APLICAÇÃO DA FERRAMENTA
PEGADA ECOLÓGICA PARA ANÁLISE
DE IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS
PELAS ATIVIDADES ACADÊMICAS DE
ALUNOS DA ESCOLA DE ENGENHARIA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE
Sophia de Carvalho Nascimento (UFF )
Gilson Brito Alves Lima (UFF )
Gabriela Franco dos Santos Vasconcelos Maciel (UFF )
O artigo discorre acerca do conceito, importância e de um caso de
aplicação da ferramenta Pegada Ecológica como indicador de
sustentabilidade, visando à mensuração e análise de impactos
promovidos por uma determinada população ao meio ambieente, assim
como, a identificação de oportunidades de melhoria. Neste sentido,
como opção metodológica foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa e
aplicada, suportada pela utilização de questionários que permitiram a
aquisição de informações, tais como, padrão de consumo de papel e
tipo de meio de transporte utilizado por alunos da graduação da
Escola da Engenharia da Universidade Federal Fluminense, em suas
atividades acadêmicas. Como resultado da análise foi obtida a pegada
ecológica de 0,07 hectare ao ano por aluno, e, verificou-se que 34%
dos alunos são responsáveis por 86% do CO2 emitido por todos os
alunos, principalmente pelo fato de utilizarem carro como transporte à
universidade, sendo este motivo identificado como o aspecto mais
relevante que compõe a pegada estudada. A partir destas e de demais
observações foi desenvolvido um conjunto de planos de ação para a
redução da pegada ecológica neste contexto, haja vista a crescente
demanda por toda a sociedade de ações de melhoria contínua que
contribuam com o desenvolvimento sustentável.
Palavras-chaves: Pegada Ecológica, Gestão Ambiental,
sustentabilidade, impactos ambientais, indicador
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1. Introdução
As questões ambientais têm se tornando cada vez mais relevantes no contexto social, político
e econômico. A degradação do meio ambiente resultante de um sistema produtivo baseado no
consumismo exige o estabelecimento de novas posturas da sociedade que demonstrem o
compromisso com a qualidade de vida das gerações futuras.
Segundo Franco e Druck (1998), existe uma mobilidade dos riscos ambientais que conecta o
espaço local ao global. Deste modo, os efeitos da degradação ambiental não se limitam ao
local de onde foram geradas as suas causas e, por isso, a inserção da sustentabilidade às
atividades humanas deve ser realizada nas diversas dimensões, onde se incluem tanto práticas
coletivas como individuais.
Para Sachs (1995 apud LIMA, 2012b) ao longo dos anos não foram concentrados esforços
consideráveis na busca de uma combinação positiva entre desenvolvimento econômico e
preservação ambiental, que promovesse benefícios para ambas as partes. Deste modo, em
relação à manutenção dos recursos naturais, percebe-se uma defasagem entre a tecnologia
exploradora e a conservadora, visto que a primeira encontra-se em nível mais elevado de
desenvolvimento.
No entanto, a combinação positiva do aspecto econômico e do aspecto ambiental é favorecida
atualmente pelas pressões da sociedade. Sanches (2000) aponta que para se manterem
competitivas e até mesmo sobreviverem no mercado, as empresas necessitam assumir novas
posturas diante das questões ambientais, sejam por legislações, por exigência dos
consumidores ou até mesmo por auto regulação das organizações.
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão na aplicação da metodologia
proposta pela ”Pegada Ecológica” para a análise dos impactos gerados por alunos de uma
escola de engenharia, considerando os aspectos de consumo de papel e o uso de transporte
exigidos pelas atividades acadêmicas.
A lógica de construção do artigo está suportada em quatro etapas: numa primeira se apresenta
uma visão geral da contextualização teórica da “Pegada Ecológica”; numa segunda é
apresentada a estrutura metodológica que suportou o desenvolvimento da pesquisa; numa
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terceira parte é apresentado e discutido o estudo de caso realizado e, numa quarta e última
parte são apresentados dois programas de gestão ambiental e respectivos planos de ação de
melhoria com vias a potencializar os ganhos com a aplicação da ferramenta.
2. A pegada ecológica como instrumento de medida de impactos ambientais
Para Van Bellen (2004) há um consenso entre especialistas da área de que a utilização de um
instrumento de medida para a análise de questões relativas à sustentabilidade pode
transformar preocupações em ações concretas. A atribuição de valores e por sua vez graus de
criticidade às atividades viabiliza a comparação entre estas e também o estabelecimento de
metas a serem cumpridas no sentido de melhorar o desempenho ambiental da organização ou
do indivíduo.
Contudo, a aplicação de instrumentos que viabilizem uma quantificação da condição
sustentável de uma determinada população é importante tanto para permitir a classificação
desta dentro de um contexto de preservação ambiental, como também para facilitar o alcance
de ações de melhoria em busca do desenvolvimento sustentável.
Segundo Wackernaged e Rees (1996), pegada ecológica é uma ferramenta que auxilia o
planejamento da sustentabilidade, sendo diversas as suas aplicações. Trata-se de um
instrumento conceitual para avaliar o impacto que, para Pereira (2008), cada indivíduo,
processo, atividade e região produzem sobre a Terra, através do uso de recursos e serviços
fornecidos pela natureza, e geração de resíduos.
A pegada ecológica auxilia no desenvolvimento de estratégias e cenários futuros aplicáveis
em várias escalas: individual, familiar, regional, nacional e mundial em direção à
sustentabilidade, de acordo com Cidin e Silva (2004).
Conforme Maduro-Abreu et al (2009), uma das principais contribuições do método é a sua
capacidade de gerar discussões sobre os limites ecológicos em razão da facilidade de
entendimento de seu resultado.
Entende-se pegada ecológica como um indicador de pressão ambiental, já que sua unidade é
baseada na quantidade de terra necessária para suportar os impactos promovidos no meio
ambiente.
Para Alvarenga et al (2010), a metodologia deste indicador transforma inputs e outputs de um
sistema ou de uma determinada população dentro de uma área. A ferramenta aponta a área
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necessária para a sobrevivência do sistema ou de uma população. O cálculo é, então, baseado
no uso de todos os materiais e energia consumidos.
A pegada ecológica (PE) e sua unidade (hectare global) consistem em uma medida intuitiva e
quantificável de sustentabilidade, além disso, podem revelar como os impactos de uma
localidade vão muito além de suas fronteiras, segundo Kuzyk (2012).
Wackernagel et al (2004) diz que para a realização do cálculo da pegada ecológica busca-se
medir a quantidade de recursos naturais necessária, expressa em área produtiva, para suportar
a demanda de uma determinada população. Com isso, se o indicador revela um excesso de
demanda diante da disponibilidade, presume-se a possibilidade da escassez dos recursos.
O cálculo então é dividido em duas partes: a oferta ecológica (biocapacidade) e o consumo da
população (pegada). Conforme WWF (2012), o conceito de biocapacidade inclui a
quantificação da capacidade da natureza em produzir recursos renováveis, fornecer terra para
áreas construídas e possibilitar a absorção de resíduos, como absorção de carbono. A Figura 1
apresenta a equação que, para Wackernagel et al (2004), deve ser solucionada para a obtenção
do valor da pegada ecológica em hectares globais.
Figura 1 – Cálculo para obtenção da Pegada Ecológica em hectares globais
Pegada Ecológica (gha)= Consumo (t) x Fator de Equivalência (gha/há)
Produção global
anual (t/ha)
Fonte: Wackernagel et al (2004)
3. Abordagem metodológica
A pesquisa realizada foi estruturada numa perspectiva preponderantemente qualitativa,
esploratória e descritiva. A abordagem desenvolvida para análise da pegada ecológica foi
delimitada ao contexto do levantamento de 2 parâmetros: (a) emissão de carbono promovida
pelo uso de transporte e, (b) consumo de papel pelos alunos em suas atividades acadêmicas.
Neste sentido, foi estruturada uma survey adaptada de um estudo similar efetuado por Amaral
(2010), cujo objetivo foi contabilizar o consumo anual de papel utilizado pelos alunos, assim
como quantificar o deslocamento realizado para frequentar a universidade por tipo de
transporte utilizado.
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A pesquisa, não probabilística, foi delimitada para estudantes dos cursos de Engenharia de
Produção, Civil, Elétrica e Química. A amostra foi escolhida pelo critério de acessibilidade e
o questionário foi distribuído parte impresso aos alunos e parte via e-mail. O questionário foi
aplicado a 80 alunos, havendo 67% de respondentes (53 alunos).
A metodologia proposta buscou a obtenção do valor da massa de CO2 liberado, através da
equação presente na Figura 2, e do valor da área verde necessária para absorção do gás,
através da equação presente na Figura 3. Foi importante para o presente estudo a base de
referência do estudo da USP São Carlos, pois possibilitou a comparação de resultados.
Conforme já explicado, o estudo delimitoou a aplicação da pegada especificamente ao
consumo de papel e uso do transporte. Logo, a equação apresentada na Figura 2 foi utilizada
para calcular a emissão referente ao consumo de papel. Já a equação mostrada na Figura 3 foi
utilizada para o cálculo da área necessária para a absorção do CO2 liberado pelo consumo de
papel e pelo uso de transporte.
Figura 2 - Conversão do consumo em emissão de CO2
Emissão (KgCO2)= Consumo (kg) * Fator Emissão (kgCO2/kg)
Fonte: Adaptado de Amaral (2010)
Figura 3 - Conversão da emissão de CO2 em área necessária (ha)
Área (ha)= Emissão (kgCO2)
Taxa Absorção Carbono (kgCO2/ha/ano)
Fonte: Adaptado de Amaral (2010)
Em relação aos valores coletados pelos questionários, optou-se por obter os referentes ao
semestre anterior unicamente, presumindo-se que o aluno teria melhor estimativa. A partir
disso, o consumo foi multiplicado por dois para obter o valor ao ano.
Para estimar o peso do papel, considerou-se a diferenciação do peso dos tipos de folhas, assim
como, foi considerado o percentual de papel reciclado utilizado pelos alunos, pois o fator de
conversão em CO2 da fibra do papel reciclado é menor do que o fator de conversão da fibra
proveniente de papel virgem.
Para contabilizar o CO2 emitido pelo uso do transporte considerou-se todo o percurso
realizado pelos alunos para frequentar a universidade, assim como, o tipo de transporte
utilizado, de acordo com os dados obtidos pelos questionários. Deste modo, para cada tipo de
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transporte utilizou-se o fator de conversão propício para a obtenção do valor em kg de CO2 a
partir dos quilômetros percorridos. Foram utilizados os fatores 0,2 e 0,03 kg CO2/km para
utilização de carro e ônibus, respectivamente, com referência do estudo de Amaral (2010).
4. Aplicação da pegada ecológica na Escola de Engenharia
4.1. Estimativa e cálculo da pegada (consumo de papel)
Com base nos questionários respondidos pelos alunos elaborou-se a Tabela 1. Tendo em vista
o percentual de utilização de papel reciclado, também obtido por meio dos questionários, foi
calculado o consumo do papel proveniente de fibra virgem e do papel derivado de fibra
reciclada. De acordo com a pesquisa, em média, os alunos utilizam o equivalente a uma faixa
de 15% de material reciclado em relação a todo o papel utilizado.
Tabela 1 - Valores obtidos da conversão do consumo de papel e emissão de CO2
Total de consumo de papel (kg/ano)
Total de consumo de
papel reciclado (kg/ano)
Total de consumo de papel
proveniente de fibra virgem
(kg/ano)
CO2 total emitido CO2(kg/ano)
CO2 total emitido por
aluno CO2(kg/ano)
388,92 58,34 330,58 643,86 12,15
Fonte: Próprio autor (2013)
A Tabela 2 apresenta os valores de conversão tanto para a fibra virgem quanto para fibra
reciclada, de acordo com Amaral (2010).
Tabela 2 - Fatores de conversão para a obtenção da quantidade de emissão de CO2 decorrente
do consumo de papel
Fatores de conversão kg CO2/kg papel
Fibra virgem 1,87
Papel reciclado 0,61
Fonte: Amaral (2010)
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Logo, pelos cálculos, estima-se que cada aluno seja responsável pela emissão de 12 kg de
CO2 ao ano, apenas levando-se em conta o gasto de papel demandado pelas atividades
acadêmicas.
A Tabela 3 apresenta o valor da área de florestas necessária para absorção do CO2 emitido
por cada aluno pelo consumo de papel. Chegou-se a uma área equivalente a 19 m² por aluno.
Ou seja, este valor representa a pegada de carbono promovida por aluno pela utilização de
papel.
Tabela 3 - Valores obtidos por meio da conversão do CO2 emitido na área necessária para sua
absorção
CO2 total emitido por aluno
CO2(kg/ano)
Emissão total de CO2 por
aluno (t/ano)
Área para a absorção do CO2 emitido por aluno
(hectare)
Área para a absorção do CO2 emitido por aluno
(m²)
12,15 0,01 0,0019 19,38
Fonte: Próprio autor (2013)
4.1.1. Uso de papel reciclado e reciclagem dos resíduos gerados
Com o intuito de conhecer o envolvimento dos alunos com o processo de reciclagem do papel
utilizado, foram-lhes feitas duas perguntas: qual o percentual de papel reciclado utilizado por
eles na universidade e qual o percentual de resíduo de papel gerado por eles que era destinado
a um processo de reciclagem.
A Tabela 4 expõe a quantidade de alunos por intervalo de percentual de utilização de papel
reciclado.
Tabela 4 - Faixas de percentual de uso de material reciclado por número de alunos
Porcentagem do uso
de material reciclado
Número de
alunos
0% 17
0 a 25% 28
25 a 50% 6
50 a 75% 0
75 a 100% 2
Fonte: Próprio autor (2013)
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Por meio da Figura 4 é possível visualizar que 85% dos alunos utilizam até 25% de papel
reciclado.
Figura 4 – Faixas de percentual de uso de material reciclado por número de alunos
Fonte: Próprio autor (2013)
Diante dos resultados apresentados, verificam-se oportunidades de ações que visem reduzir a
pegada de carbono por meio da substituição do papel de fibra virgem por papel reciclado, o
que significaria uma diminuição nas emissões de CO2 e na pegada de carbono.
Já em relação à reciclagem do papel que vira resíduo, podemos observar, através da Tabela 5,
que cerca de 70% dos alunos destinam para reciclagem até 25 % do resíduo de papel gerado
pelas atividades acadêmicas.
Tabela 5 - Faixas de resíduo de papel destinado à reciclagem
Porcentagem do
resíduo que é
destinado à
reciclagem
Número de
alunos
0% 1
0 a 25% 37
25 a 50% 6
50 a 75% 3
75 a 100% 6
Fon
te: Próprio autor (2013)
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Como pode ser observado na Figura 5, são poucos, dentre os alunos entrevistados, aqueles
que destinam em quantidade significativa para reciclagem o resíduo de papel gerado. Diante
deste quadro, é possível verificar outra oportunidade de atuação em busca de maior
sustentabilidade na rotina acadêmica, que seria o estímulo à disponibilização desse material à
coleta seletiva.
Figura 5 - Percentuais referentes à reciclagem dos resíduos de papel
Fonte: Próprio autor (2013)
4.1.2. Análise comparativa da pegada ecológica em relação ao uso de papel
A partir dos resultados obtidos foi realizada uma análise comparativa com o estudo feito no
campus da USP São Carlos (AMARAL, 2010), no qual também foi aplicado o instrumento
pegada ecológica para analisar a sustentabilidade das atividades acadêmicas.
Na Tabela 6, observa-se que a pegada ecológica referente ao consumo de papel dos alunos de
Engenharia da UFF equivale ao dobro da pegada ecológica dos alunos da USP.
Tabela 6 - Comparação entre as pegadas dos alunos da UFF e da USP em relação ao consumo
de papel
Universidade USP UFF
Emissão ao ano por aluno (tCO2) 0,0057 0,012
Área necessária por aluno (m²) 9,0461 19,38
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Fonte: Próprio autor (2013)
Portanto, é possível verificar que, sob a ótica da aplicação deste indicador ambiental, os
alunos da UFF causam mais impacto pelo consumo de papel, e, por isso, é interessante buscar
alternativas que proporcionem melhorias no padrão da sustentabilidade aplicada a este tipo de
consumo.
A visualização da Figura 6 permite verificar uma significativa semelhança quanto ao uso de
papel reciclado. Isto pode representar, a grosso modo, um comportamento comum dos alunos
de engenharia de não possuírem um engajamento significativo quanto a práticas sustentáveis.
Figura 6 - Comparação do uso de papel reciclado pelas universidades USP (à esquerda) e UFF
(à direita)
Fonte: Amaral (2010), à esquerda, e próprio autor (2013), à direita
Quanto à destinação de resíduos de papel para reciclagem, a Figura 7 permite comparação
entre as duas universidades. Neste caso também é verificada uma semelhança considerável,
pois a maior parte dos alunos das duas universidades recicla até 25% do resíduo que gera.
Figura 7 - Percentual de alunos que recicla determinadas faixas percentuais de resíduo de
papel gerado da USP (à esquerda) e da UFF (à direita)
Fonte: Amaral (2010), à esquerda e próprio autor (2013), à direita
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Deste modo, pode-se inferir que não há, em ambas as universidades, uma política de coleta
seletiva de lixo que estimule os alunos a separar o papel utilizado e a enviar para a
reciclagem.
4.2. Estimativa e cálculo da pegada (relativa ao transporte)
Considerando o percurso feito diariamente, assim como os meios de transporte utilizados
pelos alunos, foi possível dimensionar a quantidade de CO2 emitido pelos entrevistados.
Tabela 7 - Emissão de CO2 e pegada per capita dos alunos da UFF
CO2 emitido per
capita (t/ano)
hectares per
capita
necessários
m² per capita
necessários
0,45 0,07 710,04
Fonte: Próprio autor (2013)
Conforme apresentado na Tabela 7 acima, é emitido por aluno 0,45 tonelada de CO2 ao ano.
Considerando o fator de conversão para a absorção desta quantidade de gás como 6,27
toneladas de CO2 por hectare, foi obtido o equivalente a 710,04 m² necessários por aluno para
absorção da sua emissão de CO2 derivado do transporte à universidade. Sendo esta, portanto,
a estimativa da pegada ecológica média de um aluno de engenharia da UFF.
O estudo da USP obteve o valor da pegada de 74 m² por aluno do campus de São Carlos. Isto
significa que o aluno da UFF demanda cerca de 10 vezes mais o espaço necessário para
absorção do CO2 emitido pelo seu transporte em relação ao aluno da USP. Esta disparidade
supostamente se deve ao fato de que São Carlos é um município do interior de São Paulo, que
possui intensa atividade universitária e por isso conta com uma considerável população
flutuante de alunos. Logo, foi constatado no estudo da USP que 55% dos alunos frequentam o
campus a pé, o que garante a não emissão de CO2 por uso de transporte.
Já o campus de Engenharia da UFF é situado em Niterói, cidade localizada na região
metropolitana do Rio de Janeiro. O presente estudo demonstrou que cerca de apenas 13% dos
alunos frequentam o campus a pé, já a maior parte dos alunos percorre maiores distâncias e
necessita de transporte por veículos automotores, o que causa maior nível de emissão de CO2.
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4.2.1. Diferenciação da emissão de CO2: alunos que usam carro vs alunos que não
utilizam
A partir da Figura 8 abaixo, observa-se que 86% de todo o CO2 emitido pelo transporte dos
alunos à universidade provem da utilização de carro como pelo menos um dos meios
utilizados. Portanto, apenas 14 % são referentes ao CO2 emitido pelo transporte dos alunos
que nunca utilizam carro como transporte, somente ônibus.
Figura 8 – Percentual de CO2 emitido por alunos que usam e que não usam carro
Fonte: Próprio autor (2013)
Analisando a Figura 9, observa-se que 66% dos alunos não utilizam carro como nenhum dos
meios de transporte para chegar à universidade, o que permite concluir que a maior parte dos
alunos possui individualmente baixa pegada de carbono em relação ao transporte utilizado.
Figura 9 - Percentual dos alunos entrevistados que utilizam carro
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Fonte: Próprio autor (2013)
A Tabela 8 especifica a média dos valores de emissão e os valores da pegada calculados por
aluno. Verifica-se que a pegada dos alunos que utilizam carro corresponde a 121 vezes a
pegada dos que não utilizam carro.
Tabela 8 - Emissão de CO2 e pegada correspondente aos alunos que utilizam e aos que não
utilizam carro
Emissão
(tCO2/ano)
Emissão
(tCO2/ano per
capita)
Pegada
(m² percapita)
Alunos que utilizam
carro 20,35 1,13 1802,76
Alunos que não
utilizam carro 0,32 0,01 14,81
Fonte: Próprio autor (2013)
O fato de ser uma minoria causando grande parte da emissão facilita as medidas possíveis a
serem tomadas através de um plano de redução da pegada, já que os responsáveis são
facilmente identificáveis e a possível contribuição individual gera um ganho significativo.
4.3. Análise comparativa: papel vs transporte
Ao verificar os resultados das emissões e da área necessária para absorção destas nos quesitos
consumo de papel e transporte dos alunos de Engenharia UFF, é possível concluir que o
transporte gera uma emissão de CO2 em taxas mais significativas do que o consumo de papel.
Na Tabela 9, observa-se que a pegada promovida pelo transporte representa cerca de 40 vezes
a pegada causada pelo consumo de papel.
Tabela 9 – Total da pegada por aluno da UFF considerando emissões relativas ao consumo de
papel e ao transporte
Emissão de CO2 ao ano (t/aluno)
Área necessária (m²/aluno)
Papel 0,01 19,38
Transporte 0,45 710,04
Total 0,46 729,41
Fonte: Próprio autor (2013)
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Ao somar os dois quesitos obteve-se o valor de 729 m² de áreas florestadas necessárias para
absorver o CO2 emitido pelas atividades acadêmicas de cada aluno da Escola de Engenharia
da UFF.
5. Planos de Ação
Como ação de melhoria foram inicialmente propostos dois Programas de Gestão Ambiental
Específicos: “Operação baixo carbono: Eu colaboro!” e “Menos papel para o lixo”
5.1. Programa “Operação baixo carbono: Eu colaboro!”
Este programa foi adaptado da ABNT (1997) e foi criado visando à redução da emissão de
CO2 pelos alunos de Engenharia da UFF. A Tabela 10 apresenta o programa e suas diretrizes.
Tabela 10 - Programa ambiental proposto Programa Baixo Carbono: Eu colaboro! - Por uma Engenharia UFF mais sustentável
Compromisso de
política ambiental
Minimizar os danos ao meio ambiente causados alunos da
Engenharia UFF em suas rotinas acadêmicas e demonstrar aos
alunos a importância da adoção de medidas de redução de impactos
ambientais numa instituição.
Objetivo Reduzir as emissões de CO2 pelo transporte dos alunos no percurso
diário à universidade.
Meta Redução em 25% das emissões de CO2 em 1 ano.
Programa
Ambiental
Aumento do uso do transporte público.
Carona solidária.
Conscientização.
Ações
Abertura permanente a ideias de alunos durante o programa.
Criação de comissão de sustentabilidade da Engenharia UFF.
Incentivo à alternância entre o uso de carro e ônibus aos alunos que
somente utilizam carro.
Incentivo a carona solidária por meio da criação de grupos em redes
sociais.
Incentivo ao uso de bicicleta àqueles que moram relativamente
próximo à universidade
Divulgação e conscientização por meio de eventos, palestras,
cartazes.
Promoção do programa por meio da distribuição e venda de
camisetas, pastas, sacolas retornáveis, adesivos para o carro.
Fonte: Próprio autor (2013)
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Por meio da aplicação das ferramentas (LIMA, 2012b) brainstorming e GUTIF (gravidade,
urgência, tendência, investimento, facilidade de aplicação), indicou-se a potencialização da
ação de conscientização de “incentivo à alternância entre o uso de carro e ônibus” tendo como
público alvo os “alunos que somente usam carro”, formulando-se um plano de ação para
suportar o processo de conscientização deste público alvo, conforme apresentado na Tabela
11 a seguir:
Tabela 11 - Plano de ação para ação priorizada
What (O quê?) Alternância entre o uso de carro e ônibus
Who (Quem?) Alunos que somente utilizam carro
When (Quando?) Início do semestre 02/2013
Why (Por quê?) Redução das emissões de CO2 pelo uso do
automóvel
Where (Onde?) Campus de Engenharia da UFF
How (Como?)
Incentivos por campanhas de conscientização,
realização de palestras, distribuição de adesivos,
divulgação por e-mail aos alunos, recrutamento de
colaboradores.
How Much (Quanto
custará?)
R$
2.000,00
Show (Mostre) Quantificação de alunos colaboradores e mensuração
do C02 que deixará de ser emitido.
Fonte: Próprio autor (2013)
A Tabela 12 mostra que ao alcançar a meta de adesão de 80% ao grupo de colaboradores, ou
seja, aqueles que não utilizam carro, tem-se uma redução de 33% da emissão de CO2 do
grupo de alunos que utilizam apenas carro.
Tabela 12 - Previsão da redução da emissão do CO2 após o alcance da meta proposta
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Resultados da variação da emissão do CO2 após o alcance da
meta
Emissão por grupo de alunos
entrevistados que somente usam
carro antes da implementação do
projeto (kg/CO2/ano)
12510
Emissão por colaboradores e não
colaboradores após alcance da
meta (kg/CO2/ano)
8374,75
Redução 4135,25
Percentual de redução 33%
Fonte: Próprio autor (2013)
Considerando a emissão de todos os entrevistados e levando-se em conta a redução da
emissão de CO2 promovida com o alcance da meta, observa-se pela Tabela 13 que há uma
estimativa de redução em 18 % das emissões de CO2, já prevendo um percentual de 20% de
não participação dos alunos no projeto e permitindo que os alunos continuem utilizando seus
veículos na metade de sua frequência à universidade.
Tabela 13 – Previsão de redução total de emissão
Resultado da variação em relação à emissão
total (kg/CO2/ano)
Emissão total dos entrevistados 23588,67
Redução 4135,25
Percentual 18%
Fonte: Próprio autor (2013)
5.2. Programa “Menos papel para o lixo”
Este programa tem por objetivo reduzir a pegada relacionada ao consumo de papel. Na Tabela
14, é possível observar os objetivos, as metas e as principais ações propostas do programa.
Tabela 14 – Programa ambiental proposto
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Programa “Menos papel pro lixo”
Compromisso de
política ambiental
Minimizar os danos ao meio ambiente causados alunos da
Engenharia UFF em suas rotinas acadêmicas e demonstrar aos
alunos a importância da adoção de medidas de redução de impactos
ambientais numa instituição.
Objetivo Reduzir a pegada ecológica relacionada ao consumo de papel pelos
alunos da UFF.
Meta Redução em 25% da pegada em 1 ano.
Ações
Aumento do uso de tablets por facilitação da compra pelos alunos.
Aumento do uso de papel reciclado pelas unidades copiadoras.
Conscientização.
Aumento da disponibilização dos professores de material por meio
eletrônico e solicitação de trabalhos também por meio eletrônico.
Incentivo aos alunos utilizarem material reciclado.
Criação de sistema de Coleta Seletiva na UFF
Incentivo aos alunos que tiverem cadernos antigos guardados que
não iram amis ser utilizados, que levem à universidade para destiná-
los à coleta seletiva.
Implantação de unidades digitalizadoras no Campus
Fonte: Próprio autor (2003)
Através do brainstorming e da GUTIF verificou-se que a implantação de unidades
digitalizadoras no campus poderia ser uma boa opção de ação estratégica.
A ação priorizada compreende a criação de espaços destinados aos alunos contendo
computadores conectados à internet e escâneres para que possam digitalizar material didático
necessário ao desenvolvimento das atividades acadêmicas. O detalhamento do plano de ação
está disposto na Tabela 15.
Tabela 15 - Plano de ação para ação priorizada
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What (O quê?) Implantação de unidades digitalizadoras
Who (Quem?) Corpo técnico da Escola de Engenharia
When (Quando?) Início do semestre 02/2013
Why (Por quê?) Redução da necessidade de utilização de
papel por meio da realização de cópias
Where (Onde?) Campus de Engenharia UFF
How ( Como?)
Alocando computadores em pelo menos
dois pontos do campus, ode permaneça um
técnico para auxílio aos alunos
How Much (O quanto
custará?)
R$
5.000,00
Show (Como serão
demonstrados os
resultados)
Quantidade de papel gerada após a
implantação e custo arcado pelos alunos
com a realização de cópias.
Fonte: Próprio autor (2013)
6. Conclusão
A eficácia de um gerenciamento está relacionada à capacidade de quantificação de variáveis
do processo. Isso vale também para o Gerenciamento Ambiental, cuja função se apresenta
fundamental para o funcionamento e a sobrevivência das instituições.
A fim de quantificar o ritmo da degradação ambiental são necessários indicadores. Por isso,
este trabalho baseou-se na aplicação do indicador “Pegada Ecológica”, considerando o uso de
papel e de transporte dos alunos de Engenharia da UFF.
O indicador em questão permitiu traduzir consumo de papel e transporte em emissão de CO2
e, assim, em área necessária para a absorção deste gás. Também foi possível identificar
oportunidades de melhoria e estruturar programas ambientais objetivando a redução das
emissões de CO2 e, consequentemente, a redução da pegada.
Por fim, deve-se ressaltar a relevância do presente estudo ao comparar o ambiente
universitário com o ambiente corporativo, pois a adoção de técnicas que viabilizem a
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identificação de oportunidades e promovam melhores índices de sustentabilidade confere
vantagens competitivas às empresas e atende às pressões exercidas pela sociedade.
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