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CURSO DE CONHECIMENTOS BANCRIOSAULA 01CONCEITO E ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)

Conceito de SFN Conjunto de agentes que se dedicam ao trabalho de propiciar condies para a manuteno de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores (Assaf Neto, 2001, in Mercado Financeiro).

APLICAO Operao Ativa

Poupadores

Tomadores

IFsCAPTAO Operao Passiva

No SFN, esto reunidos os poupadores, os tomadores e os intermediadores de recursos. Quando uma instituio financeira (IF) capta recursos de poupadores, ela est fazendo uma operao passiva. Por sua vez, quando uma IF aplica os recursos captados, repassando-os aos tomadores, ela est fazendo uma operao passiva. Captando ou aplicando recursos, uma IF est desempenhando uma atividade que lhe tpica. A intermediao financeira. Observe que a figura acima mostra uma IF entre poupadores e tomadores de recursos.

Conceito de Instituio Financeira (IF) A Lei 4.595/64 (Lei que definiu o atual SFN), conceitua instituies financeiras como: as pessoas jurdicas pblicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessria a coleta, intermediao ou aplicao de recursos financeiros prprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de propriedade de terceiros (Art.17).

Estrutura do SFN

Conforme o prprio Banco Central do Brasil, o SFN est estruturado da seguinte forma:Orgos normativos Entidades supervisoras Operadores

Conselho Monetrio Nacional CMN

Instituies financeiras Demais Outros Banco Central do captadoras instituies intermedirios Brasil - Bacen de financeiras financeiros e depsitos administradores vista de recursos de Comisso de Bolsas de terceiros Bolsas de Valores mercadorias valores Mobilirios - CVM e futuros Superintendncia Entidades de Seguros Sociedades Sociedades abertas de Privados - Susep de seguradoras previdncia capitalizao IRB-Brasil complementar Resseguros Entidades fechadas de previdncia complementar (fundos de penso)

Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP

Conselho de Secretaria de Gesto da Previdncia Previdncia Complementar Complementar SPC - CGPC

Fonte: Banco Central do Brasil. Disponvel no site: www.bcb.gov.br

Observem que o quadro acima, segrega o SFN em 3 grandes grupos: os rgos normativos, as entidades normativas e os operadores. Cada rgo normativo tem suas entidades supervisoras que os auxilia na superviso dos operadores. Note que a estrutura no se limita as instituies financeiras propriamente ditas, mas abrange o mercado de seguros, capitalizao e os planos de previdncia privados, sejam abertos ou fechados. Os rgos normativos so os entes superiores dentro de cada subdiviso do SFN. So a instncia decisria e no tm estrutura fsica. So geralmente, entes polticos. As entidades supervisoras so rgos do Governo que implementam e fazem cumprir as decises dos rgos normativos dentro do SFN. Como se ver podem ser constitudos na forma de autarquias, empresas pblicas ou secretrias. Os operadores so as entidades e empresas que operam no SFN, segundo as regras definidas, seja na legislao, seja pelos rgos normativos e entidades supervisoras. Como demonstrado so os bancos, financeiras, corretoras, bolsas, seguradoras etc.

EXERCCIOS1. (BACEN - 2000) Na estrutura do SFN, o Subsistema Operativo, que tem por funo operacionalizar a transferncia de recursos entre poupador para o tomador, inclui a) bancos de investimento. b) sociedades de crdito, financiamento e investimento. c) bancos mltiplos sem carteira comercial ou de crdito imobilirio. d) cooperativas de crdito. e) bancos comerciais. RESPOSTA: TODOS OS ITENS SO VERDADEIROS.

2. Uma instituio financeira segundo a Lei 4.595 aquela que realiza as seguintes funes, exceto: a) Coleta de recursos. b) Emisso de carto de crdito. c) Intermediao financeira. d) Custdia de valores de terceiros. e) Aplicao de recursos. RESPOSTA: O ITEM B A RESPOSTA CORRETA.

3. Na estrutura do SFN, as bolsas de supervisionadas pelo (s): a) CGSP. b) SPC e Susep. c) Bacen, Susep e CMN. d) CMN, CVM e Bacen. e) CNSP, Bacen e CVM.

valores so

normatizadas e

RESPOSTA: O ITEM D A RESPOSTA CORRETA.

4. Quando realizando: a) Uma b) Uma c) Uma d) Uma e) Uma

uma instituio financeira capta recursos junto a populao, est custdia de valores. prestao de servios. operao passiva. operao ativa. operao terceirizada.

RESPOSTA: O ITEM C A RESPOSTA CORRETA.

5. Uma seguradora para funcionar no Brasil, observa obrigatoriamente as regras emitidas pelo: a) CMN e CNSP. b) CNSP e IRB. c) CNSP e Bacen d) CNSP e CVM e) CNSP e Susep. RESPOSTA: O ITEM E A RESPOSTA CORRETA.

AULA 02OS RGOS NORMATIVOS DO SFN So 3 os rgos normativos do SFN: O Conselho Monetrio Nacional CMN; O Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP; e O Conselho de Gesto da Previdncia Complementar - CGPC

Para fins de estudo e avaliao de conhecimento preciso saber a composio, a funo e as entidades subordinadas a cada um destes conselhos: O CONSELHO MONETRIO NACIONAL composto por 3 representantes: O ministro da Fazenda, o ministro do Planejamento, Oramento e Gesto e o Presidente do Banco Central do Brasil. A presidncia deste conselho cabe ao Ministro do Planejamento. So funes do CMN, dentre outras: 1. Adaptar o volume dos meios de pagamento s reais necessidades da economia nacional. 2. Regular o valor interno da moeda. 3. Regular o valor externo da moeda. 4. Orientar a aplicao dos recursos das instituies financeiras pblicas ou privadas, de forma a garantir condies favorveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional. 1. 5.Propiciar o aperfeioamento das instituies e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar mais eficiente o sistema de pagamento e mobilizao de recursos. 5. Zelar pela liquidez e pela solvncia das instituies financeiras. 6. Coordenar as polticas monetrias, creditcia, oramentria, fiscal e da dvida pblica interna e externa. O CMN utiliza a estrutura do Bacen para normatizar e acompanhar o mercado financeiro, que abrange bancos, financeiras, cooperativas de crdito, caixas econmicas, empresas de arrendamento mercantil (leasing) etc. Utiliza, ainda, a Comisso de Valores Mobilirios (CVM) para realizar a superviso do mercado de ttulos e valores mobilirios, abrangendo as bolsas de valores e de mercadorias e futuros, as corretoras, distribuidores etc.

O CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS Atualmente o CNSP composto de 6 membros, quais sejam:

1. Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de Presidente; 2. Superintendente da Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP), na qualidade de Vice-Presidente; 3. Representante do Ministrio da Justia; 4. Representante do Banco Central do Brasil; 5. Representante do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social; 6. Representante da Comisso de Valores Mobilirios. So funes do CNSP, dentre outras: 1. Fixar as diretrizes e normas da poltica de seguros privados; 2. Regular a constituio, organizao, funcionamento e fiscalizao dos que exercerem atividades subordinadas a este Conselho, bem como a aplicao das penalidades previstas; 3. Estipular ndices e demais condies tcnicas sobre tarifas, investimentos e outras relaes patrimoniais a serem observadas pelas Sociedades Seguradoras; 4. Fixar as caractersticas gerais dos contratos de seguros; 5. Fixar normas gerais de contabilidade e estatstica a serem observadas pelas Sociedades Seguradoras; 6. Delimitar o capital do IRB e das Sociedades Seguradoras, com a periodicidade mnima de dois anos, determinando a forma de sua subscrio e realizao; 7. Estabelecer as diretrizes gerais das operaes de resseguro; e 8. Disciplinar as operaes de cosseguro, nas hipteses em que o IRB no aceite resseguro do risco ou quando se tornar conveniente promover melhor distribuio direta dos negcios pelo mercado O utiliza a estrutura da Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP), e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) para normatizar e acompanhar o mercado de seguros, que abrange seguradoras, empresas de capitalizao e os fundos abertos de previdncia complementar.

O CONSELHO DE GESTO DA PREVIDNCIA COMPLEMENTAR (CGPC)

composto por 8 conselheiros, a seguir descritos: 1. o ministro da Previdncia Social (presidente), 2. o Secretrio da Previdncia Complementar, 3. um representante da Secretaria da Previdncia Social, 4. um representante do Ministrio da Fazenda, 5. um representante do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, 6. um representante dos patrocinadores e instituidores de entidades fechadas de previdncia complementar 7. um representante das entidades fechadas de previdncia complementar, e

8. um representante dos participantes assistidos das entidades fechadas de previdncia complementar So funes do CGPC, dentre outras: 1. estabelecer as normas gerais complementares legislao e regulamentao aplicvel s entidades fechadas de previdncia complementar, em consonncia com os objetivos da ao do Estado discriminados no art. 3 da Lei Complementar n 109, de 2001; 2. estabelecer regras para a constituio e o funcionamento da entidade fechada, reorganizao da entidade e retirada de patrocinador; 3. normatizar a transferncia de patrocnio, de grupo de participantes, de planos e de reservas entre entidades fechadas; 4. determinar padres para a instituio e operao de planos de benefcios, de modo a assegurar sua transparncia, solvncia, liquidez e equilbrio financeiro; 5. normatizar novas modalidades de planos de benefcios; 6. estabelecer normas complementares para os institutos da portabilidade, do benefcio proporcional diferido, do resgate e do autopatrocnio, garantidos aos participantes; 7. estabelecer normas especiais para a organizao de planos institudos; 8. determinar a metodologia a ser empregada nas avaliaes atuariais; 9. estabelecer regras para o nmero mnimo de participantes ou associados de planos de benefcios; O CGPC utiliza a estrutura da Secretaria da Previdncia Complementar (SPC) para normatizar e acompanhar os fundos fechados de previdencia complentar (conhecidos como fundos de pensao).

EXERCCIOS1. (BACEN 2000) O Conselho Monetrio Nacional (CMN) composto pelo ministro da Fazenda, pelo ministro do Planejamento e Oramento e pelo presidente do BACEN e tem como principais atribuies a) expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a serem observadas pelas instituies financeiras. b) delimitar o capital mximo das instituies financeiras. c) estabelecer limites para as alquotas de tributos federais (imposto de renda, contribuio social, PIS etc.) aplicveis s instituies financeiras autorizadas a funcionar no pas. d) determinar recolhimentos compulsrios e encaixes obrigatrios de depsitos vista, do total dos depsitos e/ou outros ttulos contbeis das instituies financeiras. Resposta: letras a e d verdadeiras. Demais letras so falsas. 2. (BB - 2001) Em 1964, foi institudo o CMN, no contexto da reforma bancria realizada por meio da Lei 4.595/1964. poca, o CMN era integrado pelo

ministro da Fazenda, que o presidia; pelo presidente do BB, pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico; por seis membros nomeados pelo Presidente da Repblica e aprovados pelo Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputao e notria capacidade em assuntos econmico-financeiros, com mandato de seis anos, podendo ser reconduzidos. Podiam, ainda, participar das reunies o ministro da Indstria e Comrcio e o ministro para Assuntos de Planejamento e Economia. O CMN teve sua composio modificada diversas vezes, a ltima em 1995. Dos seus integrantes originais, ainda permanece(m) como membro(s) componente(s) a) o ministro da Fazenda. b) o presidente do BB. c) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico, hoje denominado Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social. d) seis membros nomeados pelo Presidente da Repblica, aps aprovao pelo Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputao e notria capacidade em assuntos econmico-financeiros, atualmente com mandato de quatro anos. e) o ministro da Indstria e Comrcio, hoje denominado ministro do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio. Resposta: Somente a letra a verdadeira. 3. (BB/2003) O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um representante do(a) a) Ministrio da Fazenda, escolhido entre os membros do segundo escalo. b) Ministrio da Previdncia e Assistncia Social. c) Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP), o qual exerce a funo de presidente desse conselho. d) Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. e) Comisso de Valores Mobilirios (CVM), o qual exerce a funo de presidente-substituto desse conselho. Resposta: Somente a letra b verdadeira. 4. (BB - 2001) O Decreto-lei n. 73, de 21/11/1966, instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), composto por diversas organizaes pblicas e privadas. A respeito desse sistema, julgue os itens abaixo. 1) Fazem parte do SNSP: o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), a SUSEP, o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizao, as entidades de previdncia privada aberta e os corretores habilitados. 2) As atribuies do CNSP incluem fixar diretrizes e normas da poltica de seguros privados e estabelecer as diretrizes gerais das operaes de resseguro. 3) O CNSP composto pelo ministro da Fazenda, que o preside, pelo superintendente da SUSEP, que exerce a funo de presidente substituto, e por representantes do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, do

Ministrio da Previdncia e Assistncia Social, do Desenvolvimento Econmico e Social e da CVM.

Banco

Nacional

de

4) Entre outras, atribuio do IRB prover os servios de secretaria executiva do CNSP. 5) Entre outras, so atribuies da SUSEP: fiscalizar a constituio, a organizao, o funcionamento e a operao das sociedades seguradoras, de capitalizao, entidades de previdncia privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da poltica traada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a captao de poupana popular que se efetue por meio das operaes de seguro, de previdncia privada aberta, de capitalizao e resseguro.

Resposta: C, C, E, E, C. 5. (BASA/2001) Assinale a opo que apresenta o rgo ou entidade encarregado de definir os tipos de instituio financeira que podero exercer atividades no mercado de valores mobilirios, bem como as espcies de operaes que podero realizar e de servios que podero prestar nesse mercado e, ainda, a especializao de operaes ou de servios a ser observada pelas sociedades do mercado, como tambm as condies em que podero cumular espcies de operao ou servios. (A) BACEN. (B) CVM. (C) Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. (D) CMN. (E) Sistema do Fundo Garantidor de Crdito

Resposta: D.

AULA 03ENTIDADES SUPERVISORAS DO SFN Conforme quadro apresentado na aula 2, o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comisso de Valores Mobilirios (CVM), a Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP), o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e a Secretaria da Previdncia Complementar (SPC) so as entidades supervisoras do SFN. Relativamente a tais entidades preciso saber, principalmente, como so constitudas e suas funes e atividades. O BANCO CENTRAL DO BRASIL Criado em 1964, aps a extino as SUMOC Superintendncia da Moeda e do Crdito. uma autarquia federal dirigida por 8 diretores e 1 presidente, nomeados pelo Presidente da Republica, que s so conduzidos ao cargo aps sabatina no Senado Federal. o principal executor das polticas traadas pelo Conselho Monetrio Nacional e rgo supervisor do Sistema Financeiro Nacional. um banco fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro. Aps Maro de 1986, passou a ser a nica autoridade monetria no Brasil. Tem como principais funes : 1. emitir papel-moeda e moeda metlica nas condies e limites autorizados pelo CMN; 2. executar os servios do meio circulante; 3. receber os recolhimentos compulsrios dos bancos comerciais e os depsitos voluntrios das instituies financeiras e bancrias que operam no pas; 4. realizar operaes de redesconto e emprstimo s instituies financeiras dentro de um enfoque de poltica econmica do governo ou como socorro a problemas de liquidez; 5. regular a execuo dos servios de compensao de cheques e outros papis; 6. efetuar, como instrumento de poltica monetria, operaes de compra e venda de ttulos pblicos federais; 7. exercer o controle do crdito sob todas as suas formas;

A COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS Autarquia federal vinculada ao Ministrio da Fazenda, cujas atribuies so a normatizao, regulamentao, desenvolvimento, controle e fiscalizao do mercado de valores mobilirios do pas. administrada por um presidente e 4 diretores, todos nomeados pelo Presidente da Repblica. A lei atribui CVM competncia para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado de valores mobilirios.

Tem como principais funes : 1. assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balco; 2. proteger os titulares e valores mobilirios emitidos; 3. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulao no mercado; 4. estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituies operadoras do mercado acionrio; 5. assegurar a lisura nas operaes de compra e venda de valores mobilirios; 6. dar proteo aos investidores de mercado.

A SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP) A SUSEP uma autarquia federal vinculada ao Ministrio da Fazenda, pertencente ao Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), responsvel pelo controle e fiscalizao do mercado de seguro, previdncia privada aberta e capitalizao. Ela e gerida por um superintendente e 4 diretores. Suas atribuies so de fiscalizar a constituio, organizao, funcionamento e operao das sociedades seguradoras, de capitalizao, entidades de previdncia privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da poltica traada pelo CNSP. Tem como principais funes : 1. Fiscalizar a constituio, organizao, funcionamento e operao das Sociedades Seguradoras, de Capitalizao, Entidades de Previdncia Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da poltica traada pelo CNSP; 2. Atuar no sentido de proteger a captao de poupana popular que se efetua atravs das operaes de seguro, previdncia privada aberta, de capitalizao e resseguro; 3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; 4. Promover o aperfeioamento das instituies e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas maior eficincia do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalizao; 5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdio, assegurando sua expanso e o funcionamento das entidades que neles operem; 6. Zelar pela liquidez e solvncia das sociedades que integram o mercado; 7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provises tcnicas; 8. Cumprir e fazer cumprir as deliberaes do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; 9. Prover os servios de Secretaria Executiva do CNSP.

O INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL Sociedade de economia mista com controle acionrio da Unio, jurisdicionada ao Ministrio da Fazenda, com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocesso (operaes tpicas do mercado de seguros), alm de promover o desenvolvimento das operaes de seguros no Pas. E composto por uma diretoria colegiada. Tem como principais funes : 1. elaborar e expedir normas reguladoras de cosseguro, resseguro e retrocesso; 2. aceitar o resseguro obrigatrio e facultativo, do Pas ou do exterior; 3. reter o resseguro aceito, na totalidade ou em parte; 4. promover a colocao, no exterior, de seguro, cuja aceitao no convenha aos interesses do Pas ou que nele no encontre cobertura; 5. impor penalidade s Sociedades Seguradoras por infraes cometidas na qualidade de cosseguradoras, resseguradas ou retrocessionrias; 6. organizar e administrar consrcios, recebendo inclusive cesso integral de seguros; 7. proceder liquidao de sinistros, de conformidade com os critrios traados pelas normas de cada ramo de seguro; 8. distribuir pelas Sociedades a parte dos resseguros que no retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capacidade do mercado segurador interno, ou aquelas cuja cobertura fora do Pas convenha aos interesses nacionais; 9. representar as retrocessionrias nas liquidaes de sinistros amigveis ou judiciais; 10.publicar revistas especializadas e toda capacidade do mercado nacional de seguros.

A SECRETARIA DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR Ligada ao Ministrio da Previdncia e Assistncia Social, o rgo regulador e fiscalizador das entidades fechadas de previdncia complementar (mais conhecidos fundos de penso). Tem como principal misso a fiscalizao e controle dos planos de benefcios complementar das entidades fechadas de previdncia complementar. Tem como principais funes : 1. Propor diretrizes bsicas para o Sistema de Previdncia Complementar; 2. Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdncia privada com as polticas de desenvolvimento; 3. Supervisionar, coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a previdncia complementar fechada; 4. Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdncia privada.

EXERCCIOS

1. (BACEN - 2000) Na estrutura do SFN, o Subsistema de Superviso possui as funes de editar normas que definam os parmetros para a transferncia de recursos de poupadores aos tomadores e de controlar o funcionamento das instituies e entidades que efetuem atividades de intermediao financeira. Participa da composio desse subsistema o (a): a) BACEN. b) Banco do Brasil S.A. c) Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social. d) Comisso de Valores Mobilirios. e) Secretaria de Previdncia Complementar. Resposta: letras b e c falsas. Demais letras so verdadeiras. 2. (BB - 2002) No SFN existem rgos de regulao e fiscalizao que se encarregam de verificar o cumprimento das leis e normas administrativas referentes s atividades das instituies sob sua jurisdio. Com relao ao contexto, julgue os itens abaixo. a) todas as entidades ligadas aos sistemas de previdncia e seguros so supervisionadas unicamente pela Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP). b) todas as entidades do sistema de liquidao e custdia so fiscalizados exclusivamente pelo Bacen. c) os bancos comerciais so duplamente supervisionados pelo Bacen e pela CVM. d) as bolsas de mercadorias e de futuros so duplamente supervisionados, pelo Bacen e pela CVM. Resposta: somente a letra d verdadeira. 3. (BASA/2001) A Lei n. 6.385/76, que criou a Comisso de Valores Mobilirios (CVM), e a Lei n. 6.404/76, Lei das Sociedades por Aes, disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobilirios e a atuao de seus protagonistas, quais sejam, as companhias abertas, os intermedirios financeiros e os investidores, alm de outros cuja atividade gira em trono desse universo principal. A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuao dos diversos integrantes do mercado. As matrias disciplinadas pela CVM incluem o(a) (A) registro de sociedades de cotas por responsabilidade limitada. (B) credenciamento de auditores internos. (C) suspenso de emisso, distribuio ou negociao de determinado valor mobilirio. (D) credenciamento de administradores de carteiras de valores imobilirios. (E) negociao e a intermediao no mercado imobilirio.

Resposta: somente as letras b e c so verdadeira. 4. (BRDES/2001) Os mercados financeiro e de capitais, conforme a lei que disciplina o mercado de capitais, Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965, so disciplinados e fiscalizados, respectivamente, pelo (A) Banco do Brasil S/A e pelo Banco Central do Brasil. (B) Banco do Brasil S/A e pelo Conselho Monetrio Nacional. (C) Banco Central do Brasil e pelo Conselho Monetrio Nacional. (D) Conselho Monetrio Nacional e pelo Banco Central do Brasil. (E) Conselho Monetrio Nacional e pelo Ministrio da Fazenda. Resposta: somente a letra d verdadeira.

5. (BRDES/2001) Conforme a Lei n. 6.024, de 14 de maro de 1974, que dispe sobre a interveno e a liquidao extrajudicial de instituies financeiras, a liquidao extrajudicial ex officio de instituio financeira ser executada por liquidante nomeado pelo (A) Banco do Brasil S/A. (B) Banco Central do Brasil. (C) Conselho Monetrio Nacional. (D) Ministro da Fazenda. (E) Ministrio da Fazenda. Resposta: somente a letra B verdadeira.

AULA 04INSTITUICOES FINANCEIRAS QUE CAPTAM DEPOSITOS A VISTA No SFN, algumas instituies podem captar depsitos a vista da populao. O deposito a vista e aquele que o cliente de uma instituio financeira mantem em sua conta-corrente, podendo movimenta-lo livremente. Tais depsitos no podem ser remunerados pela instituio financeira e so bastante importantes no controle do credito e da inflao realizados pelo Banco Central. Um mecanismo relativo ao controle do crdito feito a partir dos depsitos vista e de outros depsitos o depsito compulsrio. Por ele, as entidades que captam depsitos (exceto as cooperativas de crdito) so obrigadas a recolher parte dos recursos captados ao Banco Central. O depsito compulsrio calculado e recolhido tendo por base os saldos mdios dirios mantidos pela instituio financeira. Tal mecanismo utilizado para regular o montante de dinheiro em circulao na economia. Podem captar depsitos vista: 1. Bancos Comerciais 2. Caixas Econmicas 3. Bancos Mltiplos com Carteira Comercial 4. Cooperativas de Crdito e bancos cooperativos BANCO COMERCIAL instituio financeira privada ou pblica que tem como atividade tpica a captao de depsitos a vista, embora tambm possa captar depsitos prazo. Tem como objetivo principal proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessrios para financiamento a curto e mdio prazos. Deve ser constitudo sob a forma de sociedade annima, devendo constar a palavra Banco em sua denominao social. CAIXAS ECONOMICAS Equiparam-se aos bancos comerciais, pois podem captar depsitos vista, realizar operaes ativas e prestar servios. Concedem emprstimos e financiamentos a programas e projetos nas reas de assistncia social. So instituies de cunho social. A Caixa Econmica Federal atualmente a nica instituio com esta caracterstica no SFN.

BANCOS MLTIPLOS COM CARTEIRA COMERCIAL As instituies financeiras operam no SFN em segmentos nos quais elas so especializadas. Estes segmentos so chamados, no jargo do mercado

financeiro, de carteiras. O banco mltiplo pode operar com 2 ou mais carteiras, sendo, necessariamente, uma comercial ou de investimentos. Isto indica que um banco mltiplo pode realizar todas as operaes realizadas por um banco comercial e por um banco de investimento. Indica, ainda, que ele pode fazer qualquer atividade tpica de outra instituio financeira, desde que tenha a autorizao especifica para operar. As demais carteiras que um banco mltipo pode operar so: de desenvolvimento (para bancos pblicos); de crdito imobilirio; de crdito, financiamento e investimento e de arrendamento Mercantil. O Banco do Brasil atua como um banco mltiplo. COOPERATIVAS DE CRDITO E BANCOS COOPERATIVOS So sociedades constitudas sob a forma de associao civil, com regulamentao especfica. Atuando tanto no setor rural quanto no urbano, as cooperativas de crdito podem se originar da associao de funcionrios de uma mesma empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresrios ou mesmo adotar a livre admisso de associados em uma rea determinada de atuao, sob certas condies. Os eventuais lucros auferidos com suas operaes - prestao de servios e oferecimento de crdito aos cooperados - so repartidos entre os associados. As cooperativas de crdito devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominao social, a expresso "Cooperativa", vedada a utilizao da palavra "Banco". Devem possuir o nmero mnimo de vinte cooperados e adequar sua rea de ao s possibilidades de reunio, controle, operaes e prestaes de servios. Esto autorizadas a realizar operaes de captao por meio de depsitos vista e a prazo somente de associados, de emprstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doaes. Podem conceder crdito, somente a associados, por meio de desconto de ttulos, emprstimos, financiamentos, e realizar aplicao de recursos no mercado financeiro. Diversas cooperativas de crdito singulares podem ser reunir formando cooperativas de crdito centrais. As cooperativas de crdito centrais tambm podem ser reunir formando os sistemas cooperativos. Os principais sistemas cooperativos no Brasil so o SICOOB, o SICREDI e o UNICRED. As cooperativas de crdito de crdito tambm podem ser reunir e constituir os bancos cooperativos. Tais bancos so constitudos sob a forma de bancos comerciais e devem seguir a regulamentao especifica aplicvel aos bancos comerciais.

EXERCCIOS1. Relativamente a captao de depsitos a vista por parte de instituies financeiras, e correto afirmar que: a) As cooperativas de credito podem receber depsitos a vista da populao em geral.

b) O banco mltiplo sem carteira comercial s pode receber depsitos a vista quando tiver a carteira de investimento. c) As caixas econmicas esto autorizadas a receber depsitos a vista desde que vinculado a um financiamento habitacional. d) Os bancos comerciais, alem de depsitos a vista, realizam, normalmente operaes de crdito de curto e mdio prazos. e) Os bancos de investimento podem captar depsitos a vista e a prazo, desde que autorizados pela CVM. Resposta: somente d verdadeira.

2. (BB/1999) Alguns bancos comerciais e/ou bancos mltiplos com carteira comercial, ao receberem depsitos vista de seus clientes, automaticamente aplicam esses recursos em um tipo de investimento em nome destes mesmos clientes. Podemos concluir que o principal motivo de tal ao : (A) fidelizar o cliente. (B) evitar o pagamento da CPMF. (C) evitar o recolhimento do Depsito Compulsrio. (D) aumentar o volume de recursos aplicados em investimentos. (E) oferecer ganho aos clientes. Resposta: somente C verdadeira.

3. Para que um banco seja considerado como banco mltiplo, ele deve ter: a) Necessariamente, a carteira de investimento e a carteira comercial. b) A carteira comercial ou carteira de investimento. c) Necessariamente, a carteira de investimento e carteira desenvolvimento. d) Tem que ser cooperativa de crdito. e) No pode receber depsitos vista. Resposta: somente b verdadeira.

de

4. Um banco cooperativo : a) um banco de desenvolvimento. b) um banco para concesso de financiamento habitacional ao pblico em geral. c) um banco comercial. d) Um grupo de cooperativas. e) Um grupo de cooperativas centrais. Resposta: somente c verdadeira.

5. O depsito vista pode ser entendido como:

a) b) c) d) e)

Um Um Um Um Um

depsito depsito depsito depsito depsito

remunerado. com prazo fixo. no remunerado, mas com prazo fixo. prefixado (com juros fixos). sem remunerao.

Resposta: somente e verdadeira.

AULA 05

INSTITUICOES FINANCEIRAS QUE NO CAPTAM DEPSITOS VISTA Como j comentado, algumas instituies financeiras no esto autorizadas a operar com depsitos vista, possuindo, no entanto, caractersticas operacionais especficas. Isto quer dizer que tais entidades no podem oferecer aos seus clientes contas-correntes, mas podem trabalhar com diversos outros produtos. Tais entidades tambm so supervisionadas pelo Banco Central. As instituies que no podem receber depsitos vista, classificadas no quadro da aula 2, como demais instituies financeiras, so as elencadas a seguir: 1. Bancos de Investimento 2. Bancos de Desenvolvimento 3. Sociedades Crdito, Financiamento e Investimento 4. Sociedades de Crdito Imobilirio 5. Associaes de Poupana e Emprstimo 6. Agncias de Fomento 7. Companhias Hipotecrias 8. Sociedades de Crdito ao Microempreendedor

BANCOS DE INVESTIMENTO Os bancos de investimento so instituies financeiras privadas especializadas em operaes de participao societria de carter temporrio, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administrao de recursos de terceiros. Devem ser constitudos sob a forma de sociedade annima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominao social, a expresso "Banco de Investimento". No possuem contas correntes e captam recursos via depsitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operaes ativas so financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrio ou aquisio de ttulos e valores mobilirios, depsitos interfinanceiros e repasses de emprstimos externos. BANCOS DE DESENVOLVIMENTO Os bancos de desenvolvimento so instituies financeiras pblicas controladas pelos governos estaduais (exceto o Banco Nacional de Desenvolvimento

Econmico e Social BNDES, que controlado pela Unio), e tm como objetivo precpuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessrios ao financiamento, a mdio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econmico e social do respectivo Estado. As operaes passivas so depsitos a prazo, emprstimos externos, emisso ou endosso de cdulas hipotecrias, emisso de cdulas pignoratcias de debntures e de Ttulos de Desenvolvimento Econmico. As operaes ativas so emprstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constitudos sob a forma de sociedade annima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionrio, devendo adotar, obrigatria e privativamente, em sua denominao social, a expresso "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede. SOCIEDADES DE CRDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO As sociedades de crdito, financiamento e investimento, tambm conhecidas por financeiras, so instituies financeiras privadas que tm como objetivo bsico a realizao de financiamento para a aquisio de bens, servios e capital de giro. Devem ser constitudas sob a forma de sociedade annima e na sua denominao social deve constar a expresso "Crdito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocao de Letras de Cmbio. SOCIEDADES DE CRDITO IMOBILIRIO As sociedades de crdito imobilirio so instituies financeiras criadas para atuar no financiamento habitacional. Constituem operaes passivas dessas instituies os depsitos de poupana, a emisso de letras e cdulas hipotecrias e depsitos interfinanceiros. Suas operaes ativas so: financiamento para construo de habitaes, abertura de crdito para compra ou construo de casa prpria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construo. Devem ser constitudas sob a forma de sociedade annima, adotando obrigatoriamente em sua denominao social a expresso "Crdito Imobilirio". ASSOCIAES DE POUPANA E EMPRSTIMO As associaes de poupana e emprstimo so constitudas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas operaes ativas so, basicamente, direcionadas ao mercado imobilirio e ao Sistema Financeiro da Habitao (SFH). As operaes passivas so constitudas de emisso de letras e cdulas hipotecrias, depsitos de cadernetas de poupana, depsitos interfinanceiros e emprstimos externos.

Os depositantes dessas entidades so considerados acionistas da associao e, por isso, no recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos depositantes so, assim, classificados no patrimnio lquido da associao e no no passivo exigvel. AGNCIAS DE FOMENTO As agncias de fomento tm como objeto social a concesso de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federao onde tenham sede. Devem ser constitudas sob a forma de sociedade annima de capital fechado e estar sob o controle de Unidade da Federao, sendo que cada Unidade s pode constituir uma agncia. Tais entidades tm status de instituio financeira, mas no podem captar recursos junto ao pblico, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no Banco Central, contratar depsitos interfinanceiros na qualidade de depositante ou de depositria e nem ter participao societria em outras instituies financeiras. De sua denominao social deve constar a expresso "Agncia de Fomento" acrescida da indicao da Unidade da Federao Controladora. vedada a sua transformao em qualquer outro tipo de instituio integrante do Sistema Financeiro Nacional. As agncias de fomento devem constituir e manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, no mnimo, a 10% do valor de suas obrigaes, a ser integralmente aplicado em ttulos pblicos federais. COMPANHIAS HIPOTECRIAS As companhias hipotecrias so instituies financeiras constitudas sob a forma de sociedade annima, que tm por objeto social conceder financiamentos destinados produo, reforma ou comercializao de imveis residenciais ou comerciais aos quais no se aplicam as normas do Sistema Financeiro da Habitao (SFH). Suas principais operaes passivas so: letras hipotecrias, debntures, emprstimos e financiamentos no Pas e no Exterior. Suas principais operaes ativas so: financiamentos imobilirios residenciais ou comerciais, aquisio de crditos hipotecrios, refinanciamentos de crditos hipotecrios e repasses de recursos para financiamentos imobilirios. Tais entidades tm como operaes especiais a administrao de crditos hipotecrios de terceiros e de fundos de investimento imobilirio. SOCIEDADES DE CRDITO AO MICROEMPREENDEDOR As sociedades de crdito ao microempreendedor so entidades que tm por objeto social exclusivo a concesso de financiamentos e a prestao de garantias a pessoas fsicas, bem como a pessoas jurdicas classificadas como

microempresas, com vistas a viabilizar empreendimentos profissional, comercial ou industrial de pequeno porte.

de

natureza

So impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto ao pblico, bem como emitir ttulos e valores mobilirios destinados colocao e oferta pblicas. Devem ser constitudas sob a forma de companhia fechada ou de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, adotando obrigatoriamente em sua denominao social a expresso "Sociedade de Crdito ao Microempreendedor", vedada a utilizao da palavra "Banco".

EXERCCIOS1. Julgue os itens a seguir relativos ao SFN: a) Os bancos de desenvolvimento podem ser pblicos e privados. b) As sociedades de credito imobilirio podem receber depsitos a vista. c) Um banco de mltiplo pode ter carteira de investimento e de arrendamento mercantil. d) As sociedades de crdito ao microempreendedor foram criadas para viabilizar o acesso ao crdito pela parcela de baixa renda da populao. e) As financeiras, alem de atuarem no financiamento de compra de bens de consumo durvel, podem conceder financiamentos habitacionais. Resposta: somente as letras c e d so verdadeiras.

2. (BB/1999) Um banco de investimento que, ao final do dia, verifique uma necessidade emergencial de recursos para este mesmo dia, poder obt-los vendendo: (A) Certificado de Depsito Interfinanceiro - CDI. (B) Certificado de Depsito Interfinanceiro em Reserva - CDI Reserva. (C) Certificados de Depsito Bancrio - CDB. (D) Ttulos Pblicos Estaduais de sua carteira. (E) Ttulos Pblicos Federais de sua carteira. Resposta: somente a letras e verdadeira. 3. So caractersticas das companhias hipotecrias, exceto: (A) Administram fundos de investimento financeiro. (B) So sociedades annimas. (C) Emitem letras hipotecrias e debntures. (D) Administram crditos hipotecrios de terceiros. (E) Seu objeto social a concesso de financiamentos habitacionais. Resposta: somente a letras a verdadeira. 4. Em relao s agncias de fomento pode ser afirmado que: (A) So instituies financeiras privadas. (B) Podem ser transformadas em qualquer outro tipo de instituio financeira.

(C) Podem captar recursos junto ao pblico. (D) Podem ser sociedades annimas de capital aberto. (E) Seu objeto social a concesso de financiamentos para projetos na unidade da Federao onde est situada. Resposta: somente a letra e verdadeira. 5. Quais as instituies financeiras que embora no possam receber depsitos vista, caracterizam-se por concederem, exclusivamente, financiamentos a pessoas fsicas e microempresrios? (A) Bancos de investimento. (B) Sociedades de crdito ao microempreendedor. (C) Bancos de desenvolvimento. (D) Associaes de poupana e emprstimo. (E) Sociedades de crdito imobilirio. Resposta: somente a letra b verdadeira.

AULA 06OUTROS INTERMEDIRIOS FINANCEIROS Alm das instituies financeiras vistas nas aulas 5 e 6, o SFN possui outros intermedirios financeiros que so supervisionados pelo Banco Central ou pela Comisso de Valores Mobilirios. Tais entidades no podem ser consideradas taxativamente como instituies financeiras, pois geralmente atuam apenas prestando um servio aos seus clientes. So elas: 1. Sociedades de arrendamento mercantil 2. Sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios 3. Sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios 4. Sociedades corretoras de cmbio 5. Administradoras de Consrcio SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL As sociedades de arrendamento mercantil so constitudas sob a forma de sociedade annima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominao social a expresso "Arrendamento Mercantil". Tais entidades realizam as operaes conhecidas como leasing. As operaes passivas dessas sociedades so emisso de debntures, dvida externa, emprstimos e financiamentos de instituies financeiras. Suas operaes ativas so constitudas por ttulos da dvida pblica, cesso de direitos creditrios e, principalmente, por operaes de arrendamento mercantil de bens mveis, de produo nacional ou estrangeira, e bens imveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso prprio do arrendatrio. So supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. SOCIEDADES CORRETORAS DE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS As sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios so constitudas sob a forma de sociedade annima ou por quotas de responsabilidade limitada. So supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comisso de Valores Mobilirios, dentro de suas esferas de atuao. Dentre seus objetivos esto: operar em bolsas de valores, subscrever emisses de ttulos e valores mobilirios no mercado; comprar e vender ttulos e valores mobilirios por conta prpria e de terceiros; encarregar-se da administrao de carteiras e da custdia de ttulos e valores mobilirios; exercer funes de agente fiducirio; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; emitir certificados de depsito de aes e cdulas pignoratcias de debntures; intermediar operaes de cmbio; praticar operaes no mercado de cmbio de taxas flutuantes; praticar operaes de

conta margem; realizar operaes compromissadas; praticar operaes de compra e venda de metais preciosos, no mercado fsico, por conta prpria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta prpria e de terceiros. SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS As sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios so constitudas sob a forma de sociedade annima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominao social a expresso "Distribuidora de Ttulos e Valores Mobilirios". Exercem praticamente as mesmas atividades das corretoras, com exceo do fato de no poderem operar em ambiente de bolsa de valores. So supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comisso de Valores Mobilirios, dentro de suas esferas de atuao. Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta pblica e distribuio de ttulos e valores mobilirios no mercado; administram e custodiam as carteiras de ttulos e valores mobilirios; instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionrio, comprando, vendendo e distribuindo ttulos e valores mobilirios, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediao com as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lanamentos pblicos de aes; operam no mercado aberto e intermedeiam operaes de cmbio. SOCIEDADES CORRETORAS DE CMBIO As sociedades corretoras de cmbio so constitudas sob a forma de sociedade annima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominao social a expresso "Corretora de Cmbio". Tm por objeto social exclusivo a intermediao em operaes de cmbio.. So supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. ADMINISTRADORAS DE CONSRCIO As administradoras de consrcio so pessoas jurdicas prestadoras de servios relativos formao, organizao e administrao de grupos de consrcio, estando sujeitos a superviso do Banco Central do Brasil por fora do disposto de Lei. Ao Banco Central cabe, ainda, autorizar a constituio de grupos de consrcio, a pedido de administradoras previamente constitudas sem interferncia expressa da referida Autarquia, mas que atendam a requisitos estabelecidos, particularmente quanto capacidade financeira, econmica e gerencial da empresa. Tambm cumpre ao Bacen fiscalizar as operaes do segmento de consrcio e aplicar as penalidades cabveis. Ademais, o Bacen pode intervir nas empresas de consrcio e decretar sua liquidao extrajudicial. O grupo uma sociedade de fato, constituda na data da realizao da primeira assemblia geral ordinria por consorciados reunidos pela administradora, que coletam

poupana com vistas aquisio de bens, conjunto de bens ou servio turstico, por meio de autofinanciamento.

EXERCCIOS1. (BB/2003) O BACEN estabelece as normas operacionais de todas as instrues financeiras que operam no territrio brasileiro, definindo as suas caractersticas e as suas possibilidades de atuao. Com relao a essas normas atualmente vigentes, julgue os itens a seguir, relativos ao SFN: a) As sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios tm uma faixa operacional bem mais ampla que a das sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios. b) As cooperativas de crdito atuam basicamente no setor primrio da economia, permitindo melhor comercializao de produtos rurais e facilitando o escoamento das safras agrcolas para os centros consumidores. Destaca-se que os usurios finais dos crditos por elas concedidos so sempre os cooperados. c) O objetivo principal dos bancos comerciais proporcionar o suprimento oportuno e adequado de recursos necessrios para a concesso de financiamento a curto e mdio prazo ao comrcio, indstria, s empresas prestadoras de servios e s pessoas fsicas. d) As sociedades de arrendamento mercantil nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva pode advir da simples utilizao do equipamento e no necessariamente de sua propriedade. e) As companhias hipotecrias podem captar depsitos a prazo com correo monetria, por meio de letras imobilirias, e estabelecer convnios com bancos comerciais para funcionarem exclusivamente como agentes do Sistema Financeiro da Habitao. Resposta: somente as letras a e e so falsas.

2. Em relao s administradoras de consrcio no possvel afirmar que: a) So supervisionadas, assim como os grupos de consrcio por ela administrados, pelo Banco Central do Brasil. b) S funcionam com a autorizao expressa do Banco Central do Brasil. c) Devem ter capacidade financeira, econmica e gerencial para realizar suas operaes de lanamento de grupos. d) Podem ser liquidadas extrajudicialmente. e) Os grupos administrados no so pessoas jurdicas de direito e sim de fato. Resposta: somente a letra b verdadeira. 3. So caractersticas de uma corretora de ttulos e valores mobilirios, exceto: a) So supervisionadas, exclusivamente, pela CVM.

b) Podem ser sociedades annimas ou sociedades LTDA c) Um de seus objetos a compra e a venda de ttulos e valores mobilirios em nome de terceiros ou em nome prprio. d) Podem realizar operaes compromissadas e vender ouro fsico. e) Tm autorizao para administrar fundos de investimento. Resposta: somente a letra a verdadeira. 4. Julgue os itens a seguir indicando se so verdadeiros ou falsos: a) As sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios podem operar em bolsas de valores. b) As empresas de leasing podem ser constitudas sob a forma sociedade de responsabilidade limitada. c) Alm de serem supervisionadas pela CVM, as corretoras de cmbio podem comprar ttulos e valores mobilirios. d) Os bancos comerciais e as sociedades de arrendamento mercantil podem captar depsitos vista. e) As sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios podem administrar fundos de investimento assim como os bancos de investimento. Resposta: somente a letras e verdadeira. 5. Em relao normatizao e superviso das entidades integrantes do SFN possvel afirmar que: a) As sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios so supervisionadas exclusivamente pelo Banco Central do Brasil. b) As cooperativas de crdito como as sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios so supervisionadas pela CVM em conjunto com o Banco Central do Brasil. c) Somente o Banco Central do Brasil define normas aplicveis s administradoras de consrcio. d) Somente os bancos mltiplos com carteira de arrendamento mercantil e as sociedades de arrendamento mercantil podem realizar operaes de leasing no Brasil e) Os bancos comerciais como as sociedades corretoras de valores podem operar no ambiente de bolsa. Resposta: somente as letras c e d so verdadeiras.

AULA 07AS BOLSAS, O SELIC E O CETIP

Alm das instituies financeiras e dos demais intermedirios financeiros vistos nas ltimas aulas, o SFN conta com a participao de outras entidades responsveis pela criao de ambientes propcios aos negcios e pelo registro e validao das operaes realizadas. So elas: 1. As bolsas de valores; 2. As bolsas de mercadorias e futuros; 3. O Sistema Especial de Liquidao e Custdia de Ttulos Pblicos 4. A Central de Liquidao e Custdia de Ttulos Pblicos BOLSAS DE VALORES As bolsas de valores so associaes privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de manter local adequado ao encontro de seus membros e realizao, entre eles, de transaes de compra e venda de ttulos e valores mobilirios pertencentes a pessoas jurdicas pblicas e privadas, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comisso de Valores Mobilirios. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa. A principal e mais conhecida bolsa de valores no Brasil e a Bovespa. BOLSAS DE MERCADORIAS E FUTUROS As bolsas de mercadorias e futuros so associaes privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de efetuar o registro, a compensao e a liquidao, fsica e financeira, das operaes realizadas em prego ou em sistema eletrnico. A nica bolsa de mercadorias e futuros no Brasil e a BM&F. Tais entidades desenvolvem, organizam e operacionalizam um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econmicos a oportunidade de efetuarem operaes de hedging (proteo) ante flutuaes de preo de commodities agropecurias, ndices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou varivel macroeconmica cuja incerteza de preo no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e so fiscalizadas pela Comisso de Valores Mobilirios. Atualmente, a nica bolsa de mercadorias e futuros no Brasil e a BM&F. SISTEMA ESPECIAL PBLICOS DE LIQUIDAO E CUSTDIA DE TTULOS

um sistema eletrnico de teleprocessamento que permite a atualizao diria das posies das instituies financeiras em ttulos pblicos federais. Foi desenvolvido pelo Banco Central e a Andima em 1979, voltado a operar com ttulos pblicos de emisso do BACEN e do Tesouro Nacional. Tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente as operaes de compra e venda de ttulos pblicos, e manter a custdia escritural dos documentos. CENTRAL DE LIQUIDAO E CUSTDIA DE TTULOS PBLICOS. uma empresa privada de custdia e de liquidao que se constitui em um mercado de balco organizado para registro e negociao de valores mobilirios de renda fixa. Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas instituies financeiras e o Banco Central, em maro de 1986, para garantir mais segurana e agilidade s operaes do mercado financeiro brasileiro. Atualmente, a CETIP oferece o suporte necessrio a toda a cadeia de operaes com ttulos privados, prestando servios integrados de custdia; negociao on line; registro de negcios e liquidao financeira. Custodia quase a totalidade de ttulos e valores mobilirios privados de renda fixa, alem de derivativos, dos ttulos emitidos pelos estados e municpios e do estoque de papeis utilizados como moedas de privatizao, de emisso do Tesouro Nacional.

EXERCCIOS1. (ESAF/BACEN/2002) Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidao e Custdia), quanto a CETIP (Central de Custdia e Liquidao Financeira de Ttulos) correspondem a sistemas em que so feitas a custdia e liquidao de operaes com ttulos. Sobre esses dois sistemas, assinale a opo correta: a) A custdia e liquidao das operaes com ttulos pblicos federais podem ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo s partes envolvidas no negcio realizar a escolha do sistema a ser utilizado. b) Os ttulos negociados no SELIC so escriturais, o que praticamente elimina os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificao dos papis negociados naquele sistema. c) A liquidao das operaes realizadas na CETIP so feitas exclusivamente pela Centralizadora de Compensao de Cheques e Outros Papis. d) Somente instituies com conta de reserva bancria junto ao Banco Central do Brasil podem registrar suas operaes na CETIP. e) A CETIP custodia e promove a liquidao tanto dos CDBs (Certificados de Depsito Bancrio) ao portador quanto dos CDBs nominativos. Resposta: somente a letras b correta.

2. (BASA/2001) No que se refere Central de Liquidao Financeira e de Custdia de Ttulos (CETIP), assinale a opo incorreta. (A) A CETIP a maior empresa de custdia e de liquidao financeira da Amrica Latina e constitui um mercado de balco organizado para registro e negociao de valores mobilirios de renda fixa. Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas instituies financeiras e o BACEN para garantir mais segurana e agilidade s operaes do mercado financeiro brasileiro. (B) A CETIP tem mais de 3.000 participantes entre bancos, corretoras, distribuidoras, demais instituies financeiras, empresas de leasing, fundos de investimento e pessoas jurdicas no-financeiras, tais como seguradoras e fundos de penso. (C) A CETIP no est obrigada a obedecer estritamente s normas vigentes acerca do sigilo bancrio e, por isso, mantm reserva relativa com relao aos registros das operaes em seus sistemas. (D) Os ativos e contratos registrados na CETIP representam quase a totalidade dos ttulos e valores mobilirios privados de renda fixa, alm de derivativos, dos ttulos emitidos por estados e municpios e do estoque de papis utilizados como moedas de privatizao, de emisso do Tesouro Nacional. (E) Somente as pessoas jurdicas, de qualquer natureza, so participantes da CETIP. As pessoas fsicas podem investir em ativos cetipados, como clientes de instituies financeiras, que so as titulares e responsveis pelo controle das contas. Resposta: a letras C a resposta certa. 3. (BB/2002) No Sistema Financeiro Nacional, existem rgos de regulao e fiscalizao que se encarregam de verificar o cumprimento das leis e normas administrativas referentes s atividades das instituies sob sua jurisdio. Com relao a esse contexto, julgue os itens abaixo. A) Todas as entidades ligadas aos sistemas de previdncia e seguros so supervisionadas unicamente pela Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP). B) As bolsas de valores so fiscalizadas exclusivamente pela CVM. C) Todas as entidades do sistema de liquidao e custdia so fiscalizadas exclusivamente pelo BACEN. D) Os bancos comerciais so duplamente supervisionados, pelo BACEN e pela CVM.

E) As bolsas de mercadorias e de futuros so duplamente supervisionadas, pelo BACEN e pela CVM. Resposta: somente a letras E correta. 4. Em relao as bolsas de valores e de mercadorias e futuros possvel afirmar que: a) As bolsas de valores realizam as mesmas operaes que as bolsas de mercadorias e futuros. b) As bolsas de valores so empresas pblicas e as bolsas de mercadorias e futuros associaes privadas civis. c) Alm da BM&F, existe no Brasil outra bolsa de valores muito conhecida que a BOVESPA. d) As bolsas de valores podem ser entendidas como instituies financeiras. e) A negociao de instrumentos financeiros derivativos ocorre, principalmente, nas bolsas de mercadorias e futuros. Resposta: somente a letras e correta.

AULA 08AS SOCIEDADES SEGURADORAS, AS SOCIEDADES DE CAPITALIZACAO E ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDENCIA PRIVADA Como estudado nas aulas 3 e 4, uma das subdivises do SFN o segmento de seguros. Tal segmento normatizado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), tendo como entidades supervisoras a Superintendncia de Seguros Privados e o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Nesta aula, sero estudadas as caractersticas das entidades que operam neste setor. So elas: 1. As sociedades seguradoras 2. As sociedades de capitalizao 3. As entidades abertas de previdncia privada 4. As corretoras de seguro Alm de tais entidades, sero feitas algumas consideraes sobre as sociedades administradoras de seguro-sade. SOCIEDADES SEGURADORAS So entidades, constitudas sob a forma de sociedades annimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigao de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenizao, no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prmio estabelecido. Essas sociedades, segundo a legislao aplicvel, no podem operar em qualquer outro ramo de atividade comercial ou industrial. SOCIEDADES DE CAPITALIZACO So entidades, constitudas sob a forma de sociedades annimas, que negociam contratos (ttulos de capitalizao) que tm por objeto o depsito peridico de prestaes pecunirias (pagamentos) pelo contratante, o qual ter, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prmios em dinheiro. ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDNCIA PRIVADA Entidades abertas de previdncia complementar - so entidades constitudas unicamente sob a forma de sociedades annimas e tm por objetivo instituir e operar planos de benefcios de carter previdencirio concedidos em forma de renda continuada ou pagamento nico, acessveis a quaisquer pessoas fsicas. So regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Tais entidades so reguladas e

supervisionadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP). CORRETORAS DE SEGURO A Corretora de Seguros a pessoa autorizada a realizar a corretagem, isto , analisar o risco, determinar as coberturas e as importncias seguradas, elaborar a proposta de seguros e de protocolar a proposta em uma seguradora. No Brasil, nenhuma operao de seguro pode ser contratada sem que haja um Corretor de Seguro. A Corretora de Seguros pode ser uma pessoa fsica ou jurdica. ADMINISTRADORAS DE SEGURO-SADE As seguradoras que atuem no segmento do seguro sade devem ser especializadas nesta rea. Tais entidades esto subordinadas a uma estrutura de regulao e fiscalizao vinculada ao Ministrio da Sade, juntamente com outras modalidades de operadoras de planos de sade privados. Seguem regulamentao especfica da Agncia Nacional de Sade Complementar ANS.

EXERCCIOS1. Relativamente s entidades integrantes do subsistema de seguros, possvel afirmar que: a) As administradoras de seguro-sade so entidades supervisionadas pela SUSEP. b) Somente pessoas jurdicas podem operar como corretoras de seguro. c) As sociedades de capitalizao fornecem ao publico a possibilidade de constituio de um capital mnimo, que ser pago em moeda corrente, dentro de um prazo mximo estabelecido pelo prprio plano. d) As entidades abertas de previdncia privada so conhecidas como fundos de penso. e) Uma sociedade seguradora no pode explorar qualquer outro ramo de atividade comercial ou industrial. Resposta: somente as letras c e e so corretas. 2. Relativamente s entidades abertas de previdncia privada no possvel afirmar: a) Podem ser constitudas na forma de sociedades por quota de responsabilidade limitada. b) Operam planos de benefcios de carter previdencirio. c) So supervisionadas pela Susep. d) No garantem benefcios a pessoas jurdicas. e) Podem garantir benefcios na forma de renda continuada ou pagamento nico.

Resposta: somente as letras c e e so corretas. 3. As sociedade de capitalizao se caracterizam por: a) Emitirem papel-moeda. b) Estarem sob a superviso do Banco Central do Brasil. c) Receber depsitos vista da populao. d) Est autorizada a receber depsitos de valor fixo de uma determinada pessoa, que ter, findo o prazo estipulado, o direito de resgatar parte ou totalidade dos valores depositados, remunerados a uma taxa de juros previamente contratada. e) Atua semelhantemente a uma casa lotrica, sendo autorizada a promover jogos de loteria. Resposta: somente a letra d correta. 4. Em a) b) c) relao s sistema de seguros no Brasil, no possvel afirmar: So supervisionados pela Susep. O IRB atua fazendo operaes de resseguro, cosseguro e retrocesso. Uma pessoa fsica pode contratar um seguro diretamente com a seguradora, sem a intermediao de um corretor de seguros. d) O corretor de seguros pode ser uma empresa ou uma pessoa fsica autorizada a trabalhar como tal pela Susep. e) As administradoras de seguro-sade so empresas que administram seguros de grupos de pessoas, como funcionrios de uma empresa, membros de uma organizao profissional, etc.

Resposta: somente a letra c correta.

AULA 09AS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR, AS SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL E AS ADMINISTRADORAS DE CARTES DE CRDITO Entidades fechadas de previdncia complementar Como estudado nas aulas 3 e 4, uma das subdivises do SFN o segmento de previdncia complementar. Tal segmento normatizado pelo Conselho de Gesto de Previdncia Complementar (CGPC), tendo como entidade supervisora a Secretaria de Previdncia Complementar (SPC). As entidades que operam neste segmento so chamadas de entidades fechadas de previdncia complementar, mais conhecidas como fundos de penso. As entidades fechadas de previdncia complementar (fundos de penso) so organizadas sob a forma de fundao ou sociedade civil, sem fins lucrativos e so acessveis, exclusivamente: 1. aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios (entes denominados patrocinadores) ou 2. aos associados ou membros de pessoas jurdicas de carter profissional, classista ou setorial (denominadas instituidores) Sociedades de fomento mercantil So empresas que compram direitos creditrios de empresas comerciais, antecipando recursos para a empresa originadora dos crditos. Tais empresas no so consideradas instituies financeiras, no sendo fiscalizadas pelo Bacen, pela CVM ou por qualquer outro rgo do Governo O fomento mercantil (factoring) uma operao comercial que soma a prestao de servios compra de ativos. Ao adquirir os crditos de outra empresa, a factoring (empresa que compra os crditos) fomenta a atividade mercantil. O devedor do credito a pessoa sacada. O factoring permite a antecipao dos fluxos de caixa de uma empresa, viabilizando a soluo de problemas relativos ausncia de capital de giro. A empresa de factoring no tem, pela Lei, o direito de regresso em uma operao de factoring, ou seja, assumem o risco de crdito dos valores comprados da empresa vendedora. No podem cobrar, no caso de inadimplncia de tais valores, nada da empresa vendedora. Sociedades administradoras de cartes de crdito So empresas que emitem cartes de crdito, que so utilizados para compras em estabelecimentos credenciados. As administradoras de carto de crdito,

tambm chamadas emissoras, utilizam-se das bandeiras existentes, firmando acordos com estas empresas. No Brasil, grande parte das administradoras de carto so ou esto ligadas s instituies financeiras.

EXERCCIOS1. Em relao a participao no SFN e possvel afirmar que: a) O factoring e tipicamente uma atividade comercial, no sendo, portanto, caracterstica de uma instituio financeira. b) As entidades fechadas de previdncia privada no so supervisionadas pela SUSEP. c) As empresas de factoring esto sujeitas a fiscalizao do Banco Central do Brasil. d) Todas as administradoras de cartes de credito so fiscalizadas pela CVM. e) O Conselho Nacional de Gesto da Previdncia Complementar expede normas a serem seguidas pelas entidades abertas e fechadas de previdncia complementar. Resposta: somente a letras a correta. 2. (Banco de Braslia 2001 Cespe) Nas operaes de fomento mercantil (factoring), I no h captao de recursos. II os financiamentos so efetuados mediante o desconto de ttulos. III ocorrem transaes de natureza mercantil. IV o devedor a empresa sacada. A quantidade de itens certos igual a a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.

Resposta: a letras D correta. 3. (BRB-2001) Os possveis benefcios do factoring para a empresa-cliente no incluem o(a): (A) maior envolvimento e preocupao do empresrio com as atividades rotineiras de pagar, receber e prover recursos, aproximando-o dessas atividades imprescindveis para a melhoria da gesto empresarial. (B) implementao de um melhor fluxo de caixa, em que ela tenha condies de pagar vista o que vende a prazo, com possvel expanso das vendas. (C) ampliao do crdito. (D) reduo do endividamento. (E) racionalizao de custos.

Resposta: somente a letras a correta.

4. (CEF 2004 Fundao Carlos Chagas - Adaptado) Assinale a(s) afirmativa(s) incorreta(s). a) O fundo de penso formado por investidores que tm por objetivo constituir uma carteira diversificada de titulos e valores mobilirios, mediante a aplicao de recursos financeiros de terceiros. b) As sociedades administradoras de carto de crdito emitem cartes que podem ser utilizados em compras em estabelecimentos credenciados. c) As Sociedades de Fomento Comercial factoring so empresas comerciais financeiras que operam por meio de aquisio de recebveis, porm, no assumindo o risco dos mesmos. d) As Sociedades Corretoras so instituies que efetuam, com exclusividade, a intermediao financeira nos preges das Bolsas de Valores, das quais so associadas mediante a aquisio de um titulo patrimonial. e) As Bolsas de Valores so associaes civis com fins lucrativos, cujos patrimnios so constitudos por ttulos patrimoniais adquiridos por seus membros, as sociedades distribuidoras. Resposta: a letras a, c, e so as respostas corretas.

AULA 10PRODUTOS E SERVICOS BANCRIOS CAPTAES POR DEPSITOS Como visto na aula 1, quando uma instituio financeira recebe recursos de poupadores (investidores), ela est fazendo uma captao de recursos ou esta contratando uma operao passiva. Nesta aula, sero estudadas as captaes de recursos realizadas por instituies financeiras por meio de depsitos: 1. Depsitos a vista (Contas-Correntes), 2. Depsitos a Prazo (CDB e RDB), 3. Depsitos de Poupana (Conta Poupana), DEPSITOS A VISTA E o tipo mais comum de conta. Tambm conhecido como conta-corrente. Pode ser mantido por pessoas fsicas e jurdicas de direito pblico ou privado e constitui-se na principal fontes de recursos dos bancos. So recursos de livre movimentao. As normas do SFN no permitem a remunerao de depsitos vista. Somente os bancos com carteira comercial podem captar recursos de depsitos vista. Tais depsitos podem ser movimentados por meio de cheques. Para abertura desta conta, o cliente deve preencher ficha-proposta com sua identificao completa. A ficha-proposta deve conter, no mnimo, as seguintes informaes : 1. Pessoas Fsicas: nome completo, filiao, nacionalidade, data e local de nascimento, sexo, estado civil, nome do cnjuge (se casado), profisso, documento de identificao (tipo, nmero, data de emisso e rgo emissor), inscrio no Cadastro de Pessoa Fsica - CPF. 2. Pessoas Jurdicas: razo social, atividade principal, forma e data de constituio, documentos, contendo as informaes referidas na alnea anterior, que qualifiquem e autorizem os represetantes, mandatrios ou prepostos a movimentar a conta, CNPJ e atos constitutivos, devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente. Alm destes itens, indispensvel a apresentao de: endereo, telefones, referncias, data da abertura da conta e assinatura dos depositantes. As instituies devem condicionar a abertura de conta para pessoas fsicas que estejam inscritas no CPF. Tanto na abertura quanto nas atualizaes cadastrais a instituio dever verificar a situao do titular da conta no CPF. Se o titular da conta for menor ou incapaz, alm da qualificao, necessrio indicar uma pessoa responsvel que o assistir ou o representar nas operaes necessrias.

A instituio dever arquivar, juntamente com a ficha-proposta, cpia dos documentos apresentados. Eles podero ser microfilmados e obrigatrio a manuteno em arquivo at 5 anos aps o encerramento da conta. O CMN probe a concesso de talonrio enquanto as informaes prestadas no houverem sido checadas ou quando forem constatadas irregularidades na informao. Se o titular da conta estiver impedido de receber talo, a movimentao vai ocorrer por meio eletrnico ou cheque avulso sem nus para o correntista. A IF no poder criar limitaes sustao do pagamento de cheques, mas poder cobrar tarifa se existir clusula prevendo na fichaproposta; facultado instituio a entrega de talonrio pelo correio ou por empresas especializadas desde que autorizada pelo depositante. O CMN facultou IF a abertura, manuteno ou encerramento de conta-corrente de depsito vista cujo titular figure ou tenha figurado no cadastro de emitentes de cheque sem fundo. vedado, no entanto, o fornecimento de talonrio de cheques para pessoas que ainda figurem neste cadastro. Existe um tipo especial de conta-corrente que a chamada conta-salrio. Esta conta no est sujeita s tarifas bancrias e no movimentvel por cheques. DEPSITOS A PRAZO Os depsitos a prazo caracterizam-se por terem data de resgate previamente definida. No tm livre movimentao. Podem ter remunerao pr e psfixada. Isto quer dizer que a remunerao do depsito pode ser conhecida no momento em que ele feita (prefixada) ou somente no futuro (ps-fixada). Os depsitos a prazo podem ser contratados com emisso de certificado (CDB) e sem emisso (RDB). Os CDBs so um dos principais ttulos emitidos por bancos comerciais, de investimento, mltiplos e caixas econmicas. Esses papis podem ou no ter desgio em sua emisso. Tem como objetivo captar recursos das pessoas fsicas e jurdicas no financeiras. Essas operaes permitem que tais entidades obtenham dinheiro para emprestarem s empresas que necessitem de numerrio para financiar operaes e negcios. Parte destes recursos iro financiar captados na modalidade de CDB vo financiar o crdito direto ao consumidor (CDC), emprstimos para capital de giro das empresas e compra de bens e servios. O CDB pode ser transferido por endosso em preto (isto , com o nome e qualificao do endossatrio), quando no for emitido de forma escritural. No pode ser prorrogado, mas renovado de comum acordo. O Recibo de Depsito Bancrio (RDB) muito semelhante ao CDB, diferenciando-se deste pelo fato de no poder ser resgatado antecipadamente. Nos contratos de CDB, caso o investidor tenha uma emergncia, existe a possibilidade dele negociar o resgate antes do prazo programado. Nessa

situao, o banco ir compatibilizar a taxa ao prazo em que o dinheiro foi investido. Para os RDB's essa possibilidade no existe. Como os depsitos vista, os depsitos a prazo esto sujeitos a recolhimento compulsrio conforme regulamentao expedida pelo CMN. DEPSITOS DE POUPANCA Os depsitos de poupana foram criados na dcada de 60, para fortalecimento da poupana popular. Tais depsitos esto vinculados ao crdito habitacional. Seu rendimento anual eh de TR + 6% a.a. A apropriao mensal dos rendimentos se da de forma pr rata, ou seja, todo ms feita a apropriao proporcional a 1/12 da remunerao anual. A movimentao livre, mas h perda de remunerao caso o saque seja feito antes de 1 ms do deposito do recurso.

Somente os Bancos Mltiplos com carteira de crdito imobilirio, a Caixa Econmica Federal, as sociedades de crdito imobilirio e as associaes de poupana e emprstimo podem receber depsitos de poupana. As sociedades de crdito imobilirio e as associaes de poupana e emprstimo podem, mediante prvia autorizao do Banco Central do Brasil, estabelecer convnios com bancos mltiplos com carteira comercial e bancos comerciais para a captao de depsitos de poupana. Para efeito de rendimento, os depsitos efetuados em cheque, se honrados na primeira compensao e independente do prazo necessrio para tal, devem ser considerados a partir do dia do depsito. A poupana, como dito no mercado, um dinheiro carimbado, ou seja, possui uma destinao previamente definida pelo Conselho Monetrio Nacional. Grande parte dos recursos captados sob a forma de poupana, mais especificamente, no mnimo 65% destes, devero ser aplicados em operaes no mercado imobilirio. Deste valor, pelo menos 80%, ou seja, 52% do total, deve ser aplicado em operaes de financiamento habitacional no mbito do Sistema Financeiro da Habitao SFH. Existem ainda recursos que so captados em depsitos de poupana rural pelo Banco da Amaznia S.A., Banco do Brasil S.A. e Banco do Nordeste do Brasil S.A. e devero ter uma destinao diferente da poupana convencional. Destes valores captados sob a forma de poupana rural, 15% do montante deve ser depositado compulsoriamente no Banco Central do Brasil, no mnimo, 40% deve ser mantido em operaes de crdito rural e, no mximo, 45% dos recursos podem ser aplicados em ttulos da dvida pblica federal, estadual, municipal, depsitos interfinanceiros, financiamentos para habitao rural e outros emprstimos.

EXERCCIOS

1. (BB - 2002) Uma pessoa fsica foi abrir uma conta-corrente em uma instituio bancria. No ato de abertura da conta, demandou que certas informaes fossem prestadas pelo banco e que essas informaes estivessem previstas em clusulas explicativas na ficha-proposta, que o contrato de abertura da conta, celebrado entre o banco e a pessoa fsica. Em face dessa situao, dever do banco informar ao cliente: a) o saldo mdio mnimo exigido para a manuteno da conta. b) as condies para fornecimento de talonrio de cheques. c) a necessidade de o cliente comunicar, por escrito, qualquer mudana de endereo ou nmero de telefone.. d) as condies para a incluso do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos. e) que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, podero ser destrudos. Resposta: Todos os itens so verdadeiros. 2. (BB - 2003) Julgue os itens a seguir quanto aos tipos de conta bancria existentes no mercado brasileiro. a) Da conta de poupana, o dinheiro s pode ser sacado depois de um prazo fixado por ocasio do depsito. b) A conta de depsito a prazo foi criada com o fim especfico de estimular a economia popular e permite a aplicao de valores at R$ 1.000,00, que passam a gerar rendimentos mensalmente. c) A conta-salrio tipo especial de conta de depsito vista destinada a receber salrios, vencimentos, aposentadorias, penses e similares movimentvel por cheques e est sujeita aos regulamentos aplicveis s demais contas de depsitos, mas isenta da cobrana de tarifas. d) Na conta de depsito vista, o dinheiro depositado fica disposio do titular para ser sacado a qualquer momento. Resposta: Somente o item `d` verdadeiro. 3. (BANESE/2002) O certificado de depsito bancrio (CDB) e o recibo de depsito bancrio (RDB) so opes de aplicao financeira existentes no mercado brasileiro. Com relao a esses produtos bancrios, julgue os itens abaixo. a) O CDB, sendo um ttulo, pode ser negociado por meio de transferncia. b) O RDB, sendo um ttulo, pode ser negociado por meio de transferncia. c) O CDB um ttulo de crdito, fsico ou escritural, e o RDB um recibo. Ambos so emitidos por bancos comerciais e representativos de depsitos a prazo feitos pelo cliente. O CDB e o RDB geram a obrigao de o banco pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, a remunerao prevista, que ser sempre superior ao valor aplicado. d) O CDB e o RDB no podem ser resgatados antes do prazo contratado. e) O prazo mnimo para aplicao e resgate de CDBs e RDBs varia de quinze dias a 36 meses, independentemente do tipo de remunerao contratada.

Resposta: Somente as letras a e c so verdadeiras. 4. (BB - 2001) Os certificados de depsitos bancrios (CDBs) constituem ttulos de renda fixa emitidos pelos bancos e destinam-se a lastrear operaes de financiamento de capital de giro. Nesse sentido, considere a seguinte situao hipottica: O Banco Gama anunciou o pagamento de 22,6% ao ano para aplicaes em CDBs de sua emisso. Na oportunidade, foi projetada uma inflao anual de 7,2%, e o mercado adotava, como referencial de taxa pura de juros (livre de risco), o rendimento anual pago pela caderneta de poupana. A alquota de imposto de renda era de 20% sobre os rendimentos auferidos. Com relao situao hipottica apresentada, aos CDBs e aos recibos de depsitos bancrios (RDBs), e desconsiderando a cobrana de IOF e de CPMF, julgue os itens seguintes. a) Na hiptese apresentada, a taxa de remunerao lquida inferior a 17,5% ao ano. b) No caso em apreo, a taxa real de juros superior a 15% ao ano. c) Os CDBs e os RDBs so alternativas de aplicao mais conservadoras que as cadernetas de poupana, pois o governo garante os depsitos independentemente do valor aplicado; na poupana, essa garantia est subordinada a um limite. d) A caracterstica que difere o CDB do RDB a possibilidade de o CDB ser transferido a outros investidores por endosso nominativo. e) O recolhimento compulsrio determinado pelo Banco Central do Brasil (BACEN) pode incidir sobre as captaes efetuadas pelas instituies financeiras por meio de CDBs. Resposta: Somente o item `d, e so verdadeiros.

5. (BB - 2003) Produto tradicional de captao financeira no Brasil, a caderneta de poupana constitui depsito em dinheiro que acumula juros e correo monetria e cujos recursos so destinados ao financiamento da construo e da compra de imveis. Acerca das regras atuais aplicveis a esse produto, julgue os itens que se seguem. A) Os valores depositados e mantidos em depsito por prazo inferior a um ms recebem remunerao proporcional estabelecida para o ms. B) Os bancos no podem cobrar pela manuteno de conta de poupana. C) Os valores depositados em poupana so atualizados com base na taxa referencial (TR) do dia do depsito, acrescida de juros de 1% ao ms. D) Depsitos em cadernetas de poupana efetuados nos dias 29, 30 e 31 sero remunerados no dia 1. de cada ms, aplicando-se o ndice correspondente ao dia 1. do ms anterior. Resposta: Somente o item `d verdadeiro.

AULA 11

PRODUTOS E SERVICOS BANCRIOS LETRAS DE CAMBIO E COMMERCIAL PAPERS As captaes de recursos pelas empresas podem ser feitas diretamente junto aos scios, pela emisso de aes. Outra forma de captao a contratao de emprstimos e financiamentos junto as instituies financeiras. Uma terceira forma de captao de recursos a emisso de ttulos de divida por parte de tais entidades. Nesta aula, estudaremos os seguintes instrumentos de captao: 1. As letras de cmbio, muito utilizadas pelas financeiras, e 2. Os commercial papers, papeis emitidos pelas sociedades annimas (SA). AS LETRAS DE CMBIO Representa um instrumento de captao tpico das sociedades de credito, financiamento e investimento, estando sempre relacionado com uma operao comercial. Em uma operao de Letra de Cmbio existem trs elementos fundamentais: o muturio quem emite a Letra de Cmbio, confessando que pagara um determinado valor no futuro; o aceitante a sociedade de Crdito, Financiamento e Investimento (financeira); e o tomador ou mutuante o investidor da Letra de Cmbio e, por isso, recebe um rendimento. O fluxo de emisso, aceite e negociao pode ser visto desta maneira:

Emitente

Aceitante MQUINA

Tomador

Muturio

Financeira

Investidor

1 O devedor emite a letra de cmbio e entrega a financeira 2 A financeira d o seu aceite e negocia com o investidor 3 O investidor adquire os aceites cambiais emitidos pelas financeirasA Letra de Cmbio emitida por entidade no-financeira e usurios de bens e servios, existindo o aceite, bem como a coobrigao das sociedades de crdito, financiamento e investimento (financeiras) e tem por finalidade a

obteno de recursos por parte das financeiras, visando a financiar o consumidor final. COMMERCIAL PAPERS A regulamentao brasileira denomina tais ttulos como notas promissrias. E uma nota promissria emitida por uma empresa no mercado externo para captao de recursos curto prazo, gerando portanto uma dvida de curto prazo para a empresa. Tal captao feita para atender necessidades financeiras de uma empresa (expanso, investimentos, etc). caracteristicamente um titulo de curto prazo, emitido por empresas no financeiras. Seu prazo maximo de 6 meses, caso seja emitido por uma S.A. de capital fechado, e de ateh um ano caso seja emitido por uma companhia aberta. O commercial paper no pode oferecer garantias reais, podendo ser garantido por fiana bancria. O objetivo de tais ttulos facilitar para as empresa a obteno de recursos de curto prazo. Sua emisso regulamentada pela CVM por meio da Instruo n 134, de 1/11/90. negocivel em mercado secundrio, ou seja, os ttulos podem ser negociados, aps sua emisso, entre investidores. Tal negociao normalmente ocorre com um desconto sobre o valor de emisso (tambm chamado de valor de face).

EXERCCIOS1. (CAIXA/1998) ordem de pagamento a) a ao ordinria. b) a fatura. c) a nota promissria. d) warrant. e) a letra de cmbio. Resposta: Somente o item `e` verdadeiro. 2. (Cespe/Banco do Brasil 2001) Um commercial paper com vencimento em 120 dias, cujo valor nominal de R$ 10.000,00, foi negociado por uma empresa por R$ 9.400,00. Acerca dessa situao hipottica e de commercial papers, julgue os itens abaixo. a) Usualmente, no Brasil, o commercial paper negociado no mercado por um valor descontado, sendo recomprado pela empresa emitente pelo seu valor de face, como na situao hipottica em apreo. b) Alm dos juros pagos, a empresa emitente de commercial papers incorre tambm em despesas de emisso. c) O commercial paper , de praxe, utilizado para a captao de capital para investimentos de longo prazo das empresas.

d) A operao de commercial papers costuma ter como vantagens agilidade e custo financeiro inferior ao das operaes de emprstimo bancrio. e) Na situao hipottica apresentada, a taxa de rentabilidade inferior a 1% ao ms. Resposta: Os itens `c` e `e` so falsos.

3. (CEF 2004) Commercial papers so ttulos de crditos emitidos visando a captao pblica de recursos para o capital de giro das empresas. Est correto dizer que: a) a colocao de Commercial papers junto a investidores de mercado jamais poder ser feita atravs de um dealer. b) a vantagem da utilizao de Commercial papers em relao s operaes convencionais de emprstimos o baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar recursos no mercado, explicados pela eliminao da intermediao bancria uma vez que no exige nenhum documento formal. c) alm dos juros recebidos, a empresa emitente incorre tambm em despesas de emisso, tais como registro na CVM, publicaes, etc. d) Commercial papers so negociados no mercado por um valor descontado chamado desgio, sendo recomprados pela empresa emitente pelo seu valor de face, valor nominal. e) Commercial papers so negociados sem garantia real e no podem oferecer garantia de fiana bancria.Resposta: O item d verdadeiro.

4. Em relao s letras de cmbio e outros instrumentos de captao das instituies financeiras, possvel afirmar que: a) a letra de cmbio uma modalidade de depsito a prazo. b) tal como o depsito vista, a letra de cmbio pode ser sacada pelo cliente no instante que este desejar. c) O aceitante da letra de cmbio uma instituio financeira. d) O emitente da letra de cmbio um investidor em letra de cmbio. e) o sacado na letra de cmbio seu emissor.Resposta: O item c o nico verdadeiro.

AULA 12PRODUTOS E SERVIOS FINANCEIROS OPERAES DE CRDITO A principal aplicao dos recursos captados por instituies financeiras a contratao das operaes de crdito, mais conhecidas como emprstimos e financiamentos. Tais operaes tambm so chamadas de operaes ativas. Nesta aula, estudaremos os seguintes tipos de operaes de crdito. 1. Hot Money 2. Contas Garantidas 3. Crdito Rotativo 4. Descontos de Ttulos 5. Financiamento de Capital de Giro HOT MONEY O hot money pode ser definido como um emprstimo de curtssimo prazo, normalmente por um dia ou, no mximo, por 10 dias. A formao de taxa para o hot money definida pela taxa do CDI (Certificado de Depsito Interfinanceiro) do dia da operao acrescido dos custos do PIS (0,75%) e do COFINS (2,00%) sobre o faturamento da operao. A taxa CDI representa o custo mdio de captao de recursos por uma instituio financeira dentro do SFN. Por ser uma operao de curto prazo o hot money tem a vantagem de permitir uma rpida mudana de posio no caso de uma variao brusca nas taxas de juros para baixo. CONTAS GARANTIDAS Caracterizadas como emprstimos de curto prazo, para os quais o tomador mantm sob a custdia de uma instituio financeira valores a receber junto a seus clientes, numa proporo que garanta o pagamento do emprstimo, no caso de inadimplncia por parte do tomador. So semelhantes ao crdito rotativo, exceto pelo fato de ter, obrigatoriamente, garantias vinculadas operao. CRDITO ROTATIVO So emprstimos em conta corrente, de natureza rotativa, com cobrana de encargos mensais somente sobre os valores utilizados no perodo do contrato. So direcionadas tanto para as pessoas fsicas como jurdicas. Quanto s suas modalidades, quando destinadas s pessoas fsicas, denominam-se Cheque Especial, e quando s jurdicas, Cheque Especial Empresa ou com o nome genrico Emprstimos Em Conta Corrente. Tanto para as pessoas fsicas, quanto para as jurdicas, as amortizaes so parciais do saldo devedor, atravs de simples depsitos em conta, at a

liquidao total do dbito; no vencimento do contrato, d-se a liquidao do saldo devedor. Os prazos variam de acordo com o perodo de captao dos recursos. O que se faz normalmente um contrato para um prazo de 180 dias, com repactuao dos encargos a cada 30 dias. DESCONTO DE TTULOS o adiantamento de recursos ao cliente feito pelo banco, sobre os valores referenciados em duplicatas de cobrana ou notas promissrias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente, que transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao banco. O banco deve selecionar cuidadosamente a qualidade de crdito das duplicatas de forma a evitar a inadimplncia. Nesta operao, a empresa emitente da duplicata transfere o ttulo para o banco, recebendo o lquido do valor nominal. Nesta operao como em outros emprstimos, o banco cobra juros, comisses e IOF (Imposto sobre Operaes Financeiras), que ser calculado sobre o principal. Na data do vencimento do ttulo, caso o mesmo no seja liquidado, a empresa a responsvel pelo mesmo junto ao banco, efetuando o pagamento do ttulo acrescido de juros e multa pelo atraso. FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO Destinados ao suprimento da necessidade de capital de giro de empresas. Emprstimos vinculados a um contrato especfico, contendo prazos, taxas, valores e garantias. Atravs dessa modalidade de emprstimo, as empresas garantem recursos para sua movimentao a curto prazo. A amortizao do emprstimo ser negociada entre as partes.

EXERCCIOS1. (CEF 2004 Fundao Carlos Chagas) Julgue o item correto, a partir das afirmativas abaixo: a) Sobre a operaes de Crdito Rotativo no incidem juros e IOF. b) Operaes Hot Money so operaes de emprstimo de curto e curtssimo prazos, demandas para cobrir as necessidades de longo prazo da empresa. O custo dessas operaes baseado na taxa ao CDI do dia mais o spread cobrado pelo banco. c) As operaes Hot Money so referenciadas pelo CDI Certificado de Depsito Interfinanceiro e as taxas so repactuadas diariamente. d) Crdito Rotativo uma linha de crdito aberta pelos bancos para financiamento de investimentos permanentes. e) As operaes de Crdito Rotativo, por serem simples de operar, no exigem garantias. Resposta: Somente o item c verdadeiro.

2. (CEF 2004 Fundao Carlos Chagas) Julgue o item correto, a partir das afirmativas abaixo a) Nas operaes de desconto bancrio, o risco assumido pela instituio financeira. b) A operao de Desconto de Ttulos diz respeito ao adiantamento de recursos ao cliente, feito pelo banco, como uma antecipao dos valores a pagar a seus fornecedores. c) Na operao de Desconto de Ttulos, o valor liberado ao tomador superior ao valor nominal (valor de resgate) dos ttulos, em razo do encargos financeiros cobrados antecipadamente. d) Nas operaes de desconto bancrio, a responsabilidade final da liquidao do titulo negociado perante a instituio financeira, caso o cedente no pague no vencimento, do tomador de recursos, ou seja, o sacado. e) A operao de Desconto de Ttulos d ao banco o direito de regresso, caso o ttulo no seja pago pelo sacado. Resposta: Somente o item `e` verdadeiro.

3. (BB/1998) O Desconto de Ttulos, principalmente de duplicatas, notas promissrias e cheques, um dos principais produtos de emprstimo dos bancos comerciais e mltiplos com esta carteira. Supondo-se que um cliente desconte no banco um ttulo com valor nominal de R$ 100.000,00, com data de vencimento em 30 dias, pagando ao banco uma taxa de desconto de 3% ao ms e, ao fisco, um IOF de 1,5% ao ano (0,0041% ao dia), assinale o valor, em reais, entregue ao cliente. a) 98.677,00 b) 97.867,00 c) 96.877,00 d) 96.788,00 e) 96.687,00 Resposta: Somente o item c verdadeiro.

4. Uma determinada empresa desc


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