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Acordo Ortogrfico

Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, So Tom e Prncipe, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e, posteriormente, por Timor Leste. Ele no elimina todas as diferenas ortogrficas observadas nos pases que tm a lngua portuguesa como idioma oficial, mas um passo em direo pretendida unificao ortogrfica desses pases.

Mudanas no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa aser:A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z.As letras k, w e y, so usadas em vrias situaes. a) na escrita de smbolos de unidades de medida: km(quilmetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados):show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

TREMANo se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nosgrupos gue, gui, que, qui.

COMO ERA COMO FICAagentaraguentarargir arguirbilnge bilnguecinqenta cinquenta

Ateno: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Mller,mlleriano.

Mudanas nas regras de acentuao1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acentotnico na penltima slaba).

COMO ERA COMO FICAalcalide alcaloidealcatia alcateiaandride androideapia (verbo apoiar) apoiaapoio (verbo apoiar) apoioparanico paranoicoplatia plateiatramiatramoia

Ateno: essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas aspalavras oxtonas terminadas em is, u, us, i, is. Exemplos: papis, heri, heris trofu, trofus.

2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de umditongo.

COMO ERA COMO FICABaica baiucaBocaiva bocaiuvacaula cauilafeira feiura

Ateno: se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acentopermanece. Exemplos: tuiui, tuiuis, Piau.

3. No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s).

COMO ERA COMO FICAAbeno abenooCrem creemDem deemDo dooEnjo enjooLemleem

4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para; pla(s)/ pela(s); plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera.

Ateno: Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado do verbopoder (pretrito perfeito do indicativo), na 3 pessoa do singular. Pode a forma dopresente do indicativo, na 3 pessoa do singular.Exemplo: Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio. Exemplo: Vou pr o livrona estante que foi feita por mim. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seusderivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:Ele tem dois carros. / Eles tm dois carros.Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Sorocaba.Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra.Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes.Ele detm o poder. / Eles detm o poder.Ele intervm em todas as aulas. / Eles intervm em todas as aulas.

facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/frma. Em alguns casos, ouso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual a forma da frma do bolo?5- No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, dopresente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.6- H uma variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar,apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronncias em algumasformas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm do imperativo. Veja:a) se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem. verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam.b) se forem pronunciadas com u tnico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogalsublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.Ateno: no Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, aquela com a e i tnicos.

Uso do hfen.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hfen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:anti-higinico anti-histrico co-herdeiro macro-histria mini-hotel.

Exceo: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.Exemplos:Aeroespacial; agroindustrial; anteontem; antiareo ;antieducativo;.

Exceo: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:coobrigar, coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar,

No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por consoantediferente de r ou s.

Exemplos:anteprojeto/ antipedaggico/ autopea/ autoproteo/ coproduo/

Ateno: com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por r ou s. Nessecaso, duplicam-se essas letras. Exemplos:Antirrbico; antirracismo; antirreligioso; antirrugas; antissocial; Biorritmo;.

Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hfen se o segundo elemento comear pelamesma vogal. Exemplos:anti-ibrico anti-imperialista anti-inflacionrio anti-inflamatrio auto-observao

Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hfen se o segundo elemento comear pela mesmaconsoante. Exemplos:hiper-requintado inter-racial inter-regional

Ateno: Nos demais casos no se usa o hfen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteo. Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r: sub-regio, sub-raa etc. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegao,pan-americano etc.Quando o prefixo termina por consoante, no se usa o hfen se o segundo elemento comear por vogal.Exemplos:Hiperacidez; hiperativo; interescolar; interestadual; interestelar; Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen.Exemplos:alm-mar; alm-tmulo; aqum-mar; ex-aluno; ex-diretor; ex-hospedeiro;

Deve-se usar o hfen com os sufixos de origem tupi-guarani: au, guau e mirim. Exemplos: amor-guau,anaj-mirim, capim-au.

Deve-se usar o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formandono propriamente vocbulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niteri, eixo Rio-SoPaulo.

No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio. Exemplos:a. Girassol; madressilva; mandachuva ;paraquedas; paraquedista ;pontap.

ORTOGRAFIA; FONTICA E FONOLOGIAFontica, Fala e Lngua.Fontica o estudo dos sons falados.Som e FonemaO som um fenmeno fsico, com certo nmero de caractersticas distintivas. Fonemas so unidades sonoras mnimas capazes de estabelecer diferenas no significado das palavras.Observe alguns pares de palavras:Fora/forca babe/beba coca/cola/cloacaRua/Lua/Tua torta/morta/portaCada uma dessas palavras guarda um significado:babe - do verbo babar, significa cuspir o lquido pela boca.beba - do verbo beber, significa ingerir o lquido pela boca.Como se v, a mudana de um fonema acarreta uma nova palavra. As letras so as representaes grficas dos fonemas. Letra e fonema no so a mesma coisa!s vezes, pode haver uma coincidncia, como nos pares de palavras acima. Outras vezes no.Examine os exemplos:Beba 4 letras ( b-e-b-a) e 4 fonemas ( pronunciamos 4 sons)Vez 3 letras (v-e-z) e 3 fonemas ( pronunciamos 3 sons)Amanh 6 letras (a-m-a-n-h-) e 5 fonemas (a-m-a-nh-)Carro 5 letras (c-a-r-r-o) e 4 fonemas (c-a-rr-o)Examine os seguintes casos:a- Uma letra representando fonemas diferentes: casa, sacola/ enxame, exame, prximo, txi, etc.b- Letras diferentes representando o mesmo fonema: espao, prximo, sapo/ casa, exame, etc.c- Uma letra representando mais de um fonema: oxignio, oxtona, etc.d- Duas ou mais letras representando um fonema: inchado, carro, guerra, etc.e- Uma letra no representa som algum: humilde, hora, etc.CLASSIFICAO DOS FONEMASOs fonemas da lngua portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.VogaisSo fonemas sonoros produzidos por corrente de ar vibrante, com passagem livre pela boca. A vogalconstitui o fonema central de toda slaba. No h slaba sem vogal.Classificao das vogaisTemos apenas cinco letras vogais: a, e, i, o, u. Mas podemos citar 12 fonemas vogais na lnguaportuguesa.- Vogais orais: a, , , i, ,,u gado, mel, medo, girar, jil, lobo, lupa- Vogais nasais: , e, i, , u amanh, lento, lindo, monstro, mundo.- Vogais abertas: a, , massa, caf, cip.- Vogais fechadas: , , , u fama, medo, cedo, porto, nu.SemivogaisSo os fonemas / i / e / u / quando aparecem apoiados em uma vogal, formando uma s slaba.Ex: histria, vcuo, srie, lousa, purpreo, ndoa ( /i/ e /u/ semivogais)ConsoantesSo os fonemas que encontram obstculo na passagem pelo aparelho fonador.==============================================================ENCONTROS CONSONANTAIS E DGRAFOSEncontro consonantal a juno de duas ou mais consoantes na mesma palavra. O encontro deconsoantes pode dar-se:- Na mesma slaba ( pre- to)- Em slabas consecutivas ( par-te)Os encontros consonantais ainda podem ser:- Perfeitos agrupam-se na mesma slaba e so inseparveis:A- tlas, bri-as, pre-ga- Imperfeitos - aparecem em slabas distintas e so separveis:Cac-to, ad-vo-ga-do, arit-m-ti-ca- Mistos agrupamentos consonantais que misturam os dois modos descritos:Fel-tro, dis-plis-cen-te, des-troDgrafo a reunio de duas letras para a transio de um fonema. Trata-se de grafia compostapara um som simples.Encontram-se os seguintes dgrafos na lngua portuguesa:

A) Consonantais: quando o encontro de duas letras representa fonemaconsonantalNh tenho, rainhaCh chave, chamaLh filho, falhaRr carreta, serraSs passo, sossegoSc, S, Xc crescer, deso, excetoGu, qu seguidos de e ou de i guerra, quero, aquiloB) Voclicos: quando o encontro de duas letras representa fonema voclicoAm, an ambos, antaEm, en tempo, vendaIm, in limpa, mintoOm, on ombro, montoUm, un lbum, mundoSLABASlaba a construo de um ou mais fonemas articulados e pronunciados numa emisso de voz.Toda slaba tem por base uma vogal.Uma palavra tem tantas slabas quantos forem os impulsos de voz para pronunci-la.Ba-ta-ta: trs slabas for-mi-d-vel: quatro slabasSen-si-bi-li-da-de: seis slabas Quin-ti-no: trs slabasClassificao dos vocbulos quanto ao nmero de slabas- Monosslabos: possuem apenas uma slabaUm, que, bem, no, mas, so- Disslabos: possuem duas slabasOu-tro, di-a, va-lor, vi-da, con-to, ca-so, for-a- Trisslabos: apresentam trs slabasPa-li-to, fa-rin-ge, la-ran-ja, co-mi-da- Polisslabos: apresentam quatro ou mais slabasQuan-ti-da-de, ju-r-di-co, par-la-men-ta-ris-moENCONTROS VOCLICOSH trs tipos de encontros voclicos na lngua portuguesa: ditongos, tritongos e hiatos.Ditongo o encontro de uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa, em uma mesma slaba.Trgua ( u =semivogal, a = vogal)Farmcia ( i = semivogal, a = vogal)Mgoa ( o = semivogal, a=vogal)Chapu ( e=vogal, u=semivogal)Heri ( o= vogal, i=semivogal)Os ditongos classificam-se em:- Crescentes- formados por semivogal + vogalRgua, srie, histria, vcuo- Decrescentes- formados por uma vogal + semivogalDegrau, fauna, beijo, breu, mausolu1- Tanto os ditongos crescentes como os decrescentes podem ser ainda orais ou nasais.Foice, azuis, fugiu ( orais); muito, pes, cimbra ( nasais)2- Note que, em portugus, certas palavras como bem, tem, vez, voz, trs, contm ditongos nasaisou orais, desenvolvidos pela pronncia: beim, teim,veiz, voiz, tris.1) Os ditongos crescentes aparecem, mais frequentemente, em slabas tonas.Exemplos:urea, rseo, sbia, srie, ndoa, etc.2) Por terem o valor fontico aproximado de i e u, respectivamente, e e o tonos so, emcertos casos semivogais.

Exemplos:Me, pe, Caetano, Nvea, goela, etc.3) No aparece escrita a semivogal nos ditongos nasais em (i) e am (u)Exemplos:Bem ( bi )Contm ( contin)Falam ( falu)Lutaram ( lutaru)Observao: palavras como feio fei-o / fei-io ; veia- vei-a/vei/ia; maio- mai-o/ mai-io-A slaba posterior ao primeiro ditongo traz um embrio semivoclico que s registra na fala. A talfenmeno d-se o nome de glaide (glide-ingls). Assim cada uma das palavras vistas traz ditongodecrescente e ditongo crescente, respectivamente.Em fase inicial de aprendizado, costuma-se dizer que nesses casos existe ditongo e hiato. Sabe-se,porm, que hiato sequncia de vogal + vogal, e no semivogal + vogal (Saconni)Tritongo o encontro voclico constitudo por semivogal + vogal + semivogal ( ou: encontro voclicoformado por uma vogal precedida e seguida de semivogal).Quais, Uruguai, enxaguou, Paraguai, quoHiato a sequncia de duas vogais, pronunciadas em slabas diferentes.Sa-a-ra, co-ro-a, bo-a, ju-iz, b-u, ca-----------------------------------------------------------------------------------------------------------DIVISO SILBICARegras:_ No se separam os elementos dos grupos consonantais que iniciam uma slaba nem os dos dgrafos"ch, Ih, nh".Exemplos: a-blu-o, a-bra-sar, a-che-gar, fi-lho, ma-nh, con-tri-bu-ir, a-fri-ca-no, a-plai-nar, en-gra-a-do, re-fle-tir, su-bli-me...Observao: Nem sempre formam grupos consonantais os elementos "bl" e "br". No caso de o "l" e o"r" serem pronunciados separadamente, poder haver a partio da palavra. Exemplos: sub-lin-gual,sub-li-nhar, sub-ro-gar, ab-rup-to..._ O "s" dos prefixos bis, cis, des, dis, trans e o x do prefixo ex no se separam quando a slabaseguinte comear por consoante. Todavia, se iniciar por vogal, formam slaba com esta e separam-se doprefixo.Exemplos: bis-ne-to, cis-pla-ti-no, des-li-gar, dis-tra-o, trans-por-tar, ex-tra-ir, bi-sa-v, ci-san-dino,de-ses-pe-rar, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tln-ti-co, e-xr-ci-to._ As letras "cc, c, se, rr, ss" e as vogais idnticas separam-se quando da partio do vocbulo, ficandocada uma delas em slabas diferentes.Exemplos: oc-cip-tal, te-lec-o, pror-ro-gar, res-sur-gir, a-do-les-cen-te, con-va-les-cer, des-cer,pres-cin-dir, res-ci-so, ca-a-tin-ga, co-or-de-nar, ge-e-na...Observao: As vogais de hiatos, mesmo diferentes uma da outra, tambm se separam. Exemplos: ata--de, ca--eis, do-er, du-e-lo, fi-el, flu-iu, gra--na, je-su--ta, le-al, mi--do, po-ei-ra, ra-i-nha,V-o..._ No se separam as vogais dos ditongos crescentes e decrescentes nem as dos tritongos.Exemplos: ai-ro-so, a-ni-mais, au-ro-ra, a-ve-ri-gei, ca-iu, cru-is, re-jei-tar, fo-ga-ru, gl-ria, iguais,-dio, ji-a, sa-guo, v-rios...Observao: No se separa do "u", precedido de "g" ou "q", a vogal que o segue, acompanhada ou node consoante. Exemplos: am-b-guo, u-b-quo, ln-gua, Gua-te-ma-la, de-lin-qen-te...Alm das regras vistas anteriormente, toda consoante que no vem seguida de vogal fica na slabaanterior, na diviso silbica.Exemplos: sub-me-ter, sub-por, ab-so-lu-to, ad-vo-ga-do, ad-no-mi-nal, ad-vir, af-ta, mag-ma, cogno-me, al-fai-a-te, nos-tal-gi-a, e-gp-cio, re-cep-o, ap-to, ar-far, ex-su-dar, ex-ce-o, tungs-t-nio,pers-pi-c-cia, sols-t-cio, ab-di-car, ac-ne, drac-ma, Daf-ne, t-ni-co, nup-ci-al, abs-tra-ir, inspe-tor, ins-tru-ir, in-ters-t-cio...

Observao: Ainda pelo mesmo caso acima, se a consoante for inicial, ela no sesepara.Exemplos: Pto-lo-meu, psi-co-se, pneu-m-ti-co, gno-mo, mne-m-ni-ca..Classificao das palavras quanto posio da slaba tnica- Oxtonas: a slaba tnica a ltima slaba da palavraValor, estaes, varrer, maltratei, sensao, direo- Paroxtonas: a slaba tnica a penltima slaba da palavraAgora, conto, caso, parava, entidade, grandiosa, oposta, Mier, bala, farmcia,sensvel- Proparoxtona: a slaba tnica a antepenltima slaba da palavraVocbulo, intrnseco,potica, sbito.Monosslabos tonos e monosslabos tnicosMonosslabo tono: no possui acentuao prpria pronunciado com pouca intensidade, apoiando- seno acento tnico de um vocbulo vizinho.Sei tudo que voc me deu. (que pronunciado junto com tudo, como se fosse tudoque)So monosslabos tonos:- os artigos o, a, os, as, um, uns;- as preposies a, com, de, em, por, sem, sob;- o pronome relativo que;- as conjunes e, ou, que, se;- os pronomes pessoais oblquos me , te, se, o , a, os , as, lhe, lhes, nos, vos.2- Monosslabo tnico: possui acentuao prpria pronunciado com bastante intensidade.L, s, d, si, ti, tuSo monosslabos tnicos:- os pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, ns, vs, eles;- os advrbios: no, sim, to;- as formas verbais: , quis, vou, ser, sou;- substantivos e adjetivos s, m, f, cu, sol, lar, mar.

ACENTUAO GRFICA

Monosslabos tnicosAcentuam todas as palavras terminadas em:

a (s) a (s) : m(s)e (s) e (s) : p(s)o (s) o (s) : s(s)

Acentuam todas as palavras OXTONASterminadas em:a (s) a (s) : car(s)e (s) e (s) : caf(s)o (s) o (s) : cip(s)em): amm(ns): parabns.

Portanto, SEM acento:aqui, ali, tupi, infantis, Itu, Bauru,angu, urubus, vez, talvez, xadrez,etc.

As MONOSSLABAS e as OXTONAS que trazem ditongos abertos i, i e u tambm recebem acento.Ex.: ris, papis, mi, destri, cu, chapu.As palavras PAROXTONAS que trazem qualquer desses ditongos no so acentuadas. Ex.:heroico nucleico proteico.

Acentuam todas as palavras PAROXTONAS terminadas em:l, n, r, x, (s) til, plen, mpar, trax, m(s)i(s), usjri(s), vrusum, ns frum(uns), nutronsps bcepsDitongo(seguido ou no de s)stio(s), crie(s), rgo(s)

4 REGRAAcentue TODAS as palavras PROPAROXTONASrvore mdico matemtica5 REGRAAcentue o i e o u tnicos quando forem a segundavogal do hiato:i tnico e 2 vogal dohiato:sadau tnico do hiato e 2 vogal:sadeNem o i nem o u recebem oacento quando aparecem antes denh (rainha, ou quando estiveremna mesma slaba de l, m, n, r e uSaul, ruim, ainda, sair, saiu.ATENO:1) No se acentua o u tnico depois de um ditongo, das palavras paroxtonas.2) Ex.:baiuca feiura2) As palavras paroxtonas que trazem o i e u repetidos e em sequncia no recebem acento.E.:Xiita juunaRecebem acento ainda os verbos: pr, pde (3 pessoa do sing. do pret. Perf. Do ind. Do verbopoder), tm (3 pessoa do pl. do pres.. do ind. do verbo ter) e derivados (contm, mantmetc.) e vm (3 pessoa do pl. do pres. do ind. do verbo vir) e derivados (convm, provm,etc.)ATENO:1) Usa-se acento agudo facultativamente nas formas verbais do pretrito perfeito do indicativo,como ammos, cantmos, falmos, para distingui-la das correspondentes formas dopresente do indicativo (amamos, cantamos, falamos).2) Usa-se acento circunflexo na forma verbal dmos (1 pessoa do pl. do pres. do subj.), paradistingui-la da correspondente forma do pretrito perfeito do ind. (demos), e tambm nosubstantivo frma, para diferenci-lo de forma (), que pode ser tanto substantivo quantoverbo. A forma de plural (frmas) tambm recebe acento facultativamente.3) Sede (), substantivo e forma do verbo ser (s tu, sede vs), continua sem receber acentocircunflexo, mesmo facultativamente, ainda que haja a forma substantiva correspondentesede ()ATENO:1. No se acentuam paroxtonas terminadas nos encontros eia ou oia abertos. Ex:ideia geleia Coreia boia jiboia, Troia2. As paroxtonas terminadas em oo e em eem tambm no se acentuam. Ex:voo zoo abenoo veem deem creem

4) O trema foi abolido de todas as palavras portuguesas. S permanece nas palavras derivadas denomes prprios estrangeiros (p. ex.: Mller, mlleriano). Assim, escrevemos hoje: aguentar,linguia, sequestro, quinquenal, tranquilo, etc.) mas o u continua sendo pronunciado.5) No se acentua o u dos grupos qu e gu de verbos como obliquar, apaziguar e averiguar.Portanto, grafamos sem acento estas formas: oblique, obliquem, apazigue, apaziguem,averigue, averiguem, etc.6) J no se acentuam: pelo, pelos, pera e polo, polos (substantivos) nem coa, coas, formasverbais de coar.

Ortopia e ProsdiaA ortopia trata da pronncia correta das palavras. Quando as palavras so pronunciadas incorretamente,comete-se cacopia. comum encontrarmos erros de ortopia na linguagem popular, mais descuidada e com tendncia natural paraa simplificao.Podemos citar como erros de ortopia:- guspe em vez de cuspe.- adevogado em vez de advogado.- estrupo em vez de estupro.- cardeneta em vez de caderneta.- peneu em vez de pneu.- abbra em vez de abbora.- prostar em vez de prostrar.A prosdia trata da correta acentuao tnica das palavras. Cometer erro de prosdia transformar umapalavra paroxtona em oxtona, ou uma proparoxtona em paroxtona etc.- rbrica em vez de rubrica.- stil em vez de sutil.- cndor em vez de condor.So oxtonascateter -condor -ruim ureter- Nobel mister- novel- sutil- sutis -cartelSo paroxtonaavaro -pudico austero- juniores aziago- ltex -ciclope -recorde -filantropo rubrica- ibero- txtil tulipa gratuitofortuito- misantropoSo proparoxtonasaerlito -bvaro -nterim -arete -monlito -lvedo -trnsfuga mega-crisntemo -Nigara -znite -arqutipo -prottipo -catstrofe mprobo-crebro -pretritoPalavras que admitem dupla pronnciaacrbata/acrobata -transstor/transistor - hierglifo/hieroglifo -rptil/reptil-projtil/projetil-Ocenia/Oceania -xrox/xerox==============================================================QUESTES DE ORTOGRAFIAPOR QUE/PORQUE/PORQU/POR QULembre-se, inicialmente, de que, em final de frase, a palavra que deve ser sempre acentuada.Voc vive de qu? Ela pensa em qu?Escreve-se por que (separado): Quando equivale a pelo qual e flexes. Trata-se, aqui, da preposio por seguida do pronome relativoque. Este o caminho por que passo todos os dias. Aquele o livro por que Paulo se interessou. Quando depois dessa expresso vem escrita ou subentendida a palavra razo. Trata-se, aqui, dapreposio por seguida do pronome interrogativo que. Se ocorre no final da frase, o que deve seracentuado. Por que razo voc no compareceu? Por que ele faltou reunio?Voc no compareceu por qu? Ele faltou por qu?No sabemos por que voc no compareceu. No sabemos por que ele faltou.

Escreve-se porque (junto e sem acento) quando se trata de uma conjuno explicativa ou causal.Geralmente equivale a pois.Tirou boa nota porque estudou bastante. No compareceu porque estava doente.Escreve-se porqu (junto e com acento) quando se trata de um substantivo. Nesse caso, vem precedido deartigo ou de outra palavra determinante.Nem o governo sabe o porqu da inflao. No compreendemos o porqu da briga.ONDE/AONDEEmprega-se aonde com os verbos que do ideia de movimento*. Equivale sempre a para onde.Aonde voc vai? Aonde nos leva com tal rapidez?Naturalmente, os verbos que no do ideia de movimento emprega-se onde.Onde esto os livros? No sei onde te encontrar.* H necessidade de o verbo exigir a preposio a.MAS/MAISMas uma conjuno coordenativa adversativa. Equivale, portanto, a contudo, todavia, entretanto.Ela estudou muito, mas no conseguiu boa nota. O time terminou o campeonato sem derrota, mas no foio campeo.Mais o pronome ou advrbio de intensidade. Tem por antnimo menos.Ele leu mais livros este ano que no ano anterior. Ela era a aluna mais simptica da classe.Existe tambm a forma ms. Trata-se do plural do adjetivo m.Eram pessoas extremamente ms.

MAU/MALMau sempre um adjetivo ( sem antnimo bom); refere-se, pois a um substantivo.Escolheu um mau momento para sair. Era um mau aluno.Mal pode ser: Advrbio de modo (antnimo de bem)Ele se comportou mal.Seu argumento esta mal estruturado. Conjuno temporal (equivale a assim que).Mal chegou, saiu. Substantivo (quando precedido de artigo ou de outro determinante).O mal tem remdio.Ela foi atacada por um mal incurvel.CESSO/SESSO/SEOCesso o ato de ceder, o ato de dar.Ele fez a cesso dos seus direitos autoraisA cesso do terreno para a construo do estdio agradou a todos os torcedores.Sesso o intervalo de tempo que dura uma reunio, uma assembleia, um evento, etc.Assistimos a uma sesso de cinema.Reuniram-se em sesso extraordinria.Seo significa a mesma coisa, isto , a parte de um todo, um segmento, uma subdiviso.Lemos a notcia na seo de esportes.Compramos os presentes na seo de brinquedos.H/ A:Na indicao de tempo, emprega-se: h para o passado ( equivale a faz)H dois meses que ele no aparece.Ele chegou da Europa h um ano. a para o futuro.Daqui a dois meses ele aparecer.Ela voltar daqui a um ano.

SENO/SE NOSeno equivale a caso contrrio.Devemos entregar o trabalho no prazo, seno o contrato ser cancelado.Espero que faa bom tempo amanh, seno no poderemos ir praia.Se no equivale a se por acaso no. Estar iniciando oraes adverbiais condicionais.Se no chover amanh, poderemos ir praia.A festa ser amanh noite, se no ocorrer nenhum imprevisto.Existe tambm seno substantivo, que significa mcula, defeito. Nesse caso, vem precedido de artigo ou deoutro determinante.Essa pessoa s tem um seno.AO INVS DE/ EM VEZ DEAo invs de significa ao contrrio de.Ao invs do que previu a meteorologia,choveu muito ontem.Em vez de significa em lugar de.Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema.AO ENCONTRO / DE ENCONTROAo encontro ( rege a preposio de) significa a favor de.Aquelas atitudes vo ao encontro do que eles pregavam.De encontro (rege a preposio a ) significa contra.Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava.ACERCA DE / H CERCA DEAcerca de uma locuo prepositiva. Equivale a respeito de.Discutimos acerca de uma melhor sada para o caso.H cerca de uma expresso em que o verbo haver est indicando tempo transcorrido, equivalendo a faz.H cerca de uma semana, discutamos uma melhor sada para o caso.A FIM DE / AFIMA fim de uma locuo prepositiva que indica finalidade. Ele saiu cedo a fim de poder chegar a tempo.Afim adjetivo e significa semelhante, por afinidade. O genro um parente afim. Tratava-se de ideiasafins.DEMAIS/ DE MAISDemais advrbio de intensidade, equivale a muito. Elas falam demais.Demais tambm pode ser usado como substantivo ( vir precedido de artigo ou de outro determinante),significando os restantes.Chamaram onze jogadores para jogar, os demais ficaram no banco.De mais locuo prepositiva e possui sentido oposto a de menos.No haviam feito nada de mais.

-TOA/ TOA-toa um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e significa impensado, intil, desprezvel.Ningum lhe dava valor: era uma pessoa -toa. toa advrbio de modo e significa a esmo, sem razo, inutilmente.Andavam toa pelas ruas.DIA-A-DIA/ DIA A DIADia-a-dia um substantivo e significa cotidiano.O dia-a-dia do trabalhador extremamente montono.Dia a dia expresso adverbial e significa todos os dias, cotidianamente.Os preos das mercadorias aumentam dia a dia.TAMPOUCO/TO POUCOTampouco advrbio e significa tambm no.No realizou a tarefa, tampouco apresentou justificativa.Em to pouco, temos o advrbio de intensidade to modificando pouco, que pode ser advrbio oupronome indefinido.

Tenho to pouco entusiasmo pelo trabalho! (to modifica o pronome indefinidopouco). Estudamos to pouco nesta semana. ( to modifica o advrbio pouco.)==============================================================Homnimos e ParnimosHomnimos so vocbulos que se pronunciam ou se grafam da mesma forma, mas diferem no sentido.Parnimos so vocbulos que tm grafia e pronncia semelhantes, mas significados diferentes.Alguns homnimos e parnimos.Acerca de: a respeito deA cerca de: a uma distnciaH cerca de: faz um certo tempoCerca de: aproximadamenteAfim: semelhante, anlogoA fim de: paraAo encontro de: para junto de, favorvel /De encontro a : contra, em prejuzo deAo invs de: ao contrrio de/Em vez de: em lugar deA par: ciente Ao par: sem gio, de acordo com a conveno legal-toa: imprestvel, ordinrio/ toa: sem rumoCenso: dados estatsticos /Senso: juzo, discernimentoDelatar: denunciar,acusar/Dilatar: adiar, ampliarDescrio: ato de descrever/Discrio: modstia, recatoDescriminar: inocentar, isentar de crime/Discriminar: diferenciar, separarDespercebido: no visto, no notado/Desapercebido: desprevenido, desprovidoEminente: elevado, clebre/Iminente: imediato, prximoEmigrar: sair da ptria/Imigrar: entrar em outro pas para viverEstada: permanncia em algum lugar( usada normalmente para pessoas)Estadia permanncia do navio noportoFlagrante: evidente/Fragante: aromticoFlorescente: florido/Fluorescente: luminosoIncipiente: iniciante, principiante/Insipiente: ignorante.Infligir: aplicar pena, castigo/Infringir: transgredir.Mandado: ordem judicial/Mandato: delegao de poderRatificar: confirmar/Retificar: corrigirSustar: suspender/Suster: manter, sustentar.Tachar: censurar,atribuir defeito/Taxar: regular preo, lanar impostoA princpio: no incio, no comeo/Em princpio: antes de tudo, antes de mais nadaTo pouco:pouca quantidade ou intensidade Tampouco: tambm no, nem tambmVultoso: grande, volumoso Vultuoso: inchado ( o rosto)

COMO EVITAR ERROS ORTOGRFICOS?

Ainda que a Gramtica Histrica possa justificar o emprego de algumas letras no sistema ortogrfico, hoje, a maioria dos alunos no tem mais condies de apelar para esses conhecimentos no sentido deeliminar dvidas nessa rea. Assim, acertar ou no a forma grfica das palavras transformou-se emquesto de memorizao, no devendo, por isso mesmo, ser considerada como falha grave umapossvel troca de letras em palavras pouco usadas. Algumas normas prticas podem minorar oproblema.Escrevem-se com g: As terminaes gio, gio, gio, gio, gio, agem, igem, ugem, ege e oge.pedgio, egrgio, litgio, relgio, refgio, molecagem, fuligem, ferrugem, frege, paragoge; Em geral, depois de r: vargem, margem, virgem, urge, argila, liturgia.Escrevem-se com j:Derivados de palavras grafadas com j antes de o / a:gorjeta (gorja);a terminao aje: ultraje, laje; as formas dos verbos em jar: viajei, arejou, marejava.Escrevem-se com x: normalmente depois de ditongo: seixo, feixe, deixar.Escrevem-se com s: nomes ligados a verbos com o radical do infinitivo em -corr-, -nd-, -pel-, -rg-, -rt-:percurso (percorrer), defesa (defender), impulso (impelir), imerso (imergir), converso(converter); adjetivos com o sufixo -oso e -osa: perigoso, harmoniosa; vocbulos que indicam naturalidade, procedncia, ttulo nobilirquico e as formas femininascorrespondentes: burgus, marqus, francs, burguesa, marquesa, francesa: vocbulos formados com os prefixos trans-, tras-, tres-: transeunte, traspassar, tresandar; depois de ditongo: nusea, pausa, coisa, pouso, deusa; verbos em -isar, derivados de vocbulos cujo radical termina em s: pesquisar (pesquisa),analisar (anlise); verbos derivados de vocbulos que terminam em s: bisar (bis); verbos em -usar:abusar, acusar, recusar; as formas verbais de pr e querer: pus, quisesse.Escrevem-se com z: verbos terminados em -zer e -zir: fazer, produzir, reluzir: vocbulos derivados terminados em -zada, -zal, -zarro, -zeiro, -zinho, -zito: anguzada,cafezal, canzarro, juazeiro, cozinho, mozita; verbos em -izar derivados de vocbulos que no tm s no final: democratizar (democracia),exorcizar (exorcismo); verbos derivados de vocbulos que terminam em z: cruzar (cruz); substantivos derivados de adjetivos: beleza (belo), moleza (mole), grandeza (grande).Escrevem-se com : substantivos e verbos ligados a nomes terminados em -to: iseno (isento); substantivos cognatos de verbos em -ter: conteno (conter), reteno (reter); vocbulos terminados em -au: Iguau.Escrevem-se com ss: substantivos ligados a verbos com o radical do infinitivo em -ced-, -gred-, -prim- e - met-:processo (proceder), agresso (agredir), impresso (imprimir), promessa (prometer); substantivos cujos verbos cognatos terminam em -tir: permisso (permitir), omisso (omitir).

Escrevem-se com c: vocbulos formados com o sufixo -ecer e derivados: agradecer, agradecimento, receber,recebimento.Escrevem-se com e: verbos no infinitivo em -oar e uar so grafados com e: abenoe, acentue, voe ;perdoe; atue;continue; efetue.Com i, os verbos no infinitivo em air, oer e uir: cai, sai, di, ri, influi, possui, etc. substantivos e adjetivos relacionados com substantivos terminados em -eia: baleeiro (baleia); ditongos nasais: me, pes, capites, alemes.Escrevem-se com i: a terceira pessoa singular do presente do indicativo dos verbos em -uir: possui; as formas rizotnicas dos verbos em -ear: passeio, freio (mas freamos, freada, passeemos).O fonema/ s/(s, c, ,sc,ss ou x)a)- Correlao nd>ns me substantivos formados a partir de verbos:ascender= ascenso; expandir = expanso; distender = distensosuspender= suspenso ; pretender = pretenso.b) Correlao ced> cess em nomes formados a partir de verbos:ceder = cesso /conceder = concesso / exceder= excessivo / acender = acessoObserve que exceo (latim exceptione) nada tem a ver com exceder (latim excedere)C) Correlao ter > teno em nomes formados a partir de verbos:abster = absteno / ater = ateno/ conter = conteno / deter = detenoreter = reteno===============================================================

MORFOLOGIAESTRUTURA DAS PALAVRASMORFOLOGIA: a parte da Gramtica que estuda a estrutura, a formao e os mecanismos deflexo das palavras.MORFEMAS: so unidades mnimas de significao que se agrupam para formar palavras. Naspalavras seguintes, indicam-se os morfemas presentes: govern-o, govern-a, des-govern-o, des-govern-ado,govern-a-dor, in-govern--vel.CLASSIFICAO DOS MORFEMAS:RAIZ: o elemento originrio e irredutvel em que se concentra a significao das paplavras,consideradas do ngulo histrico. Geralmente monossilbica, a raiz encerra sentido lato e geral, comum spalavras da mesma famlia etimolgica.Assim, a raiz noc[latim nocecere= prejudicar] tem a significao geral de causar dano, e a ela seprendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, incuo, etc.Observao: o estudo das razes foge finalidade da gramtica normativa, s interessa gramticahistrica, ou mais precisamente etimologia. Numa anlise morfolgica elementar das palavrasportuguesas, como no curso mdio, deve-se preterir a raiz e partir do radical.RADICAL: elemento mrfico que funciona como base do significado. O radical o elemento comuma palavras da mesma famlia.Ferr o pedr aFerr eiro pedr eiroFerr agem pedr inharadical radicalAs palavras que provm do mesmo radical so chamadas cognatas (ou famlias etmolgicas):agrrio, agricultor, agrcola; lcteo, leiteira, laticnio, ; natal, nativo, nascituro, renascer.

AFIXOS: So morfemas capazes de modificar o significado do radical a que so anexados, formandopalavras novas. Subdividem-se em:a) PREFIXOS: so colocados antes do radical. ( des- governo).b) SUFIXOS: so colocados depois do radical. ( govern-ante).DESINNCIAS: so morfemas que indicam as flexes das palavras variveis. Subdividem-se em:a) DESINNCIAS NOMINAIS: indicam flexes de nmero e gnero dos nomes (governo-s, governador-a)b) DESINNCIAS VERBAIS: indicam as flexes de tempo/ modo e nmero/ pessoa dos verbos (govern-vamos,govern-sse-mos).VOGAL TEMTICA: o morfema que serve de elemento de ligao entre o radical e as desinncias.Indica a conjugao a que pertencem os verbos:a) primeira conjugao: govern-a-rb) segunda conjugao: vend-e-rc) terceira conjugao: part-i-rOBS: 1) O conjunto RADICAL + VOGAL TEMTICA recebe o nome de TEMA.2) a , -e, -o, quando tonos finais, como em mesa, base, livro, so vogais temticas nominais.Nesses casos, no se pode pensar que essas terminaes so desinncias de gnero, pois tais palavras nosofrem flexo de gnero. a essas vogais temticas que se liga a desinncia indicadora de plural: carro-s,mesa-s, dente-s.VOGAL OU CONSOANTE DE LIGAO: o morfema de origem eufnica, ou seja, facilita a pronncia dedeterminadas palavras ( no tem significado). Ex: caf-t-eira, pez-inho, pau-l-ada, gas-o-metro, caf-icultura.

FORMAO DE PALAVRASI - Derivao o processo pelo qual palavras novas (derivadas) so criadas a partir de outras j existentes(primitivas).1 - Derivao prefixal: quando se agrega um prefixo a um radical.Ex.: in + feliz = infeliz2 - Derivao sufixal: quando se agrega um sufixo a um radical.Ex.: feliz + mente = felizmente3 -Derivao por prefixao e sufixao: quando se agregam um prefixo e um sufixo a um radical.Ex.: in + feliz + mente = infelizmente4 Derivao parassinttica: quando se agregam simultaneamente um prefixo e um sufixo a um radical,de tal forma que a palavra no existe s com o prefixo ou s com o sufixo.Ex.: a + noit + ecer = anoitecer5-Derivao regressiva: ocorre quando se retiram morfemas de uma palavra primitiva, obtendo por essareduo uma palavra derivada. o que ocorre em casos como buscar>busca, ajudar>ajuda,combater>combate, chorar>choro, atacar>ataque, etc. Nesses casos, formam-se nomes de aes a partirde verbos. So sempre nomes abstratos e terminam em a, e, o.Se o substantivo denota ao, ser palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas se o nome denotaalgum objeto ou substncia, se verificar o contrrio. Assim: combate, caa, pesca so, respectivamente,derivados de combater, caas e pescar. Mas planta, ncora e telefone so palavras primitivas que doorigem, respectivamente, aos verbos plantar, ancorar e telefonar.

6 Derivao imprpria: consiste na mudana de classe gramatical da palavra sem que sua forma sejaalterada.

Ex.: Os maus pagaro pelos seus erros. / Todos buscam o saber das coisas.adjetivo substantivadoverbo substantivado

um homem criana. Ele falou claro. substantivo adjetivado adjetivo adverbializado

Palavras cognatas: mesmo radical. Ex.: ferro, ferreiro, ferrugem, ferroso.II - Composio o processo pelo qual a formao de palavras se d pela unio de dois ou mais radicais.1 - Justaposio: quando no h alterao fontica nos radicais. Ex.: pontap, passatempo2 - Aglutinao: quando h alterao fontica nos radicais. Ex.: plano + alto = planalto; vinho + acre =vinagreIII _ Outros processos:1 -Onomatopeia: a palavra que procura imitar certas vozes ou rudos.Ex.: tique-taque, plaft!, pingue-pongue, toc-toc; verbos que indicam sons de animais: mugir, cricrilar,coaxar,etc.2 Abreviao vocabular ou Reduo: a forma reduzida que algumas palavras apresentam. Ex.: auto(automvel), cine (cinema), quilo (quilograma), moto (motocicleta), metr (trem metropolitano), refri(refrigerante), pneu (pneumtico), txi (taxmetro), futsal (futebol de salo),etc.3 - Siglagem: formao de siglas a partir das letras (ou slabas) iniciais de nomes extensos.Ex.: CBF (Confederao Brasileira de futebol); CLT (Consolidao das Leis de Trabalho); FGTS (Fundo deGarantia por Tempo de Servio); PIB (produto interno bruto); PT (Partido dos Trabalhadores), etcH siglas incorporadas de outras lnguas, sobretudo do ingls: AIDS (ADquired Immunological DeficiencySyndrome), Laser (light amplification by stimulated emission of radiation); radar (radio detection andranging); jipe (de GP, General Purpose), etc.A siglagem um processo produtivo na lngua; muitas vezes, de siglas originam-se novas palavras:petista, mobralizao do ensino, campanha pr-FGTS, etc. (Veja mais siglas na parte de Redao Oficial).4 - Hibridismo: a formao de palavras com elementos de lnguas diferentes.Ex.: automvel auto (grego) + mvel (latim)televiso tele (grego) + viso (latim)alcometro lcool (rabe) + metro (grego)

CLASSES DE PALAVRAS1- Substantivo2- Artigo3- Adjetivo (e locuo adjetiva)4- Numeral5- Pronome6- Verbo7- Advrbio (e locuo adverbial)8- Preposio (e locuo prepositiva)9- Conjuno ( e locuo prepositiva)10-Interjeio (e locuo interjetiva)

PALAVRAS E LOCUOES DENOTATIVASDe acordo com a NGB (Norma Gramatical Brasileira) sero classificadas parte certas palavras e locues(outrora consideradas advrbios) que no se enquadrem em nenhuma das 10 classes gramaticaisconhecidas. Tais palavras e locues so chamadas DENOTATIVAS.Denotar = significar, simbolizar, exprimir, fazer notar, manifestar.As palavras DENOTATIVAS exprimem algo, fazem notar algo.As palavras DENOTATIVAS exprimem afetividade, designao, excluso, incluso, limitao, realce,retificao, explanao, situao.

1. adio - ainda, alm disso, alm de tudo etc. (Comeu tudo e aindaqueria mais)2. afastamento - embora (Foi embora daqui)3. afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano)4. aproximao - quase, l por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. ( quase 1h a p)5. designao - eis (Eis nosso carro novo)6. excluso - apesar, somente, s, salvo, unicamente, exclusive, exceto, seno, sequer,apenas etc. (Todos saram, menos ela / No me descontou sequer um real)7. explicao - isto , por exemplo, a saber etc. (Li vrios livros, a saber, os clssicos)8. incluso - at, ainda, alm disso, tambm, inclusive etc. (Eu tambm vou / Falta tudo, atgua)9. limitao - s, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / S ele veio festa)10.realce - que, c, l, no, mas, porque etc. (E voc l sabe essa questo?)11.retificao - alis, isto , ou melhor, ou antes etc. (Somos trs, ou melhor, quatro)12.situao - ento, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?)SUBSTANTIVOSubstantivo tudo o que nomeia as coisas em geral.Substantivo tudo o que pode ser visto, pego ou sentido.Qualquer palavra precedida de artigo substantivo.Classificao e Formao dos SubstantivosClassificao dos substantivos01)Substantivo comum: substantivo comum aquele que designa os seres de uma espcie de formagenrica. substantivo que no prprio. Por exemplo pedra, computador, cachorro, homem, caderno.02) Substantivo Prprio: substantivo prprio aquele que designa um ser especfico, determinado,individualizando-o. Por exemplo: Mxi, Londrina, Luana, Natlia, Ester. O substantivo prprio sempre deveser escrito com letra maiscula.03) Substantivo Concreto: substantivo concreto aquele que designa seres que existem por si ss ouapresentam-se em nossa imaginao como se existissem por si. o substantivo que no abstrato. Temexistncia independente.Por exemplo: ar, som, computador, pedra, Ester.04) Substantivo Abstrato: substantivo abstrato aquele que designa prtica de aes verbais,existncia de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo, sada (prtica de sair), beleza(existncia do belo), saudade (sentimento humano). Depende de um concreto para existir.Formao dos substantivosOs substantivos, quanto sua formao, podem ser:01) Substantivo Primitivo: primitivo o substantivo que no se origina de outra palavra existente nalngua portuguesa. Por exemplo: pedra, jornal, gato, homem.02) Substantivo Derivado: derivado o substantivo que provm de outra palavra da lngua portuguesa.Por exemplo: pedreiro, jornalista, gatarro, homnculo.03) Substantivo Simples: simples o substantivo formado por um nico radical. Por exemplo: pedra,pedreiro, jornal, jornalista.04) Substantivo Composto: composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por exemplopedra-sabo, homem-r, passatempo.05) Substantivo Coletivo: coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espcie.Gneros masculino e femininoOs substantivos, quanto ao gnero, so masculinos ou femininos. Quanto s formas, eles podem ser:01) Substantivos Biformes: substantivos biformes so os que apresentam duas formas, uma para omasculino, outra para o feminino, com apenas um radical.Ex. menino - menina traidor - traidora aluno aluna02) Substantivos Heternimos: substantivos heternimos so os que apresentam duas formas, uma parao masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.Ex. homem mulher. bode cabra. Boi vaca03) Substantivos Uniformes: substantivos uniformes so os que apresentam apenas uma forma paraambos os gneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que so os seguintes:Comum-de-dois-gneros: os comuns-de-dois so os que tm uma forma para ambos os gneros, comartigos distintos: Eis alguns exemplos:o/a estudante - o/a imigrante - o/a acrobata-o/a agente - o/a intrprete - o/a lojistao/a patriota o/a mrtirSobrecomum: os sobrecomuns so os que tm uma s forma para ambos os gneros, sem mudana deartigo.o cnjuge- a criana o carrasco- o indivduo - o apstolo- o monstro a pessoa - a testemunhaEpiceno: Os epicenos so os que tm uma s forma e um s artigo para ambos os gneros de certosanimais, e a eles so acrescentadas, as palavras macho e fmea, para se distinguir o sexo do animal. Eisalguns exemplos:a girafa - a andorinha -a guia - a barata - a cobra- o jacarGnero vacilanteExistem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao gnero. Estude, ento, com muita atenoestas listas:So masculinos:o acar o af- o gape- o alvar- o amlgama -o antemaSo femininos:a abuso- a acne- a agravante- a aguarrs - a alface - a apendicite - a aguardente- a alcunhaa aluvio- a bacanalMudana de gnero com mudana de significadoAlguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam tambm de significado. Eis alguns deles: O caixa = o funcionrio/ a caixa= o objeto O capital = dinheiro/ a capital = sede do governo O coma = sono mrbido/ a coma= cabeleira, juba O grama= medida de massa/ a grama= a relva, o capimPlural dos substantivosNa pluralizao de um substantivo simples, h de se analisar a terminao dele, a fim de acrescentar adesinncia nominal de nmero. Vejamos, ento, as possveis terminaes de um substantivo na LnguaPortuguesa e sua respectiva pluralizao:01) Substantivos terminados em Vogal:Acrescenta-se a desinncia nominal de nmero S.Ex. saci = sacis02) Substantivos terminados em o:Fazem o plural em es:Ex. gavio = gaviesFazem o plural em es:Ex.escrivo = escrivesFazem o plural em os:Ex. Arteso = artesosTodas as paroxtonas terminadas em os. Por exemplo: bnos, stos, rgos.

Admitem mais de uma forma para o plural:Aldeo = aldees, aldees, aldeos; Ancio = ancies, ancies, ancios; Ermito= ermites,ermites,ermitos; Pio = pies, pies, pios; Vilo= viles, viles, vilos; Alcoro = alcores, alcores;Charlato = charlates, charlates; Cirurgio= cirurgies, cirurgies; Faiso = faises, faises; Guardio =guardies, guardies; Peo = pees, pees; Ano = anes, anos; Corrimo = corrimes, corrimos; Vero= veres, veros; Vulco = vulces, vulcos, vulces.

03) substantivos terminados em L:A) Terminados em al, -el, -ol ou ul:Troca-se o L por IS: EX. vogal = vogaisanimal = animaisCuidado: mal = males; cal= cais ou calesB) Terminados em il:B1) palavras oxtonas:Troca-se a terminao L por S: Ex.:cantil = cantis; canil = canis; barril = barrisB2) palavras paroxtonas ou proparoxtonas:Troca-se a terminao IL por EIS: Ex.fssil = fsseisCuidado: projetil ( oxtona) = projetis ;projtil ( paroxtona) = projteisreptil ( oxtona) = reptis; rptil ( paroxtona) rpteis04) Substantivos terminados em M:Troca-se o M por NS:Ex.item = itens; nuvem = nuvens; lbum = lbuns.05) Substantivos terminados em N:Soma-se S ou ESEx.hfen = hifens ou hfenes06) Substantivos terminados em R ou Z:Acrescenta-se ES:Ex.carcter ou carter = caracteres; snior = seniores; jnior = juniores.07) Substantivos terminados em X:Ficam invariveis.Ex. o trax = os trax; a fnix = as fnix.08) Substantivos terminados em S:A) palavras monosslabas ou oxtonas:Acrescenta-se o ES.Ex. s= ases; deus = deuses.B)palavras paroxtonas ou proparoxtonas:Ficam invariveis.Ex. os lpis; os tnis; os Atlas.Cuidado: cais invarivel.09) Substantivos s usados no plural:as costas ( parte do corpo); os culos ; os parabns ;as frias ( descanso); as olheiras;as hemorroidas; as npcias; os arredores; as algemas10) Substantivos terminados em ZINHO:Ignora-se a terminao zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau normal, ignora-se o s do plural,devolve-se o zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final.Por exemplo pozinho: ignora-se o zinho (po); coloca-se no plural o substantivo no grau normal (pes);ignora-se o s (pe); devolve-se o zinho (pezinho); acrescenta-se o s (pezinhos).Ex. mulherzinha = mulher mulheres- mulhere mulherzinha- mulherezinhas.alemozinho = alemo alemes aleme alemezinho alemezinhos.barzinho = bar bares bare- barezinho barezinhosAs formas mulherzinhas, barzinhos, entre outras, so abonadas por alguns gramticos, devido ao usoconstante no portugus contemporneo.11) Substantivos terminados em INHO, sem Z:Acrescenta-se S.Ex.lapisinho = lapisinhos; patinho = patinhos; chinesinho = chinesinhosPlural dos substantivos compostosPara pluralizar um substantivo composto, os elementos que o formam devem ser analisadosindividualmente. Por exemplo, o substantivo composto couve-flor formado por dois substantivospluralizveis, portanto seu plural ser couves-flores; j o substantivo composto beija-flor composto porum verbo, que invarivel, quanto pluralizao, e um substantivo pluralizvel, portanto seu plural serbeija-flores. Estudemos, ento, os elementos que formam um substantivo composto e sua respectivapluralizao.

1) Verbo + VerboA) Se os verbos forem iguais, alguns gramticos admitem ambos no plural, outros, somente o ltimo. (amaioria).Ex. Corre-corre = corres-corres ou corre-corresPisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscasLambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambesB) Se os verbos possurem significao oposta, ficam invariveis.Ex. O leva-e-traz = os leva-e-traz.O ganha-perde = os ganha-perde2) Palavras Repetidas ou Onomatopias:Quando o substantivo for formado por palavras repetidas ou for uma onomatopia, somente o ltimo irpara o plural.Ex.Tico-tico = tico-ticos Tique-taque = tique-taques.Lero-lero =lero-leros Pingue-pongue = pingue- ponguesSubstantivos que admitem mais de um pluralFruta-po = frutas-pes, fruta-pes, frutas-po,Guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhasPadre-nosso = padres-nossos, padre-nossos.Terra-nova = terras-novas, terra- novas.Salvo-conduto =salvos-condutos, salvo-condutos.Xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates.Ch-mate = chs-mates, chs-mate.==============================================================Graus do substantivoA flexo de grau indica a variao no tamanho das coisas expressas pelos substantivos.*aumentativo analtico: formado com o emprego do adjetivo grande ou um sinnimo dele.Compostos Regra ExemplosPor aglutinaosem hfenacrescenta s no final, comosubstantivo simplesaguardentes, passatempos,malmequeresPor justaposioElementos ligados por hfen:substantivo + substantivosubstantivo + adjetivoadjetivo + substantivoambos os elementos vo para opluralcouves-flores, amores-perfeitos,altos-fornosElementos ligados por hfen:verbo ou palavra invarivel +substantivo ou adjetivos o segundo elemento vai para opluralguarda-sis, pisa-papis, contra-ataquesElementos ligados por hfen:substantivo + preposio +substantivosubstantivo + substantivo comvalor de determinante especficos o primeiro elemento vai para o plural.guas-de-colnia, navios-escola,palavras-chaveEx: casa grande; mulher enorme; navio gigantesco*aumentativo sinttico: formado com o emprego de sufixos aumentativos.Ex: casaro; bocarra; bicicletona*diminutivo analtico: formado com o emprego do adjetivo pequeno ou sinnimo dele.Ex: casa pequena; lago pequenino; carro minsculo*diminutivo sinttico: formado com o emprego de sufixos diminutivos.Ex: casinha; casebre; chuvisco; maletaADJETIVOAdjetivo a palavra que acompanha o substantivo expressando suas qualidadesou caractersticas.Exemplo: Um belo pssaro foi visto cruzando o imenso cu azul.adjet. subst adjet. subst. adjet.Adjetivos Ptrios: Indicam nacionalidade:Estados Unidos estadunidense, norte-americano Acre acreanoSomlia somali Bahia baianoBelm (do Par) belenense Natal natalense ou papa-jerimumJoo Pessoa pessoense So Paulo paulistano (capital)Ribeiro Preto ribeiropretense So Paulo paulista ( Estado)Salvador soteropolitano Buenos Aires buenairense, portenhoBraslia brasiliense Egito egpcioLisboa lisboeta, lisboense Moscou moscovitaMadrimadrilenho,madrilense, madrileno Pequim pequinsRio de Janeiro fluminense (Estado) Etipia etopeRio de Janeiro carioca ( cidade) Grcia grego, helnico- Alguns adjetivos ptrios compostos apresentam o primeiro elemento reduzido e invarivel:afro (=africano), anglo (=ingls), austro (=austraco) , euro (=europeu), franco (=francs) , grego(=greco), hispano (=espanhol), ibero (=ibrico), talo (=italiano), luso (=portugus), nipo (=japons), sino(=chins), teuto (=alemo).Ex. civilizao ibero-americano, Imprio austro-hngaro, acordo nipo-chins, descendentes teuto-brasileiros,literatura hispano-americana, tratado talo-francs, etc.Flexes do Adjetivo: as flexes de gnero e nmero do adjetivo simples so idnticas s do substantivoNmero do adjetivo:Os adjetivos simples fazem o plural de forma elementar. Ex. ateu, ateus; bom, bons; corts, corteses, etc.1- Os adjetivos compostos fazem o plural com a variao apenas do ltimo elemento.Ex.: cabelos castanho-escuros;polticos socialdemocratas;olhos verde-claros;tons amarelo-esverdeados.2- Compostos indicadores de cor no variam quando um dos elementos um substantivo.Ex.: cabelos amarelo-ouro ; vestidos cor-de-rosa.s vezes aparece apenas o substantivo: cabelos ouro; vestidos rosa.Observao: surdo-mudo = surdos- mudos; surda-muda= surdas mudasAzul-marinho; azul celeste; furta-cor e sem-sal ficam invariveis.Camisas azul-marinho; blusas azul-celeste; gravatas furta-cor; estrias sem-sal.Flexo de GrauO adjetivo pode apresentar-se no grau comparativo, quando a qualidadeque ele expressa est emcomparao com a de outros seres, e o grau superlativo, quando a qualidadeexpressa pelo adjetivo apresenta-se em grau elevado.a - Comparativo:Superioridade: A qualidade expressa pelo adjetivo aparece mais intensificada no primeiro elemento darelao de comparao. O comparativo de superioridade apresenta-se, geralmente, da seguinte maneira:Mais + adjetivo +(do) queEx.:Ana mais feliz que Rui.Igualdade: A qualidade expressa pelo adjetivo aparece com a mesma intensidade nos elementos que secomparam. O comparativo de igualdade apresenta-se, geralmente, da seguinte maneira:To + adjetivo + quanto (ou como)Ex.:Ana to feliz quanto Rui.Inferioridade: A qualidade expressa pelo adjetivo aparece menos intensificada no primeiro elemento darelao de comparao. O comparativo de inferioridade apresenta-se geralmente, da seguinte maneira:Menos + adjetivo + (do) queEx.: Ana menos feliz que Rui.Superlativos absolutos sintticos eruditosalto supremo cruel crudelssimo livre librrimogil aglimo doce- dulcssimo magro- macrrimoamargo- amarssimo dcil doclimo msero- misrrimoantigo antiqussimo fiel- fidelssimo negro nigrrimospero asprrimo frgil fraglimo pobre pauprrimobaixo nfimo frio frigidssimo prdigo prodigalssimobenfico- beneficentssimo geral generalssimo soberbo superbssimoclebre celebrrimo humilde humlimo terrvel terribilssimocomum comunssimo incrvel incredibilssimo srio serissimoinimigo inimicssimo ntegro integrrimo sagrado sacratssimomeritssimo = de grande no possui a forma normalLocuo adjetivaAs expresses de valor adjetivo, formadas de preposies mais substantivos chamam-se locuesadjetivas. Geralmente podem ser substitudas por adjetivo correspondente.Ex: de costas dorsal ou costal /de manh matinal ou matutino, crstico/de intestino celaco, entrico , intestinal de cabracaprdeo, caprino, capru/de fgadofigadal, heptico /de garganta gutural==============================================================PRONOME ARTIGO - NUMERALPronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa, que substitui ou acompanha o nome,indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome substituir um substantivo, ser denominado.pronome substantivo; quando acompanhar um substantivo, ser denominado pronome adjetivo. Porexemplo, na frase Aqueles garotos estudam bastante, eles sero aprovados com louvor. Aqueles umpronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos, e eles um pronome substantivo, poissubstitui o mesmo substantivo.Pronomes PessoaisOs pronomes pessoais so aqueles que indicam uma das trs pessoas do discurso: a pessoa que fala, apessoa com quem se fala e a pessoa de quem se fala.Pronomes pessoais do caso reto

Pronomes pessoais do caso reto so os que desempenham a funo sinttica de sujeito da orao. So ospronomes eu, tu, ele, ela, ns, vs, eles, elas.Pronomes pessoais do caso oblquoSo os que desempenham a funo sinttica de complemento verbal (objeto direto ou indireto),complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo(sujeito de orao reduzida)Os pronomes pessoais do caso oblquo se subdividem em dois tipos: os tonos, que no so antecedidospor preposio, e os tnicos, precedidos por preposio.Pronomes oblquos tonos:Os pronomes oblquos tonos so os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes,lo, la, no, na, nas.Pronomes oblquos tnicos:Pronomes oblquos tnicos so os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, ns,conosco,vs,convosco, eles,elas.PronomespessoaisOs pronomes o, a os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, ou -z, assumem asformas lo, la, los, las, ocorrendo o desaparecimento de tais consoantes nos verbos.Exemplos: Querem mat-lo.Ajudemo-la.F-los entrar.Associados a verbos terminados em -am, -em -o, -e, tais pronomes adquirem as formas no, na, nos, nas.Exemplos: Trazem-no.Ajudavam-na.Pe-no aqui.No necessrio comprar os convites. Os diretores do-nos a todos de graa.

Uso dos pronomes pessoais1- Os pronomes do caso reto no funcionam como objeto.Ex.: Vou p-lo a par do assunto.Precedido de todo e s, o pronome (ele, ela, eles, elas) pode ocorrer como objeto. Ex.: Recomendei s ele /Convocaram todas elas.Pronomes de Tratamento.So pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente. Embora opronome de tratamento se dirija segunda pessoa, toda a concordncia deve ser feita com a terceirapessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa, ao setratar, evidentemente, de pronome de tratamento.Ex.Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades.NmeroPessoaCaso retoFuno de sujeito,predicativo dosujeito, vocativoCaso oblquo funode complementoverbaltonosCaso oblquo funode complementoverbaltnicos.1 Eu Me Mim2 Tu Te TiSingular3 Ele/ela Se, lhe, o a Si (ele, ela)1 Ns Nos (ns)2 Vs Vos (vs)Plural3 Eles/elas Se, os, a Obs.: Com + mim s lhes Si (eles/elas)Com + mim = comigoCom + ti= contigoCom + si = consigoCom + ns = conoscoCom + vs= convosco

Sua Excelncia, o Prefeito, que se encontra ausente, chegar amanh.Eis uma pequena lista de pronomes de tratamento:

Pronome detratamentoAbreviatura Usado paraVossa Excelncia V. Ex.Desembargador de Justia, curador, PromotorMeritssimo Juiz M. JuizJuzes de Direito

Vossa Senhoria V.S. Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais.MilitaresPronome detratamentoAbreviatura Usado paraVossa Excelncia V. Ex.Oficiais generais (at coronis)

Vossa Senhoria V.S. Outras patentes militaresDiretores de Autarquias Fed, Estaduais eMunicipais.

AUTORIDADES ECLESISTICASPronome detratamentoAbreviatura Usado paraVossa Santidade..............................V.S .........................PapaVossa Eminncia reverendssima......V. Em. Revma.........(Cardeais, arcebispos e bispos

Vossa SenhoriaV.S. Abades, superiores de conventos, outrasautoridades eclesisticas e sacerdotes emGeral)

AUTORIDADES MONRQUICASPronome detratamentoAbreviatura Usado paraVossa Majestade...................V.M............................Reis e imperadoresVossa Alteza...........................V.A............................Prncipe,Arquiduques e DuquesVossa Reverendssima...........V. Rev.....................(Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesisticase sacerdotes em geral.)

OUTRAS AUTORIDADESPronome de tratamento Abreviaturausado paraVossa Excelncia V. Ex.Presidente da Repblica,Ministrode estado deputados Federais eEstaduais, Prefeitos,Embaixadores,Vereadores, Cnsules,Chefes das Casascivis e CasasMilitares.

Vossa Magnificncia V. M. Reitores de UniversidadeVossa Senhoria V.S. Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais.

O Pronome Relativo QueEste pronome deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando suarepetio. Na montagem do perodo, deve-se coloc-lo imediatamente aps o substantivo repetido, quepassar a ser chamado de elemento antecedente.Por exemplo, nas oraes Roubaram a pea. A pea era rara no Brasil h o substantivo pea repetido.Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetio de pea. O pronome ser colocado aps osubstantivo. Ento teremos Roubaram a pea que... . Este que est no lugar da palavra pea da outraorao. Deve-se, agora, terminar a outra orao: ...era rara no Brasil, ficando:Roubaram a pea que era rara no Brasil.Pode-se, tambm, iniciar o perodo pela outra orao, colocando o pronome aps o substantivo. Ento, temseA pea que... Este que est no lugar da palavra pea da outra orao. Deve-se, agora, terminar a outraorao: ...roubaram, ficando A pea que roubaram... . Finalmente, conclui-se a orao que se haviainiciado: ...era rara no Brasil, ficando:A pea que roubaram era rara no Brasil.Outros exemplos:01) Encontrei o garoto. Voc estava procurando o garoto. Substantivo repetido = garoto Colocao do pronome aps o substantivo = Encontrei o garoto que... Restante da outra orao = ... voc estava procurando Juno de tudo = encontrei o garoto que voc estava procurando.O Pronome Relativo CujoEste pronome indica posse (algo de algum).Na montagem do perodo, deve-se coloc-lo entre o possuidor e o possudo ( algum cujo algo), de formaque o pronome concorde em gnero e nmero com o termo seguinte.Por exemplo: nas oraes Antipatizei com o rapaz. Voc conhece a namorada do rapaz. O substantivorepetido rapaz possui namorada. Deveremos, ento, usar o pronome relativo cujo, que ser colocado entreo possuidor e o possudo: Algo de algum = Algum cujo algo. Ento, Tem-se a namorada do rapaz =o rapaz cuja namorada. No se pode usar artigo ( o, a, os, as) depois de cujo. Eles dever contrair-secom o pronome, ficando: cujo + o= cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as cujas. Ento afrase ficar o rapaz cuja namorada. Somando as duas oraes, tem-se:Antipatizei com o rapaz cuja namorada voc conhece.Outros exemplos:01) A rvore foi derrubada. Os frutos da rvore so venenosos. Substantivo repetido = rvore substantivo repetido possui algo Algo de algum = Algum cujo algo: os frutos da rvore= a rvore cujos frutos. Somando asduas oraes, tem-se A rvore cujos frutos so venenosos foi derrubada.O Pronome Relativo Quem

Esse pronome substitui um substantivo que representa uma pessoa, que evita suarepetio. Somente deve ser utilizado antecedido de preposio, inclusive quando funcionar como objetodireto. Nesse caso, haver a anteposio obrigatria da preposio. O pronome passar a exercer a funosinttica de objeto direto preposicionado. Por exemplo na orao:A garota que conheci est em minha sala: o pronome que funciona como objeto direto. Substituindo pelopronome quem, tem-seA garota a quem conheci ontem est em minha sala.H apenas uma possibilidade de o pronome quem no ser precedido de preposio: quando funcionar comosujeito. Isso s ocorrer, quando possuir o mesmo valor de o que, a que, os que, as que, aquele que,aquela que, aqueles que, aquelas que, ou seja, quando puder ser substitudo por pronomedemonstrativo (o, a, os , as, aquele, aquela, aqueles, aquelas) mais o pronome relativo que, Porexemplo: Foi ele quem me disse a verdade= Foi ele o que me disse a verdade. Nesses casos opronome quem ser denominado de Pronome Relativo Indefinido.Na montagem do perodo, deve-se colocar o pronome relativo quem imediatamente aps o substantivorepetido, que passar a ser chamado de elemento antecedente.Por exemplo: na oraes Este o artista. Eu me referi ao artista ontem. H o substantivo artistarepetido. Pode-se usar o pronome relativo quem e , assim, evitar a repetio de artista. O pronome sercolocado aps o substantivo. Ento, tem-se Este o artista quem... Este quem est no lugar da palavraartista da outra orao. Deve-se, agora, terminar a outra orao: ...eu me referi ontem, ficando Este oartista quem me referi ontem. Como o verbo referir-se exige a preposio a, ela ser colocada antes dopronome relativo. Ento tem-seEste o artista a quem me referi ontem.O Pronome Relativo QualEsse pronome tem o mesmo valor de que e de quem. sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, osquais, as quais.Se a preposio que anteceder o pronome relativo possuir duas ou mais slabas, s poderemos usar opronome qual, e no que ou quem. Ento s se pode dizer O juiz perante o qual testemunhei. Osassuntos sobre os quais conversamos, e no O juiz perante quem testemunhei nem Os assuntos sobreque conversamos.Outro exemplo:Meu irmo comprou o restaurante. Eu falei a voc sobre o restaurante. Substantivo repetido = restaurante Colocao do pronome aps o substantivo = Meu irmo comprou o restaurante que... Restante da outra orao = ... eu falei a voc Juno de tudo = Meu irmo comprou o restaurante que eu falei a voc. Observe que o verbofalar, na orao apresentada, foi usado com a preposio sobre, que dever ser anteposta aopronome relativo: Meu irmo comprou o restaurante sobre que falei a voc. Como apreposio sobre possui duas slabas, no se pode usar o pronome que, e sim o qual, ficandoentoMeu irmo comprou o restaurante sobre o qual eu falei a voc.OBS: Com as preposies monossilbicas se usa que, em vez de o qual, com exceo das preposies seme sob.O Pronome Relativo OndeEste pronome tem o mesmo valor de em que.Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como Adjunto Adverbial de lugar.Se a preposio em for substituda pela preposio a ou pela preposio de, substituiremos aonde edonde, respectivamente. Por exemplo: O stio aonde fui aprazvel. A cidade donde vim fica longe.Ser pronome relativo indefinido, quando puder ser substitudo por o lugar em que. Por exemplo: na fraseEu nasci onde voc nasceu. = Eu nasci no lugar em que voc nasceu.Outro exemplo:Eu conheo a cidade. Sua sobrinha mora na cidade. Substantivo repetido -= cidade Colocao do pronome aps o substantivo = Eu conheo a cidade que... Restante da outra orao = ... sua sobrinha mora. Juno de tudo = Eu conheo a cidade que sua sobrinha mora. O verbo morar exige a preposioem, pois quem mora, mora em algum lugar. EntoEu conheo a cidade em que sua sobrinha mora.Eu conheo a cidade na qual sua sobrinha mora.Eu conheo a cidade onde sua sobrinha mora.O Pronome Relativo QuantoEsse pronome sempre antecedido de tudo, todos ou todas, e concorda com esses elementos (quanto, quantos, quantas).Exemplo:Fale tudo quanto quiser falar.Traga todos quantos quiser trazer.Beba todas quantas quiser beber.==========================================================Pronomes PossessivosSo aqueles que indicam posse, em relao s trs pessoas do discurso. So eles: meu(s), minha(s),teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s) vosso(s), vossa(s).Empregos dos pronomes possessivos:01) O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo sentido frase (ambiguidade) . Para evitar isso, coloca-se frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se opossessivo por esses elementos.Ex. Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos. De quem eram osdocumentos? No h como saber. Ento a frase est ambgua. Para tirar a ambiguidade, colocase,aps o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos: se for Joaquim: Joaquimcontou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se, ainda, eliminar o pronomepossessivo: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com os documentos dele (ou dela).02) facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.Ex. Trate bem seus amigos. Ou Trate bem os seus amigos.03) No se devem usar pronomes possessivos diante de partes do prprio corpo.Ex Amanh, irei cortar os cabelos. Vou lavar as mos. Menino! Cuidado para no machucar os ps!04) No se devem usar pronomes possessivos diante da palavra casa, quando for a residncia da pessoaque estiver falando.Ex. Acabei de chegar de casa. Estou em casa, tranquilo.

Pronomes DemonstrativosPronomes demonstrativos so aqueles que situam os seres no tempo e no espao, em relao s pessoas dodiscurso. So os seguintes:1) Este, esta, isto:So usados para o que est prximo da pessoa que fala e para o tempo presente.Ex. Este chapu que estou usando de couro. Este ano est sendo cheio de surpresas.02) Esse, essa, isso:So usados para o que est prximo da pessoa com quem se fala, para o tempo passado recente e para ofuturo.Ex.Esse chapu que voc est usando de couro?2003. Esse ano ser envolto em mistrios.Em novembro de 2001, inauguramos a loja. At esse ms, nada sabamos sobre o comrcio.03) Aquele, aquela, aquilo:So usados para o que est distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempopassado remoto.Ex. Aquele chapu que ele est usando de couro? Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela poca, Londrina era uma cidade pequena.Outros usos dos demonstrativos:01) Em uma citao oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito, eesse, essa, isso para o que j foi dito ou escrito.Ex. Esta a verdade: existe a violncia, porque a sociedade permitiu. Existe a violncia, porque a sociedade a permitiu. A verdade essa.02) Usa-se este, esta, isto em referncia a um termo anterior, para substitu-lo.Ex. O fumo prejudicial sade, e esta deve ser preservada. Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplicavelmente.03) Para estabelecer-se a distino entre dois elementos anteriormente citados, usa-se este, esta, isto emrelao ao que foi mencionado por ltimo e aquele, aquela, aquilo, em relao ao que foi nomeado emprimeiro lugar.Ex. Sabemos que a relao entre o Brasil e os Estados Unidos de domnio destes sobre aquele. Os filmes brasileiros no so to respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.(normalmente, os gramticos recomendam o uso de este em primeiro lugar)04) O, a, os, as, so pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s),aquela(s).Ex. No concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) Tudo o que aconteceu foi um equvoco. (aquilo que aconteceu)Pronomes indefinidos

Os pronomes indefinidos referem-se terceira pessoa do discurso de uma maneiravaga, imprecisa, genrica.So eles: algum, ningum, tudo, nada, algo, cada, outrem, mais, menos, demais, algum, alguns,alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas , todo, todos, toda , todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer, alm das locues pronominais indefinidas cada um, cada qual, quem quer que, todoaquele que, tudo o mais...Usos de alguns pronomes indefinidos01) TodoO pronome indefinido todo deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo sua frente oexigir; caso signifique cada ou todos no ter artigo, mesmo que o substantivo exija.Ex. Todo dia telefono a ela. (Todos os dias ) Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) Todo ele ficou machucado. ( Ele inteiro, mas a palavra ele no admite artigo)02) Todos, todasOs pronomes indefinidos todos e todas devem ser usados com artigo, se o substantivo sua frente o exigir.Ex. Todos os colegas o desprezam. Todas as meninas foram festa. Todos vocs merecem respeito.03) AlgumO pronome indefinido algum tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a ter sentidonegativo, quando estiver depois do substantivo.Ex. Amigo algum o ajudou. (nenhum amigo) Algum amigo o ajudar. (algum)04) CertoA palavra certo ser pronome indefinido, quando anteceder substantivo, e ser adjetivo, quando estiverposposto a substantivo.Ex. Certas pessoas no se preocupam com os demais. As pessoas certas sempre nos ajudam.05) QualquerO pronome indefinido qualquer no deve ser usado em sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usaralgum, posteriormente ao substantivo, ou nenhum.Ex. Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa frase est inadequada gramaticalmente. Oadequado seria Ele entrou na festa sem problema algum. Ele entrou na festa sem nenhum problema.==============================================================Pronomes InterrogativosSo os pronomes que, quem, qual e quanto usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.Ex. Que farei agora? Interrogativa direta. Quanto te devo, meu amigo? Interrogativa direta Qual o seu nome? Interrogativa direta. No sei quanto devo cobrar por esse trabalho. Interrogativa indireta. Quem voc?Nota:01) Na expresso interrogativa Que de? Subentende-se a palavra feito: Que do sorriso? ( = Que feito do sorriso?), Que dele? ( = Que feito dele?). Nunca se deve usar, na escrita, qude, qued oucad, pois essas palavras oficialmente no existem, apesar de, no Brasil, o uso de cad ser cada dia maisconstante.Uniformidade de tratamentoNo Brasil, muito comum ouvirmos frases como No fim do ano te darei um presente se voc foraprovado ou Eu te amo muito, Tet. No vivo sem voc!. Qual a inadequao? Vamos explicao:O problema reside na desuniformidade de tratamento, que consiste em concordar os pronomes e o verbo detratamento destinado aos interlocutores.Esclarecendo: se, ao conversarmos com uma pessoa, a tratarmos por voc, todos os pronomes e o verbodevero ficar na terceira pessoa do singular, j que voc um pronome de tratamento, que de terceirapessoa. Caso haja mais de um interlocutor, a concordncia se efetiva na terceira pessoa do plural ( vocs).J, se tratarmos a pessoa por tu, todos os pronomes e o verbo devero ficar na segunda pessoa do singular.Caso haja mais de um interlocutor, a concordncia se efetiva na segunda pessoa do plural. (vs).Os pronomes referentes s segundas pessoas so os seguintes:tu, te, ti, contigo, teu, tua, teus,tuas, vs, convosco, vosso, vossos, vossa, vossas.Os pronomes referentes terceira pessoa so os seguintes:voc, vocs, o, a, os, as, lhe, lhes, se, si, consigo, seu, sua, seus,suas. Veja alguns exemplos:No fim do ano te darei um presente se tu fores aprovado.No fim do ano lhe darei um presente se voc for aprovado.Eu te amo muito, Tet. No vivo sem ti!Eu a amo muito, Tet. No vivo sem voc!Outro problema de desuniformidade de tratamento ocorre no uso do verbo, principalmente no imperativo,que o uso do verbo para pedido, ordem, conselho, apelo.Se o interlocutor for tratado pro pronome de tratamento, o verbo no imperativo deve ser conjugado daseguinte maneira (peguemos como exemplo) Solicito a Vossa Senhoria que me ajudes a resolver...Artigo a palavra varivel em gnero e nmero que precede um substantivo, determinando-o de modo preciso(artigo definido) ou vago (artigo indefinido).Os artigos classificam-se em:01) Artigos Definidos: o, a, os, as.02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.Ex.O garoto pediu dinheiro. (antecipadamente, sabe-se quem o garoto)Um garoto pediu dinheiro. (refere-se a um garoto qualquer, de forma genrica)Numeral a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucesso. Dependendo do que o numeralindica, ele pode ser:Cardinal: o numeral que indica a quantidade de seres.Ordinal: o numeral que indica a ordem de sucesso, a posio ocupada por um ser numa determinadasrie.Multiplicativo: o numeral que indica a multiplicao de seres.Fracionrio: o numeral que indica diviso, frao.Cardinais e ordinais:AlgarismosRomanosAlgarismos Arbicos Numerais Cardinais Numerais OrdinaisI 1 UM PRIMEIROII 2 DOIS SEGUNDOIII 3 TRS TERCEIROIV 4 QUATRO QUARTOV 5 CINCO QUINTOVI 6 SEIS SEXTOVII 7 SETE STIMOVIII 8 OITO OITAVOIX 9 NOVE NONOX 10 DEZ DCIMOXI 11 ONZE DCIMO PRIMEIROXII 12 DOZE DCIMO SEGUNDOXIII 13 TREZE DCIMO TERCEIROXIV 14 CATORZE/QUATORZE DCIMO QUARTOXV 15 QUINZE DCIMO QUINTOXVI 16 DEZESSEIS DCIMO SEXTOXVII 17 DEZESSETE DCIMO STIMOXVIII 18 DEZOITO DCIMO OITAVOXIX 19 DEZENOVE DCIMO NONOXX 20 VINTE VIGSIMOXI 21 VINTE E UM VIGSIMO PRIMEIROXXX 30 TRINTA TRIGSIMOXL 40 QUARENTA QUADRAGSIMOL 50 CINQENTA QINQUAGSIMOLX 60 SESSENTA SEXAGSIMOLXX 70 SETENTA SEPTUAGSIMO/SETUAGSIMOLXXX 80 OITENTA OCTOGSIMOXC 90 NOVENTA NONAGSIMOC 100 CEM CENTSIMOCC 200 DUZENTOS DUCENTSIMOCCC 300 TREZENTOS TRECENTSIMOCD 400 QUATROCENTOS QUADRINGENTSIMOD 500 QUINHENTOS QINGENTSIMODC 600 SEISCENTOS SEISCENTSIMO/SEXCENTSIMODCC 700 SETECENTOS SEPTINGENTSIMODCCC 800 OITOCENTOS OCTINGENTSIMOCM 900 NOVECENTOS NONGENTSIMO/NONINGENTSIMOM 1.000 MIL MILSIMO10.000 DEZ MIL DEZ MILSIMOS100.000 CEM MIL CEM MILSIMOS1.000.000 UM MILHO MILIONSIMO1.000.000.000 UM BILHO BILIONSIMOEx.869 = Octogentsimo sexagsimo nono582 = Qingentsimo octogsimo segundo

Numerais fracionrios2 Meio/metade3 Tero4 Quarto5 Quinto10 Dcimo11 Onze avos12 Doze avos100 centsimoNumerais Multiplicativos2 dobro, duplo, dplice3 triplo, trplice4 qudruplo8 ctuplo9 nnuplo10 dcuplo11 undcuplo12 duodcuplo13 em diante cardinal + vezes100 cntuploEmprego dos numerais01) Intercala-se a conjuno e entre as centenas e as dezenas e entre as dezenas e as unidades, mas entreos nmeros que formam centena-dezena-unidade nada se coloca: nem vrgula, nem e, a no ser que sejacentena ou dezena inteira.Ex.562.983.665 = Quinhentos e sessenta e dois milhes novecentos e oitenta e trs mil seiscentos e sessenta ecinco.42.002 = Quarenta e dois mil e dois.42.020 = Quarenta e dois mil e vinte.42.200 = Quarenta e dois mil e duzentos.42.220 = Quarenta e dois mil duzentos e vinte.02) Na designao de sculos, reis, papas, prncipes, imperadores, captulos, festas, feiras, etc.,utilizam-se algarismos romanos. A leitura ser por ordinal at X; a partir da ( XI, XII ...), por cardinal.Se o numeral preceder o substantivo, sempre ser lido como ordinal.Ex.XXXVIII Feira Agropecuria. = Trigsima oitava Feira Agropecuria.II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural.Papa Joo Paulo II = Papa Joo Paulo segundo.Papa Joo XXIII = Papa Joo vinte e trs.03) Os numerais ordinais acima de 1.999 tm duas leituras possveis:2.000 = O dois milsimo ou O segundo milsimo.89.428 = O oitenta e nove milsimo quadringentsimo vigsimo oitavo ou Ooctogsimo nono milsimo quadringentsimo vigsimo oitavo04) Zero, ambos e ambas tambm so numerais.==============================================================VERBO, ADVRBIO, PREPOSIO, CONJUNO, INTERJEIO.ESTUDO DOS VERBOSI: ESTRUTURA VERBAL, PARADIGMAS E ESQUEMAS DE CONJUGAOVoc j sabe que a morfologia agrupa as palavras da lngua portuguesa em dez classes gramaticais:verbo, substantivo, artigo, adjetivo, numeral, advrbio, pronome, preposio, conjuno e interjeio.Vamos realizar a partir de agora o estudo pormenorizado de cada uma dessas classes, dedicando maiorateno aos aspectos relacionados com o uso prtico da lngua no cotidiano comunicativo. Por isso, o estudode cada classe gramatical ter como ponto de partida e de chegada a leitura e anlise de textos da lnguaatual: as informaes gramaticais s fazem sentido quando podem ser relacionadas com o uso efetivo dalngua nos textos do cotidiano.Comearemos nossos estudos pela classe dos verbos.INTRODUOConjugar verbos algo que tem feito parte de sua vida escolar h muito tempo; no entanto, poucoprovvel que voc tenha pensado nesse processo como algo dotado de algum sentido mais profundo. Naverdade, os verbos desempenham uma funo vital na lngua portuguesa: em torno deles que seorganizam as oraes. O estudo de uma classe gramatical dessa importncia representa, obviamente, umpasso significativo para um desempenho lingustico mais satisfatrio.Verbo significa, originariamente, palavra. Esse significado pode ser percebido em expressescomo abrir o verbo ou deitar o verbo, utilizadas para indicar o uso farto e desimpedido das palavras. Aspalavras que pertencem classe gramatical dos verbos receberam esse nome justamente porque, devido sua importncia nas oraes da lngua, foram consideradas as palavras por excelncia pelos gramticos.Conjugar um verbo , portanto, exercer o direito pleno de empregar a palavra; no caso de verbos comosempreamar e pluriamar, , segundo o poeta, realizar-se em sua prpria humanidade.ConceitoVerbo a palavra que se flexiona em nmero, pessoa, modo, tempo e voz. Pode indicar ao(correr, pular), estado ou mudana de estado (ser, ficar), fenmeno natural (chover, anoitecer), ocorrncia(acontecer, suceder), desejo (querer, aspirar) e outros processos. Nas oraes, o verbo sempre faz parte dopredicado; voc pode obter mais informaes sobre o papel sinttico dos verbos no estudo dos termosessenciais da orao.O que caracteriza o verbo so as flexes, e no os seus possveis significados. Observe que palavrascomo corrida, pobreza, chuva, acontecimento e aspirao tm contedo muito prximo ao dealguns verbos mencionados acima; no apresentam, porm, todas as possibilidades de flexo que essesverbos possuem.Estrutura das formas verbaisH trs tipos de morfemas que participam da estrutura das formas verbais: o radical, a vogaltemtica e as desinncias.a) radical: o morfema que concentra a significao bsica do verbo:opin-ar aprend-er nutr-iramar beb-er part-ircant-ar escond-er proib-irPodem-se antepor prefixos ao radical:des-nutr-ir re-aprend-er

b) vogal temtica: o morfema que permite a ligao entre o radical e as desinncias. Em portugus, htrs vogais temticas:-a-, que caracteriza os verbos da primeira conjugao: opin-a-r; am-a-r; cant-a-r;-e-, que caracteriza os verbos da segunda conjugao: aprend-e-r; beb-e-r; escond-e-r;o verbo pr e seus derivados (supor, depor, repor, compor etc.) pertencem a esta conjugaopois sua vogal temtica e- (observe, por exemplo, a forma pus-e-ra);-i-, que caracteriza os verbos da terceira conjugao: nutr-i-r; part-i-r; proib-i-r.O conjunto formado pelo radical seguido da vogal temtica recebe o nome de tema.c) desinncias: so morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexes do verbo; hdesinncias nmero-pessoais e desinncias modo-temporais:opin-sse-mosopin-: tema (radical + vogal temtica)-esse-: desinncia modo-temporal (indica o modo subjuntivo e o tempo pretrito imperfeito emque se encontra o verbo)-mos-: desinncia nmero-pessoal (indica que o verbo se refere primeira pessoa do plural)Voc conhecer as outras desinncias verbais quando apresentarmos os modelos das conjugaes.Combinando seus conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuao tnica,voc poder facilmente descobrir o que so formas rizotnicas e formas arrizotnicas de um verbo. Nasformas rizotnicas, o acento tnico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nasformas arrizotnicas, o acento tnico no cai no radical, mas sim na terminao verbal: opinei,aprendero, nutriramos.Flexes verbaisJ sabemos que os verbos se flexionam em nmero, pessoa, modo, tempo e voz. Vamos agoraobservar mais detalhadamente essas flexes:a) nmero e pessoa: os verbos podem se referir a um nico ser ou a mais de um ser; no primeirocaso, encontram-se no singular; no segundo caso, no plural. Essa indicao de nmero acompanhada pela indicao da pessoa gramatical a que o verbo se refere. Observe:opino uma forma da primeira pessoa do singularopinas uma foram da segunda pessoa do singularopina uma forma da terceira pessoa do singularopinamos forma da primeira pessoa do pluralopinais forma da segunda pessoa do pluralopinam forma da terceira pessoa do pluralEssas indicaes de nmero e pessoa so claramente percebidas quando relacionamos cada formaverbal acima com o pronome pessoal correspondente:eu opino ns opinamostu opinas vs opinaisele/ela opina eles/elas opinamNo portugus atual do Brasil, as formas da segunda pessoa tu e vs tm uso limitado a algumasregies ou linguagem litrgica, surgindo s vezes em textos literrios; em seu lugar est difundidoo emprego dos pronomes voc/vocs, que levam o verbo para a terceira pessoa.ele/ela/voc opina eles/elas/vocs opinamb) tempo e modo: no momento em que se fala ou escreve, o processo verbal pode estar ocorrendo,pode j ter ocorrido ou pode ainda no ter ocorrido. Essas trs possibilidades so expressas pelostrs tempos verbais: o presente, o pretrito (que pode ser perfeito, imperfeito ou mais-queperfeito)e o futuro (que pode ser futuro do presente ou futuro do pretrito). Compare asformas opino, opinei e opinarei para perceber essa distribuio, em trs tempos bsicos.A indicao de tempo et normalmente associada a indicao de modo, ou seja, a expresso daatitude de quem fala ou escreve em relao ao contedo do que fala ou escreve. Se se considera oque falado ou escrito uma certeza, utilizam-se as formas do modo indicativo (so exemplosopino, opinei, opinava, opinarei). As formas do modo subjuntivo indicam que o contedo do quese fala ou escreve tomado como incerto, duvidoso, hipottico (opine, opinasse, por exemplo).Alm disso, o verbo pode exprimir um desejo, uma ordem, um apelo: nesse caso, utilizam-se asformas do modo imperativo (so exemplos opine/no opines).O esquema a seguir apresenta os modos e tempos verbais da lngua portuguesa:MODO INDICATIVOpresente (opino)pretrito perfeito (opinei)imperfeito (opinava)mais-que-perfeitofuturo do presente (opinarei)do pretrito (opinaria)MODO SUBJUNTIVOpresente (opine)pretrito imperfeito (opinasse)futuro (opinar)MODO IMPERATIVOpresente afirmativo (opina)negativo (no opines)Observaes:1. O modo imperativo apresenta um nico tempo dividido em duas formas: o imperativo afirmativo e oimperativo negativo. No se conjuga a primeira pessoa do singular dessas formas.2. Esse esquema apresenta apenas os chamados tempos simples; alm deles, h os temposcompostos, que apresentaremos mais adiante.3. Os verbos possuem, alm dos modos e tempos j apresentados, trs formas nominais: oinfinitivo (pessoal e impessoal), o gerndio e o particpio. Essas formas so chamadas nominaisporque assumem comportamento de nomes (substantivos, adjetivos e advrbios) em determinadoscontextos.c) voz: a voz verbal indica a relao entre o ser a que o verbo se refere e o processo que esse mesmoverbo exprime. H trs situaes possveis:- voz ativa: o ser a que o verbo se refere o agente do processo verbal. Em O jornalistaentrevistou o ministro, o verbo entrevistou est na voz ativa porque o jornalista o agente doprocesso verbal.- voz passiva: o ser a que o verbo se refere o paciente do processo verbal. Em O ministro foiafastado do cargo, o verbo foi afastado est na voz passiva porque o ministro o paciente daao verbal.H duas formas de voz passiva em portugus: a voz passiva analtica, em que ocorre uma locuoverbal formada pelo verbo ser mais o particpio do verbo principal como em O ministro foiafastado do cargo e a voz passiva sinttica, em que se utiliza o pronome se (nesse casochamado pronome apassivador) ao lado do verbo em terceira pessoa como em Procuram-sesolues para a crise. Essas duas formas de voz passiva sero estudadas pormenorizadamente naparte de nosso curso dedicada Sintaxe.- voz reflexiva: o ser a que o verbo se refere , ao mesmo tempo, agente e paciente do processoverbal, pois age sobre si mesmo. Em o ministro afastou-se do cargo, o verbo afastou-se est navoz reflexiva, pois o ministro , a um s tempo, agente e paciente: ele afastou a si mesmo docargo.ConjugaesConjugar um verbo , em termos gramaticais, dispor organizadamente todas as formas que podeassumir ao ser flexionado. Isso implica a exposio dos diversos tempos e modos de acordo com uma ordemconvencionada. possvel dividir os verbos de nossa lngua em trs grupos de flexes afins as chamadasconjugaes, identificadas respectivamente pelas vogais temticas -a-, -e- e -i-. Para cada uma dessasconjugaes, h um modelo o paradigma que indica as formas a serem assumidas pelas flexesverbais. De acordo com a relao que estabelecem com esses paradigmas, os verbos podem serclassificados em:a) regulares: obedecem precisamente ao paradigma da respectiva conjugao.

b) irregulares: no seguem o paradigma da respectiva conjugao:apresentam irregularidades no radical ou nas desinncias. Os verbos ser e ir, porapresentarem profundas alteraes nos radicais em sua conjugao, so chamadosanmalos.c) defectivos: no so conjugados em determinadas pessoas, tempos ou modos.d) abundantes: apresentam mais de uma forma para determinada flexo.H em portugus verbos que participam da conjugao de outros, formando os chamados temposcompostos e as locues verbais. Esses verbos so chamados auxiliares; os quatro mais usados nessafuno so ser, estar, ter e haver. A conjugao desses quatro verbos, rica em particularidades, serapresentada mais adiante, quando os principais verbos irregulares. O verbo cuja significao predomina numtempo composto ou locuo verbal chamado verbo principal. Nos tempos compostos e locues verbais,o verbo principal surge numa de suas formas nominais.Paradigmas dos verbos regularesVoc encontrar a seguir os paradigmas dos verbos regulares das trs conjugaes. Para conjugarqualquer verbo regular, basta substituir o radical do verbo usado como exemplo pelo radical do verbopretendido, pois a vogal temtica e as desinncias no se alteram.Modo indicativoPresente

1 conjugao 2 conjugao 3 conjugaoOPINAR APRENDERNUTRIRopino aprendo nutroopinas aprendes nutresopina aprende nutreopinamos aprendemos nutrimosopinais aprendeis nutrisopinam aprendem nutremPretrito imperfeitoopinava aprendia nutriaopinavas aprendias nutriasopinava aprendia nutriaopinvamos aprendamos nutramosopinveis aprendeis nutreisopinavam aprendiam nutriamPretrito perfeitoopinei aprendi nutriopinaste aprendeste nutristeopinou aprendeu nutriuopinamos aprendemos nutrimosopinastes aprendestes nutristesopinaram aprenderam nutriramPretrito mais-que-perfeitoopinara aprendera nutriraopinaras aprenderas nutrirasopinara aprendera nutriraopinramos aprendramos nutrramosopinreis aprendreis nutrreisopinaram aprenderam nutriramFuturo do presenteopinarei aprendereis nutrireiopinars aprenders nutrirsopinar aprender nutriropinaremos aprenderemos nutriremosopinareis aprendereis nutrireisopinaro aprendero nutriroFuturo do pretritoopinaria aprenderia nutririaopinarias aprenderias nutririasopinaria aprenderia nutririaopinaramos aprenderamos nutriramosopinareis aprendereis nutrireisopinariam aprenderiam nutririamModo subjuntivoPresenteopine aprenda nutraopines aprendas nutrasopine aprenda nutraopinemos aprendamos nutramosopineis aprendais nutraisopinem aprendam nutramPretrito imperfeitoopinasse aprendesse nutrisseopinasses aprendesses nutrissesopinasse aprendesse nutrisseopinssemos aprendssemos nutrssemosopinsseis aprendsseis nutrsseisopinassem aprendessem nutrissem

Futuroopinar aprender nutriropina