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    Desenho Tcnico

    Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

    Juiz de Fora - 2013

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    Presidente d a FIEMG

    Olavo Machado Jnior

    Diretor Region al do SENAILcio Jos de Figueiredo Sampaio

    Geren te de Edu cao Pro fis si on al

    Edmar Fernando de Alcntara

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    Sumrio

    1 - Material necessrio para Desenho Tcnico ......................................................................... 5

    2 - Unidades de medidas ........................................................................................................... 6

    3 - Sistema Mtrico ................................................................................................................... 6

    4 - Desenho Tcnico Mecnico................................................................................................ 7

    5 - Como elaborado um desenho tcnico. .............................................................................. 7

    6 - Figuras geomtricas planas .................................................................................................. 8

    7 - Slidos geomtricos ............................................................................................................. 8

    8 - Escalas ................................................................................................................................. 9

    9 - Tipos de Linhas ................................................................................................................. 12

    10 - Formatos .......................................................................................................................... 15

    11 - Dobramento da Folha ...................................................................................................... 16

    12 - Caligrafias Tcnica .......................................................................................................... 16

    13 - Legenda ........................................................................................................................... 18

    14 - Modelo de Formato A4................................................................................................. 19

    15 - Perspectivas Isomtrica .................................................................................................. 20

    16 - Projeo Ortogrfica ........................................................................................................ 25

    17 - Cotagem ........................................................................................................................... 35

    18 - Smbolos .......................................................................................................................... 38

    19 - Linhas de Centro e Simetria ............................................................................................ 39

    20 - Hachura ............................................................................................................................ 40

    21 - Corte ................................................................................................................................ 42

    22 - Linha de corte .................................................................................................................. 4523 - Tipos de corte .................................................................................................................. 46

    24 - Corte Total ....................................................................................................................... 46

    25 - Corte Composto (Corte em Desvio) ................................................................................ 49

    26 - Meio-Corte....................................................................................................................... 52

    27 - Corte-Parcial .................................................................................................................... 54

    28 - Sees .............................................................................................................................. 56

    29 - Ruptura (Encurtamento) .................................................................................................. 61

    30 - Omisso de Corte............................................................................................................. 64

    31 - Vista Auxiliar .................................................................................................................. 67

    32 - Rotao de Detalhes Oblquos ......................................................................................... 70

    33 - Supresso de Vistas ......................................................................................................... 72

    34 - Tolerncia Dimensional ................................................................................................... 74

    35 - Tolerncia Geomtrica .................................................................................................... 80

    36 - Estado de Superfcie ........................................................................................................ 83

    37 - Desenhos Complexos de Conjuntos Mecnicos .............................................................. 87

    38 - Desenho de vista explodida ............................................................................................. 88

    39 - Referncias Bibliogrficas ............................................................................................... 92

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    Prefcio

    Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade doconhecimento.

    Peter Drucker

    O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos osperfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo,

    coleta, disseminao e uso da informao.

    O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas, sabe disso, econsciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a gide do conceito dacompetncia: formar o prof iss ional com responsabi l idade no processoprod ut ivo, com inic iat iva na resoluo d e pro blemas, com con hecimentostcn ico s apro fun dado s, f lexibi l idad e e criat ivi dade, empr eended ori smo eco ns cinc ia da n ecess idade d e edu cao c on tinuad a.

    Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento, na sua rea tecnolgica,amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao se faz necessria.Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia, da conexo de suasescolas rede mundial de informaes internet- to importante quanto zelar pelaproduo de material didtico.

    Isto porque, nos embates dirios, instrutores e alunos, nas diversas oficinas elaboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiaisdidticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos.

    O SENAIdeseja, por meio dos diversos materiais didticos, aguar a sua curiosidade,

    responder s suas demandas de informaes e construir links entre os diversosconhecimentos, to importantes para sua formao continuada !

    Gerncia d e Edu cao Pro fis si onal

    DESENHO TCNICO

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    1 - Material necessrio para Desenho Tcnico

    1Rgua de 30 cm 2Compasso

    3Lpis B ou Lapiseira de 0.5 mm 4Borracha Macia

    5Folha de papel A4 6Jogo de Esquadro

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    Compassos

    Os compassos so instrumentos utilizados para traar arcos de circunferncias,circunferncias e transportar medidas.

    Existem vrios tipos de compassos, sendo os mais comuns os apresentadosabaixo:

    A ponta da grafita deve estar sempre um pouco mais curta que a outra e deveser chanfrada, para maior perfeio dos traados.

    Para traar arcos e circunferncias, d-se ao compasso uma abertura igual aoraio desejado, com o auxlio da rgua graduada, executa-se o traado a partir de umponto dado, apoiando a ponta seca do compasso no mesmo, auxiliado pelo dedo.Gire-o no sentido horrio.

    2 - Unidades de medidas

    Medir comparar uma dada grandeza com outra de mesma espcie, tomadacomo referncia. Para medir, precisa-se conhecer a unidade de grandeza a seradotada. Entende-se por unidade um determinado valor em relao ao qual outrosso comparados. No Brasil, adotado o metro como a unidade de medida (sistemamtrico).

    3 - Sistema Mtrico

    O sistema mtrico foi implantado no Brasil pela Lei Imperial n 1137, no dia 26de junho de 1862. A unidade de medida utilizada normalmente no sistema mtrico ometro, e o sistema decimal. Atualmente, o padro do metro em vigor no Brasil uma recomendao do INMETRO, baseado na velocidade da luz, de acordo comdeciso da 17 conferncia Geral dos Pesos e Medidas de 1983. O INMETRO definiuo metro como o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vcuo, durante ointervalo de tempo de 1/299.792.458 de segundo.

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    4 - Desenho Tcnico Mecnico

    Nestes desenhos, asrepresentaes foram feitas por meio detraos, smbolos, nmeros e indicaes

    escritas, de acordo com as normastcnicas. No Brasil, a entidaderesponsvel pelas normas tcnicas aABNT (Associao Brasileira de NormasTcnicas).

    5 - Como elaborado um desenho tcnico.

    s vezes, a elaborao do desenho tcnico mecnico envolve o trabalho devrios profissionais. O profissional que planeja a pea o engenheiro ou projetista.Primeiro ele imagina como a pea deve ser, depois representa suas idias por meio

    de um esboo, isto , um desenho tcnico mo livre. O esboo serve de base paraa elaborao do desenho preliminar. O desenho preliminar corresponde a uma etapaintermediria do processo de elaborao do projeto, que ainda pode sofrer alteraes.

    Depois de aprovado, o desenho que corresponde soluo final do projetoser executado pelo desenhista tcnico. O desenho tcnico definitivo, tambmchamado de desenho para execuo, contm todos os elementos necessrios suacompreenso. O desenho para execuo, que tanto pode ser feito na prancheta comono computador, deve atender rigorosamente a todas as normas tcnicas que dispemsobre o assunto.

    O desenho tcnico mecnico chega pronto s mos do profissional que vaiexecutar a pea. Este profissional deve ler e interpretar o desenho para que possaexecutar a pea. Quando o profissional consegue ler e interpretar corretamente odesenho tcnico, ele capaz de imaginar exatamente como ser a pea, antesmesmo de execut-la. Para tanto, necessrio conhecer as normas tcnicas em queo desenho se baseia e os princpios de representao da geometria descritiva.

    Portanto, o conhecimento de Desenho Tcnico indispensvel a todos aquelesque necessitam executar tarefas que sejam manuteno de mquinas, ajustagem,tornearia, marcenaria, eletricidade, etc.

    No Brasil, a ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - Padronizou asnormas que fixam as condies gerais que devem ser observadas na execuo dosdesenhos tcnicos e representaes convencionais.

    O nosso objetivo estudar e exercitar a linguagem universal do desenhotcnico, a fim de express-la e escrev-la com clareza, bem como interpret-laquando escrita por outrem. O objetivo do estudo de desenho preparao daquelesque iro orientar-se por meio do desenho, na escola e na vida profissional, dando-lhescondies de:

    - Ler e interpretar, com clareza, desenhos tcnicos de sua especialidade, deacordo com as normas da ABNT;

    - Executar traados a mo livre e com instrumentos bsicos, como forma deexpresso de sua tcnica.

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    6 - Figuras geomtricas planas

    Uma figura qualquer plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo

    plano. A seguir voc vai recordar as principais figuras planas. Algumas delas vocter de identificar pelo nome, pois so formas que voc encontrar com muitafreqncia em desenhos mecnicos. Observe a representao de algumas figurasplanas de grande interesse para nosso estudo:

    7 - Slidos geomtricos

    Voc j sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano.Quando uma figura geomtrica tem pontos situados em diferentes planos, temos umslido geomtrico.Analisando a ilustrao abaixo, voc entender bem a diferena entre uma figuraplana e um slido geomtrico.

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    8 - Escalas

    Escala a razo existente entre as medidas no papel de desenho e as medidasreais do objeto. A palavra ESCALA pode ser abreviada na forma ESC.

    Quando for usada mais de uma escala na folha de desenho, alm da escalageral, estas devem estar indicadas junto identificao do detalhe ou a vista a que sereferem; na legenda, deve constar a escala geral.

    A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questo so parmetros para aescolha do formato da folha de desenho. A escala escolhida deve permitir umainterpretao fcil e clara da informao representada.

    As escalas de desenho podem ser:

    Natural Ampliao Reduo

    Tipo de escala Notao da escala(ABNT)

    Emprego

    Escala natural 1:1Em desenho de objetos que sorepresentados em seu tamanho real.

    Escalas de reduo

    1:2

    1:5

    1:10

    Usadas para o desenho de objetos degrandes dimenses

    Escalas de ampliao

    2:1

    5:1

    10:1

    Usadas para desenho de objetos depequenas dimenses

    NOTAAs escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas razo de 10

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    Escala de Reduo

    Escala de Ampliao

    Escala de Reduo

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    9 - Tipos de Linhas

    Nota: Se forem usadas linhas diferentes, os seus significados devem serexplicadas no respectivo desenho ou por meio de referncia s normas especficascorrespondentes.

    Se ocorrer coincidncia de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem serobservados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade:

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    10 - Formatos

    Esta Norma padroniza as caractersticas dimensionais da folhas em branco epr-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos tcnicos. Esta normaapresenta tambm o leiaute da folha do desenho tcnico com vistas.

    Formato de papel

    As folhas de desenho podem ser utilizadas tanto na posio horizontal como navertical.

    O formato bsico do papel, designado por A0 (A zero), e o do retngulo de ladosmedindo 841mm e 1189mm, tendo a rea de 1m2. Do formato bsico, derivam osdemais formatos.

    Formatos:

    Formato Especial

    Sendo necessrio formato fora dos padres estabelecidos, recomenda-se aescolha dos formatos de tal que largura ou o comprimento corresponda ao mltiplo ousubmltiplo do formato padro.

    Designao Dimenses

    A0 841 X 1189

    A1 594 x 841

    A2 420 x 594

    A3 297 x 420

    A4 210 x 297

    A5 148 x 210

    A6 105 x 148

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    11 - Dobramento da Folha

    Sendo necessrio o dobramento de folhas, o formato final deve ser o A4, demodo a deixar visvel o quadro destinado legenda e facilitar o arquivamento empastas.

    O dobramento das folhas pode ser efetuado da seguinte maneira:

    Formato A3(297 x 420)

    Formato A2(594 x 420)

    12 - Caligrafias Tcnica

    O primeiro requisito para o traado das letras a forma correta de segurar o lpis oua lapiseira. A presso deve ser firme e uniforme sobre o lpis.

    As letras e os algarismos normalizados, verticais e inclinados, so mostrados aseguir.

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    13 - Legenda

    A posio da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal formaque contenha a identificao do desenho (nmero de registro, ttulo, origem, etc.);deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadashorizontalmente como na vertical.

    A direo da leitura da legenda deve corresponder do desenho.A legenda deve ter 178mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175mm

    nos formatos A1 e A0.

    Margem e quadro

    Margens so limitadas pelo contorno externo da folha e o quadro. O quadrolimita o espao para o desenho.

    As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter asdimenses constantes na tabela abaixo em mm.

    Obs: A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento

    Formato Margem Largura da linha doquadro, conforme NBR 8403

    Esquerda Direita Superior Inferior

    A0 25 10 10 10 1,4

    A1 25 10 10 10 1,0

    A2 25 7 7 7 0,7

    A3 25 7 7 7 0,5

    A4 25 7 7 7 0,5

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    14 - Modelo de FormatoA4

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    15 - Perspectivas Isomtrica

    aquela que representa as dimenses dos objetos, segundo trs eixosisomtricos. O ngulo formado entre os trs eixos de 120, pois isomtrico significamedidas iguais. Os trs eixos so divergentes, sendo que um deles situa-se naposio vertical e outros dois formam ngulos de 30 com horizontal, partindo um

    para cada lado.

    A perspectiva isomtrica classificada em:

    Perspectiva isomtrica de objetos com superfcies planas; Perspectiva isomtrica de objetos cilndricos.Perspectiva isomtrica de objetos com superfcies planas

    Nesta perspectiva, os trs eixos coincidem com trs das arestas do objeto. Asarestas paralelas do objeto so traadas, nessa perspectiva, por meio de linhasparalelas aos eixos.

    Nesta situao, as medidas das faces do objeto so desenhadas em VG(verdadeira grandeza).

    Perspectiva isomtrica de objetos cilndricos

    Esta perspectiva apresenta as mesmas caractersticas da perspectiva isomtricaanterior. Um detalhe importante que as circunferncias do objeto, em perspectiva,so representadas por meio de elipses.

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    Exerccio: Esboce a perspectiva isomtrica do prisma auxiliar utilizando as medidasaproximadas do comprimento, largura e altura do prisma com rebaixo. Um lembrete:aproveite o reticulado da direita para praticar.

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    Desenhem as perspectivas isomtricas das peas abaixo, usando o prisma.

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    1Exerccio. Faa a Perspectiva IsomtricaEscala 1:1

    2Exerccio. Faa a Perspectiva IsomtricaEscala 1:1

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    3Exerccio. Faa a Perspectiva IsomtricaEscala 1:1

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    16 - Projeo Ortogrfica

    Em desenho, chama-se projeo de um objeto a sua representao grfica numplano, onde se procura reproduzir a sua forma exata, com todas as suas dimenses.

    Tendo o objeto trs dimenses e o plano de representao somente duas, necessrio um artifcio tcnico que possibilite tal operao.

    Em projeo ortogrfica deve-se imaginar o observador localizado a uma distanciainfinita do modelo. Por essa razo, apenas a direo de onde o observador estavendo o modelo ser indicada por uma seta, como mostra a ilustrao abaixo:

    Cada diedro e uma regio limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Osdiedros so numerados no sentido anti-horrio, isto , no sentido contrrio ao domovimento dos ponteiros do relgio.

    Atualmente, a maioria dos pases que utilizam o mtodo mongeano (Gaspar Monge)adota a projeo ortogrfica no 1 diedro. No Brasil, a ABNT define como 1 diedro arepresentao ortografica.

    Primeiro diedro

    Terceiro diedro

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    O desenho tcnico utiliza o chamado slido envolvente, que um paraleleppedocomposto pelos planos pertencentes aos diedros (PL, PV e PH) e com o propsito depossibilitar seis projees para uma exata visualizao de alguns objetos.

    As projees nestes planos so chamadas de vistas ortogrficas e estorepresentadas na figura abaixo:

    Conforme o plano em que esto representadas, as vistas so denominadas como:a) Plano vertical - vista de frente ou elevao;b) Plano horizontal - vista de superior ou planta;c) Plano lateral - vista lateral esquerda

    Para obter as vistas ortogrficas de um objeto, conveniente fazer uma anlisecriteriosa do mesmo, a fim de definir a melhor posio para a vista de frente, que deve

    ser:a) Aquela que mostre a forma mais caracterstica do objeto.b) Aquela que indique a posio de trabalho do objeto, ou seja, como ele encontrado, isoladamente ou num conjunto.c) Em ltimo caso, escolhe-se a posio que mostre a maior dimenso do objeto epossibilite o menor nmero de linhas invisveis nas outras vistas.

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    Observe a perspectiva isomtrica do modelo e desenhe a mo livre, suas vistasortogrficas, a partir das indicaes ao lado.

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    Complete as projees abaixo.

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    Analise as perspectivas e esboce ao lado, as vistas ortogrficas correspondentes. Aseta indica avista frontal.

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    Encontre a relao entre a vista frontal e a vista superior dos desenhos abaixo

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    Encontre a relao entre a vista frontal e a vista lateral esquerda dos desenhos abaixo

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    4Exerccio. Faa as Vistas Ortogonais - Escala 1.5 : 1A seta indica vistade frente.

    5Exerccio. Faa as Vistas Ortogonais - Escala 1:1A seta indica vista defrente.

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    6Exerccio. Faa as Vistas Ortogonais - Escala 1 : 1, a vista frontal a vista quemostra todos os furos na sua forma circular.

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    17 - Cotagem

    Para a execuo de uma pea, necessrio fornecer no desenho, junto com aforma, as dimenses do objeto a ser fabricado. Estes dados, imprescindveis execuo, serviro tambm para a verificao da obra, por meio do chamado controlede qualidade.

    As dimenses mostradas no desenho tcnico recebem o nome de cotas e atcnica de lan-las chamada de cotagem ou dimensionamento.A cotagem dos desenhos tem por objetivos principais determinar o tamanho e

    localizar exatamente os detalhes da pea.

    Para a cotagem de um desenho, so necessrios trs elementos:

    Linhas de cota Linhas de chamada ou auxiliarValor numrico da cota

    As linhas de extenso, de espessura fina e trao contnuo, ficam ligeiramenteafastados do desenho, e tem funo de mostrar o que est sendo medido.

    O valor numrico da cota colocado por cima ou numa interrupo da linha decota, prtica comum nos desenhos mecnicos. O valor da dimenso normalmenteem milmetros ou em outras unidades indicadas na legenda do desenho.As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para adireita e de baixo para cima, paralelamente dimenso cotada.

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    As circunferncias so cotadas pelos dimetros, de cinco maneiras diferentes.

    S

    18 - Smbolos

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    19 - Linhas de Centro e Simetria

    Nos desenhos em que aparecem as superfcies curvas utilizado um novo tipo delinha, composta de traos e pontos que denominada linha de centro. As linhas decentro so usadas para indicar os eixos em corpos de rotao e tambm paraassinalar formas simtricas secundrias. As linhas de centro so representadas portraos finos separados por pontos (o comprimento do trao da linha de centro deveser de trs a quatro vezes maiores que o trao da linha tracejada). a partir da linhade centro que se faz a localizao de furos, rasgos e partes cilndricas existentes naspeas. Os desenhos da Figura 2.35 mostram aplicaes das linhas de centro.

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    20 - Hachura

    Em desenhos de corte, as partes secionadas dos objetos so distinguidas por meio

    de hachuras (linhas finas paralelas que, nas projees ortogonais em cortes, soinclinadas a 45Oem relao s linhas principais do contorno ou eixos de simetria).

    Observe o exemplo abaixo; nele as hachuras distinguem claramente as partes queforam cortadas.

    Nos desenhos de conjunto, peas adjacentes devem figurar com hachuras diferindopela direo ou pelo espaamento. As hachuras tambm so empregadas paraidentificar de que material a pea ser executada

    Nas sees delgadas (finas), em vez de hachuras, utiliza-se a cor preta.

    Havendo vrias peas delgadas adjacentes, as separaes so indicadas por linhasde luz, em branco.

    Exemplo: Juntas, perfis laminados etc.

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    Convenes complementares

    Hachura padronizada Hachura so linhas paralelas (que nas projeesortogonais em cortes so indicadas por linhas inclinadas a 45) empregadas pararepresentar as partes cortadas.

    Nos cortes mostrados at agora, foi usada a hachura que indica qualquermaterial metlico, conforme estabelece a norma NBR 12.298/1991, das ABNT.

    Conhea agora outros tipos de hachuras usadasopcionalmente para representar materiais especficos, quando necessrio paramelhor clareza do desenho.

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    21 - Corte

    Denomina-se corte a projeo que se obtm ao selecionar um objeto por umplano vertical ou horizontal.

    Os cortes tm por finalidade mostrar os detalhes internos dos objetos e facilitar acotagem.

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    Sequncia para cortar uma pea:

    Corta-se o objeto por um plano secante imaginrio mostrando na vistaortogrfica a sua trajetria por meio de uma linha trao-ponto grossa nasextremidades e na mudana de direo, acompanhada de duas letras e setas, quedeterminam a posio do observador;

    Remove-se a parte do objeto situada entre o observador e o plano secante;A superfcie selecionada, chamada seo, ser hachurada, e demais linhas seromostradas, com exceo das invisveis.

    Planos de corte

    Plano de corte horizontal - O plano de corte horizontal obtido quando seseciona um objeto por um plano horizontal, paralelo ao plano da base do objeto. Aprojeo dos detalhes internos da parte inferior do objeto o corte horizontal.

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    Plano de corte vertical

    - O plano de corte vertical subdivide-se em:

    Plano de corte longitudinal: o plano que seciona os objetos no sentido docomprimento

    Plano de corte transversal o plano que seciona os objetos no sentido da

    largura.

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    22 - Linha de corte

    O plano de corte indicado no desenho por meio de linha grossa, com trao e ponto,denominada de linha de corte. O corte indicado numa vista e representado em

    outra. Havendo necessidade de registrar no desenho o sentido em que observada alinha de corte, este indicado por setas nos extremos da linha de corte.

    Quando houver necessidade de identificarmos uma vista em corte e o respectivoplano, empregamos letras maisculas repetidas ou em seqncia (AA,BB, AB, CD,

    etc.), colocadas ao lado das setas nos extremos da linha de corte,escrevendo-se taisletras junto a vista em corte correspondente, como no exemplo abaixo.

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    23 - Tipos de corte

    24 - Corte Total- O corte total ocorre quando a pea cortada imaginariamente,

    em toda sua extenso. Deve ficar claro que, para o traado da vista em corte,imaginamos retirada a parte da pea que impedia a viso; porm, para o traado dasoutras vistas, a referida parte considerada como no retirada.

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    Assinale com um X as vistas ortogrficas, em corte, que correspondem ao modelo em

    perspectiva com indicao de dois planos de corte.

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    25 - Corte Composto (Corte em Desvio)

    ParalelosConcorrentesSucessivos

    Certos tipos de peas, como as representadas abaixo, por apresentarem seuselementos internos fora de alinhamento, precisam de outra maneira de se imaginar ocorte.

    O tipo de corte usado para mostrar elementos internos fora de alinhamento o corte composto, tambm conhecido como corte em desvio.

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    7Exerccio. Faa as Vistas Ortogonais, Frontal e Lateral Esquerda com corteComposto, Cote as vistas, Escala 1:1.

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    26 - Meio-Corte

    empregado no desenho de peas simtricas, onde metade aparece em corte ea outra metade em vista externa.

    O meio-corte aplicado em apenas metade da extenso da pea. Somente empeas ou modelos simtricos longitudinal e transversalmente, que podemos

    imaginar o meio-corte. O meio-corte devera ser feito da seguinte forma, quando alinha de simetria for vertical devera ser feito o meio corte do lado direito do desenho,quando a linha dessimetria for horizontal devera ser feito na parte inferior do desenho.

    Exerccio 1Imagine que a pea abaixo sofreu meio-corte, vista superior. Complete, no desenhotcnico, a vista atingida pelo corte.

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    8) Exerccio. Faa as vistas ortogonais em Meio Corte na Vista FrontalEscala 1:1

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    27 - Corte-Parcial

    o corte usado para mostrar apenas um detalhe da pea.

    No desenho, este corte delimitado por uma linha sinuosa, chamada de ruptura.

    A representao dos detalhes internos feita apenas nesta parte que foidelimitada, permanecendo as linhas de contorno e arestas no visveis nas partes noatingidas pelo corte parcial.

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    Exerccio:

    Analise o desenho em perspectiva e desenhe a lateral esquerda , o corte parcialcorrespondentes.

    Analise o desenho em perspectiva e desenhe a vista frontal e o corte parcialcorrespondentes.

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    28 - Sees

    Transversais Rebatidas

    Em alguns casos, a nica maneira segura de representar as formas das seestransversais de determinados objetos passar planos secantes perpendiculares aoseixos das sees e rebat-los, a fim de efetuar com preciso a cotagem.

    As sees indicam, de modo prtico e simples, o perfil ou partes de pea,evitando, assim, vistas desnecessrias.

    Veja as ilustraes abaixo.

    As sees so representadas em trs situaes:

    Seo Fora da Vista Seo Sobre a Vista; Seo interrompendo a Vista.

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    Seo Fora da Vista

    Nas sees fora da vista, o desenho da seo representado ao lado da vistado objeto.

    Neste caso, indica-se sobre a vista, por meio da linha de corte, a posio emque o objeto foi secionado.

    Seo Sobre a Vista

    Neste caso, o desenho da seo representado em cima da prpria vista.

    Seo na Interrupo da Vista

    Aqui desenho da seo representado no meio da vista do objeto. Para isto,

    interrompe-se a representao da vista, antes e depois do desenho da seo.

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    Sees enegrecidas

    Quando a rea da seo a de um perfil de pouca espessura, ao invs de serepresentarem as hachuras, o local enegrecido. As sees enegrecidas tantopodem ser representadas fora das vistas como dentro das vistas, ou, ainda,interrompendo as vistas. Veja um exemplo de cada caso.

    Exerccio:

    Observe a perspectiva em corte de uma pea e, ao lado, sua representao em vistaortogrfica, faca uma seo sobre a vista.

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    Analise a perspectiva com indicao do plano de corte e represente, no quadriculado,a seo enegrecida.

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    Analise as vistas ortogrficas e escreva:

    (C) para as que apresentam corte

    (S) para as que apresentam seo

    Analise a perspectiva em corte e complete, na vista ortogrfica, a representao daseo dentro da vista.

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    29 - Ruptura (Encurtamento)

    Rupturas so representaes convencionais utilizadas para o desenho de peasque, devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhoraproveitamento de espao no desenho e melhor visualizao de seus detalhes.

    Quando empregamos rupturas, estamos retirando da vista uma parte do objeto.

    S se emprega ruptura nas partes que detalhes que no necessitam ser mostradopara facilitar a interpretao do objeto.

    As rupturas ocorrem em quatro situaes:

    Em objetos planos paralelos; Em objetos trapezoidais; Em objetos cilndricos; Em objetos cnicos.

    Em objetos planos paralelos

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    Em objetos cilndricos

    a) Em eixos e barras redondas

    b) Em tubos

    c) Em objetos cnicos

    Representao do encurtamento no desenho tcnico

    Nas representaes com encurtamento, as partes imaginadas cortadas so limitadaspor linhas de ruptura, que so linhas contnuas estreitas, desenhadas a mo-livre.

    Nos desenhos tcnicos confeccionados a mquina, pode-se optar pela linha contnuaestreita em ziguezague para representar os encurtamentos.

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    Exerccio:

    As vistas ortogrficas abaixo mostram uma pea onde foi imaginado umencurtamento. Complete a representao do encurtamento utilizando a linhaapropriada.

    Analise o modelo em perspectiva e represente a seo na vista frontal e oencurtamento na vista superior, no desenho tcnico.

    Assinale com um X as peas que podem ser representadas com encurtamento.

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    30 - Omisso de Corte

    Omisso quer dizer falta ausncia. Nas representaes com omisso de corte, ashachuras so parcialmente omitidas. Usadas em Orelhas, Nervuras, Brao de Polia,Brao de Engrenagem e Dente de Engrenagem.

    Analisando o prximo exemplo, voc vai entender as razoes pelas quais certoselementos devem ser representados com omisso de corte. Compare as duasescoras, a seguir.

    A escora da esquerda inteiramente slida, macia. J escora da direita, comnervura, tem uma estrutura mais leve, com menos quantidade de partes macias.Imagine as duas peas secionadas no sentido longitudinal.

    Como voc v as reas atingidas pelo corte so semelhantes. Para diferenciar asvistas ortogrficas das duas peas, de modo a mostrar qual das duas tem estruturamais leve, a pea com nervura deve ser representada com omisso de corte. Veja.

    Note que, embora a nervura seja uma parte macia, ela foi representada no, desenhotcnico sem hachuras. Na vista em corte, as hachuras da nervura foram omitidas.Representando a nervura com omisso de corte no se fica com a impresso de que

    a pea com nervura. to macia quanto outra.

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    Exerccio:

    Assinale com um X os desenhos tcnicos com omisso de corte.

    Analise a perspectiva e represente as hachuras onde for necessrio, nas vistasortogrficas da pea.

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    9Exerccio. Faa as Vistas Ortogonais em Corte Total, na vista frontal. Escala 1:1,a seta indica a vista frontal.

    - Corte Total na vista frontal

    - Todos os furos so passantes

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    31 - Vista Auxiliar

    A verdadeira forma de uma superfcie s mostrada em vistas principais se estasuperfcie for paralela a um dos planos de projeo (verdadeira grandeza).

    Em muitos casos, entretanto, o objeto ter uma ou mais faces inclinadas, cujas

    formas verdadeiras, para a fabricao, desejvel ou necessrio representar.Quando isto ocorre, lana-se mo das chamadas vistas auxiliares, que so

    projees em verdadeira grandeza, obtidas por meio de planos auxiliares de projeo.Se a superfcie inclinada se projeta numa das vistas principais, segundo uma linha,isto significa que ela perpendicular ao plano da vista.

    Usa-se, no caso, um plano auxiliar, paralelo referida linha, e, em seguida,rebate-se o mesmo sobre o plano da vista.

    Exemplo

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    Observe o desenho em perspectiva abaixo e complete o traado da vista auxiliar nodesenho tcnico.

    Analise a perspectiva e complete a vista auxiliar e a vista superior.

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    32 - Rotao de Detalhes Oblquos

    Certas peas que tem superfcies obliquais, em relao aos planos de projeo, porconveno o, so representadas por meio de outro tipo especial de projeoortogrfica: a projeo com rotao.

    A rotao de partes obliqua possibilita evitar a distoro e o encurtamento queresultariam de uma projeo ortogrfica normal. Nem todas as peas que tem partesobliquais, podem ser representadas em projeo com rotao. Apenas as peas compartes obliquais, associadas a um eixo de rotao, podem ser representadas comrotao de parte da pea. Veja alguns exemplos de peas que precisam desse tipo derepresentao.

    A fim de evitar o encurtamento da figura, por ocasio da projeo, os detalhesinclinados sofrem rotao, de modo a serem projetados sem deformaes.

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    Analise as vistas ortogrficas abaixo e indique N nas que mostram projeo normal eR nas que mostram projeo com rotao.

    Analise as vistas ortogrficas e assinale com X a(s) que esta (o) representada(s)com rotao de partes.

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    33 - Supresso de Vistas

    Quando representamos uma pea pelas suas projees, usamos as vistas que melhoridentificam suas formas e dimenses. Podemos usar trs ou mais vistas, comotambm podemos usar duas vistas e, em alguns casos, at uma nica vista. Nosexemplos abaixo esto representadas peas com duas vistas. Continuar havendo

    uma vista principal (vista de frente, no caso), e escolhida como segunda vista aquelaque melhor complete a representao da pea.

    Nos exemplos abaixo esto representadas peas por meio de uma nica vista. Nestetipo de projeo indispensvel o uso de smbolos.

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    Empregando uma vista, desenhe as peas apresentadas.

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    34 - Tolerncia Dimensional

    Unidade de medida de tolerncia - ABNT/ISO

    A unidade de medida adotada no sistema ABNT/ISO o micrometro, tambm

    chamado de mcron. Ele equivale a milionsima parte do metro, isto e, se dividirmos ometro em 1 milho de partes iguais, cada uma vale 1 mcron. Sua representao dada pela letra grega ( mi ) seguida da letra m. Um mcron vale um milsimo demilmetro: 1mm = 0,001 mm. Nas tabelas de tolerncias fundamentais, os valores dequalidades de trabalho so expressos em micros. Nas tabelas de ajustesrecomendados todos os afastamentos so expressos em micros.

    Interpretao de tolerncias no sistema ABNT/ISOQuando a tolerncia vem indicada no sistema ABNT/ISO, os valores dosafastamentos no so expressos diretamente. Por isso, necessrio consultartabelas apropriadas para identific-los.

    Para acompanhar as explicaes, voc deve consultar as tabelas apresentadas nofinal desta aula. Partes dessas tabelas esto reproduzidas no decorrer da instruo,para que voc possa compreender melhor o que estamos apresentando.

    AfastamentosOs afastamentos so desvios aceitveis das dimenses nominais, para mais oumenos, que permitem a execuo da pea sem prejuzo para seu funcionamento eintercambiabilidade. Eles podem ser indicados no desenho tcnico como mostra ailustrao a seguir:

    Tolerncia

    Tolerncia a variao entre a dimenso mxima e a dimenso mnima. Para obt-la,alculamos a diferena entre uma e outra dimenso. Acompanhe o clculo datolerncia, no prximo exemplo.

    : Dimenso mxima Dimenso mnima20,00 20,00+ 0,28 + 0,1520,28 20,15

    Dimenso mxima: 20,28Dimenso mnima: 20,15

    Tolerncia: 0,13Na cota 20 +0,28 +0,15 , a tolerncia 0,13 mm (treze centsimos de milmetro).

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    Interpretao de tolerncias no sistema ABNT/ISSO

    Quando a tolerncia vem indicada no sistema ABNT/ISO, os valores dosafastamentos no so expressos diretamente. Por isso, necessrio consultartabelas apropriadas para identific-los.Para acompanhar as explicaes, voc deve consultar as tabelas apresentadas no

    final desta aula. Partes dessas tabelas esto reproduzidas no decorrer da instruo,para que voc possa compreender melhor o que estamos apresentando. Observe oprximo desenho tcnico, com indicao das tolerncias:

    O dimetro interno do furo representado neste desenho 40 H7. A dimenso nominaldo dimetro do furo 40 mm. A tolerncia vem representada por H7; a letramaiscula H representa tolerncia de furo padro; o nmero 7 indica a qualidade detrabalho, que no caso corresponde a uma mecnica de preciso.A tabela que corresponde a este ajuste tem o ttulo de: Ajustes recomendados -sistema furo-base H7. Veja, a seguir, a reproduo do cabealho da tabela.

    A primeira coluna - Dimenso nominal - mm - apresenta os grupos de dimenses de 0at 500 mm. No exemplo, o dimetro do furo 40 mm. Esta medida situa-se no grupode dimenso nominal entre 30 e 40. Logo, os valores de afastamentos que nosinteressam encontram-se na 9 linha da tabela, reproduzida abaixo:

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    Na segunda coluna - Furo - vem indicada a tolerncia, varivel para cada grupo dedimenses, do furo base: H7. Volte a examinar a 9 linha da tabela, onde se encontraa dimenso de 40 mm; na direo da coluna do furo aparecem os afastamentos dofuro: 0 (afastamento inferior) e + 25 (afastamento superior). Note que nas tabelas quetrazem afastamentos de furos o afastamento inferior, em geral, vem indicado acimado afastamento superior. Isso se explica porque, na usinagem de um furo, parte-se

    sempre da dimenso mnima para chegar a uma dimenso efetiva, dentro dos limitesde tolerncia especificados. Lembre-se de que, nesta tabela, as medidas estoexpressas em m crons. Uma vez que 1mm = 0,001 mm, ento 25 mm = 0,025 mm.Portanto, a dimenso mxima do furo : 40 mm + 0,025 mm = 40,025 mm, e adimenso mnima 40 mm, porque o afastamento inferior sempre 0 no sistemafuro-base.Agora, s falta identificar os valores dos afastamentos para o eixo g6. Observenovamente a 9 linha da tabela anterior, na direo do eixo g6. Nesse ponto soindicados os afastamentos do eixo: -25 -9 O superior - 9mm, que o mesmo que -0,009 mm. O afastamento inferior - 25 mm, que igual a - 0,025 mm. Acompanhe oclculo da dimenso mxima do eixo:

    Dimenso nominal: 40,000Afastamento superior: - 0,009Dimenso mxima: 39,991

    E agora veja o clculo da dimenso mnima do eixo:

    Dimenso nominal: 40,000Afastamento inferior: - 0,025Dimenso mnima 39,975

    Finalmente, comparando os afastamentos do furo e do eixo conclumos que estaspeas se ajustaro com folga, porque o afastamento superior do eixo menor que oafastamento inferior do furo. No exemplo demonstrado, o eixo e o furo foramajustados no sistema furo base, que o mais comum. Mas quando o ajuste

    representado no sistema eixo-base, a interpretao da tabela semelhante. o quevoc vai ver, a seguir.

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    A dimenso nominal do eixo igual dimenso nominal do furo: 70 mm. A tolernciado furo J7 e a tolerncia do eixo h6. O h indica que se trata de um ajuste nosistema eixo-base. Ento, para identificar os afastamentos do eixo e do furo, vocdever consultar a tabela de Ajustes recomendados sistema eixo-base h6. A tabelade ajustes recomendados no sistema eixo-base semelhante tabela do sistemafuro-base. O que a diferencia so as variaes das

    tolerncias dos furos.

    Primeiro, precisamos identificar em que grupo de dimenses se situa a dimensonominal do eixo. No exemplo, a dimenso 70 encontra-se no grupo entre 65 e 80 (12linha). A seguir, basta localizar os valores dos afastamentos correspondentes ao eixoh6 e ao furo J7, nessa linha. Veja:

    A leitura da tabela indica que, quando a dimenso do eixo-base encontra-se no grupode 65 a 80, o afastamento superior do eixo 0mm e o inferior - 19mm. Para o furode tolerncia J7, o afastamento superior + 18 mm e o afastamento inferior -12mm.

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    35 - Tolerncia Geomtrica

    A execuo da pea dentro da tolerncia dimensional no garante, por si s, umfuncionamento adequado. Veja um exemplo.A figura da esquerda mostra o desenho tcnico de um pino, com indicao das

    tolerncias dimensionais. A figura da direita mostra como ficou a pea depois deexecutada, com a indicao das dimenses efetivas.

    Note que, embora as dimenses efetivas do pino estejam de acordo com a tolernciadimensional especificada no desenho tcnico, a pea real no exatamente igual pea projetada. Pela ilustrao voc percebe que o pino est deformado.

    No suficiente que as dimenses da pea estejam dentro das tolernciasdimensionais previstas. necessrio que as peas estejam dentro das formasprevistas para poderem ser montadas adequadamente e para que funcionem semproblemas. Do mesmo modo que praticamente impossvel obter uma pea real comas dimenses nominais exatas, tambm muito difcil obter uma pea real comformas rigorosamente idnticas s da pea projetada. Assim, desvios de formasdentro de certos limites no chegam a prejudicar o bom funcionamento das peas.

    Quando dois ou mais elementos de uma pea esto associados, outro fator deve serconsiderado: a posio relativa desses elementos entre si. As variaes aceitveisdas formas e das posies dos elementos na execuo da pea constituem astolerncias geomtricas.Interpretar desenhos tcnicos com indicaes de tolerncias geomtricas o quevoc vai aprender nesta aula. Como se trata de um assunto muito complexo, serdada apenas uma viso geral, sem a pretenso de esgotar o tema. O aprofundamentovir com muito estudo e com a prtica profissional.

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    Exerccio:Analise o desenho e assinale com um X os tipos de tolerncias indicados.

    a) ( ) Batimento;b) ( ) Paralelismo;c) ( ) Inclinao;d) ( ) Simetria.

    No desenho tcnico abaixo, preencha o quadro de tolerncia sabendo que atolerncia aplicada de cilindricidade e o valor da tolerncia de dois centsimos demilmetro.

    Analise o desenho tcnico e complete as frases.

    a) A tolerncia aplicada neste desenho de .................;.b) O valor da tolerncia de ...............;

    c) Os elementos de referncia so as cotas ........ e .......... .

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    36 - Estado de Superfcie

    A produo de uma pea, ou de um objeto qualquer, parte sempre de um corpo bruto

    para, passo a passo, chegar ao estado acabado. Durante o processo de fabricao, omaterial bruto sofre transformaes de forma, de tamanho e de propriedades.

    A pea pronta deve ficar de acordo com o seu desenho tcnico. Voc j sabe que odesenho tcnico traz informaes sobre as caractersticas geomtricas edimensionais da pea. Voc j aprendeu, tambm, que certos desvios de tamanho ede forma, dentro de limites de tolerncia estabelecidos no desenho tcnico, soaceitveis porque no comprometem o funcionamento da pea. Mas, em algunscasos, para garantir a perfeita funcionalidade da pea, necessrio especificar,tambm, o acabamento das superfcies, isto , a aparncia final da pea e aspropriedades que ela deve ter. As informaes sobre os estados de superfcie soindicadas, no desenho tcnico, atravs de simbologia normalizada.

    Indicao de estado de superfcie no Brasil

    No Brasil, at 1984, a NBR6402 indicava o acabamento superficial por meio de umasimbologia que transmitia apenas informaes qualitativas. Esta simbologia, que hojese encontra ultrapassada, no deve ser utilizada em desenhos tcnicos mecnicos.Entretanto, importante que voc a conhea, pois pode vir a encontr-la emdesenhos mais antigos.

    Veja a seguir, os smbolos de acabamento superficial e seu significado.

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    A norma NBR 8404/84 define 12 classes de rugosidade, que correspondem adeterminados desvios mdios aritmticos (Ra) expressos em mcrons (mm). Veja, natabela reproduzida a seguir, as 12 classes de rugosidade e os desvioscorrespondentes.

    A norma ABNT NBR-8404 normaliza a indicao do estado de superfcie emdesenho tcnico por meio dos seguintes smbolos.

    Smbolos sem indicao de rugosidade.

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    Smbolos com indicaes complementares: estes smbolos podem sercombinados entre si ou com outros smbolos apropriados, dependendo do casoespecfico.

    Disposio das indicaes de estado de superfcie

    Cada uma das indicaes de estado de superfcie representada em relao aosmbolo, conforme as posies a seguir:

    Relembre o que cada uma das letras indica:

    a - Valor da rugosidade Ra, em mm, ou classe de rugosidade N 1 a N 12;b - Mtodo de fabricao, tratamento ou revestimento da superfcie;c - Comprimento da amostra para avaliao da rugosidade, em mm;dDireo predominante das estrias;

    e - Sobremetal para usinagem (mm).

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    Analise o prximo exemplo, com indicao de estado de superfcie e depois resolva oexerccio.

    Escreva nas lacunas, as informaes solicitadas:

    a) Classe de rugosidade:.......................

    b) Processo de fabricao:....................

    c) Comprimento da amostra: ......................

    d) Direo das estrias:...........................

    e) Sobremetal p/usinagem:.................

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    37 - Desenhos Complexos de Conjuntos Mecnicos

    Neste captulo, representaremos os desenhos de conjunto, detalhes e vistaexplodida, a fim demonstrar a forma, as dimenses e a posio com que as peas deuma mquina ou equipamento so fabricadas.

    Desenho de conjunto

    O desenho de conjunto, como o prprio nome indica, a representao demquinas, equipamentos ou dispositivos com suas peas ou componentes montados,mostrando a posio de cada um no conjunto.

    Os desenhos de conjunto podem ser representados em projees ortogonais ou

    em perspectivas. Veja o exemplo em fusveis com segurana Diazed.

    Desenho de conjunto em

    posio ortogonal

    Desenho de conjunto

    em perspectiva

    Desenho de detalhes

    So desenhos de peas isoladas, dando uma descrio completa e exata decada componente da mquina, equipamento ou dispositivo.

    Desenho de detalhe em

    projeo ortogonal

    Desenho de detalhe

    em perspectiva

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    38 - Desenho de vista explodida

    um desenho que mostra as peas ou componentes de mquinas oudispositivos, como se estivessem desmontados, porm fazendo correspondncia sposies de cada detalhe do conjunto.

    Desenho de vista explodida em projees ortogonais

    Desenho de vista explodida em perspectiva

    H varias maneiras de se identificar os detalhes para a montagem de umconjunto. Veremos aqui as mais usuais.

    1. Com a vista explodida, temos os detalhes das peas na posio de

    funcionamento. O desenho de conjunto completa a representao da montagem.

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    2. A representao de um subconjunto de equipamento, por meio de uma linhagrossa, com seta na vista explodida, mostra-nos outro detalhes no visveis noconjunto.

    3. Representao dos detalhes, com os nomes de cada pea.

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    4. Identificao dos detalhes por nmeros e, junto ao desenho, uma legendaindicando as posies, quantidades e denominaes de cada componente.

    Motores trifsicos

    Posio Quant. Denominao Posio Quant.

    Denominao

    200 1 Conjunto rotor completo 640 4 Haste

    300 1 Conjunto extrator completo 671 1 Chaveta

    330 1 Carcaa 704 4 Rebite

    360 1 Tampa da caixa de ligao 751 1 Rolamento dianteiro

    400 1 Tampa dianteira 752 1 Rolamento traseiro

    410 1 Tampa traseiro 755 1 Arruela de presso

    500 1 Ventilador 911 1 Placa de identificao

    603 8 Porca hexagonal

    611 2 Parafuso de fixao datampa da caixa de ligao

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    39 - Referncias Bibliogrficas

    Telecurso 2000 - Desenho Tcnico

    Senai MG - Apostilas de Desenho Tcnico


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