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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS

Gabinete do Desembargador Almeida Branco ____________________________________________________________________________________

4ª Câmara Cível

APELAÇÃO CÍVEL Nº 119350-8/188 (200704922880)

COMARCA SANCLERLÂNDIA

APELANTE BANCO DO BRASIL S/A

APELADOS TIONILIA ALVES FERREIRA E OUTRO (s)

RECURSO ADESIVO

RECORRENTES TIONILIA ALVES FERREIRA E OUTROS

RELATOR Desembargador JOÃO DE ALMEIDA BRANCO

RELATÓRIO

BANCO DO BRASIL S/A interpõe recurso de

apelação contra sentença proferida nos Embargos à Execução interpostos

por TÍONILIA ALVES FERREIRA, SIMONE GOMES FERREIRA,

DIOGO MAURÍCIO GOMES e ALEXANDRE GOMES FERREIRA,

pela MMª Juíza, Drª. Wilsianne Ferreira Novato, que julgou improcedentes

os respectivos embargos, face a legitimidade ativa dos embargados para

executarem o título judicial.

Pela mesma decisão determinou que no crédito fosse

aplicada a correção monetária desde a data do efetivo prejuízo e, os juros

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serão de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação válida no processo

de indenização.

Em razão da sucumbência condenou a instituição

financeira ao pagamento das despesas processuais e honorários

advocatícios fixados em 10% sobre o valor dos embargos.

Argui preliminarmente, o apelante, ilegitimidade ad

causam dos apelados, posto que em se tratando de morte da parte, a

legitimidade é do inventariante e não dos sucessores legalmente

habilitados.

No mérito alega excesso de execução, decorrente da

inadequada aplicação dos juros moratórios, que devem contados a partir de

01/08/2002, cuja taxa deve ser a do Código Civil de 1916 e correção

monetária a partir da citação (art. 1º, § 1º, da Lei 6.899/91).

Argumenta que os honorários advocatícios devem ser

fixados com base no parágrafo 4º do artigo 20 do estatuto processual civil.

TÍONILIA ALVES FERREIRA, SIMONE GOMES

FERREIRA, DIOGO MAURÍCIO GOMES e ALEXANDRE GOMES

FERREIRA (fl.160/182), refutando in totum os argumentos expendidos,

pugnam pelo improvimento do recurso condenando o recorrente na

litigância de má-fé. Ato contínuo interpõem RECURSO ADESIVO

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(fl.183/195), defendendo, em síntese, ocorrência de preclusão quanto a

ilegitimidade ativa dos exequentes e que os juros moratórios devem incidir

desde o evento danoso, in casu, em 01/08/2002.

Tecendo comentários sobre a matéria em pauta,

colaciona jurisprudência.

Banco do Brasil S/A, nas contra-razões, arguindo coisa

julgada sobre o pedido de fixação de juros a partir do evento tido como

moralmente danoso e a inocorrência de preclusão quanto a ilegitimidade,

por tratar-se de questão de ordem pública, pugna pelo improvimento do

recurso adesivo.

É o sucinto relatório.

Ao douto revisor.

Goiânia, 14 de março de 2008.

Desembargador ALMEIDA BRANCO

Relator

3/tn

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APELANTE BANCO DO BRASIL S/A

APELADOS TIONILIA ALVES FERREIRA e outros

RECURSO ADESIVO

RECORRENTES TIONILIA ALVES FERREIRA E OUTROS

RELATOR Desembargador JOÃO DE ALMEIDA BRANCO

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade dos

recursos, deles conheço.

Conforme relatado, trata-se de Embargos à Execução

julgados improcedentes, face a legitimidade ativa dos embargados para

executarem o título judicial, correção monetária desde a data do efetivo

prejuízo, os juros de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação válida

no processo de indenização e, em razão da sucumbência condenou a

instituição financeira ao pagamento das despesas processuais e honorários

advocatícios fixados em 10% sobre o valor dos embargos.

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As razões do recurso de Apelação e Adesivo por

estarem entrelaçadas, se confundem, destarte, serão apreciadas

conjuntamente.

Enquanto o apelante, argui preliminarmente

ilegitimidade ad causam dos apelados, ao argumento de que em se tratando

de morte da parte, a legitimidade é do inventariante e não dos sucessores, a

recorrente adesiva ratifica ocorrência de preclusão quanto a ilegitimidade

ativa dos exequentes.

É sabido que a ilegitimidade ad causam, como uma das

condições da ação, deve ser conhecida em qualquer tempo e grau de

jurisdição até mesmo de ofício, sem que com isso haja preclusão a respeito.

Pois bem, dispõe o artigo 43 do estatuto processual civil

que ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo

seu espólio ou pelos seus sucessores.

A substituição processual pelo espólio dá-se quando já

instaurado o respectivo inventário e partilha e vai até o término deste.

Nesse caso, caberá ao inventariante a representação do

espólio em juízo, ativa ou passivamente (artigo 12, V), do estatuto

processual civil, salvo quando for dativo.

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Já a substituição processual do morto pelos seus

sucessores ou herdeiros ocorre quando inexiste inventário e partilha em

curso, cabendo assim aos sucessores habilitar-se nos autos, de per sí.

“Se há inventário aberto, quem

deve suceder o falecido é o seu espólio,

representado pelo inventariante – artigo.

1056, CPC; a habilitação dos herdeiros, em

ação judicial, só é necessário se o inventário

não tiver sido iniciado; ou, então, tratando-se

de inventariante dativo, caso em que a

participação dos herdeiros é compulsória

mediante a citação; ou ainda, no caso de

inventário concluído e partilha feita, a ação

poderá ser proposta contra os herdeiros, se

for o caso.” (TJSC, Apel. 21348, rel. Des.

Rubens Cordova in JC 47/265)

“Não havendo inventário e, logo, não

havendo administrador provisório da herança

e dos bens nela contidos, os atos de

administração só podem ser exercidos pela

totalidade dos titulares (...)” (2º TACivSP,

Agavo 157.003, rel. Juiz, Walter Moraes

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RJTACSP 84/284)

“1.Ocorrendo a morte de qualquer das

partes no curso do processo, dar-se-a a

substituição pelo seu espólio ou pelos seus

sucessores (CPC, art.─ 43). Falecido o

exequente, sem prova de ter sido aberto o

respectivo inventário e partilha,

consequentemente desconhecendo-se

inventariante a representar o espólio,

legitima é a habilitação dos herdeiros

necessários, como substitutos processuais do

morto, mesmo porque podem intervir como

litisconsorte ativos porquanto o direito

resultando do título executivo lhe diz

respeito na transmissão da herança.” (TJGO,

Apel. 29327-6, rel. Des. Charife Oscar

Abrão)

Analisando o feito, observa-se ausência de prova de

instauração do inventário e partilha do falecido José Maurício Gomes, cuja

certidão de óbito encontra-se à fl. 149, tanto assim que os seus herdeiros,

intimados, habilitaram-se em nomes próprios na indenização para a

execução de sua sentença.

Ademais, mesmo na execução da sentença pelo

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espólio, os herdeiros podem intervir como litisconsortes ativos, pois o

direito resultante do título executivo lhes diz respeito na transmissão da

herança. Tanto é que o artigo 567, inciso I, do Código de Processo Civil,

dispõe que podem também promover a execução, ou nela prosseguir, “o

espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte

deste, lhes for transmitido o direito resultando do título executivo.

Não diviso, portanto, a ilegitimidade apregoada pelo

recorrente. A discussão é meramente acadêmica, sem nenhuma

objetividade prática. Assim, a rejeito, bem como a alegada preclusão, eis

que inexiste.

No mérito, alega excesso de execução, decorrente da

aplicação inadequada dos juros moratórios, que devem ser contados a partir

de 01/08/2002, taxa de acordo com o Código Civil de 1916, e, correção

monetária a partir da citação (art. 1º, § 1º, da Lei 6.899/91).

Ressalto logo de início a aplicabilidade do novo

Código Civil de 2002, que dispõe em art. 406, que os juros moratórios

legais devem ser fixados conforme a taxa que estiver em vigor para a mora

do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.

Entende-se que a referida taxa é a mencionada no art.

161, § 1º, do CTN, a saber: 12% ao ano, conforme Enunciado nº 20 da

Jornada de Direito Civil realizada pelo Superior Tribunal de Justiça sob a

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coordenação científica do Min. Ruy Rosado de Aguiar Júnior.

Por sua vez, quanto aos juros moratórios, na hipótese

de responsabilidade extracontratual, devem fluir a partir do evento danoso,

de acordo com o artigo 398, do Código Civil vigente, que assim dispõe:

“Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em

mora, desde que o praticou.”.

A propósito, flui o entendimento jurisprudencial,

verbis:

"(...) V - O quantum fixado a título de

dano moral deve ser corrigido a partir da

sentença que a fixou, enquanto os juros

moratórios são devidos a partir do evento.

Apelo improvido. Recurso Adesivo provido

parcialmente." (TJGO, 3ª Câm. Cível, DJ

15000 de 15/05/2007, Acps. nº 105647-

6/190, Rel. Des. Walter Carlos Lemes).

No mesmo sentido, vejamos a Súmula 54, do Superior

Tribunal de Justiça: “Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso,

em caso de responsabilidade extracontratual”.

Com relação a correção monetária é cediço que em se

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tratando de indenização por danos morais, a incidência de correção

monetária inicia-se na data da prolação da sentença, uma vez que, a partir

daí, o valor da condenação deixa de ser mera expectativa e se torna certo.

A respeito são os seguintes julgados:

“...no tocante a correção monetária que

devera incidir na hipótese com base no

INPC, tal questão merece enfrentamento sob

dois aspectos diversos. Acerca do dano

material, a Súmula n. 43 do STJ disciplina

que “incide correção monetária sobre divida

por ato ilícito a partir da data do efetivo

prejuízo'. Por outro lado, no pertinente aos

danos morais, não se aplica referida súmula,

incidindo tanto a correção monetária, quanto

os juros moratórios, a partir do arbitramento

do valor definitivo da respectiva indenização,

ou seja, desde a data em que foi proferida a

sentença de primeiro grau, isso porque,

pressupõe-se que o valor fixado naquela

oportunidade encontrava-se devidamente

atualizado na data do arbitramento

condizente a reparacão por danos morais

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(sentença), por se tratar de um valor liquido e

certo. Precedentes do STJ.” (4ª Câm., DG

13920-7, relª. Drª Sandra Regina Teodoro

Reis, ac. 14/02/2008)

“IV. Em se tratando de indenização

por dano moral, a correção monetária deve

incidir a partir da prolatação da sentença, por

ser o momento em que e fixado o quantum

indenizatório. Apelo conhecido e

parcialmente provido." (1ª Câm., rel. Des.

Luiz Eduardo de Sousa, ac. 15/01/2008)

Conforme se vê de fl. 77 da Ação de Indenização em

apenso, a apelante, foi condenada em 23/09/2003,ao pagamento de uma

indenização por danos morais no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais).

Interposta a Execução (fl. 205 dos autos em apenso),

objetivam os apelados o recebimento da importância de R$57.902,94

(fl.206), incluído o INPC com indexador, período da correção – agosto de

2002 a novembro/2005, taxa de juros de 0,5% ao mês, período dos juros

01/08/2002 a 30/11/2005 e 20% de honorários advocatícios.

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Nos Embargos à Execução, aplicando o novo Código

Civil, determinou a magistrada singular “juros legais de 1% ao mês a partir

da citação e correção monetária desde fato danoso.”

Pois bem, aplicando o posicionamento expendido ao

caso concreto, constata-se que da forma determinada na sentença singular

há excesso de execução, posto que a taxa dos juros moratórios deve ser de

1% ao mês, a partir do evento danoso e correção monetária a partir da

sentença.

Embora nos embargos à execução os honorários

advocatícios da sucumbência devam ser fixados de acordo com a norma

inserta no parágrafo quarto, do artigo 20 do estatuto processual civil,

melhor sorte não teve o apelante ao contestar a fixação dos honorários

advocatícios.

Estes foram fixados de conformidade com o que

determina o artigo 20, § 3º do Código de Processo Civil. Não é verdade que

a referida verba foi superior a 20% do valor da condenação.

Ressalte-se ainda, que referida condenação foi referente

a duas ações, ou seja, a execução e os embargos à execução.

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Entendo que o Magistrado singular sopesou bem os

critérios objetivos ao fixar os honorários. Não vejo nenhum exagero na

valoração dos referidos honorários advocatícios.

A respeito já restou decidido:

“3. Não deve ser alterada a sentença

que fixa honorários advocatícios em

consonância com os critérios estabelecidos

no artigo 20, § 3º, do Código de Processo

Civil. Apelação conhecida, mas improvida.”

(Apel. 113400, rel. Des. Vítor Barboza

Lenza, ac. 15/01/2008)

“4. Honorários advocatícios - quantia

adequadamente fixada, nos termos do § 4, do

artigo 20, do CPC, considerando os critérios

previstos nas alineas "a", "b" e "c" do § 3, do

artigo 20, do CPC. recursos conhecidos e

improvidos." (Apel. 104189-7, ac.

21/12/2006)

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Assim, deve ser mantida a quantia fixada.

Por último deixo de analisar, por inadmissibilidade, o

pedido dos apelados de condenação do apelante na litigância de má-fé,

formulada pelos apelados, posto ser impertinente o pedido de condenação

da parte adversa em litigância de má-fé formulado nas contra-razões, nas

quais só se admite resposta aos argumentos expendidos no recurso.

A jurisprudência é pacifica a respeito:

“4 - Em sede de contra-razões só se

admite resposta aos argumentos expendidos

nas razões recursais, sendo impertinente o

pedido de condenação do apelante em

litigâncias de má-fé. Recurso conhecido e

parcialmente provido." (2ª Cam., Apel.

Proc. Sum. 118718-9, ac. 12/02/2008, rel.

Des. Gilberto Marques Filho)

“3 - Inalbergavel a condenação das

partes nas penas da litigâncias de má-fé,

deduzido em contra-razões de recurso, pois

não vejo, nestes autos, qualquer ato

atentatório ao andamento do feito, a acarretar

eventual dano processual. Embargos

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conhecidos e rejeitados." (4ª Câm., Apel.

110598-3, rel. Des. Stenka Isaac Neto, ac.

29/11/2007)

“ Não se lhe pode aplicar a reprimenda

correspondente a litigâncias de má-fé, se

pleiteada em sede de contra-razões, via

adequada somente ao combate das razões

recursais. O pedido de condenação em

litigâncias de má-fé ser deduzido em recurso

próprio. 4 - Apelo conhecido e improvido.

Sentença mantida." (3ª Câm., rel. Dr. José

Ricardo M. Machado, ac. 15/01/2008)

“2 - Incomportável o pedido de

litigâncias de má-fé levantado pelo apelado

em suas contra-razões, uma vez que não

ficou demonstrado nos autos, em momento

algum, tal circunstancia, pois o apelante

apenas se utilizou das ferramentas que o

direito lhe disponibiliza para a defesa de seus

interesses.” (Apel. 112729-1, ac.

22/11/2007, que relatei).

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Ao teor do exposto, conheço dos recursos NEGO

PROVIDO AO RECURSO ADESIVO E DOU PARCIAL

PROVIMENTO À APELAÇÃO, para, reformando a sentença

monocrática, determinar a taxa dos juros moratórios deve ser de 1% ao

mês, a partir do evento danoso e correção monetária a partir da sentença

proferida em 23/09/2003 (fls. 77), dos autos em apenso.

Como o apelante decaiu em parte mínimo, mantenho os

ônus da sucumbência.

É o voto.

Goiânia, 10 de abril de 2008.

Desembargador ALMEIDA BRANCO

Relator

3/tn

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RECURSO ADESIVO

RECORRENTES TIONILIA ALVES FERREIRA E OUTROS

RELATOR Desembargador JOÃO DE ALMEIDA BRANCO

EMENTA: EMBARGOS À EXECUÇÃO.

CREDOR FALECIDO. LEGITIMIDADE

DOS HERDEIROS. PRECLUSÃO.

EXCESSO EXECUÇÃO. INDENIZAÇÃO

DANOS MORAIS – TAXA DE JUROS

MORATÓRIOS E CORREÇÃO

MONETÁRIA. HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS . Litigâncias DE MÁ-FÉ.

1. As condições da ação, devem ser

conhecida em qualquer tempo e grau de

jurisdição até mesmo de ofício, sem que com

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isso haja preclusão.

2. Cabe ao inventariante a

representação do espólio em juízo, ativa ou

passivamente (artigo 12, V, do estatuto

processual civil), salvo quando for dativo.

Porém, inexistindo inventário e partilha em

curso, a substituição processual do morto

pelos seus sucessores ou herdeiros não enseja

configura ilegitimidade ad causam.

3. Na execução de sentença que fixou

indenização por danos morais, a taxa de juros

moratórios é de 1% ao mês incidentes a

partir do evento danoso e correção monetária

a partir da sentença transita em julgado.

4. Não deve ser alterada a sentença

que fixa honorários advocatícios em

consonância com os critérios estabelecidos

no artigo 20, § 3º, do Código de Processo

Civil.

5. Incomportável o pedido de

litigâncias de má-fé levantado pelo apelado

em suas contra-razões, uma vez que não

ficou demonstrado nos autos, em momento

algum, tal circunstancia, pois o apelante

apenas se utilizou das ferramentas que o

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direito lhe disponibiliza para a defesa de seus

interesses.

APELAÇÃO CONHECIDA

E PARCIALMENTE PROVIDA.

RECURSO ADESIVO IMPROVIDO.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da

Apelação Cível nº 119350-8/188, (Recurso Adesivo) da Comarca de

Sanclerlândia figurando como Apelante Banco do Brasil S/A e Apelados

Tionilia Alves Ferreira e outro (s).

Acordam os integrantes da 2ª Turma Julgadora da 4ª

Câmara Cível, à unanimidade de votos, CONHECER DA APELAÇÃO

E PROVÊ-LA, PARCIALMENTE, RECURSO ADESIVO CONHECIDO

MAS IMPROVIDO, nos termos do voto do Relator.

Votaram com o Presidente - Desembargador Almeida

Branco, o Desembargador Carlos Escher e a Dra. Sandra Regina Teodoro

Reis em substituição ao Desembargador Kisleu Dias Maciel Filho.

Esteve presente à sessão a ilustre Procuradora de

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Justiça, Drª. Eliane Ferreira Fávaro.

Goiânia, 10 de abril de 2008.

Desembargador ALMEIDA BRANCO

Presidente/Relator

tn/2008.

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