Aula 13/06/2011
Revisão;
Leitura página (147-148)
Capital, força de trabalho e tecnologia
O espaço industrial – A 1ª Revolução Industrial
(Re) vendo
A natureza é transformada por meio do trabalho humano, pela prática de atividades em que as pessoas têm como finalidade produzir ou criar algo que supra uma necessidade individual ou coletiva.
A capacidade transformadora do homem está diretamente ligada às técnicas de que ele dispõe para a realização de um trabalho
A natureza, o homem (trabalho) e o espaço geográfico... É por meio do trabalho e das técnicas utilizadas para sua realização no decorrer da História que as diferentes sociedades humanas têm se apropriado dos elementos naturais e, consequentemente, do lugar onde vivem, criando um espaço humanizado composto de elementos culturais, como lavouras, pastagens, cidades e estradas.
A esse espaço humanizado no qual encontramos uma natureza socialmente transformada pelas mãos do ser humano chamamos espaço geográfico.
Capital, força de trabalho e tecnologia
As transformações mais intensas da natureza em consequência do trabalho humano ocorreram em meados do século XVIII, após o advento da atividade industrial.
avanços no conhecimento científico passaram a ser aplicados no desenvolvimento de novas tecnologias
novos meios de transporte, máquinas e equipamentos de produção, além do aproveitamento de novas fontes de energia.
QUAIS FORAM AS CONSEQUÊNCIAS DESTAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS?
Transformaram:
radicalmente as relações sociais e as formas de trabalho;
ritmo de exploração dos recursos naturais;
paisagens do planeta;
Expansão do capitalismo a nível mundial
Aumento do
ritmo da
exploração
dos recursos
naturais
Novas relações
sociais e formas
de trabalho
Mudanças
nas paisagens
As sociedades capitalistas eram compostas basicamente por dois grupos sociais:
Os capitalistas; (Burguesia)
Os trabalhadores. (Proletariado)
Os capitalistas (burgueses)...
São os donos dos meios de produção
(indústrias, grandes propriedades rurais, estabelecimentos
comerciais, bancos, etc.)
Os trabalhadores (ou proletários)...
Precisam vender aos capitalistas sua força de trabalho, ou seja, sua capacidade física e mental de produzir, em troca de uma remuneração com a qual possam
garantir sua sobrevivência.
Contradição nas relações de trabalho (burguesia X proletariado)...
O trabalho humano constitui, nesse caso, uma mercadoria que é trocada por um salário mensal.
A remuneração recebida pelo trabalhador não corresponde ao valor real do que ele produziu, ficando o capitalista com o excedente, isto é, com o lucro.
Nas sociedades capitalistas...
Nas atividades produtivas e financeiras visam a obtenção do lucro, que será acumulado na forma de capital (dinheiro, títulos, ações, imóveis, etc.).
Os estágios de exploração da força de trabalho no capitalismo. Artesanato: objetos produzidos manualmente; tarefas executadas apenas pelo artesão, que domina todas as etapas de produção; os meios de produção pertencem ao artesão.
Manufatura: divisão social do trabalho mais complexa, com a divisão das tarefas na confecção do produto; os meios de produção são de um único dono, que paga pelo trabalho dos operários; escala de produção ainda pequena.
Indústria moderna: introdução de máquinas com capacidade de produzir mercadorias de forma padronizada e em larga escala; divisão social do trabalho altamente especializada, com nível intenso de exploração da força de trabalho.
O espaço industrial – A 1ª Revolução Industrial
Apresentando...
O meio técnico : A Força das Máquinas na
Produção e na Circulação
• Momento histórico:
• Século XVIII 1ª Revolução Industrial
• Frase importante:
• O Meio Técnico é Produto da Revolução Industrial...
Mas porquê ?
Embora as técnicas sejam quase tão antigas quanto a humanidade, apenas no final do século XVIII,
com a emergência da indústria, a capacidade de produção humana
tornou-se suficiente para transformar profundamente a
superfície terrestre.
A Revolução Industrial representou a substituição do uso da energia humana
ou animal pela energia mecânica nos processos de
produção
Mas afinal qual eram as formas de energia utilizadas
anteriormente?
roda hidráulica; moinho de vento;
tração animal...
A combustão do carvão mineral e a máquina a
vapor expandiram a capacidade produtiva
humana e inauguraram a era industrial
Máquina a vapor
Máquina a vapor
Desenvolvimento da indústria têxtil
A máquina a vapor “empurrava” os
enormes teares
O trabalho infantil foi por muito tempo explorado
durante a revolução industrial... As crianças
trabalhavam até 15 horas por dia
Locomotiva a vapor
Curiosidade... Os adultos trabalhavam nas
indústrias têxteis: 1780 - 80 horas por semana 1820 - 67 horas por semana 1860 - 53 horas por semana
2007 - 44 horas por semana.
As ferrovias e os navios a vapor promoveram uma revolução nos meios de
transporte, agora temos um crescimento inédito do comércio internacional.
Barco a vapor
Locomotiva a vapor
Os ciclos iniciais da era industrial acentuaram a
economia-mundo, ou seja, a incorporação de todos os povos e continentes nos fluxos mercantis
e circuitos de investimentos centralizados pelas potências
industriais (EUROPEUS).
Foi então que o imperialismo anexando novas áreas coloniais
na África e na Ásia e influenciando fortemente
regiões da América Latina - criou um verdadeiro mercado
de dimensões planetárias, mesmo sem a informática.
Vamos comparar um pouco dois continentes e ver as absurdas diferenças...
O traçado das ferrovias nos mostra uma das
características essenciais da Geografia produzida pelo imperialismo. (África X
Europa)
Legenda
Ferrovias da
Europa
escala aprox. 1:24.000.000
Legenda
Ferrovias
africanas
Enquanto a Europa...
Apresenta uma densa rede de trilhos que se espalham
em todas as direções, facilitando o transporte no
interior do território e unificando o mercado
interno.
A África...
Apresenta ferrovias que “nasceram” para ligar as
regiões produtoras de matérias-primas aos portos exportadores... em vez de
integrar, fragmentavam os espaços nacionais
A (des)organização da rede ferroviária na África é o espelho da organização do espaço produzida pelo imperialismo. O mercado
externo funcionava como principal motor da economia.(para favorecer os países ricos)
Não importa para os europeus o desenvolvimento (interno) da África, logo deixem de lado essa bobagem de tentar
explicar a pobreza de muitos países africanos atualmente a partir do clima, por exemplo.