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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MACHADO DE ASSIS”FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS

Telefones: (55) 3512-5747/5659 (55) 3511.3800Endereço Eletrônico: [email protected]

PLANO DE ENSINOI – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:CURSO: AdministracaoDISCIPLINA: Análise FinanceiraCRÉDITOS:04CARGA HORÁRIA SEMANAL:04horas-aulaPROFESSOR: Danilo PolacinksiANO LETIVO: 1o Semestre de 2006 ANO: 2006

II – OBJETIVOS DA DISCIPLINA:A disciplina constitui-se de atividades que coloquem o aluno a par de práticas contábeis, buscando mantê-lo atualizado com a realidade do mercado e da dinâmica profissional.Objetivos específicos:1) Distinguir os valores das origens e aplicações de capitais próprios e de terceiros;2) Elaborar relatórios gerencias;3) Auto responsabilizar o aluno na opção pelos princípios geralmente aceitos pela contabilidade, na elaboração de balanços e trabalhos técnicos;4) Analisar Balanços, descobrir falhas, procurar as causas das falhas, e se encontradas, traçar tendências corretivas;5) Manter o conhecimento do corpo discente atualizado com a dinâmica profissional e às exigências de mercado.III CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:1. O Balanço Patrimonial; a) Conceituação. b) Requisitos do Balanço:2. O Balanço das empresas e sua estrutura:

a) A estruturação;b) O ativo, seus grupos e subgrupos - Conceituações;c) O passivo, seus grupos - conceituações.

3. As demonstrações contábeis do balanço patrimonial.4. Um roteiro para a elaboração das demonstrações contábeis.5. Demonstração de resultado do exercício:

a) Generalidades.b) Modelo de uma demonstração.c) A análise da demonstração.

6. Demonstrações de lucros ou prejuízos acumulados:a) Generalidades.b) Modelo de uma demonstração.c) A análise da demonstração.d) O dividendo por ação e rentabilidade.

7. Demonstração de origem e aplicações de recursos:a) Generalidades.b) Modelo de uma demonstração.c) A análise da demonstração.

8. Notas explicativas.9. Estudo de caso simulado.10. Análise de Balanço.a) Conceituação.b) A importância da análise.c) Os fins e objetivos da análise.d) Pareceres do analista.

11. Análises por quocientes - Conceitos, finalidades e fórmulas:a) Os quocientes de liquidez.`b) O capital circulante liquido.c) O capital de giro sob o aspecto da análise.d) Quocientes de endividamento.e) A solvabilidade geral.f) Margem de garantia.g) Quocientes de imobilização do ativo permanente.h)Quocientes de lucratividade e Quocientes de rentabilidade.11.1. Quocientes derivados e de interesse para análise.11.2. Como interpretar “ em conjunto “ os quocientes.11.3. A importância relativa de cada índice (peso).11.4. Exercícios práticos com balanços reais.12. A Análise Horizontal e a Análise Vertical.12.1. Exercícios com balanços reais (análise horizontal e vertical).13.Resolução de exercícios desenvolvidos pelo CRC/RS.IV – METODOLOGIA:* Aula expositiva utilizando o quadro negro.* Aula expositiva - dialogada.* Leituras e sínteses de artigos e livros sobre o conteúdo.* Pesquisa bibliográfica.* Exercícios com balanços reais(de jornais).* Estudo de caso simulado.V – AVALIAÇÃO:* Testes de conhecimento - avaliação com prova.* Entrega de trabalho prático desenvolvido em grupo.* Pesquisa* Participação do aluno em sala de aulaVI – BIBLIOGRAFIA:01) GOMES, Josir Simeone. Contabilidade para MBAs textos e casos. Rio de janeiro: Campus 2000. 02) IUDICIBUS, Sérgio de. Análise de Balanço. São Paulo, Atlas.03) MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. São Paulo, Editora Atlas.04) PEROSSI, José Osnir. Introdução ä Análise de Balanços. São Paulo, Atlas.05) REIS, Arnaldo Carlos de Resende. Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras. Editora Saraiva.Santa Rosa – RS, 01 de março de 2005.PROFESSORA

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Prezado Aluno:Para iniciar a revisão prática das Estruturas das Demonstrações Contábeis utilizaremos como modelos os apresentados em livro publicado pelo CRC – Conselho Regional de Contabilidade reproduzido ( 1ª parte) abaixo:

BALANÇO PATRIMONIALO balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e

qualitativamente, numa determinada data, o patrimônio e a composição do patrimônio líquido da entidade.

Conforme determina o artigo 178 da Lei nº 6.404-76, “No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.

Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei nº 6.404-76 e segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.

RES. Nº 686-90 NBC T 3 LEI nº 6.404-76ATIVO CIRCULANTE CIRCULANTE

c) Disponível b) Créditos c) Estoques d) Despesas Antecipadas e) Outros Valores e Bens

c) disponibilidades;c) direitos realizáveis no curso do exercício social

subseqüente;- aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO REALIZÁVEL A LONGO PRAZOSão os ativos referidos nos itens b, c, d e e anteriores, cujos prazos esperados de realização se situem após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

São assim classificados os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

RES. Nº 686-90 NBC T 3 LEI nº 6.404-76PERMANENTE PERMANENTE

c) Investimentos – São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da entidade.

b) Imobilizado – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividades-fins da entidade.c) Diferido – São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social.

Investimentos – São as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não--classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.Imobilizado – São os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial.Diferido – São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.

PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZOSão as obrigações conhecidas e os encargos estimados cujos prazos estabelecidos ou esperados se situem no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior.

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EXIGÍVEL A LONGO PRAZOSão as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

RES. nº 686-90 NBC T 3 LEI nº 6.404-76PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital – São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporação de reservas e lucros.Reservas – São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.Lucros ou Prejuízos Acumulados – São os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como parcela redutora do patrimônio líquido.

Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.Reservas de Capital:a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações, sem valor nominal, que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;d) as doações e as subvenções para investimento.Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.Reserva de Reavaliação: as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudos.Reservas de Lucros: são as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.Ações em Tesouraria: destacadas no balanço patrimonial como dedução da conta do patrimônio líquido.

A Lei das SAs estabelece, em seu artigo 178, §1º, que, no ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de disponibilidades são as primeiras a serem apresentadas no balanço, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e aplicações de recursos em despesa do exercício seguinte.

A NBC T 3 estabelece a divisão do ativo em:

I – CIRCULANTE

a) Disponível – São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata.

b) Créditos – São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos. Estes direitos representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral. Decorrem de vendas a prazo, de mercadorias e serviços a clientes ou são oriundos de outras transações que geram valores a receber.

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A Lei nº 6.404-76 não separa as transações relacionadas às atividades-fins das não-relacionadas com as atividades-fins da empresa. A NBC T 3 determina essa segregação, classificando as transações não-relacionadas com as atividades-fins em Outros Valores e Bens.

c) Estoques – São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividades-fins da entidade.

Também representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais.

d) Despesas Antecipadas – São as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subseqüente à data do balanço patrimonial.

Neste subgrupo são registrados os ativos que representam pagamentos antecipados de despesas, cujos benefícios ou prestação de serviços à empresa se farão durante o exercício seguinte.

Os prêmios de seguros, quando parcelados ou financiados, e as despesas financeiras são exemplos de despesas pagas antecipadamente.

A NBC T 3 adotou o título Despesas Antecipadas, por ser mais adequado e tecnicamente correto, como a própria conceituação acima comprova.

e) Outros Valores e Bens – A NBC T 3 estabelece a identificação das transações reais relacionadas com as atividades-fins da empresa. Devem ser usadas as mesmas contas já previstas nos grupos anteriores. São exemplos: Bens Não-Destinados ao Uso, Imóveis Recebidos em Garantia para Revenda, etc.

II – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Serão classificadas contas da mesma natureza das do ativo circulante, porém realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro, que não constituíram negócios usuais na exploração do objeto da companhia.

III – PERMANENTE

São bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Não estão destinados à transformação direta em meios de pagamento e sua perspectiva de permanência na entidade ultrapassa um exercício.

É constituído pelos seguintes subgrupos:

a) Investimentos – São as participações permanentes em outras sociedades e os bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades da companhia ou empresa.

b) Imobilizado – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividades-fins da entidade.Bens Tangíveis: aqueles que têm corpo físico, tais como terrenos, máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais, etc.

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Observação: Também integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da natureza citada, mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tal como construção em andamento.

c) Diferido – Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke, na obra Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, serão classificadas no Ativo Diferido “as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder ao início das operações sociais.”

Consignam, ainda, esses autores que “os Ativos Diferidos caracterizam-se por serem ativos intangíveis, que serão amortizados por apropriação às despesas operacionais, no período de tempo em que estiverem contribuindo para a formação do resultado da empresa. Compreendem despesas incorridas durante o período de desenvolvimento, construção e implantação de projetos, anteriores ao seu início de operação, aos quais tais despesas estão associadas, bem como as incorridas com pesquisas e desenvolvimento de produtos, com implantação de projetos mais amplos de sistemas e métodos, com reorganização da empresa e outras. Não incluem bens corpóreos, já que estes devem ser classificados no Imobilizado. Representam, muitas vezes, gastos que seriam lançados como despesas operacionais caso a atividade a que se referem estivesse já produzindo receitas. É o caso dos gastos incorridos com pessoal administrativo, despesas gerais e administrativas e demais gastos específicos (desde que não sejam parte do Imobilizado), que são necessários ao desenvolvimento de um projeto”.

Exemplos: gastos pré-operacionais, gastos com implantação de sistemas e gastos de desenvolvimento de produtos.

Observação: Não se deve confundir a natureza das operações classificáveis nesse subgrupo, ou seja, Ativo Permanente Diferido, com a natureza das operações classificáveis no subgrupo despesas antecipadas, no Ativo Circulante.

As despesas antecipadas são as despesas que efetivamente e de forma objetiva pertencem ao exercício ou exercícios seguintes. Não são ainda despesas incorridas. Contudo, no ativo diferido (Permanente) se incluem despesas já incorridas, pagas ou a pagar, mas que são ativadas para serem apropriadas em exercícios futuros, pois contribuirão para a formação dos resultados de exercícios futuros, tais como pesquisa e desenvolvimento de produtos, despesas pré-operacionais, etc.

CONTAS RETIFICADORAS (credoras)a) Ativo Circulante- Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa – provisão para cobrir as perdas estimadas na cobrança das contas a receber.- Duplicatas Descontadas – esta operação demonstra a responsabilidade da empresa que efetuou o desconto pelo pagamento das duplicatas ao banco, caso seu cliente falte ao pagamento no vencimento. Essas duplicatas descontadas não devem figurar no passivo, pois não existe ainda a dívida por parte da empresa. Esta só existe à medida que ocorre o vencimento dos títulos, e o devedor não os paga.- Provisão para redução ao valor do mercado – destina-se a registrar o valor dos itens de

estoques que estiverem a um custo superior ao valor de mercado.

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- Provisão para perdas em estoques – destina-se a registrar as perdas conhecidas em estoques e calculadas por estimativa, relacionadas a estoques obsoletos e, também, para dar cobertura a diferenças físicas.

b) Ativo Realizável a Longo Prazo- Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa- Provisão para Perdas – registrará os valores estimados de perdas em investimentos temporários.

c) Ativo PermanenteInvestimentos- Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos

Imobilizado- Depreciação Acumulada – perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeito a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.- Exaustão – perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujos objetos sejam recursos minerais e florestais.- Amortização – perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial.

Diferido- Amortização – Segundo o § 3º da Lei nº 6.404-76, a amortização destes ativos deverá ser feita “em prazo não superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los”.

A NBC T 3 estabelece a divisão do Passivo em:

I – CIRCULANTE

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, se este for superior a esse prazo.

II – PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidação deverá ocorrer em prazo superior a seu ciclo operacional, ou após o exercício social seguinte.

III – PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O patrimônio líquido representa os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo - Passivo). Desta forma, o valor do patrimônio líquido pode ser positivo, negativo ou nulo.

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O patrimônio líquido é dividido em :

a) Capital – São os investimentos efetuados na empresa pelos proprietários e os decorrentes de incorporação de reservas e lucros.b) Reservas – Representam valores decorrentes de reavaliação de ativos, retenções de lucros e de outros fatores.c) Lucros/Prejuízos Acumulados – Representa o saldo remanescente dos lucros (ou prejuízos) líquidos, estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido.

Esta conta representa a interligação entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício.

No caso de o Patrimônio Líquido ser negativo, será demonstrado após o Ativo, e seu valor final denominado de Passivo a Descoberto.

CONTAS RETIFICADORAS (devedoras)Patrimônio Líquido- Capital a Realizar – valor deduzido do capital social.- Prejuízos Acumulados – valor deduzido dos elementos do Patrimônio Líquido.- Ações em Tesouraria – ações da companhia que forem adquiridas pela própria sociedade. Devem ser destacadas no Balanço Patrimonial como dedução da conta do Patrimônio Líquido que registre a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

OBSERVAÇÃO:

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

No livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, Iudícibus, Martins e Gelbke registram que “Resultado de Exercícios consta do Balanço entre o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido e seu objetivo é abrigar receitas já recebidas que efetivamente devem ser reconhecidas em resultados em anos futuros, daí a sua intitulação, sendo que já devem estar deduzidas dos custos e despesas correspondentes, incorridas ou a incorrer. Todavia, somente deve englobar tais receitas menos despesas, ou seja, resultados futuros recebidos, mas para os quais não haja qualquer tipo de obrigação de devolução por parte da empresa”.

A NBC T 3 não considerou o grupo RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS, entendendo que tais contas devem ser classificadas no Ativo e Passivo Circulante. A Lei nº 6.404--76 prevê este grupo, e, por conseqüência, pode ser considerado no plano contábil das empresas.

O mais adequado, todavia, é classificar tais contas no Ativo e no Passivo Circulante.

Há uma tendência entre os doutrinadores da Ciência Contábil em não considerar este subgrupo do Passivo.

CONTAS RETIFICADORAS (devedoras)

Resultado de exercícios futuros – os custos e despesas relativos aos resultados de exercícios futuros.

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ATIVO PASSIVO

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CIRCULANTE DISPONÍVEL Caixa Bancos Conta Movimento Bancos Conta Aplicações de Liquidez Imediata CRÉDITOS Duplicatas a Receber (-) Duplicatas Descontadas (-) Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa Títulos a Receber Bancos Contas Vinculadas Adiantamentos a Terceiros Adiantamentos a Empregados Tributos a Recuperar Depósitos Vinculados ou Restituíveis Aplicações Temporárias ESTOQUES DESPESAS ANTECIPADAS Prêmios de Seguros a Vencer Encargos Financeiros a Vencer

CIRCULANTE Fornecedores Obrigações Trabalhistas Obrigações Fiscais e Sociais a Receber Adiantamento de Clientes Empréstimos e Financiamentos Arrendamento Mercantil a Pagar Aluguéis a Pagar Lucros e Dividendos a Pagar Debêntures Provisões Trabalhistas

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Clientes (-) Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa Bancos Contas Vinculadas Títulos a Receber Créditos de Sócios e Diretores Créditos de Coligadas e Controladas Adiantamentos a Terceiros Emprést. e Depósitos Compulsórios Títulos e Valores Mobiliários Depósitos para Investimentos Particip. Societárias Não-Permanentes

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Títulos a Pagar Debêntures Provisões para Riscos Fiscais

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Receitas de Exercícios Futuros (-) Custos e Despesas de Exercícios Futuros

PERMANENTEINVESTIMENTOS Participações Societárias Obras de Arte Imóvel Não de Uso (-) Depreciações Acumuladas (-) Provisões para PerdasIMOBILIZADO Terrenos Construções Instalações Máquinas e Equipamentos Móveis e Utensílios Veículos Ferramentas (-) Depreciações Acumuladas Benfeitorias em Imóveis de Terceiros (-) Amortizações Acumuladas Marcas e Patentes Construções em AndamentoDIFERIDO Gastos Pré-Operacionais Gastos de Implantação de Sistemas Gastos de Desenvolvimento de Produtos (-) Amortizações Acumuladas

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital SocialCapital Social(-) Capital a Integralizar

Reservas de Capital Reserva de Ágio Doações e Subvenções p/ Investimentos

Reservas de Reavaliações Reavaliação do Ativo Próprio Reavaliação de Ativos de Coligadas e Controladas

Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Outras Reservas de Lucros

(-) Ações em Tesouraria

Lucros ou Prejuízos Acumulados

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A conta “Banco Conta Movimento” com saldo credor representa obrigação para a empresa; portanto, deve ser classificada no Passivo Circulante.Ocorrendo a elaboração de demonstrações contábeis sem respaldo em escrituração contábil regular, poderá o CRCRS instaurar o processo administrativo contra o responsável técnico, estando previstas penas de multas e suspensão do exercício profissional ou processo por infração ao Código de Ética Profissional do Contabilista, que estabelece penas de advertência reservada, censura reservada e censura pública.

MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL, NA HIPÓTESE DA EXISTÊNCIA DE PASSIVO A DESCOBERTO

BALANÇO PATRIMONIALATIVOCIRCULANTE DISPONÍVEL CAIXA CRÉDITOS DUPLICATAS A RECEBER ESTOQUESREALIZÁVEL A LONGO PRAZO CLIENTESPERMANENTE INVESTIMENTOS PARTIC. SOCIETÁRIAS IMOBILIZADO TERRENOS VEÍCULOS (-) DEPREC. ACUM.TOTAL DO ATIVOPASSIVO A DESCOBERTOTOTAL DO ATIVO MAIS PASSIVO A DESCOBERTO

PASSIVOCIRCULANTE FORNECEDORES OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS OBRIGAÇÕES FISCAIS E SOCIAIS

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

TOTAL DO PASSIVO

“Capital a Integralizar” e “Prejuízos Acumulados” são contas de natureza devedora, mas devem ser classificadas no Patrimônio Líquido, pois são contas retificadoras deste.Os termos utilizados nos registros e nas demonstrações contábeis devem expressar, tanto quanto possível, o verdadeiro significado das transações ocorridas, preservando-se expressões do idioma nacional.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da entidade.

A demonstração do resultado, observado o princípio da competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados, mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas.

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RES. nº 686-90 NBC T 3 LEI nº 6.404-76Evidenciará no mínimo:a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-

Discriminará:a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das

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fins;b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os cancelamentos;c) os custos dos produtos ou mercado-rias vendidos e dos serviços prestados;d) o resultado bruto do período;e) os ganhos e perdas operacionais;f) as despesas administrativas com vendas, financeiras e outras e as receitas financeiras;g) o resultado operacional;h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades--fins;i) o resultado antes das participações e dos impostos;j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;l) as participações no resultado;m) o resultado líquido do período.

vendas, os abatimentos e os impostos;b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;d) o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não-operacionais;e) o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto;f) as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;g) o lucro ou prejuízo líquido do exercício e seu montante por ação do capital social.

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

A Lei nº 6.404-76, em seu art. 187, determina que a demonstração do resultado do exercício deverá discriminar a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos, bem como a receita líquida das vendas e serviços.

As vendas deverão ser contabilizadas pelo valor bruto, incluindo o valor dos impostos. Estes impostos, bem como as devoluções e os abatimentos, deverão ser contabilizados em contas individualizadas, que serão tratadas como contas redutoras das vendas.

No Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000--99, art. 280 –, consta que a receita líquida é a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre as vendas, excluindo-se os impostos não-cumulativos, pois, conforme orientação contida na Instrução Normativa da SRF nº 051-78, os impostos não-cumulativos não são incluídos na receita bruta.

Portanto, considerando o disposto no Regulamento do Imposto de Renda, os impostos não-cumulativos não integram a receita bruta de vendas e serviços. Todavia, de acordo com as especificações dispostas na Lei nº 6.404-76, eles são parte integrante dela.

Para conciliar as posições e atender às legislações acima mencionadas, poder-se-ia adotar a seguinte estrutura:

FATURAMENTO BRUTO(-) IPI s/faturamento

RECEITA BRUTA

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DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

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São representadas pelas contas de vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes sobre vendas.a) Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.

Correspondem à anulação de valores registrados como receitas brutas de vendas e serviços.

b) Abatimentos e descontos sobre vendas e serviços são aqueles concedidos incondicionalmente.

c) Impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas. A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes, com exceção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

Conforme Iudícibus et al., “a apuração do custo dos produtos vendidos está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período”.

Para as empresas comerciais, explicam que “a fórmula é simples, pois as entradas são representadas somente pelas compras de mercadorias destinadas à revenda”. Já para as empresas industriais, “as entradas representam toda produção completada no período e para tais empresas é necessário um sistema de contabilidade de custos cuja complexidade vai depender da estrutura do sistema de produção, das necessidades internas para fins gerenciais, etc.”.

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

São apropriados como custos aqueles que se relacionam diretamente e são indispensáveis para a obtenção da receita oriunda dos serviços prestados.

DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS

Iudícibus et al. consignam que “as Despesas Operacionais constituem-se das despesas pagas ou incorridas para vender produtos e administrar a empresa; e dentro do conceito da Lei nº 6.404-76, abrangem também as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultados líquidos das atividades acessórias da empresa são também considerados operacionais”.

O art. 187 da Lei nº 6.404-76 estabelece que, para se chegar ao lucro operacional, serão deduzidas as “despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais”.

PARTICIPAÇÕES EM RESULTADO

O artigo 189 da Lei nº 6.404-76 estabelece que do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto de Renda.

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O artigo 190 da Lei nº 6.404-76 dispõe que as participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem,

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com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Nesse artigo, as debêntures não são mencionadas, mas, pela seqüência do artigo 187, conclui-se que elas seriam incluídas antes da participação dos empregados.

LUCRO POR AÇÃOO artigo 187 da Lei nº 6.404-76, inciso VII, determina a indicação do lucro ou prejuízo

líquido de exercícios e o seu montante por ação do capital social.

O lucro por ação é apurado mediante a divisão do lucro do exercício pelo número de ações em circulação do capital social.

MODELO: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIOReceita Bruta de Vendas e Serviços

Receitas de ComercializaçãoReceitas de Venda de Serviços

Deduções da Receita BrutaVendas CanceladasAbatimentos e DescontosImpostos sobre Vendas

Receita LíquidaCusto dos Produtos VendidosCusto dos Serviços Prestados

Lucro BrutoDespesas Operacionais

Despesas com VendasDespesas AdministrativasDespesas Financeiras

(-) Receitas FinanceirasResultado Participações Sociais

Resultado OperacionalResultado Não-Operacional

Resultado antes das Provisões Tributárias(calculadas com base no Lucro Real)

(-) Provisão para Contribuição Social(-) Provisão para Imposto de Renda

Participações e ContribuiçõesLucro/Prejuízo Líquido do Exercício

Lucro por ação

A Demonstração do Resultado do Exercício destina-se a evidenciar a formação do resultado do exercício, mediante confronto das receitas, custos e despesas incorridos no exercício.

Na Demonstração do Resultado do Exercício não transitam despesas e receitas de exercícios anteriores. Esses valores se integram ao patrimônio da empresa por meio da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

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EXERCÍCIOS PARA AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS:1. O encerramento das contas de resultado, arroladas dentre as contas relacionadas abaixo, evidencia:

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Contas SaldosBancos Conta Movimento R$ 800,00Caixa R$ 350,00Capital Social R$ 1.600,00Despesas Antecipadas de Juros R$ 1.800,00Despesas com Energia Elétrica R$ 60,00Despesas com Material de Escritório R$ 120,00Despesas com Publicidade R$ 250,00Despesas com Salários R$ 500,00Despesas de Seguros R$ 100,00Duplicatas a Pagar R$ 500,00Duplicatas a Receber R$ 500,00Impostos R$ 500,00Instalações R$ 600,00Lucros Acumulados R$ 230,00Móveis e Utensílios R$ 1.000,00Receitas de Serviços a Prestar R$ 1.200,00Receitas de Serviços Prestados R$ 1.650,00Receitas Financeiras R$ 400,00Salários a Pagar R$ 500,00a__ R$ 80,00 de prejuízo.b__ R$ 120,00 de lucro.c__ R$ 520,00 de lucro.d__ R$ 750,00 de lucro.

2. Tendo em vista as contas e saldos abaixo, marque a alternativa representativa dos somatórios dos saldos devedores e credores, respectivamente:Contas SaldosAções em Tesouraria R$ 28.000,00Adiantamentos a Fornecedores R$ 2.500,00Adiantamentos de Clientes R$ 2.200,00Bancos Conta Movimento R$ 2.000,00Capital Social R$ 30.000,00Clientes R$ 35.000,00Duplicatas Descontadas R$ 8.000,00Empréstimos a Pagar R$ 10.000,00Juros Pagos Antecipadamente R$ 800,00Lucros Acumulados R$ 4.200,00Mercadorias R$ 25.000,00Participações em Coligadas R$ 7.000,00Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa R$ 1.050,00Receitas de Exercícios Futuros R$ 30.000,00Reservas de Lucros R$ 1.500,00Tributos a Recolher R$ 3.500,00a__ R$ 99.500,00 e R$ 91.250,00b__ R$ 100.300,00 e R$ 90.450,00c__ R$ 102.500,00 e R$ 88.250,00d__ R$ 103.800,00 e R$ 86.950,00

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3. Indique o Resultado Operacional Bruto e o Resultado Líquido do Exercício, respectivamente, face aos saldos das contas relacionadas abaixo:

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Contas SaldosImpostos sobre Serviços R$ 30.000,00ICMs sobre Vendas R$ 204.000,00Despesas Financeiras R$ 180.000,00Despesas Administrativas R$ 150.000,00Custo de Serviços Prestados R$ 100.000,00Custo de Mercadorias Vendidas R$ 600.000,00Venda de Mercadorias R$ 1.200.000,00Dividendos Propostos R$ 30.000,00Receitas de Serviços Prestados R$ 600.000,00Provisão para Imposto de Renda R$ 80.400,00

a__ R$ 1.070.000,00 e R$ 659.600,00b__ R$ 896.000,00 e R$ 425.600,00c__ R$ 866.000,00 e R$ 455.600,00d__ R$ 770.000,00 e R$ 485.600,00

4. Considerando os saldos apresentados abaixo e sabendo-se que o Estoque Final de Mercadorias em 31.12.2002 era de R$ 1.800,00, podemos afirmar que o Custo de Mercadorias Vendidas, o total do Ativo e o Resultado Operacional Líquido são, respectivamente:

Balancete de Verificação em 31/12/2002Saldos finais

Contas Devedores CredoresCaixa R$ 1.500,00Capital Social R$ 15.000,00Clientes R$ 12.000,00Compra de Mercadorias para Revenda R$ 5.100,00Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios R$ 900,00Despesas com Aluguéis R$ 600,00Despesas com Depreciação R$ 900,00Despesas com Salários R$ 1.800,00Despesas com Viagens R$ 900,00Estoque Inicial de Mercadorias para Revenda R$ 3.750,00Fornecedores R$ 4.200,00Móveis e Utensílios R$ 7.950,00Venda de Mercadorias R$ 14.400,00a__ R$ 3.300,00, R$ 24.150,00 e R$ 4.050,00.b_ R$ 7.050,00, R$ 22.350,00 e R$ 3.150,00.c__ R$ 8.850,00, R$ 20.550,00 e R$ 7.350,00.d__ R$ 8.850,00, R$ 23.250,00 e R$ 4.950,00.

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5. Com base nos dados abaixo, apure o valor CORRETO da situação líquida.

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Caixa R$ 260,00Capital Social R$ 630,00Duplicatas a Receber R$ 450,00Mercadorias R$ 350,00Duplicatas a Pagar R$ 600,00Lucros Acumulados R$ 230,00Móveis e Utensílios R$ 400,00

a. R$ 630,00 b. R$ 860,00 c. R$ 2.920,00d. R$ 1.460,00e. R$ 230,00

6. Após o encerramento do exercício, o total do Patrimônio Líquido de uma empresa que apresentou os seguintes saldos em 31/12/2003 é:

Depreciação Acumulada R$ 1.500,00Salários a Pagar R$ 1.500,00Caixa R$ 2.000,00Lucros Acumulados R$ 3.000,00Mercadorias R$ 4.000,00Duplicatas a Pagar R$ 5.000,00Equipamentos R$ 6.000,00Duplicatas a Receber R$ 8.000,00Bancos Conta Movimento R$ 12.000,00Capital Social R$ 20.000,00Despesas Gerais R$ 22.000,00Custo das Mercadorias Vendidas R$ 68.000,00Receitas de Vendas R$ 91.000,00

a) R$ 1.000,00b) R$ 3.000,00c) R$ 23.000,00d) R$ 24.000,00

7. Uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 25.000,00, para capital de giro, com vencimento dentro do próprio mês. Pagou no ato R$ 1.500,00 a título de encargos financeiros. Este fato implica em:

1. Aumento do Ativo e Patrimônio Líquido no valor de R$ 25.000,00 e diminuição do Passivo no valor de R$ 1.500,00.

2. Aumento do Ativo no valor de R$ 25.000,00 e redução do Passivo em R$ 1.500,00 e aumento do Patrimônio Líquido em R$ 23.500,00.

3. Aumento do Patrimônio Líquido e Ativo em R$ 23.500,00 e aumento do Passivo em R$ 25.000,00.

4. Aumento de Passivo em R$ 25.000,00, aumento do Ativo em R$ 23.500,00 e redução do Patrimônio Líquido em R$ 1.500,00.

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8. Durante o mês de setembro, uma empresa foi registrada na Junta Comercial e captou recursos totais de R$64.000,00, sendo R$40.000,00 dos sócios sob a forma de Capital Registrado e R$24.000,00 de terceiros, destes 2/3 a título de financiamentos de longo prazo e 1/3 como receitas. Os referidos recursos foram aplicados no mesmo mês, sendo R$23.800,00 em Mercadorias para Revenda; R$9.590,00 em Aplicações Financeiras de Curto Prazo, R$6.135,00 na compra de Máquinas e Equipamentos, R$18.350,00 na concessão de Empréstimos a Terceiros e o restante em despesas.

Assim, o total do Patrimônio Líquido será:

a) R$41.875,00 b) R$64.000,00 c) R$57.875,00 d) R$56.000,00

9. Em relação à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, a alternativa CORRETA é:a) O aumento do Ativo Diferido é uma origem.b) O encargo de depreciação é uma origem.c) A realização do Capital é uma aplicação.d) O aumento do Exigível a Longo Prazo é uma aplicação.

10. Considerando as informações abaixo, assinale a alternativa CORRETA:Balancete de Verificação em 31.12.2002

CONTAS SALDOS FINAISDevedores Credores

Caixa R$ 1.000,00Capital Social R$ 10.000,00Clientes R$ 8.000,00Compra de Mercadorias para Revenda R$ 3.400,00Depreciação Acumulada Móveis e Utensílios R$ 600,00Despesas com Aluguéis R$ 400,00Despesas com Depreciação R$ 600,00Despesas com Salários R$ 1.200,00Despesas com Viagens R$ 600,00Estoque Inicial de Mercadorias para Revenda R$ 2.500,00Fornecedores R$ 2.800,00Móveis e Utensílios R$ 5.300,00Venda de Mercadorias R$ 9.600,00Total R$ 23.000,00 R$ 23.000,00

Sabendo-se que o Estoque Final de Mercadorias, em 31.12.2002 é de R$1.200,00, os valores, respectivamente, do Custo de Mercadorias Vendidas, do total do Ativo e do Resultado Operacional Líquido serão:a) R$ 5.900,00 ; R$ 13.900,00 e R$ 900,00b) R$ 4.700,00 ; R$ 18.600,00 e R$ 2.100,00c) R$ 4.700,00 ; R$ 14.900,00 e R$ 2.100,00e) R$ 5.900,00 ; R$ 18.600,00 e R$ 3.100,00

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11. Com base nos saldos das contas abaixo, determine o montante do Passivo Circulante:Adiantamento para Despesas de Viagens R$ 1.000,00

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Amortizações Acumuladas de Despesas Pré-Operacionais R$ 1.000,00Bancos Conta Movimento R$ 3.250,00Caixa R$ 8.500,00Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios R$ 5.100,00Despesas Financeiras Pagas Antecipadamente R$ 1.230,00Despesas Pré-Operacionais R$ 2.180,00Duplicatas a Pagar R$ 17.300,00Duplicatas Descontadas R$ 2.000,00Edifícios R$ 20.000,00Encargos Sociais a Recolher R$ 6.500,00Estoque de Mercadorias para Revenda R$ 12.000,00Fornecedores R$ 11.800,00Impostos a Recolher R$ 700,00Participações em Sociedades Controladas R$ 3.000,00Prêmios de Seguros a Apropriar R$ 1.300,00Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 2.100,00Salários a Pagar R$ 12.000,00Terrenos R$ 15.000,00a) R$ 51.300,00b) R$ 50.300,00c) R$ 49.600,00d) R$ 48.300,00

12. Uma entidade apura seu resultado pelo Princípio da Competência. O movimento de receitas e despesas de 2002 foi o seguinte:Receita de 2001 recebida em 2002 R$ 10.000,00Receita de 2002 recebida em 2003 R$ 200.000,00Receita de 2003 recebida em 2002 R$ 20.000,00Despesa de 2001 paga em 2002 R$ 5.000,00Despesa de 2002 paga em 2002 R$ 150.000,00Despesa de 2003 paga em 2002 R$ 10.000,00Despesa de 2002 paga em 2003 R$ 10.000,00Em vista disso, afirmamos que o resultado em 2002 foi:a) Prejuízo de R$ 30.000,00b) Prejuízo de R$ 40.000,00c) Lucro de R$ 40.000,00d) Lucro de R$ 150.000,00

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13. A contabilidade de determinada empresa apresentava, em 31.12.2002, os saldos:Compras R$ 85.000,00Despesas com Propaganda R$ 4.100,00

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Despesas de Aluguel R$ 1.200,00Despesas de Salários R$ 9.300,00Devolução de Compras R$ 2.000,00Devolução de Vendas R$ 1.600,00Estoque Final R$ 18.000,00Estoque Inicial R$ 25.000,00Fretes sobre Compras R$ 500,00Receitas Financeiras R$ 4.000,00Seguro sobre Compras R$ 200,00Vendas R$ 120.000,00

Considerando apenas os saldos das contas acima, pode se dizer que o valor das compras líquidas, do Custo das Mercadorias Vendidas e o Resultado Líquido do Período são, respectivamente:a) R$ 83.000,00 ; R$ 94.700,00 e R$ 17.800,00b) R$ 83.700,00 ; R$ 90.700,00 e R$ 17.100,00c) R$ 85.000,00 ; R$ 90.000,00 e R$ 13.100,00d) R$ 85.700,00 ; R$ 112.000,00 e R$ 18.700,00

14. Em 31 de dezembro de 2002 uma determinada companhia publicou a seguinte demonstração contábil:Balanço Patrimonial

ATIVO 2001 em R$ 2002 em R$ PASSIVO 2001 em R$ 2002 em R$Circulante 28700,00 30900,00 Circulante 18300,00 21700,00 Disponível 700,00 3300,00 Fornecedores 11000,00 14000,00 Dupl.Receber 12000,00 13600,00 Contas Pagar 2800,00 4700,00 Estoques 16000,00 14000,00 Empréstimos 4500,00 3000,00Real.LP 6000,00 9000,00 Exig.LP 10900,00 15000,00Ativo Permanente 9500,00 13600,00 Patr. Líquido 15000,00 16800,00Total 44200,00 53500,00 Total 44200,00 53500,00

A alternativa CORRETA é:a) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$ 1.200,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,15, deixando a empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.b) O Capital Circulante Líquido foi reduzido em R$ 2.300,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,10, deixando a empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.c) O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$ 1.200,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,15, não deixando a empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.d)O Capital Circulante Líquido foi ampliado em R$ 2.300,00 e a Liquidez Corrente foi reduzida em R$ 0,10, não deixando a empresa com uma Liquidez Corrente comprometida em relação ao ano de 2001.

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15. A Receita Operacional Líquida de uma empresa em 2002 foi de R$625.000.00 e o Resultado Operacional Bruto foi de R$ 125.000,00. Em relação à Lucratividade Bruta podemos afirmar que:a) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 20,0%, pois a mesma não tem como saber os seus Custos de Produtos Vendidos e se houve devolução de mercadorias.

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b) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 25,0% e que pode contar com este percentual para repassar suas Despesas Operacionais na empresa.c) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 25,0%, pois a mesma não tem como separar os seus Custos de Produtos Vendidos das devoluções de mercadorias, para calcular a sua Lucratividade Bruta sobre seus Custos.d) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 20,0% e que pode contar com este percentual para repassar suas Despesas Operacionais na empresa.

16. O recebimento de uma determinada importância em dinheiro em 2002 por conta de serviços a serem realizados em 2003, provocou em 2002:a) Redução do Prejuízo ou Aumento do Lucro.b) Aumento do Prejuízo ou redução do Lucro.c) Aumento do Ativo e do Passivo.d) Redução do Ativo e do Passivo.

17. Uma determinada empresa comercial encerra seu exercício em 31 de dezembro de cada ano. Em 31.12.2002, as deduções da Receita Operacional Bruta da empresa em questão foram de R$ 4.800,00 e representavam 10% da Receita Operacional Bruta; o Custo das Mercadorias Vendidas foi de 70% da Receita Operacional Líquida; o valor do Estoque de Mercadorias existente era de R$ 6.600,00.Tendo em vista as informações, podemos afirmar que o Lucro Operacional Bruto, a Receita Operacional Líquida e o Custo das Mercadorias Vendidas foram, respectivamente:a) R$ 12.960,00 ; R$ 43.200,00 e R$ 30.240,00b) R$ 12.960,00 ; R$ 48.000,00 e R$ 30.240,00c) R$ 17.760,00 ; R$ 43.200,00 e R$ 48.000,00d) R$ 17.760,00 ; R$ 48.000,00 e R$ 43.200,00

18. Uma empresa tem um Custo Fixo mensal pré-determinado no montante de R$297.000,00. No mês de julho de 2003 produziu 99.000 unidades de seu produto, incorrendo em R$ 693.000,00 de Custo Variável. Considerando, alternativamente, uma produção de 74.250 unidades o Custo Unitário da produção seria de:a__ R$ 10,00b__ R$ 11,00c__ R$ 12,33d__ R$ 13,33

19. Uma empresa apresenta os seguintes dados no orçamento do primeiro semestre de 2004:Preço de Venda Unitário R$ 66,80Custo Variável Unitário R$ 57,60Custo Fixo R$ 768.000,00Para gerar um lucro operacional de R$ 60.000,00 no primeiro semestre de 2004 serão necessários:a__ Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 45.000 unidades.b__ Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 76.957 unidades.c__ Produzir e vender no mínimo 83.478 unidades.d__ Produzir e vender no mínimo 90.000 unidades.

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Para o IOB COMENTAIMAGEM FIEL DAS EMPRESASAntônio Lopes de Sá

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Uma empresa pode perder uma linha de crédito porque a análise de sua situação, a partir de seu balanço, denota que ela está em condições de ineficácia de pagamento .É possível, também, que desanime um investidor em aplicar na mesma, porque os resultados apresentados aparentam lucros baixos ou até perdas .

A realidade, entretanto , pode ser outra, em razão de estar mal evidenciada através de defeitos de informação

A projeção da imagem da empresa, através de suas demonstrações contábeis, tem o poder de abrir linhas de crédito, movimentar investimentos em bolsas, prestar contas a terceiros

Erros nas classificações de contas, obscuridade ou pouca clareza de títulos, grupamentos defeituosos, podem alterar as análises das situações. Tais alterações implicam, quase sempre, em prejuízos para os empresários.

Isto porque outras pessoas que realizam estudos externos, ou seja, fora da empresa, podem chegar a equivocas conclusões, em razão de defeitos de informação.

Muito influi, portanto, nos estudos, a natureza dos planos de contas que a empresa adota internamente e as normalizações estabelecidas por instituições, leis ou regulamentos governamentais estabelecidos externamente .

Índices relevantes podem sofrer lesões, em razão de defeitos de classificações. Dentre eles, e, muito importante, como é o de liquidez, por exemplo, tem sido vitimado por critérios variados de registros .

No Brasil, nem a lei, nem qualquer outra disposição, obriga, por exemplo, que se destaque as contas vencidas e não pagas por clientes e que já se arrastam por algum tempo. Isto pode deturpar a idéia sobre o que a empresa pode deveras realizar para fazer frente a seus compromissos.

Como as duplicatas a receber ou contas devedoras de clientes, são parte da fórmula de liquidez, a inclusão das inadimplências, como «ativo circulante» , gera falsidades de estudos. Nesse caso, a análise da capacidade de pagar fica prejudicada .

Outro exemplo que se poderia citar e ainda no caso da aferição da capacidade de pagamento, é o do arrendamento mercantil e que sendo considerado apenas como despesa, quando se paga a prestação, deixa de gravar, no passivo, as demais obrigações a curto prazo , para cumprir o contrato .

Muitos exemplos poderiam ser dados para mostrar deformações de situações reaisPor isto, as normas de registros e informações, devem ter qualidade para ensejar a imagem fiel da empresa e de suas movimentações e transformações de capital, mas isto depende de capacidade de quem as elabora.

Não bastam usos e costumes, nem «princípios ditos geralmente aceitos» , sendo necessário conhecimento profundo para produzir matéria normativa contábil  de qualidade.

Os empresários , portanto, tanto se beneficiam com um balanço bem apresentado, como podem ter sérios prejuízos em decorrência de classificações , registros e demonstrações inspirados em procedimentos contábeis de má qualidade

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ATUALIZAÇÃO E AGILIDADE DA INFORMAÇÃO PARA DECISÕESAntônio Lopes de SáPresidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis

Amealhar recursos financeiros não significa, por si só um fator de sucesso nos negócios, pois, depende, especialmente, de como gerir os referidos recursos .

A atualidade apresenta tais modificações em curto prazo sendo que as decisões já não se fazem em base do hoje, muito menos do ontem, mas, do que pode ocorrer no amanhã .

Administrativamente, pois, interessa primordialmente conhecer detalhes sobre o destino dos recursos que a empresa recebe ou consegue, ou seja, como manuseia o capital e quais as condições de retorno ou benefício conseguido . Não só a quantidade, mas, especialmente a qualidade das aplicações muito importa para os efeitos sobre os resultados .

Poucos dispêndios financeiros podem trazer grandes resultados e grandes volumes de aplicação podem deixar de compensar, necessitando, tudo isto, portanto, ser bem conhecido e analisado.

Em socorro de tal necessidade de cognição deve existir um Plano de Contas competentemente processado .

A política de elaboração de um sistema de contas é peça relevante para que a gestão se faça com a eliminação de muitos riscos sobre a informação. Os planos analíticos, todavia, por si só não bastam, pois, mal elaborados e processados, podem comprometer a vida burocrática, falhando, inclusive em poder de informação .

Cada centro de interesse deve ter seu plano e um programa, especifico, de execução prática e com a qualidade técnica suficiente para atingir os objetivos desejáveis para decisões que se façam necessárias.

Assim, fazem-se planos de contas para custos, recursos humanos, filiais , campanhas em determinados mercados (para conhecer efeitos de um novo produto), medida de satisfação do cliente, efeitos sociais, efeitos ambientais, mensuração do intangível etc.

Onde houver necessidade de detalhes, pode haver um plano porque o uso das contas, quando técnico, pode alcançar a universos infinitos de qualidade informativa . As contas, todavia, não precisam passar pela escrita legal e financeira , bastando que se liguem em totais com uma sumarizada na escrita oficial, ou, em certos casos não obrigatórios, nem a isto .

A Contabilidade gerencial não se guia pelas normas daquela que visa a fazer prova, porque os objetivos são diferentes .

Muito interessante será que contas intermediárias possam ligar as contas analíticas a outras sintéticas, de cunho legal e financeiro .

Em verdade a utilidade da Contabilidade Moderna, nas empresas, passa cada vez menos pelos canais da busca de provas e só de pagar e receber .

Como as empresas são extremamente dinâmicas não se pode dizer que as condições de uma época sejam as mesmas de outras . Isto traz a exigência de que as análises se atualizem a novas condições .

Um plano de contas deve ser flexível e isto inclui a atualização permanente. Revisar o sistema contábil, do qual o plano é peça integrante, é uma exigência técnica. Algumas contas perdem o poder de movimentação, outras passam a ser exigíveis por não existirem, ainda outras precisam ser desdobradas e existe até as que perdem a função definitivamente .

A dinâmica dos negócios impõe a revisão constante dos planos, especialmente daqueles de natureza analítica .

A escrita contábil é um instrumento de informação que serve para fins de estudos racionais que se situam no campo da ciência e quanto maior o número de informes e tanto mais condições existem de acertos sobre as conclusões .

Em um momento em que as decisões exigem extrema agilidade, essa condição de rapidez e atualização deve existir em todos os setores onde a informação se faça necessária e o plano de contas nisto se insere .

O importante é que o empresário elimine riscos a partir de seguros critérios que possam sugerir modelos de comportamento administrativo.

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