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Curso de Capacitação Profissional & Gerencial – Módulo Pedagogia Empresarial

Consultor Técnico: Sr. André D G Muraro

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1º Lição: Introdução

2º Lição: Contexto Histórico da Pedagogia

3º Lição: A Formação do Pedagogo

4º Lição: A Legislação sobre a Formação do Pedagogo

5º Lição: Pedagogia Empresarial

6º Lição: Responsabilidades do Pegagogo Empresarial

7º Lição: Formação do Pedagogo Empresarial

8º Lição: As Ciências Humanas nos seus Diversos Aspectos

9º Lição: Atribuição do Pedagogo na Empresa

10º Lição: O Pedagogo em Espaços Não-Escolares

11º Lição: Atuação do Pedagogo na Educação Não-Formal

12º Lição: Atuação do Pedagogo como Profissional Liberal

13º Lição: Artigo: Tendências e Perspectivas de Atuação do Pedagogo

14º Lição: Artigo: O que um Pedagogo Empresarial Precisa Saber Sobre Grupos?

15º Lição: Bibliografia/Links Recomendados

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Introdução

Desafiadoramente, a atuação da pedagogia empresarial, enquanto instância formadora de educadores é torná-los profissionais habilitados a atuar além do ensino, Em um contexto histórico organização e de gestão de sistemas, também na produção de conhecimentos em diversas áreas da educação escolar e não escolar, conhecimentos estes, científicos e tecnológicos. Interessa, ainda, na perspectiva da formação do pedagogo, o desenvolvimento de sua capacidade de questionamento e elaboração de políticas que atinjam, direta ou indiretamente, as questões educacionais, além de aproximar o futuro pedagogo das funções com a natureza do cargo.

Enquanto cidadãos no mundo contemporâneo, ao pedagogo, são requeridos conhecimentos e habilidades gerais de saber pensar, saber escutar, aprender a aprender, lidar com a autoridade, lidar com as tecnologias contemporâneas, ter iniciativa para resolver problemas, ter capacidade para tomar decisões, ser criativo, ser autônomo, estar em sintonia com a realidade contemporânea e ter responsabilidade social.

Essa é a base inclusiva para o pedagogo contribuir na tarefa de democratizar o aceso aos conhecimentos visando, entre outros objetivos, a promoção da melhoria nas condições de vida das pessoas, integrado nos processos de gestão empresarial, compreendendo os relacionamentos internos e externos que interferem na convivência homem, empresa e produtividade.

Por considerar que o pedagogo é um profissional necessário em todas as instâncias em que há ensino e aprendizagem, o que significa a existência de amplos campos de atuação pedagógica, nas diversas áreas do conhecimento adquiridos.

A diferença de atuação do pedagogo na empresa entre os diferentes departamentos organizacional é que o pedagogo tem como pressuposto principal de formação a didática, filosófica, humanística e a política de recursos humanos adotadas pela organização. Com um olhar diferenciado tem como finalidade principal promover mudanças no comportamento das pessoas de modo que elas melhorem tanto a qualidade do seu desempenho profissional quanto pessoal. Pois o pedagogo se preocupa com a formação e o desenvolvimento do homem, onde ele não vê o colaborador como uma máquina que não pode cometer erros.

Segundo Chiavenato, (1989)

Na execução do treinamento alguns fatores são considerados como sendo, a cooperação das chefias e coordenações da empresa, a qualidade e preparo dos instrutores e perfil dos aprendizes. Assim o treinamento resultará em uma resposta lógica a um quadro de condições ambientais extremamente mutáveis e a novos requisitos para a sobrevivência e crescimento organizacional.

Já que nós somos os mais indicados para transmitir aos líderes, a maneira correta de como lidar com os colaboradores e como ensiná-los a realizar tarefas. Pode-se ainda, como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações privada, pública ou em ONG, em função de uma experiência adquirida em outras instituições, onde pode se dizer que o pedagogo é um funcionário completo, pois ele tem um olhar global, onde ele hoje pode atuar tanto na escola como em empresas como nos vimos anteriormente.

Contexto Histórico da Pedagogia

O curso de Pedagogia no Brasil que foi criado em 1939, através do Decreto-Lei nº. 1.190, quando foi organizada a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Desde sua origem, ele esteve orientado para a formação do Pedagogo como docente, possibilitando ao estudante um conjunto de conhecimentos que lhe garantisse a condição de educador.

Com o passar do tempo houve novas demandas educativas e o curso de Pedagogia passou a oferecer habilitações de Administração Escolar, Orientação Educacional e Supervisão Escolar e a formar docentes para ministrar as disciplinas pedagógicas do curso magistério de 2º Grau. Houve muitos movimentos, tanto de professores como de grupos estudantis, no sentido de se definir a identidade desse profissional ligado à sua área de atuação, bem como seu campo de trabalho.

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No Congresso Estadual de Estudantes de Pedagogia de São Paulo realizado em 1967, os estudantes reclamavam providências com relação ao campo de trabalho do licenciado em Pedagogia.

E esses estudantes iam muito além quando recomendava, em caráter efetivo, a criação de cargos e funções através dos quais profissionais aptos – os licenciados em Pedagogia – poderiam suprir necessidades educacionais da realidade brasileira nos seguintes setores: planejamento educacional, TV educativa, instrução programada, educação de adultos, formulação de uma filosofia de educação e reformulação de uma política educacional, educação de excepcionais, especialização em níveis de ensino, desenvolvimento de recursos humanos, atividades comunitárias, avaliação de desempenho em escolas e empresas, administração de pessoal (análise e classificação de cargos, recrutamento, seleção, colocação e treinamento de pessoal).

Portanto, os estudantes reivindicavam a inserção do Pedagogo também na empresa, trabalhando no desenvolvimento de recursos humanos, avaliação de desempenho, administração de pessoal que envolve análise de cargos, recrutamento de pessoal, tendo em vista sua formação teórica e técnica na área educacional. Os estudantes daquela época já sentiam que o Pedagogo também estava apto a assumir esses papéis e funções na empresa.

Essa necessidade era manifestada na própria realidade do mercado de trabalho e os estudantes tinham esta percepção. Havia, portanto, a necessidade de se alterar a formação do Pedagogo. No entanto, a legislação não levou tal demanda em consideração, ficando assim aquela formação destinada aos cursos ofertados por outras instituições, fora do Sistema Oficial de Ensino. Só recentemente vem se ofertando aos Pedagogos interessados, cursos de Pós-Graduação, a título de especialização, por algumas instituições de Ensino Superior.

Na década de 90 os cursos começaram a ser reestruturados nas Universidades, incluindo as habilitações para a docência em Educação Infantil e Educação Especial. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, o Curso de Pedagogia tem por objetivo a formação de educadores capazes de analisar e intervir na realidade educacional, garantindo-lhe sólidos conhecimentos das Ciências da Educação, por meio de estudo das disciplinas de Fundamentos Teóricos da Educação. Assim, o curso capacita o Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e reconhecer o trabalho pedagógico em sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e organizador do processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

Portanto, o curso de Pedagogia forma, hoje, um Pedagogo professor, capaz de conciliar reflexão crítica e visão ampla sobre educação sendo capaz de organizar e implementar ações consistentes e eficazes que garantam aprendizagem.

A LDB/96 permite às Universidades organizar seus currículos para atender às áreas emergentes da sociedade, oferecendo disciplinas alternativas e núcleos temáticos, apostando na necessidade que a sociedade está manifestando no sentido de se eliminar as divisões e fragmentações que até então ocorreram nos espaços onde se desenvolve o trabalho educativo.

O meio acadêmico reconhece que o trabalho educativo atualmente deve ocorrer de forma coletiva e interdisciplinar, criando uma visão integradora do trabalho pedagógico, com um Pedagogo que desenvolva sua autonomia, criatividade e comprometimento com a melhoria das condições da educação.

O Curso de Pedagogia tem por objetivo a formação de educadores capazes de analisar e intervir na realidade educacional, garantindo-lhe sólidos conhecimentos das Ciências da Educação, por meio de estudo das disciplinas de Fundamentos Teóricos da Educação. Assim, o curso capacita o Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e reconhecer o trabalho pedagógico em sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e organizador do processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

A Formação do Pedagogo

A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica as doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas formando sujeitos inquiridor, capaz de propor questões e não só de dar respostas às tarefas solicitadas; capaz de levantar hipóteses explicativas a situações educativas e de propor alternativas de ação pedagógica com vista à inclusão pedagógica e social, favorecendo a aprendizagem de todos.

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Por tanto cabe ao pedagogo contribuir na tarefa de democratizar o aceso aos conhecimentos visando, entre outros objetivos, a promoção da melhoria nas condições de vida das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos, de modo específico isso implica em ser um profissional capaz de investigar, refletir, gerar conhecimento, gerir e ensinar tanto no âmbito escolar como em espaços não-escolares.

O curso de graduação em Pedagogia está comprometido a oferecer ao pedagogo uma formação com a qualidade social da educação, e ter como objetivo integrar e desempenhar a docência nas Séries Iniciais no Ensino Fundamental, na Educação Infantil e nas disciplinas pedagógicas dos cursos de formação de professores na orientação, supervisão e para atuar na gestão dos processos educativos escolares e não-escolares bem como na produção e difusão do conhecimento do campo educacional, rompendo com a dualidade bacharelada-licenciatura que reflete a antiga dicotomia entre teoria e prática.

De fato, os focos de atuação e as realidades com que lidam embora se unifiquem em torno das questões do ensino são diferenciados, o que justifica a necessidade da formação de profissionais da educação não diretamente docentes. Ou seja, níveis distintos de prática pedagógica requerem uma variedade de agentes pedagógicos e requisitos específicos de exercício profissional que um sistema de formação de educadores não pode ignorar. (Libâneo, 1998, p. 61).

O trabalho do pedagogo está centralizado nos processos de ensino e de aprendizagem relacionados à educação escolar e não escolar, sendo, por isso, a prática pedagógica o componente central que permeia todo o processo de formação, o que não impede que esse profissional esteja apto a atuar também em outros contextos educativos dentro e fora de uma escola.

O princípio básico da formação do Pedagogo contempla três dimensões organicamente relacionadas: docência, gestão democrática e pesquisa.

A docência confere a identidade do Pedagogo no campo específico de intervenção profissional na prática social. Para tanto, considera-se: os diferentes âmbitos e especialidades da prática educativa; o processo de construção do conhecimento no indivíduo inserido no seu contexto; a identificação de problemas educativos e a proposição de alternativas criativas e viáveis às questões da qualidade do ensino, assim como respostas que visem superar a exclusão social.

A gestão democrática, concebida como processo político-administrativo-pedagógico, através do qual a prática social da educação é organizada, orientada e viabilizada.

Assim, pretende-se contemplar as atividades educativas nas diferentes formas de gestão e organização de processos educativos, no planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas.

A pesquisa, como princípio educativo, trata de questões que emergem da vivência e da reflexão, configurando-se como um exercício de organização e produção de conhecimentos aprendidos e permanentemente reelaborados.

Neste sentido, impõe a análise e compreensão da realidade na qual ocorrem processos educativos e, conseqüentemente, da produção de conhecimento sobre os mesmos, ao tempo em que possibilita a reflexão sobre a própria prática profissional, referenciada na perspectiva anterior e a tomada de decisões que permitam articular os níveis da teoria e da prática.

A preparação do profissional de Pedagogia é numa dimensão integrada e indissociável para o exercício da docência e para a gestão dos processos educativos escolares e não-escolares assim como para a produção e difusão do conhecimento do campo educacional. Tanto a pedagogia como as empresas agem em direção à realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas que convivem dentro e fora da escola.

Esse processo de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um objetivo chama-se aprendizagem, e aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do Pedagogo.

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De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, destaca que a educação do Pedagogo deve propiciar estudos de campos do conhecimento, tais como o filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o psicológico, o lingüístico, o sociológico, o político, o econômico, o cultural, para nortear a observação, análise, execução e avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em aprendizagens, bem como orientar práticas de gestão de processos educativos escolares e não escolares, além da organização, funcionamento e avaliação de sistemas e de estabelecimento de ensino.

Sobre a argumentação acima Libâneo diz:

O trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e docente, embora todo trabalho docente seja um trabalho pedagógico. Vai daí que a base comum de formação do educador deva ser expressa num corpo de conhecimentos ligados à Pedagogia não à docência, uma vez que a natureza e os conteúdos da educação nos remetem primeiro a conhecimentos pedagógicos e só depois ao ensino, como modalidade peculiar de prática educativa. Inverte-se, pois, o conhecimento mote “a docência constitui base da identidade profissional de todo educador”. A base da identidade profissional do educador é a ação pedagógica, não a ação docente. (Libâneo, 1998, p. 55).

A Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia designada pela Portaria SESU/MEC 146/03/ 98, em seu texto final de 06/05/99, apresenta a Proposta de Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia onde delineia o perfil comum do Pedagogo como:

Profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação e identidade profissional. (Mec)

A Legislação sobre a Formação do Pedagogo

O que a Legislação preconiza sobre a formação dos Pedagogos

De acordo com MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, inscrito no Despacho do Ministro, publicado no Diário Oficial da União de 11/04/2006:

Art. 14. A Licenciatura em Pedagogia nos termos do Parecer CNE/CP nº 5/2005 e desta Resolução assegura a formação de profissionais da educação prevista no art. 64, em conformidade com o inciso VIII do art. 3º da Lei nº 9.394/96.

§ 1º. Esta formação profissional também poderá ser realizada em cursos de pós-graduação, especialmente estruturados para este fim e abertos a todos os licenciados.

§ 2º. Os cursos de pós-graduação indicados no § 1º deste artigo poderão ser complementarmente disciplinados pelos respectivos sistemas de ensino, nos termos do Parágrafo único do art. 67 da Lei nº 9. 394/96.

O curso de Pedagogia é o que forma o pedagogo stricto sensu, isto é, um profissional não diretamente docente que lida com fatos, estruturas, processos, contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações. A caracterização do pedagogo stricto sensu torna-se necessária, uma vez que lato sensu, todos os professores são pedagogos. Por isso, mesmo importa formalizar uma distinção entre trabalho pedagógico, implicando atuação em um amplo leque de práticas educativas, e trabalho docente, forma peculiar que o trabalho pedagógico assume na escola. (PIMENTA, 2001,p.109)

Pedagogia Empresarial

Verifica-se que, na década de 1970, houve uma crescente automação do processo de trabalho e de novas tecnologias. Entretanto, a classe trabalhadora encontrava-se despreparada para o desenvolvimento industrial e estaria levando o mercado de trabalho a exigir a profissionalização dos trabalhadores para acompanhar as mudanças que ocorriam em conseqüência das transformações tecnológicas.

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No entanto, as instituições de ensino encontravam-se despreparadas para oferecer contribuições na profissionalização dos trabalhadores para que atendessem às perspectivas de desenvolvimento industrial.

A escola tinha como objetivo contribuir para a aceleração do desenvolvimento econômico e do progresso social, em que os princípios básicos estava na racionalidade técnica, na eficiência e na produtividade do trabalhador, da economia para a educação, conciliando com a política desenvolvimentista baseada nos princípios da teoria do capital humano, presente no cenário nacional, respaldado em políticas e ações que visavam ao aperfeiçoamento do sistema industrial e econômico capitalista.

A formação profissional passou a ter sua área definida no mercado de trabalho, através de treinamento intensivos, coordenados por instituições ou pela própria empresa.

Inicialmente, o pedagogo encontrou uma empresa com características tayloristas-fordistas e com trabalhadores com pouca escolaridade.

Na década de 1970, a preocupação da empresa era ter em seu quadro um trabalhador com escolaridade básica, mas com conhecimento técnico de atividade que iria desenvolver e que não promovesse conflitos. Os cursos de relações humanas estavam dentro do processo de treinamento que, na maioria das vezes, ministrado pelo pedagogo em parceria com o psicólogo.

Ao pedagogo cabia coordenar programas educativos, como os que proporcionassem a escolaridade básica aos empregados dentro dos programas de ensino formal e dos treinamentos, para atender às necessidades da empresa, bastando um trabalhador com pouco domínio da educação básica.

Essa forma de atuação agia de acordo com o modelo produtivo com características tayloristas-fordistas, que centrava suas ações de formação na construção de um saber técnico e no saber fazer.

Nesse período (1970), devido à escola formal não atender às expectativas do mercado, a formação profissional se dava no próprio local de trabalho e passou a ser de grande relevância, proporcionando uma demanda grande de treinamentos.

A educação sofreu mudanças em seu conceito, deixou de ser restrita ao processo ensino aprendizagem em espaços escolares formais, saindo do ambiente escolar partindo para diferentes e diversos segmentos. O profissional pedagogo também se transformou, adequando-se a essa nova realidade, posicionando-se como profissional capacitado juntamente com a sociedade em transformação.

Unindo conhecimento e integração nos processos de gestão empresarial, compreendendo os relacionamentos internos e externos que interferem na convivência homem, empresa e produtividade. Gestão participativa e de qualidade. Administração de recursos humanos: planejamento, execução, controle e avaliação de programas de desenvolvimento pessoal e profissional; seleção e orientação profissional. Ética profissional e empresarial.

O termo Pedagogia Empresarial foi cunhado pela Profª. Maria Luiza Marins Holtz para designar as atividades de estímulo ao desenvolvimento profissional e pessoal realizada dentro das empresas. Para Holtz:

A Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo em relação às pessoas, principalmente nos tempos atuais. Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir idéias e objetivos também definidos. A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos.(Holtz,1992 p.46)

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O processo de influências recebidas pelos participantes de uma Empresa, durante todo o tempo em que trabalha nela, é Educação.

É fundamental que o Pedagogo Empresarial esteja ciente de que a Educação, puramente humana, por mais requintada que seja, não realiza totalmente o homem, e isto porque o homem tem aspirações de Infinito. Demonstra-se metafisicamente e historicamente que o homem, em toda parte e sempre, mesmo quando nega o Infinito, sente a atração do Infinito. A religiosidade é fenômeno anormal, contrário às aspirações mais íntimas da natureza humana.

Responsabilidades do Pegagogo Empresarial

1. Conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda Empresa.

2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da Empresa onde trabalha.

3. Conduzir as pessoas que trabalham na Empresa, dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais.

4. Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões), para o desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-a positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade.

5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.

6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade.

"A força do elogio é tão grande, que parece extrair da pessoa a qualidade exaltada, com toda a sua intensidade”. Profª. Maria Luiza Holtz, Lições de Pedagogia Empresarial.

Formação do Pedagogo Empresarial

A pedagogia considera a pessoa humana, na sua vida integral, individual e social, o desenvolvimento humano e profissional, nessa ordem, porque o pedagogo acredita que um ser humano melhor faz o ambiente melhor e que o ser humano é feito à imagem e semelhança do Criador, por isso a sua criatividade, a sua produtividade é natural.

O pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga respeito à pessoa humana, para ter condições de orientá-la eficazmente e encontrar soluções práticas para os problemas que a aflige. Tanto de ordem individual, social e espiritual.

Para tanto, o pedagogo necessita se especializar através de uma graduação e pós-graduação e utilizar-se de todas as Ciências Humanas nos seus diversos aspectos.

1. Ciências do homem considerando a si próprio

Psicologia Educacional Antropologia

2. Ciências do homem considerado em grupo

Sociologia Estatística

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3. Ciências Filosóficas

Filosofia da Educação As Ciências Humanas nos seus Diversos Aspectos Destacando cada uma: Psicologia Educacional Nada se pode fazer, ou mesmo tentar, em Educação, sem a estreita colaboração da Psicologia Educacional.

Cada dificuldade pedagógica que surge, é simultaneamente uma dificuldade psicológica. Para conduzir mentes humanas, é preciso conhecê-las, nas suas manifestações conscientes e inconscientes.

A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa humana, na sua evolução natural, e só diante desse conhecimento é possível formular doutrinas pedagógicas, consistentes e métodos educacionais. A mesma leva naturalmente ao conhecimento das leis pedagógicas e os sistemas educativos só têm aplicação prática, quando os processos psíquicos das pessoas deixam de oferecer resistência ou defesa, facilitando ao pedagogo à necessária ação pedagógica.

Antropologia É a ciência do homem. Faz a história da espécie humana: sua origem, raças, desenvolvimento, evolução e

adaptação ao meio, dimensões do corpo, seus usos e costumes, etc. Fornece valiosa contribuição para orientação e aplicação correta das atividades físicas, culturais, sociais, etc.

Sociologia Educacional O Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a solução dos problemas da Educação dos funcionários,

principalmente no aspecto social, da vida em grupo. A sociologia estuda o comportamento da pessoa humana nos diversos grupos sociais, desde a sua família e as influências na formação da personalidade. Estuda o papel da Educação nas sociedades de hoje e a relação entre a Família e as diversas instituições sociais de um lado e o local de trabalho de outro.

Não é possível conhecer o desenvolvimento da personalidade a não ser em função do meio em que vive. É o meio social, em geral, que apresenta à pessoa, as situações mais complexas e mais difíceis de relacionamento.

Estatística A estatística mede, por meio de métodos científicos de observação, a freqüência dos fatos ocorridos como de

que maneira um determinado sistema de treinamento funciona na melhoria da produtividade, numa mesma localidade, nos diferentes momentos do dia ou mesmo do ano, nas diferentes regiões.

Filosofia da Educação O Pedagogo sempre tem como base de trabalho os diversos sistemas educacionais, com sua Filosofia da

Educação. Filosofia é a ciência que estuda e procura dar explicações mais profundas do Universo, suas origens e seus

fins, sobre as razões e as causas últimas e os pensamentos que geram os acontecimentos. Atribuição do Pedagogo na Empresa A Pedagogia, no aspecto geral e no particular por acreditar na necessidade desse profissional em todas as

instâncias em que há ensino e aprendizagem e não somente na escola, trás aqui para discussão alguns sinais da adequação do trabalho do pedagogo na empresa, assim como são feitas reflexões sobre o perfil e competências deste e como especialista em aprendizagem e especialista em Educação, na sua ação educativa em qualquer ambiente, o pedagogo procura desenvolver programas de treinamento para os funcionários de uma empresa e resolver questões empresariais que envolvam a produtividade dos colaboradores que é o objetivo de toda Empresa a seguinte Lei:

Art. 1º As pessoas jurídicas poderão deduzir do lucro tributável, para fins do imposto sobre a renda, o dobro das despesas comprovadamente realizadas, no período-base, em projetos de formação profissional, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho. Parágrafo único. A dedução a que se refere o caput deste artigo não deverá exceder, em cada exercício financeiro, a 10% (dez por cento) do lucro tributável, podendo as despesas não deduzidas no exercício financeiro correspondente serem transferidas para dedução nos três exercícios financeiros subseqüentes.

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Art. 2º Considera-se formação profissional, para os efeitos desta Lei, as atividades realizadas em território nacional, pelas pessoas jurídicas beneficiárias da dedução estabelecida no Art. 1º que objetivam a preparação imediata para o trabalho de indivíduos, menores ou maiores, através da aprendizagem metódica, da qualificação profissional e do aperfeiçoamento e especialização técnica, em todos os níveis.

§ 1º As despesas realizadas na construção ou instalação de centros de formação profissional, inclusive a aquisição de equipamentos, bem como as de custeio do ensino de 1º grau para fins de aprendizagem e de formação supletiva, do 2º grau e de nível superior, poderão, desde que constantes dos programas de formação profissional das pessoas jurídicas beneficiárias, ser consideradas para efeitos de dedução.

§ 2º As despesas efetuadas, pelas pessoas jurídicas beneficiárias, com os aprendizes matriculados nos cursos de aprendizagem a que se referem o Art. 429, da Consolidação das Leis do Trabalho, e o Decreto-lei n.º 8.622, de 10 de janeiro de 1946, poderão também ser consideradas para efeitos de dedução.

Art. 3º As isenções da contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI - previstas no Art. 5º do Decreto-lei n.º 4.048, de 22 de janeiro de 1942; Art. 5º do Decreto-lei n.º 4.936, de 7 de novembro de 1942 e Art. 4º do Decreto-lei número 6.246, de 5 de fevereiro de 1944, bem como as isenções da contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC - previstas no Art. 6º do Decreto-lei n.º 8.621, de 10 de janeiro de 1946, não poderão ser concedidas cumulativamente com a dedução de que trata o Art. 1º desta Lei.

Art. 4º O Poder Executivo estabelecerá as condições que deverão ser observadas pelas entidades gestoras de contribuições de natureza parafiscal, compulsoriamente arrecadadas, nos termos da legislação vigente, para fins de formação profissional.

De acordo com a Lei 6297/75, citada a cima o pedagogo empresarial atuará na área de desenvolvimento de Recursos Humanos enfatizando o treinamento dos funcionários, auxiliando na formação destes, com o objetivo de atender aos Propósitos da Organização.

Assim, na sua atuação na empresa deve buscar modificar o comportamento dos trabalhadores de modo que estes melhorem tanto suas qualidades no desempenho profissional, como no desempenho pessoal. A pedagogia empresarial tem função de integrar o pedagogo nas áreas de consultoria em RH, implantação de projetos e cursos, treinamentos, dentre outras habilidades que dependem muito mais do profissional docente que do próprio curso que ele esteja fazendo.

Relações Humanas é a expressão que usamos em Pedagogia Empresarial, para designar os resultados da comunicação entre as pessoas e as suas conseqüências. O pedagogo é especializado em aperfeiçoar as relações humanas, por isso prefere uma abordagem personalizada ao invés de pacotes prontos para contribuir para o desenvolvimento organizacional das empresas.

A cada mudança surgem tensões nas relações humanas. O pedagogo deve identificar os diferentes tipos de tensões, e propor soluções práticas preparando uma palestra especial e reuniões porque é a chave-mestra das comunicações e relações humanas na empresa. Pois a palestra é uma forma concisa de apresentar ou reforçar um conceito. Que possibilita ensinar, motivar e promover a integração entre todos os profissionais através de palestras divertidas e dinâmicas, melhorando assim as relações humanas na empresa.

A pedagogia também trabalha junto com o departamento organizacional na construção da imagem de uma empresa positiva primeiro dentro das pessoas que constituem a empresa, e não a partir das pessoas de fora. Ela se forma nos pensamentos, a partir dos sentimentos dos dirigentes, dos funcionários, dos fornecedores, dos clientes e daí se amplia para o público em geral. O caminho mais rápido na construção da imagem positiva da empresa, desde o início das suas atividades, é o trabalho de relações humanas com alta qualidade, junto ao seu público interno dirigentes, funcionários, fornecedores e clientes.

Segundo Bahia: A que se denomina comunicação empresarial é assim o conjunto de modelos ou instrumentos de ação que a

empresa utiliza para falar e se faz ouvir. Interna ou externamente, a informação prestada por elas corresponde a uma estratégia. (Bahia, 1995, pág. 9).

Identificar as necessidades e expectativas de um mercado (clientes, pessoas na organização, fornecedores, proprietários, sociedade) para alcançar resultado econômico ou vantagem competitiva, de maneira eficaz e eficiente e assim alcançar, manter e melhorar o desempenho e a capacidade globais da organização.

O Pedagogo Empresarial tem a responsabilidade de conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda empresa é, conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da empresa onde trabalha de forma para conduzir o desenvolvimento na empresa entre dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais.

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Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões), para conduzir o relacionamento humano na Empresa, através destas ações, que garantam a manutenção do ambiente positivo, agradável e estimulador da produtividade para o desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de aperfeiçoar a produtividade.

Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.

O pedagogo ajuda a organizar e preparar uma agenda de atividades integradas visando à preparação imediata para o trabalho de indivíduos, através de aprendizagem metódica, qualificação profissional, aperfeiçoamento e especialização técnica.

Atua como conselheiro (consultor) de carreira de gerentes e executivos lidera projetos inovadores, representa a empresa em negociações, aportam novas tecnologias e processos, treina funcionários e gerentes para lidar melhor com seus subordinados, ensina didática e técnicas de apresentação, melhora a comunicação na empresa etc.

Desenvolve e coordena projetos educacionais que serão utilizados na capacitação dos funcionários como projetos educacionais voltados para a divulgação de produtos (vídeos, livros, dvds, cds, revistas), analisa a necessidade de aprendizado de cada funcionário e determina qual a melhor metodologia para cada caso, e elabora programas de avaliação de performance e desempenho e assim orienta os funcionários nos cursos.

O pedagogo deve pesquisar analisar e selecionar cursos e projetos a serem adotados pela empresa como cursos, profissionais e programas de faculdades para estabelecer parcerias e escolher as melhores opções que atendam aos interesses da empresa, às vezes, até adaptando o currículo do curso em conjunto com outros profissionais da educação.

O Pedagogo em Espaços Não-Escolares

Como ciência da educação, cabe à pedagogia o estudo e investigação do trabalho pedagógico desenvolvido em espaços escolares e não escolares. Por considerar que o pedagogo é um profissional necessário em todas as instâncias em que há ensino e aprendizagem, o que significa a existência de amplos campos de atuação pedagógica, são trazidos para discussão alguns sinais da adequação de seu trabalho profissional às empresas. As funções desempenhadas pelo pedagogo estão em constante movimento e são influenciadas por diversos fatores como o desenvolvimento tecnológico, a competitividade e as exigências de mercado.

Hoje o pedagogo pode e deve sair do espaço escolar devido à globalização e atuar no desenvolvimento de projetos educacionais, sociais e culturais para empresas, ONGs e outras instituições privadas.

Em relação à atuação do pedagogo em espaços não escolares, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia aprovado em dezembro de 2005, em Finalidade do Curso de Pedagogia ressalta que o perfil do graduado em Pedagogia deverá contemplar consistente formação teórica, diversidade de conhecimentos e de práticas, que se articulam ao longo do curso. A dimensão a seguir é assim enfatizada:

Gestão educacional, entendida numas funções do trabalho pedagógico e de processos educativos escolares e não-escolares, especialmente no que se refere ao planejamento, à administração, à coordenação, ao acompanhamento, à avaliação de planos e de projetos pedagógicos, bem como análise, formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas e institucionais na área de perspectiva democrática, que integre as diversas atuações de educação.

Dentro deste contexto o pedagogo deverá estar apto a: em ambientes escolares e não-escolares; realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre seus alunos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências não-escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre propostas curriculares; e sobre a organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas.

A abertura de caminho para o reconhecimento da dimensão educativa que existe em outras instâncias da vida social, fora da escola regular e da docência. Entende-se que onde houver uma prática educativa intencional, haverá aí uma ação pedagógica, sobre a existência de amplos campos de atuação pedagógica.

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Podendo ser definidas em duas esferas, de ação educativa na prática do pedagogo: escolar e extra-escolar. No campo da ação pedagógica extra-escolar, que é a que mais interessa aos objetivos deste trabalho, distinguem-se profissionais que exercem atividades pedagógicas, tais como: a) formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos, consultores, orientadores, que desenvolvem atividades pedagógicas (não-escolares) em órgãos públicos, privados e públicos não-estatais, ligadas às empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação, promoção social etc. b) formadores ocasionais que ocupam parte de seu tempo em atividades pedagógicas em órgãos públicos estatais e não estatais e empresas referentes à transmissão de saberes e técnicas ligadas a outra atividade profissional especializada. “Trata-se, por exemplo, de engenheiros, supervisores de trabalho, técnicos etc. que dedicam boa parte de seu tempo a supervisionar ou ensinar trabalhadores no local de trabalho, orientar estagiários etc.” (Libâneo, 1996, p.124-125).

Atuação do Pedagogo na Educação Não-Formal

Na educação não-formal, a atuação do pedagogo:

1- Assessor pedagógico ou gestor de RH em empresas, organizações governamentais e não-governamentais, atuando, por exemplo na supervisão pedagógica e administrativa de pessoal, orientação de estágios, formação/capacitação profissional em serviço presencial ou à distância;

2- Assessor pedagógico em setores de comunicação, em empresas ou outras instituições, atuando, por exemplo, na orientação pedagógica para produção de materiais informativos, instrucionais (didáticos e para-didáticos) e no uso pedagógico de novas tecnologias de comunicação e informação;

3- Assessor ou consultor pedagógico a serviço de difusão cultural (museus, centros culturais, bibliotecas, brinquedotecas, cineclubes) e de comunicação de massa (jornais, revistas, televisão, rádios, editoras, agências de publicidade, indústria de brinquedos etc.);

4- Como assessor gestor de programas e projetos de natureza sócio-educativas, nas seguintes áreas ou locais:

Educação para a saúde (hospitais, Centros de Saúde, etc.); Educação para o trânsito (setor de planejamento urbano, transportes, etc.); Promoção social (empresas, órgãos públicos, ONGS); Educação ambiental (empresas, órgãos públicos, ONGS); Recreação e lazer (clubes, entidades de classe, hotéis e instituições ligadas ao turismo);

Atuação do Pedagogo como Profissional Liberal

Enquanto profissional liberal, o pedagogo pode atuar como:

Consultor pedagógico: para projetos de educação à distância, gestão de pessoas, gestão do conhecimento, etc.

Assessoria educacional: gestão, avaliação, legislação educacional (instituições públicas e privadas). Orientação de estudo : estudos dirigidos, sob sua direção.

Monezi aborda que:

atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária; trabalhar, em espaços escolares e não-escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo; identificar problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras; demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras; desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo diálogo entre a área educacional e as demais áreas do conhecimento;participar da

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gestão das instituições em que atuem planejando, executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais. (MONEZI, 2003, p. 60).

A Pedagogia Empresarial que se tem assumido frente aos novos cenários organizacionais, onde pedagogos trabalham no desenvolvimento de recursos humanos, avaliação de desempenho, administração de pessoal que envolve análise de cargos, recrutamento de pessoal, tendo em vista sua formação teórica e técnica na área educacional tornando-se capaz de conciliar a reflexão crítica e visão ampla sobre educação e sendo capaz de organizar e programar ações consistentes e eficazes que garantam aprendizagem do profissional, visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, formando sujeitos inquiridor, capaz de propor questões e não só de dar respostas a um profissional capaz de investigar, refletir, gerar conhecimento, ensinar tanto no âmbito escolar como em espaços não-escolares.

Para isso, tanto a pedagogia como as empresas, agem em direção à realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas que convivem dentro e fora da escola tendo a responsabilidade de conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda empresa, conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da empresa onde trabalha de forma para conduzir o desenvolvimento na empresa entre dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais. Promovendo condições que levem ao convívio humano desta empresa no campo da ação pedagógica extra-escolar, que é a que mais interessa aos objetivos deste trabalho, atuando na assessoria pedagógica ou no setor de recursos humanos atuando com ética e compromisso com vista à construção de uma sociedade justa.

Artigo: Tendências e Perspectivas de Atuação do Pedagogo

PEDAGOGIA EMPRESARIAL TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO E

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Maria Aparecida Martins de Oliveira Nichetti

RESUMO: Diante das modificações que vem ocorrendo no mundo corporativo, as portas das empresas estão se abrindo para novos profissionais entre eles o pedagogo. Porém, para se ingressar neste novo campo de trabalho, não basta ser formado em Pedagogia. É preciso também ter conhecimentos na área empresarial para perceber as necessidades da organização. O presente trabalho tem por finalidade, através de uma abordagem teórica e intervenções práticas do Grupo de Extensão e Pesquisa em Pedagogia Empresarial – GEPPE da UNIPAN/FACIAP em empresas, mostrar ao pedagogo um outro campo de atuação que não a escola. As organizações para se manterem competitivas estão investindo em seu capital humano, oferecendo aos profissionais da educação um grande desafio: aplicar os conhecimentos da pedagogia nas empresas. Através de uma união entre pedagogia empresarial e administração é possível preparar melhor os profissionais para grandes desafios tendo como meta principal a humanização no trabalho. Quando se trabalha o indivíduo na sua omnilateralidade os resultados dentro da empresa tendem melhorar e conseqüentemente aumentando a produtividade e os lucros, o que é positivo para os dois lados.

PALAVRAS-CHAVE: administração cientifica, relações humanas, Pedagogia Empresarial, Pedagogo x Empresa, transformação social.

Com o advento da administração científica, o crescimento rápido e acelerado da industrialização e dos recursos tecnológicos, o mundo do trabalho sofreu grandes mudanças e nos dias atuais a educação corporativa tem sido considerada como uma das ferramentas das organizações tanto para valorização do seu capital humano para capacitá-lo quanto para mantê-lo atualizado e competitivo.

Mas, qual profissional poderia desenvolver atividades educativas nas empresas?

Partindo do princípio que o pedagogo é o profissional da educação que reúne as qualidades necessárias para atuar em empresas, como ainda é assunto novo e uma nova área a ser explorada, é importante que se desenvolvam

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estudos relativos ao tema para tornar claro aos profissionais de educação de que forma poderá atuar nas empresas, quais os caminhos a seguir.

Assim, o presente trabalho tem o propósito de mostrar ao pedagogo outro campo de atuação, não menos importante que a escola. Através de estudo bibliográfico de autores da área, abordagem da administração científica e de pesquisa de campo desenvolvido ao longo do ano de 2006 no GEPPE que é possível aplicar os conhecimentos adquiridos na pedagogia na empresa.

No século XVII, René Descartes, filósofo e matemático francês, afirmava que o verdadeiro conhecimento está no poder da razão para resolver qualquer espécie de problema.

É a substituição do tradicional (do subjetivo) pelo racional (razão). No século XVIII, o racionalismo tomava conta chegando ao século XIX sendo aplicado às ciências naturais e finalmente às ciências sociais. Conforme Motta (2002), o único campo que ainda não havia sido afetado pelo racionalismo era o do trabalho. No início do século XX, diante do progresso da industrialização no mundo, viu-se a necessidade de racionalizar o trabalho e conseqüentemente a administração. Surgem os pioneiros desta racionalização do trabalho e ficaram conhecidos como fundadores da Escola de Administração Cientifica ou Escola Clássica: Winslow F. Taylor e Henri Fayol. Taylor em 1903 publicou nos Estados Unidos o livro intitulado “Shop Management”. Taylor era engenheiro e mestre de obras em uma fábrica e tinha a preocupação em aumentar cada vez mais a eficiência no trabalho. Em 1916 na França, Henri Fayol também engenheiro, que trabalhava como administrador e que como diretor geral salvou uma grande empresa da falência, lança seu livro “Administração Geral e Industrial”. Seu estilo esquemático e bem estruturado dividiu as funções do administrador em planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar as atividades. (MOTTA, 2002)

Para aumentar esta eficiência no trabalho defendida por Taylor, o administrador deveria determinar a única maneira certa, que segundo ele só existia uma única forma de fazer o trabalho e, que descoberta e adotada maximizaria a eficiência do trabalho. O administrador pensava, de acordo com o pensamento de Taylor, e aos operários cabia apenas executar estritamente as tarefas planejadas. Idéias que complementaram com as de Fayol e essas idéias acabaram dando uma nova direção para o mundo do trabalho. Mais tarde, por volta de 1930, as idéias de Henry Ford relativas à seriação do trabalho vieram para complementar o modelo Taylor/Fayol (MOTTA, 2002).

As máquinas de fabricação em série, com certeza fizeram aumentar significativamente a produção. Cada empregado passou a desempenhar uma única função, o que dava mais agilidade ao processo e triplicava a produção em menos tempo. Essa padronização na produção foi adotada praticamente por todo o mundo capitalista e aos poucos a administração científica tornou-se a única forma eficaz de administrar uma empresa.

Com o passar do tempo, a administração científica começou a apresentar seus problemas. Percebeu-se que a repetição de um mesmo movimento estava gerando fadiga, ineficiência no trabalho e deficiências no ambiente físico, pois este tipo de administração tratava o homem como “uma unidade isolada, cuja eficiência poderia ser estimada cientificamente” (MOTTA, 2002, p.15). Começaram os conflitos industriais e os empresários pensavam na solução em termos de força. Na visão de Follet apud MOTTA (2002) existiam três métodos para a solução do conflito industrial: o método da força, o da barganha e o da integração. Para Follet o melhor era o da integração dos interesses entre as partes.

Com a grande crise de 1930 que assolou o mundo capitalista, a preocupação dos administradores e empresários era aumentar a produtividade e reduzir os custos. As idéias da Escola de Relações Humanas trouxeram uma nova perspectiva para o reerguimento das empresas. Com o aparecimento da Escola de Relações Humanas, que através dos estudos realizados por professores da Universidade de Harvard a partir de 1927, dando seqüência a outros estudos ocorridos em 1924 pela Academia Nacional de Ciências, concentrada na análise das relações de produtividade com a iluminação no local de trabalho. Para uma melhor compreensão do assunto, a experiência foi feita da seguinte forma: selecionados dois grupos de trabalhadores. Em um grupo a iluminação permaneceu constante durante toda a experiência. O outro grupo teve a sua intensidade sempre aumentada. A produção dos dois grupos foi elevada. Tentaram reduzir a iluminação e a produção continuou a aumentar.

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Constatou-se então que fatores físicos não influenciavam na produtividade. A partir deste estudo, em 1927 os pesquisadores de Harvard iniciaram novas pesquisas com o objetivo de determinar novas variáveis (MOTTA, 2002).

Começa então as modificações no sistema de equilíbrio entre empregados e empregadores. O psicólogo industrial australiano George Elton Mayo, foi quem realmente deu maior ênfase aos aspectos humanos na administração. Nos dias de hoje, século XXI, o modelo Taylor/Fayol/Ford continua sólido. Porém, as empresas estão buscando conciliar administração e relações humanas para uma maior integração entre funcionários e empresários, pois se entende que neste relacionamento profissional um precisa do outro.

Neste contexto histórico, com as modificações no mundo do trabalho e o fortalecimento das relações humanas, começaram a abrir campo para outros profissionais atuarem nas empresas e entre eles o pedagogo. A Pedagogia voltada à empresa não é algo novo, já vem de décadas e no momento atual tem gerado discussões a respeito do assunto principalmente porque com a nova onda da globalização mudou muito o perfil deste profissional. O pedagogo começou a ser chamado para atuar na empresa no final da década de 60 inícios de 70, conforme Ribeiro (2005). A educação tinha como função contribuir para aceleração do desenvolvimento econômico e progresso social preparando a mão de obra para as fábricas; o pedagogo era a pessoa mais indicada para transferir os princípios da racionalidade, eficiência e produtividade da economia para a educação de modo a conciliar educação e política desenvolvimentista. As novas tecnologias, a automação do processo de trabalho, o trabalhador totalmente despreparado para este estágio do desenvolvimento industrial, a escola também despreparada para oferecer contribuições na profissionalização dos trabalhadores principalmente no âmbito industrial.

Como solução, o governo brasileiro através de incentivos fiscais pela lei 6297/75 apoiou as empresas para que as mesmas preparassem a mão de obra necessária para a indústria dentro da própria indústria. Ribeiro (2005) relata que o pedagogo de chegada encontrou uma empresa com características Taylor/Fayol/Ford, trabalhadores com pouca escolaridade. O seu papel voltou-se quase que exclusivamente para a área de treinamento. O pedagogo era quem fazia o levantamento das necessidades de treinamento, planejava, ministrava, avaliava e ainda conduzia alguns processos de escolarização que ocorriam dentro das organizações. Visava atender as necessidades e interesses da empresa. Havia a preocupação em uma adaptação pacífica do empregado ao posto de trabalho. Como afirma Motta (2002), a escolaridade básica e o conhecimento técnico da atividade a ser desenvolvida eram o bastante e, conseqüentemente, não havia promoção de conflitos.

No final da década de 80, com a retirada do apoio financeiro do governo brasileiro às empresas, os processos de treinamento nas organizações foram diminuindo e as empresas que tinham um número grande de pedagogos passaram a ficar com um psicólogo e um pedagogo.

Mudou então o perfil deste profissional, passando a ser o gestor do conhecimento, pois a empresa percebeu que seu sucesso não estava somente na utilização dos braços e mãos do trabalhador, mas na sua capacidade inventiva e dedutiva. Homens com habilidade em aprender e aplicar o aprendido. Para Franco e Dantas (2002), com o novo processo de globalização a partir de 1990, o pedagogo voltou a ser solicitado nas empresas, pois a globalização exige indivíduos versáteis, omnilaterais. A Pedagogia busca formar o homem para a vida, se preocupa com uma formação integral, crítica, seres pensantes, de opinião capaz de ver a realidade e modificá-la.

Uma das pedagogas que desde a década de 70 atua na área de Pedagogia Empresarial é Maria Luiza Marins Holtz, que se baseando em sua experiência afirma que: “A empresa e a pedagogia fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo objetivo em relação às pessoas”. Holtz ainda define a Pedagogia como:

A ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas de acordo com ideais e objetivos definidos. (2000, p. 03).

Os conhecimentos adquiridos através do curso de Pedagogia, a habilidade em conhecer melhor as pessoas; ter um tato mais aguçado que torna capaz de traçar o perfil de uma pessoa em pouco tempo; entre outros conhecimentos aplicados à empresa, são muito úteis na hora de recrutar, selecionar e contratar pessoas. De acordo com Ribeiro (2005) “A pedagogia empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes diagnosticados como indispensáveis/necessários à melhoria da produtividade”. É necessário trabalhar nas

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empresas as relações humanas e buscar dentro das pessoas o que elas têm de melhor e ensiná-las a colocar este melhor a serviços delas próprias e da empresa na qual elas trabalham.

No campo educacional costuma-se questionar, como educadores, que tipo de homem deseja-se formar. Na empresa, o pedagogo não trabalhará com crianças pequenas, mas trabalhará com muitos adultos que tiveram uma infância complicada e traz em si as conseqüências de uma família desestruturada, vítimas de violência, maus tratos, pedofilia, etc.

O pedagogo não pode querer fazer o trabalho da Psicologia ou da Psiquiatria, mas pode fazer um trabalho educativo que mostra caminhos, ajudar, conduzir, visando o bem estar do trabalhador tanto na empresa como em sua própria casa com sua família. A educação é capaz de transformar, modificar e elevar o ser humano na sua totalidade.

Para harmonizar de forma produtiva essas diferentes personalidades, o pedagogo com o seu conhecimento pode observar o comportamento individual, como faz com os alunos em sala de aula, a fim de buscar as causas de alguns comportamentos através do diálogo e através da elaboração de treinamentos, palestras com profissionais de outras áreas, colaborar de forma sutil para a superação de suas dificuldades e com isso harmonizar o indivíduo consigo mesmo e conseqüentemente com os outros ao seu redor.

O comportamento na organização pode ser direcionado de forma a ensinar a pessoa adominar seus impulsos e a se tornar mais humana e humanizar é o trabalho da pedagogia. A partir do momento em que o homem se sente homem e parte de uma sociedade humana, a sua vida ganha sentido e tudo passa a ter um valor intrínseco. A sociedade só poderá ser transformada à medida que os que fazem parte dela mudarem sua forma de pensar e ver o mundo e essa transformação pode acontecer tanto na escola como na empresa.

O desenvolvimento do homem acontece por intermédio de sua relação ativa com o meio ambiente, quer social ou natural dando forma ao meio culturalmente organizado. Neste sentido Brandão apud LOPES, et al TRINDADE, CARVALHO E CADINHA (2006, p.23), que é antropólogo afirma que:

Não há uma única forma nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece..., o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é seu único praticante. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação.

Quando se fala em educação, hoje não se restringe mais às paredes da escola. Nos dias de hoje aprender a aprender é a questão. Estamos vivendo uma economia global, onde tudo gira em torno da aquisição de novos conhecimentos, novas formas de aprendizagem, no desenvolvimento de novas competências. Não tem como parar de aprender. O mundo a nossa volta está sempre em constantes mudanças, evolução e transformação. Com a globalização e a internet, que permite acesso às informações em tempo real no mundo todo, o processo educacional também tende a se transformar para acompanhar a evolução do conhecimento que se faz cada vez mais dinâmica.

Diante dessas modificações profundas, as organizações também se vêem investindo intensamente em educação. Como afirma Drucker (2006, p.1)

“Se as organizações também perderem a sua capacidade de desenvolver pessoas, elas terão feito um pacto com o Diabo”.

O papel do pedagogo dentro da organização pode acontecer de várias formas. É aquele que se preocupa com a integração do novo funcionário à empresa. Se a empresa tem um plano de carreira, cabe aí uma orientação pedagógica e avaliação de desempenho (RIBEIRO,2005).

Vale ressaltar que o Pedagogo é educador acima de tudo e não psicólogo ou administrador. Em nenhum momento o seu papel deve ser confundido ou então estará fadado ao fracasso.

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Holtz enfatiza que a primeira tarefa do Pedagogo Empresarial é deixar claro ao empresário que seu ideal de vida, suas aspirações e objetivos correspondem a uma questão social e principalmente ética. O pedagogo para conseguir ingressar neste campo de trabalho, em hipótese alguma deve abrir mão da ética. O fato de ter poder de persuasão e habilidade de convencimento, não lhe dá o direito de usar estas habilidades para manipular pessoas no intuito de explorá-las. Diante de uma proposta de trabalho em uma empresa, Holtz (2000, p.54) destaca que o pedagogo deve fazer três perguntas que são como um teste de ética:

É legal? (do ponto de vista criminal, civil)”, “É imparcial? (todos os envolvidos serão ganhadores não deve haver perdedor)”, e,“ Vou me sentir bem comigo mesmo? (se for publicado em jornais? Se a minha família souber?)”.

Qualquer resposta negativa a uma destas perguntas trará um resultado negativo a curto ou a longo prazo.

O pedagogo poderá usar o seu conhecimento para promover o desenvolvimento individual levando em conta os conhecimentos que o indivíduo possui e pode aprimorar através de experiências ao longo da vida. Quais as habilidades necessárias para a execução de tarefas, a capacidade do individuo em aprender coisas novas e qual atitude tem diante de situações do cotidiano, se relaciona com os colegas, com clientes. O trabalho é resultado de um aprendizado.

Desenvolvendo as competências individuais teremos com conseqüência pessoas que trabalham melhor em grupo; pois a essência do trabalho em grupo é o coletivo em primeiro lugar. A comunicação se amplia, acontece a aprendizagem coletiva, pois os membros transmitem uns aos outros os conhecimentos adquiridos e nenhuma tomada de decisão acontece fora do grupo.

As organizações por sua vez têm suas competências organizacionais que transmitem seus valores e crenças o que fundamenta sua atuação. Definem através de suas políticas as diretrizes desta atuação e através de normas e procedimentos operacionalizam essas políticas.

A cada dia, as empresas percebem cada vez mais que se não reagirem aos desafios diários e não forem capazes de desenvolver competências tendem a ser “engolidas” pelo mercado. Indivíduos que não se adaptam as novas mudanças tendem ficar “à margem” do mercado de trabalho.

Os desafios que os pedagogos enfrentam neste contexto são vários. Primeiramente precisa conhecer a filosofia da organização, saber quais são seus valores e crenças, sua política e seus sistemas gerenciais, seus princípios éticos e morais, pois sem esse conhecimento prévio fica impossível realizar um trabalho eficiente. Se por um lado estará desenvolvendo pessoas, por outro não poderá ir contra o pensamento e a cultura organizacional.

Desenvolver estratégias didático-pedagógicas para a mediação do saber. Desconstruir para reconstruir é talvez o maior de todos os desafios. Os indivíduos vão para as organizações com hábitos e práticas que nem sempre são corretas ou correspondem aos interesses da organização. Neste caso é preciso influenciar positivamente para que o indivíduo aceite mudar e assim continuar crescendo como pessoa e profissionalmente.

O pedagogo empresarial também precisa investigar motivações, perceber individualmente o que faz com que o profissional dê o melhor de si naquilo que faz. Deve perceber e desenvolver novas competências, ter visão de alvo, criar estratégias de percepção e desenvolvimento de novas habilidades.

Desenvolver a autonomia dentro da empresa é tornar o profissional capaz de ter ações independentes sem precisar que “alguém” esteja “mandando” o tempo todo. Desenvolver a capacidade de ver o que tem que ser feito e fazer.

E, por fim vem o feedback. É através dos resultados e respostas obtidas é que será possível saber se o seu trabalho está sendo realmente eficaz e possibilita as mudanças de estratégias, de metodologias e a escolha de novas formas de ensinar e aprender.

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Uma empresa jamais será definitivamente educada, pois estará sempre aprendendo e ensinando num processo continuado de educação. O conhecimento é o produto mais valioso da atualidade. E, esse conhecimento não vem em frascos, nem sprays, nem caixas e muito menos pode ser adquirido em supermercados. Vêm do relacionamento entre pessoas, relacionamentos bem conduzidos, baseados no respeito mútuo. Não basta mais ter um diploma, é preciso estar atento a tudo o que acontece no mundo. O conhecimento globalizado enfatiza o saber acima de tudo.

O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a flexibilização dos tempos atuais. Tudo isso gera insegurança, medo de ficar fora do mercado de trabalho, gera estresse, pois o conhecimento de ontem é obsoleto hoje. Não há mais segurança em nenhum setor da economia, o maior carrasco do ser humano hoje é o mundo do trabalho. A educação nas organizações ajuda a amenizar tudo isto, pois promove com responsabilidade a educação continuada. (AMARAL, 2004).

O conhecimento do pedagogo vem para somar forças com a Administração e com a Psicologia quando esta também está inserida numa determinada organização a fim de solucionar os problemas de relações de um modo geral e no desenvolvimento das habilidades de cada um dentro da empresa, além de contrabalançar os desequilíbrios que as relações profissionais podem trazer (HOLTZ, 2000).

Diante do exposto e tendo em vista que o assunto ainda é recente, falta experiência e a checagem da viabilidade do trabalho do pedagogo dentro das organizações, assumi juntamente com outra acadêmica do curso e sob a supervisão da orientadora deste trabalho a coordenação do GEPPE - Grupo de Extensão e Pesquisa em Pedagogia Empresarial. O grupo já existia desde em 2004, porém em 2006 organizamos uma proposta diferente do que vinha sendo realizado. Para selecionar os participantes do projeto distribuiu-se em torno de 45 formulários onde os alunos do curso de Pedagogia de 1º a 3º ano da FACIAP/UNIPAN puderam se inscrever. As reuniões do grupo foram quinzenais, aos sábados das 14h30min às 17 horas.

Através do formulário foram solicitadas informações inerentes aos dados pessoais do acadêmico como data de nascimento, local de trabalho, telefone para contato, e ainda foi solicitado que respondessem as seguintes perguntas: “Por que deseja fazer parte do projeto?” “Tem algum conhecimento prévio sobre Pedagogia Empresarial.?” “O que pensa a respeito do trabalho do pedagogo na empresa?”

O objetivo deste questionário era perceber o nível de conhecimento dos acadêmicos sobre o assunto, para sabermos como conduzir os trabalhos. Para término do presente artigo, elaborou-se outro questionário para saber qual o pensamento dos participantes a respeito do trabalho do pedagogo na empresa diante dos conhecimentos adquiridos ao longo do projeto mesmo antes de concluir as atividades nas empresas.

Dos 45 formulários distribuídos no início do trabalho, retornaram 41, cuja faixa etária dos estudantes era de 19 a 50 anos, com experiências profissionais diferenciadas, tanto na área de educação exclusivamente como na área empresarial. Entre esses, 30 acadêmicos afirmaram não ter nenhum conhecimento a respeito do assunto pedagogia empresarial, 03 afirmaram ter pleno conhecimento; 02 disseram ter pouco conhecimento e 06 não responderam.

Observa-se que a maioria dos participantes não tinha nenhum conhecimento sobre a possibilidade de atuação do pedagogo na área empresarial. Isto pode acontecer, pois conforme afirma Greco (2006, p.7-8), os cursos de Pedagogia formam apenas professores:

Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável pela docência e especialidades da educação como: Direção, Supervisão, Coordenação e Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o profissional da educação desvinculado da escola propriamente dita e inserido em outras atividades do mundo do trabalho, como empresas ainda que este trabalho refira-se à educação, mas numa perspectiva extra-escolar. Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia notamos que não há direcionamento especifico para a atuação do pedagogo em empresas.

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Os casos em que já tinham conhecimento sobre a área eram os alunos que haviam participado do GEPPE anteriormente evidenciando que o curso de Pedagogia da FACIAP/UNIPAN embora não obrigando todos a participar, oferecem o projeto como opção, para complementar esta formação que pode abrir novas possibilidades aos futuros pedagogos.

Quanto ao desenvolvimento do projeto neste ano de 2006, como já mencionado, as reuniões ocorreram aos sábados à tarde tendo 02h30min de duração. Iniciamos o trabalho do grupo com abordagem teórica da administração científica, sua história e em que momento surgiu as relações humanas. Foi feito material deste histórico e distribuído entre os participantes. Após o estudo deste material em grupo, uma professora do curso de administração da instituição participou de dois encontros onde fez a apresentação da administração hoje, a visão administrativa humana, fechando assim o assunto administração científica. O objetivo deste trabalho foi trazer para mais perto a empresa em si, a sua finalidade como organização e a comparação entre a administração ontem e a administração hoje, as relações humanas que se consolidam a cada dia, a necessidade de se preocupar com o capital humano do administrador de hoje.

A educação na empresa contribui significativamente para o crescimento pessoal do trabalhador promovendo assim uma transformação social. Mudança de atitudes não só no ambiente de trabalho como também no meio em que vive. Como afirma Greco (2006, p. 6):

“A educação tem por finalidade possibilitar o crescimento das pessoas como seres humanos; é processo de humanização”. E ainda acrescenta: “...a educação é uma prática social.” O pedagogo é quem reúne mais requisitos apresentando plenas condições de atuar nas empresas e auxiliar neste processo.

Para o segundo semestre a proposta era ir às empresas desenvolver na prática o que foi visto em teoria. Como já estava definido, todos os trabalhos seriam apresentados primeiramente no GEPPE para avaliação do grande grupo. Cada grupo apresentou seu trabalho, todos avaliados pelos participantes que apontaram falhas e sugestões para o melhor desempenho e resultado nas empresas.

O primeiro trabalho avaliado foi o de Relações interpessoais e trabalho em equipe. O segundo grupo a apresentar foi o grupo da Assertividade. O terceiro grupo foi o grupo da Motivação no trabalho e o quarto grupo foi o da Auto- estima. Depois da apresentação de cada grupo aos presentes na reunião, todos deram opiniões, elogios e sugestões. O resultado foram trabalhos bem elaborados para aplicação nas empresas.

Para as atividades práticas tivemos a oportunidade de atuar em duas empresas que doravante serão chamadas apenas A e B. Na empresa A o número de funcionários era de 12, e na empresa B 22 funcionários. O trabalho foi realizado primeiramente na empresa B, das 15h30min até as 17 horas. O assunto foi sobre Relações Interpessoais e trabalho em equipe.

Foi possível perceber durante a prática que os funcionários da empresa aparentemente mostraram interesse, todos se envolveram com o que estava sendo proposto.

O grupo que estava realizando o trabalho tinha um entrosamento muito bom, domínio do assunto o que passava segurança aos que estavam participando. O mesmo assunto foi apresentado posteriormente à empresa A no horário das 8h30min às 9h30min. A participação foi muito satisfatória em todos os sentidos.

Na empresa B foi apresentado ainda o assunto Assertividade. Para este tema apenas 06 de 22 funcionários participaram. O horário foi o mesmo do encontro anterior. Tinha sido um dia muito intenso de trabalho, todos estavam muito cansados e a maioria acabou indo pra casa.

A empresa, segundo relato de uma das proprietárias, tem investido em treinamento e no desenvolvimento dos funcionários, o que é um fator positivo, pois demonstra que realmente as empresas têm se preocupado com seu capital humano. Comprovando o que afirma Éboli, (2006, p.34-40):

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As empresas passaram a se preocupar não só com treinamento, mas comeducação também. Elas perceberam que a pedagogia aumenta a eficácia dos programas de treinamento por que as pessoas aprendem melhor. E, quanto maior a coerência entre cultura da companhia e os princípios pedagógicos aplicados, maior será o sucesso da empresa no mercado.

Por outro lado pode-se perceber que nem todos os funcionários apresentaram interesse incondicional pela própria formação ou valorizam aquilo que pode fazê-las crescer como pessoa e profissionalmente. Por mais que se tenha que compreender a ausência da maioria, fica o exemplo da minoria que passou por cima do cansaço e ficou para o treinamento.

Um ponto de reflexão em relação à freqüência é que na escola, o pedagogo conta com recursos para “segurar” o aluno em sala, de certa forma “obrigá-lo” através de punições: falta, nota, reprovação, etc. Isto faz parte das regras sociais as quais desde os tempos mais remotos vem sendo aplicadas como forma de controle para moldar o ser humano para a vida em sociedade.

Como afirma Émile Durkheim apud Rodrigues (2003, p.5) “O homem que a educação deve realizar, em cada um de nós, não é o homem que a natureza fez, mas o homem que a sociedade quer que ele seja...” Na empresa não tem esse controle. O empresário não impõe, nem obriga o funcionário a participar de qualquer treinamento principalmente fora do seu expediente de trabalho. Ela conta com o interesse pessoal de cada um em se desenvolver. Para alguns funcionários isso até pode soar ainda como forma de exploração, manipulação, lavagem cerebral.

Um ponto que pode ser avaliado como negativo são as críticas indiretas entre os próprios funcionários a respeito do trabalho desenvolvido pelo grupo GEPPE dizendo que acharam o encontro anterior monótono e atribuir a isto a razão pela qual não ficaram.

Observa-se também a influência que o ser humano tem sobre o outro, tanto positiva como negativamente. Segundo os funcionários que ficaram para o treinamento, nem todos tinham a intenção de ir embora, mas devido às críticas de outros colegas acabaram cedendo.

Outro fator de grande importância é o horário de realização das atividades. Fazendo um comparativo com os dois grupos de funcionários, o horário do treinamento na empresa B foi na parte da tarde, depois do expediente normal de trabalho enquanto que na empresa A foi na parte da manhã, dentro do horário de expediente normal. O grupo da empresa B certamente já estava cansado e o nível de concentração conseqüentemente era menor que o grupo da empresa A. Possivelmente se o mesmo trabalho fosse apresentado na parte da manhã a resposta seria outra. Ficou claro que o treinamento para se obter um resultado melhor em todos os sentidos: participação, interação, interesse pelo assunto, o melhor horário é o da manhã.

Para concluir o presente artigo era necessário saber dos participantes deste grupo de extensão e pesquisa qual a avaliação do trabalho realizado permitindo-lhes que apresentassem suas críticas e sugestões e se todas as atividades desenvolvidas atenderam as suas expectativas. Elaboramos um questionário e distribuímos ao grupo. Na avaliação do trabalho todos consideraram o trabalho muito bom. Em relação a críticas, não houve. Alguns participantes sugeriram que os encontros que foram quinzenais que poderiam ter sido semanais.

Quanto às expectativas, todos responderam que tiveram atendidas e até superadas. Os acadêmicos que nada sabiam a respeito de pedagogia empresarial entenderam claramente qual o papel do pedagogo na empresa e ao se perceberem dotados de condições de capacitar pessoas, poderem contribuir à formação e mudança de comportamento das pessoas relataram que sentiram uma grande satisfação que os levavam a querer realizar mais e mais trabalhos nas empresas.

Nós que estivemos conduzindo o trabalho pudemos perceber o crescimento pessoal de cada um que permaneceu no grupo e desenvolveram trabalhos nas empresas. À medida que os encontros foram acontecendo, percebemos que o grupo foi diminuindo e para as atividades nas empresas contamos com apenas 15 participantes. Acreditamos que após conhecer melhor o que é Pedagogia Empresarial alguns acadêmicos perceberam que não tinham real interesse.

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Por mais que estejamos caminhando a passos lentos com relação à Pedagogia Empresarial esta experiência mostrou que estamos no caminho certo ainda que longe de atingir o ideal. O pedagogo para atuar nesta área tem que estar bem preparado para enfrentar os desafios que aparecem. Ao planejar uma atividade deve ter os pés no chão, pois por melhor que faça, para alguns, não será nunca suficientemente bom. Estar consciente de que não tem como agradar a “gregos e troianos”, nem ter pressa para ver os frutos que virão cedo ou tarde.

É preciso ter motivação, persistência, vontade de se superar a cada dia e a capacidade de transformar críticas em crescimento. A cada atividade, a cada grupo de funcionários um novo desafio sempre. Há um novo campo de trabalho se abrindo. É preciso abraçar verdadeiramente a causa. Para aqueles que realmente o fizer e estiver bem preparado, certamente não faltará oportunidade.

Artigo: O que um Pedagogo Empresarial Precisa Saber Sobre Grupos?

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O QUE UM PEDAGOGO EMPRESARIAL PRECISA SABER SOBRE GRUPOS?

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Bibliografia/Links Recomendados

http://www.mec.gov.br/sesu/diretriz.shtm Acesso em Miriam Pascoal1. O pedagogo na empresa. Disponível em http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/pemp02.htm Acesso em 17/08/2008

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro:Campus, 1999

CURY, Augusto. Pais brilhantes, Professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. HOLTZ, Maria Luiza M. Lições de pedagogia empresarial. MH Assessoria Empresarial Ltda., Sorocaba SP.

Disponível em <http://www.mh.etc.br/documentos/licoes_de_pedagogia_empresarial.pdf>.Acessado em 18/11/08.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 8ª ed. – São Paulo, Cortez, 2005. Lopes Izolda PEDAGOGIA EMPRESARIAL - formas e contextos de atuação. Rio de Janeiro: WAK, 2005. MINARELLI, J. A. Empregabilidade: o caminho das pedras. São Paulo: Editora Gente, 1995. MONEZI, Mary R. Ceroni. Atitude Interdisciplinar na Docência. In: Revista de Cultura: Revista do IMAE -

Instituto Metropolitano de Altos Estudos para o Desenvolvimento das Pesquisas do UniFMU. Periódicos Interdisciplinares. São Paulo: ano 4, n. 9, p. 56-60, jan./jun.2003.

REVISTA NOVA ESCOLA, 134ª EDIÇÃO, p.32- O Pedagogo Empresarial. REVISTA TEMA TRANSFERSSAL,12ªEDIÇÃO,p.11 – Treinamento do Pedagogo Empresarial Viana, Mário Gonçalves -

Pedagogia Geral; Lisboa. AMARAL, Marta Teixeira do. Pedagogo Empresarial: o que é isso? Disponível no site www.e-

aprender.com.br/ensinar. Docente da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Pedagogia. Acessado em 17/06/2006.

DRUCKER, Peter. Eles não são empregados, são pessoas. Disponível no site http://diario.de.verit.org/?m=200510. Acessado em 20/09/2006.

DUTRA, Joel de Souza. Gestão de Pessoas – modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.

ÉBOLI, Marisa. Educação Corporativa. Docente da USP/SP. Disponível no site www.revistavencer.com.br. Artigo publicado na revista Vencer. Março,2003 p. 34 a 40. Acessado em 09/10/2006.

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GRECO, Glória M. O Pedagogo Empresarial. Disponível no site www.pedagogiaemfoco.pro.br/pemp02. Rio de Janeiro, 2005. Acessado em 09/10/2006.

HORTZ, Maria Luiza Marins, Lições de Pedagogia Empresarial. Disponível no site www.mh.etc.br, Sorocaba, 2000. Acessado em 05/2005.

LOPES, Izolda. TRINDADE, A B. CARVALHO, Cláudia e CADINHA, Márcia Alvim. Pedagogia Empresarial uma nova visão de aprendizagem nas organizações. Rio de Janeiro, 2006.

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MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MOTTA, Fernando C. Prestes, Teoria Geral da Administração, 22ª. Ed. São Paulo. Pioneira 2002. RIBEIRO, A E do Amaral. Pedagogia Empresarial, atuação do pedagogo na empresa. 3ª. Ed. Rio de Janeiro,

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Simulado – Pedagogia Empresarial

1) Quem cunhou o termo “Pedagogia Empresarial”?

o Jean Piaget; o Maria Luiza Marins Holtz; o Paulo Freire; o Emília Ferreiro.

2) Qual das alternativas abaixo apresenta corretamente uma responsabilidade do Pedagogo Empresarial?

o Conduzir as pessoas que trabalham na Empresa, dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais;

o Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial;

o Conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda Empresa;

o Todas as alternativas estão corretas.

3) O pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga respeito à pessoa humana, para ter condições

de orientá-la eficazmente e encontrar soluções práticas para os problemas que a aflige. Tanto de ordem

individual, social e espiritual. Para tanto, o pedagogo necessita se especializar através de uma graduação e pós-

graduação e utilizar-se de todas as Ciências Humanas nos seus diversos aspectos. Sendo assim, das disciplinas

essenciais ao pedagogo, qual das alternativas abaixo é um exemplo de Ciências do Homem considerado em

Grupo?

o Sociologia; o Psicologia Educacional; o Antropologia; o Filosofia. o

4) Qual das alternativas abaixo descreve corretamente a Psicologia Educacional?

o Estuda o comportamento da pessoa humana nos diversos grupos sociais, desde a sua família e as influências na formação da personalidade. Estuda o papel da Educação nas sociedades de hoje e a relação entre a Família e as diversas instituições sociais de um lado e o local de trabalho de outro;

o Mede, por meio de métodos científicos de observação, a freqüência dos fatos ocorridos como de que maneira um determinado sistema de treinamento funciona na melhoria da produtividade, numa mesma localidade, nos diferentes momentos do dia ou mesmo do ano, nas diferentes regiões;

o Procura revelar a pessoa humana, na sua evolução natural, e só diante desse conhecimento é possível formular doutrinas pedagógicas, consistentes e métodos educacionais;

o Faz a história da espécie humana: sua origem, raças, desenvolvimento, evolução e adaptação ao meio, dimensões do corpo, seus usos e costumes, etc.

5) “De acordo com a Lei ... o pedagogo empresarial atuará na área de desenvolvimento de Recursos Humanos

enfatizando o treinamento dos funcionários, auxiliando na formação destes, com o objetivo de atender aos

Propósitos da Organização.”

o Lei 6297/75; o Lei 6297/80; o Lei 6246/75; o Lei 6279/57.

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6) “... é a expressão que usamos em Pedagogia Empresarial, para designar os resultados da comunicação entre

as pessoas e as suas conseqüências.”

o Intercomunicação Pessoal; o Comunicação Empresarial; o Diálogo Pedagógico; o Relações Humanas.

7) Que tipo de atividade o Pedagogo Empresarial pode conduzir, para estimular um ambiente de trabalho mais

positivo, agradável e produtivo dentro da empresa?

o Chamar a atenção das pessoas que estão desanimadas, para que não contagiem os demais com seu desânimo;

o Promover treinamentos, reuniões e festas; o Localizar e marcar os funcionários desmotivados, indicando-os à chefia para maiores esclarecimentos, o Nenhuma das alternativas.

8) Atualmente, o pedagogo pode e deve sair do espaço escolar devido à globalização e atuar no

desenvolvimento de projetos educacionais, sociais e culturais para empresas, ONGs e outras instituições

privadas. Sendo assim, qual das alternativas abaixo apresenta corretamente as aptidões que o pedagogo

deverá ter?

o Atuar em ambientes escolares e não-escolares; o Realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros, sobre seus alunos e alunas e a

realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências não-escolares; o Realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos sobre a organização do trabalho educativo e

práticas pedagógicas; o Todas as alternativas estão corretas.

9) Podem ser definidas duas esferas de ação educativa na prática do pedagogo: escolar e extra-escolar. Sendo

assim, qual das alternativas abaixo NÃO apresenta um exemplo de tipo de atividade extra-escolar para o

pedagogo?

o Consultor em órgãos públicos; o Orientador em empresas; o Professor primário; o Instrutor em serviços sociais.

10) Com relação à atuação do Pedagogo na Educação Não-Formal, qual das alternativas descreve

corretamente do Gestor de RH?

o Atua na supervisão pedagógica e administrativa de pessoal, orientação de estágios, formação/capacitação profissional em serviço presencial ou à distância;

o Atua na orientação pedagógica para produção de materiais informativos, instrucionais (didáticos e para-didáticos) e no uso pedagógico de novas tecnologias de comunicação e informação;

o Atua a serviço de difusão cultural (museus, centros culturais, bibliotecas, brinquedotecas, cineclubes) e de comunicação de massa (jornais, revistas, televisão, rádios, editoras, agências de publicidade, indústria de brinquedos etc.);

o Nenhuma das alternativas.

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Qualificações - Consultor Técnico

Com formação superior e vários cursos de vendas, marketing e gerência avançada, certificados de extensões profissionais, promovidos pela VISA, MasterCard, Credicard, American Express, ADVB, e outras instituições de ensino.

Experiência na área comercial, marketing e vendas em empresas multinacionais de grande porte. Negociações em alto nível junto a bancos, estabelecimentos comerciais, agências de viagens, hotéis,

restaurantes, locadora de veículos entre outros. Experiência em elaborar e ministrar treinamentos sobre produtos, técnicas comerciais e vendas. Habilidade em gerenciar equipes de vendas internas e externas, em campo e administrativamente. Trabalho em campo em todos os estados brasileiros. Desenvolvimento e implantação de projetos especiais e novos nichos de mercado para diversos tipos de

produtos.

Experiência Profissional

Dirigi por 7 anos carteira de clientes em meios de pagamento, com faturamento anual médio de U$ 20.000.000, envolvendo administração e serviços de Cobrança, Call – Center, Processamento de Dados, Produção Gráfica, implantação de equipes de vendas, implantação de cartões de crédito nas Bandeiras American Express, MasterCard, VISA, TecBam entre outras empresas, implantei novos produtos, para o Bank Boston, Banestado, Banco Regional de Brasília (BRB), BMG, Santander, Itaú, entre outras instituições de grande porte.

Dirigi 40% do mercado de garantia de cheques em empresa líder de mercado sendo responsável pela regional São Paulo.

Diretor responsável pela fusão de marcas GOODCHEK / TELECHEQUE, no Estado de São Paulo. Treinamento e reciclagem aos funcionários interno e externos nos seguintes tópicos: Atendimento, Técnicas de

Venda, Postural, Qualidade de Serviços, Prevenção de Fraudes, motivacionais entre outros. Gerenciei a implantação do sistema de TV a cabo, na cidade de São Paulo, interfaciando as areas comercial e

técnica da GLOBOSAT, atual Net Brasil. Implantei o sistema de EPS, (terceirização comercial e vendas) para cartões de crédito em âmbito nacional,

selecionando, contratando, treinando, gerênciando com sistemas motivacionais e operacionais com modelos matriciais.

Desenvolvi e gerenciei programas de Marketing Direto, Mala Direta, entre outros programas de vendas diretas. Gerenciei agencias bancárias, envolvendo mais de 3000 estabelecimentos comerciais, implantado sistemas de

vendas, manutenção, e treinamento para cartões de crédito em âmbito nacional. Criação, planejamento e desenvolvimento de promoções e eventos para cartões de crédito e outros produtos. Desenvolvimento de novas áreas de mercado para cartões de crédito, turismo, TV a cabo, garantia de cheques,

cobrança, livros entre outros produtos.

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Empresas

Certegy S/A (Atual Fidelity)

(Processamento de Cartões de Crédito e Meios de Pagamento) – 1995 a 2003

Diretor de Atendimento & Diretor Comercial

TELEDATA INFORMAÇÕES E TECNOLOGIA LTDA. - TELECHEQUE

(Garantia de Cheques) – 1992 a 1995

Diretor Regional

PRESTA ADMINISTRADORA DE CARTOES DE CREDITO - MESBLA

(Cartões de Crédito) – 1990 a 1992

Gerente Regional

CREDICARD S/A ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO

(Cartões de Crédito) – 1987 a 1990

Gerente Nacional

AMERICAN EXPRESS DO BRASIL S/A TURISMO

(Cartões de Crédito) – 1979 a 1985

Gerente Regional

OUTRAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS & INICIATIVAS EMPREENDEDORAS :

Stella Barros – Gerente Comercial (Implantação)

GLOBOSAT (Net do Brasil) - Gerente Regional SP - (Implantação)

Budget Rent a Car - Gerente Regional RJ - (Implantação)

Editora Record - Diretor Comercial (Implantação)

Panquecas Saladas & Cia - Sócio (Implantação)

D1M Marketing Digital Ltda. & Free Brokers Assessoria Pericial, Imobiliária & Financeira - Sócio Diretor

Consultorias de Cartão de Crédito para o Banco Rural e Paraná Banco (Implantação)

Consultoria para a Call Contact Center da Central de Atendimento 156 da Prefeitura de São Paulo (Implantação)

Corretor de Imóveis - CRESCI 122214

Perito Avaliador Imobiliário Judicial & Extra Judicial - CONPEJ 02.04.0410

CONPEJ - Conselho Nacional dos Peritos Judiciais da Republica Federativa do Brasil – Coordenador de Cursos SP

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D1M Marketing Digital Ltda.

Rua Booker Pittman 142 Chácara Santo Antônio CEP: 04719-060 São Paulo SP 11 5181 48 27 11 9265 3181

CGC 12,304.182/0001-73 - www.d1m.com.br - [email protected] - Insc. Est.147.355.162.111

Curso de Capacitação Profissional & Gerencial – Módulo Pedagogia Empresarial

Consultor Técnico: Sr. André D G Muraro