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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS P/ ANALISTA JUDICIÁRIO

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Olá, concurseiro!

Foi publicado o edital do concurso do Conselho Nacional de

Justiça. Portanto você não tem mais desculpa para ficar aí parado. Vamos

começar a estudar agora mesmo!

A equipe do Ponto e eu preparamos este curso de teoria e

exercícios comentados de Língua Portuguesa especialmente para ajudá-lo a

superar a concorrência. Cabe ressaltar que ele abrange o conteúdo

programático para os cargos de analista judiciário.

Ah, você não me conhece ainda? Então, permita-me fazer uma

breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras

(Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em

Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército

Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há onze anos

ministro aulas de Língua Portuguesa voltadas para concursos públicos. Iniciei

minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde

2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e

redação oficial. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da

Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e

ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Já integrei o

quadro de instrutores da Esaf e de outras instituições particulares. No Ponto

dos Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ, ICMS-

SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU,

Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin, Senado Federal, Câmara dos

Deputados, Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª

Região, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, CEF, Banco do Brasil... A lista é

extensa. Atualmente, também estou trabalhando com aulas em vídeo (Ponto

Vídeo) e integrando a equipe dos professores que assessoram os candidatos na

elaboração de recursos (Ponto Recursos).

Meu endereço eletrônico é [email protected].

Sempre que precisar, faça contato comigo. Mas lembre-se de que as dúvidas,

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críticas e sugestões específicas sobre este curso devem ser direcionadas ao

fórum de cada aula.

Você agora deve querer saber como este curso está estruturado,

certo? Tudo bem, eu vou explicar cada detalhe. Nossas aulas serão

desenvolvidas com base no EDITAL Nº 1 – CNJ, DE 16 DE NOVEMBRO DE

2012. O Cespe foi contratado para elaborar as provas, que deverão ser

aplicadas dia 17 de fevereiro de 2013.

Eis abaixo o programa para analista judiciário:

1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2

Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da ortografia oficial.

3.1 Emprego das letras. 3.2 Emprego da acentuação gráfica. 4 Domínio dos

mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação,

substituição e repetição, de conectores e outros elementos de sequenciação

textual. 4.2 Emprego/correlação de tempos e modos verbais. 5 Domínio da

estrutura morfossintática do período. 5.1 Relações de coordenação entre

orações e entre termos da oração. 5.2 Relações de subordinação entre orações

e entre termos da oração. 5.3 Emprego dos sinais de pontuação. 5.4

Concordância verbal e nominal. 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.6

Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescritura de frases e parágrafos do texto.

6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.2 Retextualização de

diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Redação de correspondência

oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1

Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.2 Adequação do formato do

texto ao gênero.

O que achou? Calma! As coisas não são o que parecem. Minha

experiência com o Cespe me permitirá direcionar você para aquilo que a

banca mais costuma cobrar nas provas que elabora. Digo frequentemente

aos meus alunos que ninguém precisa saber tudo o que consta no edital, mas

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deve saber o que geralmente aparece em prova. É aí que eu entro em cena,

direcionando seus estudos.

Você estudará todos esses assuntos comigo em nove aulas,

incluindo esta (que é a aula demonstrativa). Eis a distribuição do

conteúdo:

Aula 0 – Ortografia oficial e acentuação gráfica

Aula 1 – Emprego das classes de palavras

Aula 2 – Regência e crase

Aula 3 – Sintaxe da oração

Aula 4 – Sintaxe do período

Aula 5 – Pontuação

Aula 6 – Concordância

Aula 7 – Texto: compreensão, interpretação, tipologia; significação

das palavras

Aula 8 – Redação de correspondência oficial

Visando à sua melhor preparação, comentarei questões de

provas elaboradas pelo Cespe/UnB, inclusive as que caíram em 2012.

Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos

enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. Como a instituição

tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele, apresentar várias

assertivas, é possível que eu repita o mesmo texto (ou fragmento dele) na

explicação do conteúdo de outras aulas. Portanto, não estranhe se isso

acontecer. O procedimento é puramente didático. Dessa forma, pretendo

aproximar você daquilo que vem sendo exigido pelo Cespe sobre determinado

assunto da Língua Portuguesa em concursos públicos.

Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor

forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental

para o bom rendimento do curso.

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Apresentação da Matéria

A partir de agora, começo a ministrar os primeiros conteúdos deste

curso de Língua Portuguesa.

Acredito que você obterá uma noção de como as explicações serão

transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei

em nossos próximos encontros.

Espero que aproveite cada explicação da melhor forma possível.

Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental para o bom

rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!

Ortografia

No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras

é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da

língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de

escrever as palavras.

Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e

as atuais estarão em vigor até 31 de dezembro 2012. Por quê? Porque o então

presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008,

além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi

assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 –, também estabeleceu um

período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012,

durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova

norma estabelecida”.

Como sua prova deverá ser aplicada em 2013, as regras NOVAS

serão enfatizadas neste curso.

Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a

grafia de todas as palavras da nossa Língua. Entretanto podemos sistematizar

a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do

seu radical. É isso que você verá aqui. A experiência nos permite dizer que

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esse processo é muito útil no momento de resolver uma questão de concurso.

Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas

poucas linhas. O que você precisa entender é que a prática de leitura de livros,

jornais, revistas e dicionários deve ser somada à minha explicação.

Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS.

• Usa-se, normalmente, a letra X:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar

2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar

encher, encharcar,

enchova, enchumaçar e

derivados dessas

palavras

3 – depois da sílaba ME,

quando “fechada” mexa (verbo), mexerico

mecha (substantivo) =

pronúncia “aberta”

• Usa-se, normalmente, a letra G:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos sufixos AGEM,

IGEM e UGEM

viagem (substantivo),

vertigem, ferrugem

pajem, lajem,

lambujem

2 – nos sufixos AGIO,

EGIO, IGIO, OGIO e

UGIO

pedágio, colégio,

prestígio, relógio,

refúgio

3 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem G no radical

(você perceberá que

esse princípio vale

também para o emprego

de outras letras)

margem/margear,

homenagem/homenagear

monge/monja, eu dirijo

(flexão do verbo dirigir).

Imaginem se

mantivéssemos a letra

“g” nas palavras

derivadas...

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• Usa-se, normalmente, a letra J:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras de origem indígena,

africana e árabe

pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,

cafajeste, jerico, jequitibá

2 – nas flexões dos verbos que

possuem J no radical

viajar (verbo) – que eles viajem;

bocejar – eu bocejei

3 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem J no radical gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado

4 – nas palavras de origem latina jeito, hoje, majestade, injetar, objeto,

ultraje

• Usa-se, normalmente, a letra Ç:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem T no radical

exceto – exceção, setor – seção, cantar

– canção

2 – nas palavras de origem indígena,

árabe e africana

miçanga, paçoca, muriçoca,

muçulmano, açougue, açoite

3 – nos sufixos AÇU e AÇO babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu,

golaço, poetaço, atrevidaço

4 – depois de ditongo compleição, feição, beiço

• Usa-se, normalmente, a letra S:

QUANDO EXEMPLO

1 – nos substantivos que designam

origem, título honorífico e feminino

chinês, japonês, baronesa, duquesa,

sacerdotisa, poetisa

2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose

3 – nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso, gostosa

4 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem D, RT ou RG no seu

iludir – ilusão, defender – defesa;

divertir – diversão, inverter – inversão;

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radical imergir – imersão, submergir –

submersão

5 – no prefixo TRANS e nos seus

derivados

transatlântico, trasladar (ou

transladar)

6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa

7 – nas formas verbais derivadas dos

verbos QUERER e PÔR quis, quisera, pusera, compusera

• Usa-se, normalmente, SS:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem as expressões

CED, GRED, PRIM, MIT,

MET e CUT no radical

suceder – sucessão,

regredir – regressão,

comprimir –

compressão, demitir –

demissão, intrometer –

intromissão, discutir –

discussão

2 – prefixo terminado

em vogal + palavra

começada por S

pre + sentir = pressentir

(repare que o “s” foi

duplicado”)

• Usa-se, normalmente, a letra Z:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas terminações EZ

e EZA, formando

substantivos

abstratos derivados de

adjetivos

insensato – insensatez,

nu – nudez; claro –

clareza, belo – beleza

2 – nas terminações sintonia – sintonizar, a) se a palavra possuir

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IZAR, formando

infinitivos verbais

real – realizar, visual –

visualizar

S em sua parte final, o

infinitivo verbal também

levará S: análise –

analisar, paralisia –

paralisar;

b) Hipnose – hipnotizar;

Síntese – sintetizar;

Batismo – batizar;

Catequese – catequizar;

Ênfase – enfatizar.

(Lembre-se da sigla de

um famoso banco, só

que com E no final:

HSBCE).

3 – como consoante de

ligação

pé + udo = pezudo; guri

+ ada = gurizada

• Usa-se, normalmente, a letra H:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras ligadas

por hífen em que o

segundo elemento

começa com H

anti-higiênico, pré-

histórico, super-homem desarmonia, lobisomem

2 – na palavra Bahia as palavras derivadas

não possuem H: baiano

• Verbos terminados em EAR e IAR:

1 – são irregulares os

verbos terminados em

passear: passeio,

passeias, passeia,

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EAR; eles recebem a

letra I nas formas

rizotônicas (eu, tu, ele,

eles – a sílaba tônica

integra o radical)

passeamos, passeais,

passeiam

2 – são regulares os

verbos terminados em

IAR

premiar: premio,

premias, premia,

premiamos, premiais,

premiam

Mediar, Ansiar,

Remediar, Incendiar,

Odiar (MARIO): apesar

de terminarem em IAR,

são irregulares e

recebem a letra E nas

formas rizotônicas (eu,

tu, ele, eles): odeio,

odeias, odeia, odiamos,

odiais, odeiam

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,

certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou

outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e

meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.

• MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,

refere-se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa

adverbial, equivale-se a assim que, quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,

contrário de bom)

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ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma

classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque

a banca examinadora pode sugerir o contrário. O Cespe/UnB, por exemplo,

pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem,

destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos

em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes

de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade.

Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão

nos próximos exemplos.

• POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início

da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase

interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e

o “que” é tônico)

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome

relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

ATENÇÃO! Note a colocação no final da frase ou no final de oração,

antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.

Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o

cantor estava inquieto.

Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.

Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

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• PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,

indica circunstância de causa)

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa

explicativa)

c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é

substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),

use a expressão separada.

• SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica

alternância de ideias que se excluem mutuamente)

b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém,

a não ser)

c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é

substantivo)

d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção

subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas

quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.

• ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de

+ os –, equivale-se a sobre, a respeito de)

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b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

(refere-se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a

aproximadamente)

• AFIM x A FIM DE

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em

número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,

denota finalidade, objetivo, intenção)

• DEMAIS x DE MAIS

a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo,

equivale-se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)

b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido, equivale-se a

outros, restantes, vem precedido de artigo)

c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)

ATENÇÃO! Com relação a de menos, a professora Maria Tereza de Queiroz

Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais.

De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo ("saber

de menos"), segundo a autora do livro Português para redação (edição

esgotada). Moral da história: junto a substantivo, use de mais e de menos;

junto a verbo, use demais e pode usar de menos também.

• ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a

preposição em, na língua portuguesa não existe a suposta contração nonde,

indicada por em + onde; é errada sua utilização para substituir nomes que

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não indicam lugar: Na reunião onde estávamos, houve muita discussão.

Nesse caso, prefira a locução em que.)

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em

razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +

onde)

c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também

por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:

“Aonde” = a + onde)

• MAS x MAIS

a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa

adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)

b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,

refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)

c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a

substantivo)

• HÁ x A

a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)

b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)

• DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.

(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,

concordância)

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• À TOA (o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo

contexto)

a) Ele era uma pessoa à toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um

substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante)

b) Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem

rumo certo, a esmo, sem fazer nada)

• DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo

contexto)

a) O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido

por artigo, equivale-se a cotidiano)

b) Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de

tempo, equivale-se a diariamente)

• TAMPOUCO x TÃO POUCO

a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.

(advérbio de negação, equivale-se a também não)

b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de

intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)

c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro

advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, resumirei aqui os casos

importantes.

Prefixos Usa-se hífen Não se usa hífen

Agro, ante, anti, arqui, auto,

contra, extra, infra, intra,

macro, mega, micro, maxi,

Quando a palavra

seguinte começa com h

ou com vogal igual à

a) Em todos os demais

casos: autorretrato,

autossustentável,

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mini, semi, sobre, supra,

tele, ultra...

última do prefixo: auto-

-hipnose, auto-

-observação, anti-herói,

anti-imperalista, micro-

-ondas, mini-hotel

autoanálise,

autocontrole,

antirracista, antissocial,

antivírus, minidicionário,

minissaia, minirreforma,

ultrassom... (perceba

que as letras R e S

são duplicadas).

b) Quando se usam os

prefixos des- e in-,

caem o h e o hífen:

desumano, inabitável,

desonra, inábil.

c) Também com os

prefixos co- e re- caem

o h e o hífen: coordenar,

coerdeiro, coabitar,

reabilitar, reeditar,

reeleição.

Hiper, inter, super

Quando a palavra

seguinte começa com h

ou com r: super-homem,

inter-regional

Em todos os demais

casos: hiperinflação,

supersônico

Sub, sob, ob, ab

Quando a palavra

seguinte começa com b,

h ou r: sub-base, sub-

-reino, sub-humano (ou

subumano)

Em todos os demais

casos: subsecretário,

subeditor

Vice, ex, sem, além, aquém, Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar,

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recém, pós, pré, pró além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor,

ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,

pós-graduação, pré-história, pré-vestibular,

pró-europeu, recém-casado, recém-nascido,

sem-terra

Pan, circum, mal

Quando a palavra

seguinte começa com h,

m, n ou vogais: pan-

americano, circum-

hospitalar

Em todos os demais

casos: pansexual,

circuncisão

Quero enfatizar o seguinte:

1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel,

proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal

com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,

autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,

extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,

semiesférico, semiopaco.

3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo

elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,

super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo

elemento começar por vogal.

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Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,

interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,

superexigente, superinteressante, superotimismo.

Acentuação Gráfica

A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que

também é mais um tópico do programa. Comecemos assim:

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa

língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da

vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos

vocábulos:

1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS � o acento é empregado naqueles

terminados por A(S), E(S) ou O(S)

Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles

serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.

Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir,

prosseguir.

Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por

pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as

vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes

oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =

pô-los; fez + a = fê-la.

2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) � usa-se o acento

quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:

Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

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CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão

acentuados, salvo se estiverem em hiato.

Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

1. (Cespe/MPE-PI/Cargos de Nível Médio/2012) Os verbos “comunicar”,

“ensinar” e “comandar”, quando complementados pelo pronome a,

acentuam-se da mesma forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-

las”.

Comentário – As formas verbais terminadas em R, S e Z perdem essas letras

quando complementadas pelos pronomes oblíquos átonos O(S) e A(S). Tais

pronomes recebem a letra L. Exemplos: ensinar + a = ensiná-la; comandar +

os = comandá-los; fazer + as + fazê-las. Você deve notar ainda que, quanto à

acentuação, cada elemento é analisado separadamente. Portanto as formas

verbais são acentuadas porque se enquadram na regra das oxítonas.

Resposta – Item certo.

3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) � são acentuados aqueles

que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO

ORAL.

Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,

abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.

CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM

ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou

pólenes)

Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão

acentuados: semi-histórico, super-homem.

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2. (Cespe/Ancine/Técnico Administrativo/2012) Os vocábulos “indivíduo”,

“diária” e “paciência” recebem acento gráfico com base na mesma regra

de acentuação gráfica.

Comentário – Sim, essas palavras são acentuadas porque são paroxítonas

terminadas em ditongo oral.

Resposta – Item certo.

4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) � todos são

acentuados.

Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

3. (Cespe/MPE-PI/Cargos de Nível Superior/2012) De acordo com a

ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” (L.20) segue a mesma regra

de acentuação que o vocábulo “últimos” (L.12).

Comentário – A primeira palavra enquadra-se na regra da paroxítona

terminada em ÃO(S); a segunda recebe acento por ser proparoxítona.

Resposta – Item errado.

4. (Cespe/TJ-RR/Nível Médio/2012) Os vocábulos “jurídicas” (L.4),

“econômicas” (L.4) e “físico” (L.5) recebem acento gráfico com base em

regras gramaticais diferentes.

Comentário – Agora todos os vocábulos recebem acento por serem

proparoxítonos.

Resposta – Item errado.

5. (Cespe/TJ-AL/Analista Judiciário/Área Judiciária/2012) O emprego do

acento gráfico nos vocábulos “análise” (L.4), “Aristóteles” (L.8) e

‘cadáveres’ (L.11) justifica-se pela mesma regra de acentuação.

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Comentário – Sim, a regra é a mesma: acentuam-se todos os vocábulos

proparoxítonos.

Resposta – Item certo.

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças

introduzidas pelas novas regras)

1 – HIATOS

a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.

Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos

crer, dar, ler e ver)

b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e

ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.

Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam

a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem

seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,

ra-i-nha.

Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não

se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).

O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.

ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos

e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.

Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo

Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é

oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.

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2 – DITONGOS

a) EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e

como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras

ocasiões (quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por

exemplo).

Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.

3 – GUE, GUI e QUE, QUI

a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI

não receberá mais trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois,

semivogal.

Ex.: aguentar, pinguim, linguiça, eloquente, quinquênio.

b) A letra U também não receberá mais acento agudo quando for

pronunciada fortemente; sendo, pois, vogal.

Ex.: averigue, apazigue, argui, obliques.

CUIDADO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento

agudo no U tônico dos grupos verbais averiguar, apaziguar, arguir, redarguir,

enxaguar e afins. Exemplos: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas,

arguam, redarguo, averiguo, enxague, oblique.

4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi

abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo)

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos

terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)

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recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras

explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,

um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e

perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal

empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique

atento para esse detalhe.

Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)

não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,

continue a usá-lo.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente

do indicativo)

ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o

motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,

todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à

terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma

oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do

plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)

Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve

usá-lo.

Pôr (verbo)

Por (preposição)

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ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.

Você deve usá-lo.

Fôrma (substantivo = molde)

Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as

palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais

clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Agora, prezado aluno, você precisa colocar em prática tudo o que

aprendeu e notar como o examinador costuma cobrar esses conceitos em

prova.

Lembre-se sempre de que o novo Acordo Ortográfico está em vigor

e que a Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP.

Portanto nada impede que a banca examinadora exija de você conhecimentos

a respeito dele.

[...]

6. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”

poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,

em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em

“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”

(L.31-32).

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Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de

analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o

assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela

qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão

porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do

caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante

uma prova.

Resposta – Item errado.

7. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011)

[...]

[...]

No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a

substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência

do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o

vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.

Comentário – A forma porque serve para introduzir uma explicação ou causa

de um acontecimento. No texto sob análise, o enunciador apresenta uma

justificativa para se considerar importante o que foi declarado anteriormente.

Já a forma por que, associada a um ponto de interrogação e no início de

orações interrogativas diretas ou indiretas, deve ser escrita separadamente e

sem acento. No entanto, estaria prejudicada à coerência textual. No trecho não

cabe uma pergunta, mas sim a apresentação de um motivo que justifique

aquela importância.

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Resposta – Item errado.

[...]

22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter

dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O

discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em

25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira

tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.

E mais, não são apenas os grandes líderes do setor

28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete

recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores

e jornalistas também não entenderam as oportunidades que

31 estão surgindo a partir das transformações que estamos

vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica

pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.

[...]

Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,

26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

8. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,

é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na

Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo

abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato

permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o

funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos

decretos que criassem os Correios Interiores.

Comentário – Repara na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade,

propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de.

Resposta – Item errado.

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[...]

O planejamento caiu em descrédito com a queda do

16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a

contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que

se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito

19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das

pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e

atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth

22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e

conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —

pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo

25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios

simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e

redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre

28 os setores público e privado e a sociedade civil.

[...]

34 O fenomenal crescimento da economia mundial no

decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias

fósseis, provocou um aquecimento global de consequências

37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro

considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais

podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de

40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios

de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais

do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,

43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para

plantar.

[...]

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.

Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

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9. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão

“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado

caso se substituísse “mal” por mau.

Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito

dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o

mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida.

O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem

(advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo).

Resposta – Item certo.

[...]

A coisa é mais complicada na modernidade, em que

10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda

autoridade jurídica e moral. [...]

10. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos

característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o

do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo

parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte

forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na

modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à

opinião pública.

Comentário – O que pretendo demonstrar com esta questão é o uso

inadequado do vocábulo onde. Ele deve ser empregado para substituir termo

que designe lugar, não uma situação, um conceito etc. Observe que na

reescritura o termo substituído é “modernidade”, que não expressão sentido de

lugar.

Resposta – Item errado.

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11. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras

“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em

justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – A justificativa é uma só. Ambas são palavras proparoxítonas e

devem ser acentuadas por isso.

Resposta – Item errado.

12. (Cespe/TJ-AL/Cargos de Nível Superior/2012) O emprego do acento

gráfico nos vocábulos “análise” (L.4), “Aristóteles” (L.8) e ‘cadáveres’

(L.11) justifica-se pela mesma regra de acentuação.

Comentário – Nós não precisamos do texto para saber que todas as palavras

indicadas são proparoxítonas (a-ná-li-se, A-ris-tó-te-les, ca-dá-ve-res) e

devem ser acentuadas por isso.

Resposta – Item certo.

13. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,

“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por

serem proparoxítonas.

Comentário – São proparoxítonas apenas “últimas”, “trânsito” e “econômica”.

A palavra “contribuírem” é paroxítona e é acentuada porque:

a) a letra I representa a segunda vogal do hiato formado

com a vogal representada pela letra U,

b) ela (a letra I) representa a sílaba tônica da palavra e

c) está só na sílaba.

Resposta – Item errado.

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14. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em

“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de

ditongo em sílaba tônica.

Comentário – Então, o que achou? A explicação da acentuação da palavra

“contribuírem” (questão acima) serve perfeitamente para a acentuação da

palavra contribuíram.

Resposta – Item errado.

15. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras

“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico

com base em justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – Todas as palavras são proparoxítonas, sendo acentuadas por

esse motivo.

Resposta – Item errado.

16. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras

iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução

Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente

singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei

nº 8.888/1998.

Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de

obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é

convencionalmente usada na grafia de substantivos singulares para indicar

deferência e, ainda, nos casos abaixo:

• nomes, sobrenomes (José Ferreira) e cognomes (Ivan, o Terrível) das

pessoas;

• alcunhas (Sete Dedos); pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes

dinásticos (os Médici);

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• topônimos (Brasília, Paris);

• regiões (Nordeste, Sul);

• nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação

Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas);

• nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia

Militar);

• nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo);

• nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de

Novembro);

• designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de

unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo);

• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste);

• nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou

político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro);

• nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário

Alvim);

• nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício

Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da Sé);

• nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda);

• nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira

em torno do Sol”);

• nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei

Afonso Arinos).

Resposta – Item certo.

17. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e

“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de

acentuação.

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Comentário – O vocábulo “políticas” é acentuado por ser proparoxítono; mas

“desperdício” e “carcerária” recebem acento por serem palavras paroxítonas

finalizadas em ditongo oral.

Resposta – Item errado.

18. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento

gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no

emprego de acento em “caleidoscópio”.

Comentário – Sim, o emprego do acento em ambas as palavras justifica-se

porque elas são paroxítonas terminadas em ditongo oral.

Resposta – Item certo.

19. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que

justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que

justifica o emprego do acento em “meteorológica”.

Comentário – Não. A primeira palavra é paroxítona terminada em ditongo

oral: a-e-ro-por-tu-á-ria; a segunda é proparoxítona: me-te-o-ro-ló-gi-ca.

Resposta – Item errado.

20. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",

"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de

acentuação gráfica.

Comentário – As duas primeiras são paroxítonas terminadas em ditongo oral:

es-pé-cies, di-fí-ceis. A última, entretanto, é proparoxítona: his-tó-ri-cas.

Resposta – Item errado.

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21. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração

o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o

vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,

é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo

que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de

sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)

também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

Comentário – Vamos com calma! Os vocábulos têxtil e pênsil pluralizam-se

assim, respectivamente: têxteis e pênseis. A terminação átona

–il dá lugar à terminação –eis. Não confunda com a terminação tônica: funil

> funis, em que o –l dá lugar ao –s. No singular, o acento circunflexo em

têxtil e pênsil ocorre porque as palavras são paroxítonas terminadas em L.

No plural, o acento permanece porque as palavras são paroxítonas terminadas

em ditongo oral.

As palavras obsolescência e ciência também recebem acento

porque são paroxítonas terminadas em ditongo oral: ob-so-les-cên-cia,

ci-ên-cia.

Déspota(s) recebe acento por ser proparoxítona (todas são

acentuadas, independentemente de estarem no singular ou no plural).

Resposta – Item certo.

22. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio

colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia

ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,

seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.

Comentário – Também existe no léxico da nossa Língua a palavra cheque, o

seu significado nada tem a ver com xeque. Entenda:

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33

– cheque: documento fornecido por um banco a quem nele

tem conta, que equivale a dinheiro, uma vez preenchido com determinada

quantia e assinado pelo titular da conta.

– xeque (conforme usado no trecho): situação que representa

ameaça, perigo, risco, contratempo, transtorno: A paz está em xeque.

Resposta – Item errado.

23. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo

recorde [...]

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com

acento – récorde.

Comentário – Existem inúmeras palavras que são proferidas erroneamente

por pessoas menos familiarizadas com a norma linguística – são casos de

silabadas. O conhecimento do que está na tabela abaixo evitará que esses

equívocos aconteçam.

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas

Cateter austero ádvena

Cister avaro aeródromo

Condor aziago aerólito

Gibraltar batavo édito (ordem judicial)

Hangar ciclope elétrodo

Masseter edito (lei, decreto) ínterim

Mister filantropo lêvedo

Negus fortuito arquétipo

Nobel gratuito aríete

Novel ibero crisântemo

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34

Obus látex hieróglifo

Oximel maquinaria ímprobo

Ureter misantropo lúgubre

necromancia munícipe

rubrica notívago (ou noctívago)

nenúfar protótipo

pudico recôndito

recorde trânsfuga

vermífugo

zênite

Resposta – Item errado.

24. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)

[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança

monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de

idade e 80 mil gestantes [...]

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”

por acerca de.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não

devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade

aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre e à locução prepositiva

a respeito de.

Resposta – Item errado.

25. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,

“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na

antepenúltima sílaba.

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35

Comentário – Sim, a sílaba tônica delas é a antepenúltima, outra maneira de

dizer que são proparoxítonas.

Resposta – Item certo.

26. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e

“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação

gráfica.

Comentário – Não. A primeira é acentuada porque é uma proparoxítona; a

segunda se enquadra na regra do hiato: letra I o U representando a segunda

vogal do hiato, constituindo a sílaba tônica da palavra e estando só ou

acompanhada de S (país, saúde, Grajaú etc.).

Resposta – Item errado.

27. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que

estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da

linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão

“dali para a frente” por dali pra frente.

Comentário – A forma pra representa uma variação linguística conhecida

como linguagem informal ou popular, que não tem aceitação em documentos

oficiais, justamente por se distanciar da norma gramatical. Abaixo há um

quadro que assinala a diferença entre a variação padrão (formal, culta) e a não

padrão (informal ou popular) por meio de outros exemplos:

FORMAL INFORMAL

Está Tá

Falar Falá

Queijo Quejo

Vamos Vamo

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36

Vou Vô

Regência do verbo visar Ele visa o bem público. (deveria ser ao)

Resposta – Item errado

28. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e

“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação

gráfica.

Comentário – A primeira recebe acento por ser proparoxítona (ô-ni-bus); a

segunda, por ser paroxítona terminada em ditongo oral (-eis).

Resposta – Item errado.

29. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos

“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a

mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Os dois primeiros são acentuados por serem proparoxítonos

(qui-lô-me-tro / em-ble-má-ti-co); “picolé” é oxítona terminada em E.

Resposta – Item errado.

30. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos

“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra

de acentuação.

Comentário – Sim, os dois acentos são usados porque as palavras são

proparoxítonas (todas são acentuadas): a-na-lí-ti-ca / te-rí-a-mos.

Resposta – Item certo.

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37

[...]

19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm

direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.

[...]

31. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento

gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.

Comentário – Sim, o acento é obrigatório. Este acento serve para diferenciar

a terceira pessoa do plural (“os alunos de ótimo boletim” = eles) da terceira

pessoa do singular (ele). Nem mesmo a vigência do novo Acordo o aboliu.

Resposta – Item certo.

32. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e

“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação

gráfica.

Comentário – Negativo. O acento agudo em países justifica-se pela regra dos

hiatos. A vogal I é a segunda do hiato (pa-í-ses), está sozinha na sílaba e

constitui a sílaba tônica da palavra. Em áreas, o acento ocorre porque a

palavra é paroxítona terminada em ditongo (á-reas).

Resposta – Item errado.

33. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)

e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,

obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Sim, pois ambas são palavras proparoxítonas (pú-bli-co,

ca-ó-ti-co). Todas as proparoxítonas são acentuadas.

Resposta – Item certo.

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38

[...]

[...]

34. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a

substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente

correta, prejudicaria o sentido do texto.

Comentário – O sentido realmente estaria prejudicado, passaria a indicar uma

condição em vez de uma ressalva, equivalente a mas sim, porém, a não ser.

Em relação à gramaticalidade, o segredo é você analisar a oração subordinada

“embora gramaticalmente correta” depois da principal. Assim, percebemos que

a utilização da forma se não constitui erro de ortografia no contexto.

Resposta – Item errado.

Se ficou alguma dúvida sobre o que eu expliquei, não siga em

frente. Volte ao ponto e leia tudo outra vez. Se a dúvida persistir, escreva para

mim por meio do fórum. Lembre-se de que o êxito deste curso também

depende do diálogo entre nós dois.

Posso esperá-lo na próxima aula?

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Lista das Questões Comentadas

1. (Cespe/MPE-PI/Cargos de Nível Médio/2012) Os verbos “comunicar”,

“ensinar” e “comandar”, quando complementados pelo pronome a,

acentuam-se da mesma forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-

las”.

2. (Cespe/Ancine/Técnico Administrativo/2012) Os vocábulos “indivíduo”,

“diária” e “paciência” recebem acento gráfico com base na mesma regra

de acentuação gráfica.

3. (Cespe/MPE-PI/Cargos de Nível Superior/2012) De acordo com a

ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” (L.20) segue a mesma regra

de acentuação que o vocábulo “últimos” (L.12).

4. (Cespe/TJ-RR/Nível Médio/2012) Os vocábulos “jurídicas” (L.4),

“econômicas” (L.4) e “físico” (L.5) recebem acento gráfico com base em

regras gramaticais diferentes.

5. (Cespe/TJ-AL/Analista Judiciário/Área Judiciária/2012) O emprego do

acento gráfico nos vocábulos “análise” (L.4), “Aristóteles” (L.8) e

‘cadáveres’ (L.11) justifica-se pela mesma regra de acentuação.

[...]

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6. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”

poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,

em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em

“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”

(L.31-32).

7. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011)

[...]

[...]

No período “Parece que sim, porque (...) receberão efeitos.” (l.11-16), a

substituição do ponto final por ponto de interrogação manteria a coerência

do texto, mas, nesse caso, de acordo com a prescrição gramatical, o

vocábulo “porque” deveria ser grafado como por que.

8. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,

é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na

Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo

abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato

permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o

funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos

decretos que criassem os Correios Interiores.

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41

[...]

O planejamento caiu em descrédito com a queda do

16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a

contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que

se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito

19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das

pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e

atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth

22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e

conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —

pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo

25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios

simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e

redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre

28 os setores público e privado e a sociedade civil.

[...]

34 O fenomenal crescimento da economia mundial no

decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias

fósseis, provocou um aquecimento global de consequências

37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro

considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais

podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de

40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios

de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais

do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,

43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para

plantar.

[...]

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.

Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

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42

9. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão

“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado

caso se substituísse “mal” por mau.

[...]

A coisa é mais complicada na modernidade, em que

10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda

autoridade jurídica e moral. [...]

10. (Cespe/PF/Agente/2012) Suprimindo-se o emprego de termos

característicos da linguagem informal, como o da palavra “coisa” (l.9) e o

do trecho “(como você e eu)” (l.10), o primeiro período do segundo

parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte

forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na

modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à

opinião pública.

11. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras

“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em

justificativas gramaticais diferentes.

12. (Cespe/TJ-AL/Cargos de Nível Superior/2012) O emprego do acento

gráfico nos vocábulos “análise” (L.4), “Aristóteles” (L.8) e ‘cadáveres’

(L.11) justifica-se pela mesma regra de acentuação.

13. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,

“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por

serem proparoxítonas.

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14. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras

“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico

com base em justificativas gramaticais diferentes.

15. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em

“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de

ditongo em sílaba tônica.

16. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras

iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução

Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente

singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei

nº 8.888/1998.

17. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e

“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de

acentuação.

18. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento

gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no

emprego de acento em “caleidoscópio”.

19. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que

justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que

justifica o emprego do acento em “meteorológica”.

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44

20. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",

"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de

acentuação gráfica.

21. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração

o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o

vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,

é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo

que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de

sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)

também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

22. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio

colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia

ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,

seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.

23. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo

recorde [...]

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com

acento – récorde.

24. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)

[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança

monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de

idade e 80 mil gestantes [...]

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45

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”

por acerca de.

25. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,

“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na

antepenúltima sílaba.

26. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e

“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação

gráfica.

27. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que

estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da

linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão

“dali para a frente” por dali pra frente.

28. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e

“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação

gráfica.

29. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos

“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a

mesma regra de acentuação gráfica.

30. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos

“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra

de acentuação.

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46

[...]

19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm

direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.

[...]

31. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento

gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.

32. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e

“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação

gráfica.

33. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)

e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,

obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.

[...]

[...]

34. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012) Na linha 13, a

substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente

correta, prejudicaria o sentido do texto.

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47

Gabarito das Questões Comentadas

1. Item certo

2. Item certo

3. Item errado

4. Item errado

5. Item certo

6. Item errado

7. Item errado

8. Item errado

9. Item certo

10. Item errado

11. Item errado

12. Item certo

13. Item errado

14. Item errado

15. Item errado

16. Item certo

17. Item errado

18. Item certo

19. Item errado

20. Item errado

21. Item certo

22. Item errado

23. Item errado

24. Item errado

25. Item certo

26. Item errado

27. Item errado

28. Item errado

29. Item errado

30. Item certo

31. Item certo

32. Item errado

33. Item certo

34. Item errado


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