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VANGUARDAS EUROPÉIAS

Ruptura com o padrão de arte e sociedade do século XIX

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CONTEXTO HISTÓRICO

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I Grande Guerra Mundial (1914-1918);

Ruína econômica dos países europeus;

Declínio dos valores e falência dos ideias;

Desilusão, desencanto, perplexidade;

Descrédito das antigas “certezas”científicas e religiosas.

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CARACTERÍSTICAS

DO PERÍODO

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Belle Époque;

Euforia burguesa pelo advento da era da máquina;

Culto ao progresso, à velocidade e aos conforto proporcionados pela tecnologia;

Surgimento do automóvel, do cinematógrafo e das máquinas voadoras.

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DEFINIÇÃO

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“Utilizarei a metaforização do termo vanguarda, ocorrida no decorrer do século XIX. Esse termo é de origem militar; no sentido próprio, designa a parte de um exército situado à frente do corpo principal, à frente do grosso das tropas”.

COMPAGNON, Os cinco paradoxos da modernidade, 1996, p. 39

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“...vem do francês avant-garde e significa o movimento artístico ‘que marcha na frente’, anunciando a criação de um novo tipo de arte. Esta denominação tem também uma significação militar (a tropa que marcha na dianteira para atacar primeiro), que bem demonstra o caráter combativo das vanguardas, dispostas a lutar agressivamente em prol da abertura de novos caminhos artísticos”.

LUCIA HELENA, Movimentos da vanguarda europeia, 1993, p. 08

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As transformações tecnológicas por que o mundo passou na virada do século XIX para o século XX modificaram as maneiras de o homem perceber a realidade. A eletricidade, o automóvel, o avião e o cinema deslocaram e aceleraram o olhar do homem moderno.

Em meio a essas transformações, surgem várias manifestações artísticas – Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Surrealismo –, que dariam origem ao Modernismo.

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• PONTO DE VISTA HISTÓRICO

•RELACIONADO AO TEMPO PRESENTE

• PONTO DE VISTA HISTÓRICO

•RELACIONADO AO TEMPO PRESENTE

• CONCEITO FILOSÓFICO

•IDEIA ILUMINISTA

•PROJETO DE AUTONOMIA DO HOMEM

• CONCEITO FILOSÓFICO

•IDEIA ILUMINISTA

•PROJETO DE AUTONOMIA DO HOMEM

• CONCEITO ESTÉTICO

•ROMPIA COM AS TRADIÇÕES ACADÊMICAS,

DEFENDENDO A LIBERDADE DE CRIAÇÃO

• CONCEITO ESTÉTICO

•ROMPIA COM AS TRADIÇÕES ACADÊMICAS,

DEFENDENDO A LIBERDADE DE CRIAÇÃO

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CARACTERÍSTICAS DAS

VANGUARDAS

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Novas linguagens e temáticas;

Enfocam a euforia e o pessimismo;

Críticas às convenções burguesas;

Irracionalismo;

Negação do academicismo;

Negação das formas fixas;

Defesa da interdependência das linguagens artísticas.

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FUTURISMO(1909)

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Lançado por Marinetti, em 1909.

Surge entre o Simbolismo e a 1ª Guerra Mundial.

Exalta a vida moderna.

Culto da máquina e da velocidade.

Destruição do passado e do academicismo.

Liberdade de expressão.

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Parada amorosa, 1917.

Nesta tela, o cubista Picabia faz nítida

homenagem à máquina, realçando a tendência

futurista de “valorizar os mecanismos que movem

o mundo”, em suas próprias palavras.

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Vitória de Samotrácia

Estátua que representa a deusa Vitória, pousando na

proa deum navio ( século II a.C.).

Encontrada na ilha de Samotrácia,

em 1863, foi feita para comemorar uma vitória

naval.

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FUTURISMO NA LITERATURA

Destruição da sintaxe

Abolição da pontuação

Uso de onomatopéias: a incorporação do som da máquina ao texto

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Ode triunfal - Álvaro de Campos

À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

          

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CUBISMO(1907)

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Decomposição da realidade em figuras geométricas.

Manifesta-se a partir de 1917, na literatura.

Seu divulgador foi Appolinaire. Decomposição da imagem em

diferentes planos. Desintegração da realidade

gerando uma poesia ausente de lógica.

Linguagem caótica.

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Mulher com flor (1932)

Pablo Picasso, que assim se manifestou em certa ocasião: “Toda a gente quer compreender a

arte. Por que não tentam compreender as canções

de um pássaro? [...] Pessoas que querem

explicar telas normalmente ladram

para a árvore errada”.

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Carnaval em Madureira, Tarsila do

Amaral.

De Albert Gleizes, Tarsila recebeu a chave

do Cubismo, que cultivou com amor e

sob uma ótica construtivista.

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CUBISMO NA LITERATURA

Descritivo

poema é uma sucessão de anotações sem relação possível

técnica cinematográfica: multi-planos e simultaneidade tempo-espaço

Uso de associações: rompe com a lógica aparente

Humor

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O Capoeira

- Qué apanhá sordado?- O quê?- Qué apanha? Pernas e cabeças na calçada

Oswald de Andrade

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EXPRESSIONISMO

(1910)

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Paralelo ao Futurismo e Cubismo.

Surge em 1910 pela revista “Der Sturn”.

A arte brota da vida interior; do íntimo do ser.

A obscuridade do ser é transportada para a expressão.

As telas retratam o patético, os vícios, os horrores, a guerra.

Reflete a crise de consciência gerada pela guerra.

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Maternidade,

Almada-Negreiros.

A tendência expressionista

calcada no exagero atinge em cheio os

modernistas portugueses.

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Crianças abandonadas, Lasar

Segall.

O aspecto quase caricatural da

realidade é o que a pintura

expressionista traduz.

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A boba (1917)

Tela de Anita Malfatti em que sobressaem os

elementos dramático,

emocional e, enquanto temática,

marginal.

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EXPRESSIONISMO NA LITERATURA

Linguagem fragmentada, elíptica, constituída por frases nominais (basicamente aglomeração de substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito;

Despreocupação com a organização do texto em estrofes, com o emprego de rimas ou de musicalidade;

Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo burguês.

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O MEU TEMPOWilheim

Klem

Cantos e metrópoles, levianas febris,Terras descoradas, pólos sem glória,Miséria, heróis e mulheres da escória,Sobrolhos espectrais, tumulto em carris.

Soam ventoinhas em nuvens perdidas.Os livros são bruxas. Povos desconexos.A alma reduz-se a mínimos complexos.A arte está morta. As horas reduzidas.

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DADAÍSMO(1916)

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Surge em 1916, em Zurique. Promove um certo terrorismo cultural. Contraria todos os valores vigentes até então. Valoriza o niilismo (descrença absoluta) Mundo ilógico. Cultua a realidade mágica da infância. Seu principal divulgador foi Tristan Tzara.

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Fonte (1917)

Fonte de Marcel Duchamp é um mictório invertido, com uma assinatura. Trata-se de um readymade, técnica que

consistia em apresentar objetos comuns, com pouca ou nenhuma interferência,

como obras de arte.

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Marcel Duchamp, um dos mais geniais

criadores do readymade, pintou também uma

Mona Lisa decorada com bigodes.

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DADAÍSMO NA LITERATURA

Agressividade, improvisação, desordem;

Rejeição a qualquer tipo de racionalização

e equilíbrio;

Livre associação de palavras – o acaso

substitui a inspiração, a brincadeira

substitui a seriedade;

Invenção de palavras com base na

exploração da sonoridade.

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Receita para um poema dadaísta

Tristan TzaraPegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

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SURREALISMO(1924)

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Surge em 1924 com o Manifesto Surrealista de André Breton.

Propõe que o homem se liberte da razão, da crítica, da lógica.

Adere à filosofia de Sigmund Freud. Expressa o interior humano,

investigando o inconsciente.

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Neste Rosto de Mae West podendo ser utilizado como

apartamento surrealista, Salvador Dalí apropria-se da

técnica de colagem dos dadaístas, apresentando

objetos deslocados de suas funções: os cabelos de atriz transformados em cortinas;

os olhos, em quadros; o nariz, em aparador; os

lábios, em poltrona.

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Sonho provocado pelo vôo de uma abelha em

torno de uma romã, um segundo antes do

despertar, data de 1944.

Salvador Dalí.

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SURREALISMO NA LITERATURA

Escrita automática

Anticonvencialismo

Imagens oníricas

Metáforas surreais: realidade e sonho se misturam

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Pré-históriaMurilo Mendes

Mamãe vestida de rendasTocava piano no caosUma noite abriu as asas Cansada de tanto som,Equilibrou-se no azul,De tonta não mais olhouPara mim, para ninguém!Cair no álbum de retratos.

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Bibliografia

COMPAGNON, Os cinco paradoxos da modernidade, 1996.

GOMBRICH, E. H. A história da Arte. Trad. Álvaro Cabral. 16 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1999.

HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. 2 volumes. São Paulo: Mestre Jou, 1982.

LUCIA HELENA, Movimentos da vanguarda europeia, 1993.

TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro: apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências vanguardistas. 9 ed. Petrópolis: Vozes, 1986.