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  • Contabilidade Geral e Pblica

  • O Instituto IOB nasce a partir da experincia de mais de 40 anos da IOB no desenvolvimento de contedos, servios de consultoria e cursos de excelncia.

    Por intermdio do Instituto IOB, possvel acesso a diversos cursos por meio de ambientes de aprendizado estruturados por diferentes tecnologias.

    As obras que compem os cursos preparatrios do Instituto foram desenvolvidas com o objetivo de sintetizar os principais pontos destacados nas videoaulas.

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    Contabilidade Geral e Pblica - 2 edio / Obra or-ganizada pelo Instituto IOB - So Paulo: Editora IOB, 2014.

    ISBN 978-85-63625-61-8

    Informamos que de inteira responsabilidade do autor a emisso

    dos conceitos.Nenhuma parte desta publicao

    poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao do Instituto IOB.

    A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n

    9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Cdigo Penal.

  • Sumrio

    Captulo 1 Patrimnio, 91. Definio. Bens, Direitos e Obrigaes., 92. Equao Fundamental. Ativo. Passivo e Patrimnio Lquido, 113. Equao Fundamental. Ativo. Passivo e Patrimnio Lquido

    Continuao, 13

    Captulo 2 Resultado, 151. Resultado: Conceito, Receitas e Despesas, 152. Classificao das Receitas e Despesas, 163. Gastos. Custos. Encargos e Perdas, 184. Regimes de Contabilizao, 19

    Captulo 3 Atos e Fatos Contbeis, 221. Atos Administrativos e Fatos Contbeis. Classificao dos Fatos

    Contbeis, 222. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos, 243. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos Continuao, 25

    Captulo 4 Princpios Fundamentais da Contabilidade, 271. Princpio da Entidade e Princpio da Continuidade, 27

  • 2. Princpio da Oportunidade e Princpio do Registro pelo Valor Original, 29

    3. Princpio do Registro pelo Valor Original, o Princpio da Competncia e o Princpio da Prudncia, 30

    Captulo 5 Contas e Lanamentos, 331. Definio de Conta Contbil. Elementos das Contas Contbeis.

    Teorias das Contas. Tipos de Contas, 332. Contas Credoras e Contas Devedoras. Saldos de Contas, 343. Lanamentos Contbeis. Mtodo das Partidas Dobradas. Frmulas

    de Lanamentos, 364. Frmulas de Lanamentos. Correo de Lanamentos Incorretos, 375. Razonetes. Balancetes de Verificao, 396. Plano de Contas. Definio e Estrutura, 40

    Captulo 6 Escriturao, 421. Introduo e Conceito, 422. Sistemas de Escriturao, 433. Livros de Escriturao, 454. Livros de Escriturao Continuao, 47

    Captulo 7 Provises, 491. Conceito, 492. Passivos Contingentes, 513. Ativos Contingentes e Perdas Estimadas no Ativo, 534. Perda Estimada em Crditos de Liquidao Duvidosa (PECLD), 555. Perda Estimada em Estoques (PEE), 566. Perda Estimada por Reduo ao Valor Recupervel, 58

    Captulo 8 Depreciao, 601. Conceito de Depreciao, 602. Mtodos de Depreciao: Mtodo das Quotas Constantes, 623. Mtodos de Depreciao: Mtodo das Somas dos Dgitos, 644. Contabilizao. Depreciao Acelerada Normal, 655. Depreciao Acelerada Incentivada, 676. Depreciao de Bens Adquiridos Usados, 68

    Captulo 9 Amortizao e Exausto, 701. Conceito de Amortizao. Bens Sujeitos Amortizao.

    Contabilizao, 702. Conceito de Exausto. Clculo da Exausto. Contabilizao, 71

    Captulo 10 Operaes com Mercadorias, 741. Operaes com Mercadorias, 74

  • 2. Operaes com Mercadorias Continuao, 763. Operaes com Mercadorias Continuao, 774. Operaes com Mercadorias Continuao, 795. Operaes com Mercadorias Continuao, 81

    Captulo 11 Operaes com Mercadorias, 831. Mtodo do Custo Mdio. Contabilizao em Inventrio

    Permanente, 832. Contabilizao em Inventrio Permanente (Continuao), 853. Folha de Pagamento. Salrio. Remunerao, 86

    Captulo 12 Operaes com Pessoal, 881. Contabilizao de Retenes e Recolhimentos, 882. FGTS. 13 Salrio, 903. Conceito. Movimentaes e Aplicaes Financeiras, 91

    Captulo 13 Operaes Financeiras, 941. Emprstimos e Financiamentos. Ajuste ao Valor Presente, 942. Operaes com Duplicatas, 963. Operaes com Duplicatas Continuao, 974. Conceito e Obrigatoriedade. Exerccio Social. Notas

    Explicativas, 995. Grupos de Contas. Contas do Ativo, 1016. Contas do Ativo Continuao, 1027. Contas do Passivo, 1048. Contas do Patrimnio Lquido, 106

    Captulo 14 Balano Patrimonial, 1081. Contas do Patrimnio Lquido Continuao, 1082. Conceito e Estrutura da DRE, 1103. Exemplos de Elaborao de DRE, 1114. Exemplos de Elaborao de DRE Continuao, 113

    Captulo 15 Clculo do IRPJ e da CSLL, 1161. Fato Gerador e Base de Clculo. Formas de Tributao, 1162. Lucro Real, 1183. Lucro Real Continuao, 1204. Lucro Real Continuao, 1225. Lucro Presumido, 1236. Lucro Arbitrado, 1247. Simples Nacional, 126

    Captulo 16 Apresentao. Conceitos Bsicos, 1291. Conceito de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico.

    Objetivos, 129

  • 2. Entidades Sujeitas Contabilidade Pblica, 1303. Entidades Sujeitas Contabilidade Pblica Continuao, 1314. Entidades Sujeitas Contabilidade Pblica Continuao, 132

    Captulo 17 Patrimnio Pblico, 1351. Conceito de Patrimnio Pblico. Ativo, 1352. Passivo. Patrimnio Lquido, 136

    Captulo 18 Princpios da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico, 1381. Princpio da Entidade, Princpio da Continuidade e Princpio da

    Oportunidade, 1382. Princpio do Registro pelo Valor Original, Princpio da

    Competncia e Princpio da Prudncia, 139

    Captulo 19 Oramento Pblico, 1411. Conceito e Aprovao, 1412. Princpios Oramentrios: Legalidade. Unidade. Universalidade, 1423. Princpios Oramentrios Continuao: Oramento Bruto.

    Periodicidade. Exclusividade. Periodicidade. Clareza, 1434. Princpios Oramentrios Continuao: Equilbrio.

    Especificao. Publicidade. Exatido. No Afetao, 144

    Captulo 20 Leis Oramentrias, 1461. Plano Plurianual (PPA), 1462. Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), 1473. Lei Oramentria Anual (LOA), 148

    Captulo 21 Receitas Pblicas, 1501. Conceitos. Classificao quanto Origem, 1502. Classificao quanto Natureza, 1523. Classificao quanto Destinao. Receitas Intraoramentrias, 153

    Captulo 22 Despesas Pblicas, 1551. Conceitos. Classificao quanto Natureza, 1552. Despesas Intraoramentrias. Supervit e Dficit, 157

    Captulo 23 Estgios das Receitas e Despesas Pblicas, 1591. Estgios da Receita, 1592. Estgios da Despesa Pblica, 1603. Estgios da Despesa Pblica Continuao, 1614. Restos a Pagar, 163

    Captulo 24 Dvida Pblica, 1651. Dvida Ativa e Dvida Passiva. Classificao, 165

  • Captulo 25 Crditos Adicionais, 1671. Definio. Crditos Suplementares, 1672. Crditos Especiais, 1683. Crditos Extraordinrios. Vigncia dos Crditos Adicionais, 169

    Captulo 26 Subsistemas da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico, 171

    1. Subsistemas Oramentrio e Patrimonial, 1712. Subsistemas de Custos e de Compensao, 172

    Captulo 27 Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico, 1741. Conceito e Estrutura, 1742. Conceito e Estrutura Continuao, 175

    Captulo 28 Demonstraes Contbeis, 1781. Conceito e Espcies. Orientaes Gerais, 1782. Balano Patrimonial. Balano Oramentrio. Balano

    Financeiro, 1803. Demonstrao das Variaes Patrimoniais. Demonstrao dos

    Fluxos de Caixa, 1814. Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido. Notas

    Explicativas, 182

    Captulo 29 Suprimento de Fundos, 1841. Conceito e Requisitos, 184

    Captulo 20 Controle Externo e Controle Interno, 1861. Controle Externo e Controle Interno, 186

    Gabarito, 189

  • Captulo 1

    Patrimnio

    1. Definio. Bens, Direitos e Obrigaes.

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos o patrimnio, as definies, os bens, os di-reitos e as obrigaes.

    1.2 SnteseContabilidade uma cincia que tem por objeto o patrimnio das entida-

    des, tendo como objetivo o controle destes patrimnios, com a finalidade de fornecer informaes a seus usurios.

    Com esta definio, podemos extrair trs informaes importantes: o objeto de estudo o patrimnio; o objetivo o controle dos patrimnios por parte das empresas e entida-

    des pblicas; o fim da contabilidade pblica fornecer informaes aos seus usurios.

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    Deve-se ressaltar que a contabilidade no se confunde com a administra-o de uma entidade. A contabilidade ir fornecer informaes a respeito do controle do patrimnio, do desempenho econmico da entidade, mas quem tomar as decises ser a administrao.

    Os usurios podero ser os mais amplos possveis, mas, principalmente, acionistas ou scios, governos e investidores.

    A contabilidade ter uma funo administrativa e uma funo econmica.A funo administrativa: refere-se funo da contabilidade como auxilia-

    dora dos tomadores de decises; a funo econmica: est relacionada apura-o do resultado, ou seja, se houve lucro ou prejuzo.

    O patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma entidade.Os componentes positivos do patrimnio so os bens e direitos e o compo-

    nente negativo so as obrigaes.Os componentes positivos recebem o nome especfico, na contabilidade,

    de ativo. O ativo de uma entidade a soma dos seus bens e direitos.Por outro lado, como j tido, o patrimnio tem sua parte negativa, que so

    as obrigaes. Essas obrigaes recebem o nome, na contabilidade, de passivo ou passivo exigvel.

    Os bens nada mais so do que todas as coisas de propriedade da entidade e que podem ser aferidos monetariamente.

    Esses bens podem ser corpreos ou incorpreos.Bens corpreos, tambm chamados bens tangveis ou bens materiais, so

    os bens que podem ser tocados fisicamente; por exemplo, dinheiro, imveis e as mercadorias.

    Bens incorpreos so os bens que no podem ser tocados fisicamente; por exemplo, os direitos, como as patentes, marcas, direitos de explorao de minas, direitos de concesso.

    Para interessar contabilidade, esses bens devem ser contbeis, ou seja, precisam ter valor econmico, pois existem bens que no tm valor econmico, como a reputao de uma entidade.

    Definem-se os direitos como todos os crditos que a entidade tem para com terceiros, que a entidade pode exigir de terceiros; por exemplo, duplicatas a receber, promissrias a receber e adiantamentos a fornecedores.

    Em relao s obrigaes da entidade, que so as partes negativas, so as dvidas da entidade; por exemplo, salrios a pagar, duplicatas a pagar, dcimo terceiro.

    importante destacar que o patrimnio de uma entidade poder ser nega-tivo quando ela tiver mais obrigaes do que bens e direitos.

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    Exerccios1. (Cespe AGU Contador 2010) Em contabilidade, define-se

    patrimnio como um conjunto de bens, direitos e obrigaes per-tencentes a determinada entidade, sendo autnomo em relao aos demais patrimnios existentes.

    2. (Cesgranrio Analista em Cincia e Tecnologia Jnior I 2008) Den-tre as alternativas abaixo, identifique a que s possui bens tangveis.a) Sistemas aplicativos software; mveis e utenslios; instalaes e

    direitos sobre recursos naturais.b) Benfeitorias em propriedades arrendadas; peas e conjuntos de

    reposio; marcas, direitos e patentes industriais e participaes em fundos de investimentos.

    c) Benfeitorias em propriedades arrendadas; direitos sobre recursos naturais; participaes em sociedades coligadas e controladas e gastos preliminares de operao.

    d) Equipamento de processamento eletrnico de dados; peas e conjunto de reposio; ferramentas e imveis no de uso.

    e) Direitos de uso de telefones; equipamentos de processamento eletrnico de dados e marcas, direitos e patentes industriais.

    2. Equao Fundamental. Ativo. Passivo e Patrimnio Lquido

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a equao fundamental, o ativo, passivo e o patrimnio lquido.

    2.2 SnteseO ativo de uma empresa deve ser igual ao seu passivo no balano.O patrimnio formado pelos bens, direitos e obrigaes da entidade.Os bens e direitos so o ativo de uma empresa e as a obrigaes formam a

    parte negativa da entidade.Passivo exigvel a soma das obrigaes da sociedade.Patrimnio lquido ou situao lquida a soma da parte positiva do patri-

    mnio, menos o passvel exigvel, ou seja, ver se a entidade tem muito mais dvidas do que bens e direitos, ou muito mais bens e direitos do que obrigaes.

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    A equao fundamental da contabilidade pode ser representada de vrias formas, dentre elas:

    O Patrimnio Lquido (PL) ser igual soma dos bens e dos direitos menos as obrigaes da entidade. Como os bens e direitos so chamados de ativos (A) e as obrigaes so chamadas de passivo exigvel, podemos colocar da seguinte forma:

    PL = A P; A P = PL;Se o ativo for maior que o passivo, o Patrimnio Lquido ser maior do que

    zero.Se o ativo for igual ao passivo exigvel, quer dizer os bens e direitos forem

    iguais s obrigaes, o PL da empresa ser zero; no ter lucro nem prejuzo.Quando o ativo for menor que o passivo exigvel, quer dizer que h menos

    bens e direitos do que obrigaes, ser o chamado passivo descoberto.O ativo de uma entidade, tambm chamado de patrimnio bruto, capital

    aplicado ou recursos investidos, trar as aplicaes dos recursos da entidade, ou seja, onde a entidade investiu esse dinheiro.

    O ativo pode ser dividido em vrias categorias: ativo circulante: so as disponibilidades financeiras, bens e direitos, rea-

    lizveis no exerccio subsequente, ou seja, so os bens que a entidade tem que vo ser realizveis, transformando-se em dinheiro at o ano se-guinte. Exemplo: dinheiro, venda de direitos a terceiros, que a entidade tem a receber no ano seguinte;

    ativo no circulante: so os demais bens e direitos. Exemplo: ativo rea-lizvel em longo prazo. Quando se tratar de emprstimos de operaes feitas entre coligadas ou controladas, diretores e acionistas, ser registra-do no ativo realizvel em longo prazo. Os investimentos que abrangem os valores de participaes societrias permanentes, ou seja, as aes que a entidade tem de outras entidades. Os imobilizados, que so o conjunto dos bens tangveis necessrios manuteno da atividade da empresa, por exemplo, os computadores dos caixas dos supermercados.

    Exerccio

    3. (CFC) Em 31/01/2011, uma sociedade empresria que tem como atividade social a incorporao imobiliria adquire terreno para pos-terior construo de um edifcio residencial para venda, com lana-mento previsto para o ano de 2013. A classificao CORRETA desse ativo ser:a) Em Estoque no Ativo Circulante.b) Em Estoque no Ativo No Circulante.

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    13c) No Imobilizado.d) No Investimento.

    3. Equao Fundamental. Ativo. Passivo e Patrimnio Lquido Continuao

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, continuaremos estudando a equao fundamental, o ati-vo, o passivo e o patrimnio lquido.

    3.2 SnteseO passivo pode ser entendido de duas formas: estrito e amplo. Passivo estrito o chamado passivo exigvel, ou seja, a soma das obri-

    gaes da entidade. Passivo amplo representa a soma do passvel exigvel com o patrimnio

    lquido da entidade.No sentido estrito, o CFC define o passivo como uma obrigao presente

    de entidade, derivado de eventos j ocorridos, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos capazes de gerar benefcios econmicos.

    O passivo se divide em circulante e no circulante: Passivo circulante composto pelas obrigaes exigveis ao longo do

    exerccio seguinte. Passivo no circulante so as dvidas exigveis aps o exerccio seguinte.

    No caso das dvidas de longo prazo, comum que a entidade pague essa dvida parcelada, por isso, registra-se a dvida que ir vencer no ano seguinte em passivo circulante e o restante no passivo no circulante.

    Segundo o CFC, patrimnio lquido o valor residual dos ativos da entida-de, depois de deduzidos todos os seus passivos.

    O patrimnio lquido tambm chamado de capital prprio da entidade, pois so os valores que de fato pertencem entidade. Esse patrimnio lquido comea a ser formado, quando a entidade criada.

    O patrimnio lquido ser formado por vrias contas e algumas delas so de partes positivas e outras partes negativas.

    O patrimnio lquido, ao contrrio do ativo e passivo, no se divide em circulante e no circulante, mas em contas especficas, entre elas:

    Capital social: a conta onde ser registrado o valor que os scios pro-meteram injetar na entidade.

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    Capital subscrito: o capital que os scios se comprometeram a entre-gar para a sociedade.

    Capital realizado ou integralizado: o capital que os scios da entidade entregaram de fato, que ser igual ao capital subscrito.

    Capital a realizar: a conta negativa que registra o capital integralizado realizado pelos scios.

    Reserva de lucros: traz o valor somado ao patrimnio lquido em razo dos lucros obtidos pela entidade.

    Reserva de capital: uma conta positiva que traz valores dos scios ou de terceiros que entram no patrimnio da entidade, sem afetar o lucro ou prejuzo do exerccio.

    Prejuzos acumulados: uma conta negativa que registra os prejuzos da entidade em vrios exerccios.

    Aes em tesouraria: uma conta negativa que usada para a empresa registrar as aes que ela emitiu mais no vendeu ou recomprou.

    Exerccio

    4. (Esaf Analista do Mercado de Capitais-CVM-2010) Aponte abaixo a opo que contm uma assertiva incorreta.a) Ativo um recurso controlado pela entidade como resultado

    de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefcios econmicos para a entidade.

    b) Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de even-tos j ocorridos, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos capazes de gerar benefcios econmicos para a enti-dade.

    c) Patrimnio Lquido o valor residual dos ativos da entidade de-pois de deduzidos todos os resultados.

    d) Muitos ativos tm uma substncia fsica. Entretanto, substncia fsica no essencial existncia de um ativo.

    e) Muitos ativos esto ligados a direitos legais, inclusive a direito de propriedade. Ao determinar a existncia de um ativo, entretan-to, o direito de propriedade no essencial.

  • Captulo 2

    Resultado

    1. Resultado: Conceito, Receitas e Despesas

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos o resultado, seu conceito, receitas e despesas.

    1.2 SnteseO resultado de uma entidade, tambm chamado de rdito, o valor resul-

    tado do confronto entre o total de receitas e despesas obtidas pela entidade em um determinado perodo.

    Se o resultado for positivo, ser chamado de lucro, ou seja, a entidade teve mais receita do que despesas e, caso as despesas sejam maiores do que a receita, haver um prejuzo, ou seja, um resultado negativo.

    importante destacar que o resultado sempre ser calculado para um deter-minado perodo. Esse perodo pode ser mensal, trimestral, anual, quadrimestral, semestral, mas, normalmente, as entidades trabalham com o perodo anual.

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    Receitas so variaes positivas do patrimnio lquido, que no decorram de valores injetados pelos scios, ou seja, o valor que vai aumentar o valor do patrimnio lquido da entidade.

    Toda receita produzida pelo aumento de um ativo ou diminuio de um passivo, no entanto, em todo aumento do ativo ou diminuio do passivo, vai produzir uma receita.

    Despesas, ao contrrio da receita, so os valores que diminuem o patri-mnio lquido, desde que no decorram de valores repassados aos scios; por exemplo, os dividendos.

    Desta forma, vemos que a despesa pode ser ocasionada ou pela diminuio do ativo ou pelo aumento do passivo, entretanto, nem toda diminuio do ativo ou aumento do passivo ir ocasionar despesas.

    No final do exerccio, normalmente no final do ano, a entidade ir zerar todas as suas contas de receita e despesas e passar esses valores para uma conta chamada Conta de Apurao do Resultado do Exerccio.

    Exerccio5. A entrada de recursos para o Ativo, proveniente de prestao de ser-

    vios, vendas ou juros, significa:a) Uma despesa.b) Um supervit.c) Uma receita.d) Um lucro.e) Um resultado.

    2. Classificao das Receitas e Despesas

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a classificao das receitas e despesas.

    2.2 Sntese

    Receita, como j foi estudado, so os valores que fazem com que o patrim-nio lquido da entidade aumente.

    As receitas se dividem em diversas categorias. So elas: Receitas de vendas: tambm chamadas de receitas brutas. So as re-

    ceitas relacionadas s atividades normais da entidade. Receita bruta

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    17diferente de faturamento, pois faturamento a soma da receita bruta com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

    Receita lquida: tudo o que a entidade vender menos algumas dedu-es, que so devolues de vendas, vendas canceladas, abatimento so-bre vendas, descontos incondicionais concedidos, tributos sobre vendas (menos o IPI).

    Receitas financeiras: so os rendimentos que a empresa recebe pela cesso a terceiro de uso de capitais. Exemplo: juros ativos, descontos condicionais obtidos dos fornecedores e variaes monetrias ativas.

    Receitas de equivalncia patrimonial: so as que decorrem de ganhos com lucro auferido por empresas coligadas ou controladas.

    Receitas operacionais: so receitas que no decorrem das atividades normais da empresa; por exemplo, no caso em que uma empresa com-pra uma mquina para produo e, posteriormente, vende essa mqui-na. Esse lucro ser de receitas operacionais.

    As despesas se classificam da seguinte forma: Despesas com vendas: so os gastos relacionados com a comercializa-

    o e distribuio das mercadorias ou produtos. importante desta-car que os gastos relacionados a insumos diretos, ou seja, aquilo que comprado pela empresa para ser transformado em outra coisa no considerado despesa.

    Despesas financeiras: so gastos relacionados com a remunerao paga a terceiros pela utilizao do capital deles.

    Despesas administrativas: so gastos relacionados administrao da empresa, ou seja, gastos para o funcionamento da empresa.

    Despesas gerais: so gastos que se relacionam tanto com as despesas administrativas quanto com as despesas de vendas. Quando no se pode distinguir o que so despesas financeiras do que so despesas adminis-trativas, classifica-se como despesas gerais; por exemplo, o gasto com a compra de produtos de limpeza.

    Outras despesas: so as despesas que no se enquadram em nenhuma das j citadas, como multas, por exemplo.

    Exerccio

    6. (FCC 2012) Os gastos decorrentes da venda de ativos imobilizados devem ser registrados ema) Receitas no operacionais.b) Outras receitas operacionais.c) Receitas diferidas.

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    d) Vendas brutas.e) Receitas imobilirias.

    3. Gastos. Custos. Encargos e Perdas

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os gastos, os custos e os encargos e as perdas.

    3.2 Sntese

    Gasto todo dispndio financeiro realizado pela empresa, independente da finalidade.

    Custos um tipo de gasto, e so todos os gastos relacionados com a produ-o de bens e servios pela entidade, ou seja, os custos esto relacionados com a atividade da empresa.

    Como exemplos de custos, tem-se: empresa comercial que revende mveis. Os custos seriam com a aquisi-

    o de mercadorias que so revendidas; empresa industrial que compra uma matria-prima, ou produtos inter-

    medirios e os transforma em outra coisa; em uma empresa prestadora de servio de limpeza, de custos, os valores

    dos produtos de limpeza utilizados na prestao de servios.Os encargos correspondem perda gradual do valor do bem, normalmente,

    do ativo imobilizado.O encargo pode ser depreciao, amortizao ou exausto. Depreciao: a diminuio do valor de bens tangveis. Amortizao: a diminuio do valor de bens intangveis. Exausto: a diminuio do valor de direito de explorao de minas e

    florestas.Perdas correspondem a diminuies dos valores dos patrimnios da entida-

    de, decorrentes normalmente de eventos imprevisveis, ou de difcil previso, e acarretaram perda patrimonial entidade.

    Exerccios7. (TJ Sergipe Analista Judicirio) A identificao de gasto efetua-

    do, que no produza benefcios econmicos futuros, reconhecida nas demonstraes de uma entidade como:

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    19a) Ganho.b) Despesa.c) Custo.d) Receita.e) Ativo.

    8. Os gastos de uma empresa incluem os custos e as despesas, sendo que normalmente:a) As despesas so os gastos diretamente ligados compra de mat-

    ria-prima para produo.b) Os custos so os gastos associados diretamente produo.c) Os gastos com energia eltrica de toda empresa so considera-

    dos custos.d) Gastos com juros bancrios so considerados custos.

    9. A perda de valor dos recursos minerais decorrente de sua explorao deve ser registrada no resultado como:a) Despesa de depreciaob) Despesa de exausto.c) Despesa de amortizao.d) Despesa de explorao.e) Perda com ativos.

    4. Regimes de Contabilizao

    4.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os regimes de contabilizao.

    4.2 Sntese

    Quando se fala em regimes de contabilizao, fala-se basicamente, no mo-mento em que a receita ou a despesa contabilizada.

    Os dois principais regimes de contabilizao so: regime de caixa e regime de competncia.

    A diferena entre eles o momento em que ser registrada a receita ou a despesa.

    No regime de caixa, as despesas so reconhecidas quando da entrada e sada de dinheiro.

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    J no regime de competncia, as receitas e as despesas no so registradas no momento em que elas so recebidas ou pagas, mas, sim, no momento em que elas surgem, ou seja, no momento em que ocorre o fato gerador da receita ou da despesa.

    O tipo de regime adotado pode influenciar no lucro ou prejuzo do exer-ccio. Por exemplo, uma empresa vende em dezembro de 2013, dez mil reais em mercadoria, para receber em janeiro. Pelo regime de competncia, esses dez mil reais sero registrados em dezembro de 2013. J pelo regime de caixa, no est registrado em dezembro de 2013, mas apenas em janeiro de 2014.

    Sendo assim, esse valor, sendo registrado em 2013, demonstrar lucro para empresa naquele ano e, se registrado em 2014, demonstrar lucro para empresa no em 2013, mas, sim, em 2014.

    Atualmente, todas as Sociedades Annimas e todas as Sociedades Limitadas de Grande Porte devem adotar o regime de competncia.

    Em relao s receitas e despesas diferidas, representam valores recebidos ou pagos antecipadamente, antes que o fato gerador respectivo da receita ou da despesa ocorra.

    Como so registradas antes da ocorrncia do fato gerador no se trata de receitas e despesas, mas de valores registrados no ativo (se forem despesas dife-ridas) ou no passivo (se forem receitas diferidas como um crdito ou dvida para com terceiros que no causa impacto).

    No caso das receitas diferidas, em verdade, so valores recebidos ou pagos antecipadamente, ou seja, antes do fato gerador. Essa receita estar registrada no passivo.

    J no caso das despesas diferidas, so valores que saram do caixa da entida-de, antecipadamente, antes do fato gerador e ser registrado no ativo.

    Exerccios

    10. (Cespe TRE RJ 2012) Quando determinada empresa paga uma parcela de seguro relativo a perodo de cobertura ainda no trans-corrido, o valor correspondente parcela paga no pode integrar as contas de resultado do perodo.

    11. (Fundep FHEMIG 2009) A empresa Alfa Ltda. que adota o regi-me de competncia contratou o aluguel de um galpo por 22 meses, a partir de 01/03/2009, pagando antecipadamente R$ 220.000,00.O contador, no encerramento do ano de 2009, deve registrar esse pagamento da seguinte forma:a) R$ 100.000,00 como despesa e R$ 120.000,00 como Ativo Cir-

    culante.

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    21b) R$ 110.000,00 como despesa e R$ 110.000,00 como Ativo

    Circulante.c) R$ 100.000,00 como Ativo Circulante e R$ 120.000,00 com Ati-

    vo de Longo Prazo.d) R$ 220.000,00 como despesa.

  • Captulo 3

    Atos e Fatos Contbeis

    1. Atos Administrativos e Fatos Contbeis. Classificao dos Fatos Contbeis

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os atos administrativos e os fatos contbeis e a classificao dos fatos contbeis.

    1.2 Sntese

    Atos administrativos so acontecimentos ocorridos em uma entidade, que no alteram o seu patrimnio, nem de forma quantitativa nem de forma qua-litativa, embora possam vir a afetar futuramente. Por exemplo, admisso de funcionrio, aval dado em ttulo de crdito e envio de ttulo ao banco para cobrana.

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    23A princpio, os atos administrativos no interessam contabilidade, pois

    no vo alterar o patrimnio da entidade, mas isso no impede que sejam regis-trados pela contabilidade.

    Se forem registrados pela contabilidade, sero registrados em um tipo espe-cfico de contas, chamadas de conta de compensao.

    As contas de compensao iro registrar os atos administrativos que podem vir a produzir alguma alterao futura no patrimnio da entidade.

    Como exemplo de contas de compensao, tem-se os contratos de aval e fiana, hipotecas assumidas, bens dados em garantia, mercadorias consignadas, contratos de emprstimos e financiamentos no liberados, contrato de aluguel e bens recebidos em comodato.

    Fatos contbeis, tambm chamados de fatos administrativos, so os acon-tecimentos ocorridos em uma empresa que alteram o seu patrimnio, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa.

    Alterao quantitativa do patrimnio aquela alterao que vai trazer uma mudana no valor total do patrimnio lquido.

    J as alteraes qualitativas, so aquelas que no mudam o valor total do patrimnio lquido, mas sua composio.

    Exerccios

    12. (Cespe TRE RJ 2012) A elaborao de um parecer de auditoria sobre a correta aplicao dos princpios fundamentais da contabili-dade, constitui um fato contbil.

    13. (Cespe Unipampa RS 2009) Fatos contbeis so ocorrncias que alteram a composio do patrimnio, seja em seu aspecto quali-tativo, seja em seu aspecto quantitativo.

    14. Qual a diferena entre Ato Administrativo e Fato Administrativo?a) O primeiro constitui-se em prtica administrativa que no mo-

    difica materialmente o patrimnio, enquanto que os fatos provo-cam alterao patrimonial.

    b) No h em verdade diferenas.c) O primeiro altera qualitativamente o patrimnio, enquanto que

    o segundo no provoca alterao alguma.d) O primeiro, quando ocorre, altera de imediato o patrimnio da

    empresa, enquanto que o segundo somente provoca alterao no exerccio seguinte.

    e) O primeiro altera o patrimnio e o segundo no.

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    2. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os fatos permutativos, modificativos e mistos.

    2.2 Sntese

    As alteraes qualitativas no vo alterar o valor total do patrimnio lquido, mas somente a composio das contas. Por exemplo, compra de mercadorias e pagamentos de duplicatas sem desconto ou sem juros.

    J as alteraes quantitativas so as alteraes que vo provocar mudana no valor do patrimnio lquido.

    Sempre que se estiver falando em alterao quantitativa, est se falando de despesas e de receitas.

    Como exemplos de alteraes quantitativas, tem-se a venda de bens do ati-vo imobilizado com lucro e pagamento de salrios.

    Fatos contbeis permutativos, tambm chamados de fatos contbeis com-pensatrios, so aqueles que produzem alteraes qualitativas no patrimnio lquido, no o alterando quantitativamente.

    Os fatos contbeis permutativos podem ocorrer de cinco formas: quando se aumenta e diminui o ativo no mesmo valor; quando se aumenta o ativo e aumenta o passivo na mesma proporo; quando ocorre a diminuio do passivo e a diminuio do ativo na mes-

    ma proporo; quando h um aumento e diminuio passivo no mesmo tempo e no

    mesmo valor; quando ocorre a diminuio do patrimnio lquido e um aumento do

    patrimnio lquido na mesma proporo.

    Exerccio

    15. (FCC PGE RJ 2009) Representa um Fato Contbil Permutati-vo a:a) Compra de um veculo vista.b) Venda de mercadoria com prejuzo.c) Venda de imobilizado com prejuzo.d) Venda de imobilizado com lucro.e) Venda de mercadoria com lucro.

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    3. Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos Continuao

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, continuaremos os estudos sobre os fatos permutativos, mo-dificativos e mistos.

    3.2 Sntese

    Os fatos contbeis modificativos, tambm chamados de fatos contbeis quantitativos, trazem modificaes quantitativas no patrimnio, ou seja, vo alterar o valor do patrimnio lquido.

    Os fatos contveis modificativos, pelo fato de modificarem o valor do patri-mnio lquido, sempre vo envolver receitas ou despesas.

    As espcies de fatos contbeis modificativos so: fatos contveis modificativos aumentativos: aumentam o valor total do

    patrimnio lquido, envolvendo uma conta de receita e uma conta pa-trimonial. Exemplo: ganho de capital;

    fatos contveis modificativos diminutivos: diminuem o valor do patri-mnio lquido. Envolvem uma conta patrimonial (conta do ativo, pas-sivo ou patrimnio lquido) e mais uma conta de despesa. Exemplo: pagamento de salrios ou a perda de um bem;

    fatos contveis modificativos mistos: tambm so chamados de fatos contveis modificativos compostos. Recebem esse nome por envolver ao mesmo tempo um fato permutativo e um fato modificativo. Vo ao mesmo tempo alterar qualitativamente contas patrimoniais e vo alterar tambm o patrimnio lquido.

    Os fatos mistos podem ser de duas espcies: mistos aumentativos: alteram qualitativamente o patrimnio e vo au-

    mentar o valor do patrimnio lquido; mistos diminutivos: uma diminuio do patrimnio lquido.

    A diferena entre os fatos modificativos aumentativos e os mistos aumenta-tivos que, no primeiro, h uma variao do patrimnio lquido e, no segundo, alm de haver uma modificao no patrimnio lquido, tambm existe uma alterao na sua composio.

    Como exemplo de fatos mistos aumentativos tem-se: recebimento de dupli-cata no valor original de R$ 1.000,00 com juros de 10%.

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    J como exemplo de fatos mistos diminutivos tem-se: renegociao de em-prstimo de R$ 1.000,00 com troca por promissrias no valor de R$ 1.200,00.

    Exerccio

    16. (FCC Fiscal do ISS Prefeitura de So Paulo) O pagamento de uma dvida com juros de mora representa um fato contbil:a) Permutativo.b) Modificativo aumentativo.c) Misto diminutivo.d) Misto aumentativo.e) Modificativo aumentativo.

  • Captulo 4

    Princpios Fundamentais da Contabilidade

    1. Princpio da Entidade e Princpio da Continuidade

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os Princpios da Entidade e da Continuidade.

    1.2 SnteseQuando se fala em princpios fundamentais da contabilidade, se fala em

    regras, estruturas basilares que sero essenciais para o desenvolvimento das nor-mas contbeis.

    Quem estabelece os princpios fundamentais da contabilidade o Conse-lho Federal de Contabilidade (CFC).

    Na falta de uma norma contbil, o contador deve agir respaldado pelos princpios fundamentais da contabilidade.

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    A Resoluo n 750, de 1993, do CFC, que foi alterada pela Resoluo n 1.282, de 2012 (que extinguiu o princpio da atualizao monetria), diz que atualmente so seis os princpios fundamentais da contabilidade. So eles:

    Princpio da Entidade; Princpio da Continuidade; Princpio da Oportunidade; Princpio do Registro pelo Valor Original; Princpio da Competncia; Princpio da Prudncia.

    O art. 4 da Resoluo n 750, do CFC, trata do Princpio da Entidade e, traz a seguinte redao:

    O Princpio da Entidade reconhece o Patrimnio como objeto da Conta-bilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independen-temente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequncia, nesta acepo, o Patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico. O Patrimnio pertence Entidade, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resul-ta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    Exerccios

    17. (Esaf Serpro 2001) A Resoluo CFC n 750/1993 estabeleceu como princpios de Contabilidade, os princpios da:a) Prudncia e da Oportunidade.b) Oportunidade e da Materialidade.c) Prudncia e da Objetividade.d) Consistncia e da Previsibilidade.e) Prudncia e da Materialidade.

    18. O Princpio da Entidade reconhece o patrimnio como objeto da con-tabilidade e afirma a autonomia patrimonial necessidade da diferen-ciao do patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independentemente de pertencer pessoa, conjunto de pessoas, socie-dade ou instituio de qualquer natureza, com ou sem fins lucrativos.

    19. (Cespe IPAJM Contador 2010) Segundo a Resoluo CFC n 774/1994, o cerne do princpio da entidade est na autonomia do patrimnio a ela pertencente. O princpio em exame afirma que o patrimnio deve revestir-se do atributo de autonomia em relao a

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    29todos os outros patrimnios existentes, pertencendo a uma entidade, no sentido de sujeito suscetvel aquisio de direitos e obrigaes. De acordo com essa resoluo, devido a sua falta de autonomia pa-trimonial, no constitui entidade contbil:a) Uma famlia.b) Um governo municipal.c) Uma sociedade cooperativa.d) Um grupo econmico consolidado.e) Uma sociedade de fato, mas sem forma jurdica.

    2. Princpio da Oportunidade e Princpio do Registro pelo Valor Original

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os Princpios da Oportunidade e do Registro pelo Valor Original.

    2.2 SnteseContinuando os estudos sobre os princpios fundamentais da contabilida-

    de, o art. 5 da Resoluo n 750, do CFC trata do Princpio da Continuidade com a seguinte redao:

    Art. 5 O Princpio da Continuidade pressupe que a Entidade continuar em operao no futuro e, portanto, a mensurao e a apresentao dos compo-nentes do patrimnio levam em conta esta circunstncia.

    Se o contrato social no informar nada em relao extino da sociedade, quer por morte dos scios quer por desentendimento entre eles, o prazo de durao da entidade ser indeterminado.

    Neste sentido, os valores contbeis, valor do ativo, valor do passivo, valores dos bens, valores dos direitos e das obrigaes devero ser valorados de acordo com essa perspectiva.

    Por exemplo: uma empresa adquire sob encomenda uma mquina no valor de R$ 300.000,00. Esse valor de compra deve ser registrado no ativo da empre-sa. Todo ano ocorrer a depreciao do valor deste maquinrio, seja em decor-rncia de seu uso, seja em razo da mquina se tornar obsoleta. Se os scios pedirem a liquidao da sociedade, um ms aps a compra da mquina, pode ser que esta no seja registrada com o valor de R$ 300.000,00, pois a empresa poder no vender a mquina pelo mesmo valor de compra.

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    Outro Princpio o da Oportunidade, que est previsto no art. 6 da Reso-luo n 750, do CFC, com a seguinte redao:

    Art. 6 O Princpio da Oportunidade refere-se ao processo de mensurao e apresentao dos componentes patrimoniais para produzir informaes nte-gras e tempestivas.

    Pargrafo nico. A falta de integridade e tempestividade na produo e na divulgao da informao contbil pode ocasionar a perda de sua relevncia, por isso necessrio ponderar a relao entre a oportunidade e a confiabilidade da informao.

    Em relao ao Princpio da Oportunidade, o CFC estabelece que os fatos contbeis futuros tambm devem ser registrados, desde que eles sejam certos ou provveis.

    Exerccios20. (Cespe TJ-AC Analista Judicirio Contador 2012) O Princ-

    pio da Continuidade est relacionado certeza de que, no futuro, a entidade continuar em operao e, por isso, os componentes do patrimnio devem ser avaliados pelos maiores valores.

    21. Segundo a Resoluo do CFC n 750/1993, o princpio contbil que se refere ao processo de mensurao e apresentao dos componen-tes patrimoniais, para produzirem informaes ntegras e tempesti-vas denominado princpio:a) Do Registro pelo Valor Original.b) Da Competncia.c) Da Prudncia.d) Da Oportunidade.e) Da Entidade.

    22. A observncia do Princpio da Continuidade indispensvel corre-ta aplicao do Princpio da Competncia, pelo fato de se relacionar diretamente com a quantificao dos componentes patrimoniais e com a formao do resultado, e de constituir suma importncia para aferir a capacidade futura de gerao deste resultado.

    3. Princpio do Registro pelo Valor Original, o Princpio da Competncia e o Princpio da Prudncia

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos o Princpio do Registro pelo Valor Original, o Princpio da Competncia e o Princpio da Prudncia.

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    3.2 Sntese

    O Princpio do Registro pelo Valor Original est previsto no art. 7 da Reso-luo 750, do CFC, que estabelece:

    Art. 7 O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os com-ponentes do patrimnio devem ser inicialmente registrados pelos valores origi-nais das transaes, expressos em moeda nacional.

    Esse registro importante para verificar se a entidade teve ou no lucro. imprescindvel destacar que, se a transao ocorrer em moeda estrangei-

    ra, dever ser utilizado o cmbio do momento da transao, para registrar esse valor em moeda nacional.

    Isso no quer dizer que este valor no possa ser alterado posteriormente.O princpio da atualizao monetria no existe mais, porm, isso no im-

    pede que ela seja feita, ou melhor, ela no mais obrigatria, segundo o CFC.O Princpio da Competncia est previsto no art. 9 da Resoluo n 750,

    do CFC e traz a seguinte redao:Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das tran-

    saes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

    Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas correlatas.

    J o Princpio da Prudncia, que est previsto no art. 10 da Resoluo n 750, do CFC, diz:

    Art. 10. O Princpio da Prudncia determina a adoo do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o patrimnio lquido.

    Pargrafo nico. O Princpio da Prudncia pressupe o emprego de certo grau de precauo no exerccio dos julgamentos necessrios s estimativas em certas condies de incerteza, no sentido de que ativos e receitas no sejam superestimados e que passivos e despesas no sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensurao e apresentao dos compo-nentes patrimoniais.

    Exerccios23. A influncia no valor econmico dos ativos e, em muitos casos, no

    valor de vencimento dos passivos, especialmente, por causa de um prazo determinado, previsto ou previsvel para que o patrimnio te-nha cumprido sua destinao social e a sua finalidade se extinga, apresentada no Princpio Contbil da:

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    a) Prudncia.b) Oportunidade.c) Entidade.d) Continuidade.e) Competncia

    24. De acordo com o Princpio da Prudncia, quando as opes forem igualmente aceitveis perante os princpios fundamentais da conta-bilidade, deve-se escolher a hiptese de que resulte o maior patrim-nio lquido.

    25. O Contador afirmou: As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo que ocorrerem, independente-mente de pagamento ou recebimento.De acordo com os princpios fundamentais de contabilidade, o Contador faz referncia ao denominado Princpio da:a) Prudncia.b) Continuidade.c) Entidade.d) Relevncia.e) Competncia.

    26. O Princpio do Registro pelo Valor Original determina que os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional no sejam reco-nhecidos nos registros contbeis.

  • Captulo 5

    Contas e Lanamentos

    1. Definio de Conta Contbil. Elementos das Contas Contbeis. Teorias das Contas. Tipos de Contas

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a definio de conta contbil, os elementos das contas contbeis, as teorias das contas e os tipos de contas.

    1.2 Sntese

    Conta contbil o nome tcnico representativo de um elemento patri-monial (bem, direito, obrigao ou componente do patrimnio lquido) ou de variao patrimonial (receita ou despesa). Controlam o valor ou alteraes das grandezas que representa.

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    So trs os tipos de contas contbeis e so elas: contas patrimoniais: so contas que registram bens, direitos e obriga-

    es (ativo, passivo e patrimnio lquido), e no alteram o valor total do patrimnio lquido, ou seja, no alteram o resultado. As contas re-tificadoras ou redutoras, que so contas negativas dos grupos aos quais pertencem, tambm so contas patrimoniais;

    contas de resultado: so receitas e despesas. Afetam o resultado do exer-ccio, ou seja, so elas que definem se a empresa ter prejuzo ou lucro. As contas de resultado, aps a apurao no final do ano, so zeradas;

    contas de compensao: vo registrar atos administrativos que no alte-ram nem o patrimnio e nem o resultado.

    As contas contbeis tm vrios elementos, que so: nmero: opcional, nem toda empresa utiliza um nmero para cada

    conta, mas recomendado que se utilize; ttulo: diz o que a conta representa; saldo: valor do elemento; natureza do saldo: pode ser devedora ou credora.

    Exerccios

    27. uma conta de resultado:a) Receita na alienao de bens do ativo no circulante.b) Receitas diferidas.c) Despesas antecipadas.d) Despesas do exerccio seguinte.e) Tributos a pagar.

    28. (Cespe/UnB Abin 2012) Depreciao acumulada, participaes em outras empresas e perdas estimadas para crdito de liquidao duvidosa so contas redutoras dos elementos patrimoniais.

    2. Contas Credoras e Contas Devedoras. Saldos de Contas

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos as contas credoras e contas devedoras e, tam-bm, os saldos de contas.

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    2.2 Sntese

    As contas podem ser credoras ou devedoras.Se a conta for credora, um crdito feito nela aumentar o seu valor e um

    dbito ir diminui o seu valor.Se a conta for devedora, os dbitos iro aumentar o seu valor e os crditos

    iro diminuir o seu valor.Quando se fala em natureza do saldo das contas, para saber se uma

    conta credora ou devedora.As contas de resultado, como j visto, so as contas que alteram o resultado

    do exerccio. So as contas de receitas e despesas.As receitas tero sempre um saldo credor, ou seja, sero contas credoras, j

    as despesas so contas devedoras.As contas patrimoniais, exceto as retificadoras, podem ser do ativo, do pas-

    sivo ou do patrimnio lquido.As contas do ativo sempre tero natureza devedora, j o passivo e o patrim-

    nio lquido sempre tero natureza credora.Contas patrimoniais retificadoras so as contas que, por alguma razo, di-

    minuem o valor de outra conta; por exemplo, a depreciao acumulada.As contas retificadoras do ativo tero natureza credora e, nas contas do pas-

    sivo e no patrimnio lquido, elas tero natureza devedora.Saldo da conta o valor lquido da conta, credor ou devedor, de acordo

    com sua natureza, ou seja, a diferena entre total de crdito e total de dbito, considerando-se ainda o saldo inicial do perodo.

    Exerccio

    29. (Cespe Procon RJ 2012) Dentre as alternativas abaixo, aque-la que contm somente contas cujos saldos so de natureza deve-dora :a) Capital, Contas a Pagar e Caixa.b) Salrios, Fornecedores e Mercadorias.c) Aes em Tesouraria, Juros Passivos e Veculos.d) Juros Ativos, Clientes e Mobilirios.e) Duplicatas a Receber, Duplicatas Descontadas e Proviso de

    Frias.

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    3. Lanamentos Contbeis. Mtodo das Partidas Dobradas. Frmulas de Lanamentos

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os lanamentos contbeis, o mtodo das par-tidas dobradas e as frmulas de lanamentos.

    3.2 Sntese

    Lanamento o registro em contas de fato contbil, contas patrimoniais e de resultado ou de ato administrativo, que so as contas de compensao. Por exemplo, quando algum paga uma conta com o dinheiro da empresa, isso um fato contbil, que deve ser registrado.

    O processo de lanamento de atos ou fatos contbeis chamado de escri-turao.

    Existem dois mtodos possveis para a escriturao, mas s um deles acei-to atualmente.

    Mtodo das partidas simples: tambm chamado de unigrafia, em que cada fato contbil registrado com a utilizao de apenas um elemento patrimonial, ou seja, em uma nica conta contbil. Esse mtodo no mais utilizado.

    Mtodo das partidas dobradas: o mtodo atualmente utilizado, em que utilizada mais de uma conta para registrar os fatos contbeis. Esse mtodo foi criado por Luca Pacioli, e tambm chamado de digrafia, porque utiliza pelo menos duas contas para o registro de cada fato con-tbil. Ter pelo menos o dbito em uma conta e o crdito em outra conta.

    Os elementos essenciais dos lanamentos so: local e data; contas debitadas; contas que esto sendo creditadas; histrico; valor do lanamento.

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    Exerccio

    30. Empresa adquiriu um veculo por R$ 9.000,00, pagando a prazo. Assinale a opo que traz o lanamento gerado:a) Debitar banco contas movimento e creditar veculos.b) Creditar veculos.c) Debitar veculos e creditar banco conta movimento.d) Veculos a fornecedores.e) Exigvel em longo prazo.

    4. Frmulas de Lanamentos. Correo de Lanamentos Incorretos

    4.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos as frmulas de lanamentos e a correo de lanamentos incorretos.

    4.2 Sntese

    Frmulas de lanamento nada mais so que modalidades de lanamento, que vo depender do nmero de contas debitadas ou contas creditadas.

    Existem quatro frmulas de lanamento. So elas: lanamento de primeira frmula: h uma conta debitada e uma conta

    creditada. Exemplo: compra de veculo vista, no valor R$ 25.000,00. Desta forma, temos o seguinte:Dbito Veculo R$ 25.000,00Crdito Caixa R$ 25.000,00

    lanamento de segunda frmula: h uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Exemplo: recebimento de duplicata no valor R$ 5.000,00 com juros de 10%. Desta forma, temos o seguinte:Dbito Caixa R$ 5.500,00Crdito Duplicatas a Receber R$ 5.000,00Crdito Juros Ativos R$ 500,00

    lanamento de terceira frmula: h mais de uma conta debitada e so-mente uma conta creditada. Exemplo: pagamento de duplicata de R$ 10.000,00 com juros de 5%. Desta forma, temos o seguinte:

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    Dbito Duplicatas a pagar R$ 10.000,00Dbito Juros passivos R$ 500,00Crdito Caixa R$ 10.500,00

    lanamento de quarta frmula: h mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada: Exemplo: venda vista por R$ 8.000,00 de m-quina de valor original de R$ 10.000,00 e depreciada em R$ 4.000,00. Desta forma, temos o seguinte:Dbito Caixa R$ 8.000,00Dbito Depreciao acumulada R$ 4.000,00Crdito Mquinas e equipamentos R$ 10.000,00Crdito Rec. Alienao bens ativos imob. R$ 2.000,00

    Existem trs formas de corrigir um lanamento feito erroneamente. So eles o estorno, complementao e transferncia.

    Estorno: realiza-se um lanamento inverso, para anular o incorreto Como exemplo de estorno, tem-se:

    Lanamento errado: Dbito Caixa R$ 100,00 e, Crdito Bancos R$ 100,00

    Estorno: Dbito Bancos R$ 100,00 e, Crdito Caixa R$ 100,00 Complementao: complementa-se lanamento feito a maior ou a

    menor.Como exemplo de complementao, tem-se:Deveria ter sido feito o lanamento no valor de R$ 120,00Lanamento errado: Dbito Caixa R$ 100,00 e, Crdito Bancos

    R$ 100,00Complementao: Dbito Bancos R$ 20,00 e, Crdito Caixa R$ 20,00 Transferncia: uso de conta errada. Contador lana erroneamente

    compra a prazo:Dbito Caixa R$ 100,00 e, Crdito Mercadoria R$ 100,00Transferncia: Dbito Fornecedor R$ 100,00 e, Crdito Caixa R$ 100,00

    Exerccio

    31. (Fundep FHEMIG Analista de Gesto 2009) Um lanamento contbil com dbito na conta Veculos e crdito das contas Bancos e Nota Promissria a pagar um lanamento de:a) Primeira frmula.b) Segunda frmula.c) Terceira frmula.d) Quarta frmula.

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    5. Razonetes. Balancetes de Verificao

    5.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os razonetes e os balancetes de verificao.

    5.2 Sntese

    O razonete uma representao grfica dos lanamentos feitos em uma de-terminada conta, normalmente, acompanhados dos saldos inicial e final da conta.

    Seu nome deriva da denominao do Livro Razo, que um livro que controla os saldos em lanamentos feitos em cada conta contbil.

    Possui a forma de um T, onde no lado esquerdo registram-se os dbitos e do direito os crditos feitos na conta.

    Cada conta deve ser representada por seu prprio razonete. Assim, todo lanamento mexer com, no mnimo, dois razonetes.

    Como exemplo de aprendizagem, tem-se:Montar um razonete de Duplicata a Receber de janeiro de 2013, com as

    informaes abaixo:a) saldo da conta em 01/01/2013: R$ 5.000b) recebimento de duplicata: R$ 1.000c) emisso de duplicata contra cliente: R$ 500d) baixa de duplicata no recebida: R$ 1.500

    Duplicatas a Receber

    Saldo Inicial = R$ 5.000 -

    Emisso Duplicata = R$ 500 Recebimento de Duplicata = R$ 1.000

    - Baixa Duplicata no recebida = R$ 1.500

    Saldo Final = R$ 3.000 -

    J o balancete de verificao a relao de todas as contas com o total de lanamentos a dbito feitos em cada conta registrados em uma coluna e o total de lanamentos a crdito em outra.

    Tambm pode ser elaborado somente com o saldo final das contas.Como exemplo de lanamento, tem-se:1) Dbito Caixa R$ 10.000 e Crdito Mercadorias R$ 10.0002) Dbito Mercadorias R$ 3.000 e Crdito Fornecedores R$ 3.0003) Dbito Mquinas e Equipamentos R$ 6.000 e Crdito Notas Pro-

    missrias a Pagar R$ 6.000

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    Contas Dbitos Crditos

    Caixa R$ 10.000 -

    Mercadorias R$ 3.000 R$ 10.000

    Fornecedores - R$ 3.000

    Mquinas e Equipamentos R$ 6.000 -

    Notas Promissrias a Pagar - R$ 6.000

    TOTAL R$ 19.000 R$ 19.000

    Exerccio

    32. (Cespe TER/BA Analista Judicirio Contabilidade 2010) No obrigatrio que o balancete de verificao apresente o total dos lanamentos a crdito igual ao total de lanamentos a dbito.

    6. Plano de Contas. Definio e Estrutura

    6.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a definio e a estrutura do plano de contas.

    6.2 SntesePlano de contas nada mais do que uma lista, uma relao, de todas as

    contas contbeis utilizadas pela entidade em sua contabilidade e que tambm trar a descrio dos procedimentos contbeis que aquela entidade utiliza.

    Cada entidade tem a liberdade de definir quais as contas que utilizar em sua contabilidade.

    A entidade obrigada a ter algumas contas, como a conta caixa, por exem-plo, e outra conta a entidade no obrigada a ter, como a conta duplicatas a receber, por exemplo, pois nem toda empresa trabalhar com esse sistema.

    O objetivo do plano de contas tornar de fcil entendimento, principal-mente para quem no trabalha na empresa, qual a funo de cada conta, quais os procedimentos que a entidade utiliza para registrar determinados fatos con-tbeis, entre outras coisas.

    Todo plano de contas ser composto, no mnimo, por dois elementos: Elenco de Contas: a estrutura do Plano de Contas, a relao orde-

    nada e codificada de todas as contas utilizadas pela entidade. Via de

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    41regra, cada empresa define seu Elenco de Contas. Porm, entidades de setores da economia, sujeitos a um maior controle governamental (como bancos e seguradoras), tm seu Elenco de Contas padronizado pelos rgos de fiscalizao.

    A codificao das contas comea com o grupo e termina na conta, adotan-do-se tantos graus de diviso quantos forem julgados necessrios pela entidade e esses grupos so: Ativo, Passivo, Exigvel, Patrimnio Lquido, Receitas e Des-pesas.

    A entidade tambm pode adotar: Contas de Compensao Credoras e Contas de Compensao Devedoras.

    Exemplo de diviso de grupos:1. Ativo (grupo)1.1. Ativo Circulante1.1.1. Disponibilidades1.1.1.1. Caixa1.1.1.2. Bancos Conta Movimento.1.1.1.2.1. Banco X1.1.1.2.2. Banco Y1.1.1.2.3. Banco Z2. Passivo Exigvel (grupo)2.1. Passivo Circulante2.1.1. Fornecedores2.1.1.1. Fornecedor ABC2.1.1.2. Fornecedor BCD2.1.2. Emprstimos Bancrios2.1.3. Salrios a Pagar Manual de Contas: objetiva explicar o uso correto de conta, trazendo a

    funo de cada uma e seu funcionamento, ou seja, quando ser debita-da e quando ser creditada, e a forma de seu encerramento (como ser o lanamento para zerar a conta).

    Alm do Elenco e do Manual de Contas, a entidade pode acrescentar ao seu Plano de Contas outros elementos, como modelos padronizados de demonstra-es contbeis, por exemplo.

    Exerccio

    33. (Cespe TER/BA Tcnico Judicirio Contabilidade 2010) So partes de um plano de contas: descrio do funcionamento das con-tas, elenco de contas e mtodo de encerramento de contas, entre outras.

  • Captulo 6

    Escriturao

    1. Introduo e Conceito

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos o conceito de escriturao.

    1.2 SnteseA escriturao o registro da ocorrncia de fatos ou atos contbeis, ou seja,

    a escriturao o registro de lanamentos contbeis.A escriturao se d em livros prprios e pode ser feita por vrios sistemas

    diferentes. So eles: Sistema Manual: atualmente, a forma manual no mais utilizada. O

    sistema manual aquele em que os registros dos fatos contbeis nos livros so feitos mo, com utilizao de canta de tinta indelvel (tinta que no pode ser apagada);

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    43 Sistema Maquinizado: neste sistema, os registros so feitos com a uti-

    lizao de mquinas de datilografar convencionais, fichas trplices e papel carbono. Hoje em dia tambm no mais utilizado;

    Sistema Mecanizado: tambm quase no mais usado. Nele, tambm se utilizam mquinas para preencher fichas (voucher), porm, essas m-quinas so mais sofisticadas e feitas especificamente para uso contbil; por exemplo, somadores de dbitos e crditos;

    Sistema Informatizado: tambm chamado de sistema eletrnico, mui-to mais prtico, eficaz e menos sujeito a erros que os outros, utilizando--se do computador para o registro dos fatos contbeis.

    Atualmente, caminha-se para a substituio de todos os registros em papel por registros digitais, o que levar diminuio de gastos, a uma maior seguran-a de dados, e a uma maior eficincia na fiscalizao tributria.

    No emprego de sistema maquinizado, mecanizado ou eletrnico, per-mitido substituir os livros comerciais obrigatrios por formulrios contnuos, folhas soltas, cartes ou fichas, que devero ser devidamente numerados e encadernados.

    Exerccios

    34. Sistema de escriturao em que se utilizam fichas trplices para re-gistro dos fatos contbeis chamado de:a) Sistema Manual.b) Sistema Informatizado.c) Sistema Maquinizado.d) Sistema de Fichas Contbeis.

    35. Atualmente, tem-se assistido utilizao cada vez mais frequente do sistema mecanizado de escriturao, em que os lanamentos cont-beis so feitos por meio da utilizao de mquinas especficas para o trabalho contbil, facilitando o trabalho do profissional.

    2. Sistemas de Escriturao

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os sistemas de escriturao.

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    2.2 SnteseOs livros de escriturao so os documentos onde ficam registrados os lan-

    amentos contbeis e alguns atos administrativos da entidade.Alguns livros de escriturao so exigidos por lei; outros so opcionais; por

    exemplo, o livro Dirio um livro obrigatrio para todas as empresas.A escriturao feita com observncia das formalidades legais faz prova a

    favor do contribuinte dos fatos nela registrados, uma vez comprovados por do-cumentos hbeis.

    importante destacar que a escriturao feita de forma incorreta faz prova contra o contribuinte.

    Os tipos de livros de escriturao so: Livros Fiscais; Livros Sociais; Livros Trabalhistas; Livros Contbeis.Os livros fiscais so aqueles exigidos pelas Administraes Tributrias (Fis-

    co) Federal, Estaduais e Municipais, por meio de legislao especfica de cada uma dessas esferas. So utilizados para controle de tributos.

    A legislao federal exige os livros: Registro de Apurao do IPI: registra dbitos ou crditos de IPI (Impos-

    to sobre Produtos Industrializados) e os saldos que ao final do perodo a empresa tenha a pagar ou a ser ressarcida. Esse livro obrigatrio para contribuintes do IPI.

    Registro do Selo de Controle: obrigatrio somente para as indstrias que fabriquem produtos sujeitos ao uso do selo de controle de IPI, como cigarros e algumas bebidas alcolicas. Esse livro controla o nmero de selos utilizados.

    Livro de Apurao dos Lucros Reais (Lalur): identifica as adies e ex-cluses feitas no lucro contbil para a tributao pelo IRPJ e CSLL, para as empresas que se utilizarem da tributao pelo Lucro Real.

    Registro de Inventrios: obrigatrio para todas as empresas e tem o objetivo de registrar todas as mercadorias em estoques quando do levan-tamento do balano da empresa.

    Registro de Compras: registra as operaes de compra de matrias--primas e mercadorias. Pode ser substitudo pelo Livro de Registro de Entradas, exigido pelos Fiscos Estaduais.

    Exerccio36. Registra os ajustes feitos ao lucro contbil para efeitos de incidncia

    do IRPJ e CSLL o:

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    45a) Livro de Registro de Entradas.b) Livro de Registro de Sadas.c) Livro de Apurao do Lucro Real (Lalur).d) Livro de Controle de Mercadorias e Estoque.e) Livro de Registro de Compras.

    3. Livros de Escriturao

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os livros de escriturao.

    3.2 SnteseOs livros sociais so exigidos das Sociedades Annimas pelo art. 100 da Lei

    n 6.404/78 e no so importantes para fins de tributos ou leis trabalhistas, mas so importantes para o controle dos prprios scios.

    So livros sociais previstos na Lei n 6.404/76: Registro de Aes Nominativas; Transferncia de Aes Nominativas; Registro de Partes Beneficirias Nominativas; Transferncia de Partes Beneficirias Nominativas; Atas das Assembleias Gerais; Presena de Acionistas; Atas das Reunies do Conselho de Administrao (se houver); Atas das Reunies da Diretoria; Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.Os livros sociais s vo registrar acontecimentos que so de interesse dos

    scios e no os de interesse necessariamente da contabilidade.Os livros trabalhistas so exigidos para fins de controle da legislao do

    trabalho, so livros que possuem a relao empregado e patro.Os livros trabalhistas exigidos pela CLT (Consolidao das Leis do Traba-

    lho) so: Livros de Registro de Empregados; e Livro de Inspeo do Trabalho.J os livros contbeis iro registrar eventos que interessam contabilidade,

    ou seja, vo registrar os fatos contbeis.Os livros contbeis podem ser obrigatrios (ex.: livro Dirio) ou facultativos

    (ex.: livros de contas correntes).

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    Os livros obrigatrios podem ser: comuns, onde a lei exige que todas as empresas tenham. Atualmente,

    apenas o livro Dirio obrigatrio a todas as empresas; especficos, que so aqueles obrigatrios para determinadas empresas;

    por exemplo, o livro de Controle de Duplicatas.Ainda, os livros obrigatrios podem ser: principais, que registram todos os fatos contbeis; por exemplo, livro

    Dirio; auxiliares, que registram alguns fatos contbeis somente; por exemplo,

    livro Caixa.Algumas formalidades devem ser seguidas nos livros de escriturao. So elas: Escriturao por contabilista com registro no CRC e obedincia for-

    malidade (tambm chamadas de requisitos) intrnsecas e extrnsecas.As formalidades intrnsecas dizem respeito ao que est escrito no livro, e so

    as seguintes: em idioma e moeda nacional; com respeito s normas do CFC; em obedincia ordem cronolgica; sem intervalos em branco, entrelinhas, borres, rasuras, emendas ou transportes para as margens.

    J as formalidade extrnsecas esto relacionadas apresentao do livro e so duas: necessidade de autenticao do livro pela Junta Comercial (alguns livros esto dispensados de autenticao, como o Razo); lavratura de termos de abertura e encerramento do livro.

    Atualmente, alguns livros empresariais so escriturados digitalmente (Sped Sistema Pblico de Escriturao Digital).

    Alm disso, podem ser substitudos por folhas ou fichas impressas.

    Exerccios

    37. (Cespe TRT 21 Analista 2010) Entre as formalidades intrn-secas da escriturao contbil, consta a obrigao de manter livros sem rasuras, emendas, entrelinhas, borres ou raspaduras, espao em branco, observaes ou escrituras margem.

    38. (Fedese Sefaz/SC Auditor Fiscal da Receita Estadual 2010) O Cdigo Civil estabelece ao empresrio e sociedade empresria a obrigao de seguir um sistema de contabilidade com a escriturao uniforme de seus livros. Afirma tambm que o Livro Dirio o mais importante, e por isso, est sujeito a certas formalidades.a) Livro encadernado com costura, com pginas numeradas meca-

    nicamente.b) Termos de abertura e encerramento, escriturao relatando fiel-

    mente o fato contbil, sendo essa uma formalidade intrnseca.

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    47c) Deve estar rubricado, em todas as pginas, pelo funcionrio da

    Junta Comercial ou do Cartrio com competncia para este fim, e no podem conter nos registros rasuras, borres ou emen-das, sendo essa obrigatoriedade uma formalidade extrnseca.

    d) No pode conter registro nas entrelinhas e margens, intervalos em branco, borres, rasuras, e escriturao deve seguir um m-todo uniforme.

    e) Deve conter a individualizao e clareza dos lanamentos, com os termos de abertura e encerramento assinados pelo comer-ciante e pelo contabilista.

    4. Livros de Escriturao Continuao

    4.1 Apresentao

    Nesta unidade, continuaremos os estudos em relao aos livros de escri-turao.

    4.2 Sntese

    Os principais livros contbeis so: livro Dirio: um livro obrigatrio e principal, que registra todos os

    fatos contbeis em ordem cronolgica de dia, ms e ano. o principal livro contbil e o nico exigido pela legislao contbil;

    livro Razo: um livro facultativo pela legislao comercial (Cdigo Civil) e obrigatrio pela legislao fiscal para empresas que adotam a tributao pelo Lucro Real. um livro principal, como o livro Dirio. No Razo, os fatos so organizados primeiramente por tipo de conta e somente depois (dentro de cada conta) que adotada a ordem cro-nolgica. Em verdade, ele funciona como um conjunto de razonetes, uma para cada conta contbil;

    Lalur: o Lalur um livro obrigatrio s para empresas tributadas pelo Lucro Real. Ele usado para registrar os ajustes feitos ao resultado do exerccio exigidos pela legislao fiscal;

    livro Caixa: via de regra, um livro facultativo e auxiliar (registra so-mente alguns fatos contbeis). Nele so registrados os fatos que envol-vem movimentao financeira, inclusive a bancria. No entanto, um livro obrigatrio para as empresas que optarem pelo Lucro Presumido

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    para o IRPJ e para as optantes do Simples, se no fizerem escriturao contbil na forma da lei comercial;

    livro Contas Correntes: tambm um livro facultativo e auxiliar. Nele so registrados os fatos que envolvam direitos e deveres da empresa, como aqueles relacionados s contas Clientes, Fornecedores e Bancos;

    livro Registro de Duplicatas: um livro obrigatrio para empresas que realizem vendas a prazo emitindo duplicatas. Nele registram-se todas as duplicatas emitidas pela empresa contra clientes.

    Exerccio

    39. (Movens DNPM Tcnico em Contabilidade 2010) Assinale a opo que apresenta a funo do livro contbil denominado Dirio:a) Demonstrar de forma resumida a variao do patrimnio.b) Indicar o lucro bruto do perodo.c) Informar os ajustes de exerccios anteriores.d) Registrar as ocorrncias disciplinares de funcionrios.e) Registrar todas as operaes da empresa na ordem em que

    ocorrem.

  • Captulo 7

    Provises

    1. Conceito

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos o conceito de provises.

    1.2 SnteseO pronunciamento Tcnico CPC 25/2009, do Conselho de Pronuncia-

    mentos Contbeis, define a proviso como sendo um passivo de prazo ou valor incerto, ou seja, a proviso representa um valor que a empresa provavelmente ter que pagar, porm, no sabe ainda o valor exato ou quando dever pag-lo.

    Assim, no existem mais as chamadas provises para 13 salrio, provi-ses para frias, e outras, pois, nesses casos, sabe-se quando os valores tero que ser pagos e quais os seus montantes. Esses valores, por exemplo, passaram a se chamar 13 a pagar e frias a pagar.

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    Como exemplos de proviso tm: a empresa acionada na Justia, perdeu em 1 instncia e provvel

    que perca na segunda instncia. Ela provavelmente ter que desembol-sar valores ao final da ao, mas no sabe quando nem o valor exato. Pode ser reconhecida a proviso;

    empresa de varejo tem por prtica reembolsar clientes insatisfeitos. Com base em sua experincia, calcula que cerca de 2% das vendas te-nham que ser reembolsadas. Pode-se reconhecer proviso para custear os reembolsos.

    De acordo com o CPC 25, para que seja reconhecida a proviso, necess-rio que sejam preenchidos trs condies. So elas:

    a entidade tenha uma obrigao presente (ou provvel, como no caso da ao judicial e dos reembolsos citados como exemplos);

    seja provvel que ser necessria uma sada de recursos para liquidar a obrigao ( mais provvel que sim do que no);

    possa ser feita uma estimativa confivel do valor da obrigao.Na Constituio de proviso, credita-se a conta de proviso correspondente

    e debita-se uma conta de despesa. No clculo, considera-se o possvel valor a pagar e a chance de ocorrer o evento.

    Por exemplo, existem dois processos trabalhistas contra a empresa em que os advogados consideram provvel que a empresa seja obrigada a desembol-sar valores, trazendo a tabela abaixo os desembolsos provveis e chances de ocorrncia:

    Processo Desembolso Provvel Probabilidade de Ocorrncia

    A R$ 100.000 70%

    B R$ 150.000 80%

    Valor proviso: R$ 100.000 x 70% + R$ 150.000 x 80% = R$ 190.000.Desta forma, a constituio da proviso ser da seguinte forma:Dbito Despesas com Proviso para Riscos Trabalhistas (resultado) R$

    190.000Crdito Proviso para Riscos Trabalhistas (conta do passivo) R$ 190.000A realizao da proviso a contabilizao do gasto, que s ocorrer no

    efetivo desembolso, se houver. Na realizao, debita-se a conta de proviso correspondente e credita-se a conta de onde saram os recursos.

    Como exemplo de realizao de proviso tem-se: utilizando-se ainda do exemplo acima, nos processos trabalhistas A e B, a empresa de fato perdeu as aes e teve de desembolsar vista R$ 180.000,00. Nesse caso, a contabilizao ficaria:

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    Proviso para Riscos Trabalhistas

    Saldo Inicial 0,00

    Realizao 180.000 190.000 Constituio

    10.000 Saldo

    Exerccio

    40. (Cesgranrio Petrobras Tcnico Contabilidade 2011) Considere as seguintes afirmativas: No Passivo, no somente so lanadas obrigaes definidas, cer-

    tas e suportadas por documentao que no deixe dvidas quan-to ao valor e data prevista para pagamento.

    Existem Passivos que tambm devem ser registrados, mesmo no tendo data fixada de pagamento ou no contendo expresso exa-ta de seus valores.

    No exigvel, deve ser contabilizada a totalidade das obrigaes, encargos e riscos conhecidos e calculveis.

    As afirmativas acima esto relacionadas ao conceito de:a) Reservas de Capital.b) Reservas de Lucros.c) Provises.d) Patrimnio Lquido.e) Reservas de Capital e Patrimnio Lquido.

    2. Passivos Contingentes

    2.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os passivos contingentes.

    2.2 Sntese

    Em relao proviso tem-se: constituio: que o registro da proviso na contabilidade e ir debitar

    uma conta de despesa e ir creditar a conta de proviso; realizao: ser o pagamento do valor que a empresa iria pagar. Debita-

    -se a previso e credita ou caixa ou outras contas de onde sai o dinheiro;

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    reverso: quando sobra um saldo na proviso, ou seja, quando sobra um valor daquele em que a empresa achava que deveria pagar.

    Aps realizao da proviso (desembolso dos valores), pode restar um saldo, pelo fato de o valor pago ter sido maior que o previsto, ou a proviso pode nem chegar a se realizar, no ocorrer a situao que motivou sua contabilizao.

    Retomado o exemplo que foi utilizado em aula anterior, a empresa pro-visionou R$ 190,00 para pagamento de processos trabalhistas, mas pagou R$ 180.000,00 restando um saldo na conta de proviso de R$ 10.000,00.

    Nesse caso, pode ser feita a Reverso da proviso, se no houver outras aes trabalhistas contra a empresa com grande probabilidade de perda.

    A reverso feita da seguinte forma: Dbito Proviso para Riscos Trabalhistas R$ 10.000 Crdito Receita com Reverso Provises R$ 10.000O Razonete, neste caso, seria da seguinte forma:

    Proviso para Riscos Trabalhistas

    Saldo Inicial 0.00

    Realizao 180.000 Constituio 190.000

    Reverso 10.000

    Saldo Final 0.00

    Segundo o CFC, Passivo Contingente : uma obrigao possvel (mas no provvel) cuja existncia ser confir-

    mada pela ocorrncia ou no de eventos incertos; uma obrigao presente, mas cuja sada de recursos no seja provvel; ou uma obrigao presente, mas acerca da qual no se possa fazer uma

    estimativa confivel de valor.Assim, as formas de distinguir proviso de passivo contingente referem-se: probabilidade de necessidade de pagamento (na proviso, a chance de

    ter que pagar maior do que no ter que pagar, no passivo contingente, o oposto);

    possibilidade de se realizar uma estimativa confivel sobre o valor que dever ser eventualmente pago (se no for possvel fazer uma estimativa confivel, tratar-se- de um passivo contingente).

    H duas observaes importantes em relao ao passivo contingente. So elas:

    1) os passivos contingentes no so contabilizados, mas somente devem aparecer nas notas explicativas anexas s demonstraes contbeis;

    2) se o desembolso de recursos for muito pouco provvel (remoto), no ser considerado passivo contingente, ou seja, o passivo contingente pode ser pouco provvel, mas no remoto.

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    Exerccio

    41. (FCC TER/SP Analista Judicirio 2012) A reverso, no exerccio corrente, de um saldo no utilizado de uma proviso constituda no exerccio anterior tem como contrapartida uma conta:a) Patrimonial redutora do passivo.b) De receita.c) Patrimonial redutora do ativo.d) De despesa diferida.e) De despesa.

    3. Ativos Contingentes e Perdas Estimadas no Ativo

    3.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos os Ativos Contingentes e perdas estimadas no ativo.

    3.2 Sntese

    Ativo Contingente um ativo possvel que resulta de eventos passados e cuja existncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no de eventos futu-ros incertos no totalmente controlados pela entidade.

    Assim, o Ativo Contingente o oposto do Passivo Contingente, pois repre-senta um ganho possvel, ao passo que o Passivo Contingente representa um desembolso de recursos possvel.

    Os Ativos Contingentes no so registrados, pois podem no vir a se rea-lizar. Porm, devem aparecer nas notas explicativas, com a descrio da sua natureza, o valor potencial e a expectativa da companhia sobre a sua eventual realizao. No entanto, quando a realizao do ganho quase certa (extre-mamente provvel), no se trata de Ativo Contingente, e o reconhecimento (contabilizao) do ganho adequado.

    Como exemplo dessa situao, tm-se os valores registrados na conta IR a Compensar. Nesse caso, a empresa somente poder usar tais valores se tiver lucro em algum exerccio posterior. Como altamente provvel que isso ve-nha a ocorrer (ainda que no necessariamente no prximo ano), os valores so reconhecidos.

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    Outro exemplo: determinada empresa move, em 2010, ao judicial contra um de seus fornecedores, no valor de R$ 1 milho. Em 2012, ganha em pri-meira instncia: R$ 1 milho deve ser considerado como Ativo Contingente, e como tal, s deve aparecer em notas explicativas.

    Em 2015, a empresa ganha em segunda instncia, mas ainda cabe recurso: R$ 1 milho (mais sua eventual correo) ainda deve ser considerado como Ativo Contingente, pois a empresa ainda pode perder a ao.

    Em 2016, o processo termina com a vitria da empresa: o valor deve, agora sim, ser registrado no Ativo da empresa como um direito (deixa de ser um Ativo Contingente), mesmo que a empresa ainda no tenha recebido o valor, pois extremamente provvel que a empresa o receba.

    Em relao s perdas estimadas no Ativo, j vimos que, de acordo com o pronunciamento tcnico do CPC, a expresso provises s se aplica a passi-vos de prazo incerto ou valor indeterminado.

    Assim, no se fala mais em proviso, em se tratando de componente do Ativo, usando-se o termo perdas estimadas, contudo, os conceitos so semelhantes.

    Perdas estimadas so registradas quando houver alta probabilidade de que ocorra diminuio no valor realizvel de ativos.

    Essas perdas so registradas em contas retificadoras do Ativo, sendo conta-bilizadas a dbito de contas de despesas.

    Entre as perdas estimadas do Ativo mais comuns, temos: Perda Estimada em Crdito de Liquidao Duvidosa (PECLD): ante-

    riormente denominada Proviso para Crdito de Liquidao Duvidosa (PCLD);

    Perda Estimada em Estoques; Perda Estimada por Reduo ao Valor Recupervel.

    Exerccios

    42. (Cespe Correios Analista de Correios Contador) A divulgao de um passivo contingente feita no grupo de passivos no circu-lantes.

    43. Sobre Ativos Contingentes, assinale a alternativa correta:a) Devem ser contabilizados no Ativo da entidade, em obedincia

    aos princpios da prudncia e da oportunidade.b) Representam valores que devero ser pagos pela entidade no

    exerccio seguinte.c) Representam ganhos possveis da entidade no futuro.d) Sua divulgao em notas explicativas facultativa.

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    55e) No existe a possibilidade de que os ativos contingentes sejam

    reclassificados, no exerccio seguinte, para direitos de entidade a serem registrados no Ativo.

    4. Perda Estimada em Crditos de Liquidao Duvidosa (PECLD)

    4.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a Perda Estimada em Crditos de Liquida-o Duvidosa (PECLD).

    4.2 Sntese

    So trs as perdas estimadas do Ativo e uma delas a Perda Estimada em Crditos de Liquidao Duvidosa (PECLD).

    A Perda Estimada em Crditos de Liquidao Duvidosa (PECLD) conta retificadora dos valores a receber de clientes (normalmente de Duplicatas a Receber), que traduz a perda estimada por inadimplncia dos pagadores.

    H dois critrios distintos que podem ser utilizados para a apurao da PECLD:

    Critrio das Perdas Esperadas: por esse critrio das perdas esperadas, calcula-se a perda de acordo com sua experincia anterior, com o saldo de Duplicatas a Receber e com o nvel de risco dos clientes. Exemplo:

    Clientes Duplicatas a Receber Percentual de PECLD PECLD

    Risco A 100.000 1% 1.000

    Risco B 200.000 1.5% 3.000

    Risco C 300.000 2% 2.000

    TOTAL PECLD 6.000

    Critrio das Perdas Efetivas: a empresa s vai reduzir aqueles valores que de fato no devem ser recebidos porque ou o cliente est falido ou o cliente j est sendo cobrado, entre outras coisas. o nico aceito pela legislao do Imposto de Renda (se utilizado o critrio das perdas esperadas, o valor das despesas de reconhecimento das perdas dever ser adicionado ao lucro real). De acordo com a lei, s so dedutveis da base de clculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuio sobre o

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    Lucro Lquido (CSLL) despesas com perdas em crditos de clientes em algumas situaes, como:

    declarao de falncia do devedor; operao vencida h determinado tempo.A contabilizao das Perdas Estimadas com Crditos de Liquidao Duvi-

    dosa feito a dbito de conta de despesa com PECLD (uma despesa de ven-das), contra conta prpria de PECLD (retificadora de Duplicatas a Receber). Exemplo:

    ContabilizaoDbito Despesas com PECLD 5.000,00Crdito PECLD 5.000,00No balano, teremos:Duplicatas a Receber 100.000,00PECLD (5.000,00)

    Exerccio

    44. (Esaf MDIC Analista de Comrcio Exterior 2012) A empre-sa X, em 31 de dezembro, tem crditos normais, sem garantias especficas de recebimento, no montante de R$ 60.000,00. Deve, portanto, constituir uma proviso para risco de crdito.No seu livro Razo h um saldo remanescente da Proviso para De-vedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00.A nova proviso dever ser contabilizada razo de 3% dos crditos sob risco, o que, neste balano, far a empresa suportar uma despesa no valor de:a) R$ 770,00.b) R$ 800,00.c) R$ 1.770,00.d) R$ 1.800,00.e) R$ 2.800,00.

    5. Perda Estimada em Estoques (PEE)

    5.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a Perda Estimada em Estoques (PEE).

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    5.2 Sntese

    Estoques so os bens da empresa registrados no Ativo Circulante, como: bens mantidos para venda no curso normal dos negcios; bens em processo de produo para venda; bens na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou

    transformados no processo de produo ou na prestao de servios.Embora os estoques sejam inicialmente registrados pelo valor de custo (re-

    gistro pelo valor original), seu valor deve ser sempre revisto, sendo que, em cada balano, tais bens devem assumir o menor, dentre os seguintes valores:

    valor do custo de aquisio (valor da transao original); ou valor realizvel lquido: valor que seria possvel obter-se com a venda do

    bem de estoque.Se o valor realizvel lquido for menor do que o custo de aquisio (que

    o valor pelo qual ele foi originalmente registrado), o bem dever ser reavaliado.A Perda Estimada em Estoque uma conta retificadora de Estoques, tendo,

    portanto, natureza credora.A contabilidade da Perda feita a crdito de conta prpria e a dbito de

    conta de despesa. Exemplo:Dbito Despesas com PEE 3.000,00Crdito PEE 3.000,00No balano teremos, por exemplo:Estoques 80.000,00PEE (3.000,00)

    Exerccio

    45. No encerramento do exerccio, uma empresa identificou os seguin-tes dados sobre o valor de suas matrias-primas:Valor Aquisio: 100.000Valor Recupervel: 80.000Neste caso:a) No dever fazer qualquer ajuste, em respeito ao Princpio do

    Registro pelo Valor Original.b) No dever fazer qualquer ajuste, em razo do fato de o valor de

    aquisio ser maior do que o valor recupervel.c) Dever fazer uma reavaliao de seu estoque de matrias-primas

    adotando como valor dos mesmos R$ 80.000,00, o que impacta-r negativamente o resultado do exerccio em R$ 20.000,00.

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    d) Dever fazer uma reavaliao do seu estoque de matrias-primas, adotando como valor os mesmos R$ 80.000,00, o que impactar negativamente o resultado do exerccio em R$ 20.000,00.

    e) Dever reavaliar suas matrias-primas para R$ 100.000,00.

    6. Perda Estimada por Reduo ao Valor Recupervel

    6.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos a Perda Estimada por Reduo ao Valor Recupervel.

    6.2 SnteseA Perda Estimada por Reduo ao Valor Recupervel semelhante Perda

    Estimada em Estoque. Porm, enquanto esta se aplica aos bens de estoque, aquela se aplica aos bens do Ativo Imobilizado ou Intangvel.

    Assim, como ocorre com os estoques, os bens imobilizados e intangveis no devem ser avaliados por um valor maior do que seu valor realizvel, ou seja, eles sempre estaro registrados pelo valor de aquisio (menos depreciao) ou pelo valor realizvel, o que for menor. A diferena, no entanto, encontra-se na definio de valor recupervel. Isso porque, nos bens do estoque, o valor recu-pervel o valor de venda do bem e, nos bens imobilizados e intangveis, esse valor dado pelo maior valor entre:

    Valor justo lquido de despesa de venda: obtido pela venda do bem en-tre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. Exemplo: empresa tem mquina que vale R$ 120.000, mas, para vend-la, precisa gastar R$ 20.000 com a desinstalao. Valor justo l-quido: R$ 100.000.

    Valor em uso: valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que de-vem advir de um ativo. o valor de receita que seria obtido com produ-tos ou servios gerados pelo uso do bem, at sua completa depreciao, descontados os custos de produo dos bens ou servios. Exemplo: em-presa prev que a mquina produzir 3.000 produtos/ano, durante cinco anos, quando estar totalmente depreciada, totalizando 15.000 itens.

    Custo de cada produto: R$ 10,00Valor de venda do produto: R$ 18,00Valor em uso = 15.000 x (18 10) = R$ 120.000,00

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    Exerccio

    46. Empresa possui uma mquina registrada em seu Ativo Imobilizado pelo valor de R$ 110.000, com uma depreciao acumulada de R$ 20.000.Em 31/12/XXXX, a empresa levantou os seguintes dados: Valor mercado mquina: R$ 120.000. Despesas com venda mquina: R$ 40.000. Receitas de produtos com a mquina at total depreciao: R$

    100.000. Despesas com fabricao desses produtos R$ 30.000.Pergunta-se: qual valor deve ser dado mquina no balano de 31/12/XXXX?

  • Captulo 8

    Depreciao

    1. Conceito de Depreciao

    1.1 Apresentao

    Nesta unidade, estudaremos o conceito de deprec