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AULA 00

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIA

SUMÁRIO PÁGINA

APRESENTAÇÃO 2

1. PRIMEIROS PASSOS 6

2. TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA 15

3. PRINCÍPIOS DA ARQUIVOLOGIA 19

4. BIBLIOGRAFIA 20

5. QUESTÕES COMENTADAS 21

6. LISTA DAS QUESTÕES 29

7. GABARITOS 34

"Minha estratégia sempre foi fazer

minha própria corrida. Somente você

pode determinar seu desafio pessoal.

Não deixe a competição, ou seu

oponente, determinar qual deve ser

seu desafio”. (Joan Benoit Samuelson)

Meu e-mail: [email protected]

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APRESENTAÇÃO

Salve, salve, concurseiros,

Após uma longa espera, enfim, foi publicado o edital do concurso

público para o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, tendo como banca a

Fundação Carlos Chagas e com provas marcadas para o dia 18/03/2012.

Meu nome é Wagner Rabello Jr., vamos trabalhar a disciplina NOÇÕES

DE ARQUIVOLOGIA nesta turma preparatória para o cargo de TÉCNICO

JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA.

Antes de qualquer coisa, gostaria de fazer uma breve apresentação da

minha pessoa.

Meu nome é Wagner Rabello Jr., sou Pós-graduado em Administração

Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), bacharel em Direito pela

Universidade do Grande Rio e bacharel em Biblioteconomia pela

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Estou no serviço

público há 17 anos e ministro aulas nas áreas de Administração,

Arquivologia e Regimento Interno dos TREs em cursos preparatórios

presenciais no Rio de Janeiro e São Paulo, além de vídeo aulas e cursos

escritos. Já fui aprovado e classificado em concursos para Oficial da

Aeronáutica, Analista do Departamento de Produção Mineral, Ministério do

Meio Ambiente e outros. Há 4 (quatro) anos ocupo o cargo de Técnico

Judiciário do TRE-RJ (sempre trabalhando em zonas eleitorais) onde também

sou Membro Efetivo da Comissão Permanente de Avaliação de

Documentos do TRE-RJ e em anos eleitorais estive como Coordenador de

Fiscalização de Propaganda Eleitoral.

Gostaria de falar um pouco mais sobre o meu trabalho no TRE-RJ, que

certamente guarda ampla semelhança com qualquer outro TRE do país.

Como eu havia dito acima, desde que entrei no Tribunal (completei 4

anos no último dia 22/10) sempre trabalhei em zonas eleitorais. De um

modo geral, nós, servidores, fazemos rodízio na realização das tarefas e

todos acabam aprendendo a fazer de tudo. Gosto muito da área de

fiscalização de propaganda eleitoral, que ocorre em anos eleitorais, e

também de atuar na área de processos. Além dessas tarefas, faz pouco mais

de um ano, passei a integrar de forma efetiva a COMISSÃO

PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS DO TRE-RJ. Assim,

consegui aliar uma das minhas formações (Biblioteconomia – que também

trata de gestão da informação) e meus cursos de Arquivologia à prática.

Tenho feito diversos cursos e participado de diversos projetos na área de

documentação do TRE-RJ... é fantástico!!!

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A CARREIRA DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA ELEITORAL

Nossa carreira é a mesma que a dos demais ramos da justiça no

âmbito da união e do Distrito Federal, ou seja, temos apenas uma lei que

regula a carreira dos TREs, TRTs, TRFs, TJDFT, Justiça Militar, Tribunais

Superiores e Supremo Tribunal Federal. Trata-se da lei 11.416 de 11 de

dezembro de 2006.

Art. 1o As Carreiras dos Servidores dos Quadros de Pessoal do

Poder Judiciário da União passam a ser regidas por esta Lei.

Art. 2o Os Quadros de Pessoal efetivo do Poder Judiciário são

compostos pelas seguintes Carreiras, constituídas pelos

respectivos cargos de provimento efetivo:

I - Analista Judiciário;

II - Técnico Judiciário;

III - Auxiliar Judiciário.

Remuneração

Tramita no Congresso Nacional o projeto de lei (PL) 6613/2009 que

tem por escopo o aumento da remuneração, que já é boa, dos servidores do

judiciário. O PL se encontra em um estágio bem avançado e pode ser

aprovado ainda este ano e começar a valer a partir de janeiro de 2012.

Vejamos os valores atuais e os valores futuros. Consideramos o vencimento

básico + a gratificação de atividade judiciária (GAJ)

CARGO ATUAL PROPOSTA

Analista Judiciário R$ 6.551,52 R$ 10.436,12

Técnico Judiciário R$ 3.993,08 R$ 7.194,22

Auxiliar Judiciário R$ 1.988,19 R$ 3.582,06

Além dos valores acima, os servidores fazem jus a uma auxilio

alimentação, em dinheiro, no valor de R$600,00. Nada mal, não é?!

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(CONTEÚDO PROGRAMÁTICO do CURSO)

(De acordo com o edital do TRE-SP/2011)

Conceitos fundamentais de Arquivologia. O gerenciamento da informação e

a gestão de documentos: diagnósticos; arquivos correntes e intermediário;

protocolos; avaliação de documentos; arquivos permanentes. Tipologias

documentais e suportes físicos: microfilmagem; automação; preservação,

conservação e restauração de documentos.

METODOLOGIA DO CURSO

Muitos concurseiros ficam arrepiados só de ouvirem falar em

Arquivologia, pensam que é algo de outro mundo e etc. Ao longo do curso

vocês perceberão que não é difícil e que vamos fazê-la ficar mais fácil.

Você sabia que, no seu dia a dia, você já utiliza a Arquivologia?!?! Tá

duvidando?!?!?! Vou lhe mostrar:

1. Você organiza seus documentos por assunto???

2. Você separa seus livros por disciplina???

3. Você organiza, minimamente, os arquivos do seu computador???

Tenho certeza de que você respondeu sim a pelo menos uma

das perguntas. Isso quer dizer que a Arquivologia já faz parte da sua vida.

Bem, gabaritar uma disciplina em um concurso público da envergadura

desse do TRE-SP não é algo trivial. No entanto, vamos preparar um curso

que lhe dê todas as condições necessárias para isso. Assim, somando o

curso em tela + a sua dedicação, certamente você obterá êxito e caminhará

firme para se tornar servidor da Justiça Eleitoral.

Nosso curso, ou melhor, nosso treinamento para você gabaritar a

disciplina será bastante prático, de modo que, ao ler as páginas do curso

você se sinta como se estivesse em uma sala de aula.

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Para tanto, elaboramos a seguinte metodologia:

1. Análise teórica do conteúdo programático - incluindo a legislação

pertinente, que aparece muito em provas, além do recém publicado Manual

de Gestão Documental do Poder Judiciário, que tenho certeza de que vai

“bombar” nos concursos para o judiciário.

2. Questões comentadas – de nível médio e superior

4. Lista das questões - para que vocês possam resolver sozinhos

5. E-mail e fórum - para tirar dúvidas

A disponibilização das aulas será gradual - seguirá o cronograma que

está disponível na próxima página - estendendo-se até 20/12/2011.

No entanto, lembrem-se de que temos um e-mail e o fórum para tirar

dúvidas. Desse modo, em dezembro, teremos a disponibilização da última

aula, mas o curso continuará até a data da prova. Ok?!

CRONOGRAMA DAS AULAS

Nº DA AULA

DATA DAS AULAS

AULA

DEMO CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIA Disponível

Aula 1. O GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO E A GESTÃO DE DOCUMENTOS: PROTOCOLO.

06/12/2011

Aula 2. AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS; DIAGNÓSTICOS; ARQUIVOS CORRENTES, INTERMEDIÁRIO E

ARQUIVOS PERMANENTES.

13/12/2011

Aula 3.

TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES

FÍSICOS: MICROFILMAGEM; AUTOMAÇÃO; PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO

DE DOCUMENTOS.

20/12/2011

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1. PRIMEIROS PASSOS

Vamos começar do zero. A idéia é lhes fornecer um curso completo e

definitivo que o acompanhe até sua breve aprovação.

Arquivologia: origem, conceito e objeto

“Desde que se começou a registrar a história em

documentos, surgiu para o homem o problema de

organizá-los”. (Theodore. R. Schellenberg)

A Arquivologia, também chamada de Arquivística, é uma ciência com

objeto, campo de estudo e metodologia própria. Não há precisão sobre o

aparecimento da mesma. De todo modo, uma teoria que é bastante aceita

sustenta que sua origem remonta ao manual de autoria do nobre alemão

Jacob Von Ramingen, datados de 1571, cujo título é "Von Registratur" (O

Registrador). Há indícios de que provavelmente foi escrito durante a

primeira metade do século XVI. Com isso, Ramingen é considerado o pai da

Arquivologia.

Alguns conceitos de Arquivologia são imprescindíveis e costumam

aparecer em provas. De acordo com o Dicionário de Terminologia

Arquivística, publicado pelo Arquivo Nacional:

Arquivologia é a disciplina que estuda as funções do arquivo

e os princípios e técnicas a serem observados na produção,

organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos.

Também chamada arquivística.

Para Marilena Leite Paes:

Arquivologia é o estudo, ciência e arte dos arquivos.

Um dos conceitos mais abrangentes e que merece destaque é a

definição dada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

(UNIRIO), em sua página da graduação do curso de Arquivologia:

A Arquivologia é uma área do conhecimento das Ciências

Sociais Aplicadas. Por meio de um quadro conceitual e de

uma metodologia própria e específica, estuda e trata os

dados contidos nos documentos arquivísticos transformando-

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os em informação potencialmente capaz de produzir

conhecimento e desenvolvimento social. A área de atuação

da Arquivologia compreende a gestão da produção, do

processamento e da disseminação da informação corrente,

necessária e básica para a tomada de decisões na

administração contemporânea. Seu objeto de estudo e

intervenção é a informação arquivística, isto é, uma

informação de natureza orgânica e funcional, pública ou

privada, coletiva ou pessoal, produzida, recebida e

acumulada por pessoa física ou jurídica em razão de seus

objetivos. Com a gestão da informação arquivística

assegura-se a constituição e a preservação da memória

institucional e pessoal.

Fonte: http://www.unirio.br/arquivologia/aarquivologia.html

É bom ressaltarmos que os conceitos acima não são excludentes, ao

contrário, são conceitos que se complementam e que vão ao encontro da

área de abrangência da Arquivologia.

Desse modo, em linhas gerais, podemos concluir que:

Finalidade e função da Arquivologia

“Que sua Eminência ordene em todas e em cada uma das províncias que se

reserve um prédio público no qual o magistrado (defensor) guarde os

documentos, escolhendo alguém que os mantenha sob custódia, de forma

que não sejam adulterados e possam ser encontrados rapidamente por

quem os solicite; que entre eles haja arquivos e seja corrigido tudo que foi

negligenciado nas cidades”. (Imperador Justiniano 480-500 D.C.)

ARQUIVOLOGIA

Surgiu no século

XVI

É a disciplina que trata dos

documentos e arquivos

Seu objeto é a informação Arquivística

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O trecho acima demonstra que a preocupação com a organização dos

documentos não é recente. A determinação de Justiniano revela alguns

pontos importantíssimos:

Reserve um prédio público – um Arquivo

Guarde os documentos – função arquivar

Escolhendo alguém que os mantenha sob custódia – Arquivista

De forma que não sejam adulterados – preservação

Possam ser encontrados rapidamente – recuperação da informação

Desse modo, a finalidade/função da Arquivologia é organizar,

preservar e tornar disponível os documentos, em tempo hábil, a

quem deles necessite.

Bem, já falamos em Arquivologia e seus conceitos, finalidades e etc.

Então, é hora de começarmos a compreender a matéria-prima da

Arquivologia: os documentos e os arquivos.

Documento

Um documento é composto pela informação registrada, de qualquer

natureza e forma e em qualquer tipo de suporte. Exemplos de documentos:

ofícios, representações gráficas ou figurativas, esta aula, certidão de

nascimento etc.

Em relação aos documentos específicos do poder judiciário, o Manual

de Gestão Documental do Poder Judiciário afirma que:

Os documentos do Poder Judiciário são patrimônio público,

tanto no sentido administrativo quanto do ponto de vista

cultural. É dever da Justiça zelar por esse patrimônio e

propiciar o acesso a ele, de modo a assegurar o direito à

informação, garantido pela Constituição Federal.

Pessoal, muita atenção a esse manual, pois foi publicado

recentemente, em outubro de 2011, pelo Conselho Nacional de Justiça e

deve ser seguido pelos 91 (noventa e um) tribunais (estaduais e federais) do

país. Certamente vai aparecer, muito, em concursos.

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Arquivos: conceitos

A expressão “arquivos” possui diversos significados, de acordo com o

contexto no qual está inserido. Desse modo, segundo Marilena Leite Paes,

podemos ter os seguintes entendimentos sobre a expressão:

Arquivo pode ser uma designação genérica de um conjunto de

documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica,

pública ou privada, caracterizado pela natureza orgânica de sua

acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus sucessores,

para fins de prova ou informação. De acordo com a natureza do

suporte, o arquivo terá a qualificação respectiva, como, por exemplo:

arquivo audiovisual, fotográfico, iconográfico, de microformas,

informático.

Arquivo também pode ser o prédio ou uma de suas partes, onde são

guardados os conjuntos arquivísticos.

Pode ainda fazer referência à unidade administrativa cuja função é

reunir, ordenar, guardar e dispor para uso, conjuntos de documentos,

segundo os princípios e técnicas arquivísticos.

Por fim, também pode se referir ao móvel (mobília) destinado à

guarda de documentos.

Os três primeiros sentidos serão analisados ao longo de todo curso,

enquanto o último conceito, considerando que está atrelado à questão da

preservação dos acervos, será visto na última aula.

No que se refere ao arquivo enquanto conjunto de documento, o artigo

2º da lei 8.159/1991 (conhecida como lei de arquivos e que aparece muito

em concursos) revela que:

Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os

conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos

públicos, instituições de caráter público e entidades privadas,

em decorrência do exercício de atividades específicas, bem

como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da

informação ou a natureza dos documentos.

Vamos analisar os principais pontos do artigo citado:

Somente são considerados arquivos os conjuntos de documentos

decorrentes do exercício de atividades específicas. Ex: atividades do

setor contábil. Ficam de fora, por exemplo, a coleção de fotos

particulares do chefe do setor de contabilidade, posto que a mesma

não decorra das atividades específicas.

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Os conjuntos de documentos precisam ter sido produzidos ou

recebidos por uma determinada organização para ganharem o status

de arquivo. Ex: relatório contábil (documento produzido); ofício

recebido (documento recebido de outra organização).

Os conjuntos de documentos dizem respeito a todos os tipos de

pessoas físicas e jurídicas: órgãos públicos, instituições de caráter

público (ex: SPC/Serasa), entidades privadas e pessoa física.

Não importa o suporte (papel, fita, CD-Rom etc.) ou a natureza dos

documentos. A natureza dos documentos é referente à peculiaridade

dos mesmos e os divide em:

Arquivo especial – são os documentos em suportes diversos:

fotografias, discos, CDs, microfilme.

Arquivo especializado – são ligados a um determinado ramo

do saber humano, independente da forma: arquivos jurídicos,

arquivos médicos etc.

Diferença entre biblioteca e arquivo

T. R. Schellenberg, uma das maiores autoridades mundiais em

arquivos modernos, lugar comum em provas de concursos públicos,

estabeleceu um paralelo entre arquivos e bibliotecas, tendo em vista a

relativa confusão que as pessoas fazem. Desse modo, o autor, sugere que

as diferenças partem de dois pilares básicos:

1. Modo como os documentos se originaram

2. Modo pelo qual entraram nos respectivos acervos das bibliotecas e dos

arquivos

Vamos tabelar as diferenças que o autor verificou:

DIFERENÇAS RELATIVAS AO ACERVO

ARQUIVOS BIBLIOTECAS

Os documentos de arquivo são

produzidos e/ou acumulados em

função de uma atividade específica.

O material de uma biblioteca não é

produzido/acumulado em função de

uma atividade específica.

Os documentos de arquivos

compõem um todo. Assim, uma folha

de processo, por si só, não tem o

Materiais de bibliotecas compõem-se

de peças isoladas e independentes,

não guardando relação uns com os

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mesmo valor que todo processo. outros. Ex: livros.

Os documentos são produzidos com

objetivo de servir à determinada

pessoa ou organização. Após,

dependendo do documento, podem

adquirir cunho histórico e cultural.

Ex: termo de posse de um

presidente da república.

Os materiais são adquiridos com

finalidades culturais e/ou para fins de

pesquisa. Ex: os livros da biblioteca

de uma universidade.

A regra básica é tentar manter

apenas uma via de cada documento

original.

De acordo com a intensidade da

utilização, podemos ter vários

exemplares de um mesmo livro.

A classificação é realizada de acordo

com a peculiaridade do conjunto de

documentos e da instituição

produtora.

Existem métodos pré-determinados

para classificar e organizar os

documentos.

Nos arquivos, temos, dentre outros:

documentos textuais, audiovisuais e

cartográficos (mapas).

Nas bibliotecas, temos, dentre

outros: documentos impressos,

audiovisuais e cartográficos (mapas).

Instituições arquivísticas brasileiras

A lei 8.159/1991 estabelece que:

Art. 26. Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos

(Conarq), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá

a política nacional de arquivos, como órgão central de um

Sistema Nacional de Arquivos (Sinar).

§ 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo

Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por

representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas,

públicas e privadas.

§ 2º A estrutura e funcionamento do conselho criado

neste artigo serão estabelecidos em regulamento.

No ano de 2002, a referida lei foi regulamentada pelo decreto 4.073 de

3 de janeiro de 2002. Segue a parte do regulamento que nos interessa:

Art. 1o O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ,

órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, criado

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pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por

finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e

privados, bem como exercer orientação normativa visando à

gestão documental e à proteção especial aos documentos de

arquivo.

Art. 2o Compete ao CONARQ:

I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do

Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à

preservação e ao acesso aos documentos de arquivos;

II - promover o inter-relacionamento de arquivos

públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração

sistêmica das atividades arquivísticas;

III - propor ao Ministro de Estado da Justiça

normas legais necessárias ao aperfeiçoamento e à

implementação da política nacional de arquivos públicos e

privados;(Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de

2011) Vigência

IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos

constitucionais e legais que norteiam o funcionamento e o

acesso aos arquivos públicos;

V - estimular programas de gestão e de preservação de

documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito

Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência

das funções executiva, legislativa e judiciária;

VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de

desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política

nacional de arquivos públicos e privados;

VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos

nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos

Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e

Legislativo dos Municípios;

VIII - estimular a integração e modernização dos

arquivos públicos e privados;

IX - identificar os arquivos privados de interesse público

e social, nos termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991;

X - propor ao Presidente da República, por intermédio do

Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse

público e social de arquivos privados;

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XI - estimular a capacitação técnica dos recursos

humanos que desenvolvam atividades de arquivo nas

instituições integrantes do SINAR;

XII - recomendar providências para a apuração e a

reparação de atos lesivos à política nacional de arquivos

públicos e privados;

XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de

arquivos públicos e privados, bem como desenvolver

atividades censitárias referentes a arquivos;

XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e

instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou

complementares às suas, para prover e receber elementos de

informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações;

XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público

formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação,

cultura, ciência, tecnologia, informação e informática.

Um dos pontos que merecem destaque é que, os arquivos privados

que forem considerados de interesse público, são protegidos pela legislação.

Inclusive, os particulares detentores desses acervos estão proibidos de

vendê-los, sem antes consultar e oferecer ao poder público competente.

Considerando a independência entre os poderes, o poder judiciário

segue as normas do CONARQ?

A resposta é sim. O Conselho Nacional de Justiça instituiu o Programa

Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname).

Além disso, o Manual de Gestão Documental do Poder Judiciário declara

expressamente que o Poder Judiciário integra o Sistema Nacional de

Arquivos, que por sua vez é comandado pelo CONARQ. Em relação a este

ponto, vejamos alguns trechos importantes do Manual de Gestão

Documental do Poder Judiciário:

A instituição do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do

Poder Judiciário (Proname) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem

como principal objetivo implantar uma política nacional de gestão

documental e de preservação da memória dos diversos órgãos do judiciário

brasileiro.

As suas ações são voltadas à integração dos tribunais, à padronização e

utilização das melhores práticas de gestão documental, visando à

preservação e acessibilidade das informações contidas nos autos judiciais e

em documentos institucionais administrativos a fim de aperfeiçoar a

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prestação dos serviços jurisdicionais e administrativos do Poder Judiciário,

bem como a utilização dos acervos judiciais na construção da História.

A Constituição Federal de 1988, no art. 216, § 2º, determina que cabe à

administração pública, na forma da lei, tanto a gestão da documentação

governamental, quanto as providências para franquear sua consulta a

quantos dela necessitem. O comando constitucional foi em parte regrado

pela Lei n. 8.159/1991. De acordo com a referida lei, constituem deveres do

Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de

arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao

desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação.

O Poder Judiciário integra o Sistema Nacional de Arquivos (Sinar) e

participa do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), criado pelo art. 26 da

Lei n. 8.159/1991, por meio de representantes indicados.

Responsabilidade dos agentes públicos

O Manual de Gestão Documental do Poder Judiciário também elenca

uma série de normas que tratam da responsabilização dos agentes públicos

em face da documentação produzida ou recebida pela instituição. Vejamos:

Lei n. 8.159/1991 – Art. 25. Ficará sujeito à responsabilidade penal,

civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que

desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerado

como de interesse público e social.

Lei n. 9.605/1998 - Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: I – bem

especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; II -

arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou

similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial: Pena -

reclusão, de um a três anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime for

culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da

multa.

Código Penal – Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo

de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é

destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º Somente se procede

mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei n.

9.983/2000) § 1º- A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou

reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de

informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei

n. 9.983/2000) Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

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(Incluído pela Lei n. 9.983/2000) § 2º Quando resultar prejuízo para a

Administração Pública, a ação penal será incondicionada. (Incluído pela Lei

n. 9.983/2000) Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de

que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja

revelação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a

um ano, ou multa. Lei n. 9.296/1996 - Art. 10. Constitui crime realizar

interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou

quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não

autorizados em lei. Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Bem, passada essa parte introdutória (sugiro pelo menos uma

releitura), por meio da qual espero que vocês tenham assimilado o “espírito

da coisa”. Vamos analisar os principais termos utilizados na arquivística.

Um ponto que eu gostaria de deixar claro é que praticamente tudo que

estamos vendo aqui será aprofundado nas próximas aulas. Desse modo, não

precisa se preocupar em saber de ponta a ponta, por exemplo, o que é a

teoria das três idades. Repiso, a idéia, por enquanto, é situá-lo na matéria.

Outra coisa, não fique pensando que as próximas aulas serão difíceis.

Nada disso, apenas veremos mais detalhadamente os conceitos abaixo.

2. TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA

Nosso glossário de terminologia arquivística é uma adaptação do

glossário da Universidade Federal Fluminense (UFF).

ACERVO - Reunião de documentos armazenados num arquivo.

ACESSO / POLÍTICA - Direito de buscar informação e pesquisa numa

documentação, porém atendendo as normas e legislações, assim como, o

direito à privacidade, a segurança nacional e a ordem pública.

ARMAZENAMENTO - Estocagem de documentos, em locais apropriados que

lhe garantam preservação.

ARQUIVAMENTO - Consiste na embalagem e estocagem de documentos de

forma adequada a sua conservação, proteção, facilitando seu manuseio e

obedecendo a uma ordem estabelecida.

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ARQUIVÍSTICA – 1. Ciência, conhecida como arquivologia, tem como objeto

o estudo dos arquivos, seus princípios e técnicas, sua constituição,

organização, desenvolvimento e utilização. 2. Disciplina que permite a

gestão da informação orgânica, de três maneiras: unicamente administrativa

- principal preocupação com o valor primário do documento; Tradicional - dá

ênfase o valor secundário do documento; Integrada - maneira nova e

englobante, ocupando-se simultaneamente com o valor primário e

secundário do documento.

ARQUIVO CORRENTE (também chamado de ARQUIVO DE PRIMEIRA IDADE)

– 1. Constituído de documentos em movimentação ou freqüentemente

consultado, exclusivo do órgão produtor. Seu uso apresenta valor primário,

atendendo aos objetivos de sua criação. 2. Unidade ou órgão responsável

pelo arquivo corrente.

ARQUIVO INTERMEDIÁRIO (também chamado de ARQUIVO DE SEGUNDA

IDADE) – 1. Constituído de documentos que não sendo de uso corrente,

aguardam em armazenamentos, sua destinação final. 2.Unidade ou órgão

responsável pelo arquivo intermediário.

ARQUIVO PERMANENTE (também chamado de ARQUIVO DE TERCEIRA

IDADE, ou ARQUIVO HISTÓRICO) – 1. Constituído de documentos de guarda

permanente em razão do seu valor histórico informativo e probatório. Seu

uso apresenta um valor secundário de testemunho e informação. 2. Unidade

ou órgão responsável pelo arquivo permanente.

AVALIAÇÃO - O processo de avaliação de documentos de arquivo é feito

através de pré-requisitos estabelecidos, com análise e seleção de

documentos, indicando com precisão o prazo de guarda nas fases corrente,

intermediária e permanente, com identificação de seus valores primário e

secundário, devendo ser executado por uma equipe técnica, composta por

profissionais de diversas áreas, como: arquivistas, historiadores,

pesquisadores, profissionais das unidades organizacionais as quais os

documentos serão avaliados, economistas e etc.

CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS - Serie de etapas na qual passam os

documentos, caracterizados em intervalos de tempo, de acordo com a

freqüência da sua utilização. A vida dos documentos de arquivo são divididas

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em três intervalos de tempo: a atividade, a semi-atividade e a inatividade. O

ciclo vital dos documentos guarda relação com a teoria das três idades, que

veremos mais adiante.

CLASSIFICAÇÃO – Forma de organização (ex: por assunto, por data, por

nome etc.) da qual a instituição gestora visa a disposição dos documentos

de um arquivo, podendo haver restrição ou não quanto ao acesso e uso

dependendo das normas e legislações vigente.

CONSERVAÇÃO - Papel da arquivística que tem por destinação garantir aos

documentos de arquivo, condicionamento, armazenamento, preservação e

restauração.

DATAS-LIMITE - Dados que identificam a cronologia da unidade de

arquivamento, indicando datas de início e término do período que contém os

documentos.

DESCRIÇÃO - Constituídos de procedimentos, que partindo de elementos

formais e de conteúdo, permitem identificar o acervo arquivístico e elaborar

instrumentos de pesquisa. Trata-se de descrever o conteúdo do acervo.

DESTINAÇÃO - Atividades que após envolverem a avaliação, definem o

caminho quanto à guarda dos documentos, ou seja, guarda temporária,

guarda permanente, a eliminação ou reprodução.

DIAGNÓSTICO DE ARQUIVOS - Avaliação de dados básicos sobre as

condições dos arquivos, com o objetivo de implantar sistemas e estabelecer

programas quanto à produção, tramitação e arquivamento dos documentos.

DIPLOMÁTICA - Disciplina que tem por fim a estrutura formal e autêntica

dos documentos.

FUNDO – 1. Unidade de arranjo principal dos arquivos permanentes, onde os

documentos acumulados da fonte geradora passam a conviver com os de

outra fonte, reunidos por semelhanças de atividades, respeitando sua

origem. 2.Documentos reunidos, independentes da sua forma e suporte,

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reunidos orgânica e automaticamente, sendo utilizados por uma física ou

jurídica no decorrer das suas funções e atividades.

GESTÃO DE DOCUMENTOS - Avaliação rotineira, com o objetivo eficaz

quanto à criação, manutenção, classificação, tramitação e avaliação dos

documentos de arquivo.

PLANO DE CLASSIFICAÇÃO - Processo pelo qual se estabelece o método de

armazenamento, ordenação e classificação.

PRESERVAÇÃO - Procedimentos destinados a garantir proteção física dos

arquivos contra agentes decompositores.

PROCESSO – conjunto de documentos reunidos que vão sendo

organicamente acumulados e que são, em regra, inseparáveis, no decorrer

de uma ação/procedimento administrativo ou judicial.

PROTOCOLO – 1. Setor responsável pelo recebimento, atuação (registro),

distribuição e movimentação de documentos. 2. Livro no qual são

registrados os documentos. 3. Número de registro dado ao documento.

RECOLHIMENTO (ou GUARDA) – Nome técnico dado à passagem dos

arquivos correntes ou intermediários para o arquivo permanente.

TABELA DE TEMPORALIDADE - Registro do ciclo de vida dos documentos,

elaborado após análise e aprovação por autoridade competente,

determinando o prazo de guarda, transferência, recolhimento, eliminação e

reprodução dos documentos.

TEORIA DAS TRÊS IDADES - Teoria na qual os arquivos passam por três

períodos distintos de arquivamento, dependendo de seu uso: arquivo

corrente, arquivo intermediário e arquivo permanente.

TIPOLOGIA DOCUMENTAL - Conjunto de caracteres utilizados para estudar

os tipos documentais.

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TRANSFERÊNCIA – Nome técnico dado à passagem dos arquivos correntes

para os intermediários.

VALOR PRIMÁRIO - Valor que o documento apresenta para atender a

finalidade de sua criação, com vista ao uso para fins administrativos, legais

e fiscais.

VALOR PROBATÓRIO – 1. Valor que possuem os documentos que envolvam

direitos, prova ou testemunho, tanto de pessoas físicas ou jurídicas quanto

da coletividade. 2. A qualidade pela qual os documentos de arquivo

permitem conhecer a estrutura, as funções e as atividades da instituição que

os produziu ou acumulou.

VALOR SECUNDÁRIO - Com fins, diferentes para os quais foram originados,

tem em vista o uso do documento como fonte de pesquisa, informação para

o próprio serviço e para terceiros.

VIGÊNCIA - Tempo na qual os documentos possuem validade, obedecendo a

um ciclo de vida e uma tabela de temporalidade.

3. PRINCÍPIOS DA ARQUIVOLOGIA

Como praticamente ocorre em toda as ciências, a Arquivologia possui

alguns princípios que devem ser seguidos pelos agentes responsáveis pela

documentação. Vou dispor os princípios seguindo a ordem de intensidade

que os mesmos aparecem em provas, sendo certo que o primeiro princípio,

o princípio da proveniência, aparece em praticamente metade das provas

que cobram este assunto.

PROVENIÊNCIA

Um dos princípios fundamentais da Arquivologia, talvez

por isso apareça tanto em provas, determina que os

arquivos oriundos de uma mesma fonte (proveniência)

não devem ser misturados com os arquivos de outra

fonte. Ex: os arquivos da Polícia Federal que vão para o

Arquivo Nacional devem ficar separados dos arquivos da

Receita Federal. Em linhas gerais, o arquivo proveniente

de cada instituição não pode se misturar com os de

outras instituições.

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INTEGRIDADE/

INDIVISIBILIDADE

Os fundos devem ser mantidos sem divisão, dispersão,

separação, ou seja, você não deve guardar metade do

arquivo de órgão no prédio A e a outra metade no

prédio B.

RESPEITO À

ORDEM ORIGINAL

De acordo com esse princípio os arquivos de uma

mesma proveniência devem conservar a ordenação

estabelecida pela entidade produtora, a fim de se

preservar as relações entre os documentos como

testemunho do funcionamento daquela entidade.

ORGANICIDADE

Podemos dizer que esse princípio é um desdobramento

do princípio da ordem original. A organicidade é a

qualidade segundo a qual os arquivos espelham a

estrutura, funções e atividades da entidade

produtora/acumuladora em suas relações internas e

externas.

UNICIDADE

De acordo com esse princípio, os documentos que são

produzidos em diversas vias originais e ou cópias, após

sua regular utilização devem ser reduzidos a apenas 1

(um) original para arquivamento.

4. BIBLIOGRAFIA

1. PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. Editora FGV, 2009.

2. SCHELLENBERG, Theodore R. Arquivos Modernos: princípios e técnicas.

Editora FGV, 2009.

Sites consultados:

www.arquivonacional.gov.br

www.cnj.gov.br

www.conarq.arquivonacional.gov.br

www.uff.br/iacs/arquivologia/coord_arquiv.htm

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5. QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC/TRE-AP/Técnico Judiciário/2007)

A definição da política nacional de arquivos públicos e privados, bem

como a orientação normativa visando à gestão documental e à

proteção especial aos documentos do arquivo são atribuições do

(A) Arquivo Federal Brasileiro.

(B) Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos.

(C) Conselho Nacional de Arquivos.

(D) Conselho Federal de Arquivologia.

(E) Sistema Nacional de Arquivos.

Comentário:

De acordo com o Art. 1o, do decreto4.073/2002, O Conselho Nacional de

Arquivos - CONARQ, órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional,

criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por

finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados,

bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à

proteção especial aos documentos de arquivo.

Portanto,

GABARITO: C

2. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2011)

Em seu ciclo vital, os arquivos passam por fases sucessivas a que se

convencionou chamar de corrente, intermediária e permanente. O

ingresso de documentos nesta última etapa é conhecido como

(A) recolhimento.

(B) encaminhamento.

(C) passagem.

(D) remessa.

(E) transferência.

Comentário:

Essa resposta você encontra em nosso glossário. O nome técnico do

procedimento que leva o documento para a fase permanente é:

RECOLHIMENTO OU GUARDA.

GABARITO: A

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3. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2011)

A qualidade pela qual os documentos de arquivo permitem conhecer

a estrutura, as funções e as atividades da instituição que os produziu

ou acumulou é conhecida como

(A) princípio da ordem original.

(B) teoria das três idades.

(C) conservação preventiva.

(D) valor probatório.

(E) tabela de temporalidade

Comentário:

Temos duas definições complementares: 1. Valor que possuem os

documentos que envolvam direitos, prova ou testemunho, tanto de pessoas

físicas ou jurídicas quanto da coletividade. 2. A qualidade pela qual os

documentos de arquivo permitem conhecer a estrutura, as funções e as

atividades da instituição que os produziu ou acumulou.

GABARITO: D

4. (FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário/2011)

Os arquivos originários de uma instituição ou pessoa devem manter

sua individualidade, não sendo misturados aos de origem diversa.

Este é o enunciado do princípio da

(A) equivalência.

(B) territorialidade.

(C) pertinência.

(D) destinação.

(E) proveniência.

Comentário:

A questão faz referência a um dos princípios da arquivologia. Volto a

alertá-los de que este é o princípio que mais aparece em provas de

concursos. Os arquivos de uma instituição devem ser guardados juntos, sem

serem misturados aos de outras instituições.

GABARITO: E

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5. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

Integridade arquivística é atributo segundo o qual um fundo deve se

conservar

(A) classificado e descrito.

(B) permanente e analítico.

(C) orgânico e vital.

(D) indivisível e coeso.

(E) restaurado e microfilmado.

Comentário:

Trata-se do princípio da intregridade/indivisibilidade, segundo o qual

os fundos devem ser mantidos sem divisão, dispersão, separação, ou seja,

você não deve guardar metade do arquivo de um determinado órgão no

prédio A e a outra metade no prédio B.

GABARITO: D

6. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

Um fundo de arquivo difere de uma coleção porque os documentos

que o compõem

(A) são passíveis de descrição.

(B) só podem ser ordenados alfabeticamente.

(C) estão sempre organizados segundo sua destinação final.

(D) ficam armazenados em depósitos correntes e intermediários.

(E) são naturalmente produzidos e acumulados.

Comentário:

Os arquivos são naturalmente produzidos e/ou acumulados em função

de uma atividade específica. Por outro lado, uma coleção de fotografias ou

de selos, por exemplo, não tem um caráter de arquivo, tendo em vista que

não são naturalmente produzidos, esse acervo decorre de uma vontade de

guardar espontânea... um hobby.

GABARITO: E

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7. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

O processo é uma unidade documental formada no decorrer de ação

(A) conclusiva ou decisória.

(B) técnica ou prática.

(C) científica ou teórica.

(D) normativa ou impositiva.

(E) administrativa ou judiciária.

Comentário:

Questão tranquila. Consta do nosso glossário de terminologia

arquivística.

GABARITO: E

8. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

O setor de protocolo recebe os documentos de uma instituição,

encarregando-se de

(A) sua descrição e difusão.

(B) sua avaliação e digitalização.

(C) seu diagnóstico e planejamento.

(D) seu descarte e acondicionamento.

(E) sua distribuição e tramitação.

Comentário:

As atribuições do setor de protocolo são: recebimento, atuação

(registro), distribuição e movimentação (tramitação) de documentos.

GABARITO: E

9. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

Os arquivos acumulados por determinada instituição devem manter,

a todo custo, sua individualidade, sem que seus documentos sejam

misturados aos de origem diversa.

Tal recomendação é conhecida, no âmbito da Arquivologia, como

princípio da

(A) ordem original.

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(B) destinação.

(C) temporalidade.

(D) territorialidade.

(E) proveniência.

Comentário:

Olha ele aí de novo. Mais uma vez o princípio da proveniência.

GABARITO: E

10. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007)

Inspirados no clássico autor Schellenberg, os manuais de

Arquivologia costumam definir os procedimentos da área

comparando-os aos praticados pelas demais instituições de custódia

de documentos. Nessa linha de abordagem, é possível afirmar que os

arquivos,

(A) ao contrário das bibliotecas, reúnem documentos desprovidos de

autonomia.

(B) ao contrário dos museus, não dispõem de documentos

iconográficos.

(C) ao contrário das bibliotecas, só comportam documentos

manuscritos e dactiloscritos.

(D) à semelhança dos museus, têm uma função social de lazer e

entretenimento.

(E) à semelhança dos centros de documentação, organizam seu

universo documental a partir de descritores e palavras-chave.

Comentário:

A questão não é difícil, mas exige uma boa dose de reflexão. Trata-se

da comparação entre arquivo e biblioteca. A opção A diz que os documentos

de um arquivo são desprovidos de autonomia. Isso significa dizer que um

documento arquivístico deve pertencer a um determinado fundo de arquivo.

Enquanto a biblioteca tem peças isoladas, o arquivo é composto de

documentos que guardam relação entre si.

GABARITO: A

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11. (FCC/TRE-PI/Técnico Judiciário/2009)

A determinação segundo a qual os arquivos originários de uma

instituição devem manter sua individualidade, sem misturar-se aos

de origem diversa, é conhecida como princípio (A) do respeito à

ordem original.

(B) da classificação.

(C) da destinação.

(D) do isolamento.

(E) da proveniência.

Comentário:

Outra vez... estou fazendo de propósito para que você não esqueça.

Cai muito em prova.

GABARITO: E

12. (FCC/TRT 23ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

A propósito do paralelismo entre as diferentes instituições de

custódia de documentos, considere as afirmativas abaixo.

I. A diferença entre o material de biblioteca e o de arquivo

independe de técnica de registro, suporte ou formato.

II. Ao museu histórico devem ser recolhidos os documentos de

arquivo de valor permanente.

III. Ao contrário dos arquivos, museus e centros de documentação

formam seus acervos por meio de coleções.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) I, II e III.

(D) II e III, apenas.

(E) I e III, apenas.

Comentário:

Vamos analisar cada um dos itens:

I. Certa. O que torna os acervos de uma biblioteca diferente é a origem do

documento, os métodos, o gênero etc. Pouco importa como o documento vai

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ser registrado (se em fichas de papel, base de dados eletrônicas etc),

tampouco importa o suporte ou formato (se é em papel, em CD, em DVD).

II. Errada. Ao museu são recolhidas peças de valor permanente. Os

arquivos de valor permanente devem ser recolhidos ao arquivo.

III. Certa. Os arquivos formam seus acervos em virtude de uma atividade

específica, enquanto museus e bibliotecas formam seus acervos através de

coleções.

GABARITO: E

13. (FCC/TRT 19ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

A guarda dos arquivos se inscreve na duração, no tempo longo da

vida dos homens e das instituições, ao contrário das necessidades da

comunicação, da informação e, em geral, da documentação, que são

orientadas para a atualidade e o imediato.

Neste trecho de seu livro Arquivos para quê? (São Paulo, 2010),

Bruno Delmas refere-se ao binômio

(A) arquivos públicos e arquivos privados.

(B) arquivo permanente e arquivo corrente.

(C) arquivologia e ciência da informação.

(D) arranjo e descrição.

(E) atividades-fim e atividades-meio.

Comentário:

Outra questão que não é difícil, no entantp merece uma boa dose de

reflexão. Também não é prá menos, não sei se vocês perceberam, mas essa

e algumas outras são questões de nível superior e para quem fez graduação

em Arquivologia. É sempre bom a gente estudar em um nível um pouco

acima da prova que vamos fazer, afinal, como diz o ditado: “quem pode o

mais, pode o menos”.

Vamos lá:

Olhando as opções a questão fica um pouco mais fácil. Também vamos

dividir o cabeçalho da questão:

“A guarda dos arquivos se inscreve na duração, no tempo longo da

vida dos homens e das instituições” Guarda ou recolhimento dizem

respeito aos arquivos permanentes (ou históricos).

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“...ao contrário das necessidades da comunicação, da informação e,

em geral, da documentação, que são orientadas para a atualidade e

o imediato” utilização imediata, o aqui e agora, dizem respeito à

documentação em fase corrente (primeira idade). Logo,

GABARITO: B

14. (FCC/TRT 19ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

O princípio do respeito à ordem original tem sido objeto de polêmica

na área arquivística. Uns preferem considerá-lo de forma estrita,

respeitando a ordem física que os documentos tinham na fase

corrente. Outros o entendem à luz do fluxo natural com que foram

produzidos, traduzindo-o como princípio do respeito à

(A) organicidade.

(B) sucessão arquivística.

(C) jurisdição arquivística.

(D) integridade.

(E) temporalidade.

Comentário:

Lembram-se de que eu comentei que o princípio da organicidade é um

desdobramento do princípio da ordem original. A questão explica um dos

motivos pelos quais existe esse desdobramento, que é a discórdia existente

em torno do princípio da ordem original.

GABARITO: A

15. (FCC/TRT 19ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

De acordo com critério baseado na responsabilidade, os documentos

de primeira idade ficam sob a custódia

(A) do arquivo intermediário.

(B) do arquivo permanente.

(C) de empresa de guarda terceirizada.

(D) de um centro de documentação.

(E) do órgão produtor.

Comentário:

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Documentos de primeira idade, em fase corrente, são aqueles que

estão sendo constantemente utilizados. Logo, devem permanecer junto ao

órgão produtor, salvo necessárias e eventuais movimentações.

GABARITO: E

6. LISTA DAS QUESTÕES

1. (FCC/TRE-AP/Técnico Judiciário/2007)

A definição da política nacional de arquivos públicos e privados, bem como a

orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos

documentos do arquivo são atribuições do

(A) Arquivo Federal Brasileiro.

(B) Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos.

(C) Conselho Nacional de Arquivos.

(D) Conselho Federal de Arquivologia.

(E) Sistema Nacional de Arquivos.

2. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2011)

Em seu ciclo vital, os arquivos passam por fases sucessivas a que se

convencionou chamar de corrente, intermediária e permanente. O ingresso

de documentos nesta última etapa é conhecido como

(A) recolhimento.

(B) encaminhamento.

(C) passagem.

(D) remessa.

(E) transferência.

3. (FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário/2011)

A qualidade pela qual os documentos de arquivo permitem conhecer a

estrutura, as funções e as atividades da instituição que os produziu ou

acumulou é conhecida como

(A) princípio da ordem original.

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(B) teoria das três idades.

(C) conservação preventiva.

(D) valor probatório.

(E) tabela de temporalidade

4. (FCC/TRE-TO/Técnico Judiciário/2011)

Os arquivos originários de uma instituição ou pessoa devem manter sua

individualidade, não sendo misturados aos de origem diversa. Este é o

enunciado do princípio da

(A) equivalência.

(B) territorialidade.

(C) pertinência.

(D) destinação.

(E) proveniência.

5. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

Integridade arquivística é atributo segundo o qual um fundo deve se

conservar

(A) classificado e descrito.

(B) permanente e analítico.

(C) orgânico e vital.

(D) indivisível e coeso.

(E) restaurado e microfilmado.

6. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

Um fundo de arquivo difere de uma coleção porque os documentos que o

compõem

(A) são passíveis de descrição.

(B) só podem ser ordenados alfabeticamente.

(C) estão sempre organizados segundo sua destinação final.

(D) ficam armazenados em depósitos correntes e intermediários.

(E) são naturalmente produzidos e acumulados.

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7. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

O processo é uma unidade documental formada no decorrer de ação

(A) conclusiva ou decisória.

(B) técnica ou prática.

(C) científica ou teórica.

(D) normativa ou impositiva.

(E) administrativa ou judiciária.

8. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

O setor de protocolo recebe os documentos de uma instituição,

encarregando-se de

(A) sua descrição e difusão.

(B) sua avaliação e digitalização.

(C) seu diagnóstico e planejamento.

(D) seu descarte e acondicionamento.

(E) sua distribuição e tramitação.

9. (FCC/TRT 8ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2010)

Os arquivos acumulados por determinada instituição devem manter, a todo

custo, sua individualidade, sem que seus documentos sejam misturados aos

de origem diversa.

Tal recomendação é conhecida, no âmbito da Arquivologia, como princípio

da

(A) ordem original.

(B) destinação.

(C) temporalidade.

(D) territorialidade.

(E) proveniência.

10. (FCC/TRE-SE/Técnico Judiciário/2007)

Inspirados no clássico autor Schellenberg, os manuais de Arquivologia

costumam definir os procedimentos da área comparando-os aos praticados

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pelas demais instituições de custódia de documentos. Nessa linha de

abordagem, é possível afirmar que os arquivos,

(A) ao contrário das bibliotecas, reúnem documentos desprovidos de

autonomia.

(B) ao contrário dos museus, não dispõem de documentos iconográficos.

(C) ao contrário das bibliotecas, só comportam documentos manuscritos e

dactiloscritos.

(D) à semelhança dos museus, têm uma função social de lazer e

entretenimento.

(E) à semelhança dos centros de documentação, organizam seu universo

documental a partir de descritores e palavras-chave.

11. (FCC/TRE-PI/Técnico Judiciário/2009)

A determinação segundo a qual os arquivos originários de uma instituição

devem manter sua individualidade, sem misturar-se aos de origem diversa,

é conhecida como princípio (A) do respeito à ordem original.

(B) da classificação.

(C) da destinação.

(D) do isolamento.

(E) da proveniência.

12. (FCC/TRT 23ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

A propósito do paralelismo entre as diferentes instituições de custódia de

documentos, considere as afirmativas abaixo.

I. A diferença entre o material de biblioteca e o de arquivo independe de

técnica de registro, suporte ou formato.

II. Ao museu histórico devem ser recolhidos os documentos de arquivo de

valor permanente.

III. Ao contrário dos arquivos, museus e centros de documentação formam

seus acervos por meio de coleções.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) I, II e III.

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Arquivologia p/ TRE-SP Teoria e exercícios comentados

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(D) II e III, apenas.

(E) I e III, apenas.

13. (FCC/TRT 19ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

A guarda dos arquivos se inscreve na duração, no tempo longo da vida dos

homens e das instituições, ao contrário das necessidades da comunicação,

da informação e, em geral, da documentação, que são orientadas para a

atualidade e o imediato.

Neste trecho de seu livro Arquivos para quê? (São Paulo, 2010), Bruno

Delmas refere-se ao binômio

(A) arquivos públicos e arquivos privados.

(B) arquivo permanente e arquivo corrente.

(C) arquivologia e ciência da informação.

(D) arranjo e descrição.

(E) atividades-fim e atividades-meio.

14. (FCC/TRT 19ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

O princípio do respeito à ordem original tem sido objeto de polêmica na área

arquivística. Uns preferem considerá-lo de forma estrita, respeitando a

ordem física que os documentos tinham na fase corrente. Outros o

entendem à luz do fluxo natural com que foram produzidos, traduzindo-o

como princípio do respeito à

(A) organicidade.

(B) sucessão arquivística.

(C) jurisdição arquivística.

(D) integridade.

(E) temporalidade.

15. (FCC/TRT 19ª REG./Analista Judiciário-Arquivologia/2011)

De acordo com critério baseado na responsabilidade, os documentos de

primeira idade ficam sob a custódia

(A) do arquivo intermediário.

(B) do arquivo permanente.

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(C) de empresa de guarda terceirizada.

(D) de um centro de documentação.

(E) do órgão produtor.

7. GABARITOS

1. C 2. A 3. D 4. E 5. D

6. E 7. E 8. E 9. E 10. A

11. E 12. E 13. B 14. A 15. E

Pessoal,

Encerramos aqui nossa aula demonstrativa, espero revê-los em breve,

na aula 1, para que possamos dar continuidade ao nosso estudo.

Ressalto que este é um curso completo. Não penso em trabalharmos

para acertar as questões comuns que todo mundo acerta. A idéia é que,

juntos, possamos desenvolver um trabalho que o prepare para o que der e

vier.

Forte abraço!!!!!

Meu e-mail: [email protected]