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LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.

Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

P A R T E G E R A L

LIVRO I

DAS PESSOAS

TÍTULO I

DAS PESSOAS NATURAIS

CAPÍTULO I DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV - os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

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Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

Art. 9o Serão registrados em registro público:

I - os nascimentos, casamentos e óbitos;

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:

I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;

II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;

III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção. (Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

CAPÍTULO II DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

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Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.

Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

CAPÍTULO III DA AUSÊNCIA

Seção I Da Curadoria dos Bens do Ausente

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o

ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.

Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.

Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.

§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.

§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.

§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.

Seção II Da Sucessão Provisória

Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.

Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:

I - o cônjuge não separado judicialmente;

II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;

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III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;

IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.

§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.

§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.

Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.

Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.

§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.

§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de

garantia, entrar na posse dos bens do ausente.

Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.

Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.

Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.

Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.

Seção III Da Sucessão Definitiva

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Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.

TÍTULO II

DAS PESSOAS JURÍDICAS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

II - as sociedades;

III - as fundações.

IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

VI – as empresas individuais de responsabilidade Ltda (incluído pela Lei nº 12.441 de 2011)

§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das

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organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Art. 46. O registro declarará:

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;

V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;

VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.

Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.

Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.

§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.

§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.

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§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.

Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.

CAPÍTULO II DAS ASSOCIAÇÕES

Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.

Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.

Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.

Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.

Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)

Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido,

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depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.

§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.

§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.

CAPÍTULO III DAS FUNDAÇÕES

Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.

Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.

Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.

Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.

Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.

§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público Federal. (Vide ADIN nº 2.794-8)

§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.

Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:

I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;

II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;

III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.

Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou

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vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.

LIVRO II

DOS BENS

TÍTULO ÚNICO Das Diferentes Classes de Bens

CAPÍTULO I Dos Bens Considerados em Si Mesmos

Seção I Dos Bens Imóveis

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Seção II Dos Bens Móveis

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por

força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Seção III Dos Bens Fungíveis e Consumíveis

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

Seção IV Dos Bens Divisíveis

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.

Seção V Dos Bens Singulares e Coletivos

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Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

CAPÍTULO II Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

CAPÍTULO III Dos Bens Públicos

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

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Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

LIVRO III

Dos Fatos Jurídicos

TÍTULO I Do Negócio Jurídico

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.

CAPÍTULO II Da Representação

Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.

Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não

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o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.

Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.

Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da representação voluntária são os da Parte Especial deste Código.

CAPÍTULO III Da Condição, do Termo e do Encargo

Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.

Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;

III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.

Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.

Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.

Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.

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§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.

§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.

§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.

§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.

Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.

Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.

CAPÍTULO IV Dos Defeitos do Negócio Jurídico

Seção I Do Erro ou Ignorância

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade

emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.

Art. 139. O erro é substancial quando:

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta.

Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.

Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.

Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

Seção II Do Dolo

Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

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Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.

Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.

Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.

Seção III Da Coação

Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.

Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.

Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.

Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.

Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.

Seção IV Do Estado de Perigo

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

Seção V Da Lesão

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.

§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

Seção VI Da Fraude Contra Credores

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Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.

Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.

Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.

Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.

Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.

Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.

Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.

Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.

CAPÍTULO V Da Invalidade do Negócio Jurídico

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.

§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

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I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.

Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.

Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.

Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.

Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

I - por incapacidade relativa do agente;

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.

Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.

Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.

Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor.

Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente.

Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;

III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.

Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela

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outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.

Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio.

Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.

TÍTULO II

Dos Atos Jurídicos Lícitos

Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anterior.

TÍTULO III

Dos Atos Ilícitos

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

TÍTULO IV

Da Prescrição e da Decadência

CAPÍTULO I Da Prescrição

Seção I Disposições Gerais

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

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Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz. (Revogado pela Lei nº 11.280, de 2006)

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

Seção II Das Causas que Impedem ou Suspendem a

Prescrição

Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;

II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.

Seção III Das Causas que Interrompem a Prescrição

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

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Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.

§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

Seção IV Dos Prazos da Prescrição

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

Art. 206. Prescreve:

§ 1o Em um ano:

I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;

II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:

a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;

b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;

III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;

IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;

V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.

§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

§ 3o Em três anos:

I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;

III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;

IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;

V - a pretensão de reparação civil;

VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;

VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:

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a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;

b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;

c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;

VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;

IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

§ 5o Em cinco anos:

I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;

III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

CAPÍTULO II Da Decadência

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as

normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

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DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942.

Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro

Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.376, de 2010

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:

Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

§ 1oNos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei 2.145, de 1953)

§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).

§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

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Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.

Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.

§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)

§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009).

§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.

§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.

§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.

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§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.

§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.

§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente.

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 18.5.1995)

§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.

§ 1o Não poderão, entretanto. ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.

§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão

adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação.

§ 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.

Art.12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

§ 1o Só à .autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações, relativas a imóveis situados no Brasil.

§ 2oA autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.

Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que ,foi proferida;

d) estar traduzida por intérprete autorizado;

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e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. Não dependem de homologação as sentenças meramente declaratórias do estado das pessoas. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares

brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957)

Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais.

Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei.

Comentários

DAS PESSOAS

1. PESSOA NATURAL – para o direito, é o ser humano, enquanto sujeito/destinatário de direitos e

deveres.

2. Personalidade jurídica – é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações,

ou, em outras palavras, é o atributo necessário para ser sujeito de direito (Pablo Stolze Gagliano e

Rodolfo Pamplona Filho).

De acordo com o art.2º do CC, tem-se como marco inicial da personalidade o nascimento

com vida (= respiração).

2.1 Situação jurídica do nascituro

Embora a personalidade civil da pessoa comece do nascimento com vida, a lei põe a

salvo, desde a concepção, os direitos do nascituto (CC, art.2º). Este é o “ser já concebido, mas

ainda se encontra no ventre materno”, segundo a definição de Silvio Rodrigues.

Três grandes teorias procuram definir a situação jurídica do nascituro: a natalista, a

da personalidade condicional e a concepcionista.

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a )Teoria Natalista – para os adeptos da Teoria Natalista, a personalidade é adquirida a partir do

nascimento com vida, ou seja, no instante em que ocorre a respiração (art.2ºCC);

- Nascituro não é pessoa.

- Personalidade = nascimento com vida = respiração

- O nascituro tem apenas expectativa de direitos

- É a teoria mais conservadora - doutrina tradicional.

*Silvio Rodrigues, Eduardo Espínula, Silvio Venosa, Caio Mário, Pontes de Miranda

b)Teoria Concepcionista

- A moderna doutrina civilista, defende a tese de que o nascituro já tem personalidade

jurídica desde a concepção.

- O nascituro é pessoa e possui direitos desde a concepção (não apenas a expectativa de

direitos)

- Para Silmara Chinelato, principal defensora desta tese, o nascituro adquire a personalidade

antes do nascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitos patrimoniais,

decorrentes de herança, legado e doação, que ficam condicionados ao nascimento com vida.

-Para Maria Helena Diniz: "tem o nascituro personalidade jurídica formal, no que se refere aos

direitos personalíssimos, passando a ter personalidade jurídica material, adquirindo os direitos

patrimoniais, somente, quando do nascimento com vida. Portanto, se nascer com vida, adquire

personalidade jurídica material, mas, se tal não ocorrer, nenhum direito patrimonial terá.

c) A teoria da personalidade condicional- Sustenta que o nascituro é pessoa condicional, pois

a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de condição suspensiva - o nascimento com vida.

- Nascituro não é pessoa, mas possui direitos (da personalidade) desde o momento em que foi concebido e expectativa de direitos patrimoniais.

Enunciado I Jornada de Direito Civil - CJF

1 - Art. 2º: a proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos

direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.

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3. Capacidade jurídica

É a aptidão inerente à cada pessoa para que possa ser sujeito ativo ou passivo de

direitos e deveres.Essa aptidão pode ser mero potencial (direito ou gozo) ou poder efetivo (fato ou

exercício).

Capacidade = medida da personalidade

Capacidade civil plena = Capacidade de Direito ou de Gozo + Capacidade Fato ou

de Exercício

a. Capacidade de DIREITO ou de GOZO:

-É a aptidão genérica para ser titular de direitos e deveres;

-Inerente a todas as pessoas (art. 1º);

b. Capacidade de FATO, de EXERCÍCIO ou de AÇÂO:

-É a aptidão para praticar, por si só, os atos da vida civil (art. 3º e 4º);

-Nem todas as pessoas possuem – art. 3º e 4º(limitações);

- Pode ser antecipada – art. 5º;

OBS. capacidade não se confunde com legitimação. Esta é a aptidão para a prática de

certos atos jurídicos. É uma capacidade especial.

4. Incapacidade – é a restrição legal à prática de certos atos da vida civil.

As pessoas que não possuem capacidade de fato são chamadas de incapazes.

ABSOLUTA – Art.3º

a. Modalidades RELATIVA – Art.4º

b. Forma de suprir a incapacidade – REPRESENTAÇÃO OU ASSISTÊNCIA.

Maioridade – 18 anos completos

c. Cessação da incapacidade Voluntária

Art.5º CC Emancipação Judicial

Legal

Enunciado da V Jornada

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397 - Art. 5º. A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está sujeita a desconstituição por vício de vontade.

5. Fim da pessoa natural

Pela morte real – primeira parte do art. 6º;

Pela comoriência – art. 8º= morte simultânea

- Sem ausência - art.7º

Pela morte presumida – segunda parte do art. 6º

- Com ausência – art. 22 ao art. 39

Curadoria dos bens do ausente

Sucessão provisória 1 ano

3 anos

Sucessão definitiva 10 anos / art.38

6.Direitos da personalidade

-São aqueles inerentes à pessoa e a sua dignidade. Decorrem da condição humana..

-Previsão cc – art. 11 ao 21.

- Miguel Reale: “Tratando-se de matéria de per si complexa e de significação ética essencial, foi

preferido o enunciado de poucas normas dotadas de rigor e clareza, cujos objetivos permitirão os

naturais desenvolvimentos da doutrina e da jurisprudência”

- A Constituição Federal também protege a pessoa humana – art. 1º,III

Quais são os direitos da personalidade ?

De forma exemplificativa:

Vida

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Honra

Nome

Imagem

Intimidade

Integridade físico-psíquica

- Em regra, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis não podendo o seu

exercício sofrer limitação voluntária (art.11).

Enunciado I Jornada

4 – Art. 11: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que

não seja permanente nem geral.

Enunciado III Jornada:

139 - Art. 11: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente

previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à

boa-fé objetiva e aos bons costumes.

Enunciado IV Jornada de Direito Civil – CJF

274 – Art. 11. Os direitos da personalidade, regulados de maneira não-exaustiva pelo Código Civil,

são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da

Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana).

Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica

da ponderação.

Tutela Geral dos direitos da personalidade

Art. 12 - Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar

perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Medidas judiciais preventivas e reparação integral dos danos

PREVENÇÃO - Ação de obrigação de fazer e não fazer (461 do CPC) – multa pode ser fixada –

REPARAÇÃO – danos materiais, morais, estéticos.

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A pessoa falecida tem direitos da personalidade?

Sim, ela tem direitos da personalidade.

*Pessoas legitimadas a pleitear medidas de prevenção e reparação:

Cônjuge;

Qualquer parente em linha reta ou colateral até o quarto grau.

Enunciado IV Jornada Direito Civil

275 - Arts. 12 e 20. O rol dos legitimados de que tratam os arts. 12, parágrafo único, e 20,

parágrafo único, do Código Civil também compreende o companheiro.

Enunciados da V Jornada de Direito Civil 398) Art. 12, parágrafo único. As medidas previstas no art. 12, parágrafo único, do Código Civil podem ser invocadas por qualquer uma das pessoas ali mencionadas de forma concorrente e autônoma. 399) Arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único. Os poderes conferidos aos legitimados para a tutela post mortem dos direitos da personalidade, nos termos dos arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do CC, não compreendem a faculdade de limitação voluntária. 400) Arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único. Os parágrafos únicos dos arts. 12 e 20 asseguram legitimidade, por direito próprio, aos parentes, cônjuge ou companheiro para a tutela contra a lesão perpetrada post mortem.

Integridade física

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

Enunciado I Jornada:

6 – Art. 13: A expressão “exigência médica” contida no art. 13 refere-se tanto ao bem-estar físico

quanto ao bem-estar psíquico do disponente.

Enunciado IV jornada.

276 – Art. 13: O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência

médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos

estabelecidos pelo Conselho

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Federal de Medicina, e a conseqüente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil.

Enunciado da V Jornada

401) Art. 13. Não contraria os bons costumes a cessão gratuita de direitos de uso de material biológico para fins de pesquisa científica, desde que a manifestação de vontade tenha sido livre e esclarecida e puder ser revogada a qualquer tempo, conforme as normas éticas que regem a pesquisa científica e o respeito aos direitos fundamentais.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

Enunciado IV Jornada:

277 – Art. 14: O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio

corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação

expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a

aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.

Enunciado V Jornada:

402) Art. 14, parágrafo único. O art. 14, parágrafo único, do Código Civil, fundado no

consentimento informado, não dispensa o consentimento dos adolescentes para a doação de

medula óssea prevista no art. 9º, § 6º, da Lei n. 9.434/1997 por aplicação analógica dos arts. 28, §

2º (alterado pela Lei n. 12.010/2009), e 45, § 2º, do ECA.

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou

a intervenção cirúrgica.

Ponderação de valores

Vida x -------

Enunciado V Jornada

403) Art. 15. O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da

Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive

transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde

que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo

representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c)

oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.

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Nome = Prenome + sobrenome – art.16

- Pseudônimo – protegido no art. 19

Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.

Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Enunciado IV Jornada

278 – Art. 18: A publicidade que divulgar, sem autorização, qualidades inerentes a determinada

pessoa, ainda que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a

direito da personalidade.

Imagem

Art. 20 - Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da

ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou

a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo

da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se

destinarem a fins comerciais.

- A proteção da imagem não é absoluta.

- Imagem deve ser ponderada com a liberdade de imprensa.

Objetiva – sociedade

Honra Subjetiva - esfera intima

Enunciado IV Jornada:

279 – Art. 20: A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses

constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo acesso à informação e da

liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-á em conta a notoriedade do retratado e dos

fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização

(comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a divulgação de

informações.

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Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

Enunciados da V jornada

404) Art. 21. A tutela da privacidade da pessoa humana compreende os controles espacial, contextual e temporal dos próprios dados, sendo necessário seu expresso consentimento para tratamento de informações que versem especialmente o estado de saúde, a condição sexual, a origem racial ou étnica, as convicções religiosas, filosóficas e políticas. 405) Art. 21. As informações genéticas são parte da vida privada e não podem ser utilizadas para fins diversos daqueles que motivaram seu armazenamento, registro ou uso, salvo com autorização

do titular.

PESSOAS JURÍDICAS - Art. 40 ao 69, do CC

1. Conceito

São entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a ser sujeitos de

direitos e deveres. Atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as

compõem. ( Carlos Roberto Gonçalves).

2. Classificação – art.40

- Estados Estrangeiros

Externo-

Art.42 - Pessoas regidas pelo direito internacional público

Direito Público

União

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Estados, Territórios e o DF

Interno Municípios

art.41 Autarquias, inclusive as associações públicas

Entidades de caráter público criadas por lei

Associações

Sociedades

Direito Privado Fundações

Art.44 Organizações religiosas

Partidos políticos

Empresas individuais de responsabilidade Ltda

3. ESPÉCIES DE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO (parte geral CC)

Associações – art. 53

- Conjunto de PESSOAS + FINS NÃO ECONÔMICOS

- Não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos.

-A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário (art.56).

- A exclusão de um associado só será possível havendo justa causa, assim reconhecida em

procedimento que admita defesa e recurso (art.58).

- Fim da associação - o remanescente do seu patrimônio líquido, será destinado à entidade de fins

não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à

instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes – art. 61

Fundações – art. 62

Religiosa

Moral

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- Conjunto de BENS + FINALIDADE ESPECÍFICA: Cultural

Assistencial

Escritura pública

Dotação de bens

(Art.62) Testamento

Instituidor

- Formação 2. Elaboração do estatuto Pessoa designada

MP (p.ú art.65)

3. Aprovação do estatuto MP com recurso ao juiz

(art.65)

4. Registro R. C. P.J.

Tornando-se ilícita

- Fim de uma fundação: Impossível ou inútil a finalidade a que visa

Art. 69 Vencido o prazo de sua existência.

Destinação de seus bens: quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela

destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que

se proponha a fim igual ou semelhante. A mesma destinação terá no caso de sua extinção ( art. 63

e 69, parte final.)

Sociedades:

-Podem ter fins lucrativos.

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-Estão previstas na parte especial do CC e em legislação especial.

Organizações Religiosas:

- São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações

religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos

constitutivos e necessários ao seu funcionamento.

Partidos Políticos:

– Têm fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não;

- Serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.

Empresas Individuais de Responsabilidade Ltda – Lei nº 12.441/11

4. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (ART.50):

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade,

ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério

Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas

relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou

sócios da pessoa jurídica.

4.1. As teorias “maior” e “menor” da desconsideração.

a) Teoria maior: - comprovação da FRAUDE e do ABUSO por parte dos sócios.

Divide-se em:

a.1 – Objetiva – confusão patrimonial

a.2 – Subjetiva – desvio de finalidade

Adotada pelo Código Civil

b. Teoria menor – simples prejuízo do credor. Se a sociedade não possui patrimônio, mas o sócio

possui, basta para responsabilizá-lo por obrigação daquela.

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Adotada no CDC – art.28, §5º

Enunciado I Jornada

7 – Art. 50: Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática de

ato irregular e, limitadamente, aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido.

Enunciado III Jornada:

146 - Art. 50: Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os parâmetros de desconsideração

da personalidade jurídica previstos no art. 50(desvio de finalidade social ou confusão patrimonial).

Enunciados IV Jornada:

281 – Art. 50: A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no art. 50 do Código Civil,

prescinde da demonstração de insolvência da pessoa jurídica.

282 – Art. 50: O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só, não basta para

caracterizar abuso da personalidade jurídica.

283 – Art. 50: É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” para

alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com

prejuízo a terceiros.

284 – Art. 50: As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins não-econômicos

estão abrangidas no conceito de abuso da personalidade jurídica.

285 – Art. 50: A teoria da desconsideração, prevista no art. 50 do Código Civil, pode ser invocada

pela pessoa jurídica, em seu favor.

Enunciado da V Jornada

406) Art. 50. A desconsideração da personalidade jurídica alcança os grupos de sociedade quando

presentes os pressupostos do art. 50 do Código Civil e houver prejuízo para os credores até o limite

transferido entre as sociedades.

Não confundir desconsideração com despersonalização!!

Despersonalização – é a própria extinção da personalidade jurídica.

Desconsideração– superamento episódico, em função de fraude, abuso ou desvio de finalidade.

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5. Responsabilidade civil

As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo (.Art. 43)

6. Direitos da personalidade – art.51

“Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”.

Enunciado IV Jornada.

286 – Art. 52: Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana,

decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.

DOS BENS - Art. 79 ao103

1.CONCEITOS

- Bens x coisas - não há consenso na doutrina sobre a definição de bens e coisas.

* Pablo Stolze Gagliano:

“Deve-se identificar a coisa sob o aspecto de sua materialidade, reservando o

vocábulo aos objetos corpóreos. Os bens, por sua vez, compreenderiam os objetos corpóreos ou

materiais (coisas) e os ideais (bens imateriais). Dessa forma, há bens jurídicos que não são

coisas: a liberdade, a honra, a integridade moral, a imagem, a vida”.

* Agostinho Alvin:

“São coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico e que

podem servir de objeto a uma relação jurídica”.

*Serpa Lopes:

“As coisas abrangem tudo quanto existe na natureza, exceto a pessoa, mas como

„bens” só se consideram as coisas existentes que proporcionam ao homem uma utilidade, sendo

suscetíveis de apropriação, constituindo, então, o seu patrimônio.

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2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS

1. Bens considerados em si mesmos – art. 79 ao 91;

2. Bens reciprocamente considerados – art.92 ao 9

3. Bens Públicos e particulares –art.98 ao 103

Imóveis/Móveis – art.79-84

Fungível/Infungível – art.85

Bens considerados em si mesmos Consumível/Inconsumível –art.86

Divisível/Indivisível- art.87 e 88

Singular/Coletivo- art.89-91

Principal – art.92, primeira parte

Bens reciprocamente Frutos – art.95

considerados Acessórios Produtos – art.95

art.92,2ª Pertenças – art.93 e 94

Necessárias - conservação

Benfeitorias Úteis - utilidade

Art.96 Voluptuárias - deleite

Particulares – todos aqueles que não forem de domínio nacional

pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno (art.98)

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Bens quanto ao titular a.De uso comum do povo – rios, mares estradas,

ruas e praças

Públicos b.De uso especial – edifícios ou terrenos destinados

a serviço ou estabelecimento da administração federal,

estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas

autarquias

c.Dominicais – constituem o patrimônio das pessoas

jurídicas de direito público, como objeto de direito

pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Enunciado IV Jornada

287 – Art. 98: O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a

enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a

pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos.

3. PATRIMÔNIO – complexo de relações jurídicas (reais ou obrigacionais) de uma pessoa,

apreciáveis economicamente.

FATOS JURÍDICOS - ART. 104 ao 188

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*Fato jurídico é o fato social que preencheu de maneira suficiente e adequada uma hipótese

de incidência decorrente de uma fonte de direito.

JURIDICIZAÇÃO

FATO SOCIAL FATO JURÍDICO

Suporte fático Hipótese de incidência

(fonte do direito)

Juridicização

Classificação

Fato jurídico stricto sensu

Fato jur. lato sensu

Ato-fato jurídico

Fatos Jurídicos Ato jurídico stricto sensu

Atos jurídicos lato sensu

Negócio jurídico

Atos ilícitos – art.186 e 187

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a) Fato Jurídico stricto sensu – acontecimento natural, que produz efeitos no mundo jurídico.

Pode ser:

Ordinário – nascimento, a morte, o decurso do tempo.

Extraordinário – um terremoto, uma enchente, o caso fortuito e a força maior.

b) Ato-fato jurídico

O ato humano é da substância do fato jurídico, mas não é relevante para a norma se

houve, ou não, intenção de praticá-lo (vontade é irrelevante). Não será levada em consideração

eventual incapacidade. O que importa é a consequência do ato.

Ex. pessoa que acha um tesouro – a conduta do agente não tinha por fim imediato

adquirir-lhe a metade, mas tal acaba ocorrendo, por força do disposto no art.1.264 do CC.

c) Ato jurídico stricto sensu

Surge pela vontade de praticar o ato. Uma vez praticado, seus efeitos estarão

previstos pelo ordenamento jurídico. O efeito da manifestação de vontade está predeterminado na

lei, como ocorre com a notificação, que constitui em mora o devedor.

Ex. emancipação, renúncia à herança, reconhecimento de paternidade

d) Negócio Jurídico

A vontade existe e é relevante para nascer e para moldar os efeitos. Ou seja, as

partes podem escolher efeitos. A ação humana visa diretamente alcançar um fim permitido em lei.

Há limites aos efeitos pretendidos: as normas de ordem pública, os bons costumes, o

interesse público, por exemplo.

Ex. Contratos em geral

Até o nascimento, o ato e o negócio são iguais. Depois de criados, o direito define os

efeitos do ato e as partes podem moldar os efeitos do negócio jurídico.

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PLANOS DOS FATOS JURÍDICOS

Plano da existência

É o plano onde os fatos sociais se tornam também fatos jurídicos, são trazidos para o

direito JURIDICIZAÇÃO - É a Hipótese de incidência incidindo sobre um suporte

fático suficiente e adequado, tornando o fato social também importante para o direito.

Elementos gerais de existência do ato e do negócio jurídico: agente, objeto, forma e vontade.

Plano da validade –

É o plano onde ocorre a análise de qualidade de alguns acontecimentos que

foram juridicizados. Verifica-se se eles têm qualidades adequadas e suficientes para permanecerem

no mundo do direito. Se não tiverem, serão devolvidos para o mundo dos fatos.

Segundo Marcos Bernardes de Mello, “será válido o ato cujo suporte fático é perfeito,

isto é, seus elementos nucleares não têm qualquer deficiência invalidante, não há falta de qualquer

elemento complementar”.

Mais grave NULIDADE

Imperfeição

(deficiência) Menos grave ANULABILIDADE

Validade = perfeição = plena consonância com o ordenamento jurídico

Plano da eficácia

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Eficácia- efeitos, consequências. Onde o fato social juridicizado, volta ao

mundo dos fatos, mas não apenas como fato social, mas como um fato jurídico relevante. Volta

trazendo os efeitos como verdadeiro acontecimento jurídico, trazendo efeitos jurídicos.

FATOS JURÍDICOS Existência

Validade Eficácia

FATOS JURÍDICOS STRICTO SENSU

SIM NÃO SIM

ATO – FATO JURÍDICO

SIM NÃO SIM

ATO JURÍDICO STRICTO SENSU

SIM SIM SIM

NEGÓCIO JURÍDICO

SIM SIM SIM

ATOS ILÍCITOS

SIM NÃO SIM

O Código Civil se concentra na abordagem sobre o Ato Jurídico Lícito e o Negócio

Jurídico. Parte do pressuposto que eles já existem, tratando, diretamente, dos

elementos de validade – art.104.

NEGÓCIOS JURÍDICOS

CLASSIFICAÇÃO

Classificação

Gratuitos – benefícios ou enriquecimento patrimonial sem contraprestação. Ex. doações

Onerosos – sujeitos visam, reciprocamente, a

Comutativos - prestações equivalentes e certas. (ex. compra e venda)

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Quanto às vantagens

obter vantagens para si ou para outrem.

Aleatórios – sem prestações certas e equivalentes. (ex. contrato de seguro)

Bifrontes – a vontade das partes irá determinar se serão gratuitos ou onerosos. Ex. o depósito, o mútuo e o mandato.

Neutros – sem atribuição patrimonial. Recaem sobre uma destinação específica. Ex. negócios que vinculam bens com cláusula de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Quanto às formalidades

Solenes – requerem forma especial prescrita em lei. Ex. Testamento

Não solenes – não exigem forma legal Ex. compra e venda de bem móvel

Quanto ao conteúdo

patrimonial

Patrimoniais – quando versarem sobre questões suscetíveis de aferição econômica, podendo apresentar-se ora como negócios reais, ora como negócios obrigacionais.

Extrapatrimoniais – atinentes aos direitos personalíssimos e ao direito de família.

Quanto à manifestação de vontade

Unilaterais – se provierem de um ou mais sujeitos, desde que estejam na mesma direção buscando um único objetivo. Ex. testamento, renúncia, promessa de recompensa.

Receptícios – se os efeitos só se produzirem após o conhecimento da declaração pelo destinatário. Ex. Concentração nas obrigações alternativas.

Não receptícios – se sua efetivação independer do endereço a certo destinatário. Ex. renúncia de herança.

Bilaterais ou plurilaterais – conforme a declaração volitiva emane de duas ou mais pessoas, porém dirigidas em sentido contrário.

Simples – concedem benefício a uma das partes e encargo à outra. Ex. doação, depósito gratuito.

Sinalagmáticos – conferem vantagens e ônus a ambos os sujeitos. Ex. compra e venda, locação.

Quanto ao tempo de produção de efeitos

inter vivos – quando acarretarem consequências jurídicas em vida dos interessados Ex. doação, troca, mandato)

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mortis causa – se regularem relações de direito após a morte do sujeito. Ex. testamento, legado.

Quanto aos efeitos

Constitutivos - se sua eficácia operar-se a partir do momento da conclusão. ex nunc Ex. compra e venda

Declarativos – eficácia ex tunc – só se efetiva a partir do momento em que se operou o fato a que se vincula a declaração de vontade. Ex. divisão de condomínio,partilha, reconhecimento de filiação.

Quanto à existência

Principais – existem por si mesmos, independentemente de qualquer outro. Ex. locação

Acessórios – se sua existência subordinar-se à dos principais. Ex. fiança

Quanto ao exercício dos direitos

Negócios de disposição – se implicarem o exercício de amplos direitos sobre o objeto. Ex. doação.

De simples administração – se concernentes ao exercício de direitos restritos sobre o objeto, sem que haja alteração em sua substância. Ex. mútuo, locação de uma casa.

* Maria Helena Diniz

ELEMENTOS

a) Elementos essenciais

PLANO DA VALIDADE

agente capaz

(Art.104) objeto lícito, possível, determinado ou determinável

forma prescrita ou não defesa em lei.

Incapacidade absoluta – NULIDADE – art. 166,I

1. AGENTE

Incapacidade Relativa – ANULABILIDADE – art.171,I e 178,III

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Lícito – ser aceito no ordenamento jurídico - licitude é jurídica

2.OBJETO Possível – ser viável a prestação - possibilidade é fática

Determinado ou determinável

Objeto ilícito, impossível ou indeterminável NULIDADE - art.166,II

3. FORMA – é maneira como externamos a vontade no ato ou negócio jurídico. Pode ser:

Expressa - escrita ou verbal

Tácita - comportamento ou silêncio

Regra geral sobre a forma liberdade de forma (infinidade de atos e negócios jurídicos).

- A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei

expressamente a exigir (art 107).

- Sempre que a lei estabelecer uma forma específica, ela deverá ser respeitada, por se tratar de

norma de ordem pública, que gera nulidade de pleno direito.

- Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos

que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de

valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País ( Art. 108).

-No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da

substância do ato (Art. 109).

- O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for

necessária a declaração de vontade expressa (.Art. 111.)

-Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração (Art113).

Enunciado da V Jornada

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409) Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados não só conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração, mas também de acordo com as práticas habitualmente adotadas entre as partes.

-Quando o ato ou negócio jurídico não se revestir da forma prescrita em lei ou quando for preterida

alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade - NULIDADE – art. 166,IV e

V

4. VONTADE ou CONSENTIMENTO

- Não está previsto de forma expressa no art. 104.

- Para a VALIDADE do ato ou negócio jurídico, a vontade manifestada deve ser livre e consciente,

SEM VÍCIOS ou DEFEITOS.

DEFEITOS ou VÌCIOS:

Vícios de vontade ou consentimento:

ERRO ou IGNORÂNCIA – art. 138 ao 144

DOLO – art.145 ao 150

COAÇÃO – art.151 ao 155

ESTADO DE PERIGO – art. 156

LESÃO – art.157

*ANULAÇÃO

Vícios Sociais:

Conseqüência negativa de um ato ou negócio jurídico indevidamente praticado. A

vontade é livre e consciente, mas o ato ou negócio jurídico, em si, é negativo ao contexto

social.

FRAUDE CONTRA CREDORES- art.158 ao 165

*ANULAÇÃO

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SIMULAÇÃO – art.167

* NULIDADE

Vícios de vontade:

ERRO OU IGNORÂNCIA

O agente manifesta a sua vontade tendo por base um suporte fático equivocado.

Ocorre uma falsa percepção da realidade, que leva a parte a imaginar que a realidade tem

características que de fato não existem.

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade

emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência

normal, em face das circunstâncias do negócio.

Para gerar a anulação, ele deverá ter características especiais que a justifiquem

Deve ser essencial – A parte se equivoca em relação a uma característica que

ensejou a realização do NJ.

Enunciado I Jornada:

12 – Art. 138: Na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o

dispositivo adota o princípio da confiança.

- Erro essencial, substancial ou principal – autoriza a anulação do negócio jurídico.

Art.139. O erro é substancial quando:

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma

das qualidades a ele essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a

declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único

ou principal do negócio jurídico.

* Erro sobre a natureza do negócio (error in negotio) – Ex. Acredita estar realizando um

contrato de comodato mas é uma locação.

* Erro sobre o objeto principal da declaração(error in corpore) – identidade do objeto

Ex. adquire um quadro de um aprendiz, supondo tratar-se de um pintor famoso

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* Erro sobre alguma das qualidades essenciais do objeto principal (error in substantia ou

error in qualitate) – o objeto não tem as qualidades que o agente considerava essenciais.

Ex. compra um relógio folheado a ouro acreditando ser de ouro.

* Erro quanto à identidade ou à qualidade da pessoa (error in persona) – Ex. doação a

pessoa que o doador supõe, equivocadamente, ser seu filho.

* Erro de direito(error juris) – é o falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da

norma jurídica incidente.

Ex. pessoa que contrata a importação de determinada mercadoria ignorando existir lei que proíbe

tal importação

Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão

determinante.

Ex. “A” faz uma doação para “B”, acreditando ter sido ele quem salvou a vida de seu filho. Depois

percebe que o herói era “C”.

PRAZO PARA ANULAÇÃO EM CASO DE ERRO - art. 178,II

4 ANOS - contados da celebração do ato ou negócio jurídico

DOLO

Constitui o vício em que a pessoa consente, por ter sido enganada por outrem

envolve artifícios para ludibriar alguém. O dolo é a indução em erro.

Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa

.

Essencial- aquele que incide sobre elementos essenciais do ato ou NJ, que serviram de motivo

para a sua realização.

Hipóteses que não geram a anulação do negócio:

- Dolo acidental - elementos secundários do negócio.

*Cabe perdas e danos – art.146

Dolo recíproco : nenhuma pode requerer anulação nem indenização – art. 150

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Dolo do Representante – art.149

Representante legal - só obriga o representado a responder civilmente até a importância

do proveito que teve;

Representante convencional - o representado responderá solidariamente com ele por

perdas e danos.

Dolo de terceiro – art.148

Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem

aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o

negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.

PRAZO PARA ANULAÇÃO EM CASO DE DOLO - art. 178,II

4 ANOS - contados da celebração do ato ou negócio jurídico

COAÇÃO

Ocorre quando o agente realiza o ato ou negócio jurídico por estar sendo

pressionado por alguém, que ameaça cometer mal grave à sua pessoa, à sua família ou aos seus

bens.

Se a disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base

nas circunstâncias, decidirá se houve coação(parágrafo único de art.151).

Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito,

nem o simples temor reverencial.

PRAZO PARA ANULAÇÃO EM CASO DE COAÇÃO: art. 178,I

4 anos, contados da cessação da coação

ESTADO DE PERIGO

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade

de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra

parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o

juiz decidirá segundo as circunstâncias.

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Prazo para anulação - Estado de perigo: art. 178,II

4 ANOS - contados da celebração do ato ou negócio jurídico

Enunciado III Jornada:

148 - Art. 156: Ao “estado de perigo” (art. 156) aplica-se, por analogia, o disposto no § 2º do art.

157.

LESÃO

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por

inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da

prestação oposta.

§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao

tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.

§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente,

ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

Prazo para anulação - lesão: art. 178,II

4 ANOS - contados da celebração do ato ou negócio jurídico

Enunciados III Jornada:

149 - Art. 157: Em atenção ao princípio da conservação dos contratos, a verificação da lesão

deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial do negócio jurídico e não à sua anulação,

sendo dever do magistrado incitar os contratantes a seguir as regras do art. 157, § 2º, do Código

Civil de 2002.

150 - Art. 157: A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de aproveitamento.

Enunciados IV Jornada:

290 – Art. 157: A lesão acarretará a anulação do negócio jurídico quando verificada, na formação

deste, a desproporção manifesta entre as prestações assumidas pelas partes, não se presumindo a

premente necessidade ou a inexperiência do lesado.

291 – Art. 157: Nas hipóteses de lesão previstas no art. 157 do Código Civil, pode o lesionado

optar por não pleitear a anulação do negócio jurídico, deduzindo, desde logo, pretensão com vista à

revisão judicial do negócio por meio da redução do proveito do lesionador ou do complemento do

preço.

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Enunciado da V Jornada

410) Art. 157. A inexperiência a que se refere o art. 157 não deve necessariamente significar

imaturidade ou desconhecimento em relação à prática de negócios jurídicos em geral, podendo

ocorrer também quando o lesado, ainda que estipule contratos costumeiramente, não tenha

conhecimento específico sobre o negócio em causa.

Vícios sociais

FRAUDE CONTRA CREDORES

A vontade é livre e consciente mas o negócio jurídico ou ato jurídico em si, é

negativo ao contexto social - Vício social.

Elementos:

Objetivo - eventus damni – é a própria insolvência - Imprescindível.

Subjetivo - consilium fraudis – presumido ou provado

consilium fraudis presumido

Ato gratuito

(art. 158)

Fraude a credores OBJETIVA.

A fraude é objetiva também, quando temos uma dívida e uma garantia que não

nascem conjuntamente. A garantia foi constituída posteriormente à dívida.

Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de

dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.

Necessidade de prova do Consilium fraudis

Ato oneroso –

( art.159)

Fraude a credores SUBJETIVA – boa fé é presumida

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Aspectos processuais

Ação

- Pauliana ou Revocatória

- Por fraude a credores

- Anulatória

Legitimidade

Autor

(Art.158)

- Credores (quirografários) que já o eram ao tempo da

alienação

- Aqueles com garantia real, que tenha se tornado

insuficiente ou que o bem não exista mais.

Réu

(Art.161)

- O devedor insolvente;

- A pessoa que com ele celebrou a estipulação

considerada fraudulenta;

-Terceiros adquirentes que hajam procedido de má-

Prazo

4 anos – contados da celebração do negócio jurídico – Art.178,II

Enunciado III Jornada:

151 - Art. 158: O ajuizamento da ação pauliana pelo credor com garantia real (art. 158, § 1º)

prescinde de prévio reconhecimento judicial da insuficiência da garantia.

Enunciado IV Jornada:

292 – Art. 158: Para os efeitos do art. 158, § 2º, a anterioridade do crédito é determinada pela

causa que lhe dá origem, independentemente de seu reconhecimento por decisão judicial.

SIMULAÇÃO – art.167

Simulação é uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar negócio

diverso do efetivamente desejado. Negócio simulado é o que tem aparência contrária à realidade.

(Carlos Roberto Gonçalves).

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- Falsear a realidade.

- Apresentar uma situação diversa da realidade.

- Acarreta NULIDADE – art. 166,VI e 167

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se

dissimulou, se válido for na substância e na forma.

§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às

quais realmente se conferem, ou transmitem;

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

simulação pode ser:

Simulação absoluta – simula uma situação, um fato, que não existe. As partes não realizam

nenhum negócio, apenas fingem, para criar uma aparência externa, sem que na verdade desejem o

ato. Em geral, destina-se a prejudicar terceiro, subtraindo bens do devedor à execução ou partilha.

Simulação relativa – as partes pretendem realizar determinado negócio, prejudicial à terceiro ou

em fraude à lei. Para escondê-lo, ou dar-lhe aparência diversa, realizam outro negócio.

Compõe-se de dois negócios: o simulado, aparente, destinado a enganar e o

dissimulado, oculto, mas o verdadeiramente desejado.

b) Elementos acidentais dos negócios jurídicos

PLANO DA EFICÁCIA

Plano da eficácia,é o plano da devolução do fato social que se tornou jurídico,

mas não apenas como fato social, mas com efeitos jurídicos. Se foi devolvido por ser nulo, não

gera efeitos jurídicos(regra).

Cláusulas que podem ser acrescidas aos negócios jurídicos para moldar os

seus efeitos:

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Condição – art. 121 ao 130

Termo – art.131 ao 135

Encargo ou modo – art.136 ao 137

Condição - Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das

partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto ( Art. 121).

Classificação

Quanto à licitude

Lícitas – as não contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes.

Ilícitas – todas que atentarem contra proibição do ordenamento jurídico, a

moral ou os bons costumes.

Quanto à

possibilidade

Fisicamente impossível – não podem ser cumpridas por nenhum

humano.

Juridicamente impossível – é a que esbarra em proibição expressa do

ordenamento jurídico ou fere a moral ou os bons costumes.

Quanto à fonte

Casuais – dependem do acaso, do fortuito, de fato alheio à vontade das

partes.

Potestativas

“vontade”

Puramente potestativas – aquelas que sujeitam

todo o efeito do ato “ao puro arbítrio de uma das

partes”, sem a influência de qualquer fato externo.

Dependem de mero capricho.

Não são admitidas

Simplesmente potestativas – são admitidas

por dependerem não só da manifestação de

vontade de uma das partes como também de

algum acontecimento ou circunstância exterior que

escapa ao seu controle.

Mistas – vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro.

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Perplexas – as que privarem de todo efeito o negócio jurídico. São as

incompreensíveis ou contraditórias.

Não admitidas – invalidam o negócio

Quanto ao modo

de atuação

Suspensiva – é aquela que impede que o ato produza efeitos até a

realização do evento futuro e incerto. Art.125

Resolutiva – é a que extingue, resolve o direito transferido pelo negócio,

ocorrido o evento futuro e incerto. Art.127

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é

permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.

TERMO - é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico.

Evento futuro e certo.

Classificação

Inicial (suspensivo)

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do

direito.

Final (resolutivo).

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ENCARGO OU MODO

O encargo ou modo constitui a declaração acessória de vontade feita ao beneficiário

de uma liberalidade.

“para que”, “a fim de que”, “com a obrigação de”

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo

quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição

suspensiva

Interpretação do Negócio jurídico

De acordo com Maria Helena Diniz: “O negócio origina-se de ato volitivo, que

colima a realização de um certo objetivo, criando, com base em norma jurídica, direito subjetivo, e

impondo, por outro lado, obrigações jurídicas. Essa declaração de vontade requer uma

interpretação, dado o fato da possibilidade de o negócio jurídico conter cláusula duvidosa,

qualquer ponto obscuro ou contravertido.

Ela define que a interpretação do negócio jurídico pode ser:

Declaratória – tem por escopo expressar a intenção dos interessados;

Integrativa – quando pretender preencher lacunas contidas no negócio,

por meio de normas supletivas, costumes etc;

Construtiva – quando o objetivo for reconstruir o ato negocial com o

intuito de salvá-lo

TEORIA DAS INVALIDADES

Em alguns casos, os atos praticados pelas partes não produzirão os efeitos por elas

desejados porque foram praticados em desacordo com a lei. O grau de invalidade do negócio e a

respectiva não produção de efeitos dependem da natureza da norma ofendida.

INVALIDADES

Nulidade Anulabilidade

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Representa o vício mais forte

Vício mais flexível, que pode ser ratificado ou tornado

válido pelo decurso do tempo.

Previsão – art.166,167

Previsão – art.171, 117, 119.

Violação de norma de ordem pública

Envolve normas disponíveis – interesses particulares

Em regra, não sofre decadência e

prescrição.

Está sujeito a prazo decadencial – específico (171 e

119) ou o geral ( 2 anos – art. 179 ).

Alegação por qualquer interessado, ou

pelo MP. O Juiz deve reconhecer de ofício

– art.168

Só a requerimento da parte interessada – art.177. Não

pode ser pronunciada de ofício

A ação com eficácia,

preponderantemente, declaratória.

Ato é desfeito em juízo - eficácia, preponderante,

constitutiva negativa.

Regra geral: não gera efeitos jurídicos

Em regra, gera efeitos de imediato, e eles irão

perdurar até o reconhecimento de sua anulabilidade.

Efeitos ex nunc – art.177

Em princípio não se convalida nem sana

com o decurso do tempo – art 169

Convalida e está sujeito a confirmação, expressa ou

tácita- art.172 e 174

DOS ATOS ILÍCITOS

Dos Atos Ilícitos

Ato ilícito é aquele

contrário ao direito.

Art. 186 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

exclusivamente moral, comete ato ilícito.

ABUSO DE DIREITO – Art. 187 Também comete ato ilícito o

titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os

limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou

pelos bons costumes.

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Excludentes de ilicitude

- art. 188

Os praticados em legítima defesa

Os praticados no exercício regular de um direito reconhecido

a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a

fim de remover perigo iminente.

Neste caso, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o

tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do

indispensável para a remoção do perigo

* Estado de necessidade

Enunciados da V Jornada 411) Art. 186. O descumprimento de contrato pode gerar dano moral quando envolver valor fundamental protegido pela Constituição Federal de 1988. 412) Art. 187. As diversas hipóteses de exercício inadmissível de uma situação jurídica subjetiva, tais como supressio, tu quoque, surrectio e venire contra factum proprium, são concreções da boa-fé objetiva. 413) Art. 187. Os bons costumes previstos no art. 187 do CC possuem natureza subjetiva, destinada ao controle da moralidade social de determinada época, e objetiva, para permitir a sindicância da violação dos negócios jurídicos em questões não abrangidas pela função social e pela boa-fé objetiva. 414) Art. 187. A cláusula geral do art. 187 do Código Civil tem fundamento constitucional nos princípios da solidariedade, devido processo legal e proteção da confiança e aplica-se a todos os

ramos do direito.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA - ART. 189 ao 211

A prescrição e a decadência são institutos que prevêem uma perda ao titular

do direito, em virtude de sua inércia.

Prescrição o titular do direito perde apenas a pretensão, enquanto direito de agir em

juízo na busca de sua satisfação (art.189);

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Decadência perda do próprio direito material

Prescrição Lei

1. Origem

Decadência Lei ou Convenção das partes

Prescrição perda da pretensão

2.Consequências

Decadência perda do direito material

Prescrição A requerimento da parte (art.193 do CC)

De ofício (art.219, §5º, CPC).

3.Reconhecimento

Legal–requerimento ou de ofício(art.210 -211)

Decadência

Convencional – requerimento (art.211- segunda parte)

Prescrição em qualquer grau de jurisdição (art.193 CC)

4. Alegação

Decadência em qualquer grau de jurisdição(art.211 CC)

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Prescrição pode ser renunciada de forma expressa ou tácita,

após sua consumação (art.191 CC).

5. Renúncia

Decadência é nula a renúncia à decadência fixada em lei (art. 209

CC).

Prescrição não contra certas pessoas.

6.Corre contra todos? Há causas que impedem ou suspendem o começo da contagem do

prazo - art. 197,198,199 e 200 do CC.

Decadência só não corre contra os absolutamente incapazes

(art. 207 e 208 do CC).

Prescrição sim, por comportamento do credor para buscar

seu crédito (art.202 do CC)

7.Pode ser interrompida?

Decadência salvo disposição legal em contrário, a

decadência não pode ser interrompida(art. 207 CC).

Prescrição sempre contados em anos.

Ordinário – 10 anos para as ações pessoais - reais sem outro prazo

específico ( art.205 CC).

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Especiais – para certos direitos – art. 206 (de 1 a 5 anos).

8. Prazos

Decadência podem ser contados em dias ou em anos.

São todos os prazos do CC, com exceção dos previstos nos arts. 205 e 206.

Disposição comum:

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou

representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Art. 208

CC

Enunciados da V Jornada 415) Art. 190. O art. 190 do Código Civil refere-se apenas às exceções impróprias (dependentes/não autônomas).As exceções propriamente ditas (independentes/autônomas) são imprescritíveis. 416) Art. 202. A propositura de demanda judicial pelo devedor, que importe impugnação do débito contratual ou de cártula representativa do direito do credor, é causa interruptiva da prescrição. 417) Art. 202, I. O art. 202, I, do CC deve ser interpretado sistematicamente com o art. 219, § 1º, do CPC, de modo a se entender que o efeito interruptivo da prescrição produzido pelo despacho que ordena a citação é retroativo até a data da propositura da demanda. 418) Art. 206. O prazo prescricional de três anos para a pretensão relativa a aluguéis aplica-se aos contratos de locação de imóveis celebrados com a administração pública. 419) Art. 206, § 3º, V. O prazo prescricional de três anos para a pretensão de reparação civil aplica-se tanto à responsabilidade contratual quanto à responsabilidade extracontratual. 420) Art. 206, § 3º, V. Não se aplica o art. 206, § 3º, V, do Código Civil às pretensões indenizatórias decorrentes de acidente de trabalho, após a vigência da Emenda Constitucional n. 45, incidindo a regra do art. 7º, XXIX, da Constituição da República.

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

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-Introduz todo o sistema legislativo;

-Não é componente do CC;

- Estatuto que trata do direito no tempo e no espaço;

- leis sobre as leis – Lex legom

Norma Jurídica

Para Miguel Reale norma jurídica é “uma estrutura proposicional enunciativa de

uma forma de organização ou de conduta, que deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória.”

Já Canotilho qualifica norma jurídica como “regra jurídica definidora de um padrão de comportamento ou criadora de esquemas jurídicos para a solução de conflitos.”

Vigência da lei

Segundo dispõe o art.1º da LINDB, a lei, salvo disposição contrária, “começa a

vigorar em todo o País 45(quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada”. Ou

seja, a obrigatoriedade da lei não se inicia no dia da publicação, salvo se ela mesma determinar.

Brasil – 45 dias depois de oficialmente publicada (princípio unitário – em todo o país);

-Período entre publicação e produção de efeitos – vacaccio legis.

- Nos Estados Estrangeiros a vigência se dá após 3 meses – cuidado não são 90 dias!!

Correção do texto legal.

- Correção dentro da vacaccio - começa a contar novamente - + 45 dias.

Trata-se de uma recontagem da vacaccio legis. Mas é a mesma lei.

- Depois do período da vacaccio – consideram-se lei nova.

Princípio da continuidade das leis.

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No Brasil, a regra é que as leis não tem prazo determinado. Elas só deixarão

de produzir efeitos quando outra a revogar ou modificar.

Total – ab rogação

Parcial – derrogação

Revogação

Expressa – expressamente declare

Tácita- incompatibilidade ou regule inteiramente a matéria.

A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já

existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

Repristinação

Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a

revogadora perdido a sua vigência.

Desconhecimento da lei (art.3º)

Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece.

Integração e Interpretação da norma

INTEGRAÇÃO - a norma não existe, há uma lacuna.

Lacunas jurídicas – se há lacuna é porque não tem a lei é questão de integração.

Lei omissa – aplicar:

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1º - Analogia – aplicação a hipótese não prevista em lei de dispositivo legal relativo a caso

semelhante.

analogia legis – aplicação de uma norma existente, destinada a reger caso semelhante

ao previsto.

analogia juris – baseia-se em um conjunto de normas para obter elementos que

permitam a sua aplicação ao caso concreto não previsto, mas similar .

Ex. aplicar um prazo de lei federal por municipal

2º Costume- é o comportamento uniforme, contínuo, público, necessário e justo. Em relação à lei,

três são as espécies de costume:

secundum legem – eficácia obrigatória reconhecida pela lei

praeter legem – se destina a suprir a lei, nos casos omissos

contra legem – contrário à lei

3º Princípios gerais do direito – regras que se encontram na consciência dos povos e são

universalmente aceitas.

Ex. Igualdade, não enriquecimento ilícito, boa-fé (justas expectativas) – art. 421, 422

do cc.

Princípios do Código Civil:

Socialidade - representa a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, sem olvidar-se o

valor supremo da pessoa humana.

Eticidade – funda-se no valor da pessoa humana como fonte de todos os demais valores,

priorizando a equidade, a boa-fé, a justa causa, o equilíbrio econômico, etc,

Operabilidade – que se traduz da efetivação do direito, uma vez que o direito é feito para ser operado e ser eficaz.

INTERPRETAÇÃO DA LEI

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Há dispositivo. A norma existe e devo interpretá-la para descobrir o seu sentido e

alcance. É extrair da norma tudo o que nela se contém.

Gramatical

Técnicas de interpretação Lógica

Sistemática

Histórica

Sociológica ou teleológica

-Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem

comum (art5º).

Fontes do direito

FONTES FORMAIS

FONTES NÃO FORMAIS

Lei

Doutrina

Analogia

Jurisprudência Costume

Princípios gerais do direito

Carlos Roberto Gonçalves

ESPÉCIES NORMATIVAS DO SISTEMA JURÍDICO:

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REGRAS E PRINCÍPIOS JURÍDICOS

Por Humberto Ávila:

1. PRINCÍPIOS – são normas imediatamente finalísticas, visto que buscam um estado de

coisas através de um comportamento.

2. REGRAS – são normas imediatamente descritivas de comportamento

Para fazer essa distinção, existem vários critérios:

a) critério de abstração: os princípios são normas de um grau de abstração relativamente

mais elevado do que o grau de abstração das regras;

b) critério quanto à aplicabilidade: os princípios são conteúdos normativos extraídos de

dispositivos que devem ser concretizados pelo aplicador. Isto é, os princípios são vagos e para

serem aplicados precisam da atividade concretizante, ao passo que as regras, pelo fato de sua

especificidade, podem ser aplicadas imediatamente ao caso concreto sem a necessidade de uma

concretização.

- Os princípios são fundamentais no sistema de fontes do direito, pois estruturam o sistema

normativo e o próprio Estado (princípio do estado de direito, princípios gerais do Direito etc.), além

disso, os princípios estão vinculados à ideia de justiça ou de direito, sendo que as regras são

normas meramente funcionais, ou instrumentos de aplicação dos princípios.

3. POSTULADOS NORMATIVOS APLICATIVOS

Como já dito por Humberto Ávila, os postulados normativos são normas

imediatamente metódicas, que estruturam a interpretação e aplicação de princípios e regras

mediante a exigência, mais ou menos específica, de relações entre elementos com base em alguns

critérios. Ávila corretamente afirmou que, no âmbito da ciência jurídica, existem

os postulados hermenêuticos e os postulados aplicativos.

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Conforme o jurista, os postulados hermenêuticos são àqueles destinados a

compreensão das normas jurídicas, ou seja, são proposições utilizadas a fim de criar a possibilidade

de se obter uma correta compreensão do ordenamento jurídico. Já os postulados jurídicos

ditos aplicativos são normas que definem métodos ou critérios de aplicação de outras

normas. Portanto, estes postulados normativos são denominados como metanormas e

classificados, conforme já dito, como normas de segundo grau.

No momento de se interpretar a norma jurídica, devem ser levados em consideração dentre

outros, os seguintes postulados jurídicos de aplicação: ponderação, concordância prática,

proibição de excessos, igualdade, razoabilidade, proporcionalidade, legitimidade..

4. VALORES

Expressam preferências tidas como dignas de serem desejadas, podendo ser

realizadas ou não. Não expressam o que deve ser, mas sim o que é bom.

Diferenciam-se dos princípios porque estes são ordens de um determinado tipo,

mandados de otimização, pertencendo ao mundo deontológico (dever ser). Já os valores,

constituem uma relação entre um ou vários critérios, estabelecendo tão somente o preferível.

REFERÊNCIAS

ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios jurídicos. 6 ed. São

Paulo: Malheiros, 2006, p.122.

CHINELATO E ALMEIDA, Silmara J.A. Tutela civil do nascituro. São Paulo:Saraiva,2000.

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 29.ed.São Paulo: Saraiva,2012.v 1.

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GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO,Rodolfo. Novo curso de direito civil. São Paulo:

Saraiva,2002,v.I.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil esquematizado. São Paulo: Saraiva,2011, v.1.

MELLO, Marcos Bernardes de, Teoria do fato jurídico: plano da existência; plano da validade e

plano da eficácia. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

NADER, Paulo. Curso de direito civil.Rio de Janeiro: Forense,2003.

TARTUCE, Flavio. Direito civil. 5.ed. São Paulo: Método,2009. V 1.

Questões de concursos - Fundação Carlos Chagas

1. (TJUPE-Anal.Judiciário – FCC-2007) O

negócio jurídico NÃO é nulo quando

(A) for preterida alguma solenidade que a lei considera essencial para sua validade. (B) for indeterminável o seu objeto. (C) celebrado por pródigos. (D) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. (E) não revestir da forma prescrita em lei.

2. (TJUPE-Anal.Judiciário – FCC-2007)

No que concerne às pessoas jurídicas, é

correto afirmar:

(A) Obrigam a pessoa jurídica os atos dos

administradores, exercidos nos limites de seus

poderes definidos no ato constitutivo.

(B) Se a pessoa jurídica tiver administração

coletiva, as decisões serão tomadas

necessariamente pela maioria de votos dos

presentes.

(C) Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, de ofício, nomear-lhe-á administrador provisório. (D) O poder público poderá negar o reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao funcionamento das organizações religiosas. (E) Na hipótese de confusão patrimonial não caberá a desconsideração da personalidade jurídica para atingir os bens particulares dos sócios.

3. (TJUPE-Anal.Judiciário – FCC-2007)

Considere as assertivas abaixo sobre vigência

e aplicação das leis.

I. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. II. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. III. Só haverá revogação da lei anterior pela posterior quando esta expressamente o declare. IV. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. É correto o que se afirma APENAS em: (A) I e II. (B) I, II e IV. (C) II e III. (D) II, III e IV. (E) III e IV.

4. (TJUPE-Anal.Judiciário – FCC-2007) A

prescrição corre normalmente

(A) não estando vencido o prazo. (B) entre cônjuges, na constância do casamento. (C) pendendo condição suspensiva. (D) pendendo ação de evicção. (E) entre ascendentes e descendentes quando cessado o poder familiar.

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5. (TREPB-Anal.Jud-Administrativa-FCC-

2007) No que concerne à vigência e

aplicação das leis, de acordo com a Lei de

Introdução ao Código Civil, é correto afirmar

que

(A) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. (B) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. (C) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes modifica a lei anterior. (D) a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros se inicia dois meses depois de oficialmente publicada. (E) as correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova. 6. (TREPB-Anal.Jud-Administrativa-FCC-

2007)A respeito da personalidade e

capacidade das pessoas naturais, é correto

afirmar que

(A) são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (B) cessará, para os menores, a incapacidade pela colação de grau em curso de ensino médio. (C) presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão provisória. (D) são relativamente incapazes os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil. (E) o pseudônimo adotado para atividades lícitas não goza da mesma proteção dada ao nome. 7. (TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC2010) Em um aeroporto estão aguardando para embarcar cinco pessoas: Maria, que possui quinze anos de idade. Joana, que em razão de enfermidade não

possui o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil; João que é excepcional, sem desenvolvimento mental completo e Davi possui dezessete anos de idade. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil a (A) Maria, a Joana e o Davi. (B) Maria, a Joana e o João. (C) Maria e o João. (D) Joana e o João. (E) Maria e a Joana.

8. TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC2010) Considere as assertivas abaixo a respeito das classificações dos bens. I. Consideram-se móveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. II. Constitui universalidade de fato a pluralidade o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,dotadas de valor econômico. III. Consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. IV. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) I, III e IV. (B) II, III e IV. (C) I, II e III. (D) I e IV. (E) II e IV.

9.( TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC2010) De acordo com o Código Civil Brasileiro, pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade,e reclamar perdas e danos. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo (A) apenas o cônjuge sobrevivente. (B) apenas o cônjuge sobrevivente ou qualquer parente em linha reta até o segundo grau.

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(C) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o terceiro grau. (D) apenas o cônjuge sobrevivente ou qualquer parente em linha reta até o terceiro grau. (E) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 10. (TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC2010) Considere os seguintes bens: Praça do Coração; Prédio da administração da Prefeitura da cidade X; Rio Alegre que liga a cidade C a cidade B; Prédio da administração da autarquia municipal W. De acordo com o Código Civil Brasileiro estes bens são, respectivamente, de uso (A) comum do povo; especial, comum do povo; especial. (B) comum do povo; especial, comum do povo; dominical. (C) comum do povo; dominical, especial; especial. (D) especial; especial, comum do povo; especial. (E) especial; comum do povo, especial;

comum do povo.

11. (TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC 2010) Considere as seguintes assertivas: I. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. II. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. III. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. IV. Configura-se o estado de perigo quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

A respeito dos defeitos do negócio jurídico, de acordo com o Código Civil Brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II e III. (C) I e IV. (D) II, III e IV. (E) III e IV.

12.(TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC2010) Com relação à Prescrição é correto afirmar: (A) A prescrição suspensa em favor de um dos credores solidários aproveitará sempre os demais. (B) Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes. (C) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor por expressa vedação legal. (D) A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. (E) A renúncia da prescrição deverá ser expressa, sendo vedada a renúncia tácita. 13.( TREAP – Analista Judiciário Adm. – FCC2011) Terá legitimidade para reclamar perdas e danos a direito da personalidade de pessoa morta (A) apenas o cônjuge sobrevivente. (B) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o segundo grau. (C) apenas os descendentes e ascendentes até o segundo grau. (D) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. (E) o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o terceiro grau. 14. (TREAP – Analista Judiciário Adm. – FCC 2011) Considere as seguintes entidades com abrangência nacional: I. Igreja São Marcos Divino. II. Associação Pública “Venceremos”. III. Partido Político ABC.

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IV. Autarquia XYZ. Neste caso, são pessoas jurídicas de direito público interno, SOMENTE (A) III e IV. (B) II, III e IV. (C) II e IV. (D) I e IV. (E) I e II. 15. (TRERN-Anal.Jud.-Administrativa)Maria está grávida de João, que sofreu um acidente de moto e encontra-se internado no hospital X em estado grave. Sem saber sobre os direitos do filho que está no seu ventre, Maria procura sua vizinha Sueli que é advogada.Sueli expõe a Maria que a personalidade civil da pessoa começa (A) da décima segunda semana após a concepção, que comprovada cientificamente, resguarda o direito do nascituro. (B) da concepção, que comprovada cientificamente, resguarda o direito do nascituro. (C) do nascimento com vida, sendo que a lei resguarda os direitos do recém-nascido somente após a constatação de vida feita pelo obstetra, momento em que este passa a existir no mundo jurídico. (D) do nascimento com vida, mas que a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (E) do nascimento com vida, sendo que a lei resguarda os direitos do recém-nascido somente após o registro civil de nascimento deste no cartório competente. 16. (TRERN-Anal.Jud.-Administrativa) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, (A) modifica a lei anterior, apenas. (B) revoga a lei anterior, apenas. (C) não revoga nem modifica a lei anterior. (D) derroga a lei anterior. (E) revoga ou modifica a lei anterior.

17.( TRETO-Anal.Jud.-Administrativa- FCC-2011) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados; os materiais provenientes da demolição de algum prédio e os direitos reais sobre objetos móveis são considerados (A) bem móvel, imóvel e móvel, respectivamente. (B) bens imóveis. (C) bem móvel, móvel e imóvel, respectivamente. (D) bem imóvel, móvel e imóvel, respectivamente. (E) bens móveis. 18.(TRT20 – Analista Judiciário Jud. – FCC2006) O negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou, é (A) inexistente. (B) nulo. (C) válido. (D)) anulável. (E) ineficaz. 19.( TRT20 – Analista Judiciário Jud. – FCC2006) A pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular prescreve em (A)) 5 anos. (B) 4 anos. (C) 3 anos. (D) 2 anos. (E) 1 ano. 20.(TRT4 – Analista Judiciário – Judiciária- FCC-2006) Considere: I. Autarquias. II. Organizações religiosas. III. Distrito Federal. IV. Partidos políticos. De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público interno, as indicadas APENAS em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D)) I e III.

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(E) III e IV. 21. (TRT4 – Analista Judiciário – Judiciária- FCC-2006) De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, ato judicial que constitua em mora o devedor (A) interromperá a decadência. (B) suspenderá a prescrição. (C)) interromperá a prescrição. (D) suspenderá a decadência. (E) impedirá a prescrição. 22. (TRF4 – Analista Judiciário – Judiciária- FCC-2007) Mário é proprietário de um imóvel urbano que locou a Maria. Esta, por sua vez, ali se estabeleceu com uma hospedaria. Maria não vem efetuando o pagamento dos aluguéis para Mário porque muitos de seus hóspedes não estão efetuando o pagamento da hospedagem. De acordo com o Código Civil, a pretensão de Mário relativa à cobrança dos aluguéis do prédio urbano, e a de Maria relativa ao pagamento das despesas de hospedagem, prescrevem, respectivamente, em (A) um ano e três anos. (B) dois e quatro anos. (C) três anos e um ano. (D) quatro e dois anos. (E) cinco e três anos. 23.(TRF2R-Anal.Jud-Judiciária – FCC -2007) De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, é correto afirmar que (A) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga ou modifica a lei anterior. (B) a lei começa a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário, na data da sua publicação. (C) nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (D) a lei revogada sempre se restaura quando a lei revogadora tiver perdido a vigência.

(E) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova. 24. .(TRF2R-Anal.Jud-Judiciária – FCC -2007)Considere: I. Praças, ruas e estradas. II. Edifícios destinados a estabelecimentos da administração pública estadual. III. Terrenos destinados a serviços de autarquia municipal. IV. Rios e mares. São bens públicos de uso especial os indicados APENAS em (A) I, II e III. (B) I e IV. (C) II. (D) II e III. (E) III. 25 .(TRF2R-Anal.Jud-Judiciária – FCC -2007) Prescreve em cinco anos a pretensão (A) de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. (B) de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo prazo da data em que foi deliberada a distribuição. (C) dos credores não pagos contra os sócios de acionistas e os liquidantes, contando o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. (D) dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados ao consumo no próprio estabelecimento, para pagamento da hospedagem ou dos alimentos. (E) para haver juros, dividendos ou quaisquer pretensões acessórias, pagáveis em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela. 26. (TREPB-Anal.Jud-Direito- 2007FCC) No que concerne ao erro, um dos defeitos do negócio jurídico, é correto afirmar: (A) O erro será substancial quando sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. (B) O falso motivo sempre viciará a declaração de vontade e gerará a anulação do negócio jurídico.

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(C) A transmissão errônea de vontade por meios interpostos não é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. (D) O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, viciará o negócio jurídico em qualquer hipótese. (E) O erro de cálculo poderá gerar a anulação do negócio jurídico, uma vez que restou viciada a declaração de vontade. 27 . (TREPB-Anal.Jud-Direito- 2007FCC) A prescrição corre normalmente (A) contra os ausentes do País em serviço público dos Municípios. (B) entre ascendentes e descendentes durante o poder familiar. (C) entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. (D) contra os relativamente incapazes. (E) contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. 28. (TJUPA-Anal.Jud-Direito-FCC2009) Sendo o ser humano sujeito de direitos e deveres, nos termos do disposto no art. 1o do Código Civil, pode-se afirmar que: (A) capacidade se confunde com legitimação. (B) todos possuem capacidade de fato. (C) capacidade é a medida da personalidade. (D) não existe mais de uma espécie de capacidade. (E) a capacidade de direito é sinônimo de capacidade limitada. 29. (TJUPA-Anal.Jud-Direito-FCC2009) No direito brasileiro NÃO existe incapacidade de direito.Daí decorre que (A) as incapacidades civil e relativa não podem ser superadas, ainda que observados os requisitos da representação e da assistência. (B) há várias espécies de incapacidade. (C) incapacidade absoluta pode ser confundida com a relativa, dependendo das circunstâncias. (D) a incapacidade relativa não permite que o incapaz pratique alguns atos da vida civil desassistido.

(E) existe apenas incapacidade de fato ou de exercício. 30. (TJUPA-Anal.Jud-Direito-FCC2009) Considerando o domicílio a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito, é correto afirmar que: (A) os ciganos, andarilhos e caixeiros viajantes, tem que ter obrigatoriamente uma residência habitual. (B) uma pessoa pode ter mais de um domicílio, mas não pode ter várias residências. (C) é impossível alguém ter domicílio sem ter residência. (D) a residência é um elemento do conceito de domicílio, o seu elemento objetivo. (E) o agente diplomático que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, não poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. 31. (TJUSE-Anal.Jud-Direito –FCC2009) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil (A) os pródigos. (B) os maiores de 16 e menores de 18 anos. (C) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. (D) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (E) os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido. 32. (TJUSE-Anal.Jud-Direito –FCC2009) A respeito das diferentes classes de bens, é correto afirmar: (A) Os bens naturalmente divisíveis não podem tornar-se indivisíveis por vontade das partes. (B) Consideram-se imóveis para os efeitos legais as energias que tenham valor econômico. (C) Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertencentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

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(D) Considera-se móvel para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. (E) São necessárias as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem. 33. (TJUSE-Anal.Jud-Direito –FCC2009) O domicílio (A) dos oficiais da marinha é o lugar onde servem. (B) do marítimo é o lugar em que o navio estiver atracado. (C) do incapaz é o lugar em que foi registrado o seu nascimento. (D) do militar do Exército é a sede do comando a que se encontrar subordinado. (E) do preso é o lugar em que cumpre a sentença. 34. (TJPI -Analista Judiciário – Escrivão – FCC2009) A validade do negócio jurídico pressupõe capacidade do agente. Se o ato for praticado por pessoa relativamente incapaz, o vício é de (A) nulidade, mas só pode ser reconhecido mediante a propositura de ação pelo Ministério Público. (B) nulidade e deve ser reconhecido de ofício pelo juiz. (C) anulabilidade e não poderá ser invocado pela outra parte em benefício próprio. (D) anulabilidade e pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. (E) anulabilidade ou de nulidade, de acordo com tipificação legal. 35. (TJPI -Analista Judiciário – Escrivão – FCC2009) É correto afirmar que (A) a prescrição faz extinguir a pretensão, diferentemente da decadência, que extingue o próprio direito. (B) não existe razão para distinguir prescrição de decadência, pois o Código Civil não faz tal diferenciação. (C) os prazos de prescrição não se suspendem e nem se interrompem. (D) a decadência atinge a pretensão, ao passo que a prescrição faz extinguir o direito. (E) na contagem do prazo de prescrição, diferentemente do que ocorre com o prazo de

decadência, não são computados os domingos e feriados. 36. (TRF4R-Anal.Jud-Exec.Mandados – FCC2007) Considere: I. uma Biblioteca; II. um Rebanho; III. uma Frota de automóveis; IV. uma Herança; V. uma Esquadrilha. De acordo com o Código Civil brasileiro, constitui uma universalidade de fato os bens indicados APENAS em (A) I, IV e V. (B) I e IV. (C) I, II e III. (D) I, II, III e V. (E) II, III e V. 37. (TRF4R-Anal.Jud-Exec.Mandados – FCC2007) Maria está na praça Beija Flor, em frente ao prédio da prefeitura da cidade de Lagoas, ao lado direito de um terreno baldio que é patrimônio da prefeitura e ao lado esquerdo do prédio da autarquia federal W. De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, a praça, o prédio da Prefeitura, o terreno baldio e o prédio da autarquia federal W são considerados, respectivamente, bens públicos (A) dominical, de uso comum do povo, dominical e de uso especial. (B) de uso comum do povo, de uso comum do povo, dominical e de uso especial. (C) de uso comum do povo, dominical, de uso especial e dominical. (D) de uso comum do povo, dominical, dominical e de uso especial. (E) de uso comum do povo, de uso especial, dominical e de uso especial. 38. . (TRF4R-Anal.Jud-Exec.Mandados – FCC2007) De acordo com o Código Civil brasileiro, a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular e a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo prescrevem em

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(A) dois anos. (B) três anos. (C) cinco anos. (D) dois e três anos, respectivamente. (E) cinco e três anos, respectivamente. 39.( TRF1R-Anal.Jud-Exec.Mandados FCC 2006) João é pródigo, José é excepcional, sem desenvolvimento mental completo, Jonas transitoriamente não pode exprimir sua vontade e Joaquim possui quinze anos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, são incapazes, relativamente a certos atos da vida civil, ou à maneira de os exercer: (A) João, José e Joaquim. (B) José e Joaquim. (C) João e José. (D) José e Jonas. (E) João e Jonas. 40.(TRF1R-Anal.Jud-Exec.Mandados FCC 2006) Considere as seguintes assertivas relacionadas aos defeitos do negócio jurídico: I. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. II. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos. III. Quando uma pessoa, por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta configura-se estado de perigo. IV. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. Em conformidade com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I, e III. (B) II e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV.

41. (TRF3R-Anal.Jud-Exec.Mandados-FCC-2007) A respeito dos defeitos dos negócios jurídicos, é correto afirmar que (A) o dolo acidental, a despeito do qual o negócio seria realizado, embora por outro modo, só obriga à satisfação de perdas e danos. (B) o erro de cálculo afeta a declaração de vontade e prejudica a validade do negócio jurídico. (C) se ambas as partes procederam com dolo, ambas podem alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. (D) o negócio jurídico nulo é suscetível de confirmação e convalesce pelo decurso do tempo. (E) o falso motivo, expresso como razão determinante, não vicia a declaração de vontade. 42. (TRF3R-Anal.Jud-Exec.Mandados-FCC-2007) A interrupção da prescrição (A) operada contra o co-devedor não solidário, ou seu herdeiro, prejudica aos demais coobrigados. (B) ocorrerá tantas vezes quantas forem as causas interruptivas supervenientes. (C) por um credor não solidário aproveita aos outros. (D) produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. (E) por um dos credores solidários não aproveita aos outros. 43. (TRF3R-Anal.Jud-Exec.Mandados-FCC-2007) Considere os seguintes bens públicos: I. Rios e mares. II. Prédio integrante do patrimônio da União. III. Estradas. IV. Terrenos destinados a serviço da administração estadual. V. Ruas e praças. VI. Edifícios destinados a instalação da administração municipal. São bens de uso especial os indicados APENAS em (A) I, III e V. (B) II, V e VI.

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(C) II e III. (D) III, IV e V. (E) IV e VI. 44. (TRF5R-Anal.Jud-Exec.Mandados –FCC2008) Prescreve em um ano a pretensão (A) dos peritos para percepção de honorários. (B) relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos. (C) para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias. (D) de reparação civil. (E) de cobrança de dívida líquida constante de instrumento público. 45. (TRF4R-Anal.Jud._Exec.Mandados- FCC 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito da Condição, do Termo e do Encargo: I. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo. II. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. III. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. IV. Em regra, o encargo suspende a aquisição e o exercício do direito. De acordo com o Código Civil, está correto o que consta APENAS em (A) I e III. (B) I, II e III. (C) II, III e IV. (D) II e III. (E) II e IV. 46. (TRF4R-Anal.Jud._Exec.Mandados- FCC 2010) No tocante à ausência, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão (A) decorridos três anos da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou

representante ou procurador, em se passando dois anos. (B) decorridos dois anos, independentemente do ausente ter deixado representante ou procurador. (C) decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando dois anos. (D) decorridos dois anos da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando um ano. (E) decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos. 47. (TRF4R-Anal.Jud._Exec.Mandados- FCC 2010) O dolo do representante legal de uma das partes (A) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como responderá solidariamente com ele por perdas e danos. (B) só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. (C) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como responderá subsidiariamente ao representante legal por perdas e danos. (D) não obriga o representado a responder civilmente por qualquer quantia em dinheiro nem determina qualquer obrigação legal. (E) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como a respondera até o limite de vinte vezes o valor do negócio jurídico por perdas e danos. 48.(TRT23-Anal.Jud.-Execução-Mandados-FCC 2011) Considera-se, dentre outros, bem imóvel: (A) a energia térmica. (B) a energia elétrica. (C) o direito autoral. (D) o direito hereditário. (E) o direito de patente.

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49. (TRT23-Anal.Jud.-Execução-Mandados-FCC 2011) Num negócio jurídico, a parte a quem aproveitaria o seu implemento, forçou maliciosamente a ocorrência de condição. Nesse caso, (A) reputa-se verificada a condição. (B) considera-se não implementada a condição. (C) o negócio jurídico é nulo para todos os efeitos legais. (D) o negócio jurídico é anulável. (E) a verificação da condição será retardada em 90 dias. 50. (TRT23-Anal.Jud.-Execução-Mandados-FCC 2011) Apesar de ser notória a sua insolvência, Paulo vendeu um terreno a Pedro por valor inferior ao preço de mercado.Nesse caso, (A) se Pedro ainda não tiver pago o preço, para conservar o bem, poderá depositar em juízo o valor que pagou pelo terreno, com a citação de todos os interessados. (B) o negócio será nulo de pleno direito, independentemente do pagamento do preço pelo comprador. (C) o negócio será nulo de pleno direito, se o pagamento do preço pelo comprador ainda não tiver sido feito. (D) se Pedro ainda não tiver pago o preço, para conservar o bem, poderá depositar em juízo o valor real do terreno, com a citação de todos os interessados. (E) a transação não será anulável, respondendo Paulo pelas perdas e danos causadas aos credores. 51. (TRT23-Anal.Jud.-Execução-Mandados-FCC 2011) Os contratos atípicos (A) são anuláveis, mesmo se os que os pretendam celebrar sejam capazes e o objeto seja lícito e possível, se a forma não estiver prescrita em lei. (B) são nulos de pleno direito, mesmo que os pretendam celebrar sejam capazes e o objeto seja lícito e possível, porque a forma não é prescrita em lei.

(C) são válidos, desde que os agentes que os pretendam celebrar sejam capazes, o objeto seja lícito e possível e a forma não seja defesa em lei. (D) só têm validade se os que pretendam celebrar sejam capazes, o objeto seja lícito e possível e tenha havido prévia homologação judicial. (E) só têm validade se os que pretendam celebrar sejam capazes, o objeto seja lícito e possível e tenha havido prévia aprovação pelo Ministério Público. 52. (TRT14-Anal.Jud.-Exec.Mandados-FCC-2011) A Lei no XX/09 foi revogada pela Lei no YY/10. Posteriormente,a Lei no ZZ/10 revogou a Lei no YY/10. Nesse caso, salvo disposição em contrário, a Lei no XX/09 (A) não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência. (B) só se restaura se a Lei no YY/10 tiver sido expressamente revogada pela Lei no ZZ/10. (C) restaura-se integralmente, independentemente, de novo diploma legal. (D) só se restaura se a revogação da Lei no YY/10 for decorrente de incompatibilidade com a Lei no ZZ/10. (E) só se restaura se a Lei no ZZ/10 tiver regulamentado inteiramente a matéria de que tratava a Lei no YY/10. 53.(TRT14-Anal.Jud.-Exec.Mandados-FCC-2011) Declarada a ausência e aberta provisoriamente a sucessão, (A) se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, não cessarão as vantagens dos sucessores nela emitidos, as quais perdurarão até a entrega dos bens a seu dono. (B) os bens do ausente poderão ser livremente alienados,sem autorização judicial, para lhes evitar a ruína. (C) os sucessores provisórios empossados nos bens do ausente não o representarão ativa ou passivamente e contra eles não correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. (D) os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de

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herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. (E) o descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente deverá capitalizar,na forma de lei, metade dos frutos e rendimentos que a este couberem e prestar contas anualmente ao juiz. 54. (TRT14-Anal.Jud.-Exec.Mandados-FCC-2011) No que concerne às associações, a convocação dos órgãos deliberativas far-se-á na forma do estatuto, garantido o direito de promovê-la a (A) 1/8 dos associados. (B) 1/6 dos associados. (C) 1/5 dos associados. (D) qualquer associado individualmente. (E) qualquer interessado. 55. (TRT14-Anal.Jud.-Exec.Mandados-FCC-2011) A respeito dos bens públicos, considere: I. Bens de uso comum do povo. II. Bens de uso especial. III. Bens dominicais. São inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, os bens públicos indicados APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) I e III. (D) II e III. (E) III. 56. (TRT14-Anal.Jud.-Exec.Mandados-FCC-2011) Prescreve em três anos a pretensão (A) relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. (B) de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. (C) do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. (D) dos profissionais liberais em geral pelos seus honorários,contado o prazo da conclusão dos serviços ou cessação dos respectivos contratos.

(E) do beneficiário contra o segurador e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório. 57. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) Os descendentes que, na qualidade de herdeiros, se imitirem na posse dos bens do ausente, (A) darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. (B) estão desobrigados de prestar garantia, desde que provada a sua qualidade de herdeiros. (C) estão desobrigados de prestar garantia, bem como de provar a qualidade de herdeiros, tratando-se de direitos presumidos legalmente. (D) darão garantia da restituição deles, mediante caução em dinheiro feita através de depósito em estabelecimento bancário oficial equivalente aos quinhões respectivos. (E) deverão requerer a nomeação de administrador judicial do imóvel pelo prazo mínimo de cinco anos. 58. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) Com relação aos Defeitos do Negócio Jurídico, considere: I. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. II. São nulos os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. III. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. IV. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente,ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

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De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em: (A) I, III e IV. (B) I e III. (C) II, III e IV. (D) I, II e III. (E) II e IV. 59. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) Um saco de cimento e um saco de arroz são bens (A) fungível e infungível, respectivamente. (B) infungível e fungível, respectivamente. (C) infungíveis. (D) fungíveis. (E) não consumíveis. 60. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) No negócio jurídico A, foi preterida uma solenidade que a lei considera essencial para a sua validade; o negócio jurídico B não reveste de forma prescrita em lei; o negócio jurídico C foi celebrado com adolescente de 17 anos de idade e o negócio jurídico D possui vício resultante de coação. Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são nulos SOMENTE os negócios jurídicos (A) A e B. (B) A, B e C. (C) A, B e D. (D) C e D. (E) B, C e D. 61.(TRT20-Anal.Jud-Execução-Mandados-FCC-2011) Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, esta suspensão só aproveitará os demais se a obrigação for (A) indivisível. (B) alternativa. (C) divisível. (D) de dar coisa certa. (E) de fazer. 62. (TRT24-Anal.Jud-Exec.Mandados – FCC-2011) João, com 50 anos de idade, viúvo e pai de um filho maior,desapareceu de seu domicílio. Após um ano da arrecadação,foi declarada a ausência, aberta

a sucessão provisória e, cumpridas todas as formalidades legais, o sucessor entrou na posse dos bens e os conservou, recebendo os respectivos frutos e rendimentos. Seis anos após o trânsito em julgado da sentença que concedeu a sucessão provisória, João apareceu e regressou ao seu domicílio, tendo ficado provado que a ausência foi voluntária e injustificada. Nesse caso, João (A) haverá os bens existentes no estado em que se acharem, mas terá direito a ser ressarcido dos frutos e rendimentos percebidos pelo sucessor. (B) não receberá de volta seus bens, por ter se escoado prazo superior a 5 anos do trânsito em julgado da sentença que concedeu a sucessão provisória. (C) haverá os bens existentes no estado em que se acharem, perdendo, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. (D) não receberá de volta seus bens, por ter ficado provado que a ausência foi voluntária e injustificada. (E) receberá de volta a metade de seus bens e os respectivos frutos e rendimentos, sendo a outra metade atribuída ao sucessor, a título de prefixação das perdas e danos relativas por este sofridas. 63. (TRT24-Anal.Jud-Exec.Mandados – FCC-2011) A condição (A) maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento considera-se não verificada. (B) resolutiva, enquanto não se realizar, impede a eficácia do negócio jurídico, não podendo ser exercido,desde a conclusão deste, o direito por ele estabelecido. (C) que sujeitar o efeito do negócio jurídico ao puro arbítrio de uma das partes, em geral, é válida, em decorrência do princípio da liberdade de contratar. (D) cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem favorecer não se reputa verificada quanto aos efeitos jurídicos. (E) suspensiva impede que o titular do direito eventual pratique atos destinados a conservá-lo.

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64. (TRESP-Anal-Jud-Judiciaria-FCC-2006) A prescrição (A) suspensa em favor de um dos credores solidários aproveitará os outros, independentemente da natureza da obrigação. (B) da pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa ocorre em dois anos. (C) correrá normalmente entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. (D) iniciada contra uma pessoa, em regra, não continua a correr contra o seu sucessor. (E)) pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 65.( TRESP-Anal-Jud-Judiciaria-FCC-2006) De acordo com o Código Civil Brasileiro, com relação aos defeitos do Negócio Jurídico, é certo que: (A) O falso motivo não vicia a declaração de vontade, ainda quando expresso como razão determinante. (B)) O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. (C) Considera-se coação a ameaça do exercício normal de um direito, bem como o simples temor reverencial. (D) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, mas, em regra,ambas poderão reclamar indenização. (E) Ocorrerá estado de perigo quando uma pessoa, por inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 66. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) Considere as seguintes assertivas a respeito das pessoas naturais: I. Os menores de dezesseis anos de idade podem ser proprietários de bens móveis e imóveis. II. A lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, mas a personalidade da pessoa começa do nascimento com vida.

III. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. IV. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. Em conformidade com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV. 67. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) De acordo com a classificação dos bens adotada pelo Código Civil brasileiro, é correto afirmar que (A) os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei, mas não por vontade das partes. (B) o direito à sucessão aberta é considerado bem móvel para os efeitos legais, havendo, expressa determinação legal neste sentido. (C) são infungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. (D) as energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis para os efeitos legais,havendo, expressa determinação legal neste sentido. (E) são singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. 68. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se condição a cláusula que, derivando (A) exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. (B) da vontade das partes, da lei e de terceiros, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo.

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(C) exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo. (D) da vontade das partes, da lei e de terceiros, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. (E) exclusivamente da lei, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo. 69. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) Em conformidade com o Código Civil brasileiro, a prescrição (A) não correrá entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar, mas correrá normalmente entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. (B) iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor, em razão da característica da pessoalidade inerente ao instituto. (C) pode ser renunciada de forma expressa ou tácita e a renúncia só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar. (D) da pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários ocorre em 5 anos. (E) da pretensão para haver prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela, ocorre em dois anos. 70.( TREMS-Anal.Jud-A.Judiciária-FCC-2007) De conformidade com o Código Civil é nulo o negócio jurídico (A) por vício resultante de lesão. (B) praticado por agente relativamente incapaz. (C) por vício resultante de fraude contra credores. (D) quando for indeterminável o seu objeto. (E) se praticado mediante coação. 71.( TREMS-Anal.Jud-A.Judiciária-FCC-2007) No que concerne aos direitos da personalidade é correto afirmar que (A) o pseudônimo adotado para atividades lícitas e ilícitas goza da proteção que se dá ao nome.

(B) a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, é válida com objetivo altruístico. (C) é lícito o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física,mesmo se não houver exigência médica. (D) eles são intransmissíveis e irrenunciáveis, em regra,mas o seu exercício poderá sofrer limitação voluntária. (E) em se tratando de pessoa pública o nome desta poderá ser utilizado em propaganda comercial, ainda que sem autorização. 72.( TREMS-Anal.Jud-A.Judiciária-FCC-2007) De acordo com o Código Civil, não havendo previsão legal de prazo menor a prescrição ocorre em (A) 03 anos. (B) 05 anos. (C) 10 anos. (D) 15 anos. (E) 20 anos. 73. (TREMS-Anal.Jud-A.Judiciária-FCC-2007) Considere as seguintes assertivas sobre a Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 60 dias depois de oficialmente publicada. II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. III. Havendo incompatibilidade entre lei posterior e lei anterior haverá revogação desta última. IV. A correção a texto de lei em vigor não é considerada lei nova. É coreto o que se afirma APENAS em: (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I e III. (D) II e III. (E) II, III e IV. 74.( TRF3R-Anal.Jud-Judiciária – FCC-2007) Quando a imposição de encargo ilícito

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constitui o motivo determinante da liberalidade, (A) invalida-se o negócio jurídico. (B) substitui-se o encargo ilícito por outro lícito, a critério do juiz. (C) considera-se não escrito o encargo ilícito. (D) substitui-se o encargo ilícito por outro lícito, a critério do beneficiário. (E) reduz-se a liberalidade à metade do valor estipulado pelo disponente. 75 .( TRF3R-Anal.Jud-Judiciária – FCC-2007) A respeito da prescrição e da decadência, é correto afirmar: (A) Prescreve em dez anos a cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. (B) No contrato regularmente formalizado por escrito, as partes podem renunciar a decadência fixada em lei. (C) Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. (D) A alteração do prazo prescricional por acordo das partes só terá validade se comprovada nos autos por instrumento público ou particular. (E) A prescrição iniciada contra uma pessoa cessa com a sua morte, iniciando-se novo prazo em relação ao seu sucessor. 76.( TRESE-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2007) De acordo com o Código Civil brasileiro, têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. O domicílio do militar da marinha do Brasil será (A) o lugar em que fixou a sua última residência em definitivo. (B) o lugar em que exercer permanentemente suas funções. (C) o local em que os navios estiverem matriculados. (D) a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado. (E) o domicílio civil de seus genitores, cônjuge ou descendentes.

77. .( TRESE-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2007) Considere as afirmativas abaixo a respeito dos defeitos do negócio jurídico. I. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. II. Se ocorrer dolo do representante convencional de uma das partes, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. III. Ocorrerá a lesão quando uma pessoa, por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. IV. Ao apreciar a coação, não se levará em conta o sexo, a idade e o temperamento do paciente. É correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II e III. (E) II, III e IV. 78. .( TRESE-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2007) Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição. A prescrição (A) não poderá ser renunciada de forma tácita, uma vez que, por disposição legal, a renuncia deverá ocorrer de forma expressa e inequívoca. (B) da pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular ocorre em cinco anos. (C) correrá normalmente contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios. (D) será interrompida quantas vezes forem necessárias para assegurar o não perecimento de um direito. (E) da pretensão dos auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de custas e honorários ocorre em três anos. 79. (TRT18-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2008) A respeito da decadência, é correto afirmar que

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(A) não corre a decadência pendendo condição suspensiva. (B) é nula a renúncia à decadência fixada em lei. (C) interrompe a decadência qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor. (D) a decadência pode ser interrompida por qualquer interessado. (E) a interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. 80. (TRT2R-Anal.Jud-Judiciária- FCC.2008) Corre normalmente a prescrição (A) contra os que se acharem servindo as forças armadas, em tempo de paz. (B) entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. (C) entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar. (D) entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. (E) contra os ausentes do país em serviço público dos municípios. 81. (TRT2R-Anal.Jud-Judiciária- FCC.2008) Considere: I. A lei do país onde for domiciliada a pessoa determina a regra sobre o começo e o fim da personalidade,o nome, a capacidade e os direitos de família. II. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. III. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do local da celebração. IV. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. É correto o que consta APENAS em (A) II e IV. (B) II, III e IV. (C) III e IV. (D) I e III. (E) I, II e IV. 82.(TREPI-Anal. Jud-Judiciária- FCC-2009) No que se refere às pessoas naturais,

de acordo com o Código Civil é correto afirmar que: (A) É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita ou onerosa do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. (B) Cessará a incapacidade para os menores, com dezesseis anos completos, pela concessão dos pais,ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento particular, independentemente de homologação judicial. (C) Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. (D) São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (E) Os direitos da personalidade são, em regra, intransmissíveis e irrenunciáveis, mas o seu exercício poderá sofrer limitação voluntária. 83. (TREPI-Anal. Jud-Judiciária- FCC-2009) Além dos casos expressamente declarados em lei, é anulável o negócio jurídico (A) se for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade. (B) quando for ilícito o seu objeto. (C) que não revestir a forma prescrita em lei. (D) que tiver por objetivo fraudar lei imperativa. (E) por vício resultante de lesão. 84. (TRT7R-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2009) A respeito da vigência da lei, em Direito Civil, pode-se afirmar que (A) a lei nova que estabeleça disposições especiais a par das já existentes não revoga nem modifica a lei anterior. (B) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. (C) não se consideram lei nova as correções a texto de lei já em vigor.

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(D) a lei revogada, salvo disposição em contrário, se restaura se a lei nova tiver perdido a vigência. (E) a lei começa a vigorar em todo o país, na data em que foi oficialmente publicada. 85. (TRT7R-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2009). NÃO se inclui dentre as causas que interrompem a prescrição (A) qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. (B) o despacho do juiz incompetente que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. (C) a apresentação, pela segunda vez, do título de crédito em concurso de credores. (D) o protesto cambial. (E) o despacho do juiz competente que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. 86. (TRT3R-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2009) Quanto ao termo do negócio jurídico, é INCORRETO afirmar que (A) os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto. (B) considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil, se o dia do vencimento cair em feriado. (C) considera-se meado, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. (D) os prazos de meses e anos expiram-se no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência. (E) o termo inicial suspende o exercício e a aquisição do direito. 87. (TREAM-Anal.Jud-Judiciária -2009-FCC) Considere as assertivas abaixo a respeito do domicílio. I. Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. II. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

III. O domicílio do militar da Marinha é o local onde o navio estiver matriculado. IV. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) II, III e IV. (B) I, II e III. (C) I, II e IV. (D) I e IV. (E) II e III. 88. (TREAM-Anal.Jud-Judiciária -2009-FCC) Com relação aos defeitos do negócio jurídico é correto afirmar: (A) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, mas ambas poderão reclamar indenização. (B) É nulo o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse conhecimento. (C) O dolo acidental anula o negócio jurídico e obriga à satisfação das perdas e danos. (D) Ao apreciar a coação ter-se-ão em conta, dentre outras circunstâncias, o sexo, a idade e o temperamento do paciente. (E) Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, mas o simples temor reverencial caracteriza a coação direta. 89 . (TREAL-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2010) Considere as seguintes assertivas a respeito da ausência: I. Decorrido seis meses da arrecadação dos bens do ausente poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. II. Na falta de descendente, a curadoria dos bens do ausente incumbe ao cônjuge ou aos pais não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. III. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória,poderão os interessados requerer a

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sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. IV. Pode-se requerer a sucessão definitiva, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. De acordo com o Código Civil Brasileiro está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) I e IV. (D) II, III e IV. (E) III e IV. 90.(TREAL-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2010) O negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, quando tal fato devia ser do conhecimento de quem o contratou, é (A) nulo, sendo de 180 dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo decadencial para pleitear-se a anulação. (B) anulável, sendo de 180 dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo decadencial para pleitear-se a anulação. (C) anulável, sendo de um ano, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo decadencial para pleitear-se a anulação. (D) nulo, sendo de um ano, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo decadencial para pleitear-se a anulação. (E) anulável, sendo de dois anos, a contar do conhecimento da nulidade, o prazo decadencial para pleitear-se a anulação. 91. (TRF4R-Anal-Jud-Judiciária-FCC-2010) No que concerne aos Bens Reciprocamente Considerados,é INCORRETO afirmar: (A) Em regra, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal abrangem as pertenças. (B) Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.

(C) Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. (D) Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. (E) São voluptuárias as benfeitorias de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 92 . (TRF4R-Anal-Jud-Judiciária-FCC-2010) De acordo com o Código Civil brasileiro, com relação ao negócio jurídico, em regra, a incapacidade relativa de uma das partes (A) só pode ser invocada pela outra parte em benefício próprio se ocorrer dentro do prazo decadencial de dois anos contados da realização do negócio jurídico. (B) pode ser invocada pela outra em benefício próprio,mas não aproveita aos cointeressados capazes. (C) não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, mas aproveita aos cointeressados capazes. (D) pode ser invocada pela outra em benefício próprio e aproveita aos cointeressados capazes. (E) não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes. 93.( TREAC-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2010) Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações: I. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos,não havendo, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. II. Os associados devem ter iguais direitos, sendo que a legislação competente veda a instituição pelo estatuto de categorias com vantagens especiais. III. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantindo a um quinto dos associados o direito de promovê-la.

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IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, III e IV. (C) I e IV. (D) II, III e IV. (E) II e IV. 94.( TREAC-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2010) Segundo o Código Civil brasileiro, com relação à invalidade dos negócios jurídicos, é correto afirmar: (A) É de dez anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado, no caso de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. (B) Não serão considerados nulos ou anuláveis os negócios jurídicos em que os instrumentos particulares forem antedatados. (C) É de dois anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado, no caso de coação, do dia em que ela cessar. (D) Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. (E) Além dos casos expressamente declarados na lei, é nulo o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente, bem como por vício resultante de estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 95.( TREAC-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2010) Jane por deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil. Gilberto, por causa transitória, não pode exprimir sua vontade e Morgana é excepcional, sem desenvolvimento mental completo. De acordo com o Código Civil brasileiro, NÃO corre a prescrição contra (A) Gilberto e Morgana. (B) Jane, Gilberto e Morgana. (C) Jane e Gilberto. (D) Jane e Morgana. (E) Jane, apenas.

96.( TRETO-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2011) Marta possui dezesseis anos de idade e reside com sua mãe, Julia, já que seu pai é falecido. Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil de Marta. Neste caso, Julia (A) deverá fazê-lo através de procedimento judicial adequado visando sentença proferida em juízo. (B) poderá fazê-lo mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial. (C) poderá fazê-lo mediante instrumento público, desde que submetido à homologação judicial. (D) não poderá fazê-lo em razão do falecimento do pai de Marta. (E) não poderá fazê-lo uma vez que Marta possui dezesseis anos de idade. 97. (TRF1R-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2011) Os descendentes que, na qualidade de herdeiros, se imitirem na posse dos bens do ausente, (A) darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. (B) estão desobrigados de prestar garantia, desde que provada a sua qualidade de herdeiros. (C) estão desobrigados de prestar garantia, bem como de provar a qualidade de herdeiros, tratando-se de direitos presumidos legalmente. (D) darão garantia da restituição deles, mediante caução em dinheiro feita através de depósito em estabelecimento bancário oficial equivalente aos quinhões respectivos. (E) deverão requerer a nomeação de administrador judicial do imóvel pelo prazo mínimo de cinco anos. 98 .( TRERN-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2011) Considere as assertivas abaixo a respeito das Associações. I. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a um quinto dos associados o direito de promovê-la.

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II. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. III. A qualidade de associado é transmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. IV. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II e III. (C) III e IV. (D) I, II e IV. (E) II e IV. 99. (TRT20-Anal.Jud-Judiciária- FCC-2011 )A respeito dos bens públicos, é correto afirmar que (A) os bens dominicais constituem o patrimônio da pessoa jurídica de direito público e, por isso, são inalienáveis. (B) os terrenos e edifícios usados pelo próprio Estado para execução de serviço público especial são considerados bens de uso geral ou uso comum do povo. (C) as praças, ruas e estradas podem ser alienadas enquanto destinadas ao uso comum do povo.

(D) a venda de bens de uso comum do povo pelo Estado denomina-se desafetação. (E) os bens de uso comum do povo não perdem essa característica se o Estado regulamentar sua utilização de maneira onerosa. 100.( TREPE-Anal.Jud.-Judiciária –FCC-2011) Preconiza o Código Civil Brasileiro, que o instituto da lesão ocorrerá quando (A) houver declaração de vontade emanada de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. (B) alguém, premido da necessidade de salvar-se de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. (C) alguém, premido da necessidade de salvar-se de grave dano conhecido pela outra parte, obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. (D) houver a transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, praticados por devedor já insolvente. (E) uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

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GABARITO

1. C 2. A 3. B 4. E 5. B 6. A 7. E 8. A 9. E 10. A 11. B 12. D 13. D 14. C 15. D 16. C 17. E 18. D 19. A 20. D 21. C 22. C 23. C 24. D 25. A 26. A 27. D 28. C 29. E 30. D 31. D 32. C 33. E 34. C 35. A 36. D 37. E 38. C 39. C 40. D 41. A 42. D 43. E 44. A 45. D 46. E 47. B

48. D 49. B 50. D 51. C 52. A 53. D 54. C 55. B 56. E 57. B 58. A 59. D 60. A 61. A 62. C 63. A 64. E 65. B 66. D 67. E 68. A 69. C 70. D 71. B 72. C 73. D 74. A 75. C 76. D 77. A 78. B 79. B 80. A 81. E 82. C 83. E 84. A 85. C 86. E 87. C 88. D 89. E 90. B 91. A 92. E 93. B 94. D 95. C 96. B

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97. B 98. A

99. E 100.E

Questões concursos – FCC e outras bancas

1. (FMPRS –Procurador Jurídico – Câmara Municipal de Santa Barbara d’oeste – SP – 2010) Assinale a alternativa correta. (A) A capacidade de fato é a capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações, que decorre da simples aquisição da personalidade jurídica, devendo a pessoa ser assistida ou representada até completar a maioridade civil. (B) A capacidade de direito inicia aos 18 anos completos, quando a pessoa fica plenamente habilitada para os atos da vida civil. EU Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo, são absolutamente incapazes. (D) Os pródigos são incapazes apenas relativamente a certos atos. (E) As pessoas de idade avançada, que padeçam de doenças incapacitantes, são presumidas incapazes para os atos da vida civil. 2. (TREPB-Anal.Jud-Administrativa-FCC-2007)A respeito da personalidade e capacidade das pessoas naturais, é correto afirmar que

(A) são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (B) cessará, para os menores, a incapacidade pela colação de grau em curso de ensino médio. EU presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão provisória.

(D) são relativamente incapazes os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil. (E) o pseudônimo adotado para atividades lícitas não goza da mesma proteção dada ao nome. 3. (FMPRS –Procurador Jurídico – Câmara Municipal de Santa Barbara d’oeste – SP – 2010) Assinale a alternativa correta. (A) Contra os absolutamente incapazes – art. 3º do Código Civil – não corre prescrição, mas corre decadência, pois essa não se suspende, nem se interrompe. (B) Pode-se renunciar à decadência convencional, mas não à legal. Nesse último caso o ato de renúncia é anulável. EU A prescrição só pode ser interrompida uma vez. (D) O juiz pode conhecer de ofício a prescrição, motivo pelo qual a possibilidade de renúncia à prescrição, prevista no art. 191 do Código Civil, não mais prevalece no sistema jurídico brasileiro. (E)A prescrição iniciada contra uma pessoa não prejudica o seu sucessor. 4.(FMPRS –Procurador Jurídico – Câmara Municipal de Santa Barbara d’oeste – SP – 2010) Assinale a alternativa correta: (A) Os atos jurídicos stricto sensu diferenciam-se dos negócios jurídicos, pois, nos primeiros, não é possível, à vontade das partes, dispor sobre os efeitos do ato. (B) São elementos acidentais do negócio jurídico: a condição, o encargo e a forma. EU São nulos os negócios jurídicos e os atos jurídicos stricto sensu, quando a declaração de vontade for resultado de coação, simulação ou dolo.

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(D) Distinguem-se a nulidade e a anulabilidade em face do prazo e da forma para arguição, embora ambas possam ser conhecidas, de ofício, pelo juiz. (E) A simulação relativa não é causa de nulidade do negócio jurídico. 5. (TREAL- Analista Judiciário- Adm.-FCC 2010) Considere as seguintes assertivas: I. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. II. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. III. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. IV. Configura-se o estado de perigo quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. A respeito dos defeitos do negócio jurídico, de acordo com o Código Civil Brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II e III. EU I e IV. (D) II, III e IV. (E) III e IV.

6. (FMPRS –Procurador Jurídico – Câmara Municipal de Santa Barbara d’oeste – SP – 2010) Considerando a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, analise as afirmações I a V e assinale a alternativa correta (a, b, c, d ou e).

I - A possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica foi positivada no Código Civil em vigor, em caso de abuso de personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial.

II. O Código Civil derrogou, no que concerne especificamente à matéria, os microssistemas legais que 91 rganiz a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, como o do Estatuto Cosumeirista (Lei nº 8.078, de 1990) e o da Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830, de 1980), pois é lei posterior, ficando tais ramos do Direito regulados pelas disposições do Código Civil concernentes à matéria. III. A consequência do reconhecimento do abuso de personalidade jurídica é a desconsideração da personalidade jurídica e a responsabilização pessoal dos sócios pelas dívidas da pessoa jurídica. IV. A pessoa jurídica pode invocar a teoria, requerendo a desconsideração da personalidade jurídica, em sua própria defesa. V. As pessoas jurídicas de Direito Privado sem fins lucrativos estão abrangidas pela sistemática da disregard doctrine. Assinale, com base nas afirmações acima, a alternativa correta: (A) Todas as alternativas são verdadeiras. (B) Apenas as alternativas I, II e III são verdadeiras. EU Apenas as alternativas I, III, IV e V são verdadeiras. (D) Apenas as alternativas I, III e IV são verdadeiras. (E) Apenas as alternativas I e III são verdadeiras. 7.(TRERN-Anal.Jud.-dministrativa)Maria está grávida de João, que sofreu um acidente de moto e encontra-se internado no hospital X em estado grave. Sem saber sobre os direitos do filho que está no seu ventre, Maria procura sua vizinha Sueli que é advogada.Sueli expõe a Maria que a personalidade civil da pessoa começa (A) da décima segunda semana após a concepção, que comprovada cientificamente, resguarda o direito do nascituro.

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(B) da concepção, que comprovada cientificamente, resguarda o direito do nascituro. EU do nascimento com vida, sendo que a lei resguarda os direitos do recém-nascido somente após a constatação de vida feita pelo obstetra, momento em que este passa a existir no mundo jurídico. (D) do nascimento com vida, mas que a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (E) do nascimento com vida, sendo que a lei resguarda os direitos do recém-nascido somente após o registro civil de nascimento deste no cartório competente. 8. (Juiz de Direito TJRS – 2009) Assinale a assertiva correta sobre decadência.

(A) É de cento e vinte dias o prazo para a anulação do negócio jurídico, a contar da sua conclusão ou cessação da incapacidade, concluído pelo representante em conflito de interesse com o representado, se o fato era ou devia ser do conhecimento de quem com ele tratou.

(B) É de um ano o prazo, a contar da publicação da sua inscrição no registro, para anular a constitui ção da pessoa 92rgídica de direito privado por defeito do ato respectivo.

(C) É de dois anos o prazo de anulação do ato, a contar de sua conclusão, se não houver prazo estabelecido em lei, quando esta dispuser que determinado ato é anulável.

(D) É de três anos o prazo para pleitear-se a anulação do negócio jurídico nos casos de coação, erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão e atos de incapazes.

(E) É de quatro anos o prazo para a declaração de nulidade de negócio jurídico simulado. 9.(TRT4 – Analista Judiciário – Judiciária- FCC-2006) Considere: I. Autarquias. II. Organizações religiosas.

III. Distrito Federal. IV. Partidos políticos. De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público interno, as indicadas APENAS em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D)) I e III. (E) III e IV. 10.(Juiz de Direito TJRS – 2009) Considere as assertivas sobre condição.

I - As condições–ilícitas ou de fazer coisas ilícitas e as condições incompreensíveis ou contraditórias têm-se por inexistentes.

II - São tidas po– inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.

III - Se for suspe–siva a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo ser exercido desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

Quais são corretas?

(A) Apenas I

(B) Apenas II

(C) Apenas III

(D) Apenas I e II

(E) I, II e III

11.(METRO SP-Advogado-FCC-2008) Pérsio, por inexperiência, se obrigou a prestação manifestamente desproporcional, uma vez que contratou o mecânico Otávio para a realização de serviço de substituição de uma simples peça de motor pelo pagamento da quantia de R$ 4.300,00 (quatro mil e trezentos reais), enquanto que a praxe comercial vigente ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico entre as partes era de no máximo R$ 300,00 (trezentos reais). Neste caso, de acordo com o Código

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Civil brasileiro, o negócio jurídico poderá ser anulado em razão da ocorrência de

(A) coação.

(B) lesão.

(C) erro.

(D) dolo.

(E) fraude contra credores.

12. (TREPB-Anal.Jud-Direito- 2007FCC) No que concerne ao erro, um dos defeitos do negócio jurídico, é correto afirmar: (A) O erro será substancial quando sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. (B) O falso motivo sempre viciará a declaração de vontade e gerará a anulação do negócio jurídico. (C) A transmissão errônea de vontade por meios interpostos não é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. (D) O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, viciará o negócio jurídico em qualquer hipótese. (E) O erro de cálculo poderá gerar a anulação do negócio jurídico, uma vez que restou viciada a declaração de vontade. 13. (TRT18-Anal.Jud-Administrativa-FCC-2008) A respeito da prescrição, considere:

I. A renúncia da prescrição só pode ser expressa.

II. Os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo das partes constante de contrato escrito.

III. Não corre a prescrição contra os ausentes do país em serviço público dos Municípios.

IV. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Está correto o que consta SOMENTE em

(A) I e II.

(B) I, II e III.

(C) II e IV.

(D) I, III e IV.

(E) III e IV.

14. (TJPI -Analista Judi–iário – Escrivão – FCC2009) A validade do negócio jurídico pressupõe capacidade do agente. Se o ato for praticado por pessoa relativamente incapaz, o vício é de (A) nulidade, mas só pode ser reconhecido mediante a propositura de ação pelo Ministério Público. (B) nulidade e deve ser reconhecido de ofício pelo juiz. (C) anulabilidade e não poderá ser invocado pela outra parte em benefício próprio. (D) anulabilidade e pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. (E) anulabilidade ou de nulidade, de acordo com tipificação legal. 15. (TJPI -Analista Judi–iário – Escrivão – FCC2009) É correto afirmar que (A) a prescrição faz extinguir a pretensão, diferentemente da decadência, que extingue o próprio direito. (B) não existe razão para distinguir prescrição de decadência, pois o Código Civil não faz tal diferenciação. (C) os prazos de prescrição não se suspendem e nem se interrompem. (D) a decadência atinge a pretensão, ao passo que a prescrição faz extinguir o direito. (E) na contagem do prazo de prescrição, diferentemente do que ocorre com o prazo de decadência, não são computados os domingos e feriados. 16. .(CEAL-AL- Advogado- 2005 – FCC) Com relação à invalidade de negócio jurídico, é correto afirmar:

(A) O juiz poderá suprir as nulidades, a requerimento das partes, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos.

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(B) É anulável o negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz.

(C) O negócio jurídico nulo, em qualquer hipótese, é suscetível de confirmação, e convalesce pelo decurso do tempo.

(D) É nulo o negócio jurídico por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

(E)) É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.

17.(Juiz de Direito TJRS – 2009) Com base nas disposições gerais sobre negócio jurídico, assinale a assertiva correta.

(A) A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela outra em benefício próprio.

(B) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.

(C) A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos visando a constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a cinqüenta veze 94 rganizaç salário mínimo vigente no país.

(D) A validade da declaração de vontade independe de forma especial e de exigência expressa da lei.

(E) Na declaração de vontade, se atenderá mais ao sentido literal da linguagem do que à intenção nela consubstanciada. 18. (TRF4R-Anal.Jud._Exec.Mandados- FCC 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito da Condição, do Termo e do Encargo: I. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo.

II. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. III. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. IV. Em regra, o encargo suspende a aquisição e o exercício do direito. De acordo com o Código Civil, está correto o que consta APENAS em (A) I e III. (B) I, II e III. (C) II, III e IV. (D) II e III. (E) II e IV. 19. (TRF4R-Anal.Jud._Exec.Mandados- FCC 2010) No tocante à ausência, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão (A) decorridos três anos da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando dois anos. (B) decorridos dois anos, independentemente do ausente ter deixado representante ou procurador. (C) decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando dois anos. (D) decorridos dois anos da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando um ano. (E) decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos. 20. (TRF4R-Anal.Jud._Exec.Mandados- FCC 2010) O dolo do representante legal de uma das partes (A) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

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(B) só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. (C) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como responderá subsidiariamente ao representante legal por perdas e danos. (D) não obriga o representado a responder civilmente por qualquer quantia em dinheiro nem determina qualquer obrigação legal. (E) obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve, bem como a respondera até o limite de vinte vezes o valor do negócio jurídico por perdas e danos. 21. (Advogado–SEMSA- CESGRANRIO-2005) Assinale a regra sobre as pessoas jurídicas que NÃO faz parte do ordenamento do Código Civil Brasileiro.

(A) Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.

(B) Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.

(C) São pessoas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.

(D) São livres a criação e o funcionamento das organizações religiosas, vedado, entretanto, seu reconhecimento pelo poder público, se defenderem idéias tendent 95 rganibolir a Federação ou a República.

(E) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

22.(TRT23-Anal.Jud.-Execução-Mandados-FCC 2011) Apesar de ser notória a sua insolvência, Paulo vendeu um terreno a Pedro por valor inferior ao preço de mercado.Nesse caso, (A) se Pedro ainda não tiver pago o preço, para conservar o bem, poderá depositar em juízo o valor que pagou pelo terreno, com a citação de todos os interessados. (B) o negócio será nulo de pleno direito, independentemente do pagamento do preço pelo comprador. (C) o negócio será nulo de pleno direito, se o pagamento do preço pelo comprador ainda não tiver sido feito. (D) se Pedro ainda não tiver pago o preço, para conservar o bem, poderá depositar em juízo o valor real do terreno, com a citação de todos os interessados. (E) a transação não será anulável, respondendo Paulo pelas perdas e danos causadas aos credores. 23. (TRT23-Anal.Jud.-Execução-Mandados-FCC 2011) Os contratos atípicos (A) são anuláveis, mesmo se os que os pretendam celebrar sejam capazes e o objeto seja lícito e possível, se a forma não estiver prescrita em lei. (B) são nulos de pleno direito, mesmo que os pretendam celebrar sejam capazes e o objeto seja lícito e possível, porque a forma não é prescrita em lei. (C) são válidos, desde que os agentes que os pretendam celebrar sejam capazes, o objeto seja lícito e possível e a forma não seja defesa em lei. (D) só têm validade se os que pretendam celebrar sejam capazes, o objeto seja lícito e possível e tenha havido prévia homologação judicial. (E) só têm validade se os que pretendam celebrar sejam capazes, o objeto seja lícito e possível e tenha havido prévia aprovação pelo Ministério Público. 24.(TRT14-Anal.Jud.-Exec.Mandados-FCC-2011) Declarada a ausência e aberta provisoriamente a sucessão,

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(A) se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, não cessarão as vantagens dos sucessores nela emitidos, as quais perdurarão até a entrega dos bens a seu dono. (B) os bens do ausente poderão ser livremente alienados,sem autorização judicial, para lhes evitar a ruína. (C) os sucessores provisórios empossados nos bens do ausente não o representarão ativa ou passivamente e contra eles não correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. (D) os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. (E) o descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente deverá capitalizar,na forma de lei, metade dos frutos e rendimentos que a este couberem e prestar contas anualmente ao juiz. 25. (TRT18-Anal.Jud-Administrativa- FCC-2008) A respeito das associações, é correto afirmar:

(A) A decisão do órgão que, de conformidade com o estatuto, decretar a exclusão de associado é irrecorrível.

(B) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins econômicos.

(C) A qualidade de associado é sempre transmissível, não podendo o estatuto dispor em contrário.

(D) Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto pode instituir categorias com vantagens especiais.

(E) Entre os associados, há direitos e obrigações recíprocas, que devem obrigatoriamente constar do estatuto.

26. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) Os descendentes

que, na qualidade de herdeiros, se imitirem na posse dos bens do ausente, (A) darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. (B) estão desobrigados de prestar garantia, desde que provada a sua qualidade de herdeiros. (C) estão desobrigados de prestar garantia, bem como de provar a qualidade de herdeiros, tratando-se de direitos presumidos legalmente. (D) darão garantia da restituição deles, mediante caução em dinheiro feita através de depósito em estabelecimento bancário oficial equivalente aos quinhões respectivos. (E) deverão requerer a nomeação de administrador judicial do imóvel pelo prazo mínimo de cinco anos. 27. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) Com relação aos Defeitos do Negócio Jurídico, considere: I. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. II. São nulos os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. III. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. IV. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente,ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em: (A) I, III e IV. (B) I e III. (C) II, III e IV. (D) I, II e III. (E) II e IV.

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28. (TRF1R-Anal.Jud.-Execução de Mandados-FCC-2011) No negócio jurídico A, foi preterida uma solenidade que a lei considera essencial para a sua validade; o negócio jurídico B não reveste de forma prescrita em lei; o negócio jurídico C foi celebrado com adolescente de 17 anos de idade e o negócio jurídico D possui vício resultante de coação. Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são nulos SOMENTE os negócios jurídicos (A) A e B. (B) A, B e C. (C) A, B e D. EU C e D. (E) B, C e D. 29. (TRT24-Anal.Jud-Exec.Mandados – FCC-2011) João, com 50 anos de idade, viúvo e pai de um filho maior,desapareceu de seu domicílio. Após um ano da arrecadação,foi declarada a ausência, aberta a sucessão provisória e, cumpridas todas as formalidades legais, o sucessor entrou na posse dos bens e os conservou, recebendo os respectivos frutos e rendimentos. Seis anos após o trânsito em julgado da sentença que concedeu a sucessão provisória, João apareceu e regressou ao seu domicílio, tendo ficado provado que a ausência foi voluntária e injustificada. Nesse caso, João (A) haverá os bens existentes no estado em que se acharem, mas terá direito a ser ressarcido dos frutos e rendimentos percebidos pelo sucessor. (B) não receberá de volta seus bens, por ter se escoado prazo superior a 5 anos do trânsito em julgado da sentença que concedeu a sucessão provisória. (C) haverá os bens existentes no estado em que se acharem, perdendo, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. (D) não receberá de volta seus bens, por ter ficado provado que a ausência foi voluntária e injustificada. (E) receberá de volta a metade de seus bens e os respectivos frutos e rendimentos, sendo a outra metade atribuída ao sucessor, a título

de prefixação das perdas e danos relativas por este sofridas. 30.( TRESP-Anal-Jud-Judiciaria-FCC-2006) De acordo com o Código Civil Brasileiro, com relação aos defeitos do Negócio Jurídico, é certo que: (A) O falso motivo não vicia a declaração de vontade, ainda quando expresso como razão determinante. (B)) O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. (C) Considera-se coação a ameaça do exercício normal de um direito, bem como o simples temor reverencial. (D) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, mas, em regra,ambas poderão reclamar indenização. (E) Ocorrerá estado de perigo quando uma pessoa, por inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 31. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) Considere as seguintes assertivas a respeito das pessoas naturais: I. Os menores de dezesseis anos de idade podem ser proprietários de bens móveis e imóveis. II. A lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, mas a personalidade da pessoa começa do nascimento com vida. III. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. IV. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil. Em conformidade com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III.

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(D) I, II e IV. (E) II, III e IV. 32. (TRESE-Anal.Jud-Administrativa- FCC-2007) Mário, empresário com 52 anos de idade, resolveu viajar para a Europa com sua mulher Fábia, de 45 anos, doente, portadora de câncer em sua fase terminal, e com seus filhos gêmeos, Gabriel e Pedro, de 10 anos, e seu pai, Daniel, de 92 anos. O avião que levava a família caiu no mar, não havendo sobreviventes do acidente. De acordo com o Código Civil brasileiro, não se podendo averiguar se alguém dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-á que

(A) Daniel morreu em primeiro lugar, seguido de Mário, Fábia, Gabriel e Pedro.

(B)Mário, Fábia, Gabriel, Pedro e Daniel morreram simultaneamente.

(C) Fábia morreu em primeiro lugar, seguida de Daniel, Mário, Gabriel e Pedro.

(D) Gabriel e Pedro morreram simultaneamente, seguidos de Fábia, Daniel e Mário.

(E) Gabriel e Pedro morreram simultaneamente, seguidos de Daniel, Fábia e Mário. 33. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se condição a cláusula que, derivando (A) exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. (B) da vontade das partes, da lei e de terceiros, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo. (C) exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo. (D) da vontade das partes, da lei e de terceiros, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

(E) exclusivamente da lei, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo. 34. (TRF1R-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2006) Em conformidade com o Código Civil brasileiro, a prescrição (A) não correrá entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar, mas correrá normalmente entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. (B) iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor, em razão da característica da pessoalidade inerente ao instituto. (C) pode ser renunciada de forma expressa ou tácita e a renúncia só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar. (D) da pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários ocorre em 5 anos. (E) da pretensão para haver prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela, ocorre em dois anos. 35.( TREMS-Anal.Jud-A.Judiciária-FCC-2007) De conformidade com o Código Civil é nulo o negócio jurídico (A) por vício resultante de lesão. (B) praticado por agente relativamente incapaz. (C) por vício resultante de fraude contra credores. (D) quando for indeterminável o seu objeto. (E) se praticado mediante coação. 36.( TREMS-Anal.Jud-A.Judiciária-FCC-2007) No que concerne aos direitos da personalidade é correto afirmar que (A) o pseudônimo adotado para atividades lícitas e ilícitas goza da proteção que se dá ao nome. (B) a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, é válida com objetivo altruístico. (C) é lícito o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição

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permanente da integridade física,mesmo se não houver exigência médica. (D) eles são intransmissíveis e irrenunciáveis, em regra,mas o seu exercício poderá sofrer limitação voluntária. (E) em se tratando de pessoa pública o nome desta poderá ser utilizado em propaganda comercial, ainda que sem autorização. 37.( TRF3R-Anal.Jud-Judiciária – FCC-2007) Quando a imposição de encargo ilícito constitui o motivo determinante da liberalidade, (A) invalida-se o negócio jurídico. (B) substitui-se o encargo ilícito por outro lícito, a critério do juiz. (C) considera-se não escrito o encargo ilícito. (D) substitui-se o encargo ilícito por outro lícito, a critério do beneficiário. (E) reduz-se a liberalidade à metade do valor estipulado pelo disponente. 38 .( TRF3R-Anal.Jud-Judiciária – FCC-2007) A respeito da prescrição e da decadência, é correto afirmar: (A) Prescreve em dez anos a cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. (B) No contrato regularmente formalizado por escrito, as partes podem renunciar a decadência fixada em lei. (C) Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. (D) A alteração do prazo prescricional por acordo das partes só terá validade se comprovada nos autos por instrumento público ou particular. (E) A prescrição iniciada contra uma pessoa cessa com a sua morte, iniciando-se novo prazo em relação ao seu sucessor. 39.( TRESE-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2007) De acordo com o Código Civil brasileiro, têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. O domicílio do militar da marinha do Brasil será

(A) o lugar em que fixou a sua última residência em definitivo. (B) o lugar em que exercer permanentemente suas funções. (C) o local em que os navios estiverem matriculados. (D) a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado. (E) o domicílio civil de seus genitores, cônjuge ou descendentes. 40.( TRESE-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2007) Considere as afirmativas abaixo a respeito dos defeitos do negócio jurídico. I. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. II. Se ocorrer dolo do representante convencional de uma das partes, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. III. Ocorrerá a lesão quando uma pessoa, por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. IV. Ao apreciar a coação, não se levará em conta o sexo, a idade e o temperamento do paciente. É correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II e III. (E) II, III e IV. 41 .( TRESE-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2007) Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição. A prescrição (A) não poderá ser renunciada de forma tácita, uma vez que, por disposição legal, a renuncia deverá ocorrer de forma expressa e inequívoca. (B) da pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular ocorre em cinco anos. (C) correrá normalmente contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios.

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(D) será interrompida quantas vezes forem necessárias para assegurar o não perecimento de um direito. (E) da pretensão dos auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de custas e honorários ocorre em três anos. 42. (Juiz de Direito TJRS – 2009) Ao ensejo da separação judicial de Carlos e Cláudia, o juiz determinou que a guarda do filho do casal,Mário, então com 16 anos de idade, ficaria com o pai. Por considerar que o filho já tinha maturidade suficiente para dirigir sua pessoa e administrar seus bens, Carlos elaborou um instrumento particular de emancipação e o encaminhou para o registro competente, sem que a mãe do menor tivesse conhecimento.

Na hipótese, a emancipação

(A) é válida, pois cabe prioritariamente ao pai emancipar o filho.

(B) é válida, pois o pai, por estar com a guarda do filho, detém o poder familiar com exclusividade.

(C) é válida, pois qualquer dos genitores pode emancipar o filho, independentemente da vontade do outro.

(D) não é válida, exclusivamente porque o poder familiar deve ser exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe.

(E) não é válida porque, além de o poder familiar dever ser exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe, a emancipação voluntária somente pode ser materializada por instrumento público. 43.(TREPI-Anal. Jud-Judiciária- FCC-2009) No que se refere às pessoas naturais, de acordo com o Código Civil é correto afirmar que: (A) É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita ou onerosa do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

(B) Cessará a incapacidade para os menores, com dezesseis anos completos, pela concessão dos pais,ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento particular, independentemente de homologação judicial. (C) Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. (D) São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (E) Os direitos da personalidade são, em regra, intransmissíveis e irrenunciáveis, mas o seu exercício poderá sofrer limitação voluntária. 44. .(TREMS -Anal.Jud-Admi–istrativa-FCC – 07) De acordo com o Código Civil, cessará para o menor a incapacidade civil pela emancipação a partir dos dezesseis anos completos,

(A) pela concessão de um dos pais, na falta do outro, mediante procedimento de jurisdição voluntária, até final homologação judicial.

(B) pela concessão de ambos os pais, mediante instrumento público, devidamente homologado pelo juiz.

(C) pela concessão de ambos os pais, mediante instrumento particular, independentemente de homologação judicial.

(D) por concessão do tutor, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial.

(E) por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor estiver sob o regime da tutela. 45. (TRT7R-Anal.Jud-Judiciária-FCC-2009). NÃO se inclui dentre as causas que interrompem a prescrição (A) qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

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(B) o despacho do juiz incompetente que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. (C) a apresentação, pela segunda vez, do título de crédito em concurso de credores. (D) o protesto cambial. (E) o despacho do juiz competente que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual. 46. (TREAM-Anal.Jud-Judiciária -2009-FCC) Com relação aos defeitos do negócio jurídico é correto afirmar: (A) Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, mas ambas poderão reclamar indenização. (B) É nulo o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse conhecimento. (C) O dolo acidental anula o negócio jurídico e obriga à satisfação das perdas e danos. (D) Ao apreciar a coação ter-se-ão em conta, dentre outras circunstâncias, o sexo, a idade e o temperamento do paciente. (E) Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, mas o simples temor reverencial caracteriza a coação direta. 47. (TREAL-Anal.Jud-Judiciária –FCC-2010) Considere as seguintes assertivas a respeito da ausência: I. Decorrido seis meses da arrecadação dos bens do ausente poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. II. Na falta de descendente, a curadoria dos bens do ausente incumbe ao cônjuge ou aos pais não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. III. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória,poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. IV. Pode-se requerer a sucessão definitiva, provando-se que o ausente conta oitenta anos

de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. De acordo com o Código Civil Brasileiro está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) I e IV. (D) II, III e IV. (E) III e IV. 48. (FMPRS- Adjunto de Procurador do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas do RS- 2008) Assinale a afirmativa correta. (A) O termo inicial, estabelecido em um contrato, suspende a aquisição do direito. (B) O termo inicial suspende o exercício do direito. (C) A condição suspensiva, aposta a um contrato, não impede a sua eficácia, desde que o devedor dela tenha ciência. (D) É possível estabelecer um contrato sob condição que o sujeite ao puro arbítrio do credor. (E) Os contratos admitem toda e qualquer condição. 49.( TREAC-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2010) Considere as seguintes assertivas a respeito das Associações: I. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos,não havendo, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. II. Os associados devem ter iguais direitos, sendo que a legislação competente veda a instituição pelo estatuto de categorias com vantagens especiais. III. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantindo a um quinto dos associados o direito de promovê-la. IV. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, III e IV.

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(C) I e IV. (D) II, III e IV. (E) II e IV. 50.( TREAC-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2010) Segundo o Código Civil brasileiro, com relação à invalidade dos negócios jurídicos, é correto afirmar: (A) É de dez anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado, no caso de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. (B) Não serão considerados nulos ou anuláveis os negócios jurídicos em que os instrumentos particulares forem antedatados. (C) É de dois anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado, no caso de coação, do dia em que ela cessar. (D) Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. (E) Além dos casos expressamente declarados na lei, é nulo o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente, bem como por vício resultante de estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 51. (TRF1R-Anal.Jud.-Judiciária-FCC-2011) Os descendentes que, na qualidade de herdeiros, se imitirem na posse dos bens do ausente, (A) darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. (B) estão desobrigados de prestar garantia, desde que provada a sua qualidade de herdeiros. (C) estão desobrigados de prestar garantia, bem como de provar a qualidade de herdeiros, tratando-se de direitos presumidos legalmente. (D) darão garantia da restituição deles, mediante caução em dinheiro feita através de depósito em estabelecimento bancário oficial equivalente aos quinhões respectivos. (E) deverão requerer a nomeação de administrador judicial do imóvel pelo prazo mínimo de cinco anos.

52.( TREPE-Anal.Jud.-Judiciária –FCC-2011) Preconiza o Código Civil Brasileiro, que o instituto da lesão ocorrerá quando (A) houver declaração de vontade emanada de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. (B) alguém, premido da necessidade de salvar-se de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. (C) alguém, premido da necessidade de salvar-se de grave dano conhecido pela outra parte, obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. (D) houver a transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, praticados por devedor já insolvente. (E) uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga à prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 53. (Analista de Comércio Exterior - ACE/MDIC-201–-ESAF) Sobre as pessoas jurídicas, assinale a opção correta. a) São livres a criação, a organizacão, a102rganizaçãoão interna e o funcionamento das organizações religiosas,cabendo ao poder público conceder ou negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. b) São pessoas jurídicas de direito público interno a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias, inclusive as associações públicas, as fundações e os partidos políticos. c) São pessoas jurídicas de direito privado, entre outras, as sociedades civis, religiosas, científicas, literárias e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional. d) As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. e) Prescreve em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo,

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contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 54. (Analista de Comércio Exterior - ACE/MDIC-201–-ESAF) Sobre os defeitos do negócio jurídico, assinale a opção incorreta. a) A coação, para viciar a declaração de vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. b) O erro é substancial quando concerne à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante. c) Poderá ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. d) Ocorre a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. e) Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial. 55. (Analista de Comércio Exterior - ACE/MDIC-201–-ESAF) Sobre a validade do negócio jurídico, assinale a opção correta. a) A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, pois aproveita aos cointeressados capazes, salvo se for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. b) A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o salário mínimo vigente, exceto se a lei dispuser em contrário. c) A validade das declarações de vontade dependerá de forma especial, e se atenderá

mais ao sentido literal da linguagem do que à intenção nelas consubstanciada. d) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. e) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e for necessária a declaração de vontade expressa. 56. (Analista de Comércio Exterior - ACE/MDIC-201–-ESAF) Em relação à prescrição e decadência, são corretas as afirmações abaixo, exceto. a) A prescrição representa a interferência do tempo nas relações jurídicas, pela qual desaparece o direito de alguém pleitear o reconhecimento de um direito subjetivo violado. b) São causas que interrompem a prescrição: o despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; o protesto cambial; a apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. c) São requisitos da prescrição e da decadência a inércia do titular de um direito e o decurso do tempo para o exercício desse mesmo direito. d) A decadência representa também a interferência do tempo nas relações jurídicas, dirige-se, porém, não aos direitos subjetivos, mas aos direitos potestativos. e) A decadência é a extinção de um direito pelo seu não exercício, no prazo assinalado por lei ou convenção. Extingue, portanto, a ação atribuída a um direito. 57 - (Auditor-Fis–al do Trabalho - AFT - MTE – –010-E–AF) Entre as principais diferenças entre prescrição e decadência aponte, nas opções a seguir, aquela que não é verdadeira.

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a) Na prescrição, o direito material extingue-se por via reflexa: perde-se o direito à ação para pleiteá-lo e,portanto, não se consegue exercer o direito material; na decadência, perde-se o próprio direito material, por não se ter utilizado tempestivamente da via judicial adequada para pleiteá-lo. b) A prescrição tem origem na lei; a decadência, na lei e no negócio jurídico. c) A prescrição é renunciável, a decadência é irrenunciável, quando fixada em lei. d) A prescrição abrange, via de regra, direitos patrimoniais; a decadência abrange direitos patrimoniais e não patrimoniais. e) A prescrição não pode ser impedida, suspensa nem interrompida, exceto por disposição legal em contrário; a decadência é passível de suspensão e interrupção. 58. (Fiscal de Rendas -Prefeitura do–Rio de Janeiro – 2010 - ESAF)Assinal– a opção correta. a) O registro da pessoa jurídica declarará o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente. b) A capacidade de fato ou de exercício é inerente a todo o ser humano, já que é a aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações. c) As pessoas com mais de 70 anos são consideradas relativamente incapazes, pois a lei presume que elas não têm o necessário discernimento para praticar os atos da vida civil. d) O recém-nascido, por não poder exercer pessoalmente os atos da vida civil, não pode ter direitos e obrigações de qualquer espécie. e) Os funcionários públicos consideram-se domiciliados no lugar onde exercem suas funções, mesmo que periódicas ou temporárias. 59- (Fiscal de Rendas -Prefeitura do–Rio de Janeiro – 2010 - ESAF) Sobre – encargo como óbice à aquisição ou ao exercício de direito, é correto afirmar que o encargo: a) enquanto não cumprido, confi gura óbice à aquisição ou ao exercício de direito.

b) enquanto não cumprido, se traduz em óbice ao exercício do direito, não à aquisição. c) não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. d) enquanto não cumprido, se traduz em óbice à aquisição, não ao exercício do direito de forma precária. e) enquanto não cumprido, não suspende o exercício do direito de forma precária. 60. (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB – 2009–– ESAF) A doação de um apartamento a João, jogador de golfe, se ele tiver bom desempenho no PGA Tour, circuito anual,com cerca de quarenta e cinco torneios masculinos de golfe, é negócio jurídico, que contém condição: a) simplesmente potestativa. b) puramente potestativa. c) ilícita. d) perplexa. e) resolutiva. 61. (Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná – 2003- ESAF) Se ficar estabelecido que o contrato de compra e venda da escultura “Afeto” só produzirá efeitos se for aceita numa exposição internacional, promovida pelo MASP, configura esta, no caso, uma obrigação: a) condicional resolutiva. b) condicional suspensiva. c) condicional puramente potestativa. d) modal. e) a termo. 62. (Analista Jurídico - SEFAZ - CE ––2006- E–AF) Se A (comprador) adquire uma obra de arte por influência de C, que o convence de sua raridade por pertencer ao século XVII, sem que B (vendedor), ouvindo tal disparate alerte A, tal negócio é suscetível de anulação, por ter havido: a) dolo de terceiro. b) reserva mental. c) dissimulação.

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d) simulação absoluta. e)dolo incidente. 63. (Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura d– Recife – 2003- ESAF) A maioridade pode ser considerada como: a) fato jurídico extraordinário. b)ato jurídico em sentido estrito, como participação. c) fato jurídico ordinário. d) negócio jurídico. e) ato jurídico em sentido estrito, como mero ato material ou real.

GABARITO

1. D 2. A 3. C 4. A 5. B 6. C 7. D 8. C 9. D 10. B 11. B 12. A 13. E 14. C 15. A 16. E 17. B 18. D 19. E 20. B 21. D 22. D 23. C 24. D 25. D 26. B 27. A

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28. A 29. C 30. B 31. D 32. B 33. A 34. C 35. D 36. B 37. A 38. C 39. D 40. A 41. B 42. E 43. C 44. E 45. C

46. D 47. E 48. B 49. B 50. D 51. B 52. E 53. D 54. D 55. B 56. E 57. E 58. A 59. C 60. A 61. B 62. A 63. C


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