História da Propaganda
e da Publicidade
Prof. Ms. Elizeu N. Silva
O RÁDIO
A necessidade de uma
comunicação
abrangente, que
ultrapassasse a
comunicação
interpessoal e pudesse
atingir a grande massa em
tempo eficiente remonta aos
primórdios da humanidade.
O RÁDIO
Isso começou a se tornar
possível em 1864 com as
teorias sobre ondas
eletromagnéticas
desenvolvidas pelo físico
escocês James Clerk
Maxwell.
Com sua tese, provou que
som e luz se propagam pelo
espaço através de ondas.
James Clerk Maxwell. 1831–1879
O RÁDIO
Em 1887, o físico alemão Heinrich Rudolf Hertz não apenas
comprovou a teoria de Mawell, como construiu um aparelho
capaz de medir a frequência/intensidade destas ondas.
Em homenagem
ao invento, as
ondas passaram a
ser chamadas
“Ondas
Hertizianas.
Heinrich Hertz. 1857–1894
O RÁDIO
Em 1896, o italiano Guglielmo
Marconi faz a primeira transmissão
de mensagem (em Código Morse)
através de ondas eletromagnéticas.
O evento marca a invenção do
telégrafo sem fio.
Embora a comunidade internacional
o reconheça como inventor do rádio.
Patenteou o invento no mesmo ano. Guglielmo Marconi. 1874–1937
O RÁDIO
No Brasil, reivindica-se a
primeira transmissão em rádio
como façanha do padre
gaúcho Roberto Landell de
Moura – que viveu em Mogi
entre 1906 e 1907 em
substituição ao pároco da
cidade.
Roberto Landell de Moura. 1861–1925
Landell fez a primeira transmissão radiofônica em 1892 em
Campinas, SP. Em 1893, repetiu a experiência na capital,
transmitindo do alto da Avenida Paulista para o Alto de Santana.
O RÁDIO
Como veículo de comunicação, o
rádio começou a ser utilizado nos
EUA nos anos 1920.
Frank Conrad, empregado da
Westinghouse Electric, para
ocupar o tempo livre, montou um
transmissor e começou a
transmitir notícias lidas de jornais
e músicas de discos, numa
garagem de Pittsburgh,
Pensilvânia.
O RÁDIO
Como veículo de comunicação, o
rádio começou a ser utilizado nos
EUA nos anos 1920.
Frank Conrad, empregado da
Westinghouse Electric, para
ocupar o tempo livre, montou um
transmissor e começou a
transmitir notícias lidas de jornais
e músicas de discos, numa
garagem de
Pittsburgh, Pensilvânia.
Em 1922, nos EUA já
existiam 300
emissoras. Foi neste
ano que surgiu a
primeira emissora
comercial do mundo, a
WEAF
O RÁDIO
No Brasil, a primeira utilização
pública do rádio ocorreu em
1922, durante as comemorações
do Centenário da Independência,
com discurso do então presidente
Epitácio Pessoa e execução da
ópera “O Guarani”, de Carlos
Gomes.
Do alto do
Corcovado, a antena
transmitiu para 80
receptores
instalados no Rio de
Janeiro, em Niterói,
em Petrópolis e em
São Paulo.
O RÁDIO
Em 20 de abril de 1923 foi
inaugurada a primeira
emissora, a Rádio
Sociedade do Rio de
Janeiro – iniciativa de
Edgard Roquette-Pinto e
Henrique Morize.
A Rádio Clube de
Pernambuco também
reivindica o título de mais
antiga do Brasil.
Edgard Roquette-Pinto. 1884–1954
O RÁDIO
No começo da década de
1930 já existiam mais de 50
emissoras em funcionamento.
A programação era composta
de música erudita e leitura de
textos culturais.
Em março de 1932, o
presidente Getúlio
Vargas,
autorizou e regulamentou
a publicidade e a
propaganda pelo Rádio,
embora no primeiro
ano de funcionamento
experimental era vedada
a veiculação comercial.
O RÁDIO
Os primeiros textos
publicitários limitavam-se ao
nome dos patrocinadores no
início e no fim dos programas.
Anúncios publicados em
jornais e revistas eram lidos
nos microfones das primeiras
emissoras.
Segundo GOMES
JÚNIOR, a introdução
da publicidade
revolucionou o rádio.
“De erudito, instrutivo
e cultural, passou a
ser
veículo de lazer e
diversão popular”.
O RÁDIO
Em 1932 a verba publicitária destinada ao rádio
superou verba a painéis e cartazes.
As emissoras começaram a
contratar “corretores de
reclames” para vender
espaços na programação.
O RÁDIO
Um dos principais nomes do
começo da propaganda no
rádio é Ademar Casé.
Fez tanto sucesso como
corretor da Rádio Philips que
acabou tendo seu próprio
programa.
O RÁDIO
Seguindo a filosofia de Roquette-Pinto, inicialmente o
programa de Casé tocava música erudita e
apresentava conteúdos de educação e cultura.
Por causa da publicidade, dividiu o programa em
duas partes: a primeira, de música popular, com
anúncios publicitários; a segunda, de música erudita.
Introduziu cantores populares e humoristas no
rádio, estabelecendo as condições para a chamada
Era de Ouro do Rádio.
O RÁDIO
No Brasil, o auge do rádio ocorre entre os anos 1940 e
1950.
A Era de Ouro caracteriza-se pela sagração de cantores e
atores de radionovela, no período em que o meio alcançou
maior penetração.
Carmen e Aurora Miranda
O RÁDIO
Artistas do Programa do Casé.
O RÁDIO
No rádio, a mensagem publicitária tradicionalmente é
formatada no padrão de 30 segundos, admitindo-se
reduções para 15’ ou ampliações para 45’.
São classificadas em:
a) SPOT: locução informativa, acompanhada ou não de
música e/ou sonoplastia. Utilizada para informações
diretas e objetivas de produtos e serviços. Apoia-se na
credibilidade do locutor.
O RÁDIO
b) SKETCH: mensagem dialogada ou dramatizada. À informação
sobre o produto, acrescenta-se sua utilidade e benefícios. O
ouvinte têm a sensação de participar da cena juntamente com
os atores.
c) VINHETA: mensagem curta, de 2 a 4 segundos, que dá
destaque ao nome do anunciante. Também é utilizada para abrir
programas.
d) TEXTO-FOGUETE: mensagem lida pelo próprio apresentador
do programa. Tem por volta de 10’.
e) JINGLE: mensagem musical de estrutura melódica simples, que
tem por objetivo favorecer a fixação da mensagem publicitária.
O RÁDIO
A chegada da televisão ao Brasil nos anos 1950, e o crescimento
desta a partir de 1960, reduz drasticamente a influência do rádio.
Entre 1962 e 1978, a participação do rádio no bolo publicitário caiu
de 23,6% para 8%. No mesmo período, a TV passou de 24,7% para
56,2%.
O rádio passou a receber apenas anunciantes sem verba suficiente
para a TV ou sobras de verbas de campanhas feitas para a
televisão.
O RÁDIO
Ainda na década de 1960 surgem as primeiras emissoras
FM no Brasil, especializadas na transmissão de música
ambiente. A primeira foi a Rádio Imprensa do Rio de
Janeiro.
As FMs conseguiram reconstruir um pouco do prestígio
perdido pelo rádio. Caracterizam-se por uma abordagem
segmentada do público.
O RÁDIO
DIVISÃO DO BOLO PUBLICITÁRIO EM 2010:
TV Aberta (63,2%), Jornal (13,2%), Revista (6,1%), Rádio (4,6%), Internet
(4,5%), Mídia Exterior (3,7%), TV por Assinatura (3,3%), Guias e Listas (1,2%) e
Cinema (0,2%)FONTE: Projeto Inter-Meios / ref. 1º bimestre/2010
O RÁDIO
Referências:
GOMES JÚNIOR, José. A publicidade no rádio:
origem e evolução.
MARANGONI, Nivaldo. Memória do rádio de Mogi
das Cruzes. Mogi das Cruzes, Ed. Gráfica
Brasil, 2005