AUTOAVALIAÇÃO DE UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO MÉDIO
(IEM): UM ENFOQUE NAS
INSTALAÇÕES FÍSICAS
Vinicius Barcelos da Silva (IFF)
Andre Luis Policani Freitas (UENF)
Os números recentes da Educação brasileira revelam desempenhos
ruins dos estudantes brasileiros nos níveis de Educação Elementar e
Básica, que constituem o “alicerce” da Educação Superior. Sistemas
de avaliação oficiais mostram que os alunoos do 3º ano do ensino
médio demonstram ter conhecimentos compatíveis aos alunos da 8ª
série do ensino fundamental. Considerando este cenário preocupante e
o fato de que a educação pode ser caracterizada como um processo de
transformação cujas operações envolvem predominantemente a
produção de serviços, este artigo investiga o emprego do modelo
proposto por Silva e Freitas (2011) para autoavaliação de uma
Instituição de Ensino Médio, com enfoque na análise das ‘Instalações
Físicas’ segundo a percepção do Corpo Discente. Por meio de um
estudo exploratório, resultados relevantes foram obtidos, dentre os
quais: (i) o questionário apresentou confiabilidade aceitável, segundo
os valores do alfa de Cronbach; (ii) o desempenho da instituição em
relação aos critérios foi atribuído a categorias que refletem a
qualidade das ‘Instalações Físicas’; (iii) os itens foram alocados em
níveis de prioridade para adoção de medidas corretivas e preventivas
por meio da Análise dos Quartis. Espera-se que o emprego deste
modelo permita a identificação de problemas não detectados pelos
sistemas de avaliação oficiais existentes e também de soluções para
estes problemas, constituindo-se em uma importante ferramenta de
gestão escolar.
Palavras-chaves: Instituições de Ensino Médio, autoavaliação
institucional; qualidade na educação
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1. Introdução
É indiscutível a importância da educação na vida de qualquer indivíduo, sociedade e de uma
nação. Ela é atualmente um dos principais serviços de uma nação, “peça-chave” pelo seu
desenvolvimento econômico e social. A qualidade insatisfatória da educação em um país pode
criar uma vulnerabilidade frente outros países, partindo do pressuposto de que possuir força
de trabalho especializada é crucial para aumentar a competitividade na economia mundial.
Os sistemas de avaliação nacionais e internacionais têm constatado um grande problema na
educação básica brasileira, principalmente no ensino médio, que já é de senso comum da
sociedade: a baixa qualidade da educação oferecida pela rede pública de ensino. Mesmo
apresentando melhoras modestas ao longo dos anos, o desempenho apresentado pelos alunos
brasileiros está abaixo da média dos países desenvolvidos.
Na avaliação realizada pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) em 2009,
a educação básica brasileira foi classificada como uma das piores dentre os 65 países
avaliados (OECD, 2010). No Brasil, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) de 2009 comprovam especificamente a fragilidade do Ensino Médio oferecido
pela rede pública de ensino, que obteve índice de 3,4 pontos, em uma escala de zero a dez,
enquanto que a rede privada apresenta índice de 5,6 pontos (Brasil.MEC/INEP, 2012). Este
gap entre as duas redes é extremamente grave, visto que, segundo Censo Escolar 2009, nove
em cada dez alunos do Ensino Médio estão na rede pública de ensino. Os dados do Sistema de
Avaliação da Educação Básica (SAEB) 2009 também são preocupantes, pois os alunos do 3º
ano do Ensino Médio obtiveram notas que, na escala do SAEB, seriam compatíveis aos
alunos da 8ª série do Ensino Fundamental.
A baixa qualidade da educação básica pública, mais precisamente no Ensino Médio público,
gera diversos problemas para o país. Além de oferecer profissionais menos capacitados ao
mercado de trabalho, dificulta a continuidade dos estudos dos alunos formados no Ensino
Médio. Esses problemas ferem as finalidades do Ensino Médio descritas na lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996).
O problema da qualidade da educação básica pública, não só do Ensino Médio, requer
grandes e complexas mudanças em diversos fatores nas redes de ensino. Entretanto, é
importante considerar a seguinte questão: O que cada escola, individualmente, pode fazer para
contribuir para a melhoria da qualidade do ensino oferecida por ela a sociedade? São várias as
respostas possíveis, onde uma delas pode ser definida como: identificar problemas e
fragilidades mais graves, atuar sobre esses problemas, direcionando ações, recursos humanos
e financeiros a fim de saná-los.
Diante deste cenário, as redes de Ensino Médio precisam estabelecer políticas de melhoria da
qualidade da educação, fundamentadas nos princípios da qualidade e da pedagogia, utilizando
ferramentas computacionais e estatísticas para auxiliar na identificação e resolução dos
problemas de maior magnitude. Freitas, Rodrigues e Costa (2009) afirmam que é essencial a
existência de um sistema de avaliação que seja capaz de garantir que a qualidade da educação
fornecida pelas instituições de ensino atenda aos padrões recomendados.
Nesse contexto, a avaliação institucional é um importante instrumento na busca de
informações para a melhoria da qualidade da educação (FREITAS; FONTAN, 2008),
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proporcionando a instituição de ensino detectar o nível de qualidade da educação oferecida
por ela a sociedade, descobrindo no processo educacional as falhas existentes. Por meio de
análises é possível direcionar seus próprios recursos ou solicitar recursos aos órgãos
competentes a fim de sanar os problemas de grande magnitude, visando a melhoria contínua
da qualidade do ensino.
Diversos estudos têm sido realizados em termos de avaliação/autoavaliação de Instituições de
Ensino Superior (IES). Entretanto, existe uma carência de estudos com esta finalidade tendo
como foco as Instituições de Ensino Médio (IEM).
Desejando contribuir para essa questão, este artigo apresenta um estudo que utilizou o modelo
proposto por Silva e Freitas (2011) para autoavaliação de uma Instituição de Ensino Médio,
com enfoque na análise da dimensão ‘Instalações Físicas’ segundo a percepção do Corpo
Discente. Resultados relevantes foram obtidos, dentre os quais: (i) o questionário apresentou
confiabilidade de consistência interna aceitável, segundo os valores do alfa de Cronbach; (ii)
o desempenho da instituição em relação aos critérios foi atribuído a categorias que refletem a
qualidade das ‘Instalações Físicas’; (iii) os itens foram alocados em níveis de prioridade para
adoção de medidas corretivas e preventivas por meio da Análise dos Quartis.
Este artigo está organizado da seguinte forma: a seção 2 aborda a Educação como um serviço,
destacando os aspectos tangíveis (em especial, as Instalações Físicas) na avaliação da
qualidade em Instituições de Ensino; a seção 3 descreve o estudo realizado a partir do
emprego do modelo de avaliação proposto por Silva e Freitas (2011), destacando as análises e
os resultados; e, finalmente são apresentadas as considerações finais e o Anexo.
2. A Educação como um serviço: foco nos aspectos tangíveis
De maneira geral, a educação pode ser caracterizada como um processo de transformação
cujas operações envolvem predominantemente a produção de serviços. Neste contexto,
alunos, professores, instalações e equipamentos podem ser interpretados como insumos
essenciais (Inputs) de um processo de transformação (Formação Educacional), cujo produto
final (Output) é a formação adquirida pelo aluno (Figura 1).
Ambiente
Processo de Transformação
Aluno
formado (profissional
capacitado)
Recursos a serem
transformados
Alunos Informações
Recursos de
Entrada (Input) Instalações
Equipamentos Pessoal
Recursos de entrada de
transformação
Saídas de produtos e
Serviços (Output)
Ambiente
Fonte: Adaptação de Slack et al. (2002)
Figura 1 – Processo de formação educacional
Diversos estudos têm buscado definir as dimensões que mais influenciam a qualidade em
serviços. Dentre as dimensões, encontram-se os “aspectos tangíveis”, usualmente associados
às instalações físicas, ferramentas e equipamentos. Destaca-se que essa dimensão é
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considerada pelo modelo de avaliação da qualidade de serviços mais difundido
cientificamente – o modelo SERVQUAL (PARASURAMAN; BERRY; ZEITHAML, 1988) e
as suas diversas variações e adaptações para fins de avaliação de serviços de diferentes
naturezas. O modelo SERVPERF (CRONIN; TAYLOR, 1992), apesar de contestar a forma
com que a qualidade de serviços é determinada pelo SERVQUAL, utiliza as mesmas
dimensões da qualidade e itens pelo mesmo.
Aspectos tangíveis são considerados Momentos da Verdade. Segundo Albrecht (1998), um
Momento da Verdade representa o instante em que o usuário entra em contato com qualquer
aspecto da organização (funcionários, instalações, tele/fax, e-mail, etc.) e, de acordo com esse
contato, ele pode formar sua opinião a respeito da qualidade do serviço.
Além disso, a influência do ambiente na qualidade dos serviços foi originalmente investigada
por Bitner (1992) - as principais dimensões do ambiente de serviços foram denominadas
servicescapes e incluem condições do ambiente; espaço; e sinais (placas), símbolos e
artefatos.
No âmbito da qualidade dos serviços em instituições de ensino, destacam-se Lagrosen,
Seyyed-Hashemi e Leitner (2004), que através de um questionário aplicado aos alunos de uma
IES, detectaram sete dimensões da qualidade no ensino superior, entre elas os laboratórios de
informática e a biblioteca e seus recursos, ambas consideradas ‘aspectos tangíveis.
No Brasil, ‘Infraestrutura Física’ é uma das dez dimensões estabelecidas pelo SINAES na
avaliação de uma IES, incorporando itens associados às instalações gerais e específicas,
incluindo bibliotecas. O SINAES estabelece que toda IES realize um processo de avaliação
interna – conhecido como autoavaliação institucional. Este requisito tem fomentado estudos
focados na autoavaliação de toda IES ou direcionados especificamente aos cursos de
graduação e programas de pós-graduação e que consideram aspectos tangíveis relacionados à
Infraestrutura física. Dentre os estudos mais recentes, citam-se os realizados por Valério,
Santos e Verdinelli (2004); Ribeiro e Costa (2005); Almeida, Pinto e Piccoli (2007); Freitas e
Fontan (2008); Freitas, Rodrigues e Costa (2009); Eberle, Milan e Lazzari (2010).
Em termos da autoavaliação de Instituições de Ensino Médio, Silva e Freitas (2011)
propuseram um modelo no qual a dimensão ‘Instalações Físicas’ é parte constituinte. Em
especial, esse modelo foi utilizado no estudo descrito a seguir.
3. Descrição do Estudo
O estudo buscou investigar o emprego do modelo proposto por Silva e Freitas (2011) na
avaliação e classificação da qualidade de uma Instituição do Ensino Médio em termos das
‘Instalações Físicas’, segundo a percepção do Corpo Discente. O estudo foi realizado em um
campus vinculado a um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, localizado no
estado do Rio de Janeiro.
Em novembro de 2010, a instituição possuía cerca de trezentos e cinquenta alunos no Ensino
Médio, distribuídos em onze turmas. Quatro turmas foram selecionadas aleatoriamente, sendo
duas do segundo ano e duas do terceiro ano. Cada turma possuía entre vinte e trinta alunos.
Ao todo, noventa e seis alunos participaram do estudo.
3.1 Critérios e itens de avaliação
Após análise dos vários trabalhos realizados na Educação Básica e na Educação Superior,
além de considerar as especificidades do Ensino Médio, Silva e Freitas (2011) definiram sete
critérios (Figura 2), cada qual composto por itens de avaliação (Ver Anexo A).
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Figura 2: Dimensão Instalações Físicas e seus sete critérios
3.2 Escala de julgamento de valor
Empregou-se uma escala contínua representada através de uma reta cujos valores variam entre
zero e cem pontos, onde o avaliador marcará com um “X” um valor representativo da sua
percepção acerca do desempenho da IEM em relação a cada item (Figura 3). Segundo
Malhotra (2006) esse tipo de escala não compara o objeto que está sendo avaliado com outro
objeto ou com algum padrão especificado, avaliam apenas um objeto de cada vez.
Figura 3 – Escala de julgamento de valor utilizada no estudo
3.3 Categorias de classificação e limites
Foram consideradas as categorias de classificação sugeridas por Albernaz e Freitas (2011). A
Figura 4 apresenta as categorias (A, B+, B-, C, D+, D-, E), as respectivas fronteiras e o
conceito associado a cada uma delas.
Figura 4 - Categorias e limites utilizados no estudo.
3.4. Coleta de julgamentos de valor e análise preliminar dos dados
Um questionário impresso foi utilizado durante duas semanas para coletar dados e
julgamentos. Além da escala para captar o desempenho da IEM, uma opção de resposta
denominada “Não se aplica” foi considerada. Os respondentes foram orientados a marcar esta
opção caso não tivessem condições de avaliar a IEM à luz de um item, seja por falta de
experiência ou por acreditar que a IEM não tinha como ser avaliada em relação ao item.
Visando avaliações realistas e sinceras, a identificação dos respondentes foi opcional.
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A fim de verificar a confiabilidade do questionário foi calculado o coeficiente alfa de
Cronbach (CRONBACH, 1951), cujo valor pode variar entre 0 e 1 (quanto mais próximo de
1, maior a confiabilidade). Freitas e Rodrigues (2005) sugerem uma classificação da
confiabilidade de um questionário conforme os limites apresentados na Tabela 1. Desta
forma, pode-se considerar que um questionário apresenta boa confiabilidade quando o valor
do alfa for maior que 0,60. Entretanto, confiabilidade mais consistente é obtida quando este
valor estiver acima de 0,75.
Confiabilidade Muito Baixa Baixa Moderada Alta Muito Alta
Valor do α α ≤ 0,30 0,30 < α ≤ 0,60 0,60 < α ≤ 0,75 0,75 < α ≤ 0,90 α > 0,90
Fonte: Freitas e Rodrigues (2005). Tabela 1: Classificação da confiabilidade a partir do coeficiente alfa de Cronbach.
Nas situações em que os avaliadores não avaliaram os itens ou marcaram “Não se aplica”, o
valor numérico ausente foi substituído pela média dos valores dos julgamentos no referido
item. Segundo Freitas e Rodrigues (2005), este procedimento é possivelmente o mais
utilizado neste tipo de situação, sendo inclusive incorporado por pacotes estatísticos
profissionais. Particularmente, este procedimento foi utilizado no estudo.
O questionário que avaliou a dimensão Instalações Físicas apresentou valor alfa de 0,95 –
confiabilidade muito alta segundo a classificação proposta por Freitas e Rodrigues (2005).
Entretanto, segundo Hayes (2005), a confiabilidade pode ser aumentada ao se adicionar mais
itens ao questionário. Ou seja, o valor do alfa pode ter sido influenciado pela grande
quantidade de itens que compõem o questionário (49 itens). Desta forma, a confiabilidade de
cada critério foi analisada individualmente.
Critérios Quantidade de Itens Alfa de Cronbach
Todos os Critérios 49 0,95
Cr1: Instalações Gerais 07 0,80
Cr2: Salas de Aula 07 0,69
Cr3: Biblioteca 11 0,87
Cr4: Recursos Computacionais 06 0,89
Cr5: Laboratórios Gerais 05 0,91
Cr6: Alimentação Escolar 06 0,89
Cr7: Instalações e Recursos Esportivos 07 0,86
Fonte: Os autores.
Tabela 2: Alfa de Cronbach da dimensão Instalações Físicas, segundo o Corpo Discente.
De acordo com a Tabela 2, o instrumento apresentou alta confiabilidade de consistência
interna em relação a todos os critérios, exceto em relação a “Salas de aula” (consistência
interna moderada). Desta forma, pode-se considerar que o instrumento utilizado para avaliar
as Instalações Físicas é confiável e pode ser empregado em análises futuras.
Dado que o último item do questionário (I50) solicita a atribuição de uma nota geral para o
desempenho da IEM, uma análise de regressão linear simples foi realizada para verificar a
coerência das avaliações. Foram utilizadas como variáveis a média aritmética das notas dos
itens I1 até I49 e a nota geral atribuída à IEM (item I50), ambas fornecidas por cada avaliador.
O coeficiente de correlação é calculado após o ajuste dos pares de dados na reta dos mínimos
quadrados, a fim de determinar quão precisamente aquela reta ajusta-se aos dados. Callegari-
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Jacques (apud Lira, 2004) propõe que o coeficiente de correlação possa ser avaliado
qualitativamente conforme Tabela 3. Pode-se dizer então que um coeficiente de correlação r ≥
0,60 indica que existe uma forte correlação, onde neste caso indicaria coerência nas
avaliações.
Correlação Fraca Correlação
Linear
Moderada
Correlação Linear
Forte Correlação
Linear
Muito Forte
Correlação Linear
Valor de | r | 0,00 < | r | < 0,30 0,30 ≤ | r | < 0,60 0,60 ≤ | r | < 0,90 0,90 ≤ | r | < 1,00
Tabela 3: Classificação da correlação a partir do coeficiente de correlação linear.
Fonte: adaptado de Callegari-Jacques (apud Lira, 2004).
O Gráfico 1 apresenta a reta de regressão linear simples resultante. Cabe ressaltar que as
avaliações de dois alunos não foram incluídas porque não emitiram valor numérico para o
item I50 (Nota Geral): um não informou o valor e outro marcou “não se aplica”. O coeficiente
de correlação (r) foi 0,71, o que indica forte correlação linear. Este fato revela que os alunos
avaliaram de forma coerente as Instalações Físicas.
Gráfico 1: Reta de regressão linear simples das avaliações das Instalações Físicas segundo a percepção Discente.
Fonte: Os autores
3.5. Qualidade das Instalações Físicas
A Tabela 5 exibe a média e o conceito atribuído às Instalações Físicas, assim como a cada
critério. Considerando todos os critérios simultaneamente, as instalações físicas foram
classificadas como Regulares. Entre os critérios, salas de aula, biblioteca e laboratórios gerais
foram considerados Regulares. Porém, instalações gerais, alimentação escolar e instalações e
recursos esportivos foram considerados Ruins, enquanto que os recursos computacionais
foram considerados Muito Ruins. Nenhum critério foi considerado Bom, Muito Bom ou
Excelente. Ou seja, as Instalações Físicas não estão em boas condições segundo os alunos.
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Corpo Discente
(n = 96) Média
Conceito
(Classificação)
Desvio
Padrão
Intervalo de Confiança de 95%
Intervalo Conceito
Mínimo
Conceito
Máximo
Todos os Critérios 52,7 C (Regular) 30,2 46,6 – 58,7 D+ C
Cr1: Instalações Gerais 48,0 D+ (Ruim) 30,5 41,9 – 54,1 D+ C
Cr2: Salas de Aula 60,8 C (Regular) 31,1 54,5 – 67,0 C C
Cr3: Biblioteca 65,1 C (Regular) 24,6 60,2 – 69,9 C C
Cr4: Rec. Computacionais 39,9 D- (Muito Ruim) 28,9 34,1 – 45,7 D- D+
Cr5: Laboratórios Gerais 56,8 C ( Regular) 25,0 51,8 – 61,8 C C
Cr6: Alimentação Escolar 48,3 D+ (Ruim) 31,0 42,1 – 54,5 D+ C
Cr7: Inst. e Rec. Esportivos 40,9 D+ (Ruim) 29,5 35,0 – 46,8 D- D+
Tabela 5: Classificação da dimensão Instalações Físicas e de seus critérios, segundo o Corpo Discente
Considerando que os itens (variáveis) estão distribuídos segundo uma distribuição normal, e
que a média populacional (μ) é estimada pela média amostral e o desvio padrão
populacional (σ) é estimado pelo desvio padrão amostral (S), foram calculados intervalos de
confiança para a média. Sendo o tamanho da amostra (n) superior a 30 respondentes e
considerando o nível de confiança de 95%, os intervalos de confiança foram calculados por
meio da equação (1) para determinar o conceito mínimo e o conceito máximo referente à
dimensão Instalações Físicas e a cada critério (A Tabela 5 apresenta os valores obtidos).
n
SZ+x;
n
SZx=αμ,1IC 2α/2α/ (1)
Resguardados os aspectos lógicos pertinentes, é possível fazer uma analogia entre as
categorias de classificação referentes aos limites inferiores e superiores dos intervalos de
confiança e as categorias resultantes dos procedimentos pessimista e otimista do método
ELECTRE TRI (YU, 1992) – método de Apoio Multicritério à Decisão. Mais
especificamente, pode-se considerar que o conceito mínimo atribuído à dimensão/critério seja
uma classificação pessimista sobre a qualidade do serviço da dimensão/critério em questão e,
de forma análoga, o conceito máximo pode ser considerado como uma classificação otimista.
Constata-se que a dimensão Instalações Físicas, assim como os critérios Instalações Gerais e
Alimentação Escolar, tiveram desempenho entre Ruim e Regular. Salas de Aula, Biblioteca e
dos Laboratórios Gerais mantiveram a classificação Regular em todo o intervalo de
confiança. Recursos Computacionais e as Instalações e Recursos Esportivos foram
classificados como Muito Ruins a Ruins.
3.6. Priorização dos itens de avaliação
Adicionalmente à classificação da qualidade em termos dos critérios de avaliação, em muitas
situações é relevante identificar os itens de avaliação à luz dos quais a instituição teve
desempenho mais crítico e determinar aqueles que devem ter prioridade para intervenção.
Para a priorização dos itens, utilizou-se a Análise dos Quartis, proposta por Freitas, Manhães
e Cozendey (2006). Esta técnica utiliza a medida de posição denominada Quartil para atribuir
os itens em quatro níveis de prioridade de intervenção (Crítica, Alta, Moderada ou Baixa).
Desta forma, os Quartis são interpretados como valores de fronteira, ou seja, valores que
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separam cada nível de prioridade. Por exemplo, itens que apresentaram desempenho inferior
ao primeiro Quartil são definidos como de prioridade Crítica, ou seja, itens críticos que
necessitam de ações corretivas/preventivas urgentes. Itens que apresentam desempenho entre
o primeiro e o segundo Quartil são definidos como itens de prioridade Alta, os que
apresentam desempenho entre o segundo e o terceiro Quartil são definidos como itens de
prioridade Moderada, enquanto que os itens que apresentam desempenho superior ao terceiro
Quartil são considerados de Baixa prioridade. A Tabela 6 exibe o resultado da análise. As
considerações sobre as prioridades dos itens referentes a cada critério são apresentas a seguir.
Tabela 6: Análise dos Quartis na dimensão Instalações Físicas, segundo percepção do Corpo Discente Cr1 – Instalações Gerais: Quase todos os itens foram classificados como de prioridade alta
ou crítica. Atenção especial deve ser dada a acessibilidade às dependências da instituição aos
portadores de necessidades especiais (I2) e ao espaço disponibilizado aos alunos para estudo
(I6), pois estes itens foram classificados como de prioridade crítica. Este resultado pode ser
atribuído ao fato de não existir um local específico para os alunos estudarem e a biblioteca
estar localizada longe das salas de aula. Assim, nas horas vagas, muitos estudam nas próprias
salas ou nos corredores.
Cr2 – Salas de Aula: Critério foi o melhor avaliado. Entretanto, o único item categorizado
com prioridade crítica, referente a climatização das salas de aula (I9), foi o pior item avaliado
de todo o questionário. Este resultado pode ser atribuído ao fato de nenhuma sala possuir ar
condicionado, sendo que algumas não possuem janela (problema percebido pelos autores
durante a coleta de dados).
Cr3 – Biblioteca: Dos onze itens que compõem este critério, apenas a quantidade de acervo
digital existente na biblioteca (I24) foi classificado como de alta prioridade de intervenção.
Nenhum item foi considerado crítico.
Cr4 – Recursos Computacionais: Quase todos os itens classificados como de prioridade alta
ou crítica. Acesso (I27), quantidade e a modernidade dos computadores disponíveis aos alunos
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(I30 e I28, respectivamente), além do desempenho da internet (I31), foram classificados como
de prioridade crítica. De fato, os laboratórios de informática estão distantes das salas de aula e
muitas vezes estão ocupados com aulas do curso técnico de informática. Desta forma, alunos
do Ensino Médio não possuem fácil acesso a eles.
Cr5 – Laboratórios Gerais: Todos os itens foram classificados como de prioridade
moderada. Esse resultado pode ser devido à existência de um único laboratório no campus – o
laboratório de microbiologia – além dos laboratórios de informática. Cabe ressaltar que esse
laboratório foi considerado Regular. Desta forma, a direção deve propor melhorias em todos
os itens relacionados a este laboratório.
Cr6 – Alimentação Escolar: Este critério apresentou como itens críticos a climatização do
refeitório (I40) e a diversificação do lanche/refeição (I42), e como itens de alta prioridade o
estado de conservação do refeitório (I37) e a qualidade nutricional do lanche/refeição (I41). É
importante destacar que, segundo a direção do campus, está prevista a realização de um
concurso para a vaga de nutricionista, visando assim melhorar a qualidade das refeições
servidas no campus.
Cr7 – Instalações e Recursos Esportivos: Este critério foi o pior avaliado pelos discentes,
pois todos os itens foram considerados de prioridade alta ou crítica. Desta forma, a direção
deve buscar ações urgentes a fim de melhorar a estrutura esportiva do campus.
4. Considerações Finais
Diversos estudos têm sido direcionados à avaliação/autoavaliação de Instituições de Ensino
Superior, motivados principalmente pela expansão da quantidade dos cursos superiores e
instituições, e também pela necessidade de monitorar a qualidade dos cursos oferecidos.
Entretanto, estudos focados na avaliação/autoavaliação de Instituições de Ensino Médio ainda
são incipientes, apesar dos números ruins apresentados pela Educação Básica brasileira.
Visando contribuir para esta questão, este artigo apresentou um estudo no qual foi utilizado o
modelo proposto por Silva e Freitas (2011) para avaliar e classificar uma IEM, sendo
enfocada especificamente a dimensão ‘Instalações Físicas’. Resultados importantes foram
obtidos, dentre os quais citam-se:
- O questionário mostrou-se confiável, segundo valores do alfa de Cronbach. A análise de
regressão linear simples revelou a coerência dos julgamentos dos alunos, logo os julgamentos
podem ser considerados confiáveis.
- As Instalações Físicas foram classificadas como Regulares, sendo que em quase todos os
critérios os desempenhos foram considerados Ruins e Regulares. Dentre os critérios mais
críticos estão as instalações gerais, os recursos computacionais, a alimentação escolar e as
instalações e recursos esportivos do campus, classificados como Muito Ruins a Ruins.
- Os itens de avaliação foram atribuídos em níveis de prioridade (Análise dos Quartis). Neste
sentido, as ações de melhorias a serem estabelecidas pela direção do campus devem focar
preferencialmente os itens categorizados como de prioridade crítica e alta.
Cabe ressaltar informações concedidas pela Direção do campus: (i) treze salas de aula
equipadas com televisores e ar condicionado, quatro banheiros e três laboratórios de
informática estão sendo construídos visando melhorar as ‘Instalações Físicas’; (ii) existe um
projeto de criação de um “micródromo” visando melhorar o acesso dos alunos/comunidade
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aos recursos computacionais, e; (iii) existe um projeto para a criação de um laboratório de
física, visando melhorar a qualidade do ensino desta disciplina.
Finalmente considera-se necessária a realização de um estudo após a conclusão das obras que
estavam em andamento, objetivando verificar se efetivamente houve melhoria da qualidade
das instalações físicas da instituição.
Referências
ALBERNAZ, C.M.R.M. & FREITAS, A.L.P. Emprego de métodos de AMD na classificação dos serviços de
suporte de Tecnologia de Informação. Anais do XLIII SBPO, Ubatuba, SP, 2011.
ALMEIDA, T.L., PINTO, S.S. & PICCOLI, H.C. Auto-avaliação na fundação Universidade Federal do Rio
Grande: metodologia de avaliação. Avaliação, Campinas, v.12, n.3, 515-530, Sorocaba, SP, 2007.
BITNER, M.J. Servicescapes: The impact of physical surroundings on customers and employees. Journal of
Marketing, 56, 57-71, 1992.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Brasília, DF, 1996.
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fundamental, de 11 mar. 2003. Disponível em: .
Acesso em 02 abr. 2012.
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Anexo A - Itens para avaliação das Instalações Físicas segundo o Corpo Discente.
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Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.
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Cr1: Instalações Gerais
I01: Estado de conservação dos prédios e salas.
I02: Acessibilidade às dependências da instituição aos portadores de necessidades especiais.
I03: Oferta de reprodução xerográfica dentro da escola.
I04: Estado de conservação dos banheiros.
I05: Limpeza dos banheiros.
I06: Espaço disponibilizado aos alunos para estudo.
I07: Adequação do auditório/sala de conferência para realização de eventos.
Cr2: Salas de Aula
I08: Iluminação das salas de aula.
I09: Climatização das salas de aula.
I10: Limpeza das salas de aula.
I11: Tamanho do quadro da sala de aula.
I12: Estado de conservação das carteiras escolares.
I13: Conforto das carteiras escolares.
I14: Formato das carteiras escolares.
Cr3: Biblioteca
I15: Estado de conservação da biblioteca.
I16: Adequação da mobília (mesas e cadeiras) existente na biblioteca ao estudo individual e em grupo.
I17: Espaço disponibilizado para o estudo na biblioteca.
I18: Horário de funcionamento da biblioteca.
I19: Estado de conservação dos livros da biblioteca.
I20: Processo de consultas e empréstimos de livros da biblioteca.
I21: Atualidade do acervo de livros da biblioteca.
I22: Quantidade de livros utilizados em seu curso existentes na biblioteca.
I23: Quantidade de livros paradidáticos (romances, contos, leituras em geral) existentes na biblioteca.
I24: Quantidade de acervo digital (livros digitais, filmes e documentários em VHS/ DVD) existente na biblioteca.
I25: Atendimento dos funcionários da biblioteca.
Cr4: Recursos Computacionais
I26: Estado de conservação dos laboratórios de informática.
I27: Acesso a recursos computacionais (computadores com internet, impressoras, scanners).
I28: Modernidade dos recursos computacionais.
I29: Funcionamento dos recursos computacionais.
I30: Quantidade de computadores disponibilizados aos alunos.
I31: Desempenho da internet.
Cr5: Laboratórios Gerais
I32: Estado de conservação dos laboratórios existentes na escola.
I33: Estado de conservação dos equipamentos existentes nos laboratórios da escola.
I34: Quantidade de equipamentos existentes nos laboratórios da escola.
I35: Funcionamento dos equipamentos existentes nos laboratórios da escola.
I36: Modernidade dos equipamentos existentes nos laboratórios da escola.
Cr6: Alimentação Escolar
I37: Estado de conservação do refeitório.
I38: Iluminação do refeitório.
I39: Limpeza do refeitório.
I40: Climatização do refeitório.
I41: Qualidade nutricional do lanche/refeição escolar.
I42: Diversificação do lanche/refeição escolar.
Cr7: Instalações e Recursos Esportivos
I43: Estado de conservação da quadra de esportes.
I44: Estrutura da quadra de esportes para a prática de vários esportes.
I45: Iluminação da quadra para a prática de esportes no turno da noite.
I46: Adequação dos vestiários para troca de roupa e banho após a prática de esportes.
I47: Adequação dos recursos esportivos (bolas, coletes, redes) para a prática de vários esportes.
I48: Quantidade de recursos esportivos disponíveis na escola.
I49: Estado de conservação dos recursos esportivos.
I50: Em geral, como você avalia as instalações físicas desta instituição de ensino?
Tabela A.1: Critérios e Itens do questionário que avalia as Instalações Físicas segundo o Corpo Discente.