Transcript

APOSTILA DE CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR COM EXERCICIOS

INTRODUO:

Em primeiro lugar importante que todos saibam o que quer dizer determinados termos tcnicos do CDC.

Lembremos que se trata de CONSUMIDOR e desta forma TODOS estamos do lado vulnervel e desprotegido, sujeitos a toda sorte de acontecimentos, ocorrncias desagradveis ocasionados pela EMPRESA que nos presta SERVIOS e nos vende PRODUTOS, sejam profissionais, donas de casa, velho, moo, de qualquer raa, credo, enfim, estamos do mesmo lado.

No comeo dos tempos tnhamos o homo sapiens que apareceu aps os primatas e realmente mereceu esta denominao, uma vez que fez parte da espcie de seres que pensam, sentem, possuem capacidade, enfim, tiveram a inteligncia de criar o COMRCIO que em princpio comeou na forma de ESCAMBO (INTERCMBIO DE MERCADORIAS E SERVIOS - TROCA).

O CONSUMIDOR sempre existiu, isto , que adquiria servios ou produtos, mesmo atravs do ESCAMBO, de qualquer forma, havia sempre algum problema nas trocas. Desta forma tnhamos um MERCADO diferente de hoje. Os comerciantes modernos, em vez disso, geralmente negociam atravs de outro meio de troca, tal como o DINHEIRO ou outros Ttulos.

Com o decorrer dos tempos as EMPRESAS fornecedoras de servios e produtos sempre encontravam uma forma de driblar o CONSUMIDOR, pois permaneciam em vantagem tendo em vista que o fornecedor forte detentor de uma grande estrutura em seus departamentos, e o CONSUMIDOR apesar de ter sempre razo, era, e continua a ser enganado. Antes no tinham seus direitos aplicados, no eram orientados para tal, pois os rgos governamentais no lhes davam esta chance. No havia RGOS que proporcionasse a segurana para o CONSUMIDOR, e, inclusive, para aqueles que no tinham meios de pleitear na justia seus prejuzos, que a maioria da populao.

Diante disso conclumos que o COMRCIO sempre existiu e que o CONSUMIDOR sempre esteve presente nas relaes comerciais.

Quem adquire PRODUTOS e SERVIOS para seu uso pessoal o CONSUMIDOR.

Como o CONSUMIDOR sempre esteve em desvantagem, apesar de ser ELE quem proporciona o LUCRO para a EMPRESA, e na CONSTITUIO DA REPBLICA DE 1988 no art. 5,inciso XXXII e art. 170, inciso V, afirma a necessidade e obrigao de se criar um CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:

Constituio da Repblica Federativa do Brasil

Captulo II - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor;

Art. 170 - A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados os seguintes princpios:

V - defesa do consumidor;

DISPOSIES TRANSITRIAS DA CONSTITUIO:

Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgao da Constituio, elaborar cdigo de defesa do consumidor. Realmente, dois anos depois da promulgao da Constituio da Repblica de 1988, em 11 de setembro de 1990 foi criada a LEI 8.078, que o CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CDC, que culminou em maior tranquilidade para todos aqueles que adquirem PRODUTOS ou SERVIOS. Contudo, no esqueamos de que a populao ainda no sabe quais so os seus DIREITOS e, pelo menos, devem saber onde pleite-los.

TTULO I

Dos Direitos do ConsumidorCAPTULO I

Disposies GeraisArt. 1 - O presente cdigo estabelece normas de proteo e defesa do consumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal e art. 48 de suas Disposies Transitrias.

DIREITO de todo cidado usufruir de toda a paz e tranquilidade que o CDC lhe proporciona.

Vejamos a seguir o significado de determinados termos tcnicos que esto no CDC:

PESSOA FSICA quer dizer PESSOA NATURAL, o indivduo;PESSOA JURDICA uma SOCIEDADE, conforme o art. 44 do Cdigo Civil *

PERSONALIDADE JURDICA um status que a SOCIEDADE (PESSOA JURDICA) adquire quando se REGISTRA devidamente no rgo competente - Junta Comercial ou Registro Civil de Pessoas Jurdicas. Somente adquire a PERSONALIDADE JURDICA, uma SOCIEDADE, quando se registra. Quando adquire a PERSONALIDADE JURDICA a Sociedade passa a ser REGULAR.

SOCIEDADE um grupo de pessoas fsicas ou jurdicas que se renem para o fim comum, que pode ser para fins lucrativos ou filantrpicos. Ongs, Sociedades comerciais, etc.

BEM MVEIS so coisas que adquirimos que podemos movimentar sem desmoronar ou quebrar. Ex. mesa, cadeira, etc.

BEM IMVEIS so coisas que no podemos movimentar que desmoronar. Ex. Prdio, edifcio, etc.

BEM MATERIAL - toda coisa corprea, concreta, que se adquire - Ex. cadeira ,mesa, etc;

BEM IMATERIAL - toda coisa incorprea - Ex. Nome Empresarial, Nome Fantasia, Marca - so produtos ventveis, etc;

RELAO DE CONSUMO o vnculo existente entre o CONSUMIDOR e a EMPRESA (Fornecedor de produtos e/ou servios).Se voc adquiriu um PRODUTO ou recebeu uma PRESTAO DE SERVIOS para seu uso pessoal ou de sua empresa, est a instaurada a RELAO DE CONSUMO.

O VNCULO mencionado j CONTRATUAL, seja verbal ou escrito, pois bastou comprar uma caneta no balco j foi estabelecido um vnculo contratual, obrigacional.CONTRATO uma manifestao de vontades, um vnculo obrigacional das partes que o aceita,seja ele verbal ou escrito. Sendo verbal poder ser provado por prova testemunhal ou outras em Direito admitidas.

CONSUMIDOR - Art. 2 do CDC - toda a PESSOA FSICA ou JURDICA que adquire PRODUTOS ou SERVIOS de uma empresa, para uso pessoal. Identiquemos tambm como o DESTINATRIO FINAL. Ex. Se voc d um presente o presenteado e presenteador (voc) so solidrios. O presenteado o DESTINATRIO FINAL e CONSUMIDOR junto com o PRESENTEADOR. Quem pleiteia contra a empresa? Poder ser ambos.

EMPRESA tambm pode ser consumidor?

CONSUMIDOR tambm poder ser uma EMPRESA que adquiriu PRODUTOS ou SERVIOS para uso pessoal. Ex. mesas e cadeiras para que os trabalhadores sentem, computadores, gua para que os empregados bebam, etc. Contudo se compram uma mquina, equipamento, usam gua, energia para FABRICAR um produto, j no existe aqui o termo CONSUMIDOR.

A partir do momento em que algum tem uma EMPRESA (Conceito de Empresa - ATIVIDADE ECONMICA ORGANIZADA), tudo que adquirido para exercer a ATIVIDADE FIM diretamente, no tem RELAO DE CONSUMO, pois nestes casos so realizados CONTRATOS COMERCIAIS para, por exemplo, comprar matria prima para fabricar o produto, tinta, borracha, mquinas, etc.

Se comprar para seus escritrios, para os empregados, j RELAO DE CONSUMO, pois no com as mesas e cadeiras que se exerce a ATIVIDADE FIM.

CONTRATO COMERCIAL ENTRE A FBRICA QUE ADQUIRE EQUIPAMENTO, E O VENDEDOR OU REVENDOR DESTE EQUIPAMENTO PARA REALIZAR A ATIVIDADE FIM - QUE FABRICAR UM PRODUTO - NO EXISTE AQUI RELAO DE CONSUMO.

QUANDO A EMPRESA ADQUIRE PRODUTOS PARA USO PESSOAL, USO DE SEUS EMPREGADOS,AQUI TEMOS RELAO DE CONSUMO ENTRE O FABRICANTE DAS MESAS E CADEIRAS E A EMPRESA QUE ADQUIRIU.

Conforme o art. 2 da Lei 8078 de 1990 - CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, o conceito de CONSUMIDOR toda "pessoa fsica" e "jurdica" que adquire ou utiliza produtos ou servios como destinatrio final.A lei no traz palavras inteis e cada uma tem seu significado. Basta saber interpret-las.

Vamos por parte:

Qual o significado de PESSOA FSICA?

Lembremos sempre de seres humanos que nascem, tm sua Certido de Nascimento e depois existiro como "pessoas" que podem realizar todos os atos da vida civil com o Registro desta Certido.

Quer dizer que sem o registro da sua Certido no podem votar, etc., isto , no existem. Portanto so pessoas naturais.

PESSOA FSICA CONSUMIDORA:

Estas quando adquirem PRODUTOS ou SERVIOS para uso pessoal, , DESTINATRIO FINAL.

Isso quer dizer, que o PRODUTO ou SERVIO adquirido esgota a mesmo e no sero usados para o exerccio de sua ATIVIDADE ECONMICA. Se voc compra um telefone para voc para seu uso pessoal, e mesmo se revend-lo no foi para obter lucro.

Temos aqui entre voc e a loja que voc comprou ou a empresa de telefonia uma RELAO DE CONSUMO.

E PESSOA JURDICA?

Conforme o Cdigo Civil no seu art. 44:

So pessoas jurdicas de direito privado:

I - as associaes;II - as sociedades;III - as fundaes.IV - as organizaes religiosas; (Includo pela Lei n 10.825, de 22.12.2003)V - os partidos polticos. (Includo pela Lei n 10.825, de 22.12.2003)VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada (acrscimo da Lei 12.441 de 12.07.2011)

PESSOA JURDICA CONSUMIDORA:

Ser PESSOA JURDICA CONSUMIDORA quando tambm adquire PRODUTOS ou SERVIOS para uso pessoal, que DESTINATRIO FINAL.

Como? Primeiro temos que analisar quando que uma PESSOA JURDICA no CONSUMIDORA para que entendam quando .

Se voc tem uma FBRICA de SAPATOS todo o equipamento que fabrica os sapatos, o tecido, o couro, a energia, a gua, enfim tudo o que se aplica para a fabricao, para o exerccio da ATIVIDADE FIM, um Contrato Mercantil, assim sendo se der um problema em uma mquina, ou o tecido no for adequado, ou falta energia, gua, para realizar a atividade, no podemos aplicar o CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, portanto, essa PESSOA JURDICA neste ambiente no CONSUMIDORA.

Neste caso acima no temos RELAO DE CONSUMO, e para reivindicar esses problemas ser atravs do Cdigo Civil, e no o CDC.

Aqui temos um ambiente de produo em que os produtos fabricados no "esgotam" e sim seguiro a cadeia de produo.

Se a empresa compra um telefone para que seu funcionrio exera a produo da atividade fim, se esse aparelho enguiar no temos relao de consumo, pois ele usado para o trabalho.

Mas, os produtos em geral que a empresa adquiriu para os funcionrios, como cadeiras, mesas, bebedouros, mquinas de caf, etc so produtos para "uso pessoal" da empresa que se identifica com o destinatrio final, pois esgotou a cadeia, no prosseguindo para atingir a PRODUO.

A legislao a aplicar o CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

Claro que em determinados casos concretos o juiz ter que analisar se aquela Pessoa Jurdica ou no Consumidora, pois depender do fato.

Mas, essa a ideia.

TEMOS TAMBM AQUELES QUE SO EQUIPARADOS A CONSUMIDORES:

Conforme o pargrafo nico do art. 2 do CDC, determina que se equipare o consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo.

Alm disso, no art. 17, para fins de acidente de consumo com produtos e servios, equiparam-se aos consumidores todas as vtimas do evento.

Portanto se houve um acidente de avio e este caiu em cima de uma casa matando tambm os moradores, estes so equiparados a consumidores e o CDC ter aplicabilidade para fins de indenizao.

Podemos enumerar vrios:

beneficirio (segurado, no caso de seguro); cliente (do banco, do barbeiro, da loja etc.); comprador (de qualquer produto ou servio); compromissrio-comprador (na compra de imvel de uma empresa); emitente (do cheque, do ttulo); espectador (no teatro, no cinema); estudante (de escolas em geral); financiado (no emprstimo pessoal, no financiamento de veculo, de imvel etc.); hspede (do hotel, da penso); leitor (de jornais, revistas etc.); paciente (do hospital, de clnica, do mdico); pais (dos estudantes, e a estes equiparados); passageiro (de avio, nibus, trem, navio, txi etc.); portador (de carto de crdito, de cheque etc.); prestamista (quem tem emprstimo de financiamento de imvel pelo SFH); segurado (do seguro); telespectador (do servio de TV a cabo); turista; usurio (do sistema de carto de crdito, do sistema de sade etc.); viajante; vtima (no acidente de consumo).

Alm disso, podemos determinar que as redes sociais da Internet, como google, face book, todas so fornecedores e quem usa CONSUMIDOR por EQUIPARAO.

Posteriormente vamos estudar o que FORNECEDOR, e verificaremos que quando fornece SERVIOS diz que MEDIANTE REMUNERAO.

Art. 3. Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios.

1 Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial.

2 Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.

Qualquer um que oferece servios e produtos FORNECEDOR, mas a questo verificar quem o CONSUMIDOR.

Quando se compra um produto temos que ver qual a finalidade? para uso pessoal ou para revender e obter lucro (atividade econmica).

Nas redes sociais, mesmo o usurio normalmente no paga pelo servio consumidor por equiparao, pois sempre tem algum que paga e tem patrocnios diversos. Aqui no encontramos uma essncia de produo, pois o usurio quer apenas se inter-relacionar. No caso das redes sociais e outras equiparaes, existem diversas jurisprudncias que comprovam existir relao de consumo, pois o consumidor a parte mais frgil, e como poderia se defender!

No SERVIO conforme o 2 do art. 3 CDC diz que MEDIANTE REMUNERAO. Mas, se, por exemplo, em um evento social, oferecem-se quentinhas gratuitas, no existe RELAO DE CONSUMO.

Tem duas teorias que so usadas pela doutrina que ajudam a determinar se a Pessoa Jurdica ou no CONSUMIDOR:

1. Teoria Finalista que atravs dela vamos analisar qual a finalidade da aquisio daquele produto ou servio.

2. Teoria Maximalista que se vai avaliar a hipossuficincia econmica da empresa, pois muitas vezes o juiz poder decidir que uma determinada Pessoa Jurdica mesmo usando aquele PRODUTO ou SERVIO para sua atividade econmica, pode ser CONSUMIDOR. CLARO QUE UMA EXCEO REGRA.

Se uma empresa tem sua existncia essencial para que sua famlia se sustente atravs dela pelo in suficincia financeira, o juiz pode sentenciar dizendo ser CON SUMIDOR por equiparao.

Na regra isso no acontece, pois usada a TEORIA FINALISTA.

A AMOSTRA GRTIS uma exceo regra, pois faz parte de um negcio. Se voc vai a um mdico e ele te d remdios com amostra grtis, havendo problema com o remdio tem RELAO DE CONSUMO mesmo sem pagamento. Faz parte de um a cadeia de produo, circulao de bens e servios.

Portanto o CONSUMIDOR estar amparado pelo CDC e existe uma POLTICA NACIONAL DAS RELAES DE CONSUMO que determina que o Consumidor tenha direito a DEFESA atravs de vrios rgos: Associaes, Defensoria Pblica, Delegacias especializadas, PROCON, etc e tambm VULNERVEL por natureza, demonstrando que a parte mais frgil de um contrato, alm de ter direito, na regra, a gratuidade de justia.

Vamos verificar que quem no tem direito a gratuidade ser uma Pessoa Jurdica forte economicamente e quem tem indenizao a pleitear superior a 40 SM e no tem direito ao benefcio.

Empresa CONSUMIDORA para ajuizar no JUIZADO ESPECIAL CVEL somente MICROEMPRESA da lei 123/2006. As outras, mesmo sendo CONSUMDORAS s podem ajuizar ao na Justia comum.

Cdigo de Defesa do Consumidor - Art. 4 A Poltica Nacional das Relaes de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparncia e harmonia das relaes de consumo, atendidos os seguintes princpios: Redao dada pela Lei 9008/1995.

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;II - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

a) por iniciativa direta;b) por incentivos criao e desenvolvimento de associaes representativas;c) pela presena do Estado no mercado de consumo;d) pela garantia dos produtos e servios com padres adequados de qualidade, segurana, durabilidade e desempenho.

III - harmonizao dos interesses dos participantes das relaes de consumo e compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econmico e tecnolgico, de modo a viabilizar os princpios nos quais se funda a ordem econmica - Art.170 da Constituio da Repblica, sempre com base na boa-f e equilbrio nas relaes entre consumidores e fornecedores;

IV - educao e informao de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas melhoria do mercado de consumo;

V - incentivo criao pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurana de produtos e servios, assim como de mecanismos alternativos de soluo de conflitos de consumo;

VI - coibio e represso eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrncia desleal e utilizao indevida de inventos e criaes industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuzos aos consumidores;

VII - racionalizao e melhoria dos servios pblicos;

VIII - estudo constante das modificaes do mercado de consumo.

Art. 5 Para a execuo da Poltica Nacional das Relaes de Consumo, contar o poder pblico com os seguintes instrumentos, entre outros:

I - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidor carente;II - instituio de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor, no mbito do Ministrio Pblico;III - criao de delegacias de polcia especializadas no atendimento de consumidores vtimas de infraes penais de consumo;IV - criao de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a soluo de litgios de consumo;V - concesso de estmulos criao e desenvolvimento das Associaes de Defesa do Consumidor.

O CONSUMIDOR E SER A PARTE MAIS FRGIL DE UM CONTRATO, PORTANTO QUANDO VOC ASSINR LEIA ANTES, MAS MESMO SE NO ENTENDEU VOC PODE PROCURAR ALGUM QUE ENTENDA E REIVINDICAR.

O DIREITO DO CONSUMIDOR IRRENUNCIVEL, MESMO SE ELE ASSINAR SUA RENNCIA.

Verificamos que o CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR enfatiza os Princpios constitucionais, inclusive o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, alm da melhoria da sua qualidade vida, a transparncia e harmonia das relaes de consumo, vislumbrando o "reconhecimento da VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR no mercado de consumo , a ao governamental no sentido de proteger o consumidor, que quer dizer o incentivo criao de rgo prprios.

A presena do Estado nas relaes de consumo atravs das aes judiciais, possibilidade do consumidor de ir diretamente reivindicar seus direitos, equilbrio entre os Fornecedor e Consumidor, informao e orientao de fornecedores e consumidores com relao aos direitos e deveres, controle de qualidade e segurana, represso de todos os abusos praticados no mercado de consumo, melhoria dos servios pblicos, e o estudo intenso no que diz respeito s modificaes do mercado de consumo.

Tudo isto est descrito no art. 4 do CDC. E, para que haja a EXECUO dessa POLTICA NACIONAL DAS RELAES DE CONSUMO, foi oferecido ao Consumidor, contnua assistncia jurdica gratuita, a criao de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor atravs do Ministrio Pblico, Delegacias especializadas, Juizados Especiais, incentivo criao de Associaes de Defesa do Consumidor, tudo isso mencionado no art. 5 do CDC.

Vejam abaixo item por item.

Quais so os DIREITOS BSICOS do CONSUMIDOR? Ateno!

Temos o artigo que o texto que encabea o dispositivo que o art. 6 e abaixo os Incisos, que esto numerados em algarismos romanos.

Logo no inciso I, vemos Princpios constitucionais: Proteo vida, sade, segurana - proteo do consumidor contra prticas abusivas do FORNECEDOR que so considerados nocivos e perigosos.

No inciso II encontramos o direito a ser orientado e bem esclarecido sobre o consumo dos produtos e servios, inclusive o consumidor tem a liberdade de escolha e tambm a igualdade nas contrataes.

Lembremos de que quando falamos CONTRATO so vnculos obrigacionais entre as partes e o Consumidor est em vantagem uma vez que vulnervel e hipossuficiente, isto , desprotegido e inapto tecnicamente e economicamente.

J no inciso III diz que obrigatria a informao clara sobre os produtos e servios, especificando a quantidade, qualidade, composio, caractersticas, preo e os riscos. Vemos que temos que tomar cuidado com as bulas dos remdios, encartes de produtos, tecidos, material, etc. Olhar sempre, ler, tudo que est nas prateleiras que nos interessa. Estes preos que esto nas vitrines so duvidosos a partir do momento que se v de longe, por exemplo, 19,90 e depois verificamos que trata-se de 10 X 19,90.

Da mesma forma o inciso IV que enfatiza a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos que obriguem ao consumidor a comprar algo, contra prticas e clusulas abusivas. Vide tambm os artigos (integralmente) 36,37 do CDC.

Art. 37 - PUBLICIDADE ENGANOSA e ABUSIVA diferente:

1: ENGANOSA: INDUZ AO CONSUMIDOR EM ERRO. Ex. Sai no jornal um produto com um preo muito baixo. O consumidor vai loja e dizem que foi um erro. O consumidor tem o direito comprar conforme a OFERTA.

2:ABUSIVA: Quando INDUZ AO CO NSUMIDOR AO PERIGO, IN SEGURANA, com o, por exemplo, nos casos em que quem chegar primeiro pega... exise a perigo cotn ra a vida, segurana e sade.

O artigo 39 descreve quais a prticas abusivas dos fornecedores que so contra a lei e no art. 51 as clusulas abusivas.

Quando se fala em CLUSULAS sinal que foi estabelecido um CONTRATO entre o fornecedor e o consumidor. Lembrem-se de que se voc compra uma caneta no balco j um Contrato, isto , vnculo obrigacional. No importa se voc no assinou, pois s o fato de voc adquirir um produto no estabelecimento do fornecedor, j prova o vnculo. Tecnicamente chama-se "Responsabilidade Objetiva" do fornecedor.

No inciso V diz que havendo algum fato que o impossibilite de continuar a pagar aquela prestao poder ingressar com a AO DE MODIFICAO DE CLUSULA ou REVISO.

Assim sendo, no se apavore se voc perdeu o emprego, ou se voc, naquele momento, ficou com grandes dificuldades por acontecimentos alheios sua vontade. V ao juizado e reivindique uma forma de resolver o seu problema. Claro que no deixar de pagar, mas contornar legalmente o problema.

Quando lemos o inciso VI vemos que podemos requerer DANOS quando nos sentir ofendidos, ou quando houve significativa reduo do meu patrimnio ou ficou prejudicado por ter ficado tempos, por exemplos, sem o seu equipamento de trabalho por descumprimento do fornecedor.

Desta forma podemos exemplificar:

Se o fornecedor te fez passar vergonha perante as pessoas voc requerer DANOS MORAIS; se, por exemplo, a ligth causou um apago e seus aparelhos queimaram, DANOS PATRIMONIAIS, pois houver perda de seus bens(patrimnio) e se um de seus aparelhos que queimou era para fins de apresentao de um trabalho seria DANOS MATERIAIS. Pode ser individual ou coletivo.

O inciso VII menciona que o Consumidor tem o direito ao acesso a justia (juizados cveis e criminais) e tambm aos rgos administrativos (PROCON, Associaes), sendo gratuito o servio.

E o inciso VIII descreve o termo tcnico INVERSO DO NUS DA PROVA - trata-se de um benefcio que o consumidor adquiriu, pois normalmente, nas aes que voc tem que ajuizar em outro juzo, como o FORUM ESTADUAL, FEDERAL, teria que pleitear juntando PROVAS, mas o CDC retirou essa obrigao, dizendo : BASTOU PROVAR O VNCULO, isto , bastou comprar ou adquirir servios daquele fornecedor, j pode pleitear seus DIREITOS. Por isso digo que o fornecedor tem a RESPONSABILIDADE OBJETIVA.

Assim, quem dever provar algo, se conseguir, ser o fornecedor, livrando o Consumidor de muito trabalho, pois a parte mais fraca. Obs. Quando se fala em outro termo tcnico que no est no CDC - INVERSO DO NUS DO CUSTEIO ($) - quer dizer que o juiz, por exemplo, no que o ocorre nas AES DE REPARAO DE DANOS, uma PERCIA e esta paga por que o PERITO sempre particular. A critrio do juiz quem dever pagar a PERCIA ser o fornecedor, ao contrrio do que ocorre FORUM - ESTADUAL, FEDERAL, pois nestes quem paga seria o autor da Ao.

Mas, neste caso, o CONSUMIDOR como autor da AO no pagar, pois o juiz inverteu o nus do custeio ($).

O inciso IX foi retirado do CDC, mas ficou o inciso X que diz ser obrigatrio a adequada e eficaz prestao dos servios PBLICOS em geral. Veja o exemplo dos hospitais pblicos, reparties pblicas em geral.

Sabemos que os princpios constitucionais tm que ser cumpridos, e assim podemos ver que no art. 8 do CDC menciona que os PRODUTOS e SERVIOS do mercado de consumo no podero acarretar riscos sade ou segurana dos consumidores. imprescindvel que haja informaes necessrias e adequadas.

No art. 9 complementa dizendo que sendo nocivo ou perigoso os produtos e servios, o fornecedor, dever dizer da sua nocividade, prevenindo o consumidor.

O fornecedor dever tambm tornar pblico a nocividade, se verificar que o uso daquele produto indevido, e imediatamente dever ir s autoridades competentes. Art. 10 1 do CDC.

QUANTO A RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO ou no SERVIO:

Quando o CDC menciona "FATO" DO PRODUTO OU DO SERVIO, ele se refere a ACIDENTES DE CONSUMO, tendo em vista uma insegurana.

DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA:

DA RESPONSABILIDADE PELO ACIDENTE DE CONSUMO TENDO EM VISTA UM DEFEITO (FATO) - PRODUTO - Art. 12:

Portanto a Responsabilidade pelos acidentes de consumo fato - do PRODUTO ser do fabricante, produtor, construtor, nacional, estrangeiro, importador, representante comercial, distribuidor, etc. No art. 12, 1, podemos ver isso claramente.Assim o Consumidor no precisa se dar ao trabalho para conseguir provas para comprovar o defeito. Basta apenas provar o vnculo e pronto.

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao e riscos

DA RESPONSABILIDADE PELO ACIDENTE DE CONSUMO (FATO) DO SERVIO - Art. 14:

E A LOJA, O COMERCIANTE, RESPONDE POR ACIDENTE DE CONSUMO COM RELAO AO PRODUTO?

No Art. 13 diz claramente que a Loja (comerciante), igualmente responsvel, quando o fabricante e os outros no puderem ser identificados, quando o produto for fornecido sem identificao clara ou no conservar adequadamente os produtos perecveis.

A RESPONSABILIDADE daqueles que elaboraram a estante - fabricante, marceneiro, do fornecedor do parafuso, etc SOLIDRIA, e se o Consumidor no conseguir identific-los, ach-los, o COMERCIANTE ter que pagar.

Se um consumidor solicitou a elaborao de uma estante, nela tem vrios fornecedores; do parafuso, madeira, espelho, vidro, etc Desta forma havendo ACIDENTE DE CONSUMO, todos respondero SOLIDARIAMENTE.

Pargrafo nico: "Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poder exercer o direito de regresso contra os demais responsveis, segundo sua participao na causao do evento danoso". Aqui se o Comerciante paga, ele poder ajuizar ao contra uma dos quatro do art. 12 e pleitear a indenizao deste pagamento, pois afinal de contas os entes do art. 12 que so os responsveis.

Mas, se o COMERCIANTE no acondicionar bem o PRODUTO ele responder sozinho, com forme o art. 13, III.

Neste caso, da mesma forma se dar. Existe a SOLIDARIEDADE conforme o Art. 18 com relao ao SERVIO, e a RESPONSABILIDADE tambm OBJETIVA. Podemos ver no Art. 14, que essa a responsabilidade. Basta provar o vnculo, sem necessitar de outras provas.

DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA:

4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais ser apurada mediante a verificao de culpa.

Aqui j no se fala em RESPONSABILIDADE SOLIDRIA com relao ao PRODUTO ou SERVIO realizado por uma EMPRESA, pois esta ltima a atividade econmica do empresrio ou Sociedade Empresria, isto , trata-se da ATIVIDADE FIM, que o SERVIO especfico.

Porm, no caso da RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, no se fala em ATIVIDADE FIM.

Aqui, o caso dos PROFISSIONAIS LIBERAIS como: mdicos, advogados, contadores, dentistas, etc... So profissionais que no exercem ATIVIDADE EMPRESRIA, conforme o mencionado na 1 PARTE do estudo. Pargrafo nico do Art. 966,do Cdigo Civil. Eles exercem ATIVIDADE MEIO, por que o FIM imprevisvel. Trata-se de Responsabilidade pessoal dos Profissionais liberais.

Ex. Se um advogado procurado para ajuizar uma ao, ele ter que fazer tudo pelo cliente, mas nunca se sabe o que vai suceder. um caminho rduo e imprevisvel.

Da mesma forma o mdico especialista em cirurgias plsticas. A cirurgia um meio para chegar a um fim, mas muita coisa pode acontecer, por exemplo, naquele momento em que descobriu um tumor em local inapropriado e teve que retirar o tumor para que o paciente no morra.

Isso tudo tem que ser provado, percias, e a, o momento em que dever haver a verificao da "culpabilidade". Aqui falamos no 4 do Art. 14.

Assim vemos que bem diferente da Responsabilidade Objetiva (produtos e servios), pois neste pargrafo estamos diante de uma Responsabilidade Subjetiva (responsabilidade pessoal do profissional).

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA do PROFISSIONAL LIBERAL e ele responde PESSOALMENTE pelo seu trabalho. Num a EMPRESA diferente, pois ela quem responde, independentemente de culpa. O Consumi dor no tem que provar nada e sim o fornecedor empresa.

O elemento caracterizador de uma EMPRESA a PRODUO, e do PROFISSIONAL LIBERAL a QUALIDADE e no a PRODUO, pois no podemos conceber que um mdico, por exemplo, queira atingir uma meta de 20 cirurgias por dia. N uma empresa possvel fabricar, por exemplo, 100 carros por dia. Por isso as responsabilidades so diferentes. A natureza de uma EMPRESA para a atividade do profission. A responsabilidade de um profissional liberal diferente (profisses intelectuais).

Cuidado! Se um comerciante lhe disser que voc s tem 1, 2, 3, 7, 10 dias para reclamar "defeitos", saiba que isso no verdade.

Porm, se te disser que s poder trocar por outro em "x" dias, j diferente, pois a loja est te dando uma chance de trocar pelo mesmo produto, se no gostou, por exemplo, daquela cor, etc... Chama-se GARANTIA CONTRATUAL.

Mas, se voc descobriu DEFEITO, diferente, pois voc (consumidor) ter prazos que o CDC te faculta, que se chama GARANTIA LEGAL. obrigadtria.

A Garantia que a Loja te d a GARANTIA CONTRATUAL que no obrigatria.

TROCA PELO MESMO PRODUTO, CONFORME O "CDC", NO OBRIGATRIO. S SE APRESENTAR "DEFEITO". A loja no obrigada a trocar sem que seja por defeito. Portanto o que a loja te oferece um benefcio de TROCA pelo mesmo produto sem o defeito e at de outra cor e forma. mera liberalidade do Fornecedor.

Diante disso, se o Consumidor detectar algum DEFEITO, sabemos que poder reclam-lo, e no CDC estipulado PRAZOS para isso.

PRAZOS PARA RECLAMAR PROBLEMAS OU DEFEITOS:

No art. 26 determina duas formas de prazos para que o Consumidor possa reclamar na Loja e/ou fbrica e outros que estejam envolvidos com o PRODUTO ou SERVIO, para PRODUTOS PERECVEIS e DURVEIS.

Inciso I: 30 dias a contar da entrega do PRODUTO ou do trmino do SERVIO.

Inciso II: 90 dias a contar da entrega do PRODUTO ou do trmino do SERVIO.

Estes PRAZOS denominam-se GARANTIA LEGAL. O CDC permite estes prazos para que voc, Consumidor , possa pleitear o problema do defeito.

Assim se ao chegar o PRODUTO em sua casa e voc verificar que houve algum problema, v direto Loja reclamar. esse o caminho. Eles podero lhe enviar para um assistente tcnico, porm tm um PRAZO para resolver o seu problema.

Esse PRAZO est no 1 do Art. 18 do CDC:

1 No sendo o vcio sanado no prazo mximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e sua escolha: I - a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso; II - a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preo.

J para o vcio oculto, d-se o cmputo do prazo decadencial no momento em que ficar evidenciado o defeito, nos termos do art. 27 da mesma Lei.

Art. 26. O direito de reclamar pelos vcios aparentes ou de fcil constatao caduca em ...

3 Tratando-se de vcio oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

Vcio oculto - o que aparece com o uso contnuo, que impossvel detectar em pouco tempo de uso, como por exemplo, defeito de fabricao. o que aparece depois de ultrapassado os prazos de reclamaes e um dia aconteceu. algo que ocorreu no produto ou servio e que foi problema de defeito que no se poderia ou era impossvel de detectar a tempo.

Neste caso, o jeito ajuizar Ao de Reparao de Danos, ou se conseguiu uma constatao de que defeito de fabricao, mesmo esgotando-se os prazos de garantias legal e contratual, recomear aos prazos do art. 26.

O prazo para entrar com a Ao ser de 5 (cinco) anos - Art. 27.

Reparem que, a partir do momento que voc vai reclamar os problemas referidos no art. 26 e incisos I e II, o fornecedor tem 30 (TRINTA) dias para resolver o seu problema, e no o fazendo voc poder escolher um dos incisos acima, isto , a substituio do produto por outro da mesma espcie, em perfeitas condies de uso; a restituio imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuzo de eventuais perdas e danos; o abatimento proporcional do preo.

Vejam que o Consumidor tem 30 ou 90 dias e no momento em que vai reclamar, j comea no dia seguinte, a contar 30 dias para que o Fornecedor resolva o problema.

O Consumidor s ter direito a esses prazos se for DEFEITOS de PRODUTOS e SERVIOS aparentes ou de fcil constatao. Seno a providncia est no art. 27 como mencionei acima.

Os 30 ou 90 dias para RECLAMAR so PRAZOS decadenciais, por que quando voc vai pleitear o seu direito na Loja, j caduca e comea a contar o prazo para a Loja.

Porm, caso no seja resolvido o problema no prazo de 30 dias do 1 do Art. 18 do CDC, voc poder procurar o PROCON de sua regio que tentar resolver e so excelentes nestes casos de PRODUTOS e SERVIOS, e caso no consigam eles enviaro o Consumidor para um Juizado Especial Cvel que os orientar corretamente.

CONTRATOS DE FINANCIAMENTO E OUTROS:

Em questes no que diz respeito a CLUSULAS abusivas de Contratos (o valor est aumentando muito, juros excessivos, etc.) de bom termo que o Consumidor v direto ao Juizado Especial de sua regio, pois demandar maior luta, para averiguao e anlise das Clusulas, e inclusive quando houver a reviso de clusulas do Contrato, por problemas de fora maior que o consumidor foi acometido, como desemprego, aumento excessivo, etc.

No caso de Clusulas Contratuais, se tornando impossvel pagarem as prestaes ou outro problema com relao a juros, poder o Juizado resolver para o Consumidor, alm da Reviso do Contrato, tambm uma Reparao de Danos (Art. 6, Inciso, VII, e Art. 27 do CDC).

PRODUTOS E SERVIOS

Se caso no houver resoluo do problema com relao ao PRODUTO ou SERVIO pleiteado, caber AO DE REPARAO DE DANOS, que est descrito no Art. 6,Inciso, VII, e Art. 27, ambos do CDC.

Se o fornecedor ultrapassou o prazo de 30 dias para resoluo do problema ou mesmo tendo resolvido, mas foi alm do prazo, caber AO DE REPARAO DE DANOS, pois de qualquer forma o consumidor teve prejuzo.Se o valor for at 20 SALRIOS MNIMOS poder pleitear sozinho e se for superior ter que contratar um advogado.

importante que o Consumidor saiba que ao pleitear no Juizado marcada uma Audincia de Conciliao. Caso no haja ACORDO, ser marcada outra Audincia que ser de Instruo e Julgamento, em que dever ser realizada defesa e at apresentao de testemunhas e outras provas, assim sendo obrigatrio um profissional da rea de Direito devidamente habilitado que o Advogado.

DAS GARANTIAS ESTIPULADAS POR LEI E PELO FORNECEDOR:

O Art. 50 do CDC diz:

A GARANTIA CONTRATUAL complementar legal e ser conferida mediante termo escrito. Sempre por defeito. o prazo que a loja ou fbrica d ao consumidor para trocar.

Pargrafo nico. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os nus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instruo, de instalao e uso do produto em linguagem didtica, com ilustraes.

Portanto, os PRAZOS do Art. 26 so GARANTIAS LEGAIS, enquanto a garantia que a Loja d ao Consumidor mera liberalidade, que a GARANTIA CONTRATUAL.

Concluo, portanto, que, se o Consumidor tem uma GARANTIA LEGAL de 30 ou 90 dias para problemas de "defeito", a Garantia da Loja (CONTRATUAL) comear a vigorar quando expirar o prazo do CDC.

Ex. Joo comprou uma televiso cuja Loja lhe ofertou uma Garantia de um ano. O aparelho apresentou defeito. Ora! Se a Garantia Contratual complementa a Legal no seria 30 ou 90 dias mais um ano? O que voc acha?

As suas compras de Natal, presentes, etc. em todas as etiquetas tm um prazo para TROCA. Lembre-se de que esta uma GARANTIA CONTRATUAL, mas que mera liberalidade do VENDEDOR.

Esta garantia mencionada no est no CDC. A que est no CDC com relao aos defeitos que se apresentar no PRODUTO ou SERVIO.

Assim, a GARANTIA CONTRATUAL um benefcio que as lojas oferecem para que voc ou aquele que voc presenteou possa trocar por outro tamanho, cor, feitio, enfim, apenas uma gentileza, que tornou comum no meio mercantil.

Na RELAO DE CONSUMO, isto , entre o CONSUMIDOR e o FORNECEDOR, acontecem casos verdadeiramente absurdos, que o CDC probe, e tornou-se PRTICAS ABUSIVAS com a continuidade de ocorrncias.

Temos ento o Art. 39 do CDC que delineia as proibies, e por isso os Consumidores devem atentar para o seguinte:

No Inciso I menciona sobre a 'venda casada' que consiste em condicionar um produto ou servio a outro que voc no pretendia. Inciso II: Se o fornecedor recusar-se aos pedidos do consumidor conforme disponibilidade de estoque.

Ex. Num domingo sai num jornal um anncio dizendo que o produto ser vendido at terminar o estoque. Porm o consumidor foi cedo para a loja e chegando l foi com o jornal e o preo estava errado para a loja, mas para o consumidor era o que estava escrito. Assim era um produto de R$2.000,00, mas estava no jornal por R$200,00. Claro que o consumidor tem razo.

A loja disse ao consumidor que no tem em estoque o produto, porm era impossvel que tivesse acabado, pois eram 8 horas da manh. Assim, de bom termo que o consumidor chame na hora a Delegacia especializada.

Neste momento feito um registro e o fornecedor dever atender ao pedido, pois h a proibio no Inciso II: recusar atendimento s demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;

Se no cumprir o processo continuar na Delegacia e o fornecedor responder criminalmente , e v ao PROCON ou direto ao juizado de sua regio para pleitear o produto e danos, em que o fornecedor responder com indenizao.

No Inciso III menciona que o fornecedor no poder enviar para sua residncia ou escritrio, nada que o consumidor no pea. Assim sendo, cuidado ao deparar com aquele Carto de Crdito que enviaram dizendo que tens crdito e que gratuito isso conversa! No desbloqueie, caso contrrio, voc estar assinando um Contrato de Adeso. Voc aderindo comearo a cobrar anuidade e outras taxas. Voc solicitou? No se assuste no aceite e jogue fora. Voc no tem nada assinado ou autorizado. Se disserem que tem, v ao PROCON e posteriormente ao juizado. J sabe que cabe Danos. Vide pargrafo nico do Art. 39.

No Inciso IV o caso de abusar das pessoas idosas ou que esto vulnerveis por diversas circunstncias. Eles abusivamente podero impingir-lhe produtos, envolv-los para adquirir e na sua fraqueza momentnea ser dominado. Neste momento voc poder baquear, mas j sabe que no podem usar isso contra voc. Cabe Reparao de Danos.

No Inciso V o momento em que o fornecedor deseja envolv-lo para que voc, alm da sua compra, adquira mais alguma coisa, dizendo-lhe que ficar fcil, que a mensalidade ser um pouquinho maior, enfim, usar uma maneira em que lhe jogar numa teia difcil de sair, mas no impossvel, por isso existe a proteo do consumidor. Recorra aos rgos competentes.

No Inciso VI diz que toda a reparao de algo comprado voc ter direito a ORAMENTO PRVIO que durar o prazo de 10(dez) dias - vide Art. 40 e pargrafos do CDC: O fornecedor de servio ser obrigado a entregar ao consumidor oramento prvio discriminando o valor da mo-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condies de pagamento, bem como as datas de incio e trmino dos servios.

1 Salvo estipulao em contrrio, o valor orado ter validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.

Inciso VII - Se o consumidor for constrangido pelo vendedor, fornecedor, envergonhado, difamado, referente a algum ato praticado pelo consumidor tem direito a reparao de Danos.

Inciso VIII - se algum produto ou servio estiver com peso menor do que est no invlucro, medida, outros dados em desacordo com as regras tcnicas, tambm caber danos. Inciso IX - se algum consumidor tiver dinheiro e puder pagar a vista o fornecedor no poder se negar. Chamem a delegacia se isto acontecer. De repente o fornecedor tentar extorquir-lhe e tirar mais juros e dinheiro de voc. No se intimide. Chame a delegacia especializada.

Inciso X - No poder o fornecedor elevar o preo sem justo motivo. Ele poder tentar enrol-lo dizendo que foi um engano. Cuidado. Nada que induza ao consumidor a rro permitidoInciso XI - Se estipular reajuste fora da lei, como nos planos de SADE, Danos no fornecedor e PROCON.

Inciso XI - Se estipular reajuste fora da lei, como nos planos de sade, Danos no fornecedor e PROCON.

Inciso XII - O Consumidor ter sempre direito a PRAZOS para cumprimentos de determinados atos e o fornecedor ter a obrigao de flexibiliz-los para o consumidor. O Consumidor sempre ter razo e ter direito a flexibilidade de prazos. Nada poder ser conforme o pargrafo nico do Art. 39, menciona que no caso de entregas indevidas pelo fornecedor - Inciso III - de produtos que o consumidor no solicitou, equiparam-se a AMOSTRAS GRTIS, isto , inexiste obrigao de pagamento.

No mercado existem as PRTICAS COMERCIAIS que podem prejudicar bastante ao consumidor.

DAS OFERTAS:

Quando houver OFERTAS em jornais, em qualquer meio de comunicao, tm que ser precisas, sem dar margem induo do consumidor a erro.

Obriga ao fornecedor que a fizer a cumprir o que foi estabelecido. Como o exemplo anterior, posso citar aquele anuncio de uma televiso de R$2.000,00 que est no jornal por R$200,00. A partir do momento que foi posto no jornal j efetuou um CONTRATO entre o fornecedor e o consumidor. Tem que ser cumprido.

A DELEGACIA DO CONSUMIDOR dever ser chamada na hora, caso no cumpram com o estabelecido no jornal. Quanto a erro de digitao no cabe ao consumidor avaliar e o fornecedor dever por sua responsabilidade solicitar a quem errou a reparao dos seus prejuzos.

Os Artigos 30,31,32,33 claramente mencionam sobre a transparncia dos anncios, ofertas, etc.

No Art. 34 diz sobre a SOLIDARIEDADE do fornecedor do produto ou servio pelos atos de seus prepostos ou representantes. Aqui est confirmado que os Representantes Comerciais, Distribuidores, e outros que intermediam o comrcio so responsveis junto ao fornecedor - fbrica etc. Combinamos aqui com os Artigos 12,14,18 do CDC.

Para complementar o Art. 35 diz que o fornecedor no poder recusar a oferta apresentada e se houver recusa, poder o consumidor ESCOLHER: I - exigir o cumprimento forado da obrigao, nos termos da oferta, apresentao ou publicidade;II - aceitar outro produto ou prestao de servio equivalente;III - rescindir o contrato, com direito restituio de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.

DA PUBLICIDADE:

Art. 36 - dever ser fcil e clara.

Art. 37 - proibida a propaganda enganosa, alm de no ser permitido publicidades que induzam ao consumidor a erro, como exemplo da televiso acima.

Caber ao fornecedor provar o justo motivo pelo qual disse ter errado ou digitado errado, o que vai ser difcil, caso contrrio, ele ter que cumprir a publicidade.

Art. 38 - Inverte o nus da prova.

DO ORAMENTO PRVIO:

Se voc vai, por exemplo, vai consertar algo fora da garantia, a oficina dever te dar um ORAMENTO PRVIO, com validade de 10(dez) dias. Voc encontrar essa meno no Art. 40 1 do CDC.

Se o ORAMENTO foi aprovado o que foi estabelecido s poder ser alterado mediante acordo entre as partes e o consumidor no responde por nada alm do Contrato (ORAMENTO) - Lembrem-se de que Contrato um vnculo obrigacional entre as partes que deliberaram amigavelmente.

Reparem que o fornecedor, alm de responder com indenizaes, ele responde criminalmente. Mais adiante estudaremos as INFRAES PENAIS e vero que tero pena de DETENO.

Conforme o Art. 46 do CDC diz claramente que o consumidor so hipossuficientes, isto , no so obrigados a conhecer das tcnicas de um contrato, mesmo se tiver a oportunidade de l-los anteriormente, pois trata-se de relao de consumo - Art. 2 do CDC.

IMPORTANTSSIMO: Art. 47 - As clusulas contratuais sero interpretadas de maneira mais favorvel ao consumidor. Isto quer dizer de que o que for favorvel ao Consumidor ser utilizado em prol do mesmo. Muitos juristas e demais operadores do Direito, entendem que se houver outro dispositivo legal que beneficie ao Consumidor este ser usado.

Como j foi dito, toda a RELAO entre o Fornecedor e Consumidor um vnculo obrigacional caracterizado por CONTRATO. Diante disso o Art. 48 menciona sobre DECLARAO DE VONTADE em papis, recibo, o que for que identifique o vnculo, sempre vincular o fornecedor.

Se o fornecedor descumprir tal compromisso o Consumidor poder ajuizar AO DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAO DE "FAZER" OU "NO FAZER", e juiz poder conceder uma medida especfica rpida para que o Consumidor no tenha tanto prejuzo, que se denomina ANTECIPAO DE TUTELA. 3 do Art. 84 do CDC.

Com isso o Consumidor compelir legalmente ao Fornecedor a cumprir a obrigao de forma eficiente e rpida reduzindo ao mximo os prejuzos do Consumidor, como diz o Art. 84 do CDC, podendo at pleitear a substituio por uma indenizao de Danos, conforme 1 do Art. 84 do CDC, caso o consumidor assim requeira na ao, ou, se torne impossvel o cumprimento da obrigao pelo Fornecedor, podendo ser usado o Art. 287 do CPC( 2 do Art. 84 do CDC), que diz: Se o autor pedir que seja imposta ao ru a absteno da prtica de algum ato, tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, poder requerer cominao de pena pecuniria para o caso de descumprimento da sentena ou da deciso antecipatria de tutela .

Alm de tudo o juiz poder arbitrar MULTA DIRIA ao ru (fornecedor) independentemente do pedido do autor (consumidor) se achar compatvel com a causa (obrigao), fixando prazo para o cumprimento. Isso ajudar legalmente a resoluo definitiva do caso. 3 e 4 do Art. 84 do CDC.

COMPRA FORA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL FORA DA LOJA NO PRESENCIAL:

PRAZO DE REFLEXO - ARREPENDIMENTO: O Art. 49 menciona sobre um PRAZO de 7 (sete) DIAS. Porm este prazo para GARANTIA que o Consumidor possui de ARREPENDIMENTO (DESISTNCIA) de PRODUTOS e SERVIOS adquiridos pela INTERNET, TELEFONE, JORNAIS, isto , FORA DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL.

Quando lhe disserem que voc tem um prazo de 7 (sete) dias para troca, foi coincidncia, pois este prazo para que voc troque a mercadoria comprada, por outra cor, feitio, enfim, mesmo se no apresentar "defeito". O CDC no menciona este PRAZO para este tipo de troca por ser mera liberalidade do fornecedor. Este no um prazo de arrependimento.

ARREPENDIMENTO por aquisio de PRODUTO ou SERVIO, presencialmente, no existe no CDC.

Pargrafo nico do Art. 49 do CDC - Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer ttulo, durante o prazo de reflexo, sero devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.

Art. 50 - A garantia contratual complementar legal e ser conferida mediante termo escrito.

Pelo que est escrito a GARANTIA CONTRATUAL se estende alm da GARANTIA LEGAL do Art. 26,Incisos I,II, do CDC.

O TERMO DE GARANTIA que o Fornecedor d ao Consumidor por mera liberalidade a GARANTIA CONTRATUAL. O TERMO deve esclarecer em que consiste esta garantia, bem como a forma, prazo, o nus do consumidor, devendo ser entregue devidamente preenchido pelo Fornecedor, acompanhado de manual de instruo, instalao, uso do produto bem claro e com ilustraes. Pargrafo nico do Art. 50 do CDC.

Porm, nesta postagem mencionarei sobre as CLUSULAS CONTRATUAIS ABUSIVAS que se apresentam no Art. 51 do CDC e seus Incisos, isto , que prejudica ao Consumidor que hipossuficiente, vulnervel, enfim, o Consumidor conforme o Art. 2 do CDC.

CLUSULAS CONTRATUAIS so os deveres, obrigaes e deveres das partes escritas no Contrato cuja aceitao d-se pelo Consumidor no momento em que ele recebe o PRODUTO ou SERVIO.

Art. 51 - So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que:

Quando observamos esta expresso: "nulas de pleno direito", quer dizer que o ato nulo nenhum efeito produz. Mas no se pode aceitar essa assertiva com absoluto rigor, pois h atos nulos que produzem algum efeito, em razo de motivos relevantes, tais como boa f, a segurana do comrcio jurdico, o equilbrio das situaes objetivas etc.

A nulidade de pleno direito imediata e absoluta. Invalida o ato desde o seu nascedouro e pode ser alegada por qualquer interessado, inclusive ex oficio (automaticamente pelo juiz, sem provocao), no podendo ser ratificada.

diferente de um ato anulvel, anulabilidade, que precisa ser provocada, isto , o profissional dever requerer sua anulao. No pode ser pronunciada ex officio e no tem efeito antes de ser julgada por sentena. Somente ser vlido para quem alegou.Repetindo o caput (cabea) do Artigo 51 para que se situem:

Art. 51 - So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que:

Inciso I - Se houver alguma clusula que "passe a mo em cima da cabea do fornecedor", quer dizer, que o exonere, atenuem responsabilidades do fornecedor, que d direito a renncias, etc. esta clusula nula de pleno direito. No existe juridicamente. O direito do Consumidor IRRENUNCIVEL e se isto estiver escrito, obviamente no proceder.

No Inciso II - diz que a clusula abusiva quando tirem do consumidor o direito de opo de reembolso da quantia j paga, nos casos previsto no CDC, como por exemplo, Art. 18 , 1, Inciso II ou Art. 42 , pargrafo nico, Art. 19, Inciso IV, Art. 20, Inciso II,etc.

Inciso III - abusiva a clusula que transfiram as responsabilidades do fornecedor para um terceiro.

Inciso IV - Que descrevam no Contrato obrigaes que coloquem o Consumidor em desvantagem exagerada incompatveis com a boa-f.

Inciso V - Foi retirado do CDCInciso VI - Que estabelea a inverso do nus da prova em prejuzo do Consumidor. Link: Art. 6,Inciso VIII, dessa postagem

Inciso VII - Que diga ser obrigao a resoluo dos problemas de consumo atravs de uma reunio em que haver um rbitro (algum para julgar) para solucionar. Quando falamos em arbitragem no em rgo judicirio. Portanto abusiva essa clusula. Quem o fornecedor para dizer como ir resolver o problema do defeito?

Inciso VIII - Quando o fornecedor inserir em clusula que os problemas da relao de consumo dever ter um representante das partes. obviamente abusiva, pois um direito do Consumidor a pessoalidade. Ele pode diretamente resolver. O fornecedor no pode obrigar o Consumidor a nada.

Inciso IX - Que obrigue ao Consumidor a resolver tudo por ato do fornecedor. O fornecedor manda. Isso abusivo.

Inciso X - Ato unilateral por parte do fornecedor. ele quem manda no preo. Poder usar e abusar. Claro que no! abusivo.

Inciso XI - Clusula que autorize ao fornecedor rescindir ao Contrato unilateralmente.

Inciso XII - Que obrigue ao Consumidor a ressarcir custos de cobrana de obrigao do fornecedor.

Inciso XIII - Outros atos unilaterais modificando o Contrato, aps a sua celebrao.

Inciso XIV - Que estejam em desacordo com o sistema de proteo ao consumidor.

Inciso XV - Que mencione a renncia do consumidor a atos da relao de consumo.

*O DIREITO DO CONSUMIDOR IRRENUNCIVEL*

Conforme este Artigo e seus Incisos, vemos que todo e qualquer ato unilateral do Fornecedor ser abusivo, e nunca poder ser retirado um DIREITO do CONSUMIDOR, atravs de clusula CONTRATUAL. Mesmo se o Consumidor assine, ele sempre estar protegido pelo CDC.

Por isso temos que saber quais so os DIREITOS do CONSUMIDOR, uma vez que o Fornecedor no poder mud-los por CLUSULAS CONTRATUAIS, pois estas sero NULAS DE PLENO DIREITO, enfim, ABUSIVAS, INEXISTENTES.

Verificam os no art. 51, que muitas vezes assinamos contratos com clusulas determinando que o fornecedor pode rescindir seu contrato sem sua autorizao. Isso abusivo. Reparem, que tem clusulas que dizem que o FORN ECEDOR pode tudo.

Essas clusulas so NILATERAIS, e todas essas so abusivas. Vejam os incisos VIII, IX,XI, e outras que so atos UNILATERAIS.

Os CONTRATOS SO BILATERAIS E DEPENDE DA VONTADE DAS PARTES. No so UNILATERAIS.

Caber sempre ao Consumidor o direito de reivindicar indenizao por abuso de direitos, conforme Art. 27, Art. 6 VI, do CDC.

No se esqueam de sempre ler seus direitos e consultar o Art. 6 na ntegra.

1 do Art. 51 do CDC - Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que:

I - ofende os princpios fundamentais do sistema jurdico a que pertence;

II - restringe direitos ou obrigaes fundamentais inerentes natureza do contrato, de tal modo a ameaar seu objeto ou equilbrio contratual;

III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e contedo do contrato, o interesse das partes e outras circunstncias peculiares ao caso.

2 A nulidade de uma clusula contratual abusiva no invalida o contrato, exceto quando de sua ausncia, apesar dos esforos de integrao, decorrer nus excessivo a qualquer das partes.

3 (Vetado).

4 facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministrio Pblico que ajuze a competente ao para ser declarada a nulidade de clusula contratual que contrarie o disposto neste cdigo ou de qualquer forma no assegure o justo equilbrio entre direitos e obrigaes das partes. Vide Artigos 82 e 91 do CDC.

FINANCIAMENTOS CRDITOS EMPRSTIMOS - Art. 52 - Se o consumidor for solicitar algum crdito ou financiamento ele dever ser bem esclarecido sobre a taxa anual de juros, juros de mora, preo de produto, servio, acrscimos legalmente precisos, nmero de prestaes, soma total a pagar, com e sem financiamento. Incisos, I,II,III,IV,V.

As MULTAS de mora (dbito) no podero ser superiores a 2% do valor da prestao e o Consumidor ter direito a liquidao antecipada dbito, total ou parcialmente, e mediante reduo proporcional de juros e demais acrscimos. 1 e 2,do Art. 52 do CDC.

Os FINANCIAMENTOS e CRDITOS so oferecidos pelas Instituies Financeiras atravs de JUROS COMPOSTOS que so JUROS SOBRE JUROS.Obs. O PRODUTO das Instituies Financeiras "DINHEIRO". Nunca jogaro para perder.

Um dos princpios basilares da proteo contratual o princpio da boa-f, constante no art. 4,III do Cdigo de Defesa do Consumidor. Em consonncia a este princpio todos os contratos celebrados nas relaes de consumo devem possuir um aspecto geral de boa-f, mesmo que indiretamente determinada. Toda clusula que afrontar esse princpio ser considerada abusiva e, portanto, nula de pleno direito.

CONTRATOS DE COMPRA E VENDA DE BENS:

Se voc compra um BEM MVEL ou IMVEL, (acessem a 1 parte do Estudo para ver o significado desses bens - Significados de BEM MVEL E IMVEL * cliquem aqui) atravs de prestaes, se voc deixa de pag-las, no haver a perda total do que voc pagou, se o Credor estiver pleiteando a resoluo do Contrato ou a retomada do produto alienado.

Na casa prpria, aquilo que voc pagou, sendo retomado o imvel esses valores sero reembolsados. Podemos ver essa meno no Art. 51, Inciso II, do CDC.

Isso acontecer tanto para uma casa, um carro, ou qualquer outro objeto que voc adquirir por financiamento.

1 (Vetado).

2 Nos contratos do sistema de consrcio de produtos durveis, a compensao ou a restituio das parcelas quitadas, na forma deste artigo, ter descontada, alm da vantagem econmica auferida com a fruio, os prejuzos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo. 3 Os contratos de que trata o caput deste artigo sero expressos em moeda corrente nacional.

CONTRATOS DE ADESO:

Esse um Contrato que traz consigo um nmero significativo de abusividades, uma vez que um mtodo que induz o consumidor a erro, a partir do momento em que as pessoas o recebem em casa ou no trabalho, consumam os bens objeto do respectivo Contrato, e no sabem.

Ex. Se voc recebe um Carto de Crdito com demonstraes de otimismo e felicitando-o a ter crdito, cuidado, no o desbloqueie. Se voc desbloque-lo, l na empresa do Carto j ser sinalizado que voc ADERIU ao uso, e assim, comear a chegar anuidades, taxas etc, e voc ficar apavorado. Assim, se isso acontecer, ligue logo para o telefone da Administradora do Carto e se eles no resolverem dirija-se ao Procon e eles o orientaro.

No CDC encontramos o CONTRATO DE ADESO no Art. 54. V-se neste artigo que as clusulas so estabelecidas unilateralmente, como os Contratos de Planos de sade, telefnicas, Cartes, Financiamentos, etc.

Vemos tambm que neste dispositivo legal descobrimos a possibilidade de pleitear a modificao ou reviso de clusulas, conforme preceitua o Art. 6 Inciso V, do CDC.

Conforme Art. 18 1 do CDC, se o fornecedor no cumprir sua obrigao no prazo de 30 dias o consumidor poder escolher um dos Incisos - I,II,III, de acordo com sua convenincia.

Mas, no 2 do Art. 18 verifica-se que o fornecedor e o consumidor podero convencionar outros prazos alm dos estipulados nos Artigos mencionados, isto , podero fazer tambm um acordo.

Acontece que para os CONTRATOS DE ADESO somente o consumidor poder convencionar um prazo de prolongao, alterao, de extenso, e em Instrumento em separado.

Ressalvo que as clusulas contratuais devero ser interpretadas da maneira mais favorvel para a parte hipossuficiente na relao de consumo, ou seja, os consumidores. Art. 47,do CDC.

A obrigatoriedade de os mesmo possurem uma redao clara em caracteres ostensivos e legveis, um ponto fundamental todos os CONTRATOS, inclusive ao de ADESO - .3 do Art. 54,do CDC.

No 2 desse artigo, demonstra que o legislador atribuiu a opo de resoluo ou manuteno (clusula resolutria alternativa) apenas por vontade do consumidor, observado, tambm, a obrigatoriedade da devoluo das quantias pagas pelo consumidor monetariamente atualizadas, em caso de reembolso.

A Clusula Resolutria mencionada no 2 do Art. 54, significa que se um dos Contraentes descumprir sua obrigao este Contrato ser rescindido. Porm ato de ESCOLHA do Consumidor, para que faa constar no Contrato. Obs. As quantias j pagas devero ser devolvidas, se for o Consumidor que inadimpliu. Artigos 51,II e 53 do CDC.

4 - Havendo clusulas de limitao de direitos do Consumidor devero ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fcil compreenso.

5 - Foi vetado.

Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores

Que Bancos de Dados so esses? E o Cadastro?

Sabemos que no Brasil temos o SPC, SERASA, CCF, CADIN, so todos cadastros de instituies que indicam dvidas vencidas e no pagas.

O SPC Brasil:

um servio prestado no Brasil pela empresa SPC Brasil, rgo da Confederao Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para entidades que queiram saber a situao de adimplncia e inadimplncia de PESSOAS FSICAS ou JURDICAS em uma relao de negcios.

Foi criado por comerciantes e empresrios os quais possuem acesso ao BANCO DE DADOS com informaes de PESSOAS FSICAS E JURDICAS, a fim de auxiliar nas vendas e concesses de crdito. O SPC um provedor de solues para anlise de crdito e cobrana e outras tecnologias que auxiliem o comrcio.

Atualmente fazem parte do cadastro aproximadamente 150 milhes de CPFs de todo o pas, dentre os quais pessoas com dbitos e tambm os adimplentes.

Em 22 de julho de 1955, 27 empresrios do Rio Grande do Sul, sob liderana do joalheiro Helio Maurer estruturou e fundou o primeiro Servio de Proteo ao Crdito do Brasil, na cidade de Porto Alegre.

Com o sucesso do servio ele foi logo disponibilizado para vrias cidades do pas.

Na dcada de 70, os lojistas de diversos estados brasileiros criaram a CNDL, Confederao Nacional de Dirigentes Lojistas, que mais tarde criou sua empresa processadora de informaes de crdito, o SPC Brasil, Servio de Proteo ao Crdito.

O SCPC - Servio de Proteo ao Crdito - um servio prestado pela Associao Comercial de So Paulo (ASCP), com a mesma finalidade do SPC.

Tanto as informaes do SPC Brasil/SPC como do SCPC so compartilhadas entre os lojistas de todo o pas por meio de uma Rede, a RENIC (Rede Nacional de Informaes Comerciais). Alm disso, tanto as CDLs como as associaes comerciais de todas as cidades do pas possuem um departamento de SPC, onde estas informaes de crdito dos lojistas so processadas e auxiliam o envio dos dados para o cadastro nacional. Estas entidades atendem tanto ao pblico como aos empresrios de suas cidades.

Serasa Experian, ou simplesmente SERASA - Servio de Assessoria:

uma das maiores empresas do mundo em anlises e informaes para decises de crdito e apoio a negcios, atua com completa cobertura nacional e internacional, por meio de acordos com as principais empresas de informaes de todos os continentes.

No Brasil, est presente em todas as capitais e principais cidades, totalizando 140 pontos estratgicos. A SERASA conta com um quadro de pessoal com mais de 2.000 profissionais e a retaguarda de um amplo centro de telemtica.

Como maior banco de dados da Amrica Latina sobre consumidores e seus histricos de crditos e dbitos, alm de dados de inadimplncia de empresas e grupos econmicos, a SERASA participa da maioria das decises de crdito e de negcios tomadas no Brasil, respondendo on-line/real-time, a 3,5 milhes de consultas por dia, demandadas por mais de 300 mil clientes diretos e indiretos. lder de mercado no Brasil, com mais de 68% de share comparado com outras centenas de empresas desse tipo de negcio.

Sua base de dados abastecida atravs de convnios com instituies financeiras pblicas e privadas, alm de dados emitidos pelo Banco Central do Brasil. Foi criada em 1969 pela unio de diversos bancos privados brasileiros interessados na centralizao de dados financeiros de clientes para compartilhamento e vendida em 2007 para o grupo Experian, de origem Irlandesa. Na poca, os controladores da SERASA eram os bancos Ita e Unibanco e Bradesco.

Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF):

A Circular 2.989, de 2000, determinou prazo mximo para a incluso no CCF do emitente de cheque devolvido pelos motivos 12 a 14. Cabe destacar que a exigncia da norma est em "providenciar a referida incluso no prazo de quinze dias, contados da data de devoluo do cheque", o que implica dizer que o registro no CCF pode ser efetuado imediatamente aps a devoluo do cheque ou, no mximo, quinze dias aps aquela data.CADIN - Cadastro Informativo: um Cadastro Informativo de Crditos no Quitados do Setor Pblico Federal um banco de dados onde se encontram registrados os nomes de pessoas fsicas e jurdicas em dbito para com rgos e entidades federais.

As informaes contidas no CADIN permitem Administrao Pblica Federal uniformizar os procedimentos relativos concesso de crdito, garantias, incentivos fiscais e financeiros, bem como celebrao de convnios, acordos, ajustes ou contratos de modo a favorecer a gesto seletiva dos recursos existentes.

Cabe Secretaria do Tesouro Nacional expedir orientaes de natureza normativa a respeito do CADIN e ao Banco Central do Brasil administrar e disponibilizar, atravs do SISBACEN, as informaes que compem seu banco de dados.

O CADIN regulado pela Lei 10.522 de 19 de julho de 2001.

O "SPC" e "SERASA" so empresas privadas, meros cadastradores de nomes de inadimplentes que firmam Contratos de Prestao de Servios com todas as lojas, comrcios, bancos, e atualmente amarram de forma com que na hora "x" todo o setor comercial j tem conhecimento que o consumidor deve e no pagou. Est tudo interligado como "rede".

Portanto, essas duas empresas, so comuns no comrcio e na vida privada. Regem-se pelo CDC comeando no Art. 43 4.

Menciona esse Artigo que o consumidor poder ir at um dos Cadastros e tirar uma certido para averiguar se est cadastrado. Esse servio gratuito e pessoal. Ningum poder fazer por outro, a no ser atravs de Procurao. No se tratam de reparties pblicas e sim empresas privadas. O que elas devem fazer apenas CADASTRAR e no tem competncia punitiva, apesar de indiretamente faz-lo.

No 1 desse Artigo diz que a partir do momento que seu nome est cadastrado, o prazo mximo para que permanea so 5 (cinco) anos. Seu nome no poder permanecer mais do que isso, caso contrrio caber AO DE REPARAO DE DANOS e na mesma AO uma medida rpida que se denomina ANTECIPAO DE TUTELA para que seu nome saia dos cadastros.

Assim, no confundam com PRESCRIO DE DVIDAS, pois neste caso trata-se de PERMANNCIA do seu nome nos CADASTROS. Quanto a PRESCRIO DE DVIDAS vamos estudar posteriormente.Quando o consumidor deve o fornecedor ele poder avisar a uma das trs empresas privas acima os seus dados, mas o rgo cadastrador tem a obrigao de AVISAR ao consumidor e dar ainda uma chance para que sane a dvida. Desta forma o aviso dever constar um prazo de 10(dez) dias dizendo que se no pagar o seu nome ficar constando nos cadastros.

A legislao que menciona o prazo a Portaria n 4 de 13/03/1998, da Secretaria de Direito Econmicos, e esta comunicao tem que vir sempre em forma de carta registrada, jamais por e-mail.

Nunca abra e-mails que voc eventualmente receba informando sobre pendncias no SPC/SERASA, pois so vrus ou trojans prontos para danificar seu computador ou colher indevidamente seus dados, tais como senhas de internet banking. 2 do Art. 43,CDC.

Caso voc pague e seu nome no saia no prazo de 5 (cinco) dias aps a comunicao ao fornecedor, caber tambm AO DE REPARAO DE DANOS e ANTECIPAO DE TUTELA em que o juiz mandar retirar seu nome rapidamente do rgo que estiver cadastrado. 3 do Art. 43,CDC.

Art. 43. O consumidor, sem prejuzo do disposto no art. 86, ter acesso s informaes existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

1 Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fcil compreenso, no podendo conter informaes negativas referentes a perodo superior a cinco anos.

Vejam que menciona que dever constar nos CADASTROS e nem por isso existe a tal PRESCRIO que alegam.

O PRAZO dito no CDC para que o nome do Consumidor permanea somente durante 5 anos, e so obrigados a retirarem aps esse prazo, para que o Consumidor tenha direitos com relao a crdito e no figure mais na lista negra.

OK. Quando que o Consumidor fica isento de dvidas? Ser que o Credor pode ingressar com a EXECUO depois deste PRAZO? Ser aps 5 anos no pagando ou se pagar nos 5 anos.

Mesmo se o seu nome saia em 5 anos, aps esse perodo o Credor no poder cobrar judicialmente, mas poder faz-lo extrajudicialmente, por que sua Dvida continua.Assim, quando passar os 5 anos, no pagando a dvida o nome do Consumidor no poder mais constar nos bancos de dados. Mas, poder haver cobrana extrajudicial, de forma amigvel, para sanar o dbito.

Art. 43 - " 5 Consumada a prescrio relativa cobrana de dbitos do consumidor, no sero fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteo ao Crdito, quaisquer informaes que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crdito junto aos fornecedores."

Os ttulos de crdito tais como duplicatas, notas promissrias, cheques, possuem prazos diferentes de prescrio, segundo o Cdigo Civil e a Lei do Cheque, ou seja, aps este tempo no podem ser cobrados.

Os CREDORES s podem cobrar atravs de EXECUO - prescrio:

CHEQUE de at 6 meses aps o prazo de apresentao - art. 33 Lei 7357/1985

DUPLICATA de at 3 anos aps o vencimento.

NOTA PROMISSRIA de at 3 anos aps o vencimento.

SERASA, SPC E OUTROS CADASTROS:

Se o poder judicirio existe para fazer cumprir a lei, por que criou-se um quarto poder que o ECONMICO?

4 do Art. 43, CDC - Os bancos de dados e cadastros (SERASA,SPC) relativos a consumidores, os servios de proteo ao crdito e congneres so considerados entidades de carter pblico.

Quando se v de carter pblico quer dizer que para qualquer Consumidor, pois seu nome arquivado, cadastrado e pode ser verificado por qualquer comrcio ao efetuar um crdito, por exemplo. 5 - Neste pargrafo v-se uma controvrsia muito grande, pois diz que: Consumada a prescrio relativa cobrana de dbitos do consumidor, no sero fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteo ao Crdito, quaisquer informaes que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crdito junto aos fornecedores.

Isso quer dizer que passando os 5 (cinco) anos nenhum estabelecimento comercial ou de servios poder negar um crdito a voc. Claro que em geral eles no cumprem por que voc no tem prova dessa negao, mas se conseguir atravs de uma testemunha ou outro tipo de prova, voc conseguir atravs da justia que essa obrigao seja cumprida e at mesmo uma reparao de danos.

Aqui no se trata de PRESCRIO de dvida tambm, pois esta ser estudada depois.

Se voc notar, diz neste dispositivo que qualquer rgo cadastrador no poder fornecer seu nome como um devedor, pois se presume que seu nome j foi retirado.

Lembrem-se de que as AES DE REPARAO DE DANOS so baseadas pelo Art. 27 do CDC.

Art. 44 do CDC - Os rgos pblicos de defesa do consumidor mantero cadastros atualizados de reclamaes fundamentadas contra fornecedores de produtos e servios, devendo divulg-lo pblica e anualmente. A divulgao indicar se a reclamao foi atendida ou no pelo fornecedor.

Quando se fala em RGOS PBLICOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR lembremo-nos dos JUIZADOS, PROCON, DEFENSORIA, MINISTRIO PBLICO, DELEGACIAIS ESPECIALIZADAS. Quando o consumidor adquire algum PRODUTO ou SERVIO e no paga, um direito do Fornecedor cobrar. Contudo, deve faz-lo dentro da lei e sem expor ao consumidor ao ridculo.

No Art. 42 do CDC diz: Na cobrana de dbitos, o consumidor inadimplente no ser exposto a ridculo, nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaa.

Assim sendo, as empresas de cobranas no podem enviar carta, e-mails, para o local que voc trabalha, no pode realizar nenhum ato que o constranja. Nada que cause vergonha, constrangimento e ameaa, permitido realizar pelo Fornecedor.

No Pargrafo nico do mesmo Artigo, menciona que o consumidor que for cobrado por quantias indevidas, alm do que devia, ter direito a pleitear o valor em "dobro" do que pagou a mais, alm dos acrscimos legais de juros e correo.

Pargrafo nico: O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justificvel.

Com isso, no momento em que o Fornecedor vai cobrar eles infernizam a pessoa. Primeiro eles colocam voc na SERASA e SPC. Depois contratam escritrios de cobrana que ligam at de madrugada, o que ilegal. Eles podem cobrar desde que sejam educados e no lhe constranja e alm do mais somente em dias teis e aos sbados at meio dia.

Contudo, voc sabe que seu nome ter que sair dos CADASTROS em 5 (cinco) anos a partir do vencimento do ttulo no pago, mas, ser que eles podem ajuizar AO JUDICIAL contra o devedor (consumidor)?

O CREDOR (FORNECEDOR) dever seguir PRAZOS para entrar com a AO respectiva contra o DEVEDOR (CONSUMIDOR), por que quando h dvidas de consumo sinal que o Consumidor emitiu algum TTULO DE CRDITO como: CHEQUE, DUPLICATA, NOTA PROMISSRIA, CDULA DE CRDITO BANCRIO, e outros. O PRAZO DE 5 (CINCO) ANOS PARA AJUIZAR. PASSANDO ESTE PRAZO NO MAIS PDOER ENTRAR COM AO CONTRA O CONSUMIDOR E O NOME DESTE LTIMO TER QUE SAIR DE TODOS OS CADASTROS LOJAS, BANCOS, ETC.

Os mais comuns quando voc compra algo o CHEQUE e DUPLICATA, e a NOTA PROMISSRIA, mais para dbitos particulares. Quanto a CDULA DE CRDITO bancrio quando voc faz um emprstimo ou financiamento.

Esses so chamados pela lei de TTULOS DE CRDITO ou TTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS e cada um dele tem um PRAZO para que o CREDOR possa ajuizar AO.

Ento vejamos:

1. CHEQUE:

uma ORDEM DE PAGAMENTO VISTA e se tiver fundos o Banco dever pag-lo; no tendo ele devolver. Mas para apresentar um CHEQUE tambm tem prazo.A LEI DO CHEQUE 7357/1985.

Para que o CREDOR do CHEQUE (FORNECEDOR) entre na justia para EXECUTAR JUDICIALMENTE o TTULO ele tem 6 (seis) meses aps a "expirao" do prazo de apresentao do CHEQUE. Art. 59 da Lei do CHEQUE.

Conclumos, portanto, que conforme o Art. 33 da Lei do CHEQUE o CREDOR poder depositar ou descontar o CHEQUE da seguinte forma:

Se for CHEQUE da "mesma praa", isto , voc tem conta num determinado local e assinou no mesmo local, como na imagem abaixo, da data que voc emitiu (inseriu) o CREDOR tem 30 (trinta) dias para descontar ou depositar o ttulo.Se for CHEQUE de "praa diferente", isto , voc tem conta num determinado local e assinou no lugar onde, por exemplo, efetuou uma compra, como na imagem abaixo, da data que voc emitiu (inseriu ), o CREDOR tem 60 (sessenta) dias para descontar ou depositar o ttulo.CURIOSIDADE:

Voc poder dizer que o BANCO aceitou o seu CHEQUE aps os 30 ou 60 dias. Acontece que o BANCO CENTRAL emitiu uma norma em que para fins de COMPENSAO o BANCO dever aceitar o seu CHEQUE, mas o prazo esgota at os seis meses aps os 30 ou 60 dias.

Vejam que o PRAZO para que o CREDOR ajuze AO so 6 (seis) meses aps a "expirao" do prazo de apresentao do CHEQUE. Art. 59 da Lei do CHEQUE. E o BANCO CENTRAL aproveitou este PRAZO para deixar com que o CREDOR tenha ainda a oportunidade de descontar ou depositar seu CHEQUE at o fim dos 6 (seis) meses.

Mas, observe que no a LEI quem estipula o PRAZO dado pelo BACEN. A Lei prescreve diferente. Foi o BACEN que dentro de sua competncia com relao aos Bancos, designou este prazo para fins de compensao, pois interesse bancrio, financeiro, de que seu PRODURO (DINHEIRO) esteja sempre sendo introduzido para as contas bancrias e circulando.

Diz o legislador que um problema econmico e no jurdico?!

O mais interessante que no Art. 47 3 da Lei do CHEQUE, diz que se o CREDOR no descontar ou depositar no prazo de apresentao, 30 ou 60 DIAS, ele perde o direito de EXECUTAR o consumidor (DEVEDOR) se no houver fundos. TUDO DEVER OCORRER NOS PRAZOS DE APRESENTAO - Art. 33.

lgico! Qual a utilidade desse ARTIGO. 33 se no for cumprido?

O BACEN no cria Lei para o consumidor. Ele apenas regulamenta e traa regras para os BANCOS.

Por isso sempre digo que os BANCOS so PRESTADORES DE SERVIOS, so INTERMEDIADORES, e o problema existente num CHEQUE quando existe DBITO entre o CREDOR e o DEVEDOR. No cabe aos BANCOS avaliarem os problemas de dbitos existentes entre o DEVEDOR e CREDOR.

Somente o Banco poder responder quando houver falsificao, problemas de assinatura, etc. conforme pargrafo nico do Art. 39 da Lei 7357/1985.

Para que o Credor EXECUTE JUDICIALMENTE usar sempre o ttulo ORIGINAL.

CHEQUE PS-DATADO popularmente chamado de PR-DATADO:

UM CONTRATO ENTRE AS PARTES e regido pelo CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR art. 30. No segue a lei do CHEQUE.

Se o Credor depositar antes da data que est no CHEQUE, caber ao titular do CHEQUE ajuizar AO DE REPARAO DE DANOS, pois o credor desobedeceu a uma obrigao de no fazer. Descumpriu o CONTRATO.

O CHQUE PS-DATAO tornou um hbito facilitando ao Consumidor e tambm ao comerciante. Assim sendo, est sendo aplicado o CDC para esse fim.

2. DUPLICATA:

Esse um Ttulo genuinamente brasileiro, regido pela LEI 5474 de 1968, criado no princpio do sculo XIX em que todo o mundo passou a us-la.

No Art. 1 da LEI DA DUPLICATA diz que quando houver uma COMPRA e VENDA se expedir uma FATURA e da , no Art. 2, diz: da FATURA expedir-se- uma DUPLICATA.

Quando voc compra algo e a mercadoria chega sua casa, o funcionrio lhe entrega um papel e voc assina o canhoto (comprovante de recebimento).

O papel que voc recebe , costumeiramente, uma NOTA FISCAL DA FATURA. Vamos ver o PORQU.

Quando algum compra, por exemplo, um produto, e o entregam em casa recebe-se um papel que a NOTA FICAL DA FATURA. NOTA FISCAL por que tem IMPOSTO e regido pela disciplina Direito Tributrio e FATURA por que em todos os dados das partes, do produto como um CONTRATO fosse e regido elo Direito Comercial, estando ambos relacionados com o Direito do Consumidor.

Ao chegar a mercadoria assina-se um CANHOTO e o funcionrio leva.

Normalmente deveria ser a FATURA, pois a LEI assim o diz. A FATURA simplesmente um CONTRATO DE COMPRA E VENDA que voc aceita ao receber a mercadoria e ao assinar o canhoto. De acordo com a LEI da DUPLICATA o que existe para compra e venda a FATURA e a DUPLICATA. Acontece que ao comprar o IMPOSTO vai descrito (ICMS) e o Consumidor quem paga. O Consumidor o contribuinte direto. Por isso o ttulo a NOTA FISCAL (Direito Tributrio) da FATURA (Direito Empresarial/Direito do Consumidor).

De qualquer forma este papel que a NOTA FISCAL DA FATURA um CONTRATO DE COMPRA E VENDA, com o nome e qualificao da empresa (fornecedor), o nome do comprador (consumidor) e qualificao, a mercadoria, quantidade, qualidade, outros dados do produto, preo e o mencionado imposto.

As pessoas geralmente no percebem que assinaram um Contrato, um "recebimento" e que "aceitaram" a mercadoria. um vnculo obrigacional entre o consumidor e o fornecedor.

Neste momento est instaurada a RELAO DE CONSUMO.

A partir do momento que o consumidor aceitou ele ter direito a reclamar etc. conforme o que j foi mencionado nos estudos anteriores do BLOG art. 26.

O Fornecedor expede uma DUPLICATA para que o Consumidor pague at o vencimento e se no pagar ele expedir outra para fins de cobrana. Art. 2.

Observe que a palavra DUPLICATA significa duplicidade, e assim a CPIA DA FATURA.Por isso muitas vezes ouvimos falar em DUPLICATA FRIA, pois por que est diferente da FATURA. Uma DUPLICATA tem que seguir literalmente todos os dados da FATURA.

Art . 26 - O art. 172 do Cdigo Penal (Decreto-lei nmero 2.848, de 7 de dezembro de 1940) passa a vigorar com a seguinte redao:

Art.172 - Expedir ou aceitar duplicata que no corresponda, juntamente com a fatura respectiva, a uma venda efetiva de bens ou a uma real prestao de servio.

Pena - Deteno de um a cinco anos, e multa equivalente a 20% sobre o valor da duplicata.

Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrer aquele que falsificar ou adulterar a escriturao do Livro de Registro de Duplicatas. Toda empresa comercial tem como LIVRO OBRIGATRIO o de DUPLICATAS MERCANTIL. Com isto poder extrair as DUPLICATAS (CPIAS DA FATURA) que forem necessrias. Art. 19 da LEI DE DUPLICATA.

O Prazo que o CREDOR (Fornecedor) tem para EXECUTAR o ttulo de at 3 (trs) anos do vencimento. Art. 18 da Lei de Duplicata.

3. NOTA PROMISSRIA:

uma PROMESSA DE PAGAMENTO. Este um ttulo regido pelo DECRETO n 57.663/1966, que derivado na LEI UNIFORME DE GENEBRA a qual unificou os ttulos mundialmente, menos a DUPLICATA que no fez parte da uniformidade dos ttulos.

Ele acompanha um antigo ttulo denominado LETRA DE CMBIO que pouco usado no comrcio com as caractersticas que lhes so prprias conforme o Decreto.

Assim, o Credor tem at 3 anos para EXECUTAR JUDICIALMENTE o devedor de acordo com o Art. 70 do Decreto mencionado.

A EXECUO JUDICIAL ser sempre com o ttulo original, porque quem fica de posse do ttulo at a quitao o Credor e no momento que o consumidor paga a NOTA entregue com um recibo no corpo do ttulo para este ltimo.

4 - A CDULA DE CRDITO BANCRIO:

um ttulo de crdito, e aparenta uma NOTA PROMISSRIA, POIS ELE SE APLICA A FINANCIAMENTOS e uma PROMESSA DE PAGAMENTO EM DINHEIRO. Ser EXECUTADO JUDICIALMENTE com o original assinado pelo cliente (consumidor) quando ele no paga.

quando se solicita qualquer crdito no BANCO e se assina um CONTRATO, por exemplo, de emprstimo ou financiamento. Se o cliente deixa de apagar o BANCO expede um documento chamado CDULA DE CRDITO BAN CRIO que n ada mais que uma NOTA PROMISSRIA com o valor total da dvida, semelhante a uma NOTA PROMISSRA.Com a preocupao de assegurar liquidez s operaes bancrias de abertura de crdito, introduziu-se na ordem jurdica brasileira um novo ttulo de crdito: a cdula de crdito bancrio - LEI 10.931 de 02 de agosto de 2004.

O prazo de PRESCRIO da EXECUO igual ao da NOTA PROMISSRIA, conforme Art. 44 da Lei 10.931/2004 e Decreto n 57.663/1966 - Lei Uniforme de Genebra. Ser dentro dos 3 (trs) anos do vencimento.

Verificamos no incio desse estudo que SOCIEDADE uma PESSOA JURDICA de acordo com o Art. 44 do Cdigo Civil, e adquire PERSONALIDADE JURDICA com o REGISTRO conforme Art. 45 do mesmo Diploma legal.

Com o REGISTRO na JUNTA COMERCIAL ela adquire a PERSONALIDADE JURDICA que no sentido prtico uma proteo para que os bens dos scios no sejam atingidos.

PERSONALIDADE JURDICA , em princpio, a proteo dos bens pessoais dos scios por dvida da empresa.

No REGISTRO tornar-se- PBLICO e NOTRIO a existncia da SOCIEDADE ou do nico dono; a mesma coisa quando voc faz aniversrio e diz: "quero registrar essa data e tira fotos". Quando um CREDOR vai justia pleitear um valor, como no caso em pauta que o Consumidor, ele ajuza a AO DE DANOS contra a SOCIEDADE, pois ela est regular e possui PERSONALIDADE JURDICA. Os scios, em princpio, no respondero com seus bens pessoais por que tm responsabilidade limitada, e quem responde somente os prprios bens da SOCIEDADE.Mas para fins de ressarcir ao CONSUMIDOR, os bens pessoais dos scios podero ser atingidos e serem vendidos para pagar essas dvidas.

Art. 28 5 - Tambm poder ser desconsiderada a pessoa jurdica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstculo ao ressarcimento de prejuzos causados aos consumidores.

Acontece que, se o Consumidor verificar que na EXECUO da quantia estipulada pelo juiz na AO DE DANOS, o Fornecedor no tem bens na EMPRESA para vender e pagar o dbito dos danos, sendo qualquer espcie de DANOS ele poder, atravs de seu advogado, requerer nesta EXECUO a DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA, isto , afasta a PERSONALIDADE conseguida pelo REGISTRO e vai em cima dos bens pessoais dos scios. Mas isto temporrio, por que a PERSONALIDADE no cancelada, e sim, afastada, desconsiderada.

O interessado dever ir Junta Comercial, tirar uma certido com a ltima Alterao Contratual, e neste documento tem os endereos pessoais dos scios, alm de poder tirar outras certides para verificar quais so os bens particulares dos mesmos.

A fim de coibir esse uso indevido da pessoa jurdica surgiu a "desconsiderao da personalidade jurdica".

Conforme o Art. 28 do CDC - O juiz poder desconsiderar a personalidade jurdica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infrao da lei, fato ou ato ilcito ou violao dos estatutos ou contrato social. A desconsiderao tambm ser efetivada quando houver falncia, estado de insolvncia, encerramento ou inatividade da pessoa jurdica provocada por m administrao.

1 (Vetado).

2 As sociedades integrantes dos grupos societrios e as sociedades controladas, so subsidiariamente responsveis pelas obrigaes decorrentes deste cdigo.

3 As sociedades consorciadas so solidariamente responsveis pelas obrigaes decorrentes deste cdigo.

4 As sociedades coligadas s respondero por culpa.

Obs. Se uma SOCIEDADE que no possui REGISTRO o Consumidor poder ajuizar a AO contra um, dois ou todas as PESSOAS FSICAS que fazem parte da Sociedade, e neste caso no existe o instituto jurdico da DESCONSIDERAO por que no tem registro.

SANES ADMINISTRATIVAS:

Art. 55. A Unio, os Estados e o Distrito Federal, em carter concorrente e nas suas respectivas reas de atuao administrativa, baixaro normas relativas produo, industrializao, distribuio e consumo de produtos e servios.

1 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios fiscalizaro e controlaro a produo, industrializao, distribuio, a publicidade de produtos e servios e o mercado de consumo, no interesse da preservao da vida, da sade, da segurana, da informao e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessrias.

2 (Vetado).

3 Os rgos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais com atribuies para fiscalizar e controlar o mercado de consumo mantero comisses permanentes para elaborao, reviso e atualizao das normas referidas no 1, sendo obrigatria a participao dos consumidores e fornecedores.

4 Os rgos oficiais podero expedir notificaes aos fornecedores para que, sob pena de desobedincia, prestem informaes sobre questes de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial.

Vemos que o Consumidor est protegido no s pelo CDC como tambm pela Unio, Estado, Municpios e Distrito Federal.

Temos tambm o Decreto 2181 de 20 de maro de 1997, que estabelece as normas gerais de aplicao das SANES ADMINISTRATIVAS previstas no CDC entre os artigos 55 ao 60, atravs do SNDC - Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.

Conforme o CDC, no art. 56, menciona quais as SANES ADMINISTRATIVAS: multa, apreenso do produto, inutilizao do produtos, suspenso de fornecimento de produto ou servio, proibio da fabricao do produto, revogao de concesso ou permisso de uso, cassao de licena do estabelecimento u de atividade, interdio, etc.

A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA aplicar as SANES.

AS SANES (PENALIDADES) ADMINISTRATIVAS SO:

Art. 56. As infraes das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, s seguintes sanes administrativas, sem prejuzo das de natureza civil, penal e das definidas em normas especficas:

I - multa;II - apreenso do produto;III - inutilizao do produto;IV - cassao do registro do produto junto ao rgo competente;V - proibio de fabricao do produto;VI - suspenso de fornecimento de produtos ou servio;VII - suspenso temporria de atividade;VIII - revogao de concesso ou permisso de uso;IX - cassao de licena do estabelecimento ou de atividade;X - interdio, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;XI - interveno administrativa;XII - imposio de contrapropaganda.

A MULTA ser graduada de acordo com a INFRAO e ser aplicada mediante procedimento administrativo. Revertero para o FUNDO que trata a lei 7.347 de 24/07/1985 os valores cabveis Unio e para os FUNDOS Estaduais ou Municipais de proteo ao consumidor nos demais casos.

Art. 58 - As penas de apreenso, de inutilizao de produtos, de proibio de fabricao de produtos, de suspenso do fornecimento de produto ou servio, de cassao do registro do produto e revogao da concesso ou permisso de uso sero aplicadas pela administrao, mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vcios de quantidade ou de qualidade por inadequao ou insegurana do produto ou servio.

Art. 59 - As penas de cassao de alvar de licena, de interdio e de suspenso temporria da atividade, bem como a de interveno administrativa, sero aplicadas mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prtica das infraes de maior gravidade previstas neste cdigo e na legislao