Transcript
  • Histria da frica

  • IntroduoUm caminho difcilEntender a Histria da frica entender nosso prpria histriaO eurocentrismo criou falsas ideias sobre a fricaA frica um continente rico na cultura, na natureza, um continue dinmico, sempre mudandoDesafiosPassado colonial tempestuosoMonoplio da Economia por agentes externosConflitos internos

  • IntroduoNoes ImaginriasO olhar europeu: Racionalismo (XVI), Iluminismo (XVIII), Cincia Moderna (XVII XVIII), Evolucionismo (XIX) e o Positivismo (XIX)Criam noes imaginria (preconceituosas) Saber Ocidental (Eurocentrismo)Classifica e hierarquiza todas as demais formas de saberCriou o mito da inferioridade da raa negra: os folgados, promscuos, inferiores e primitivosO preconceito cientfico criou duas fricas

  • Viso Preconceituosa

  • Diviso Geogrfica

  • IntroduoConsequncias do eurocentrismoAfirma que a frica no possui povo, nem Estado e muito menos histriaEssa terminologia ocidental preciso entender a frica por meio da viso de mundo africanaA cegueira ideolgica europeia justificou o trfico e a colonizao da fricaDizia-se que o africano no tinha alma Dizia-se que estavam levando o desenvolvimento aos selvagens

  • IntroduoReinventando a frica preciso fazer a autocrtica da cincia e da filosofia ocidental para entender a histria da fricaO continente africano no homogneo mas um mosaico de heterogeneidadesA importncia da Tradio OralOs Guardies das palavras o membro do grupo que tem o conhecimento da histria, da mitologia, da cultura e da arte do seu grupo responsvel por manter viva a memria do seu povoSempre diz a verdadeMantm a coeso e a harmonia da sociedade

  • IntroduoOs GriotsSo poetas, ou melhor contadores de histriasNo tem um apego to grande a verdade como os guardiesFortalece de forma livre e descontrada a memria do seu grupo a por meio dos seus cantosSeus cantos enaltassem caractersticas ditas nobres, por exemplo: justia, bravura, fora e criticam a covardia daqueles que temem a morteA importncia dos manuscritos histricosAnlise dos documentos histricos encontrados no Marrocos, na Africa do Sul, na Arglia, etc...Uma viso mais sincera e cientficaCultura vivida, rica e dinmica!

  • IntroduoA questo fundamental do movimentoO comercio era dinmico, intenso e organizado desde sculo VII atingiu seu pice em no sculo XIIPedras preciosas, noz-de-cola, pecuria, peixes, etc... A mercadoria mais comercializada na frica era o ser humano: Trfico interno de escravos africanosRegio comercial dinmica do Magrebe-SahelRegies principais do trfico de escravos:A costa ocidental (Senegal at Angola); As savanas do norte e o chifre da frica e a costa oriental (Qunia at Moambique e madagascar)

  • Magrebe

  • Sahel

  • IntroduoEscravido africana Ocidental:Racista, evolucionista e pautada no dio ideolgicoDesumano: o africano era visto como uma mquina biolgica sem alma O escravo era submetido a trabalho intenso e torturas psicolgicas e fsicaOs filhos dos escravos eram escravizados tambm (realizavam funes mais simples)Executado em larga escala

  • IntroduoEscravido Africana internaMotivos de vingana ritual ou derrota em guerra (como na Grcia Antiga) Os filhos de pais escravos que morrem, tornam-se cidadosNecessidade extrema (Fome)Punio JudicialPena de dvidas privadasRealizada em pequena escala

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosA Colonizao Litornea e o Incio do Processo de Corroso da fricaInvaso portuguesa a partir de 1430Relembrando: As motivaes da colonizao portuguesa foi abrir novas rotas para as ndiasMonoplio italiano do comercio de especiariasContorno do Cabo da Boa Esperana (ou da morte)Portugal primeiro foi parasita depois fundou uma empresa do trfico de escravos a partir de 1492A conquista do paraso

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosA diferena da colonizao espanhola para a portuguesaOs espanhis escravizam os ndios, enquanto a mo de obra escrava era usada s em CubaOs portugueses (devido aos jesuitistas) queria converter os nativos ao catolicismo (etnocdio)A corroso missionriaIniciada a partir do sculo XIX, em: Serra Leoa, Libria, Costa do Ouro e Nigria Era realizada por catlicos e protestantesA ideologia de regenerar a frica pela frica

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosCriao de instituies dentro do prprio continente para catequizao dos africanosOs religiosos ocidentais entendiam os costumes e a viso de mundo africana degeneradaTanto missionrios catlicos, quanto protestas atuavam de duas manerias:Converter o africano para a sua crena e durante esse processo introjetavam neles todos os valores europeusCondenavam sistematicamente todos os elementos culturais africanos (rituais, tradies, deuses, etc..)A conferncia de Berlim (1884 - 85)Diviso arbitrria do territrio africano, visando interesses econmicos ocidentais

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosExistem quatro motivos para essa partilha:As ambies imperialistas do rei da BlgicaDesejo de se tornar uma potencia ultramarinaColonizou a regio do Congo, formando a colnia do CongoJustificativa: acabar como o trfico de escravos O frustrado plano de retomar imperialismo portugusA questo do mapa cor-de-rosa (Angola e Moambique) Expansionismo francs e britnico sobre a frica Interesse de manter a livre navegao nas bacias do Niger e do ZaireNeocolonialismo ou imperialismo europeuDestruio da economia africana, escoamento da produo capitalista e explorao do trabalho

  • Mapa cor de Rosa

  • Bacias do Niger e do Zaire

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosConsequncias da conferencia de BerlimDiviso territorial artificial e industrializadaBeneficiava somente os interesses europeus de explorao e controle europeuIgnorou culturas tradicionalmente rivais, aglomerando-as no mesmo espaoA Violncia geogrficaA longo prazo essa diviso gerou conflitos entre os europeus ocasionando a Primeira Guerra MundialEssa diviso produziu catastrficos processos de limpeza tnica como aconteceu em Ruanda entre ttsi e hutus

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosA questo do Imperialismo europeuSurge da crise de Superproduo X SubconsumoNo se refletiu sobre a insustentabilidade do capitalismoParte do carter predatrio expansivo do CapitalExpanso/Colonizao dos pases de 3 mundoO imperialismo promove:Explorao de matrias primas abundante, utilizao de mo de obra barata e Superexplorao do trabalho (diamante de sangue e no vale)

  • Colonizao e Neocolonizao: Velhos e Novos ImperialismosPrincipal forma de ao:Colonizao, implantao de empreses multinacionais, embaixadas militares, criao de acordos internacionais, etc...Justificativa: levar desenvolvimento ao pas supostamente atrasado (o atraso estrutural)Sempre houve resistncia!Primeiro de forma diplomtica depois por meio de conflito armado e diretoA derrota no ocorreu devido a superioridade blica europeia, mas por causa da rivalidade cultural africana

  • Lutas Pela LiberdadeOs movimentos de resistncia africanosPrecisamos Abandonar trs preconceitos: Acreditar que os africanos cederam pacificamente a colonizao europeia Achar que os movimentos africanos esto envolvidos por ideologias religiosas e conservadoras A diviso da sociedade africana em duas:Uma que apega-se rigidamente a hierarquia e ao poder centralizado, logo, naturalmente violentaUma que desapega-se da hierarquia e do poder centralizado, logo, naturalmente passivaQualquer uma dessas viso impossibilita entendermos os movimentos de resistncia africana

  • Lutas Pela LiberdadeA importncia do aspecto da religiosidadeAs lutas contra a perda da soberania localLutava-se para manter viva a religio e os costumes, fontes de orgulho e identidade tnicaEssncia do movimento:Deixar claro que o colonizador o inimigoConstituir um elo entre o desejo de liberdade de populao e uma soluo revolucionria concretaA partir disso a explorao que o africano sofria vinha a tona e no era mais toleradaEmbora tenha sido reprimidos inspiraram os movimentos de independncia do pas, posteriormente

  • Lutas Pela LiberdadeO banditismo socialConsiderado pelos historiadores como algo insignificanteNo entanto, so de suma importncia para entender os movimentos de resistncia como um todoGeralmente so realizados por pequenos grupos marginalizados na sociedadeSeu objetivo so ataques pontuais aos smbolos hegemnicos de poder: Campainhas de comercio, embaixadas, agencias de comercio, etc...Geram esperana na populao e causam gastos aos opressores

  • Referncias Bibliogrficas e FilmesHERNANDEZ, Leila Leite. Introduo; O olhar imperial e a inveno da frica; O processo de roedura do continente e a conferncia de Berlim; O novo imperialismo e a perspectiva africana da partilha; Os movimentos de resistncia na frica. IN: ______. A frica na sala de aula: visita histria contempornea. So Paulo: Selo Negro, 2005. pp. 13 90 e 109 130.

  • FilmesHotel Ruanda. frica do Sul, Canad, EUA, Itlia e Reino Unido. 2004. Direo: Terry George. Durao: 121 min.

    A Revoluo dos Cocos. Reino Unido. 1999. Direo: Dom Rotheroe. Durao: 50 min.

    Diamantes de Sangue. Alemnha e EUA. 2006. Direo: Edward Zwick. Durao: 143 min.

    No Vale. Brasil. 2007. Direo: Salvatore Montanaro. Durao: 75 min.O Prncipe do Deserto. Frana. 2011. Direo: Jean-Jacques Annaud. Durao: 130 min.

    Chimamanda Ngozi Adichie. O perigo da histria nica: disponvel em: