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FACULDADES INTEGRADAS PITAGORAS DE MONTES CLAROS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ALEX SANDRO CARDOSO SÁ

RODRIGO VELOSO CESÁRIO

AS VANTAGENS COMPETITIVAS DO USO DO MODAL RODOVIÁRIO NO

SETOR AGROINDUSTRIAL NO NORTE DE MINAS

Montes Claros, MG.

2010

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ALEX SANDRO CARDOSO SÁ

RODRIGO VELOSO CESÁRIO

AS VANTAGENS COMPETITIVAS DO USO DO MODAL RODOVIÁRIO NO

SETOR AGROINDUSTRIAL NO NORTE DE MINAS

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia de

Produção das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes

Claros como requisito parcial à obtenção do grau de

Bacharel em Engenharia de Produção.

Orientador: Prof. Ricardo Henrique Magela Franco

Montes Claros

Faculdades Integradas Pitágoras

2010

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FACULDADES INTEGRADAS PITAGORAS DE MONTES CLAROS

Curso de Graduação em Engenharia de Produção

Monografia intitulada “As vantagens competitivas do uso do modal rodoviário no setor

agroindustrial no Norte de Minas”, de autoria de Alex Sandro Cardoso Sá e Rodrigo Veloso

Cesário, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:

__________________________________

Ricardo Henrique Magela Franco (Orientador)

__________________________________

__________________________________

Montes Claros, novembro de 2010

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Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem

ele, nada seria possível e não estaríamos aqui reunidos,

desfrutando, juntos, destes momentos que nos são tão

importantes.

Aos nossos pais; que não mediram esforços para

realização dos nossos sonhos, que nos guiaram pelos

caminhos corretos, nos ensinaram a fazer as melhores

escolhas, nos mostraram que a honestidade e o respeito

são essenciais à vida, e que devemos sempre lutar pelo

que queremos. A eles devemos a pessoa que nos

tornamos, somos extremamente felizes e temos muito

orgulho por chamá-los de pai e mãe.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo precioso dom da vida, por ter me dado a oportunidade para conseguir

mais uma vitória com força e saúde, por vários momentos que passei por dificuldades,

insegurança erros e acertos, vitórias e alegrias, chegando ao final com a certeza do dever

cumprido.

Aos meus pais Wilson e Glorinha que me deram à vida e me ensinaram a vivê-la com

dignidade e perseverança, sempre me apoiando.

Aos meus tios Adelino, Berenice e Santana que com confiança e certeza sempre torceram pelo

meu sucesso.

As minhas irmãs Kelly, Gesilane e Siodemila pelo incentivo, carinho e apoio que

contribuíram para que eu realizasse mais esse sonho.

Aos meus primos, amigos e colegas que estiveram comigo e acompanharam todos esses anos,

me ajudando em todos os momentos, os quais deixaram ainda mais agradável essa caminhada

de vitória e estes sabem o quanto foi importantes para mim a sua contribuição para o meu

sucesso.

Que Deus seja presença constante na vida de todos.

Alex Sandro Cardoso Sá

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Agradeço aos meus pais Altamiro e Eunice, por terem me colocado neste mundo e me criado

da melhor forma que podiam, por terem me dado força nessa minha caminhada, ainda curta,

mas cheia de obstáculos, que com garra e compromisso, foram vencidos.

Agradeço também aos meus tios Valdir e Neuza, por terem me acolhido em sua casa, no

momento em que eu mais precisava.

Tenho imensa gratidão e carinho por meus colegas, que „pegaram‟ bastante em meu pé

durante todo o curso. São eles: Rozilza, Delícia, Veião, Santana empresário, Léo diretor,

Narigudo, Sargento, Fredão bocaiúva.

Agradeço também à Adriana, que esteve ao meu lado em grande parte dessa minha

caminhada.

Obrigado a todos vocês!!!

Rodrigo Veloso Cesário

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Há um tempo para se admirar o encanto e o poder

persuasivo de uma ideia fluente, como há um tempo

para se temer que ela nos sufoque. O tempo para nos

preocupar ocorre quando a ideia se expandiu a tal ponto

que nem sequer notamos e tão profundos se tornaram

suas raízes que nada mais representa do que o senso

comum. Quando as objeções não são mais respondidas,

pois nunca mais foram levantadas, perdemos o seu

controle: não sabemos como ela nos pegou.

(A. Kohn)

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RESUMO

Sendo o modal rodoviário o mais utilizado, fica claro que a logística aplicada à

competitividade acaba sendo o fator mais relevante para a sustentabilidade de operadores

logísticos, tanto nacionais como multinacionais. A opção pela logística como instrumento de

um bom desempenho tem sua base na rastreabilidade de carga, administração estratégica dos

materiais e das informações, direcionando, de forma eficaz, os produtos desde sua origem até

seu destino final. Com a aplicação do sistema logístico à competitividade no transporte

rodoviário pode se fazer referência a alguns fatores de suma importância, tais como: custo,

velocidade, segurança e consistência. Esses elementos de um sistema logístico não atuam de

forma individual, agrupam conjuntamente as atividades relacionadas ao fluxo de produtos e

serviços para administrá-las de forma coletiva, e se justificam pela contribuição que dão à

performance total do sistema. Neste momento, pode ser delineada a aplicação da logística

para a obtenção de vantagem competitiva. As metas da logística são as de disponibilizar o

produto certo, na quantidade certa, no local certo, no momento certo, nas condições

adequadas para o cliente certo ao preço justo. Assim, fica evidente a intenção de se atingir,

simultaneamente, a eficiência e a eficácia nesse processo. Ou seja, com a adoção do conceito

de “Supply Chain Management”. A globalização e a liberalização crescente da economia

mundial exige que a vantagem competitiva seja mais determinante do que a vantagem

comparativa para os países que negociam no âmbito internacional. Nesse sistema os erros não

são perdoados, pois as estratégias e a concorrência estão sempre prontas para absorver

demandas perdidas por empresas que estão logisticamente mal preparadas.

Palavras-chave: Logística, Modal rodoviário, Competitividade, Transporte.

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ABSTRACT

As the railroads the most widely used, it is clear that logistics competitiveness ends up being

applied to the most relevant factor for the sustainability of logistics operators, both national

and multinational companies. The choice for logistics as a tool for good performance, is based

on the traceability of cargo, strategic management of materials and information, directing,

effectively, the products from its origin to its final destination. With the implementation of the

logistics system for competitiveness in road transport can make reference to some very

important factors, such as cost, speed, security and consistency. These elements of a logistics

system does not act individually, grouping together activities related to the flow of products

and services to manage them collectively, and are justified by the contribution they make to

overall system performance. There may now be outlined the application of logistics to achieve

competitive advantage. The goals are the logistics of providing the right product at the right

quantity at the right place at the right time, under appropriate conditions for the right customer

at the right price. Thus, it is clear the intention to achieve both efficiency and effectiveness in

this process. That is, by adopting the concept of "Supply Chain Management". Globalization

and increasing liberalization of the global economy requires that competitive advantage is

more significant than the comparative advantage for countries that trade internationally. In

this system the mistakes are not forgiven, because the strategies and competition are always

ready to absorb demand lost by companies that are logistically unprepared.

Keywords: Logistics, Modal road, competitiveness, Transport.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………... 11

1.1. Justificativa ………………………………………………………………... 12

1.2. Estrutura da monografia ………………………………………………..... 13

2. LOGÍSTICA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES …………………………………… 14

2.1. Logística e competitividade ……………………………......…………….... 16

3. MODAIS DE TRANSPORTE…………....…...………………………………......... 18

3.1. Sistema de transportes no Brasil……………………………………............. 21

3.2. Sistema de transportes no Norte de Minas………………………….............. 21

4. GESTÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO ………….……………………….. 23

5. VANTAGEM COMPETITIVA .......……………………………………………….. 25

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .....…………………………………………………… 28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………………….. 31

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1. INTRODUÇÃO

O presente estudo visa avaliar “As vantagens competitivas do uso do modal rodoviário no

transporte de cargas”. Baseado em uma análise teórica, este artigo busca através de pesquisas

bibliográficas falar sobre o tema principal que são os aspectos da Logística e Cadeia de

Distribuição, sendo que o trabalho fica restrito apenas a dissertação do tema, sendo assim sem

maiores exemplificações.

Todos os dados e informações trazidos aqui foram retirados de pesquisas

bibliográficas e obras lidas anteriormente que serviram para obter-se um maior embasamento

teórico.

Historicamente falando, a atividade logística existe desde os tempos mais antigos. Muito

difundida nas grandes batalhas desde os tempos bíblicos, os líderes militares utilizavam-se

dela para praticarem suas estratégias através de grandes deslocamentos de suas tropas de um

lugar para o outro, carregando tudo o que necessitavam; isto em virtude das batalhas nem

sempre serem próximas dos locais de combate.

Era necessária uma fantástica organização logística para que seus carros de guerra, grupos de

combates e armamentos pesados chegassem ao campo de batalha. Preocupavam-se com a

preparação dos soldados, com os meios de transporte, o armazenamento e a distribuição dos

alimentos, armas e munições, entre outras atividades.

Bowesox (2001) define a logística como um esforço integrado com o intuito de ajudar a criar

valor ao cliente pelo menor custo total possível, pois este esforço existe para satisfazer às

necessidades dos clientes.

Com a logística, as empresas passam a ter um ganho real em velocidade, capacidade de

reação, capacidade de inovação e renovação permanente de estoques.

Para Bowersox (2001) os sistemas logísticos deverão ser utilizados de tal forma que minimize

o custo total do sistema, pois o transporte mais barato significa que nem sempre resultará em

custos mais baixos. O tempo é fator importante na estratégia de transporte.

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O objetivo principal dessa pesquisa é identificar as vantagens competitivas no uso adequado

do modal rodoviário. Já os objetivos específicos são: Conhecer o sistema logístico e como o

mesmo pode ser aplicado; Identificar os fatores competitivos ligados à logística; Analisar

como o uso adequado do modal rodoviário influencia na redução de custos.

1.1. Justificativa

Este artigo visa estudar os fatores competitivos ligados à logística. Primeiramente precisa-se

compreender que a logística deve ser entendida como o principal instrumento administrativo

para a obtenção de vantagem competitiva das organizações locais, deste século.

Logística é o sistema de administrar qualquer tipo de negócio de forma integrada e

estratégica, planejando e coordenando todas as atividades, otimizando todos os

recursos disponíveis, visando o ganho global no processo no sentido operacional e

financeiro. (MARCOS1, 2008)

Segundo Ribeiro (2001), as atividades logísticas são vitais para tais organizações. Algumas

vezes elas chegam a absorver cerca de 30% da receita destas. Cada vez mais a Logística se

torna um diferencial competitivo para as empresas à medida que vem contribuindo na redução

de custos e consequentemente na melhoria de desempenho das mesmas.

O modal rodoviário foi escolhido para este estudo devido à sua participação significativa no

transporte de cargas em relação aos demais modais. Esta modalidade de transporte é realizada

em estradas de rodagem, com a utilização de veículos, na maior parte, caminhões e carretas.

Ele pode ser realizado de forma nacional ou internacional. É considerado como o modal mais

flexível por possibilitar um serviço ponto a ponto. Nele é possível o carregamento no

estabelecimento de origem e a descarga no próprio armazém de destino, sem a obrigação de

utilizar armazéns de terceiros.

Pode-se destacar como principais vantagens deste modal: serviço ponto-a-ponto, o que evita

custos adicionais; segurança da carga, por causa do pouco manuseio; maior agilidade de

embarques e partidas e, consequentemente, maior rapidez de entrega; favorecimento de

embarques de pequenos lotes; processo de despacho aduaneiro relativamente rápido. Como

1 Marcos Valle Verlangieri, diretor do Guia Log disponível em

<http://www.guialog.com.br/dicionarioi-l.htm>. Acesso em: 15 abril 2010.

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principais desvantagens destacam-se: péssimo estado de conservação das rodovias brasileiras,

devido ao descaso da esfera governamental; sujeito a congestionamentos nas estradas e nos

pontos de fronteiras; menor capacidade de carga; alto consumo de combustível e manutenção

da frota; grande impacto ambiental; não deve ser usado para longas distâncias.

Diante do exposto torna-se necessária a realização deste estudo para que se possa aprofundar

mais em um assunto tão relevante para a Engenharia de Produção, em que o engenheiro pode

atuar projetando, implantando, melhorando e mantendo sistemas logísticos.

1.2. Estrutura da monografia

Este trabalho de monografia está disposto da seguinte maneira:

No 1º capítulo, foram apresentadas as considerações sobre o tema, objetivos, justificativa e

metodologia.

No 2º capítulo foram apresentados alguns conceitos e definições sobre logística além de sua

origem e aplicações, falando também sobre o fator competitivo ligado à mesma.

No 3º capitulo, discorreu-se sobre o sistema de transportes no Brasil, os modais de transporte,

as vantagens e desvantagens de cada um, sua melhor utilização e disponibilidade no território

nacional.

No 4º capítulo, apresentou-se a gestão do transporte rodoviário em que foi relatado a

predominância e importância deste modal em relação aos outros

No 5º capítulo, falou-se sobre as vantagens competitivas, os fatores relevantes para que

determinado modal viário seja escolhido, ou seja, veículos novos, valor agregado ao produto,

amplo investimento em tecnologia.

No 6º capítulo, foram apresentadas as considerações finais, conclusões, contribuições, limites

de pesquisa e sugestões para trabalhos futuros.

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2. LOGÍSTICA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Há muitas maneiras de se dizer qual é o conceito de logística, uns dizem que foi desenvolvida

nas forças armadas, e vem do francês Logistique, outros dizem que o conceito é a parte da arte

da guerra que trata do Planejamento e da realização de projeto e desenvolvimento, obtenção,

armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material

(para fins operacionais e administrativos); recrutamento, incorporação, instrução e

adestramento, designação, transporte, bem estar, evacuação, hospitalização e desligamento de

pessoal; Aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e

acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar; contrato ou

prestação de serviços.

Segundo Novaes (1989), o termo “logística” teve sua origem com o advento das Grandes

Guerras. O vencedor de uma batalha seria aquele que tivesse a melhor logística a seu dispor, o

que envolveria: suprimento, planejamento, movimentação de materiais e pessoal.

Considerando um enfoque mercadológico, a logística procura resolver problemas de

suprimento de insumos ao setor produtivo e de distribuição de produtos acabados ou semi-

acabados na outra ponta do processo de fabricação.

Muito se tem falado a respeito da logística como sendo, atualmente, a responsável pelo

sucesso ou insucesso das organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que

pouquíssimo se sabe sobre as atividades logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas

organizações. Faz-se extremamente importante evitar que situações de modismo acabem por

influenciar o uso errado da palavra e, o que seria muito pior, de suas técnicas e atividades.

De acordo com Neto e Junior (2006), pode-se definir logística como sendo a junção de quatro

atividades básicas: as de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos. Para

que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de planejamento logístico,

quer sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funções de

manufatura e marketing.

Conforme Ballou (2001) a logística se caracteriza como um novo campo de gestão integrada,

comparativamente com as tradicionais finanças, marketing e produção. As empresas têm se

engajado continuamente nas atividades de movimentação e armazenamento. A novidade

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resulta no conceito de gerenciamento coordenado das atividades relacionadas, em vez de

praticadas separadamente e no conceito de que logística agrega valor ao produto e aos

serviços.

Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, a logística como a

parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o

fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e

produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o

ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.

Christopher (1997) afirma existir diversas definições para a logística, porém considera como

conceito principal, “o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e

armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas)

através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as

lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo”.

Conforme Bowersox (2006) a logística existe para mover e localizar o material de maneira a

alcançar os benefícios desejados de tempo, local e posse a um custo mínimo.

Para Rodrigues (2000, p.98) significa “um conjunto de atividades direcionadas a

agregar valor, otimizando o fluxo de materiais, desde a fonte produtora até o

distribuidor final, garantindo o suprimento na quantidade certa, de maneira

adequada, assegurando sua integridade, a um custo razoável, no menor tempo

possível, atendendo às necessidades do cliente”.

De acordo com Ballou (1993), o problema a ser enfrentado pela logística é diminuir o hiato

entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando

e onde quiserem e na condição física que desejarem.

Para Ballou (1993), existem ações-chave para a logística, que são classificadas como

atividades primárias, pois constituem-se na maior parcela do custo total e são essenciais para a

coordenação da tarefa logística. São elas: transporte, manutenção de estoques e

processamento de pedidos.

A logística dentro das estruturas empresariais tem a missão de prover o melhor nível de

rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores através de

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planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e

armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

Ballou (1993, p. 24), considera a logística sob o ponto de vista de uma empresa,

“como sendo todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o

fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de

consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em

movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos

clientes a um custo razoável”.

A Atividade logística é regida pelos Fatores de Direcionamento para níveis maiores de

Complexidade Operacional, como por exemplo histórico de demanda dos produtos ou

serviços, histórico da frequência dos pedidos, histórico das quantidades por pedido, custos

envolvidos na operação, tempo de entrega (lead-time), pedido mínimo, rupturas de

abastecimento, prazos de entrega, períodos promocionais e frequência de sazonalidades,

políticas de estoque (evitando faltas ou excessos), planejamento da produção, políticas de

fretes, políticas de gestão dos pedidos, análise dos modelos de canais de distribuição

(roteirização), entre outros.

Conforme Keedi (2001), para a criação e desenvolvimento da logística adequada é

fundamental o conhecimento dos vários modais de transporte, bem como as cargas adequadas

a cada um deles. Na escolha do melhor meio de transporte é necessário estudar todas as rotas

possíveis, estudando os modais mais vantajosos em cada percurso. Deve-se levar em conta

critérios tais como menor custo, capacidade de transporte, versatilidade, segurança e rapidez.

2.1. Logística e competitividade

Sempre há a necessidade de competir e, portanto, uma realidade que não se pode mais

ignorar. Dessa forma, todas as organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para

conquistar e manter clientes. Só que isto está se tornando cada vez mais difícil.

O crescimento do campo competitivo, representado pelas possibilidades de consumo e

produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais freqüentes de novos

produtos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no perfil dos clientes,

cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas a serem criativas, ágeis e

flexíveis, mas também a aumentar a sua qualidade e confiabilidade.

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A partir daí pode ser delineada a aplicação da logística para a obtenção de vantagem

competitiva. As metas da logística são as de disponibilizar o produto certo, na quantidade

certa, no local certo, no momento certo, nas condições adequadas para o cliente certo ao preço

justo. Assim, fica evidente a intenção de se atingir, simultaneamente, a eficiência e a eficácia

nesse processo.

A redução de custos se dará pela suavização e correta execução do fluxo de materiais que

passará a ser feito de forma sincronizada com o fluxo de informações, possibilitando redução

dos inventários, maior utilização dos ativos envolvidos, eliminação dos desperdícios,

otimização dos sistemas de transporte e armazenagem

A agregação de valor poderá surgir da oferta de entregas mais confiáveis e freqüentes, em

menores quantidades, da oferta de maior variedade de produtos, melhores serviços de pós-

venda, maiores facilidades de se fazer negócio e sua singularização na organização.Todas

essas facilidades poderão ser transformadas em um diferencial aos olhos do cliente, que pode

estar disposto a pagar um valor mais alto por melhores serviços, que representem benefícios.

Ao adotar o conceito de Supply Chain Management, a organização amplia sua visão e pode se

tornar muito mais ágil e mais flexível do que os concorrentes, o que seria extremamente

desejável. Como existe parceria, o planejamento estratégico será compartilhado e os riscos

serão divididos. Conceitos mais modernos como Outsourcing e o Global Sourcing passam a

ser utilizados e dá-se uma mudança no foco do relacionamento, que passa a ser um esforço

cooperativo na procura pelo aumento da lucratividade.

A logística poderá ser, portanto, o caminho para a diferenciação de uma empresa aos olhos de

seus clientes, para a redução dos custos e para agregação de valor, o que irá ser refletido num

aumento da lucratividade.

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3. MODAIS DE TRANSPORTE

Segundo Mendonça e Keedi (1997), atualmente os tipos de modais utilizados são o rodoviário

e o ferroviário, que formam o complexo terrestre; o marítimo, fluvial e lacustre, que são o

complexo aquaviário, o aéreo e o dutoviário.

O transporte rodoviário é aquele realizado em estradas de rodagem, com a utilização de

veículos, como exemplo, caminhões e carretas. Ele pode ser realizado de forma nacional ou

internacional, abrangendo dois ou mais países. Este transporte caracteriza-se por um número

reduzido de empresas transportadoras autorizadas a operar com transporte internacional.

Pode-se destacar como principais vantagens deste modal: A simplicidade de funcionamento

do transporte rodoviário, pois não apresenta qualquer dificuldade e está sempre disponível

para embarques urgentes; Serviço ponto-a-ponto, evitando custos desnecessários; segurança

da carga, devido ao pouco manuseio; maior rapidez de embarques e partidas e maior rapidez

de entrega; custo de frete relativamente baixo; favorece os embarques de pequenos lotes;

processo de despacho aduaneiro relativamente rápido; extensa malha rodoviária.

Como principais desvantagens destacam-se: péssimo estado de conservação das rodovias

brasileiras; sujeito a congestionamentos nas estradas e nos pontos de fronteiras; menor

capacidade de carga; alto consumo de combustível e manutenção de frota; não deve ser usado

para longas distâncias.

Segundo Lambert (1998, p.169-170), “os transportadores rodoviários geralmente

proporcionam um serviço mais rápido do que as ferrovias e uma comparação

favorável em relação ao transporte aéreo, no caso de fretes de curta distância. Os

índices de perdas e danos no transporte rodoviário são substancialmente menores do

que na maioria dos carregamentos ferroviários e ligeiramente maiores do que nos

fretes aéreos. Nenhuma outra modalidade de transporte proporciona a cobertura

oferecida pelo transporte rodoviário”.

O transporte ferroviário possui um custo de implantação elevado, não apenas pela exigência

de leitos mais elaborados, como também pela aquisição simultânea do material rodante,

constituído de locomotivas e vagões. Apresenta baixo custo operacional e pequeno consumo

de óleo diesel, em relação ao transporte rodoviário. Não apresenta grande flexibilidade,

operando através de pontos fixos, caracterizados por estações e pátios de carga, sendo muito

competitivo no transporte de cargas com origem e destinos fixos e para longas distâncias,

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onde os transbordos realizados na origem e no destino são compensados pelo menor custo do

transporte.

O transporte ferroviário é adequado para o transporte de mercadorias agrícolas, derivados de

petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, fertilizantes, entre outros.

O transporte ferroviário tem como característica principal o atendimento a longas distâncias e

grandes quantidades de carga com menor custo de seguro e frete. Porém a flexibilidade no

trajeto é limitada tornando-o mais demorado. O Brasil tem apenas a décima maior extensão

em trilhos, um total aproximado de 29.000 Km.

Keedi (2001) ratifica, ao afirmar que, a alta capacidade de transporte de carga é a principal

vantagem deste modal e que este fato permite um nível de frete bastante atraente.

Como principais desvantagens destacam-se: longo tempo de viagem; menor flexibilidade no

trajeto; necessidade do uso de outros modais para alcançar o destino final; custos e riscos de

manuseio nos transbordos; alto risco de roubos e furtos; diferença na largura das bitolas.

O transporte ferroviário apresenta diferenças de bitolas nas linhas férreas, o que sempre foi

considerado como entrave do desenvolvimento deste modal. Com o início das privatizações

das ferrovias brasileiras em julho/96, o modal ferroviário apresenta sinais de recuperação,

após um período de quase abandono e deterioração por falta de investimentos.

O transporte hidroviário pode ser dividido em diversas categorias, sendo que todas podem ser

nacional ou internacional. São elas: lacustre; fluvial; marítima.

O transporte marítimo pode ser dividido em: cabotagem - navegação realizada entre portos

nacionais; longo curso - realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.

Segundo Keedi (2001, p.30), “o modal marítimo representa aquele com a maior capacidade

individual de carga por veículo, bem como a maior capacidade total, considerando o conjunto

das embarcações existentes”.

Pode-se destacar como principais vantagens deste modal, os seguintes: atende às grandes

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distâncias; na maioria das vezes, é o modal que oferece o menor frete, em virtude de sua

grande capacidade e do baixo custo da força motriz utilizada; oferece contêineres, que são

equipamentos especializados para cada necessidade específica de transporte da carga.

Como principais desvantagens destacam-se: meio de transporte mais lento; sujeito a

congestionamento nos portos, em decorrência de condições climáticas adversas, greves e

outros; devido à grande manipulação das cargas, é necessário que as embalagens sejam

reforçadas. É considerado o modal que oferece menor segurança; necessidade de conjugação

de outros modais de transporte para alcançar o destino final.

O transporte aéreo é uma atividade que envolve com facilidade vários países, devido à

velocidade do meio utilizado. Mostra-se ideal para produtos que necessitam de extrema

rapidez na entrega.

Pode-se destacar como principais vantagens deste modal, os seguintes: atendimento a diversas

regiões do mundo; modal de transporte mais veloz, permitindo uma resposta rápida do

exportador às demandas dos clientes; menor custo de reposição de estoque por parte dos

importadores devido à rapidez do atendimento; redução nos custos de embalagens e seguro

devido a grande segurança oferecida.

Como principais desvantagens destacam-se: restrições a grandes quantidades de carga, pelo

volume ou peso apresentado; limitações a cargas perigosas; não atende aos graneis; alto valor

de frete.

Os dutos são tubos subterrâneos, que geralmente são impulsionados por bombeamento ou por

um jato de água contínuo, submetido a forte pressão. Neste modal de transporte, o veículo

utilizado compõe a própria infra-estrutura construída (dutos), permitindo a remessa de

produtos a longas distâncias.

Segundo Ballou (1993), este modal apresenta uma relação muito limitada de serviços e

capacidades, sendo esta a principal desvantagem encontrada neste modal.

Lambert (1998, p.175), ratifica ao afirmar que:“as dutovias transportam apenas um

número limitado de produtos, incluindo-se aí o gás natural, petróleo cru, produtos de

petróleo, água, produtos químicos e pasta fluidas – geralmente considerada como

um produto sólido suspenso em líquido, normalmente água, que pode assim ser

transportado com mais facilidades” (LAMBERT, 1998).

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3.1. O sistema de transporte no Brasil

O sistema de transportes adotado no Brasil define-se basicamente por uma extensa matriz

rodoviária, sendo também servido por um sistema limitado de transporte fluvial (apesar do

numeroso sistema de bacias hidrográficas presentes no país), ferroviário e aéreo.

Com a intenção de se construir uma rede de transportes interligando todos os estados do país

teve início com as democracias desenvolvimentistas, em especial as de Getúlio Vargas e

Juscelino Kubitscheck. Nesta época, o maior símbolo da modernidade e do avanço em termos

de transporte era o automóvel. Isso provocou uma especial atenção desses governantes na

elaboração e construção de estradas. A partir desse momento, o Brasil tem sua malha viária

baseada no transporte rodoviário.

A malha ferroviária brasileira é pequena e obsoleta. Os serviços de transporte de passageiros

praticamente acabaram, e os de carga subsistem em sua maior parte para o transporte de

minérios. As únicas linhas de passageiros que aindam preservam serviços diários de longa

distância com relativo conforto são as ligações São Luís (MA) - Parauapébas (PA) e Belo

Horizonte-Vitória. Entretanto, ainda existem algumas ferrovias de interesse exclusivamente

turístico em funcionamento, tais como Curitiba-Paranaguá.

3.2. O sistema de transporte no Norte de Minas

A descentralização econômica do eixo Rio-São Paulo levou o governo federal a elaborar

planos de desenvolvimento para as áreas periféricas do território brasileiro. Uma das medidas

foi o investimento em infraestrutura, a criação e/ou intensificação da atuação das instituições

de “fomento ao desenvolvimento”. Os órgãos federais, estaduais e municipais tiveram um

papel importante na elaboração e na implantação dos projetos de desenvolvimento industriais

agrícolas e agroindustriais na região norte-mineira.

Nesse processo de descentralização econômica, o capital buscou formas alternativas de

reprodução, visando à desoneração dos custos produtivos e favorecendo a expansão do

sistema capitalista pelo interior do país, principalmente nas regiões e nas cidades mais bem

dotadas de infraestrutura de transporte, energia e comunicações. Na expansão da

infraestrutura econômica, na região Norte de Minas, o governo federal investiu na

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pavimentação de rodovias federais e na re-estruturação do sistema ferroviário. E governo de

Minas investiu na construção de estradas de rodagens, no sistema de distribuição de energia e

no sistema de telefonia. A participação estatal viabilizou os investimentos nas áreas de

infraestrutura econômica, modernizou os setores tradicionais da economia, atraindo

investimentos privados através de incentivos fiscais e financeiros aos empreendimentos

industriais e agroindustriais instalados ou a serem instalados na região (REIS, 1997;

OLIVEIRA, 2000).

Segundo Pereira et all (2010), no Norte de Minas Gerais, as atividades do setor agroindustrial

exportador estão localizadas nos municípios de Janaúba, Salinas, Taiobeiras, Vargem Grande

do Rio Pardo, São João do Paraíso, Ninheira, Grão-Mogol, Montes Claros, Pirapora e

Coração de Jesus. Os principais produtos agroindustriais exportados pelas empresas

localizadas e com domicilio fiscal na região foram: Carne bovina in natura, cachaça, madeiras

de coníferas, arcos de madeira, óleo de eucalipto, frutas, polpa de frutas, polpa de tomate e

melado de cana. As atividades produtivas do setor agroindustrial representaram o equivalente

a 1,61 % dos valores monetários e 4,63% da quantidade quilograma das mercadorias

exportadas na região.

As atividades comerciais do setor agroindustrial da região norte - mineira estão mais voltadas

para oportunidades do mercado interno, atuando-se muito pouco no mercado externo. As

limitações da atuação do setor agroindustrial no mercado externo se dão pelas dificuldades

para exercer uma conexão das atividades de comercialização e logística com o exterior,

associado também ao fato dos produtos agroindustriais regionais terem um valor agregado

relativamente baixo. E o alto custo da logística e dos transportes no deslocamento desses

produtos acaba inviabilizando as exportações do setor agroindustrial, uma das saídas para

superação dos altos custos logísticos seria buscar agregação de valor aos produtos

agroindustriais destinados à exportação.

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4. GESTÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

A logística tem sido um desafio, na atualidade. A gestão do transporte é um dos pontos que a

gestão estratégica da logística precisa considerar, para a eficácia da empresa.

A gestão do transporte rodoviário, muitas vezes, tem sido deixada para segundo plano,

predominando, ainda, modelos arcaicos de gestão empresarial.

Segundo Ballou (2007), a administração de transportes é o braço operacional da função de

movimentação que é realizada pela atividade logística cujo objetivo é assegurar que o serviço

de transporte seja realizado de modo eficiente e eficaz. Para o autor, o transporte é, sob

qualquer ponto de vista, seja militar, político ou econômico, a atividade mais importante do

mundo.

O sistema de transportes é, portanto, de importância fundamental na economia. É um setor

que cria alto nível de atividade na economia e refere-se a um conjunto de trabalho, facilidades

e recursos que movimentam a economia. A capacidade de movimentação inclui carga e

pessoas, além da distribuição de outros sistemas intangíveis, como comunicações telefônicas,

energia elétrica e serviços médicos. A maior parte da movimentação de carga é realizada

através de cinco modos básicos de transportes, quais sejam: ferrovia, rodovia, hidrovia, dutos

e aerovias (BALLOU, 2007).

No conjunto dos Sistemas de Gerenciamento de Transportes, a introdução dos Sistemas de

Rastreamento, Monitoração e Roteirização de Veículos representa importante inovação na

área de transportes. Cada um desses elementos pode ser definido como:

a) Rastreamento: consiste na localização e acompanhamento dos veículos em todo o

território da América do Sul (ANEFALOS e CAIXETA FILHO, 2000);

b) Monitoração: permite traduzir as informações geográficas para um mapa digitalizado

da região (ou cidade) definindo com precisão a rua onde o veículo se encontra,

possibilitando também a obtenção de outros dados como consumo de combustível,

número de ocupantes da cabine de veículos e peso da carga transportada

(BELIZÁRIO, 2001);

c) Roteirização: define as melhores rotas possíveis de distribuição de bens e serviços para

diversos locais utilizando uma frota de veículos. O problema de roteamento de

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veículos aparece em várias situações práticas como coleta de correspondências em

caixas de correio, rotas para vendedores atenderem a clientes, roteiro de ônibus

municipais, etc (AGUILERA, 2000 E AGUILERA, 2001).

No Brasil, segundo Novaes (2007), fica difícil utilizar todas as opções modais, por diversos

motivos: as ferrovias não formam uma rede com boa cobertura no território nacional; o

transporte marítimo também possui pouca amplitude; o transporte aéreo presta-se mais para

transporte de passageiros, apesar de estar sendo procurado para transporte de carga

internacional, com tendência ao crescimento, devido à globalização. Apesar disso, é o modal

mais expressivo no território brasileiro.

O transporte rodoviário tem sido considerado o meio de transporte mais comum e eficiente no

território nacional, apesar do custo do frete. De acordo com Arnold (1999), comparado aos

demais meios de transporte, o caminhão tem um custo de aquisição relativamente baixo,

sendo o meio de transporte mais adequado para a distribuição de pequenos volumes a áreas

mais abrangentes.

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5. VANTAGEM COMPETITIVA

A logística deve ser entendida como o principal instrumento administrativo para a obtenção

de vantagem competitiva das organizações locais, deste século. A necessidade de uma

integração logística, aliada às constantes mudanças das necessidades dos clientes, leva a

observar na logística não apenas as atividades de almoxarifado, unitização, estoque e

transporte de mercadorias, mas sim planejamento e coordenação do fluxo de informações e do

fluxo de materiais que permitem maior eficiência no suprimento da fábrica, no planejamento

da produção e na distribuição física dos produtos acabados.

Um ponto a ser destacado é a vantagem competitiva que os investimentos logísticos podem

trazer à empresa, pois, de acordo com Christopher (1997), uma posição de superioridade

duradoura sobre os concorrentes em termos de preferência do cliente pode ser alcançada

através da logística.

A fonte da vantagem competitiva é encontrada, primeiramente, na capacidade de a

organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela

sua capacidade de operar a baixo custo.

A visão de Ballou (1993) quanto aos problemas logísticos demonstra que sua relevância é

influenciada diretamente pelos custos associados às atividades desenvolvidas. Fatores de peso

estão influenciando o incremento dos custos logísticos. Dentre eles, os mais relevantes são: o

aumento da competição internacional, as alterações populacionais, a crescente escassez de

recursos e a atratividade cada vez maior de mão-de-obra no terceiro mundo.

Um dos problemas logísticos da atualidade é o ciclo de vida dos produtos, que está ficando

cada vez mais curto devido às mudanças tecnológicas e à demanda, que se combinam para

produzir mercados voláteis em que um produto pode ficar obsoleto tão logo seja lançado, a

exemplo dos computadores.

Para Rocha (2001), na busca por essa maior competitividade um meio de agregar valor é

através dos serviços. A importância crescente dos serviços como base para diferenciação dos

produtos se deve à convergência tecnológica por parte das empresas; a tecnologia deixa de ser

um fator competitivo, pois todas as empresas têm o mesmo acesso a ela. Se dermos uma

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maior importância ao serviço como fator de diferenciação do produto teremos agregado maior

valor a esse serviço.

Um dos grandes objetivos na maioria das empresas de transporte é a renovação da frota.

Muitas estão desenvolvendo planos de reposição de veículos. As vantagens na renovação de

frota de uma empresa são inúmeras, tais como a redução de acidentes, dos custos de

manutenção e do quilômetro rodado.

Aumenta, sobretudo, a segurança e melhora consideravelmente a imagem da empresa. Os

veículos novos causam uma imagem positiva que serve de cartão de visita, além de reforçar a

aparência de limpeza, beneficiando sua participação no mercado, valorizando a logomarca da

empresa.

Atualmente, a boa imagem é um requisito cada vez mais imprescindível nos serviços de

distribuição e coleta. Muitas empresas a consideram como um agregado que ajuda aumentar a

produtividade, que através de um ciclo, aumenta a renovação constante da frota.

Segundo Porter (1992), a vantagem competitiva surge do valor que uma empresa consegue

criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação pela empresa, sendo que

valor é aquilo que os compradores estão dispostos a pagar e a base fundamental do

desempenho acima da média em longo prazo é a vantagem competitiva sustentável.

Portanto, para a empresa obter um retorno acima da média, é necessário possuir uma

vantagem sustentável em relação aos concorrentes e às mudanças do setor.

Hitt et al (2002) também afirmam que “a vantagem competitiva é gerada e sustentada através

de um processo altamente localizado”, porque as diferentes culturas, economias, valores

nacionais e histórias contribuem para a obtenção do êxito competitivo. Contudo, os mesmos

autores confirmam que os retornos acima da média somente serão obtidos se as competências

essenciais, as quais são identificadas através do estudo do ambiente interno (recursos e

capacidades do ambiente interno), forem adequadas às oportunidades de mercado e destacam

que não há vantagem competitiva eterna, por isso as empresas necessitam explorar suas

vantagens atuais e, ao mesmo tempo, utilizar seus recursos e capacidades para criar

competências essenciais, as quais podem se tornar novas vantagens competitivas.

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Também afirmam que para uma capacidade tornar-se uma competência essencial, e uma fonte

de vantagem competitiva, precisa obedecer aos seguintes critérios: capacidades valiosas;

capacidades raras; capacidades difíceis de imitar; capacidades insubstituíveis.

Tweed (1998) afirma que, para ser competitivo, é preciso se focar naquilo que se faz melhor

que os concorrentes, sendo que as cinco fontes de vantagem competitiva são: preço baixo;

produto exclusivo; serviço diferenciado; foco fino de mercado e relacionamentos.

Já Bateman e Snell (1998) declaram que a vantagem competitiva é obtida através da adoção

de abordagens de administração que satisfazem as pessoas, dentro e fora da empresa, com

competitividade em custos, produtos de alta qualidade, velocidade e inovação.

Porém, segundo Porter (1992), uma empresa pode se posicionar tendo um dos dois tipos

básicos de vantagem competitiva: liderança em custo ou diferenciação. Estas, juntamente com

as atividades para as quais uma empresa procura obtê-las, levam às três estratégias genéricas

mencionadas anteriormente, para alavancar desempenho acima da média em uma indústria.

Por isso, para obter uma vantagem competitiva, a empresa deve fazer uma escolha sobre o

tipo de vantagem competitiva que deseja obter.

Além disso, conforme Porter (2003), em algumas ocasiões as vantagens obtidas com o

pioneirismo, como o relacionamento com os clientes, as economias de escala e lealdade dos

canais de distribuição, permitem que uma empresa estagnada mantenha sua posição por mais

algum tempo, porém, a única maneira de sustentar a vantagem competitiva consiste na sua

ampliação para formas mais sofisticadas.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo são resumidas as principais conclusões a que este estudo chegou, ao mesmo

tempo em que se verifica que os objetivos específicos por ele propostos foram atingidos.

Também são tecidos comentários acerca das suas limitações, contribuições e, por fim,

apresentadas recomendações para novos trabalhos na área.

Este trabalho buscou explicitar de maneira teórica o conhecimento do conceito de Logística,

modais de transporte e os fatores geradores de competitividade mediante a aplicação correta

da primeira, além de apresentar um breve histórico do transporte de cargos no Brasil e no

Norte de Minas.

Pode-se perceber que o modal rodoviário, para a maioria dos contratos de transporte, se faz a

melhor opção, já que tem uma malha viária que abrange o território nacional de norte a sul.

Tem a disponibilidade e flexibilidade de entregar no destino final sua carga. Apesar de sofrer

com a restrição no desempenho causado pela falta de infraestrutura das estradas, o modal

rodoviário atualmente absorve cerca de 60% do total de cargas transportadas no país.

O modal ferroviário tem a capacidade de transportar um número bem superior em relação ao

transportado via rodovia, mas não é flexível, condição semelhante ao modal aéreo onde o

mesmo é mais usado para transporte de carga perecível e internacional. O modal aquário

também é pouco usado, apesar do Brasil ter bacias hidrográficas muito extensas, não tem ou

tem pouco investimento em sua infraestrutura.

Todos os modais relatados neste trabalho tem suas vantagens como também desvantagens,

mas o transporte realizado em rodovias se torna mais competitivo por motivos bem

significantes, tais como: Garantia dos prazos de entregas; Transporte dedicado; Facilidade de

acesso ao local de carga e descarga (indústria ou Centro de Distribuição), oferecendo, assim,

uma única movimentação de carga/descarga. É o principal modal na matriz de transportes no

Brasil – em muitas regiões é a única opção existente; Tem enorme capilaridade comparado

aos demais; Vendas que possibilita a entrega na porta do comprador; Exigência de

embalagens a um custo bem menor; A mercadoria pode ser entregue diretamente ao cliente

sem que este tenha que ir buscá-la; Uma movimentação menor da mercadoria, reduzindo

assim, os riscos de avarias.

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A partir do levantamento bibliográfico sobre o tema pesquisado, os objetivos especificados

para esse trabalho foram atingidos. Foi possível: Conhecer o sistema logístico e como o

mesmo pode ser aplicado; Identificar os fatores competitivos ligados à logística; Analisar

como o uso adequado do modal rodoviário influencia na redução de custos.

A realização deste trabalho tem como intuito contribuir para o crescimento significativo do

desenvolvimento crítico no que diz respeito ao discernimento do que foi levado em

consideração para construção desta monografia.

Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram encontradas algumas dificuldades e limites que

devem ser destacados:

a) Material específico indisponível na biblioteca da faculdade.

b) O presente trabalho não tem aplicação prática, trata-se apenas de revisão literária.

A pesquisa abrangeu uma série de questões a partir da definição do embasamento teórico.

Acredita-se que novos estudos e pesquisas possam ser recomendados. Na busca de elaborar

um modelo dentro de um tema complexo como “As vantagens competitivas do uso do modal

rodoviário no transporte de cargas”, não se pode afirmar que o tema pesquisado tem aqui seu

fim. Por isso este trabalho direciona à sua continuidade, aumentando o nível de detalhamento

ou por estudos mais específicos, decompondo-se a logística de transportes em seus mais

variados modais.

Recomenda-se ainda um estudo sobre outros temas transversais como, por exemplo, ética no

transporte logístico, sustentabilidade e logística reversa, trabalho e consumo.

Sobre o referencial utilizado, recomenda-se consulta a trabalhos de periódicos que analisem

especificamente o comportamento do mercado consumidor e as novas oportunidades

apresentadas pelo mesmo. Esse embasamento constituirá em um importante elemento

adicional, permitindo contínua aferição do método e dos conceitos.

Outra recomendação importante é que, a partir da validação do instrumento, possa haver a

replicação da pesquisa na linha do tempo, identificando, paulatinamente, a evolução do

mercado.

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Acredita-se que os objetivos propostos para essa pesquisa foram atingidos, mesmo

reconhecendo que este trabalho não constitui um ponto final sobre o assunto, mas uma

pequena contribuição para ser agregada ao conhecimento existente sobre o conceito de

logística e modais de transporte, vantagens competitivas e desvantagens que devem ser

revertidas a pontos fortes.

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