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Ano XXXIII - Nº 151 - Maio de 2016

Zootecnia: 50 anos de estudos

no Brasil

Goiás contra a carne

clandestina

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Editorial2 ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

No dia 13 de maio comemoramos o Dia do Zootecnista, profi ssio-nal das ciências agrárias fundamental para o agronegócio brasileiro. Nesta edição do Quirão falamos da primeira escola de Zootecnia do Centro-Oeste, a então Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde (ESUCARV), que era mantida pela Fundação de Ensino Supe-rior de Rio Verde (FESURV), atual Universidade de Rio Verde (UniRV). Mostramos depoimentos de profi ssionais que participaram deste

momento histórico no sudoeste goiano, em 1985, e desbravaram os caminhos para esta grande profi ssão em Goiás.

A zootecnia surgiu na França em 1948, quando o conde Gasperin propôs a divisão do ensino das plantas (agronomia), do estudo das técnicas de criação dos animais. Também foi ele quem sugeriu o nome Zootecnia, aceito em quase todos os países, exceto os da lín-gua inglesa que preferiram o termo “Animal Science”.

Para tanto, foi criada no Instituto Agronômico de Versailles em Paris a “cátedra” Zoo-tecnia e escolhido para lecionar, sob concurso, o jovem naturalista Emile Beaudment, que, aliás, com sua tese revolucionária para época, considerou os “animais como verdadeiras máquinas vivas, transformadoras e valorizadoras dos alimentos”, tese essa que continua até hoje como o fundamento teórico da Zootecnia em todo mundo, pois o jovem Emile já previa aí a relação: máquina animal x fazenda empresa.

No Brasil a zootecnia surgiu por meio da luta do Engenheiro Agrônomo Otávio Domin-gues, considerado o pai da Zootecnia no país, mas que infelizmente não viveu para ver seu sonho realizado, pois faleceu em 1965. O professor Domingues deixou um excelente lega-do para as gerações futuras com sua abnegação para conseguir realizar o sonho de criar um curso nessa área do conhecimento agrário. Contribuiu ainda com uma das defi nições mais completas e objetivas do segmento quando considerou a Zootecnia “uma ciência aplicada que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório e deste ambiente ao animal”. O primeiro curso de Zootecnia do Brasil foi criado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), na cidade de Uruguaiana-RS, em 13 de maio de 1966, portanto, há 50 anos.

Os Zootecnistas goianos têm motivos para comemorar. Hoje, o Estado de Goiás, cuja economia é movida pelo agronegócio, possui sete instituições de ensino que oferecem o curso. Aproveitamos o momento para parabenizar os profi ssionais que conseguem alavan-car os números do agronegócio brasileiro, setor que em 2015 foi responsável por 23% da fatia no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, um crescimento de 1,8% no ano passado em relação ao ano anterior. Com certeza precisamos de mais profi ssionais capazes de enxergar o agronegócio como elemento fundamental na economia brasileira. Para isso, esses profi s-sionais precisam estar atentos às novas tecnologias, assim como serem capazes de desen-volver principalmente habilidades humanísticas e de gestão. O conhecimento técnico já não é mais sufi ciente. O profi ssional precisa ser múltiplo e atento.

Outra questão discutida mundialmente é o desafi o de reduzir a fome e a miséria no mundo, por meio da produção racional de alimentos. O Brasil, com seu destaque na agri-cultura e pecuária, tem grande responsabilidade no contexto de formar profi ssionais com-prometidos com esses grandes temas atuais e tão necessários para a sobrevivência de ani-mais, humanos e meio ambiente.

Parabéns a todos os Zootecnistas de Goiás!

“Foi esclarecedor, sanando várias dúvidas e mostrando caminhos para exercer bem a profi ssão”.

Med. Vet. Altino de Deus Filho, sobre Seminário Básico, dia 18 de março.

“O conteúdo foi muito bom e os apresentadores conhecem o assunto.”Méd. Vet. Ricardo Ribeiro Alves, sobre Seminário Avançado, dia 4 de março.

Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás

Goiânia: Avenida Universitária, n° 2169 Setor Leste Universitário. Cep: 74610-100. Goiânia-GO. Fone/Fax: (62) 3269-6500.

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Rio Verde Rua Goiânia, Qd 47 Lote 1-A n° 2329, Jd. Goiás, Rio Verde-GO.

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Presidente Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho CRMV-GO 0438

Vice-presidente Méd. Vet. Wanderson Alves Ferreira – CRMV-GO 0524

Secretária-geral Méd. Vet. Rosângela de O. Alves Carvalho – CRMV-GO 2316

Tesoureiro Méd. Vet. Rafael Costa Vieira – CRMV-GO 5255

Conselheiros EfetivosMéd. Vet. Edward Robinson Lacerda – CRMV-GO – 1232

Zoot. Elis Aparecido Bento – CRMV-GO 0254/ZMéd. Vet. Marcius Ribeiro de Freiras – CRMV-GO 0973

Méd. Vet. Mércia de Oliveira Silva – CRMV-GO 1136Méd. Vet. Olízio Claudino da Silva – CRMV-GO 0547

Méd. Vet. Ronaldo Medeiros de Azevedo – CRMV-GO 1193

Conselheiros SuplentesMéd. Vet. Arthur Francisco Júnior – CRMV-GO – 1751

Méd. Vet. Cidervane Rabelo da Pascoa – CRMV-GO – 2004Méd. Vet. Ingrid Bueno Atayde – CRMV-GO 2738

Méd. Vet. Luciano Schneider da Silva – CRMV-GO 2765Méd. Vet. Stiwens Roberto T. Orpinelli – CRMV-GO 4308

Méd. Vet. Valdir Cardoso Martins – CRMV-GO 0949

Jornalista Responsável: Denise DuarteReg. Prof. GO 917-JPFotos: Denise Duarte

Contato com a RedaçãoAssessoria de Comunicação do CRMV-GO

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Mensagens

Zootecnia e sua importância para o agronegócio brasileiro

Quirão

A mitologia grega relata que a medicina dos animais

teria sido descoberta pelo Centauro Quirão (Chiron),

fi gura metade homem, metade animal, fi lho de Saturno

e da ninfa Fílira. Em sua mão direita conduz a serpente e

o bastão, atributos de Esculápio, seu discípulo, símbolo

da arte de curar.

Zoot. Elis Aparecido Bento

Conselheiro efetivo do CRMV-GO

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Vet Giro 3ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

O Laboratório de Análise e Diagnóstico

Veterinário (Labvet) da Agência Goiana de

Defesa Agropecuária (Agrodefesa) foi acre-

ditado pelo Inmetro, no último dia 28 de

abril, para os seguintes escopos: Imunodi-

fusão em Gel de Ágar (IDGA) para o diag-

nóstico de Anemia Infecciosa Equina; Fixa-

ção de Complemento para o diagnóstico de

Mormo; Teste do Antígeno Acidificado Tam-

ponado (AAT), Teste do Anel do Leite (TAL)

e 2- Mercaptoetanol para o diagnóstico de

Brucelose. Todos os resultados dos ensaios

referentes a esses escopos já estão sendo

emitidos com o símbolo da acreditação.

Acreditação significa outorgar a uma or-

ganização um certificado de avaliação que

expressa a conformidade com um conjunto

de requisitos previamente estabelecidos.

Portanto, a acreditação de laboratórios,

segundo os requisitos estabelecidos na

norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, é re-

alizada pela Divisão de Acreditação de La-

boratórios do Inmetro e representa o reco-

nhecimento formal da competência técnica

do laboratório, sendo uma maneira segura

de identificar que a instituição oferece a

máxima confiança em seus serviços.

Para isso, o Labvet foi avaliado, confor-

me requisitos fundamentados na NBR ISO/

IEC 17025:2005, e foi constatado que o la-

boratório de diagnóstico animal da Agro-

defesa atende à legislação vigente, preza

pelo bom atendimento ao cliente, cumpre

boas práticas para realização de ensaios,

garante a validade dos reagentes e produ-

tos utilizados, realiza calibração de apare-

lhos e equipamentos, faz capacitação da

sua equipe de trabalhadores e permite toda

a rastreabilidade do processo.

Neste contexto, a acreditação do Labvet

traz vantagens como melhoria da transfe-

rência interna de conhecimento, melhoria

da organização, aumento da competitivida-

de, aumento da satisfação e fidelidade dos

clientes, exigência de mercado, redução

de custos, motivação da equipe e, espe-

cialmente, a confiabilidade nos resultados,

como ressaltou o Méd. Vet. Rafael Costa

Vieira, gerente do Labvet e também tesou-

reiro do CRMV-GO.

Para alcançar o status de laboratório

Acreditado, o Labvet percorreu um longo

caminho durante o processo, sendo rele-

vante destacar o comprometimento de

toda a equipe (foto) na manutenção e me-

lhoria contínua do Sistema de Gestão da

Qualidade, o compromisso da Direção da

Agrodefesa e o investimento financeiro do

Governo do Estado e do Fundo para o De-

senvolvimento da Agropecuária do Estado

de Goiás (Fundepec).

Labvet conquista selo de acreditação do Inmetro

Consulte no site do CRMV-GO os seguintes banners: Links Úteis (com informações sobre as entidades ligadas ao agronegócio), Convênios com o CRMV-GO (temos convênio

com a Qualicorp), Classificados (com ofertas de empregos, venda de equipamentos e outros anúncios), Agenda da Diretoria, entre outras informações importantes para

você ficar por dentro das notícias do CRMV-GO. Informe-se! Mande suas sugestões para: [email protected]. Nosso site tem uma média de 10 mil visitas por mês.

Consulte no site

Goiás, outros 13 Estados e o Distrito Fede-

ral estão na expectativa para obter em maio,

durante a assembleia da Organização Mun-

dial de Saúde Animal (OIE), a certificação

de área livre de peste suína clássica (PSC). A

Comissão Científica da OIE aprovou o pleito

brasileiro que solicita o reconhecimento dos

estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goi-

ás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São

Paulo, Sergipe, Tocantins, parte do Amazo-

nas, além do Distrito Federal.

Entre as exigências do código sanitário

de animais terrestres da OIE para que se

consiga a certificação estão as notificações

de suspeita de doença hemorrágica ou au-

mento de mortalidade, melhorar barreiras

sanitárias fixas, estabelecer corredores sa-

nitários e barreiras volantes. Atualmente,

apenas os estados do Rio Grande do Sul e

Santa Catarina possuem a certificação inter-

nacional, obtida em maio de 2015.

Desde 2015, a peste suína clássica (PSC)

passou a fazer parte da lista de doenças

de reconhecimento oficial da Organização

Mundial de Saúde Animal (OIE), juntamente

com febre aftosa, peste bovina, encefalopa-

tia espongiforme bovina, peste dos peque-

nos ruminantes e peste equina, por exem-

plo. A partir de então, o reconhecimento de

país ou área livre da doença é obtido atra-

vés de certificação da OIE.

Com a nova regra, a peste suína clássica

deixou de ser uma doença de auto declara-

ção para ser de reconhecimento oficial. Na

situação anterior, cada país membro po-

deria declarar seu território ou parte dele

como livre da doença. Com a nova regra,

os países membros solicitam a certificação

internacional à Organização Mundial de

Saúde Animal.

Assessoria de Comunicação do CFMV com informações do Mapa

Zona Livre de Peste Suína Clássica

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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Clicks4 ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

Reunião, dia 11 de março, na Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema) sobre atuações dos órgãos referente aos maus tratos dos animais (Resolu-ção CFMV n° 1069/2015). O presidente do CRMV-GO, Méd. Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho, a Coordenadora Técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga e Comissão de Bem-estar Animal do CRMV-GO se reuniram com o delegado da Dema, Alexandre Otaviano Nogueira.

Mais de 350 quilos de alimentos não perecíveis e 61 quilos de ração para pets foram arrecadados nos três primeiros Seminários de Responsabilidade Técnica de 2016. Os 372 quilos de alimentos foram doados, dia 4 de abril, para o Movimento Jovens Livres, instituição filantrópica que existe há 47 anos, pioneira no Brasil no atendimento a toxicômanos. Na foto, a coorde-nadora técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel de Sousa Braga e o fundador do Movimento Jovens Livres, Paulo de Oliveira Brasil (de barba) e Jorcelino José Soares, também da entidade, cuja sede administrativa está no Parque Industrial de Goiás, em Goiânia. Os 61 quilos de ração foram doados para a Associação Protetora e Amiga dos Animais (Aspaan), de Anápolis, dia 19 de abril. Acompanhe as notícias do Projeto RT Solidário. Veja mais na página 9.

Reunião ocorrida no dia 14 de março, no CRMV-GO, discutiu as estratégias para as próximas etapas da operação “Goiás contra a carne clandestina”, deflagrada no ano passado. Vários órgãos participam do projeto, desencadeado pelo Ministério Público Estadual (MP-GO) e que tem o CRMV-GO como parceiro. A promotora Alessandra de Melo e Silva, do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Consumidor, está à frente dos trabalhos. Veja matéria na página 11.

Profissionais da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) se reuniram no auditório do CRMV-GO, nos dias 28 e 29 de março, para um curso de atualização do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). O órgão concluiu, em fevereiro, o relató-rio anual do Sisbov de 2015. Segundo o documento, 76 propriedades que fazem parte do Sistema foram auditadas e 31 reauditadas. Deste total, 11 foram consideradas não conformes.

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5ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016 Parabólica

Goiânia será a capital dos pequenos animais

Coleta nos estabelecimentos veterinários

No último dia 20 de abril, o presiden-te da Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (An-clivepa Goiás), Méd. Vet. Ronaldo Medei-ros de Azevedo, lançou uma rodada de negócios do 37° Congresso Brasileiro da Anclivepa (CBA) 2016. Na oportunidade, foi inaugurada a nova sede da associação, localizada na Avenida Contorno, n° 73, no Centro de Goiânia, com amplo espaço para atividades teóricas e práticas, um marco para os Médicos Veterinários clí-nicos de pequenos animais do Estado. O presidente do CRMV-GO, Méd. Vet. Bene-dito Dias de Oliveira Filho, participou da

solenidade de inauguração, assim como várias outras autoridades e empresários parceiros do CBA 2016.

As inscrições on-line para o 37° CBA foram computadas até o dia 30 de abril. Os interessados em participar do maior evento nacional de clínicos veterinários de pequenos animais, que será realizado em Goiânia, de 12 a 14 de maio, poderão fazer suas inscrições no Centro de Con-venções de Goiânia, onde acontecerá o congresso. Acesse a programação cien-tífica e social pelo www.anclivepa2016.com.br. Na próxima edição do Quirão va-mos divulgar os registros do evento, que deve reunir cerca de três mil profissionais na capital goiana.

Hospital-ModeloO CBA traz, entre outras novidades,

um hospital-modelo e um pet shop-mo-delo para tirar as dúvidas dos profissio-nais que querem montar ou adequar suas empresas de acordo com a Resolução do CFMV n° 1015/2012, que estabelece crité-rios para estabelecimentos veterinários. Fiscais do CRMV-GO e Vigilância Sanitária estarão presentes para tirar as dúvidas.

A programação científica está repleta de novidades e traz o Fórum Internacional de Nutrição, curso de gestão de clínicas, novidades sobre epilepsia canina, ano-rexia em gatos, zoonoses e medicina feli-na, novas perspectivas para a Parvovirose

canina, acupuntura no tratamento da dor crônica, entre outros importantes temas, inclusive o Congresso Brasileiro de Odon-tologia Veterinária, um dos sete eventos paralelos ao CBA.

Uma palestra inédita em tempos de crise: Quero ir embora. Como ser médico veterinário nos EUA? Tudo que o profissional gostaria de saber e não tinha para quem perguntar, no dia 13 maio, às 14 horas, com o Méd. Vet. Ronaldo Casimiro. Acesse o site do congresso para saber mais.

Veja os registros da inauguração da nova sede

da Anclivepa Goiás em www.crmvgo.org.br (Galeria de Fotos) e

também nas redes sociais.

A Associação Nacional dos Clínicos Vete-

rinários de Pequenos Animais – seção Goiás

(Anclivepa-GO) está em negociação com a

Companhia de Urbanização de Goiânia (Co-

murg) sobre o recolhimento do lixo hospi-

talar e retirada das carcaças de animais nos

estabelecimentos veterinários. A proposta

da entidade é que as carcaças, quando não

contaminadas, poderiam ser depositadas

junto ao lixo comum, de acordo com o ho-

rário pré-estabelecido da coleta, desde que

o material esteja devidamente embalado e

acondicionado.

Materiais passíveis de contaminação

ambiental seriam encaminhados via coleta

seletiva de lixo hospitalar, ao valor pré-es-

tabelecido pela Comurg, que hoje é de R$

3,51 por quilo, ou ainda encaminhados para

outras empresas que também realizam tra-

balho de coleta. De acordo com o Méd. Vet.

Ronaldo Medeiros de Azevedo, presidente

da Anclivepa Goiás, as carcaças poderiam

ser encaminhadas pelos estabelecimentos

para o aterro sanitário em transporte pró-

prio quando assim considerar necessário,

mediante pagamento do valor pré-estabe-

lecido entre as partes e com a quantidade

mínima determinada. Representantes da

Anclivepa, CRMV-GO e Comurg vão se reu-

nir para definir o assunto e acertar os valo-

res. Acompanhe aqui no Quirão, site e redes

sociais as decisões.

Foto: Divulgação Comurg

Nova sede da Anclivepa Goiás, no Centro de Goiânia

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Especial6 ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

Zootecnia: 50 anos de estudos no Brasil

ConectadosSite do CRMV-GO – Cerca de 10 mil visitas por mês

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Twitter – Mais de 1,9 mil seguidores

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Selo comemorativo dos 50 anos da Zootecnia promovido pela Associação Brasileira dos Zootecnistas (ABZ). Baixe o arquivo no site

www.abz.org.br/zootecnia/logomarca-50-anos.

Zootecnista Isabel Dias Carvalho que ainda guarda o convite de formatura (no detalhe).

O primeiro curso de Zootecnia do Bra-sil foi criado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), na cidade de Uruguaiana-RS, no ano de 1966, portanto, há 50 anos. Este fato ocorreu 13 anos após a primeira proposta curricular para um curso de Zootecnia ter sido elaborada. A profi ssão de Zootecnis-ta foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968 pela Lei Federal 5.550, assinada pelo então presidente Arthur da Costa e Silva. Nessa época os profi ssionais es-tavam ligados aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). De acordo com o Art. 4° da Lei 5.550, “a fi s-calização do exercício da profi ssão de Zootecnista será exercida pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, enquanto são instituídos os Conselhos de Medicina Veterinária ou os da própria en-tidade de classe”.

Com a criação dos Conselhos Regio-nais de Medicina Veterinária, em outubro de 1968, os Zootecnistas passariam a ser fi scalizados pelos CRMVs, de acordo com o Decreto-lei n° 425, publicado em 21 de

janeiro de 1969, que revogou o Art. 4° da Lei 5.550. Em 12 de julho de 1969, por meio do Parecer 406, Resolução n° 6, foi estabelecido o currículo mínimo e a dura-ção para o curso de Zootecnia.

O Zootecnista pode atuar em empre-sas e propriedades rurais com melhora-mento de rebanhos, acompanhamento de abate de animais, preparação de ra-ções, manejo de pastagens, elaboração de projetos agropecuários e gestão de negócios agrícolas. Seu campo inclui ainda exposições e feiras agropecuárias e atividades de ensino, pesquisa e ex-tensão. O Centro-Oeste, devido à grande quantidade de propriedades rurais, é um bom campo para esse profi ssional, que está em ascensão devido ao aumento populacional, ao mesmo tempo em que diminuem as terras de cultivo, o que gera pressão por uma produção agrícola efi -ciente, lucrativa e capaz de atender à de-manda por alimentos, que é crescente.

Primeira turma do Centro-OesteA primeira turma de Zootecnia da

região Centro-Oeste foi da então Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Ver-de (EsucaRV), que era mantida pela Fun-dação de Ensino Superior de Rio Verde (FesuRV), atual Universidade de Rio Ver-de (UniRV). A professora aposentada da Unirv, Zoot. Isabel Dias Carvalho, que é da primeira turma formada em 1985, conta como foi na época da graduação inédita em Goiás. “Um glamour”, segundo ela, que ainda guarda o convite de formatura e o jornal com o resultado do vestibular. Nessa turma, que iniciou os estudos em 1981 e concluiu em 1985, 17 profi ssionais se graduaram, sendo 11 homens e seis mulheres.

A Zoot. Isabel Dias Carvalho conta ain-da que, depois do glamour da formatura, a preocupação era muito grande com o mercado de trabalho na década de 80,

por causa da novidade do curso. “Nin-guém sabia exatamente o que iríamos fazer”, comentou ela ao destacar que, mesmo assim, todos os profi ssionais for-mados nessa primeira turma do Centro--Oeste seguiram carreira e se estabelece-ram no mercado.

O Zoot. Luiz Antônio Cruvinel Nunes também é da primeira turma do Centro--Oeste e atualmente ocupa o cargo de gerente da fábrica de rações da Coopera-tiva Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), em Rio Verde. Ele foi o primeiro Zootecnista con-tratado pela empresa, em 1992, quando a fábrica de ração produzia 12 toneladas por hora contra as 120 toneladas por hora

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Especial 7ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

CENSURA PÚBLICAO Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás – CRMV-GO, Autarquia Federal de fiscalização do exercício profissional, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, consoante a decisão proferida pelo Plenário do Conselho Federal de Medicina Veterinária, na Septuagésima Nona (LXXIX) Sessão Especial de Julgamento, nos autos do Processo Ético- profissional CFMV nº 3540/2015 e CRMV-GO nº 9758/2014, vem executar a penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, com fundamento no artigo 33, alínea “c” da Lei Federal nº 5.517/68, aplicada ao Médico Veterinário ISAÍAS ALVES VELOSO, CRMV-GO 1623, pela violação aos artigos 1º; 3º; 5º; 6º, inciso I; 13 incisos V e IX; 14, incisos I e III; 24, inciso I, todos do Código de Ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002.

Goiânia, 23 de março de 2016.

Benedito Dias de Oliveira FilhoMéd.Vet. CRMV-GO 0438

Presidente

produzidas hoje. A Cooperativa possui em seus quadros atuais três zootecnistas no setor de produção e outros três no de-partamento comercial.

Cruvinel conta que quando a turma se formou, as pessoas pensaram que Zoo-tecnia era um curso da escola agrícola da cidade, de nível médio. “O desconheci-mento era grande porque as pessoas só conheciam a veterinária e a agronomia”. Mas ele levou apenas dois anos para se ingressar na área. O gerente da Comigo frisou que o mercado é muito promissor, principalmente no setor de granjas, pois o manejo adequado e o foco na produção são exatamente as habilidades requeri-das pelos grandes empregadores. “Penso que a Zootecnia está muito melhor hoje em dia”, destacou ele.

CampanhaHoje, existem 1.590 Zootecnistas ins-

critos em Goiás, até abril de 2016, sendo 914 ativos e 676 inativos. Para o presiden-te da Comissão Estadual de Zootecnia do CRMV-GO, Zoot. Fabrício Estrela Mendon-

ça, também sócio-diretor da Biox, o pro-pósito do Zootecnista é gerar valor para o agronegócio brasileiro nas diversas áreas da produção animal do país, ocupando as funções em organizações de trabalho pú-blicas e privadas. O Zootecnista de suces-so, além das competências técnicas, deve reunir competências humanísticas como trabalhar bem em equipe, obedecer a hie-rarquias, liderar e tomar decisões. Deve possuir ainda habilidades gerenciais para contribuir com os agentes envolvidos em determinado negócio ou setor produtivo para alavancar os resultados. “Aproveito para parabenizar os profissionais de Goiás que focam em seus propósitos e contri-buem com a valorização do agronegócio no Estado”, destacou Estrela.

O mote da campanha 2016 pelo Dia do Zootecnista desenvolvido pelo sis-tema CFMV/CRMVs é “Zootecnista: um profissional para criar, manejar e melho-rar a genética dos rebanhos brasileiros”. Veja no site www.crmvgo.org.br o mate-rial (impresso e vídeo) e compartilhe os

conteúdos.

Atenção para o 5° Ciclo de Palestras da Zootecnia, em

comemoração ao Dia do Zootecnista.Data: 18 de junho de 2016, no

auditório da Faeg, no Setor Sul, em Goiânia-GO. Iniciativa da Comissão de

Zootecnia do CRMV-GO.Inscrições e programação disponíveis

a partir da segunda quinzena de maio no site www.crmvgo.org.br.

Zootecnista Luiz Antônio Cruvinel Nunes, que é da primeira turma de Zootecnistas do Centro-Oeste, formada em 1985, e foi o primeiro Zootecnista da

Comigo, em Rio Verde.

Instituições de ensino em Goiás

Em Goiás, existem sete instituições de ensino que oferecem o curso, atualmente:

- Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia – www.pucgoias.edu.br - Universidade Estadual de Goiás (UEG), câmpus São Luís de Montes Belos – www.slmb.ueg.br

- Universidade Federal de Goiás, câmpus Jataí – www.jatai.ufg.br

- Escola de Zootecnia da UFG, câmpus Goiânia – www.evz.ufg.br

- Instituto Federal Goiano, câmpus Rio Verde - www.rioverde.ifgoiano.edu.br

- Instituto Federal Goiano, câmpus Ceres – www.ifgoiano.edu.br/ceres - Instituto Federal Goiano, câmpus Morrinhos – www.ifgoiano.edu.br/morrinhos

Zootecnista Fabrício Estrela Mendonça

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Bruno Kamogawa/Comigo

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CENSURA PÚBLICAO Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás – CRMV-GO, Autarquia Federal de fiscalização do exercício profissional, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, consoante a decisão proferida pelo Plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária, na Centésima Trigésima Primeira Sessão Especial de Julgamento, nos autos do Processo Ético- profissional nº 31/2015, vem executar a penalidade de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, com fundamento no artigo 33, alínea “c” da Lei Federal nº 5.517/68, aplicada ao Médico Veterinário ATAÍDES CÉSAR CASTANHEIRA NETO, CRMV-GO 6420, pela violação aos artigos 1º; 3º; 13 incisos IX e XX; 14, incisos I e VIII, todos do Código de Ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002.

Goiânia, 25 de abril de 2016.Benedito Dias de Oliveira Filho

Méd.Vet. CRMV-GO 0438Presidente

Manejo do porquinho-da-índia em cativeiroO porquinho-da-índia (Cavia porcellus)

é encontrado na América do Sul (Peru, Ar-gentina, Brasil e Uruguai). É um dos animais silvestres preferidos em Goiás. No hábitat natural possui atividade diurna e forma grupos de 8-10 indivíduos, sendo o macho dominante.

Apesar do nome que levam, os porqui-nhos-da-índia nada têm a ver com suínos, e nem mesmo são originários da Índia. O nome “porquinhos” refere-se ao som que produzem, similar ao grunhir dos porcos. E “da Índia”, é devido ao fato de serem originários da América do Sul, ou “Índias Ocidentais”. Por terem os europeus con-fundido a América do Sul com as Índias, deram este nome a estes animais que aqui encontraram.

A maturidade sexual ocorre a partir da 10º semana de vida nos machos e da 6º nas fêmeas. O período de gestação é de 59-72 dias, com um número de crias de 2-5 indi-víduos que desmamam com 3-4 semanas de vida. A longevidade média em cativeiro é de 4 a 5 anos.

Os porquinhos-da-índia são herbívoros e, por isso, necessitam de uma alimentação rica em fibras, como capim, feno e vegetais verdes escuros. Os vegetais podem ser ser-vidos em porções (cerca de 1 copo) uma ou mais vezes ao dia. Já o feno e o capim de-vem ser fornecidos em quantidade ilimita-da. O consumo das fibras é vital para a boa saúde deste animal, uma vez que promove o desgaste dos dentes, mantém em pleno funcionamento o sistema digestivo, auxilia na produção dos cecótrofos, que são fezes consumidas pela manhã que fornecem vi-taminas e diminui o consumo de carboi-dratos (ração e frutas, principalmente), que podem causar problemas se fornecidos em excesso e de baixa qualidade. Por não pos-suírem a enzima necessária para a síntese de vitamina C, esta deve ser suplementada, de preferência, por meio de alimentos que

contenham teores elevados desta vitamina. Os dentes incisivos, molares e pré-mo-

lares têm crescimento contínuo, o que au-menta as chances de patologia dentária, se não fornecidos alimentos e materiais que promovam o desgaste.

A falta de apetite é um motivo frequen-te de consultas veterinárias em porqui-nhos-da-índia. É um sintoma inespecífico, que pode ser ocasionado por muitas enfer-midades. Não comer é extremamente sério, pois com cerca de 16 a 20 horas sem se ali-mentar, as células começam a se “romper”, causando um quadro de lipidose hepática, principalmente em animais obesos. Deste ponto em diante, o estado do porquinho--da-índia só tende a piorar, em especial quando este sintoma persiste por 2 dias ou mais. Somado a isso, tem-se o fato de que estes animais tendem a não lutar contra doenças e começam a recusar alimentos, o que os enfraquece ainda mais. Portanto, se o porquinho-da-índia não está comendo, leve-o a um Médico Veterinário especializa-do imediatamente.

Para o alojamento do porquinho-da-ín-dia, o ideal é o cercadinho com telas arama-das, uma vez que este permite que sejam montados espaços de diversos tamanhos e formatos. O fundo pode ser feito com plástico ou emborrachado grosso (soft). É desaconselhado o uso de gaiolas de outros pequenos roedores (como hamsters, ratos e chinchilas), aves e aquários. Gaiolas para coelhos devem ser evitadas. Além de o local

ser pequeno, o porquinho-da-índia precisa de espaço para se exercitar. A restrição de atividade física causa obesidade, pododer-matite, problemas de coluna e impactação intestinal. Se usadas, devem ter no mínimo 76 x 91cm, o chão não deve ser de grade e o porquinho-da-índia deve ser solto várias vezes ao dia. Se viveiro externo, estes po-dem ser feitos de madeira e cercado com telas aramadas, possuir telhado para prote-ção do sol e chuva e o ambiente deve ser fresco e ventilado, de modo a minimizar correntes de ar, odores e aumento de umi-dade. O piso pode ser de grama natural.

A convivência entre coelhos e porqui-nhos-da-índia deve ser evitada. Os coelhos, em geral, são portadores da bactéria Borde-tella bronchiseptica, que é inofensiva para a espécie, ao passo que para os porquinhos--da-índia essa bactéria causa pneumonia e abortamento.

Autores: Méd. Vet. Marina Mendon-ça de Miranda, especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos e membro da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (Abra-vas) e Méd. Vet. Bruno Ferreira Carneiro, mestrando em Ciência Animal pela UFG e também membro da Abravas. Proprietários da Clínica Refúgio Silvestre, em Goiânia.

REFERÊNCIAS:1- QUESENBERRY, K. E; DONNELLY, T. M.;

MANS C. Biology, Husbandry and Clinical Techniques of Guinea Pigs and Chinchillas. In: QUESENBERRY, K. E.; CARPENTER, J. W. Ferrets, Rabbits and Rodents- Clinical me-dicine and surgery Missouri: Elsevier, 2012, p. 279-294.

2- TEIXEIRA, V. N. Rodentia-Roedores Exóticos. In: CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CA-TÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais Selva-gens – Medicina Veterinária. Segunda edi-ção. São Paulo: Roca, 2014, p. 1169-1208.

Foto: Divulgação

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Responsabilidade Técnica 9ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

Preenchimento da ART on-line

Projeto RT Solidário

Registro de clínicas, consultórios e hospitais

Boletos para homologação de ART

As Anotações de Responsabilidade

Técnica (ARTs) já podem ser preenchidas

on-line (Resoluções CFMV n° 1041/2013 e

683/2001). As três vias do documento são

preenchidas no site, então, o profi ssional

deve imprimí-las, assiná-las e enviá-las ao

CRMV-GO para homologação. A Coordena-

dora Técnica do CRMV-GO, Méd. Vet. Raquel

de Sousa Braga, informou que a vantagem

da ART on-line é evitar preenchimentos in-

corretos que são responsáveis por mais de

40% das devoluções de ART, em média, o

que torna moroso o processo de homolo-

gação.

No preenchimento via web, a maioria

dos campos apresenta uma explicação para

facilitar o entendimento, portanto, as chan-

ces de erros são quase nulas. Clique no ban-

ner Tudo sobre RT, que está em destaque no

site www.crmvgo.org.br e acesse o menu

Anotações de RT. Mais informações pelo (62)

3269-6527 ou [email protected].

Em 2016, o CRMV-GO implantou o Pro-

jeto “RT Solidário”, cujo objetivo é estimu-

lar a responsabilidade social dos profi ssio-

nais inscritos em Goiás que participam das

atividades de Educação Continuada. Cada

Seminário de Responsabilidade Técnica

tem um “custo” de 2 quilos de alimentos

não perecíveis ou ração para pets. Os ali-

mentos são doados para instituições fi lan-

trópicas de Goiânia. O projeto faz parte

das ações de Responsabilidade Social do

CRMV-GO e os profi ssionais se mostram

sempre dispostos a colaborar. Agradece-

mos a todos pelas importantes doações.

Acompanhe no menu Tudo sobre RT – Projeto RT Solidário as arrecadações e os

registros das entregas dos produtos (veja

foto da primeira entrega dos alimentos na

página 4). Seja você também um RT Soli-

dário!

A Coordenação Técnica do CRMV-GO informa que o Seminário Básico de RT, que estava programado para o dia 17 de junho, em Goiânia, foi remanejado para o dia 10 de junho. Programe-se! Mais informações pelo (62) 3269-6527.

Os proprietários de estabelecimentos ve-

terinários devem enviar os documentos de

registo das clínicas, consultórios e hospitais

apenas após o término das obras da unida-

de e aquisição dos equipamentos, já que é

necessária uma vistoria dos fi scais para saber

se o local está de acordo com a Resolução

CFMV n° 1015/2012, antes de liberar o regis-

tro. Mais informações pelo (62) 3269-6527.

O CRMV-GO informa que os boletos emitidos para homologação

de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) serão enviados ex-

clusivamente para os e-mails da empresa e do profi ssional RT. Fique

atento e verifi que também sua caixa de lixo eletrônico. Mantenha

seu endereço eletrônico sempre atualizado! Mais informações pelo

(62) 3269-6527 ou [email protected].

Registro de clínicas, consultórios e hospitais

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Fique por dentro10 ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

Médicos Veterinários, Zootecnistas e a Pegada Hídrica

Entender a água como elemento

fundamental para a vida e para a economia é

um passo importante para que o Brasil torne-

se verdadeiramente um país desenvolvido.

Ter água de qualidade significa, também,

ter uma população mais saudável, um

meio ambiente melhor uma economia

mais fortalecida. No dia 22 de março

comemoramos o Dia Mundial da Água e no

dia 22 de abril, o Dia do Planeta Terra.

O consumo de água no planeta está

ligado às diversas funções da água,

tanto no cotidiano das pessoas, como na

produção de alimentos, roupas, papel

e entre outros. E, a quantidade de água

usada para esses meios é enorme e muitas

vezes desproporcional. Segundo dados da

Water Footprint, para produzir um quilo de

carne bovina, por exemplo, são gastos 15,5

mil litros de água, um pouco mais que os

dez mil litros de água gastos para fazer um

quilo de algodão.

Compreender como fazer um uso mais

sustentável e equitativo da água é um dos

grandes desafios que se colocam a empresas

e cidadãos para as próximas décadas. Nesse

contexto, surge o conceito de Pegada

Hídrica. E você conhece sua pegada hídrica?

Se nunca ouviu falar sobre Pegada Hídrica, é

bom saber: ela é um indicador do uso da água

que analisa sua utilização de forma direta

e indireta, tanto do consumidor quanto do

produtor. A Pegada Hídrica de um indivíduo,

comunidade ou empresa é definida como o

volume total de água doce que é utilizado

para produzir os bens e serviços consumidos

pelo indivíduo, comunidade ou produzidos

pelas empresas.

A Pegada Hídrica é dividida em três

tipos: a azul, que mede o volume das águas

de rios, lagos e lençóis freáticos, usualmente

utilizadas na irrigação, processamentos

diversos, lavagens e refrigeração; a pegada

hídrica verde, que se relaciona à água das

chuvas, necessária ao crescimento das

plantas; e a pegada hídrica cinza, que mede

o volume necessário para diluição de um

determinado poluente até que a água em

que este efluente foi misturado retorne

a condições aceitáveis, de acordo com

padrões de qualidade estabelecidos.

Sendo assim, com base nos dados da

ONU, a Pegada Hídrica de cada brasileiro

é de 2.027 m3/ano, que está acima da

média global de 1.385 m3/ano. Isso ocorre

basicamente por causa da nossa relevante

produção agrícola. Outra informação

interessante é que 9,2% desta Pegada

Hídrica per capita se refere a produtos

importados, ou seja, é a água virtual contida

nos produtos que importamos.

Sobrevivemos às mudanças climáticas,

hiperinflação, excesso de impostos, períodos

de recessão, estamos atordoados com as

frentes de corrupção, mas como sobreviver

e progredir nos negócios sem água? Não

é possível aceitar que esparsas campanhas

de diminuição de consumo de água pela

população resolvam o problema. É preciso

que o agronegócio e o setor industrial

participem efetivamente na gestão e o no

uso sustentável dos recursos naturais.

Nós, Médicos Veterinários e Zootecnistas,

precisamos saber gerenciar bem o uso

da água quando atuamos nos processos

produtivos, pois somos responsáveis

pelo futuro da alimentação no Brasil e no

mundo. Cerca de 72% da água captada

no país vai para a produção agrícola, o

que está em linha com a média de 70% no

mundo, segundo a ANA (Agência Nacional

de Águas). O fato é que não há como

produzir alimentos, fibras e outros produtos

agrícolas sem água. Se considerarmos a

dependência do agronegócio neste recurso

e o conteúdo de água em produtos como

leite (85% a 90%), mel (13% a 23%), carne

(70% a 75%) e ovo (75%), poderíamos até

criar o termo “agrohidronegócio”.

Finalizando, podemos então concordar

em uma coisa: o Brasil tem água o bastante

para todos, mas precisamos aprender a

geri-la de forma mais eficiente e combater

os desperdícios.

Consulte mais em www.pegadahidrica.org.

Méd. Vet. Márcia Cristina BarnabéMembro da Comissão de Responsabilidade

Técnica do CRMV-GOMestre em Produção Animal

Especialista em Certificação Ambiental e Produção Mais Limpa

SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONALO Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás – CRMV-GO, Autarquia Federal de fiscalização do exercício profissional, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Federal nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969, consoante a decisão proferida pelo Plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária, na Centésima Trigésima Sessão Especial de Julgamento, nos autos do Processo Ético- profissional nº 13/2015, vem executar a penalidade de SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL, POR 30 (TRINTA) DIAS com fundamento no artigo 33, alínea “d” da Lei Federal nº 5.517/68, aplicada ao Médico Veterinário ARTHUR MARTINS DE SOUZA, CRMV-GO 4360, pela violação aos artigos 1º; 5º; 6º incisos I, VI e VII; 14, incisos I e VII; 24 inciso I; e art. 37, todos do Código de Ética do Médico Veterinário, Resolução CFMV nº 722/2002.

Goiânia, 25 de abril de 2016.

Benedito Dias de Oliveira FilhoMéd.Vet. CRMV-GO 0438

Presidente

Foto: Arquivo Pessoal

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Campanha Goiás contra a carne clandestina

Mutirão de Conciliação do CRMV-GO

Reunião ocorrida no dia 14 de março,

no CRMV-GO, discutiu as estratégias para

as próximas etapas da operação “Goiás con-

tra a carne clandestina”, deflagrada no ano

passado. Vários órgãos participam do pro-

jeto, desencadeado pelo Ministério Público

Estadual (MP-GO): CRMV-GO, Vigilâncias

Sanitárias, Procon, Ministério da Agricultura

(Mapa), Sebrae Goiás, Federação da Agri-

cultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Agência

Goiana de Defesa Agropecuária (Agrode-

fesa), entre outros. Em 2015, cerca de 25

toneladas de alimentos foram apreendidas

nas operações conjuntas ocorridas nas ci-

dades de: Jussara, Santa Fé, Cristalina, San-

to Antônio do Descoberto, São Miguel do

Araguaia, Bonópolis, Catalão, Três Ranchos,

Ouvidor, Silvânia, Padre Bernardo e Mimoso

de Goiás. Foram visitados mais de 240 esta-

belecimentos em 2015.

No dia 22 de março, a equipe da Escola

Superior do Ministério Público gravou um

vídeo com o presidente do CRMV-GO, Méd.

Vet. Benedito Dias de Oliveira Filho e com

a Coordenadora Técnica do CRMV-GO, Méd.

Vet. Raquel de Sousa Braga, para ser usado

em um curso à distância (EAD) de 60 horas

sobre carne clandestina, projeto voltado

para promotores e assistentes que atuam

nas comarcas de Goiás. Todos os represen-

tantes dos órgãos envolvidos na campanha

Goiás contra a Carne Clandestina darão

seus depoimentos que servirão de suporte

para as ações dos promotores. O vídeo es-

tará disponível no segundo semestre deste

ano no site www.crmvgo.org.br menu Im-

prensa – Vídeos e será amplamente divul-

gado nos canais de comunicação do CRM-

V-GO. Confira o trabalho! Veja os materiais

(impresso e áudios) da campanha no site

www.crmvgo.org.br.

No dia 4 de abril, os fiscais do CRMV-GO,

Agência Goiana de Defesa Agropecuária

(Agrodefesa) e Procon estiveram no muni-

cípio de Taquaral onde foi apreendida cer-

ca de 1,5 tonelada de produtos impróprios

para consumo e carne sem procedência,

alimentos que estavam sendo comercializa-

dos em casas de carne e supermercados da

cidade. Outra fiscalização, em Cristalina, dias

19 e 20 de abril, resultou na prisão de quatro

pessoas por comércio de carne clandestina e

apreensão de cerca de 2 toneladas de carne.

Os fiscais estiveram em cerca de 40 estabe-

lecimentos.

As denúncias sobre venda de carne clandestina em Goiás são recebidas pelo número 127, do MPE. Veja no

site www.crmvgo.org.br os materiais (impresso e áudios) da campanha e

compartilhe!

Ações de execução do Conselho Regional de Medicina Veterinária

de Goiás (CRMV-GO) foram negociadas no Mutirão de Conciliação de

25 de abril até 06 de maio. A ação foi promovida pelo Centro Judiciário

de Conciliação (Cejuc-GO), em parceria com a 12ª Vara, onde já estão

sendo tratadas e negociadas as ações de execução envolvendo o Con-

selho. O Mutirão aconteceu na Sala de Audiências de Conciliação, no

Térreo do Edifício Sede da Justiça Federal, no Centro de Goiânia. Além

das partes intimadas, qualquer pessoa interessada em regularizar sua

situação pôde comparecer. Existem cerca de 800 processos pendentes

na 10° e 12° Varas da Justiça Federal envolvendo pessoas físicas e jurí-

dicas devedoras do CRMV-GO.

Gravação de vídeo sobre carne clandestina que será usado pela Escola Superior do Ministério

Público de Goiás.

Fiscalização em Taquaral

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Eventos12 ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016ANO XXXIII n° 151 – Maio de 2016

MAIO

12 a 1437° Congresso Brasileiro da Anclivepa (CBA)

Local: Goiânia-GOInformações: www.anclivepa2016.com.br

20Seminário Avançado de Responsabilidade

Técnica. Tema: Indústria CárneaLocal: Goiânia-GO

Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br

25 a 29Congresso Mundial de Oncologia Veterinária

Local: Foz do Iguaçu-PRInformações: www.wvcc2016.com.br/

JUNHO JULHO03

Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica. Tema: Comércio de Produtos

AgropecuáriosLocal: Caldas Novas-GO

Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br

7 e 8I Seminário Nacional sobre o Papel do Médico

Veterinário e Zootecnista na área ambientalLocal: Cuiabá-MT

Informações: www.cfmv.gov.br.

10Seminário Básico de Responsabilidade Técnica

Local: Goiânia-GOInformações: Informações: (62) 3269-6527 e

www.crmvgo.org.br

16 a 18VII Conferência Internacional de Medicina

Veterinária do ColetivoLocal: Porto Alegre-RS

Informações: www.itecbr.org

185° Ciclo de Palestras da Zootecnia

Local: Auditório da FaegInformações: www.crmvgo.org.br

18 e 19Curso: Cirurgia do Abdome e Tórax em

Pequenos AnimaisLocal: Goiânia-GO

Informações: Anclivepa Goiás pelo (62) 3565-4608.

01Seminário Avançado de Responsabilidade

Técnica. Tema: Comércio de Produtos Agropecuários

Local: Goiânia-GOInformações: Informações: (62) 3269-6527 e

www.crmvgo.org.br

8 a 10 Curso: ABC da Emergência na Clínica Cirúrgica

Local: Goiânia-GOInformações:

Anclivepa Goiás pelo (62) 3565-4608.

20Seminário Avançado de Responsabilidade

Técnica. Tema: Estabelecimentos VeterináriosLocal: Goiânia-GO

Informações: Informações: (62) 3269-6527 e

www.crmvgo.org.br

AGOSTO

05Seminário Avançado de Responsabilidade

Técnica. Tema: Comércio de Produtos Agropecuários

Local: Jussara-GOInformações:

Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br

19Seminário Avançado de Responsabilidade

Técnica. Tema: Indústria LácteaLocal: Goiânia-GO

Informações: Informações: (62) 3269-6527 e www.crmvgo.org.br

Consulte o ícone Eventos e Cursos no site www.crmvgo.org.br para acessar a agenda completa.

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Apoio:

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