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Page 1: Aula5 Cultivo Controle Microrganismos

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Departamento Acadêmico de Química e Biologia

Disciplina: Biologia Celular e Microbiologia

Cultivo e Controle de Microrganismos

Profa. Lucia Regina R. Martins

novembro/2009

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Cultivo de Microrganismos

� na natureza e em materiais infecciosos os microrganismos existem como culturas mistas

colônia: visível crescimento� a partir de 1 célula vegetativa, 1 esporo ougrupo de microrganismos

Meios de cultura:

• material nutriente apropriado para o cultivo de microrganismos• pode ser preparado em laboratório ou comercial• composição depende das necessidades nutricionais/tipo de microrganismo

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Material inoculado no meio de cultura (inóculo)

Incubação em estufa microbiológica

Multiplicação celular

células individuais formam grande número de células = colônia

cultura pura = colônia formada a partir de ancestral único,característica homogênea

característica macroscópica da colônia = típica da espécie

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Meios de cultura

Critérios:

- nutrientes necessários- água- ajuste de pH- presença de oxigênio- temperatura ótima

-Inicialmente deve ser estéril: proliferação apenas de microrganismos do inóculo -Inicialmente deve ser estéril: proliferação apenas de microrganismos do inóculo

Ágar:

�polissacarídeo complexo de algas marinhas, agente solidificante para os meios de cultura� não-degradável pela maioria de microrganismos� liquefaz a 100oC, solidifica a 40oC� tubo (ágar inclinado ou em coluna) e placas de Petri

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Meios de cultura

I – Meios Quimicamente Definidos

Composição definida;Fonte de energia, fatores orgânicos e inorgânicos de crescimento- Organismos exigentes = “fastidiosos” (ex.: Neisseria gonorrhoeae, Lactobacillus)

II – Meios ComplexosII – Meios Complexos

- nutrientes: extratos de carne, plantas, leveduras, produtos de digestão protéica (peptonas)- pequenas variações na composição química exata- usado de forma geral para bactérias heterotróficas e fungos- pode ser: caldo nutriente ou ágar nutriente

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Meios de cultura e Métodos para Anaeróbios

Meios de cultivo = Redutores: �reagentes que retiram oxigênio dissolvido (tioglicolato de sódio)

• recipientes fechados• aquecimento dos tubos antes da utilização (elimina O2 dissolvido)• em Placa de Petri: sistema fechado (jarras)

� retirada de oxigênio: reações químicas (NaHCO3 + NaBH4)� enzima (oxirase)� câmara com gás inerte

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Técnicas Especiais de Cultivo

- Cultura de células: organismos intracelulares obrigatórios (riquétsias e clamídias)- em organismos vivos (ex.: Mycobacterium leprae)- capnofílicos (estufas de CO2 ou jarra com vela, reagentes em embalagens):

-Ex.: algumas bactérias patogênicas do TGI (Campylobacter)

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Meios de cultura

1. Seletivo2. Diferencial

�utilizados para a determinação da presença de microrganismos específicos

1. MEIOS SELETIVOS

- Favorece o crescimento apenas do microrganismo de interesse- ex.: ágar sulfeto de bismuto → isolamento de Salmonella typhi em fezes- ex.: ágar sulfeto de bismuto → isolamento de Salmonella typhi em fezes

ágar verde brilhante (corante que inibe Gram-positivas, seletivo para Salmonella)ágar Sabouraud dextrose pH 5,6: favorece fungos e inibe bactérias

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2. MEIOS DIFERENCIAIS

- permite identificação de colônias de bactérias de interesse, em meio a outras espécies- quando cultura pura: reações características

- ex.: ágar sangue→ identifica bactérias capazes de hemóliseStreptococcus são classificados como alfa-hemolíticos (halo esverdeado demetemoglobina), beta-hemolíticos (halo claro de hemólise ao redor da colônia),não-hemolíticos (sem alteração)

beta-hemólise alfa-hemólise

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3. MEIOS SELETIVOS + DIFERENCIAS

Staphylococcus aureus – ↑ tolerância a NaCl, fermenta manitol produzindo ácido→ Meio Ágar Sal Manitol

� favorece o isolamento e reconhecimento de espécies de interesse� requer conhecimento de peculiaridades de cultivo, características bioquímicas, etc.

7,5% NaCl = seletivoindicador de pH = diferencial

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Ágar MacConkey:

- contém sais biliares e cristal violeta: inibe Gram-positivas (seletivo)- lactose: diferencia Gram-negativas fermentadoras (rosa) de não-fermentadoras (incolor)- caracteriza salmonellas patogênicas

3. MEIOS SELETIVOS + DIFERENCIAS

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Meios de enriquecimento

� estimula o crescimento da bactéria de interesse (estão em menor quantidade)� normalmente líquido� pode ser considerado seletivo� transferência de inóculo → estágio de crescimento → transferência de inóculo

� ex.: amostras de solo e fezes (caldo enriquecido com fenol)caldo Tetrationato e Selenito-Cistina para cultivo de Salmonelascaldo Tioglicolato para Clostridium perfringenscaldo Tioglicolato para Clostridium perfringens

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Método de esgotamento por estrias superficiais

alça de inoculação estéril e meio nutriente sólidopadrão de espalhamento do inóculo após incubação = colônias isoladas → transfere para meio nutriente = cultura pura

Obtenção de culturas puras:� utilizada na obtenção de colônias individualizadas� características homogêneas� permite a caracterização e identificação� método de semeadura é fundamental

após incubação = colônias isoladas → transfere para meio nutriente = cultura pura

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Conservação de culturas puras

�curto período (dias) = refrigerador (4 a 10oC)

� longo período: congelamento rápido em líquido (freezer -50 a -95oC)liofilização (ampolas acondicionadas em temperatura ambiente)

retomam a viabilidade pela adição de meio líquido nutriente

• coleções de culturas puras (padrão) : American Type Culture Collection (ATCC)

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Acompanhamento do crescimento de culturas bacterianas

Pode ser representado por gráficos de crescimento X tempo� número de microrganismos: métodos diretos (contagem)

métodos indiretos (medida da atividade metabólica)

Tipos de divisão celular bacteriana:

- fissão binária- brotamento- brotamento- conidiósporos (Actinomicetes)- fragmentação de filamentos

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Acompanhamento do crescimento de culturas bacterianas

Tempo de Geração

- é o tempo necessário para uma célula se dividir - número de bactérias dobra a cada geração - número de células = 2n (n =número de gerações)- tempo de geração médio = 1 – 3 horas- números muito grandes → usa-se escala logarítmica

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Escala logarítimica X aritmética para crescimento de populações bacteriana

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Fases do Crescimento

� demonstrado pela Curva de Crescimento bacteriano� experimentalmente: contagem da população em intervalos regulares de tempo� inóculo = pequeno número de células → meio líquido → acompanhamento

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Fases do Crescimento

1. Fase Lag

- pouca divisão celular → estado de latência- duração: horas a dias- metabolismo celular é ativo → enzimas e proteínas

2. Fase Log (crescimento exponencial)

- divisão celular ativa e intensa- tempo de geração é constante - maior atividade metabólica- grande sensibilidade a alterações ambientais

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Fases do Crescimento

3. Fase estacionária

- velocidade de divisão celular decai- número de células mortas = número de células novas- atividade metabólica decresce- fatores que contribuem para seu início: escassez de nutrientes, acúmulo de metabólitos, alterações de pH- fermentadores industriais: substituem o meio de crescimento constantemente = fase Log é indefinidaé indefinida

4. Fase de declínio (morte celular)

• número de céls mortas > > número de céls novas• população se reduz a uma fração mínima ou é completamente exterminada

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Quantificação do Crescimento Microbiano

� utiliza amostras pequenas (~ 1 ml de meio líquido, 1 g de meio sólido) � diluições seriadas de alíquotas de material (material concentrado)� tamanho total da população microbiana = extrapolações matemáticas

Métodos

1. Quantificação Diretaa) Contagem em Placab) Método do número mais provávelb) Método do número mais provávelc) Contagem ao microscópio

2. Quantificação Indiretaa) Turbidimetriab) Peso secoc) Atividade metabólica

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1. Contagem em placa

- contagem do número de colônias (unidades formadoras de colônias - UFC)- sujeito a erros: considera cada colônia proveniente de 1 bactéria- vantagem: quantifica células viáveis- desvantagem: tempo de espera (~24h) → produção de alimentos perecíveis - padronização (FDA): somente placas com 25 – 250 colônias → diluição seriada da amostra

Quantificação Direta do Crescimento Microbiano

1. Quantificação Diretaa) Contagem em Placab) Método do número mais provávelc) Contagem ao microscópio

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1. Contagem em placa – diluição seriada

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Quantificação do Direta Crescimento Microbiano

� pour plate (em profundidade)� espalhamento em placa

1. Contagem em placa – técnicas para semeadura

ágar fundido a 50oC

� pour plate (em profundidade)

- volume do inóculo: 0,1 - 1,0 mL;- desvantagens: bactérias sensíveis ao calor;

aspecto das colônias pode auxiliar no diagnóstico

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�espalhamento em placa

1. Contagem em placa – técnicas para semeadura

- volume do inóculo: 0,1 mL- placa com ágar solidificado- espalhamento homogêneo com alça de vidro- crescimento apenas superficial

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� quando a amostra contém poucas bactérias: método de filtração

Ex.: água - bactérias são concentradas na superfície de membranas filtrantes especiais- volume amostra: ~100 mL- filtro é transferido para Placa de Petri contendo meio nutriente líquido: formação decolônias na superfície da membrana

1. Contagem em placa – técnicas para semeadura

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Quantificação Direta do Crescimento Microbiano

1. Quantificação Diretaa) Contagem em Placab) Método do número mais provávelc) Contagem ao microscópio

2. Método do Número Mais Provável (MNP)

- método estatístico (95% de probabilidade)- princípio: ↑ no bactérias = ↑ no diluições para crescimento negativo- aplicação: bactérias que não crescem em meio sólido; uso de meio líquido diferencial

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Quantificação Direta do Crescimento Microbiano

1. Quantificação Diretaa) Contagem em Placab) Método do número mais provávelc) Contagem ao microscópio

3. Contagem direta ao Microscópio

- utiliza lâmina especial (Petroff-Hausser) → 25 quadrados grande “quadriculados”- pequeno volume de amotra: preenchimento da câmara (pode utilizar corantes)- contagem em quadrados grandes e média- volume no quadrado grande = 1/1,25 X 106 mL- no de bactérias = no contado X 1,25 X 106 (para 1mL de amostra)

desvantagens:• bactérias móveis• céls. mortas• necessário grande no

vantagens:• não precisa incubação• resultado imediato

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Quantificação do Crescimento Microbiano

2. Quantificação Indiretaa) Turbidimetriab) Peso seco (bactérias/fungos filamentosos)→ filtraçãoc) Atividade metabólica → determinação do metabólito

�Aplicação: pesquisa e indústria

a) Turbidimetria

- proliferação de bactérias em meio líquido = ↑ densidade células = ↑ turbidez

- utiliza espectrofotômetro (colorímetro): quantidade de bactérias é inversamente

proporcional à quantidade de luz que atinge o detectorproporcional à quantidade de luz que atinge o detector

- pode ser usado para gráficos de crescimento bacteriano X tempo (associado à contagem)

- desvantagem: insensível a pequena quantidade de bactérias.

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Controle do Crescimento Microbiano

�Medidas utilizadas para prevenir contaminações que podem ter consequências danosas à saúde...

Você sabe o que é....

Esterilização?Esterilização?Desinfecção?Degerminação?Sanitização?Anti-sepsia?

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... alguns conceitos:

1. Esterilização:

�destruição de todas as formas de vida microbiana (vegetativa e esporos)�métodos: aquecimento, filtração (líquidos e gases), gases esterilizantes (óxido de etileno)

2. Esterilização comercial:�não é completa; �utiliza técnica para destruir endosporos de Clostridium botulinum (calor)�esporos de bactérias termofílicas permanecem

3. Desinfecção:- destrói formas vegetativas de microrganismos patogênicos em superfícies ou substâncias inertes- não atinge esporos- métodos: substâncias químicas (“desinfetante”), radiação UV, água fervente ou vapor

4. Anti-sepsia- destruição de formas vegetativas de microrganismos em tecido vivo- substâncias químicas: “anti-séptico”

Sepse = contaminação bacteriana; Asséptico = objeto/área livre de patógenos

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... alguns conceitos:

5. Degerminação- remoção mecânica de microrganismos em uma área delimitada- ex.: limpeza de pele com álcool antes da aplicação de injeção

6. Sanitização- processo utilizado para reduzir a contagem microbiana a níveis seguros- minimiza chances de transmissão de doenças- ex.: lavagem de talheres, copos e pratos em água quente ou seguido de aplicação de desinfetante químicoaplicação de desinfetante químico

PRODUTOS

Biocida/germicida: substância que leva à destruição de microrganismos� fungicida, bactericida, viricida

Bacteriostático, fungistático: substância que inibe o crescimento de bactérias

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Taxa de Morte Bacteriana

- é a percentagem de bactérias que morrem por unidade de tempo

�normalmente: tratamento com substâncias antimicrobianas → taxa de morte constante

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Fatores de Influenciam a efetividade de antimicrobianos:

1. Carga microbiana (↑ no bactérias = ↑ tempo)

2. Ambiente: presença de matéria orgânica, temperatura, pH

3. Tempo de exposição

4. Características microbianas

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Métodos de Controle Microbiano

1. Físicos

• Calor (úmido, seco, pasteurização)• Filtração• Baixas temperaturas• Alta pressão• Dessecação• Pressão osmótica• Radiação

2. Químicos

• Radiação • desinfetantes e anti-sépticos• halogênios• álcoois, fenóis• agentes tensoativos• compostos quaternários de amônio• conservantes de alimentos• antibióticos• esterilizantes gasosos• agentes oxidantes• aldeídos

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Métodos de Controle Microbiano

1. Físicos

• Calor (úmido, seco, pasteurização)

�Ação: desnaturação de proteínas (enzimas)

�aplicação: considerar degradação de outras substâncias/danos a materiais

Resistência ao calor tem grande variabilidade → parâmetros para esterilização:

• Ponto de Morte Térmica (PMT): menor ToC que destrói todos em 10 minutos (susp.líq)

• Tempo de Morte Térmica (TMT): menor tempo necessário para a destruição de todos

em uma certa ToC (cult. Líq.)

• Tempo de Redução Decimal (TRD): tempo necessário para destruição de 90% das

bactérias em uma certa ToC

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Calor úmido

- Fervura: destrói formas vegetativas de bactérias patogênicas, fungos (e esporos) e grande parte de vírus em 10 minutos�alguns vírus (hepatite) e endosporos resistem por mais tempo...

- Autoclave: maior temperatura devido à pressão (esterilização efetiva)

Métodos Físicos de Controle Microbiano

� destrói todos os microrganismos e endosporos em 15 min

� danifica alguns materiais

1 atm = 14,7 lb/pol2

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•Autoclave

�tempo de esterilização depende do volume, permeabilidade e conteúdo do material

Métodos Físicos de Controle Microbiano

�Marcadores de esterilização: etiquetas, marcadores de temperatura e tempo, uso de endosporos.

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Calor úmido

- Pasteurização:

-objetivo: eliminar microrganismos patogênicos;utilizado em alimentos perecíveis (leite, sorvete, iogurte, cerveja)

- tempo de pasteurização diferente

Pasteurização do leite: (teste de fosfatase)

- clássica: 63oC por 30 min

Métodos Físicos de Controle Microbiano

- clássica: 63oC por 30 min- alta temperatura e tempo curto (HTST): 72oC por 15 s (serpentina)

Esterilização do leite: (armazenagem posterior sem refrigeração)-Tratamento de temperatura ultra-elevada (UHT)- câmara de vapor: de 74oC a 140oC → 3 s → resfriamento rápido

Tratamentos equivalentes:

↑ ToC ↓tempo = mesma eficiência

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Calor seco

� Destruição por oxidação (combustão direta ou carbonização lenta)

Tipos:

- chama direta (bico de Bunsen)- incineração - em ar quente (estufa): 170oC por 2h

Métodos Físicos de Controle Microbiano

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Métodos Físicos de Controle Microbiano

Filtração:

- Membranas especiais (porosidade): 0,45 μm; 0,22 μm; 0,01μm- uso em materiais sensíveis ao calor: meios de cultura, vacinas, enzimas, etc.

Para o ar: filtros HEPA (0,3 μm)

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Métodos Físicos de Controle Microbiano

Baixas Temperaturas:

- Refrigeração comum = bacteriostáticos (0 – 7oC)�Listera monocytogenes: bastonete gram-positivo;infecta adultos (assintomático ou meningite – letalidade50%); transmissão pelas fezes; em gestantes(assintomático na mãe, meningite após nascimento,natimorto)

- Congelamento rápido: formas latentes (ainda viáveis)

- Congelamento lento: mais letal→ ciclos congelamento-descongelamento são usados

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Métodos Físicos de Controle Microbiano

Dessecação:

-liofilização: microrganismos permanecem viáveis, porém latentes na ausência de água- aplicação: preservação de espécies microbianas em laboratório,

conservação de alimentos (café)

- resistência microbiana à dessecação é variávelex.: Mycobacterium tuberculosis (meses)

Neisseria gonorrhoeae (1 hora)endosporos: indefinidoendosporos: indefinidovírus são resistentes

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Métodos Físicos de Controle Microbiano

Radiação:

os efeitos sobre os microrganismos dependem:- comprimento de onda- intensidade- duração da exposição

Radiações esterilizantes: - ionizante - não-ionizante

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Métodos Físicos de Controle Microbiano

Radiação ionizante

• raios gama, raios X, feixes de elétrons de alta energia• comprimento de onda menor que 1nm

�Principal efeito da radiação = ionização da água → radicais hidroxila reativos e tóxicos

Poder de penetração:raios gama (elementos radioativos) > raios X > feixes de elétrons

�Principal efeito da radiação = ionização da água → radicais hidroxila reativos e tóxicos� reação com componentes celulares = morte microbiana

Tempo de esterilização: feixes de elétrons (segundos de exposição) > raios gama (horas)

Aplicações:Conservação de alimentos (carnes, vegetais, etc.)Produtos farmacêuticos, materiais descartáveis de uso odontológico/médico:

-seringas, luvas, cateteres, suturas...

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Métodos Físicos de Controle Microbiano

Radiação não-ionizante• comprimento de onda acima de 1nm: luz UV

� mecanismo: danifica estrutura do DNA, inibem a replicação� comprimento de onda mais eficaz ± 260 nm

Aplicação:• lâmpadas germicidas (microrganismos do ar):

-Salas cirúrgicas, enfermarias, câmaras microbiológicas• desinfecção de produtos médicos

Desvantagem:Desvantagem:• baixo poder de penetração: a exposição deve ser direta• lesão à retina humana;• exposição prolongada = queimaduras e câncer de pele.

Efeito antimicrobiano da luz solar (> 280nm):� leva à formação de oxigênio livre no citoplasma (tóxico)� pigmentos = proteção

Microondas:• não apresentam efeito direto sobre microrganismos (efeito indireto, pelo calor)