS NA FASE JUDICIAL. SENTENÇA DE
PRONÚNCIA DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. PARECER MINISTERIAL PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.
1. O paciente foi pronunciado pela prática do delito de depósito e venda
de medicamento sem registro e de procedência ignorada. Assim, despiciendo qualquer exame pericial para comprovar a sua
potencialidade lesiva, uma vez que se trata de delito formal, que se satisfaz com a venda, exposição à venda, depósito, distribuição ou
entrega a consumo de produto sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente, incidindo ainda, no inciso V, caso o
produto seja de procedência ignorada. 2. O aborto foi devidamente comprovado pelo exame pericial do
natimorto e da gestante, sendo relevante anotar que todos confessaram os seus respectivos crimes na fase judicial.
3. Firmada a competência do Tribunal do Júri, não pode o Magistrado sentenciante dele subtrair o conhecimento dos crimes conexos.
4. Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a
ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
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Processo
HC 121509 / SP HABEAS CORPUS
2008/0258343-6
Relator(a)
Ministro JORGE MUSSI
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
18/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA. NARCOTRÁFICO. BENEFÍCIO DO ART.
33, § 4º, DA LEI 11.343/06. EXISTÊNCIA DE ANOTAÇÕES PELA PRÁTICA DE ATOS INFRACIONAIS EQUIPARADOS AO DELITO DE
TRÁFICO DE DROGAS. DEDICAÇÃO A ATIVIDADES CRIMINOSAS. APLICAÇÃO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
NÃO PREENCHIMENTO DE UM DOS REQUISITOS LEGAIS.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO DEMONSTRADO. 1. Embora atos infracionais não possam ser considerados como maus
antecedentes e nem se prestem para induzir a reincidência, inviável a aplicação da causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da
Lei n.º 11.343/06 quando demonstrado que a paciente praticou, de forma reiterada, diversos atos infracionais, inclusive relacionados ao
tráfico de entorpecentes, vez que tais elementos "servem para demonstrar a propensão da agente ao cometimento de delitos dessa
natureza" e a sua dedicação a atividades criminosas, deixando de preencher um dos requisitos legais para a incidência do benefício.
2. Ordem denegada.
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Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Napoleão
Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 131282 / PE HABEAS CORPUS
2009/0046514-3
Relator(a)
Ministra LAURITA VAZ
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
09/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 08/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO E
ESTUPRO. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. NOMEAÇÃO DE DEFENSOR PÚBLICO PARA APRESENTAR AS RAZÕES RECURSAIS, ANTE A INÉRCIA
DO ADVOGADO CONSTITUÍDO. DUPLA INTIMAÇÃO PARA A RESPECTIVA SESSÃO DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. DIREITO À AMPLA
DEFESA OBSERVADO.
1. Não se pode exigir que a intimação de Defensor Público tenha de ser feita por meio de mandado destinado ao mesmo oficiante na causa.
Mostra-se razoável proceder à inequívoca ciência da Instituição da Defensoria Pública, por intermédio de ofício ou mesmo de mandado,
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devidamente recebido, restando a ela o dever de organizar, com a
presteza e a precisão devidas, a atuação de seus membros. A ocorrência de eventuais substituições no patrocínio do réu não implica
nulidade, incidindo sobre a espécie o princípio da indivisibilidade. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal.
2. Não se verifica a nulidade do julgamento do recurso em sentido estrito interposto pelo Paciente, tendo em vista que, segundo constam
dos autos e como bem esclareceu a Corte de origem, foram intimados da sessão de julgamento do mencionado recurso tanto a Defensoria
Pública quanto o advogado subscritor da presente impetração, que, embora não tenha arrazoado o recurso em sentido estrito, continuou a
patrocinar a defesa do Paciente. 3. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia
Filho e Jorge Mussi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 101954 / SP HABEAS CORPUS
2008/0054661-9
Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
09/02/2010
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
30
Data da Publicação/Fonte
DJe 15/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. PENA: 8 ANOS DE RECLUSÃO, EM REGIME SEMIABERTO. TRIBUNAL DO
JÚRI. NULIDADE. AUSÊNCIA DE QUESITO. LEGÍTIMA DEFESA ALEGADA PELO RÉU EM INTERROGATÓRIO. FALTA DE PROTESTO EM ATA.
MATÉRIA PRECLUSA. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.
1. No caso dos autos, a alegação do réu de que agiu em legítima defesa não foi advogada pelo defensor em plenário, cuja sustentação oral
limitou-se a pleitear a desclassificação para o crime de lesão corporal, bem como o reconhecimento de circunstância atenuante, qual seja, a
confissão espontânea.
2. Assim sendo, é oportuno registrar que não houve qualquer reclamação por parte da defesa, por meio de protesto em ata, o que
torna preclusa eventual nulidade existente. 3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves
Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 141947 / DF
HABEAS CORPUS 2009/0137235-9
Relator(a)
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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Ministro JORGE MUSSI
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
09/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 15/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA. PENA-BASE. APLICAÇÃO ACIMA DO
MÍNIMO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. CONSEQUÊNCIAS DO DELITO. DESFAVORABILIDADE. ELEVAÇÃO JUSTIFICADA. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL NÃO DEMONSTRADO. 1. Havendo suficiente fundamentação quanto às circunstâncias que
levaram à exasperação da reprimenda-básica - as consequências do
delito para a vítima, que teve parte de seus prejuízos não ressarcidos - demonstrando a necessidade de maior punição diante das
particularidades do caso, não há o que se falar em ilegalidade no acórdão no ponto em que, embora reduzindo a pena-base imposta na
sentença, manteve-a um mês acima do acima do mínimo legalmente previsto para o tipo penal violado.
CONFISSÃO ESPONTÂNEA E REINCIDÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE. PREPONDERÂNCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 67 DO CP.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO. 1. A agravante da reincidência prevalece sobre a atenuante da confissão
espontânea, não podendo gerar a compensação pretendida. Exegese do art. 67 do Código Penal. Precedentes da Quinta Turma. 2. Ordem
denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a
ordem. Os Srs. Ministros Laurita Vaz, Arnaldo Esteves Lima e Napoleão Nunes Maia Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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32
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 95441 / SC HABEAS CORPUS
2007/0279709-2
Relator(a)
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
09/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 15/03/2010
Ementa
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DOLOSO. OITIVA
DE TESTEMUNHAS. AUSÊNCIA DO RÉU PRESO. PRESENÇA DO ADVOGADO CONSTITUÍDO. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA
12 ANOS DEPOIS. NULIDADE RELATIVA. PREJUÍZO NÃO-DEMONSTRADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO-CONFIGURADO.
ORDEM DENEGADA. 1. "Em se tratando de réu preso, a falta de requisição para o
comparecimento a audiência de oitiva de testemunhas realizada em outra comarca acarreta nulidade relativa, devendo ser argüida em
momento oportuno e provado o prejuízo, o que não ocorreu nos autos" (HC 94.747/MT).
2. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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33
Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o
Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 94129 / RJ HABEAS CORPUS
2007/0263795-3
Relator(a)
Ministra LAURITA VAZ
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
23/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 22/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. MINISTÉRIO PÚBLICO. PODERES DE INVESTIGAÇÃO.
LEGITIMIDADE. LC N.º 75/93. ART. 4.º, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPP. TESE DE FALTA DE JUSTA CAUSA. PLEITO DE TRANCAMENTO DO
PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO. PROCEDIMENTO CONCLUÍDO. INQUÉRITO POLICIAL INSTAURADO. PERDA SUPERVENIENTE DO
INTERESSE PROCESSUAL. 1. A legitimidade do Ministério Público para determinar diligências
investigatórias decorre de expressa previsão constitucional, oportunamente regulamentada pela Lei Complementar n.º 75/93.
2. É consectário lógico da própria função do órgão ministerial - titular
exclusivo da ação penal pública - proceder à coleta de elementos de convicção, a fim de elucidar a materialidade do crime e os indícios de
autoria, mormente quando se trata de crime atribuído a autoridades policiais que estão submetidas ao controle externo do Parquet.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
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3. A ordem jurídica confere explicitamente poderes de investigação ao
Ministério Público - art. 129, incisos VI, VIII, da Constituição Federal, e art. 8º, incisos II e IV, e § 2º, da Lei Complementar n.º 75/1993.
4. A competência da polícia judiciária não exclui a de outras autoridades administrativas. Inteligência do art. 4º, parágrafo único, do Código de
Processo Penal. Precedentes. "A outorga constitucional de funções de polícia judiciária à instituição policial não impede nem exclui a
possibilidade de o Ministério Público, que é o 'dominus litis', determinar a abertura de inquéritos policiais, requisitar esclarecimentos e
diligências investigatórias, estar presente e acompanhar, junto a órgãos e agentes policiais, quaisquer atos de investigação penal, mesmo
aqueles sob regime de sigilo, sem prejuízo de outras medidas que lhe pareçam indispensáveis à formação da sua 'opinio delicti', sendo-lhe
vedado, no entanto, assumir a presidência do inquérito policial, que
traduz atribuição privativa da autoridade policial." (STF – HC 94.173/BA, 2.ª Turma, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJe de
26/11/2009). 5. Concluído o procedimento investigativo a que se visava trancar por
falta de justa causa, resta evidenciada, no particular, a perda superveniente do interesse processual.
6. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa parte, denegado.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer parcialmente do pedido e, nessa parte, denegar a ordem. Os Srs.
Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho e Jorge Mussi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente,
o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 151425 / SP HABEAS CORPUS
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Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
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2009/0207853-2
Relator(a)
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
23/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 22/03/2010
Ementa
PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. EMPREGO DE
ARMA BRANCA. FACA. APREENSÃO E PERÍCIA. PRESCINDIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.
1. Não há falar em necessidade de apreensão da arma do crime, a fim
de testar sua potencialidade lesiva, uma vez que o roubo foi perpetrado com emprego de faca. Precedentes do STJ.
2. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o
Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 96031 / MS
HABEAS CORPUS 2007/0288951-8
Relator(a)
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
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Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
23/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 22/03/2010
Ementa
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. LATROCÍNIO COM RESULTADO
MORTE. CITAÇÃO POR EDITAL. NÃO-ESGOTAMENTO DOS MEIOS PARA LOCALIZAÇÃO DO PACIENTE. NÃO-OCORRÊNCIA. RÉU EM LOCAL
INCERTO E NÃO-SABIDO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO-CONFIGURADO. ORDEM DENEGADA.
1. A citação, em regra, deve ser feita pessoalmente, em consagração ao
princípio da ampla defesa. A citação por edital, portanto, é medida de exceção. Se for realizada antes de esgotadas as diligências possíveis de
localização do réu constituirá causa de nulidade do processo. 2. Não há falar em inobservância do procedimento citatório quando é
sabido que o réu reside em determinada cidade, mas não há informação precisa de seu paradeiro, inviabilizando, assim, a citação pessoal.
3. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o
Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 109105 / SP
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
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HABEAS CORPUS
2008/0135091-2
Relator(a)
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
23/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 22/03/2010
Ementa
PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. REVISTA FEITA POR GUARDA MUNICIPAL.
NULIDADE. NÃO-OCORRÊNCIA. REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA.
RÉU REINCIDENTE. PENA SUPERIOR A 4 ANOS. ART. 33, § 2º, A, DO CÓDIGO PENAL. REGIME INICIAL FECHADO. SÚMULA 269/STJ.
INAPLICABILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. Embora exista norma constitucional (art. 144, § 8º, da CF) limitando
a função da guarda municipal à proteção dos bens, serviços e instalações do município, não há nulidade na decisão impugnada,
porquanto a lei processual penal, em seu art. 301 do CPP, disciplina que "qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito". 2. O regime inicial semiaberto reserva-se ao "condenado não
reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito)", nos termos do art. 33, § 2º, b, do CP; e, ainda, "aos
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais", nos termos da Súmula 269 deste
Tribunal.
3. Ainda que a pena seja inferior a 8 anos de reclusão, mas superior a 4 anos, sendo o réu reincidente, o regime inicial de cumprimento de pena
deve seguir a estipulação da alínea a do § 2º do art. 33 do Código Penal, sendo obrigatório o regime inicial fechado para o cumprimento
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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da condenação imposta.
4. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Laurita Vaz votaram com o
Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 144547 / RJ
HABEAS CORPUS 2009/0156920-1
Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
23/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO
E ESCALADA. IMPOSSIBILIDADE DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO SIMPLES. PACIENTE ROMPEU TUBO DE PVC PARA FURTAR FIO DE
COBRE EM SEU INTERIOR E ESCALOU COLUNA ELEVADA PARA TER
ACESSO À RES FURTIVA. PENA FIXADA EM 3 ANOS E 6 MESES. ADOÇÃO DO REGIME INICIAL FECHADO. AUSÊNCIA DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. RÉU REINCIDENTE. PRECEDENTES DO STJ. PARECER
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
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DO MPF PELO CONHECIMENTO PARCIAL DO WRIT E, NESSA PARTE,
PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1. A violação de obstáculo que se presta como barreira à subtração da
coisa qualifica o furto. Já a qualificadora da escalada é aplicada quando é necessário ao agente subir em algum ponto mais alto que o seu
caminho natural. 2. In casu, conforme salientado pelo Tribunal a quo, para ter acesso ao
fio de cobre, o paciente precisou destruir o tubo de PVC que era utilizado como proteção do fio, e precisou, também, subir por duas
colunas elevadas para ter acesso à res furtiva. Assim, agiu corretamente o Juiz de primeiro grau ao aplicar as referidas
qualificadoras ao delito de furto. 3. Fixada a pena-base acima do mínimo legal, em razão da presença de
circunstâncias judiciais desfavoráveis, bem como se tratando de réu
reincidente, não há qualquer ilegalidade ou abuso na fixação de regime fechado para o início do cumprimento da reprimenda.
4. Parecer ministerial pelo conhecimento parcial do writ e, nessa parte, pela denegação da ordem.
5. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves
Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 101024 / RS
HABEAS CORPUS 2008/0044291-2
Relator(a)
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
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Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
18/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. PACIENTE ABSOLVIDO DA IMPUTAÇÃO DE
HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO (ARTS. 121, § 2o., III E IV C/C ART. 14, II, AMBOS DO CPB). INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
RECONHECIDA PELO CONSELHO DE SENTENÇA EM RAZÃO DA SUPOSTA TRAIÇÃO DA VÍTIMA. DECISÃO MANIFESTAMENTE
CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS. DETERMINAÇÃO, PELO TRIBUNAL A
QUO, DE REALIZAÇÃO DE NOVO JULGAMENTO. ACÓRDÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO
PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS VEREDICTOS. PRECEDENTES DO STJ. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DO WRIT. ORDEM DENEGADA.
1. Inexiste constrangimento ilegal ou violação da soberania do Júri Popular, em razão da anulação, pelo Tribunal de Justiça, da decisão
absolutória do Conselho de Sentença, alicerçada unicamente na tese defensiva de inexigibilidade de conduta diversa porque a vítima estaria
traindo seu ex-companheiro, o autor do homicídio, se tal argumento não encontra respaldo em qualquer elemento fático, evidenciando-se
manifestamente contrário ao conjunto fático-probatório apurado na instrução.
2. A traição conjugal não respalda a ação homicida por suposta exclusão da culpabilidade fundada na inexigibilidade de conduta diversa.
3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a
ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o
Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 109592 / SP
HABEAS CORPUS 2008/0139550-7
Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
18/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE MUNIÇÃO DE USO PERMITIDO. PENA APLICADA: 2 ANOS E 8 MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME
INICIAL FECHADO. POSSIBILIDADE DE PRISÃO EM FLAGRANTE POR GUARDA MUNICIPAL E CONSEQUENTE APREENSÃO DO OBJETO DO
CRIME. PACIENTE PORTADOR DE MAUS ANTECEDENTES E REINCIDENTE. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL NA FIXAÇÃO
DO REGIME MAIS GRAVOSO. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.
1. Embora a Guarda Municipal não possua a atribuição de polícia
ostensiva, mas apenas aquelas previstas no art. 144, § 8o. da Constituição da República, sendo o delito de natureza permanente,
pode ela efetuar a prisão em flagrante e a apreensão de objetos do crime que se encontrem na posse do agente infrator, nos termos do art.
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301 do CPP.
2. A circunstância de ser o paciente portador de maus antecedentes, quando somada à reincidência, é suficiente para, apesar da pena total
de 2 anos e 8 meses de reclusão, fixar-se o regime inicial fechado para seu cumprimento. Afastada a aplicação da Súmula 269/STJ.
Precedentes. 3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves
Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o
Sr. Ministro Felix Fischer.
Processo
HC 140069 / SP
HABEAS CORPUS 2009/0121803-1
Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
18/02/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 29/03/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. PORTE DE ARMA. ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DA LEI 10.826/03. PENA DE 3 ANOS DE RECLUSÃO EM REGIME INICIAL
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
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ABERTO, SUBSTITUÍDA POR UMA RESTRITIVA DE DIREITOS, E MULTA.
NÃO-CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES IMPOSTAS. CONVERSÃO DA PENA ALTERNATIVA EM PRIVATIVA DE LIBERDADE. AGRAVO EM
EXECUÇÃO DO MP PARA INCLUIR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE COMO CONDIÇÃO ESPECIAL PARA O CUMPRIMENTO DA
PENA EM REGIME ABERTO. CONCESSÃO PELO TRIBUNAL. EXIGÊNCIA POSSÍVEL. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PRECEDENTES
DO STJ. PARECER DO MPF PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA.
1. A 5a. Turma desta Corte já decidiu pela inexistência de ilegalidade no estabelecimento da prestação de serviços à comunidade como condição
especial de cumprimento da pena em regime aberto, observados os termos dos arts. 115 e 119 da LEP.
2. Ordem denegada, em consonância com o parecer ministerial.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, denegar a
ordem. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o
Sr. Ministro Felix Fischer.
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradoria de Justiça Criminal Secretário Executivo Vice-Secretário Executivo
Júlio César de Toledo Piza Fernando José Marques
Setor de Jurisprudência José Roberto Sígolo
Antonio Ozório Leme de Barros
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ano 3 - número 49 - 1º a 15 de maio de 2010 [email protected] ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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SEXTA TURMA Composição:
Maria Thereza de Assis Moura (Presidente) Paulo Medina*
Og Fernandes Celso Luiz Limongi (Desembargador do TJ/SP, convocado)
Haroldo Rodrigues (Desembargador do TJ/CE, convocado)
*temporariamente afastado
___________________________________________________________
Processo
HC 63087 / PR HABEAS CORPUS
2006/0157793-3
Relator(a)
Ministro OG FERNANDES
Órgão Julgador
T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento
06/04/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 26/04/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIOS QUALIFICADOS (DOIS, SENDO UM
TENTADO) E ABORTO. REALIZAÇÃO DE EXAME DE SANIDADE MENTAL. PROLAÇÃO DE SENTENÇA DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. RECURSO EX
OFFICIO. CASSAÇÃO DA DECISÃO E DETERMINAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE NOVO LAUDO. CONCLUSÃO DESFAVORÁVEL À DEFESA. PRETENSÃO
DE TERCEIRO EXAME. IMPROCEDÊNCIA. LAUDO INICIAL ANULADO NÃO
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POR SER DESFAVORÁVEL AO ACUSADO, MAS POR CONTER VÍCIOS.
PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. 1. Não é a simples existência de dois laudos distintos que enseja
necessariamente a elaboração de um terceiro. 2. No caso presente, o primeiro exame foi cassado por conter vícios.
Ele, além de não contar com os quesitos elaborados pelo órgão ministerial e pelo patrono do acusado, deixou de examinar
conclusivamente se, à época dos fatos, o paciente possuía potencial consciência de ilicitude e se poderia agir de maneira diversa.
3. Já o segundo laudo, precedido das formalidades legais, fez referência à condição mental do acusado ao momento em que realizado e também
à época do ocorrido. 4. Deve ser relembrado que os laudos são dirigidos ao Magistrado, que,
em seu livre convencimento motivado, pode adotá-los ou não. Não se
considerando na posse dos elementos necessários, pode o julgador solicitar nova perícia. Tal providência, se não foi determinada na
hipótese, é porque a Juíza do processo entendeu desnecessária. 5. "Diante de dois laudos técnicos divergentes, o Juiz pode basear-se
em qualquer um deles para motivar sua decisão, atribuindo-os o peso que sua consciência indicar, uma vez que é soberano na análise das
provas carreadas aos autos" (HC nº 83.923/SP, Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJ de 28.4.08).
6. De mais a mais, os jurados, soberanamente, concluíram pela responsabilização do paciente e pela sua perfeita imputabilidade. Ao
final, foi proferida condenação à reprimenda total de 25 (vinte e cinco) anos de reclusão.
7. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, denegar a ordem de habeas corpus, nos
termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues
(Desembargador convocado do TJ/CE) e Maria Thereza de Assis Moura
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votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Processo
HC 81911 / SP
HABEAS CORPUS 2007/0093139-4
Relator(a)
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
Órgão Julgador
T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento
23/03/2010
Data da Publicação/Fonte
DJe 12/04/2010
Ementa
HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. RÉU PRESO. CIÊNCIA DO ACÓRDÃO DA APELAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL. EXIGÊNCIA APENAS
PARA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU. CRIME CONSUMADO. POSSE MANSA E PACÍFICA DO BEM. DESNECESSIDADE. MERA DETENÇÃO DA
RES. EXAME APROFUNDADO DAS PROVAS. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ORDEM DENEGADA.
1. A intimação pessoal do réu preso, prevista no art. 392 do Código de Processo Penal, somente é exigida para a ciência da sentença
condenatória de primeiro grau, não se estendendo para as decisões de segunda instância.
2. É pacífica a compreensão desta Corte Superior de Justiça no sentido
de que o crime de roubo consuma-se com a simples detenção da res, ainda que por restrito espaço de tempo, não se exigindo que haja posse
mansa e pacífica, devendo ser analisado cada caso concreto. Precedentes.
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3. Hipótese em que as instâncias ordinárias bem examinaram as provas
dos autos e concluíram que o paciente teve a posse tranquila da res, pois não houve perseguição imediata, não havendo como reconhecer
tratar-se de tentativa. 4. Diante das afirmações do Juiz de primeiro grau e do Tribunal de
origem, no sentido de que não houve perseguição imediata e ininterrupta, sendo o paciente localizado acidentalmente, não se
admite, na via estreita do habeas corpus, que sejam feitas incursões profundas na seara fático-probatória para se chegar a conclusão
diversa. 5. Ordem denegada.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal
de Justiça: "A Turma, por unanimidade, denegou a ordem de hábeas corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora." Os Srs. Ministros
Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP) e Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) votaram com
a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis
Moura.
Processo
RHC 24607 / PR RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
2008/0219346-3
Relator(a)
Ministro OG FERNANDES
Órgão Julgador
T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento
23/03/2010
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Data da Publicação/Fonte
DJe 12/04/2010
Ementa
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. POLICIAL MILITAR. DESERÇÃO. POSTERIOR EXCLUSÃO DAS FILEIRAS MILITARES.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. Segundo o art. 187 do Código Penal Militar, comete o crime de
deserção o militar que se ausentar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias.
2. Na hipótese, quando da consumação do delito e do oferecimento da denúncia, o recorrente ostentava a condição de militar, podendo, assim,
ser sujeito ativo do crime de deserção. 3. A superveniente exclusão das fileiras militares, por fatos diversos,
não dá azo ao trancamento da ação penal, sob a alegação de ausência
de condição de procedibilidade. 4. "A exclusão do paciente das fileiras do Exército ocorreu quando já
estava consumado o crime de deserção. (....) Não há irregularidade na Lavratura do Termo de Deserção, nem na exclusão do militar das
fileiras do Exército, após a consumação do delito. (....) Não há a alegada falta de justa causa" (Precedente do Superior Tribunal Militar).
5. Recurso a que se nega provimento.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Celso Limongi
(Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues (Desembargador convocado do TJ/CE) e Maria Thereza de Assis Moura
votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro Nilson Naves. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.
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