MBA Avaliação Psicológica
Ms. Mara Suassuna
Avaliação Psicológica no Contexto do
Trabalho
•Psicóloga Clínica e Organizacional,Graduada em
Psicologia pela PUC-Goiás
•Doutoranda em Educação pela Universidade
Iberoamericana- México
•Mestre em Psicologia pela PUC-Goiás
•Pós Graduada em Administração de Empresas pela FAAP-
SP
•Master Coach pelo IBC
•Trainner IBC
•Especialista em Gerontologia e Saúde do Idoso – UFG
•Diretora da Prospecta Gestão e Desenvolvimento de
Pessoas
Msc. Mara Suassuna
UNIDADE I
O processo de avaliação psicológica e instrumentos utilizados no contexto das organizações Estresse no Trabalho Estressores e modelos de estresse Estudos Psicométricos
Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho ( Event)
Fundamentação Teórica
• Termo estresse - aportuguesado da palavra inglesa stress
• Utilizado inicialmente pela engenharia para fazer referência ao efeito de forças físicas aplicadas sobre estruturas mecânicas
• Hipócrates – o corpo tinha mecanismos específicos para sua autorecuperação quando exposto a diferentes patogenias
“ (...) conjunto de reações que um
organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige
esforço de adaptação.”
(Hans Selye in FRANÇA &
RODRIGUES, 2002)
Estressores e Modelos de Estresse
• Definições de estresse e estressores baseadas em abordagens teóricas diferenciadas
• Posição dualista de mente/corpo, em que estressores afetam o corpo e não a mente
• Divisão arbitrária do que é externo e interno no organismo.
“ESTAR ESTRESSADO: estado do organismo, após o esforço de adaptação, que pode produzir deformações na capacidade de resposta
atingindo o comportamento mental e afetivo, o estado físico e o relacionamento com as pessoas.”
(FRANÇA & RODRIGUES, 2002)
Um estudo da Universidade Napier, em Edimburgo, aponta que quanto maior o número de contatos no Facebook, maior a probabilidade de sentirem stress
12
EUSTRESS
tensão com equilíbrio entre esforço, tempo, realização e resultados
DISTRESS
tensão com rompimento do equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível com tempo, resultado e realização.”
(FRANÇA & RODRIGUES, 2002)
O STRESS E SEUS CONTEXTOS
• Stress ocupacional ocorre quando o
agente estressor é oriundo do espaço de
trabalho ou de atividades decorrentes
daquele, como conflitos, mudanças
O STRESS E SEUS CONTEXTOS
• Stress crônico é aquele em que o estado de resistência se
prolonga por um período longo, podendo se
configurar como uma estafa, geralmente em
consequência de um estado prolongado e constante de preocupação, ansiedade e
alerta
“...pessoas com determinado tipo de personalidade arriscam muito sua saúde e, por esse motivo,
morrem cedo” (Friedman, 2004)
Personalidade Predisposições
biológicas
Anomalias fisiológicas
(reações de estresse)
Hábitos nocivos à saúde
(tabagismo, etc)
Doenças orgânicas
Papel ou função da doença
Doença
Quantidade de estressores, tipos de estressores,
técnicas de enfrentamento inadequadas,
pouco apoio social.
Micróbios infecciosos ou venenos
Expectativas culturais
Exposição aos fatores que podem desencadear stress remonta à origem do ser, no útero o indivíduo, já recebe influências do seu meio ambiente
Alteração emocional vem acompanhando o homem nas diversas fases da evolução da humanidade
As diferenças físicas e psicológicas dos indivíduos são determinantes para que uns sejam mais propensos ao desencadeamento e/ou aumento dos níveis de stress do que outros
Também são fontes geradoras de stress o medo, a frustração, situações traumáticas, acidentes, perda de um ente querido por morte ou afastamento, roubos, perda do emprego, perda da liberdade
Fatores ruins e bons podem ocasionar o stress, pois essas mudanças tiram o indivíduo de seu ritmo natural, tendo ele que adaptar-se às novas situações
O alto padrão de exigência pessoal precisa ser reavaliado, pois exige muito esforço para cumprir um padrão auto estabelecido e instiga muito a competitividade destrutiva
Ambiguidade
Ambiente Físico
Conflitos
O stress pode se originar de duas fontes: o interno ou o externo As fontes internas estão relacionadas aos pensamentos, sentimentos e comportamentos.
As fontes externas geralmente são involuntárias, estando associadas a situações como doenças na família, morte de pessoas queridas, perda de empregos, separações, entre outros.
Exemplo: Doença Interno: a ameaça, o medo, a ansiedade Externo: a concretização da doença
ESTÍMULOS EXTERNOS
• Mudanças violentas podem ultrapassar a capacidade de adaptação do indivíduo
• Sobrecarga ,falta de tempo, excesso de responsabilidade, falta de apoio e expectativas exageradas
• Alimentação incorreta, sem horários e de baixa qualidade nutritiva
• Ruídos que provocam a irritação e a perda de concentração
ESTÍMULOS EXTERNOS
• Aumento das pressões e de sobrecarga de trabalho
• Sinais de saúde abalada/ doença
• Morte
• Meio ambiente do indivíduo
• Ameaças concretas do cotidiano
• Seu estilo de vida
• Estrutura familiar
• Dificuldades financeiras
• Questões político-econômicas do país
• Conflitos pessoais
ESTÍMULOS INTERNOS
• Baixa auto estima
• Medo
• Alterações do ritmo habitual do organismo que provocam irritabilidade
• Problemas digestivos, dores de cabeça e alterações no sono
ESTÍMULOS INTERNOS
• Conflitos pessoais
• Competição e hostilidade como modo típico de atuação na vida
• Falta de assertividade: não saber a hora que deve dizer “sim” e que deve dizer "não“
ESTÍMULOS INTERNOS
• Frustração
• Pressa, excesso de preocupação com horários e com a maneira de distribuição do tempo
• Solidão
• Tédio
• Perfeccionismo
Stress positivo é o stress em sua fase inicial O organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa É a fase da produtividade, em que a pessoa fica em constante processo de alerta, mas como ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, o stress pode ser excessivo, causando danos ao indivíduo
Stress negativo, denominado de distress é o stress em excesso, torna-se aflição quando, por qualquer razão, há a perda da segurança e da adequação. Ocorre quando a pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação O organismo fica destituído de nutrientes e a energia mental fica reduzida A produtividade e a capacidade de trabalho ficam muito prejudicadas
O stress pessoal e o profissional estão intimamente relacionados, e se influenciam mutuamente
Se o trabalho exige muito do indivíduo é mais difícil encontrar energia para a família e amigos Este também pode causar conflitos entre a carreira e o lar, desequilibrando a vida profissional e doméstica
• Décadas de 60 e 70 - rigidez e inflexibilidade
• Separação dos papéis pessoal e profissional era exigida de forma radical, como um tributo de profissionalismo incontestável
• Final da década de 80 - política da qualidade
• Qualidade na fabricação de produtos e prestação de serviços = colaboradores precisavam ter qualidade interna
• Organizações passaram a investir na saúde física, mental, social
e ocupacional de seus profissionais, desenvolvendo programas de treinamento, qualidade de vida e gerenciamento de stress
Os fatores considerados estressores ocupacionais, são geralmente enquadrados em três categorias:
• carga de trabalho elevada
• excesso de trabalho
• trabalho em rodízio
• muitas horas extras
• elevado ritmo de trabalho
exigências do trabalho e da tarefa em si
• exigências incompatíveis de duas ou mais fontes
• conflito entre trabalho e família
fatores organizacionais e às exigências de papéis
• excesso de ruído
• temperaturas extremas
• ventilação ou iluminação inadequada • ergonomia imprópria
condições físicas
Vida Moderna • Absentismo • Rotatividade • Afastamento médico • Dificuldades de relacionamento interpessoal • Isolamento • Depressão • Dificuldades em priorizar objetivos e gerir o tempo • Maior probabilidade para acidentes de trabalho
• Menor satisfação profissional • Problemas familiares • Menor rendimento e produtividade • Agressividade e violência no trabalho • Falta de comunicação • Falta de concentração • Desgaste psicológico • Esquecimentos • Diminuição da paciência, boa disposição e bem estar
Desempenho profissional
Direção
Organização e função
Tarefas e atividades
Meio ambiente de trabalho
Jornada laboral
Excesso de Trabalho
Falta de controle
Remuneração insuficiente
Ausência de Equidade
O fim da união
Valores conflitantes
stress
SINTOMA
alterações da percepção normal
que uma pessoa tem de seu próprio
corpo.
SINAIS
alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de
saúde
Stress
Cerebro
Maxilares
Glândulas supra-renais
Coração
Pulmões Pele
Estômago
Mãos
Orgãos Sexuais
Articulações
PG 33 - apostila
• Dor de cabeça intensa ao final do dia, privilegiado a nuca e parte posterior da cabeça, que se somam frequentemente a dores nas costas e na coluna • Roer unhas • Diarreias constantes, sem razão aparente • Insônia ou dificuldades em iniciar ou manter o sono, com sonolência durante o dia
• Obesidade
• Manchas roxas
• Tonturas
• Fadiga/ cansaço crônico
• Esgotamento
• Sensação de desmaio ou perda de sentidos iminentes, entre outras
• Sensação de estar sempre em falta, sempre em busca de algo incompleto e mal feito • Dificuldades de percepção e raciocínio • Incapacidade para tomar de decisões • Decréscimo da concentração e da extensão da atenção, porque a mente encontra dificuldades para permanecer concentrada e diminui o poder de observação, aumentando a desatenção • Deterioração da memória de curto e longo prazo • Redução da amplitude da memória, a lembrança e o reconhecimento diminuem, mesmo a respeito de materiais familiares
• Esquecimentos de assuntos e compromissos importantes
• A velocidade de resposta pode ser reduzida e as tentativas de compensação podem levar a decisões apressadas
• Aumento do índice de erros
• Deterioração dos poderes de organização e planejamento em longo prazo, pois a mente não pode avaliar com exatidão as condições existentes nem prever as conseqüências futuras
• Aumentam as ilusões e os distúrbios de pensamento
• A objetividade e os poderes de crítica são reduzidos, os padrões de pensamento tornam-se confusos e irracionais
Stress
Insatisfação Queixas
Tristeza
Fobias
Aflição
Isolamento
Medo Mau
humor Pânico
Melancolia
Irritação
Lamentações
Ansiedade
Descontrole Emocional
Estudo sobre o stress Identificação dos fatores estressantes
Distribuição melhor do tempo Proatividade
Pontualidade
Relacionamentos interpessoais
Revisão de valores Mudança na rotina Atividade física
Alimentação saudável
Repouso
Expressão dos sentimentos
Colocar-se na agenda...melhorar a autoestima
Evitar o perfeccionismo para consigo e para com os colegas, pois vai gerar desgaste de energia desnecessário e conflitos.
Desenvolver um bom clima no ambiente de trabalho também é excelente para prevenir ou reduzir o nível de stress. Algumas dicas
Criar um ambiente de trabalho agradável, evitando discussões desnecessárias por banalidades;
Ser otimista, alegre e bem humorado;
Compreender pessoas que possuem um ritmo de trabalho diferente, pois neste quesito há apenas diferenças e não “certo” ou “errado”, cada ritmo será mais adequado em cada situação.
Dicas para reduzir o stress relacionado ao trabalho
• Preparar-se para o futuro , estando sempre
atualizado com as mudanças nas exigências do mercado de trabalho
• Construir relacionamentos interpessoais gratificantes com os colegas e gestores
• Não exceder habilidades e capacidades
• Estabelecer prazos e metas realistas, negociando prazos adequados com os gestores
• Atuar de forma proativa juntos aos problemas ou preocupações importantes
• Reservar períodos de trabalho durante os quais as interrupções sejam evitadas
• Quando se sentir estressado, buscar uma pausa e relaxar por alguns momentos
• Administrar conflitos de forma que não se transformem em novos estressores
• Lista de todas as atividades realizadas num dia, o tempo de cada tarefa • Classificar cada tarefa quanto à importância e urgência. • Separar as pastas vermelha ( urgência) amarela ( relativa em uma pasta amarela) pasta verde (outros dias • Selecionar tarefas realizadas pessoalmente e as delegadas • Lista de todos os telefonemas e correio eletrônico previstos • Planejar reuniões, convocando apenas as pessoas envolvidas no assunto em pauta, garantindo o cumprimento do horário de início e término das reuniões; • Fazer pausas durante a jornada de trabalho, no máximo de hora em hora, caminhar, fazer exercícios respiratórios e de relaxamento; • Evitar agendar compromissos profissionais aos finais de semana, feriados ou no período de férias; • No lar, a lista de tarefas e a divisão de prioridades devem ser feitas da mesma forma, se preferir, em conjunto com os familiares.
Msc. Mara Suassuna
UNIDADE II
Testes Psicológicos nos processos
internos das organizações
2.1. Escala de Vulnerabilidade ao estresse
no Trabalho – Event
2.2.Aplicação prática da Escala Event
2.3.Normas para aplicação
2.4. Normas para correção
o
Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho ( Event)
Estudos Psicométricos
• Contrução dos Itens:
Fontes de Estresse:
• Aborrecimento/Contrariedade no Trabalho
• Pressão no Trabalho
• Falta de suporte organizacional
Construção dos Itens • Estudantes de mestrado e doutorado em
Psicologia181 itens com situações estressoras
• Instrumento inicial composto de 154 frases referentes a situações estressoras
Participantes
• Foram voluntários desse primeiro estudo 388 pessoas com idades variando entre 17 e 49 anos e uma média de idade de 26,11 anos
• Maior concentração de idade entre 19-22 anos, responsável por 37,6% das pessoas
• As pessoas com 40 anos ou mais forneceram 5,2% dos protocolos
• 66,8% sexo feminino • 31,2% masculino • 2,1% não forneceram informação
Procedimentos • Instrumento foi aplicado coletivamente em salas
de aulas dos alunos
• 2 aplicadores por sala devidamente treinados
• Cada item tinha três alternativas:
• Nunca=0
• Às vezes = 1 e sempre = 2
• Qdo as assertivas eram negativas os pontos foram para a resposta nunca=2, às vezes=1 e sempre=0
Análise do Funcionamento Diferencial do Item = DIF
Validade = Sexo e Componentes principais( va
riáveis latentes)
(Differential item functioning) substituição ao termo viés ( Holland e Thayer(1988))
Segundo Estudo EVENT • Participantes 948 pessoas, idades entre 17 e 54
anos
• 617(65,1% sexo feminino)
• 329( 34,7% sexo masculino)
• Aplicação coletiva realizada no ano de 2006
• Evidência de validade de critério: grupos por profissões
• Precisão – Consistência interna, relação entre seus itens
Grupos de Profissões
Grupo 1 - profissões relacionadas a escola, nível superior completo
Grupo 2 – profissões relacionadas a funções administrativas no geral
Grupo 3 – profissões variadas, mas de nível superior
Grupo 4 – profissões de pessoas com formação nível médio e que demandam uma formação mais técnica e menos administrativa
Grupo 5 – profissões que não exige curso médio, entretanto, algumas pessoas tinham nível superior incompleto.
Grupo 6 –profissões cujos participantes com curso superior incompleto ou completo , em atividades comerciais
Normas para Aplicação
• A Escala de Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho- EVENT
• Aplicação : individual ou coletiva
• Grupos de no máximo 60 pessoas
• Grupos acima de 20 pessoas aconselhável auxiliar
• Espaço, acomodação e condições físicas e ergonômicas
• Apoio para a folha de resposta
Normas para Aplicação
• A Escala de Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho- EVENT deve ser aplicada em ocasiões em que as pessoas não estejam excessivamente cansadas, ou tenham saído de situações estressoras
• Aplicação em ocasião única
• Explicações claras
• Permanência durante a aplicação
Normas para Aplicação
• A Escala de Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho- EVENT ao ser aplicada deve ter o limite de tempo máximo de 20 minutos, as pessoas respondem ao teste em menor tempo
• Ao término verificar se as informações foram fornecidas de forma completa na folha de resposta, se todas as alternativas foram respondidas
Normas para Aplicação
• Cada pessoa deverá ter uma folha de resposta e um lápis ou caneta em mãos antes do início da testagem
• Instruções específicas:
“Eu vou distribuir a folha de resposta do teste e vocês devem aguardar até que todos o tenham recebido para que eu possa dar as instruções.Eu avisarei quando vocês poderão começar a trabalhar”
Normas para Aplicação
• Instruções específicas:
“ Peguem a folha de resposta e preencham os dados do cabeçalho: nome, idade,sexo, ocupação e escolaridade”
“ Agora prestem atenção nas instruções que leremos na folha de resposta do teste e respondam a todas as questões.Caso tenham dúvidas, favor perguntar”
Correção Correção do teste é feita :
1. Zero ponto as respostas “nunca”;
2. 1 ponto as respostas “ às vezes”
3. 2 pontos para as respostas “frequentemente”
A escala pode variar de um mínimo de 0 a um máximo de 80 pontos.
• Os fatores da Escala de Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho –EVENT são nomeados e distribuídos da seguinte forma:
• Fator 1 – Clima e Funcionamento Organizacional
• Fator 2 – Pressão no trabalho
• Fator 3 – Infraestrutura e Rotina
Critérios de Correção
Questões que caracterizam cada fator: Clima e Funcionamento Organizacional Itens: 3,4,5,6,11,13,14,15,16,18,19,25,26,27,36,40 Pressão no Trabalho Itens: 1,2,12,17,24,28,29,30,33,34,35,38,39 Infraestrutura e Rotina Itens: 7,8,9,10,20,21,22,23,31,32,37
Normas para Interpretação A Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho – EVENT avalia o quanto as circunstâncias do cotidiano do trabalho influenciam a conduta da pessoa, a ponto de caracterizar certa fragilidade.Relaciona-se com medidas de estresse , e grupos profissionais podem se diferenciar em relação à intensidade em que percebem sua vulnerabilidade.
Msc. Mara Suassuna
Atividade Prática
Msc. Mara Suassuna
UNIDADE IV
Dinâmicas de grupo aplicadas
ao trabalho
4.1.Técnica de Entrevista – SAC
4.2.Dinâmica de Grupo - CAV
Dinâmicas de grupo aplicadas ao
trabalho
Dinâmica de Grupo
"O homem está no grupo" e refere-se a um
tipo de ideologia política que organiza e
direciona os grupos“
Considerada como um conjunto de técnicas
utilizadas em programas de treinamento
pessoal, que visam a pesquisa sobre os
grupos.
5 (cinco) suposições
fundamentais:
• Os grupos são inevitáveis e onipotentes
• Os grupos mobilizam poderosas
forças que têm influência decisiva nos
indivíduos
• Os grupos podem ter conseqüências
boas ou más
• Os grupos têm seu próprio ritmo e
dinâmica
Mara Suassuna
Dinâmica de Grupo
• A dinâmica de grupo não é psicoterapia
de grupo; o próprio grupo se auto-analisa
e se auto-interpreta
• O grupo motiva o indivíduo e o indivíduo
motiva o grupo: o indivíduo aprende do
grupo e o grupo, do indivíduo
“As técnicas didáticas da
Dinâmica de Grupo devem
alternar-se entre o trabalho
individual com vistas ao
trabalho em grupo, e o
trabalho em grupo com vistas
à motivação individual”
Aprendizagem Vivencial • O modelo teórico centrou-se na Teoria de
Desenvolvimento de grupo, proposta por Will Schutz
• O desenvolvimento de um grupo ocorre a partir de uma curva probabilística na qual são vivenciados os vínculos interpessoais em diferentes fases complementares e interdependentes: inclusão, controle, afeto e separação
Fase de Inclusão
• Começa na formação do grupo; o participante quer descobrir primeiro onde se encaixa
• As primeiras preocupações são: decidir se quer e pode estar incluído ou não nele, estabelecer-se como indivíduo distinto dos outros e verificar se será valorizado ou ignorado.
Fase do Controle
• O grupo tem delineada a noção de estar
reunido
• O comportamento característico inclui a
disputa por liderança de um modo geral e
pela atenção do líder
• Aparecem os primeiros traços de
competição
Fase do Controle
• Os membros do grupo tomam decisões,
compartilham responsabilidades,
questionam o facilitador e distribuem
poderes de uma forma desorganizada
Fase do Afeto • Afeição passa ao primeiro plano
• Os participantes já se diferenciaram, no que se refere à responsabilidade e ao poder
• Passam a experimentar formas de se tornarem emocionalmente integrados
• Acontecem as mais diversas expressões de sentimentos positivos e negativos
Fase da Separação
• Redução do nível de interação
• Não ter vivenciado integralmente as
etapas anteriores
• Comportamentos do tipo: ausências e
atrasos freqüentes, mais dispersão e
devaneios, esquecimento de materiais,
evasão, entre outros
Características Pessoais
• Estar aberto para o diferente, disponível para o diálogo, não se considerando o dono da verdade
• Desenvolver a capacidade de escuta e de leitura do educando e do seu meio
• Respeitar os limites, necessidades e valores de cada indivíduo e dos grupos sociais
• Estabelecer o contrato com o grupo com objetivos e regras específicas, colocando o contexto, espaço e a duração, principalmente envolvendo o grupo na aceitação e no compromisso
• Criar um clima favorável à quebra de resistências, à consolidação de vínculos de confiança e respeito mútuos.
• Observar e saber identificar o que o grupo necessita, adequando o planejamento ao desenvolvimento do mesmo e ao objetivo da atividade, para que se tenha condições de lidar com as variáveis que poderão surgir durante o jogo ou dinâmica
Minicucci,Agostinho, Técnicas do Trabalho de Grupo
Manteiga,Regina F., Jogos Dramáticos
Yozo,Ronaldo Yudi K,100 jogos para grupos
Técnicas de Grupo
DRAMATIZAÇÃO • Escolha de uma situação da vida real
(uma venda, uma negociação, etc.)
• Distribuição de papéis para os
participantes
• Representação da situação pelos atores
• Feedback do grupo
• Reforço
• Novo feedback
Vivência e Jogo : Diferença
Básica • Vivência, de acordo com Dilthey, é o
“instante vivido”
• As vivências são como os momentos vividos
pelo grupo em atividades simuladas,
semelhantes à sua realidade, que permitem
ampla participação e forte
comprometimento com o aqui e agora
• Todo jogo implica uma vivência, mas nem
toda vivência é um jogo.
Vivência e Jogo
• Ambos são planejados tendo como
referência situações reais
• Ambos pressupõem participação ativa
do grupo
• Ambos podem gerar emoções, desde
as mais genuínas às mais comuns
Vivência e Jogo
• Ambos estimulam o contato entre os
participantes
• Ambos acionam as funções dos dois
hemisférios
• Ambos geram tensão
• Ambos tem regras que estabelecem o
cenário simulado, sinalizando o que é
permitido e o que é proibido
Jogo e Vivência
• Quando elas contêm uma pontuação
que permite definir vencedores e
perdedores, trata-se de um jogo, do
contrário chamamos de vivência
• Apesar de serem simuladas as
atividades tem um grande poder de
mobilização das emoções
Msc. Mara Suassuna
Aprendizagem Vivencial
• O ciclo da aprendizagem só se fecha
quando passamos por 5 cinco fases :
• A vivência propriamente dita – o jogo,
a tarefa e a atividade
• O relato dos sentimentos, emoções e
reações
• O processamento da vivência
Msc. Mara Suassuna
Aprendizagem Vivencial
• A extrapolação, caracterizada por generalizações, analogias, avaliações de situações passadas e presentes semelhantes às vivenciadas e o insight
• O compromisso pessoal com mudanças de comportamento, atitudes ou ações que são necessárias
Msc. Mara Suassuna
Resumo
• Vivência (fazer algo, construir)
• Relato (expressar sentimentos e emoções)
• Processamento (avaliar o processo em grupo)
• Generalização (comparar jogo e realidade)
• Aplicação (momento de planejar novos rumos)
Ciclo de Aprendizagem Vivencial
• Método de aprendizagem através de
vivências foi teoricamente descrito por
David Kolb e equipe, nos anos 60
• Nos anos 70,J.William Pfeiffer & John
E. Jones apresentaram o Ciclo de
Aprendizagem Vivencial como modelo
teórico, permitindo um assimilação
mais fácil
Aprendizagem Vivencial
• Trabalha os dois hemisférios
cerebrais de modo integrado.
• Pfeiffer&Jones nomearam as 5 fases
do Ciclo de Aprendizagem Vivencial :
• Vivência,Relato,Processamento,
Generalização e Aplicação
Msc. Mara Suassuna
Fases do CAV
• VIVÊNCIA E RELATO – Hemisfério Direito
• PROCESSAMENTO E GENERALIZAÇÃO – Hemisfério Esquerdo
• APLICAÇÃO – nos dois hemisférios
Msc. Mara Suassuna
CAV
• A primeira fase é a parte geradora de
dados
Caracteriza-se como o momento da
vivência em si mesma:
“fazer,construir, realizar” algo
Msc. Mara Suassuna
“A aprendizagem indutiva significa
aprendizado por meio da
descoberta e tudo que será
aprendido não pode ser
especificado antecipadamente”
1ª Fase = Geradora de dados
• Construção ou fabricação de
produtos
• Estas atividades se caracterizam pela
liberdade dada aos participantes
• Diante do proposto pelo Facilitador, o
grupo elabora a forma de solucionar o
solicitado
1ª Fase - CAV
• Reprodução de modelos
• Os participantes devem seguir os
padrões estabelecidos pelo facilitador
• Cuidar para que o nível de dificuldade
da tarefa seja motivador Exemplos :
• Montar quebra-cabeças(Tangram)
• Copiar produtos a partir de modelos ( Origami)
CAV
• Negociação
• Neste caso as simulações de
situações do cotidiano dos
participantes são as mais
adequadas.
• Exemplos : Reuniões
CAV
• Criatividade
• Atividade livre onde o grupo
participante, a partir dos objetivos,
define a vivência • Exemplos:
• Contar estórias com objetos
• Painel de avaliação (mosaico)
CAV
• Muitos facilitadores consideram esta
fase a parte mais importante da
aprendizagem, investindo nela todos
os seus recursos e deixando sem
análise o restante do CAV
• O mais certo é que ficará a aplicação
da vivência pela vivência em si
mesma, não permitindo ganhos de
aprendizagem
Atenção !!!!
• O facilitador deve ficar atento para que a Vivência gere dados suficientes e crie um ambiente que torne mais facilitada a discussão dos resultados
• Divertimento, conflito, euforia fornecem referencial para análise do grupo, não significando aprendizagem.
2ª FASE - RELATO • Fase de compartilhar as emoções
• Recursos a serem utilizados :
• Palavra Livre
• Mural de sentimentos
• Repentismos
• Baralhos de sentimentos
• Gestos
• Cartazes simbólicos
• Som da emoção
Msc. Mara Suassuna
3ª FASE - PROCESSAMENTO
• Fase em que os participantes analisam racionalmente o ocorrido durante a vivência.
• Formas de estruturar a fase de processamento
• Roteiros de discussão
• Painel Livre
• Discussões em subgrupos, Brainstorming
Estratégias para a fase de
Aplicação
• Metas de auto desenvolvimento
• Planos de melhoria – Plano de Ação
• Quadro de responsabilidades e
expectativas
Msc. Mara Suassuna
4ª FASE - GENERALIZAÇÃO • Fase em que o grupo tem a
oportunidade de trazer para seu
cotidiano o vivenciado no laboratório
• Deixa-se a situação hipotética e parte
para a realidade do dia a dia. • Estratégias :
• Analogias e comparações
• Complementação de frases
• Anotações do processamento
Msc. Mara Suassuna
5ª Fase - Aplicação
• Nesta fase o facilitador ajuda os participantes
a fazerem uma análise sobre sua
performance na situação do dia a dia
• É o momento onde os dois hemisférios são
exigidos pois é preciso sentir ( hemisfério
direito) o que precisa mudar e criar
condições/dar razões ( hemisfério esquerdo)
para efetivar a mudança
Msc. Mara Suassuna
BIBLIOGRAFIA
TRECKER, Harleigh B. - Como Trabalhar com Grupos; tradução de
Evangelina Leivas. 4a. Edição. Rio de Janeiro, Agir, 1974.
FRITZEN, Sílvio José (Ir. Amadeu Egydio) - Exercícios Práticos de Dinâmica
de Grupos. 10a Edição. 2 Volumes. Petrópolis, Vozes, 1987.
ANDREOLA, Balduíno A. - Dinâmica de Grupos: Jogo da Vida e Didática do
Futuro, 3a. Edição. Petrópolis, Vozes, 1985.
LIMA, Lauro de Oliveira - Treinamento em Dinâmica de Grupos, 5a. Edição,
Petrópolis, RJ, Vozes, 1976.
JOGO DE
EMPRESA
QUEM SOMOS: empresa do
ramo de entreternimento.
• Somos projetistas de roupas e acessórios.
• Nossa empresa decidiu inserir mais um personagem em nosso espetáculo.
• A tarefa da equipe é planejar e criar três personagens com seus acessórios.
I momento:
20 minutos (para planejar e executar) Os personagens podem se repetir.
• Definir o quê fazer.
• Planejar o produto por escrito.
No plano deve constar:
1. O esboço dos personagens.
2. As cores e a forma dos acessórios.
3. Os materiais a serem utilizados.
II Momento: apresentação dos personagens
1. Apresentação ao cliente - cinco minutos (no máximo):
• Performance dos personagem e apresentação dos planos.
2. Decisão do cliente.
CRITÉRIOS DE QUALIDADE PONTOS
Performance e impacto da
apresentação
20
Nome para cada personagem 20 (60)
Cores vivas (mínimo duas cores para
cada personagem)
10 (30)
Placa com nome da equipe de criação 30
Criatividade e estética (para cada
personagem)
10 (30)
Indicadores de: 1. Criatividade e Inovação. 2. Cultura da qualidade. 3. Liderança. 4. Visão sistêmica.
Outros indicadores: • Comunicação • Planejamento • Foco em resultados
1. Relato de sentimentos (como foi o clima dos trabalhos?)
2. Como funcionou sua equipe no jogo?
3. Que competências foram mais exigidas?
4. Quais as dificuldades de sua equipe?
5. Qual o ponto forte do grupo? E o que poderia melhorar?
6. Como superar as dificuldades que vocês apontaram na análise do jogo caso as mesmas aconteçam no trabalho real?
Msc. Mara Suassuna
Café com Psicólogos
APRESENTA:
World Café – versão Café com
Psicólogos
Por Mara Suassuna
Café com Psicólogos
Etiqueta do Café
Foque no que importa.
Contribua com o seu pensamento.
Fale através de sua mente e seu coração.
Escute para compreender.
Ligue e conecte ideias.
Escutem juntos os insights e perguntas mais profundas.
Brinque, rabisque, desenhe – escrever nas toalhas de
mesa é desejável!
Divirta-se! 124
Café com Psicólogos
Organização dos grupos; Definição dos anfitriões (palavra de ordem do anfitrião: gentileza e receptividade); Viajantes / Embaixadores de significados; O objeto da palavra;
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1ª rodada (15 minutos)
Avaliação Psicológica, Ética e Direitos Humanos 2ª rodada (polinizar – 15 minutos) Avaliação Psicológica, Ética e Direitos Humanos
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3ª rodada (5 minutos): Plenária in loco (in group)
Plenária aberta (08 minutos). Café com Psicólogos
PR
OC
ESSA
MEN
TO Café com
Psicólogos
FLEXIBILIDADE DA TÉCNICA ORIGINAL®
ALIANÇA COM A PNL:
DESPERTAR DOS 5 SENTIDOS
RIQUEZA DE DETALHES
AMPLIAÇÃO DO REGISTRO
VISUAL, AUDITIVO E CINÉSTESICO
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
ÂNCORA
TÉCNICA X ADAPTAÇÃO W
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AS
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Agradecimentos!
Café com Psicólogos
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Msc. Mara Suassuna