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    Relatrio-Sntese da Avaliao Ecossistmica do 3 Milnio 4

    Minuta Final para ser copiada e editada 5

    Obs: As figuras includas nesta minuta NO so definitivas 6

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    Relatrio da Avaliao Ecossistmica do Milnio 11

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    Equipe Central de Redao: Walter V. Reid, Harold A. Mooney, Angela Cropper, Doris Capistrano, 14 Stephen R. Carpenter, Kanchan Chopra, Partha Dasgupta, Thomas Dietz, Anantha Kumar 15 Duraiappah, Rashid Hassan, Roger Kasperson, Rik Leemans, Robert M. May, Tony (A.J.) 16 McMichael, Prabhu Pingali, Cristin Samper, Robert Scholes, Robert T. Watson, A.H. Zakri, Zhao 17 Shidong, Neville J. Ash, Elena Bennett, Pushpam Kumar, Marcus J. Lee, Ciara Raudsepp-Hearne, 18 Henk Simons, Jillian Thonell, e Monika B. Zurek 19

    Equipe Complementar de Redao: Autores Principais na Coordenao da AM, Autores Principais, 20 Autores Colaboradores, e Coordenadores Subglobais 21

    Editores Revisores: Jos Sarukhn e Anne Whyte (co-presidentes) e Conselho de Editores Revisores 22 da AM 23

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    Painel da Avaliao Ecossistmica do Milnio 1 Harold A. Mooney (co-presidente), Universidade de Stanford, Estados Unidos 2 Angela Cropper (co- presidente), Fundao Cropper, Trinidad e Tobago 3 Doris Capistrano, Centro para Pesquisa Florestal Internacional, Indonsia 4 Stephen R. Carpenter, Universidade de Wisconsin, Estados Unidos 5 Kanchan Chopra, Instituto de Crescimento Econmico, ndia 6 Partha Dasgupta, Universidade de Cambridge, Reino Unido 7 Rik Leemans, Universidade de Wageningen, Holanda 8 Robert M. May, Universidade de Oxford, Reino Unido 9 Prabhu Pingali, Organizao para Alimentao e Agricultura das Naes Unidas, Itlia 10 Rashid Hassan, Universidade de Pretria, frica do Sul 11 Cristin Samper, Museu Nacional de Histria Natural do Instituto Smithsonian, Estados Unidos 12 Robert Scholes, Conselho para Pesquisa Cientfica e Industrial, frica do Sul 13 Robert T. Watson, Banco Mundial, Estados Unidos (ex officio) 14 A. H. Zakri, Universidade das Naes Unidas, Japo (ex officio) 15 Zhao Shidong, Academia de Cincias da China, China 16 17 Presidentes do Conselho Editorial 18 Jos Sarukhn, Universidade Nacional Autnoma do Mxico, Mxico 19 Anne Whyte, Mestor Associates Ltd., Canad 20 21 Diretor da AM 22 Walter V. Reid, Avaliao Ecossistmica do Milnio, Malsia e Estados Unidos 23 24 Conselho da Avaliao Ecossistmica do Milnio 25 O Conselho da AM representa os usurios dos resultados do processo da AM. 26 27 Co-presidentes 28 Robert T. Watson, Banco Mundial 29 A.H. Zakri, Universidade das Naes Unidas 30 31 Representantes Institucionais 32 Salvatore Arico, Diviso de Cincia Ecolgica, Organizao das Naes Unidas para a Educao, 33

    Cincia e Cultura 34 Peter Bridgewater, Secretrio-Geral, Conveno Ramsar sobre Zonas midas 35 Hama Arba Diallo, Secretrio Executivo, Conveno das Naes Unidas para o Combate 36

    Desertificao 37 Adel El-Beltagy, Diretor-Geral, Centro Internacional para Pesquisa Agrcola em Zonas Secas, 38

    Grupo Consultivo em Pesquisa Agrcola Internacional 39 Max Finlayson, Presidente, Painel de Reviso Tcnica e Cientfica, Conveno Ramsar sobre Terras 40

    midas 41 Colin Galbraith, Presidente, Conselho Cientfico, Conveno sobre Espcies Migratrias 42 Erika Harms, Gerente de Projetos para a Biodiversidade, Fundao das Naes Unidas 43 Robert Hepworth, Secretrio Executivo, Conveno sobre Espcies Migratrias 44 Olav Kjrven, Diretor, Grupo de Energia e Meio Ambiente, Programa das Naes Unidas para o 45

    Desenvolvimento 46 Kerstin Leitner, Diretora-Geral Assistente, Desenvolvimento Sustentvel e Ambientes Salutares, 47

    Organizao Mundial de Sade 48 Alfred Oteng-Yeboah, Presidente. rgo Subsidirio para Aconselhamento Cientfico, Tcnico e 49

    Tecnolgico, Conveno sobre Diversidade Biolgica 50 Christian Prip, Presidente, rgo Subsidirio para Aconselhamento Cientfico, Tcnico e Tecnolgico, 51

    Conveno sobre Diversidade Biolgica 52 Mario Ramos, Gerente do Programa de Biodiversidade, Fundo Mundial para o Meio Ambiente 53 Thomas Rosswall, Diretor, Conselho Internacional para a Cincia 54

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    Achim Steiner, Diretor-Geral, IUCNUnio Mundial pela Conservao 1 Halldor Thorgeirsson, Conveno Bsica das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas 2 Klaus Tpfer, Diretor Executivo, Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente 3 Jeff Tschirley, Chefe, Diviso de Servio Ambiental, Pesquisa, e Treinamento, Organizao para 4

    Alimentao e Agricultura das Naes Unidas 5 Ricardo Valentini, Presidente, Comit de Cincia e Tecnologia, Conveno das Naes Unidas para o 6

    Combate Desertificao 7 Hamdallah Zedan, Secretrio Executivo, Conveno sobre Diversidade Biolgica 8 9 Outros Membros 10 Fernando Almeida, Presidente Executivo, Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentvel -11 Brazil 12 Phoebe Barnard, Programa Mundial sobre Espcies Invasoras, frica do Sul 13 Gordana Beltram, Conselheira do Ministro, Ministrio do Meio Ambiente, Eslovnia 14 Delmar Blasco, ex-Secretrio-Geral, Conveno Ramsar sobre Zonas mida, Espanha 15 Antony Burgmans, Presidente, Unilever N.V., Holanda 16 Esther Camac, Associao Ix Ca Va de Desenvolvimento e Informao Indgena, Costa Rica 17 Angela Cropper (ex officio), Fundao Cropper, Trinidad e Tobago 18 Partha Dasgupta, Faculdade de Economia e Poltica, Universidade de Cambridge, R.U. 19 Jos Maria Figueres, Fundao Costa Rica para o Desenvolvimento Sustentvel, Costa Rica 20 Fred Fortier, Rede de Informaes sobre Biodiversidade entre os Povos Nativos, Canad 21 Mohamed H.A. Hassan, Diretor Executivo, Academia de Cincias do Terceiro Mundo, Itlia 22 Jonathan Lash, Presidente, Instituto de Recursos Mundiais, Estados Unidos 23 Wangari Maathai, Vice-Ministra do Meio Ambiente, Qunia 24 Paul Maro, Universidade de Dar es Salaam, Tanznia 25 Harold Mooney (ex officio), Professor, Departamento de Cincias Biolgicas, Universidade de 26

    Stanford, Estados Unidos 27 Marina Motovilova, Faculdade de Geografia, Laboratrio da Regio de Moscou, Rssia 28 M.K. Prasad, Kerala Sastra Sahitya Parishad, ndia 29 Walter V. Reid, Diretor, Avaliao Ecossistmica do Milnio, Malsia e Estados Unidos 30 Henry Schacht, ex-Presidente do Conselho, Lucent Technologies, Estados Unidos 31 Peter Johan Schei, Diretor-Geral, Instituto Fridtjof Nansen, Noruega 32 Ismail Serageldin, Presidente, Biblioteca Alexandrina, Egito 33 David Suzuki, Presidente, Fundao David Suzuki, Canad 34 M.S. Swaminathan, Presidente, Fundao para Pesquisa MS Swaminathan, ndia 35 Jos Galzia Tundisi, Presidente, Instituto Internacional de Ecologia, Brasil 36 Axel Wenblad, Vice-Presidente, Assuntos do Meio Ambiente, Skanska AB, Sucia 37 Xu Guanhua, Ministro, Ministrio da Cincia e Tecnologia, China 38 Muhammad Yunus, Diretor Gerente, Banco Grameen, Bangladesh39

  • Organizaes de Apoio ao Secretariado da Avaliao Ecossistmica do Milnio 1 O Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente coordena o Secretariado da Avaliao 2 Ecossistmica do Milnio, com base em parceria com as seguintes instituies: 3 Organizao para Alimentao e Agricultura das Naes Unidas, Itlia 4 Instituto de Crescimento Econmico, ndia 5 Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo, Mxico (at 2004) 6 Instituto Meridian, Estados Unidos 7 Instituto Nacional de Sade Pblica e Meio Ambiente, Holanda (at meados de 2004) 8 Comit Cientifico sobre Problemas do Meio Ambiente, Frana 9 PNUMA-Centro de Monitoramento da Conservao Mundial, Reino Unido 10 Universidade de Pretria, frica do Sul 11 Universidade de Wisconsin, Estados Unidos 12 Instituto de Recursos Mundiais, Estados Unidos 13 Centro Internacional do Peixe, Malsia 14 15

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    ndice 1 Foreword............................................................................Error! Bookmark not defined. 2 Preface................................................................................Error! Bookmark not defined. 3 Readers Guide...................................................................Error! Bookmark not defined. 4 5 Summary for Decision-makers ..........................................................................................17 6

    Finding 1: Ecosystem Change in Last 50 Years ..........................................................19 7 Finding 2: Gains and Losses from Ecosystem Change................................................21 8 Finding 3: Ecosystem Prospects for Next 50 Years.....................................................29 9 Finding 4: Reversing Ecosystem Degradation.....................................................33 10

    11 Key Questions in the Millennium Ecosystem Assessment 12 1. How have ecosystems changed?..................................Error! Bookmark not defined. 13 2. How have ecosystem services and their use changed? Error! Bookmark not defined. 14 3. How have ecosystem changes affected human well-being and poverty alleviation?Error! Bookmark not15 4. What are the most critical factors causing ecosystem changes?Error! Bookmark not defined. 16 5. How might ecosystems and their services change in the future under various 17

    plausible scenarios? .....................................................Error! Bookmark not defined. 18 6. What can be learned about the consequences of ecosystem change for human well-19

    being at sub-global scales?...........................................Error! Bookmark not defined. 20 7. What is known about time scales, inertia, and the risk of non-linear changes in 21

    ecosystems?..................................................................Error! Bookmark not defined. 22 8. What options exist to sustainably manage ecosystems?Error! Bookmark not defined. 23 9. What are the most important uncertainties hindering decision-making concerning 24

    ecosystems?..................................................................Error! Bookmark not defined. 25 26 Appendix A. Ecosystem Service Reports ..........................Error! Bookmark not defined. 27 Appendix B. Effectiveness of Assessed Responses..........Error! Bookmark not defined. 28 Appendix C. Authors and Review Editors........................Error! Bookmark not defined. 29 Appendix D. Abbreviations and Acronyms......................Error! Bookmark not defined. 30 Appendix E. Assessment Report Tables of Contents .......Error! Bookmark not defined. 31 32 33

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    Introduo 1 A Avaliao Ecossistmica do Milnio foi solicitada pelo Secretrio-Geral das Naes 2 Unidas, Kofi Annan, em 2000, em seu relatrio Assemblia Geral das Naes Unidas, Ns, 3 os Povos: O Papel das Naes Unidas no Sculo XXI. A partir da, os governos apoiaram o 4 estabelecimento da avaliao atravs de decises tomadas em trs convenes internacionais, 5 e a AM foi ento iniciada em 2001. A AM foi conduzida sob o patrocnio das Naes Unidas, 6 com um secretariado coordenado pelo Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente, 7 tendo sido dirigida por um conselho composto de mltiplos grupos de interesse, que incluiu 8 representantes de instituies internacionais, governos, empresas, ONGs, e povos nativos. O 9 objetivo da AM foi avaliar as conseqncias das mudanas nos ecossistemas sobre o bem-10 estar humano, e estabelecer uma base cientfica que fundamentasse as aes necessrias para 11 assegurar conservao e uso sustentvel dos ecossistemas e suas contribuies para o bem-12 estar humano. 13

    Este relatrio apresenta a sntese e a integrao dos resultados dos quatro Grupos de Trabalho 14 da AM (Condies e Tendncias, Cenrios, Respostas, e Avaliaes Subglobais). No entanto, 15 ele deixa de fornecer um resumo abrangente do relatrio de cada Grupo de Trabalho, ficando 16 os leitores convidados a rever tambm esses resultados separadamente. Esta sntese foi 17 organizada com base nas questes centrais inicialmente colocadas avaliao: De que forma 18 os ecossistemas e seus servios se modificaram? O que causou essas mudanas? De que 19 forma essas mudanas influenciaram o bem-estar humano? De que forma os ecossistemas 20 podem mudar no futuro e quais as suas implicaes para o bem-estar humano? Quais so as 21 opes existentes para assegurar a conservao dos ecossistemas e sua contribuio para o 22 bem-estar humano? 23

    Esta avaliao no teria sido possvel sem o extraordinrio comprometimento de mais de 24 2.000 autores e revisores espalhados pelo mundo, que contriburam para este processo com 25 seu conhecimento, criatividade, tempo e entusiasmo. Gostaramos de expressar nossa 26 gratido aos membros do Painel de Avaliao da AM, aos Autores Principais na 27 Coordenao, aos Autores Principais, aos Autores Colaboradores, ao Conselho de Editores 28 Revisores, e aos Revisores Tcnicos, que contriburam para este processo. Gostaramos ainda 29 de agradecer as contribuies em espcie de suas respectivas instituies, que possibilitou a 30 sua participao. (A lista de revisores est disponvel no endereo www.MAweb.org.) 31 Agradecemos tambm aos membros das equipes de sntese e co-presidentes da esquipe de 32 sntese: Zafar Adeel, Carlos Corvalan, Rebecca DCruz, Nick Davidson, Anantha Kumar 33 Duraiappah, C. Max Finlayson, Simon Hales, Jane Lubchenco, Anthony McMichael, Shahid 34 Naeem, David Niemeijer, Steve Percy, Uriel Safriel, e Robin White. 35

    Gostaramos de agradecer s organizaes participantes das Unidades de Suporte Tcnico da 36 AMCentro Internacional do Peixe (Malsia); PNUMA-Centro de Monitoramento da 37 Conservao Mundial (Reino Unido); Instituto de Crescimento Econmico (ndia); Instituto 38 Nacional de Sade Pblica e Meio Ambiente (Holanda); Universidade de Pretria (frica do 39 Sul); Organizao para Alimentao e Agricultura das Naes Unidas, Instituto de Recursos 40 Mundiais, Instituto Meridian, e Centro de Limnologia da Universidade de Wisconsin (todas 41 nos Estados Unidos); Comit Cientifico sobre Problemas do Meio Ambiente (Frana); e 42 Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (Mxico)por seu apoio no 43 processo. Os Grupo de Trabalho para Cenrios foi estabelecido como um projeto conjunto 44 entre a AM e o Comit Cientfico sobre Problemas do Meio Ambeinte (SCOPE), e 45 agradecemos a este ltimo pelo trabalho cientfico e de superviso por ele prestado. 46

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    Agradecemos aos membros do Conselho da AM (especificados anteriormente) por sua 1 orientao e superviso durante o processo e agradecemos tambm aos membros e ex-2 membros Substitutos do Conselho: Ivar Baste, Jeroen Bordewijk, David Cooper, Carlos 3 Corvalan, Nick Davidson, Lyle Glowka, Guo Risheng Ju Hongbo, Ju Jin, Kagumaho (Bob) 4 Kakuyo, Melinda Kimble, Stephen Lonergan, Charles Ian McNeill, Joseph Kalemani 5 Mulongoy, Ndegwa Ndiang'ui, e Mohamed Maged Younes. As contribuies de ex-membros 6 do Conselho da AM ajudaram na definio do enfoque e processo da AM, e esses membros 7 incluem Philbert Brown, Gisbert Glaser, He Changchui, Richard Helmer, Yolanda 8 Kakabadse, Yoriko Kawaguchi, Ann Kern, Roberto Lenton, Hubert Markl, Arnulf Mller-9 Helbrecht, Corinne Lepage, Alfred Oteng-Yeboah, Seema Paul, Susan Pineda Mercado, Jan 10 Plesnik, Peter Raven, Cristin Samper, Ola Smith, Dennis Tirpak, Alvaro Umaa, e Meryl 11 Williams. Gostaramos tambm de agradecer aos membros do Comit de Investigao e 12 Coordenao que elaboraram o projeto da AM em 1999 e 2000. Esse grupo incluiu vrios 13 membros e ex-membros do Conselho, alm de Edward Ayensu, Daniel Claasen, Mark 14 Collins, Andrew Dearing, Louise Fresco, Madhav Gadgil, Habiba Gitay, Zuzana Guziova, 15 Calestous Juma, John Krebs, Jane Lubchenco, Jeffrey McNeely, Ndegwa Ndiang'ui, Janos 16 Pasztor, Prabhu L. Pingali, Per Pinstrup-Andersen, e Jos Sarukhn. E gostaramos de 17 agradecer o apoio e a orientao dos secretariados e dos rgos tcnicos e cientficos da 18 Conveno sobre Diversidade Biolgica, Conveno Ramsar sobre Zonas midas, Conveno 19 de Combate Desertificao, e Conveno sobre Espcies Migratrias, que contriburam para 20 a definio do enfoque da AM e do presente relatrio. Expressamos tambm nossa gratido a 21 dois membros do Conselho de Editores Revisores, Gordon Orians e Richard Norgaard, que 22 desempenharam um papel particularmente importante na reviso e edio deste relatrio-23 sntese. Agradecemos tambm a Ian Noble e Mingsarn Kaosa-ard por suas contribuies 24 enquanto membros do Painel de Avaliao durante 2002. 25

    Agradecemos aos estagirios e voluntrios que trabalharam com o secretariado da AM, aos 26 membros do secretariado que trabalharam em regime de meio perodo, ao pessoal 27 administrativo das organizaes participantes, e aos colegas de outras organizaes, que 28 contriburam para a facilitao do processo: Isabelle Alegre, Adlai Amor, Hyacinth Billings, 29 Cecilia Blasco, Delmar Blasco, Emmanuelle Bournay, Herbert Caudill, Lina Cimarrusti, 30 Emily Cooper, Dalne du Plessis, Keisha-Maria Garcia, Habiba Gitay, Helen Gray, Sherry 31 Heileman, Norbert Henninger, Tim Hirsch, Toshie Honda, Francisco Ingouville, Humphrey 32 Kagunda, Nicole Khi, Brygida Kubiak, Nicholas Lapham, Liz Levitt, Christian Marx, 33 Mampiti Matete, Stephanie Moore, John Mukoza, Arivudai Nambi, Laurie Neville, 34 Rosemarie Philips, Veronique Plocq Fichelet, Maggie Powell, Janet Ranganathan, Carolina 35 Katz Reid, Liana Reilly, Philippe Rekacewicz, Carol Rosen, Jean Sedgwick, Mariana 36 Sanchez Abregu, Anne Schram, Tang Siang Nee, Linda Starke, Darrell Taylor, Tutti Tischler, 37 Daniel Tunstall, Woody Turner, Mark Valentine, Elsie Velez Whited, Elizabeth Wilson, e 38 Mark Zimsky. Nosso especial agradecimento a Linda Starke, que habilmente editou este 39 relatrio, e a Philippe Rekacewicz, que preparou as Figuras. 40

    Agradecemos tambm o apoio de um amplo leque de organizaes no-governamentais e de 41 redes ao redor do mundo que contriburam com iniciativas de integrao: Universidade de 42 Alexandria, Conselho Empresarial Argentino para o Desenvolvimento Sustentvel, 43 Associao Ixacavaa (Costa Rica), Frum rabe de Mdia para o Meio Ambiente e 44 Desenvolvimento, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentvel, 45 Universidade Charles (Repblica Checa), Academia de Cincias da China, Agncia Europia 46 do Meio Ambiente, Unio Europia das Associaes de Jornalistas Cientficos, EIS-frica 47 (Burkina Faso), Instituto Florestal do Estado de So Paulo, Frum Ecolgico (Peru), Instituto 48

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    Fridtjof Nansen (Noruega), Fundao Natura (Equador), Rede Global de Aprendizagem para 1 o Desenvolvimento, Fundao Indonesiana para a Biodiversidade, Instituto para a 2 Conservao e Investigao da BiodiversidadeAcademia de Cincias da Bolvia, Aliana 3 Internacional dos Povos Nativos das Florestas Tropicais, Escritrio da Unio Internacional 4 para Conservao da Natureza (IUCN) no Uzbequisto, Escritrios Regionais da Unio 5 Internacional para Conservao da Natureza (IUCN) na frica Ocidental e Amrica do Sul, 6 Comit Permanente Interestatal de Luta contra a Seca no Sahel, Sociedade Peruana de Direito 7 Ambiental, Probioandes (Peru), Conselho Profissional de Analistas Ambientais da Argentina, 8 Centro Regional AGRHYMET (Nigria), Centro Ambiental Regional para a sia Central, 9 Recursos e Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentvel (Chile), Sociedade Real (Reino 10 Unido), Universidade de Estocolmo, Universidade do Canal de Suez, Terra Nuova 11 (Nicargua), The Nature Conservancy (Estados Unidos), Universidade das Naes Unidas, 12 Universidade do Chile, Universidade das Filipinas, Assemblia Mundial dos Jovens (WAY), 13 Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentvel, WWF-Brasil, WWF-14 Itlia, e WWF-Estados Unidos. 15

    Expressamos tambm nossa profunda gratido aos doadores que concederam considervel 16 apoio financeiro AM e s Avaliaes Subglobais da AM: Fundo Mundial para o Meio 17 Ambiente; Fundao das Naes Unidas; Fundao David & Lucile Packard; Banco 18 Mundial; Grupo Consultivo em Pesquisa Agrcola Internacional; Programa das Naes 19 Unidas para o Meio Ambiente; Governo da China; Ministrio das Relaes Exteriores do 20 Governo da Noruega; Reino da Arbia Saudita; e Programa Internacional de Biodiversidade 21 da Sucia. Nossa gratido tambm a outras organizaes que concederam apoio financeiro: 22 Rede da sia-Pacfico para Pesquisa de Mudanas Globais; Associao de Estados 23 Caribenhos; Alto Comit Britnico; Trinidad e Tobago; Caixa Geral de Depsitos, Portugal; 24 Agncia Internacional de Desenvolvimento do Canad; Fundo Christensen; Fundao 25 Cropper, rgo de Gesto Ambiental de Trinidad e Tobago; Fundao Ford; Governo da 26 ndia; Conselho Internacional para a Cincia; Centro Internacional de Pesquisa para o 27 Desenvolvimento; Fundao de Recursos Insulares; Ministrio do Meio Ambiente do Japo; 28 rgo para o Desenvolvimento de Laguna Lake; Departamento de Recursos Ambientais e 29 Naturais das Filipinas; Fundao Rockefeller; Organizao das Naes Unidas para a 30 Educao, Cincia e Cultura; Diviso de Alerta e Avaliao Antecipada do PNUMA; 31 Departamento do Meio Ambiente do Reino Unido, Alimentao e Assuntos Rurais; 32 Administrao Nacional da Aeronutica e do Espao dos Estados Unidos; e Universidade de 33 Coimbra, Portugal. A AM tambm contou com generosas contribuies em espcie de muitas 34 outras instituies (a lista completa est disponvel no endereo www.MAweb.org). O 35 trabalho de estruturao e consolidao da AM contou com contribuies dos seguintes 36 rgos: The Avina Group, Fundao David & Lucile Packard, Fundo Mundial para o Meio 37 Ambiente; Diretoria de Gesto da Natureza da Noruega; Agncia Sueca de Cooperao para 38 o Desenvolvimento Internacional; Fundao Summit; PNUD; PNUMA; Fundao das 39 Naes Unidas; Agncia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional; Fundo 40 Global Wallace; e Banco Mundial. 41

    Nossos especiais agradecimentos pelas extraordinrias contribuies dos coordenadores e 42 pessoal engajado em perodo integral no Secretariado da AM: Neville Ash, Elena Bennett, 43 Chan Wai Leng, John Ehrmann, Lori Han, Christine Jalleh, Pushpam Kumar, Marcus Lee, 44 Belinda Lim, Nicolas Lucas, Tasha Merican, Meenakshi Rathore, Ciara Raudsepp-Hearne, 45 Henk Simons, Sara Suriani, Jillian Thonell, Valerie Thompson, e Monika Zurek. 46 47 E finalmente, gostaramos de agradecer em especial a Angela Cropper e Harold Mooney, co-48 presidentes do Painel de Avaliao da AM, e a Jos Sarukhn e Anne Whyte, co-presidentes 49

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    do Conselho de Revisores da AM, por sua competente liderana no processo de avaliao e 1 reviso, e a Walter Reid, Diretor da AM, por seu papel crucial no estabelecimento da 2 avaliao, sua liderana, e suas extraordinrias contribuies para o processo. 3

    4 Dr. Robert T. Watson 5 Co-Presidente do Conselho da AM 6 Cientista-Chefe, Banco Mundial 7 8 9

    10 Dr. A.H. Zakri 11 Co-Presidente do Conselho da AM 12 Diretor, Instituto de Estudos Avanados, Universidade das Naes Unidas 13

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    Prefcio 1 A Avaliao Ecossistmica do Milnio foi conduzida entre 2001 e 2005 no intuito de avaliar 2 as conseqncias das mudanas nos ecossistemas sobre o bem-estar humano, e estabelecer 3 uma base cientfica que fundamentasse as aes necessrias para assegurar a conservao e o 4 uso sustentvel dos ecossistemas bem como suas contribuies para o bem-estar humano. A 5 AM vem ao encontro de solicitaes governamentais por informaes provenientes de quatro 6 convenes internacionaisConveno sobre Diversidade Biolgica, Conveno das Naes 7 Unidas de Combate Desertificao, Conveno Ramsar sobre Zonas midas, e Conveno 8 sobre Espcies Migratriase visa suprir tambm as necessidades de outros grupos de 9 interesse, incluindo comunidade empresarial, setor de sade, organizaes no-10 governamentais e povos nativos. As avaliaes subglobais tambm visaram suprir as 11 necessidades de usurios nas regies onde foram empreendidas. 12

    A avaliao tem seu foco nas ligaes entre os ecossistemas e o bem-estar humano e, em 13 particular, nos servios dos ecossistemas. Ecossistema um complexo dinmico de 14 comunidades vegetais, animais, microorganismos, e seu respectivo meio, que interagem 15 como uma unidade funcional. A AM aborda todo o leque de ecossistemasdesde 16 ecossistemas pouco perturbados como florestas naturais, at regies com padres mistos de 17 uso humano ou mesmo ecossistemas intensamente administrados e modificados pelo homem, 18 como regies agrcolas e urbanas. Servios dos ecossistemas so os benefcios que o homem 19 obtm desses ecossistemas. Eles abrangem servios de proviso, incluindo alimentos, gua, 20 madeira e fibras; servios reguladores, que afetam climas, inundaes, doenas, resduos e a 21 qualidade da gua; servios culturais, que fornecem benefcios recreacionais, estticos e 22 espirituais; e servios de suporte, tais como formao do solo, fotossntese e ciclo de 23 nutrientes. (Ver Figura A.). A espcie humana, embora protegida de mudanas ambientais 24 pela cultura e pela tecnologia, depende fundamentalmente do fluxo dos servios dos 25 ecossistemas. 26

    A AM examina como as mudanas nos servios dos ecossistemas influenciam o bem-estar 27 humano. Entende-se que o bem-estar humano seja constitudo de mltiplos 28 elementosincluindo materiais bsicos para uma vida salutar, que incluem meio de 29 sustento seguro e adequado, alimentos suficientes a qualquer tempo, moradia, vesturio, e 30 acesso a bens; sade, o que inclui a ausncia de doenas e um ambiente fsico salutar, 31 incluindo ar puro e acesso a gua limpa; boas relaes sociais, incluindo coeso social, 32 respeito mtuo, capacidade de ajudar o semelhante e prover as crianas do necessrio; 33 segurana, que inclui acesso seguro aos recursos naturais e a outros recursos, segurana 34 pessoal e proteo contra desastres naturais e desastres causados pelo homem; e liberdade de 35 escolha e de ao, que inclui a oportunidade de se alcanar o que se almeja. A liberdade de 36 escolha e de ao influenciada por outros elementos do bem-estar (e por outros fatores, 37 notadamente educao) e tambm uma condio prvia para se experimentar outros 38 elementos do bem-estar, em especial aqueles ligados a igualdade e justia. 39

    A estrutura conceitual da AM pressupe que o homem seja parte integrante dos ecossistemas, 40 e que existe uma interao dinmica entre ele e as outras partes dos ecossistemas, sendo que 41 as mudanas na condio humana regem, direta e indiretamente, as mudanas nos 42 ecossistemas, causando assim alteraes no bem-estar humano. (Ver Figura B.) 43 Paralelamente, fatores sociais, econmicos e culturais no relacionados aos ecossistemas 44 alteram a condio humana, e muitas foras naturais influenciam os ecossistemas. Embora a 45 AM enfatize as ligaes entre os ecossistemas e o bem-estar humano, ela reconhece que as 46

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    aes do homem que influenciam os ecossistemas resultam no s da preocupao com o 1 bem-estar humano, mas tambm de consideraes sobre o valor intrnseco das espcies e dos 2 ecossistemas. Valor intrnseco o valor inerente a alguma coisa por si s, independentemente 3 de sua utilidade para outrem. 4

    A Avaliao Ecossistmica do Milnio sintetiza informaes de literatura cientfica e as 5 respectivas bases de dados e modelos, conforme revisados pelos pares. Ela incorpora 6 conhecimentos do setor privado, de profissionais, de comunidades locais e de povos nativos. 7 Mais do que gerar conhecimento novo e primrio, a AM buscou agregar valor a informaes 8 j existentes, comparando, avaliando, resumindo, interpretando e comunicando essas 9 informaes de forma til. Avaliaes como esta utilizam o julgamento de especialistas sobre 10 o conhecimento existente para, assim, fornecer respostas cientficas plausveis a questes de 11 estratgia. O enfoque sobre questes de estratgia e o uso explcito de julgamento 12 especializado o que diferencia este tipo de avaliao de uma reviso cientfica. 13

    Em conjunto com listas mais pormenorizadas das necessidades dos usurios, listas estas 14 desenvolvidas ao longo de discusses com grupos de interesse ou fornecidas por governos 15 atravs de convenes internacionais, cinco questes dominantes nortearam as discusses da 16 avaliao: 17

    Quais so as condies e tendncias atuais dos ecossistemas, dos servios dos 18 ecossistemas, e do bem-estar humano? 19

    Quais so as mudanas futuras plausveis nos ecossistemas e em seus servios, e quais 20 as mudanas resultantes para o bem-estar humano? 21

    O que pode ser feito para assegurar o bem-estar e conservar os ecossistemas? Quais 22 so os pontos fortes e fracos das opes de resposta a serem considerados para se 23 garantir ou evitar futuros especficos? 24

    Quais as principais incertezas que dificultam a tomada de deciso sobre os 25 ecossistemas? 26

    Que instrumental e metodologias desenvolvidos e utilizados na AM podem aumentar 27 a capacidade para avaliar os ecossistemas, seus servios, seus impactos sobre o bem-28 estar humano, e os pontos fortes e fracos das opes de resposta? 29

    A AM uma avaliao multi-escala que engloba avaliaes interligadas em escalas local, 30 bacias hidrogrficas, nacional, regional e global. difcil para uma avaliao ecossistmica 31 global suprir todas as necessidades dos tomadores de deciso em escalas nacional e 32 subnacional, pois a gesto de um ecossistema especfico deve ser individualizada de acordo 33 com as caractersticas particulares desse ecossistema e das demandas dele decorrentes. No 34 entanto, uma avaliao direcionada somente para um ecossistema especfico ou para um pas 35 especfico mostra-se insuficiente porque alguns processos so globais e porque bens, 36 servios, matria e energia locais so freqentemente transferidos de uma regio para outra. 37 Todas as sub-avaliaes foram norteadas pela estrutura conceitual da AM e beneficiadas pela 38 presena de outras avaliaes em escala maior e menor. Mais do que amostras representativas 39 de todos os ecossistemas, as avaliaes subglobais tiveram o intuito de suprir as necessidades 40 dos tomadores de deciso nas respectivas escalas em que foram realizadas. 41

    O trabalho da AM foi conduzido atravs de quatro grupos de trabalho, tendo cada um 42 preparado um relatrio dos resultados. Na escala global, o Grupo de Trabalho para Condies 43 e Tendncias avaliou o estado do conhecimento sobre ecossistemas, vetores de mudanas nos 44 ecossistemas, servios dos ecossistemas, e o relativo bem-estar humano por volta do ano 45 2000. A avaliao procurou ser abrangente com relao aos servios dos ecossistemas, mas 46

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    sua abrangncia no est esgotada. O Grupo de Trabalho para Cenrios considerou a possvel 1 evoluo dos servios dos ecossistemas durante o sculo XXI, desenvolvendo quatro cenrios 2 globais que exploram mudanas futuras plausveis nos vetores, ecossistemas, servios dos 3 ecossistemas, e no bem-estar humano. O Grupo de Trabalho para Respostas examinou os 4 pontos fortes e fracos de diversas opes de resposta que foram utilizadas para administrar os 5 servios dos ecossistemas e identificou oportunidades promissoras para garantir o bem-estar 6 humano e a conservao dos ecossistemas. O relatrio do Grupo de Trabalho Subglobal 7 contm uma lio aprendida nas avaliaes subglobais da AM. O primeiro produto da AM8 Ecossistemas and Human Well-being: A Framework for Assessment [Ecossistemas e Bem-9 Estar Humano: Uma Estrutura para Avaliao], publicado em 2003descreveu o ponto 10 central, a base conceitual, e os mtodos utilizados na AM. 11

    Cerca de 1.360 especialistas de 95 pases estiveram envolvidos, quer como autores dos 12 relatrios de avaliao, quer como participantes nas avaliaes subglobais, quer como 13 membros do Conselho de Editores Revisores. (Ver Apndice C para obter a lista de autores 14 principais na coordenao, coordenadores da avaliao subglobal, e editores revisores). O 15 ltimo grupo, que envolveu 80 especialistas, supervisionou a reviso cientfica dos relatrios 16 da AM que foi conduzida por governos e especialistas, certificando-se da abordagem correta 17 por parte dos autores em todos os comentrios crticos. Todos os resultados da AM foram 18 submetidos a duas rodadas de reviso por especialistas e governos. Foram recebidos 19 comentrios crticos de aproximadamente 850 indivduos (dos quais cerca de 250 foram 20 enviados por autores de outros captulos da AM), embora em alguns casos (particularmente 21 no caso de governos e organizaes cientficas filiadas AM) tenham sido adicionados 22 comentrios que haviam sido elaborados por revisores em seus governos ou instituies. 23

    A AM foi conduzida por um Conselho composto por representantes de cinco convenes 24 internacionais, cinco agncias das N.U., organizaes cientficas internacionais, governos, 25 lderes do setor privado, organizaes no-governamentais, e grupos nativos. Um Painel de 26 Avaliao constitudo por 15 membros, composto de pesquisadores renomados das cincias 27 sociais e naturais, supervisionou o trabalho tcnico da avaliao, com apoio de um 28 secretariado com escritrios na Europa, Amrica do Norte, Amrica do Sul, sia e frica, 29 sob coordenao do Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente. 30

    A AM destina-se a ser utilizada: 31 para identificar prioridades de ao; 32 como um parmetro para avaliaes futuras; 33 como alicerce e fonte de instrumental para avaliao, planejamento e administrao; 34 para obter prognsticos de conseqncias das decises que afetam os ecossistemas; 35 para identificar opes de resposta no intuito de atingir as metas de desenvolvimento 36

    humano e de sustentabilidade; 37 para ajudar a edificar a capacidade individual e institucional e, assim, conduzir 38

    avaliaes ecossistmicas integradas e agir com base nos resultados; e 39 para nortear futuras pesquisas. 40

    Em virtude do amplo escopo da AM e da complexidade das interaes entre os sistemas 41 naturais e sociais, tornou-se difcil fornecer informaes definitivas para algumas questes 42 abordadas na AM. Relativamente poucos servios dos ecossistemas foram foco de pesquisa e 43 monitoramento e, como conseqncia, os resultados e dados das pesquisas tendem a ser 44 inadequados para uma avaliao global detalhada. Alm disso, os dados e informaes 45 disponibilizados em geral se referem ou s caractersticas do sistema ecolgico ou s 46 caractersticas do sistema social, e no s interaes, todas elas importantes, entre esses 47

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    sistemas. Finalmente, modelos e instrumental cientfico e de avaliao disponveis para se 1 empreender uma avaliao em escala integrada e para se prognosticar mudanas futuras nos 2 servios de ecossistemas, s agora esto sendo desenvolvidos. Apesar desses desafios, a AM 3 pde fornecer um volume considervel de informaes pertinentes maioria das questes 4 centrais. E, atravs da identificao de falhas em dados e informaes que dificultam a 5 obteno de respostas para as questes de estratgia, a avaliao pode ajudar a nortear a 6 pesquisa e o monitoramento que, por sua vez, iro conduzir a respostas em futuras avaliaes. 7

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    Figura A. Ligaes entre os Servios dos Ecossistemas e o Bem-Estar Humano. Esta 1 figura descreve a fora das ligaes entre categorias de servios dos ecossistemas e os 2 componentes do bem-estar humano normalmente encontrados, e inclui indicaes do grau at 3 onde fatores socioeconmicos podem mediar essa ligao (por exemplo, se for possvel obter 4 um substituto para um servio deteriorado dos ecossistemas, ento h um alto potencial de 5 mediao). A fora das ligaes e o potencial de mediao diferem em diferentes 6 ecossistemas e regies. Alm da influncia dos servios dos ecossistemas sobre o bem-estar 7 humano aqui descrita, outros fatoresincluindo outros fatores ambientais, alm de fatores 8 econmicos, sociais, tecnolgicos e culturaisinfluenciam o bem-estar humano, e os 9 ecossistemas, por sua vez, so afetados pelas alteraes no bem-estar humano. (Ver Figura 10 B.) 11

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    Figura B. Estrutura Conceitual da Avaliao Ecossistmica do Milnio das Interaes 1 entre Biodiversidade, Servios dos Ecossistemas, Bem-Estar Humano e Vetores de 2 Mudanas. As mudanas nos vetores que indiretamente afetam a biodiversidade, entre eles 3 populao, tecnologia e estilo de vida (canto superior direito da figura), podem acarretar 4 mudanas nos vetores que afetam diretamente a biodiversidade, entre eles a pesca e a 5 aplicao de fertilizantes (canto inferior direito). Isso resulta em mudanas nos ecossistemas 6 e nos servios que eles oferecem (canto inferior esquerdo), afetando assim o bem-estar 7 humano. Essas interaes podem ocorrer em mais de uma escala, podendo tambm atravessar 8 escalas. Por exemplo, uma demanda internacional por madeira pode acarretar uma perda 9 regional na cobertura florestal, o que aumenta a magnitude das inundaes na poro local de 10 um rio. De forma semelhante, as interaes podem ocorrer ao longo de diferentes escalas de 11 tempo. Diferentes estratgias e intervenes podem ser aplicadas em muitos pontos dessa 12 estrutura, a fim de assegurar o bem-estar humano e conservar os ecossistemas. 13

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    Guia do Leitor 1 Este relatrio apresenta a sntese e a integrao dos resultados dos quatro Grupos de Trabalho 2 da AM, juntamente com resultados mais pormenorizados para alguns servios dos 3 ecossistemas referentes a condies, tendncias e cenrios (Ver Apndice A), e opes de 4 resposta. (Ver Apndice B). Foram elaborados cinco relatrios-sntese adicionais para 5 facilitar a utilizao por pblicos especficos: CBD (biodiversidade), UNCCD 6 (desertificao), Conveno Ramsar (zonas midas), setores empresarial e de sade. Cada 7 avaliao subglobal da AM produzir tambm relatrios adicionais a fim de suprir as 8 necessidades dos seus respectivos pblicos. Os relatrios tcnicos de avaliao completos dos 9 quatro Grupos de Trabalho da AM sero publicados em meados de 2005 pela editora Island 10 Press. Todos os materiais impressos da avaliao, bem como os dados centrais e um glossrio 11 da terminologia utilizada nos relatrios tcnicos, estaro disponveis na Internet, no endereo 12 www.MAweb.org. O Apndice D arrola acrnimos e abreviaes utilizados neste relatrio e 13 inclui informaes adicionais sobre as fontes de algumas figuras neste relatrio. 14

    As referncias que aparecem entre parnteses no corpo deste relatrio-sntese dizem respeito 15 aos respectivos captulos dos relatrios tcnicos de avaliao completos para cada Grupo de 16 Trabalho (a lista dos captulos do relatrio de avaliao pode ser obtida no Apndice E). 17 Referncias entre colchetes no Resumo para Tomadores de Deciso dizem respeito aos 18 captulos deste relatrio-sntese completo, onde podem ser obtidas informaes adicionais 19 sobre cada tpico. 20

    As expresses a seguir foram utilizadas neste relatrio, quando oportuno, para indicar 21 clculos estimativos de preciso com base no julgamento coletivo dos autores, utilizando 22 evidncias observacionais, resultados de modelos, e teorias por eles examinadas: preciso 23 quase absoluta (no mnimo 98% de probabilidade), preciso alta (8598% de probabilidade), 24 preciso mdia (6585% de probabilidade), preciso baixa (5265% de probabilidade), e 25 impreciso (5052% de probabilidade). Em outras situaes, foi utilizada uma escala 26 qualitativa para medir o nvel de entendimento cientfico: bastante definido, definido mas 27 incompleto, explanaes conflitantes, e especulativo. Toda vez que esses termos aparecerem, 28 sero apresentados em itlico. 29

    Ao longo deste relatrio, cifres representam dlares dos Estados Unidos, e tons se referem a 30 toneladas mtricas. 31 32

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    Resumo para Tomadores de Deciso 1 A populao do planeta totalmente dependente dos seus ecossistemas e dos servios que 2 eles oferecem, incluindo alimentos, gua, gesto de doenas, regulao climtica, satisfao 3 espiritual e apreciao esttica. Nos ltimos 50 anos, o homem modificou esses ecossistemas 4 mais rpida e extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na histria da 5 humanidade, em geral para suprir rapidamente a demanda crescente por alimentos, gua pura, 6 madeira, fibras e combustvel. Essa transformao do planeta contribuiu com ganhos finais 7 substanciais para o bem-estar humano e o desenvolvimento econmico. Contudo, nem todas 8 as regies e populaes se beneficiaram nesse processona verdade, muitos foram 9 prejudicados. Alm disso, o prejuzo total associado a esses ganhos s agora est se tornando 10 aparente. 11

    Trs grandes problemas associados nossa gesto dos ecossistemas terrestres vm causando 12 danos significativos a algumas populaes, especialmente as mais pobres, e a menos que 13 sejam tratados, reduziro substancialmente os benefcios a longo prazo que obtemos dos 14 ecossistemas: 15

    Primeiro, cerca de 60% (15 entre 24) dos servios dos ecossistemas examinados durante a 16 Avaliao Ecossistmica do Milnio tm sido degradados ou utilizados de forma no 17 sustentvel, incluindo gua pura, pesca de captura, purificao do ar e da gua, regulao 18 climtica local e regional, ameaas naturais e epidemias. difcil mensurar o custo total 19 resultante da perda e deteriorao desses servios dos ecossistemas, mas as evidncias 20 disponveis demonstram que so custos substanciais e crescentes. Muitos servios dos 21 ecossistemas se deterioraram em conseqncia de aes voltadas para intensificar o 22 fornecimento de outros servios, como alimentos. Em geral, essas mediaes ou transferem 23 os custos da degradao de um grupo de pessoas para outro ou repassam os custos para 24 geraes futuras. 25

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    Segundo, h evidncia definida, porm incompleta, de que as mudanas em curso nos 1 ecossistemas tm feito crescer a probabilidade de mudanas no lineares nos 2 ecossistemas (incluindo mudanas aceleradas, abruptas, e potencialmente 3 irreversveis) que acarretam importantes conseqncias para o bem-estar humano. 4 Exemplos dessas mudanas incluem surgimento de doenas, alteraes abruptas na 5 qualidade da gua, aparecimento de zonas mortas em guas costeiras, colapso da 6 pesca, e alteraes nos climas regionais. 7

    Terceiro, os efeitos negativos da degradao dos servios dos ecossistemas (constante 8 diminuio da capacidade que um ecossistema tem de fornecer servios) tem recado 9 de forma desproporcional sobre as populaes mais pobres, o que tem contribudo 10 para o aumento das desigualdades e disparidades entre diferentes grupos da 11 populao, sendo s vezes o principal fator gerador de pobreza e conflitos sociais. 12 Isso no significa que mudanas nos ecossistemas como aumento na produo de 13 alimentos no tenha, de outro lado, ajudado a tirar inmeras pessoas da pobreza ou da 14 fome, mas essas mudanas prejudicaram outros indivduos e comunidades, que 15 tiveram sua condio amplamente negligenciada. Em todas as regies, 16 particularmente na frica Subsaariana, a condio e a gesto dos servios dos 17 ecossistemas so fatores dominantes que influenciam as perspectivas de reduo da 18 pobreza. 19

    A degradao dos servios dos ecossistemas j representa uma barreira significativa para a 20 consecuo das Metas de Desenvolvimento do Milnio firmadas pela comunidade 21 internacional em setembro de 2000, e as conseqncias negativas dessa degradao podem se 22 agravar bastante nos prximos 50 anos. O consumo dos servios dos ecossistemas, no 23 sustentvel em muitos casos, continuar a crescer em conseqncia de um PIB global 24 provavelmente trs a seis vezes maior at 2050, mesmo esperando-se queda e nivelamento do 25 crescimento populacional do planeta na metade do sculo. Muitos dos importantes vetores 26

    Quatro Resultados Principais

    Nos ltimos 50 anos, o homem modificou os ecossistemas mais rpida e extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na histria da humanidade, na maioria das vezes para suprir rapidamente a crescente demanda por alimentos, gua potvel, madeira, fibras e combustvel. Isso acarretou uma perda substancial e, em grande medida, irreversvel, para a diversidade da vida no planeta.

    As mudanas que ocorreram nos ecossistemas contriburam com ganhos finais substanciais para o bem-estar humano e o desenvolvimento econmico, mas esses ganhos foram obtidos a um custo crescente, que incluiu a degradao de muitos servios dos ecossistemas, maior risco de mudanas no lineares, e exacerbao da pobreza para alguns grupos da populao. Esses problemas, a menos que tratados, reduziro substancialmente os benefcios obtidos dos ecossistemas por geraes futuras.

    A degradao dos servios de ecossistemas pode piorar consideravelmente na primeira metade deste sculo, representando uma barreira para a consecuo das Metas de Desenvolvimento do Milnio.

    O desafio de reverter a degradao dos ecossistemas enquanto se supre demandas crescentes pode ser parcialmente vencido sob alguns cenrios considerados pela AM, mas isto envolve mudanas significativas em polticas, instituies e prticas, mudanas estas que no esto em andamento atualmente. So muitas as opes para se preservar ou melhorar os servios especficos a um ecossistema, de forma a reduzir mediaes negativas ou a fornecer sinergias positivas com outros servios dos ecossistemas.

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    diretos de mudanas nos ecossistemas possivelmente no diminuiro na primeira metade do 1 sculo e dois vetoresmudanas climticas e carga excessiva de nutrientesse tornaro 2 mais severos. 3

    Muitas das regies que enfrentam os maiores desafios para a consecuo das MDMs so 4 exatamente regies que enfrentam graves problemas de degradao nos seus ecossistemas. As 5 populaes pobres das zonas rurais, alvo primrio das MDMs, tendem a ser mais diretamente 6 dependentes dos servios dos ecossistemas e mais vulnerveis a mudanas nos mesmos. Em 7 termos gerais, qualquer progresso que se tenha obtido na abordagem das MDMs de 8 erradicao da pobreza e da fome, melhoria da sade, e sustentabilidade ambiental, dever ter 9 sua sustentabilidade ameaada se boa parte dos servios dos ecossistemas essenciais para a 10 humanidade continuar sendo degradada. Em contraste, a gesto eficaz dos servios dos 11 ecossistemas fornece oportunidades vantajosas para se abordar de forma sinrgica muitos 12 objetivos de desenvolvimento. 13

    A soluo desses problemas no simples, uma vez que eles decorrem da interao entre 14 muitos desafios reconhecidos, incluindo mudanas climticas, perda da biodiversidade, e 15 degradao do solo, cada um deles suficientemente complexo de se abordar. Aes passadas 16 para reduzir ou reverter a degradao dos ecossistemas renderam grandes benefcios mas, de 17 um modo geral, essas melhorias no conseguiram acompanhar as presses e demandas 18 crescentes. No entanto, existe um leque enorme de aes para minimizar a gravidade desses 19 problemas nas prximas dcadas. Sem dvida, trs dos quatro cenrios examinados em 20 detalhe pela AM sugerem que mudanas significativas em polticas, instituies e prticas 21 podem mitigar algumas, mas no todas, conseqncias negativas das presses crescentes 22 sobre os ecossistemas. Contudo, as mudanas necessrias so substanciais e no esto em 23 andamento atualmente. 24

    Um conjunto eficaz de respostas que garantam a gesto sustentvel dos ecossistemas exige 25 mudanas substanciais em instituies e governana, em polticas e incentivos econmicos, 26 em fatores sociais e comportamentais, tecnologia, e conhecimento. Aes como integrao 27 das metas de gesto dos ecossistemas em vrios setores (como agricultura, silvicultura, 28 finanas, comrcio, e sade), maior transparncia e imputao de responsabilidade ao 29 governo e setor privado na gesto dos ecossistemas, eliminao de subsdios perversos, maior 30 uso de instrumental econmico e abordagens baseadas no mercado, delegao de poderes a 31 grupos que dependem dos servios dos ecossistemas ou que so afetados por sua degradao, 32 desenvolvimento de tecnologias que permitam maior rendimento das lavouras sem impactos 33 sobre o meio ambiente, recuperao dos ecossistemas, e incorporao dos valores no 34 comercializveis dos ecossistemas e seus servios s decises gerenciais, todos podero 35 minimizar substancialmente a gravidade desses problemas nas prximas dcadas. 36

    O restante deste Resumo para Tomadores de Deciso apresenta os quatro principais 37 resultados da Avaliao Ecossistmica do Milnio sobre problemas a serem abordados e 38 aes necessrias para assegurar a conservao e o uso sustentvel dos ecossistemas. 39

    Resultado no 1: Nos ltimos 50 anos, o homem modificou os ecossistemas mais rpida e 40 extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na histria da 41 humanidade, na maioria das vezes para suprir rapidamente a crescente demanda por 42 alimentos, gua pura, madeira, fibras e combustvel. Isso acarretou uma perda 43 substancial e, em grande medida, irreversvel, para a biodiversidade do planeta. 44

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    A estrutura e o funcionamento dos ecossistemas planetrios mudou mais rpido na 1 segunda metade do sculo XX do que em qualquer outro perodo da histria da 2 humanidade. [1] 3

    A partir de 1945, mais terras foram convertidas em lavouras do que nos sculos XVIII 4 e XIX juntos. Os sistemas cultivados (reas onde pelo menos 30% da paisagem 5 consiste de lavouras, cultivo alternado, criao de gado confinado ou aqicultura de 6 gua doce) cobrem hoje um quarto da superfcie terrestre do planeta. (Ver Figura 1). 7 reas que passam por rpidas mudanas na cobertura florestal e na degradao do 8 solo so mostradas na Figura 2. 9

    Aproximadamente 20% dos recifes de corais do mundo foram perdidos e outros 20% 10 foram degradados nas ltimas dcadas do sculo XX e aproximadamente 35% das 11 reas de manguezais foram perdidas nesse perodo (nos pases onde se tm dados 12 suficientes, que englobam cerca de metade das reas de manguezais). 13

    O volume de gua confinada em diques quadruplicou desde 1960, e o volume de gua 14 retida em reservatrios de trs a seis vezes maior que em rios naturais. A extrao de 15 gua dos rios e lagos duplicou desde 1960; boa parte da gua utilizada (70% do uso 16 mundial) vai para a agricultura. 17

    Desde 1960, os fluxos de nitrognio reativo (biologicamente disponvel) nos 18 ecossistemas terrestres dobraram e os fluxos de fsforo triplicaram. Mais da metade 19 do volume de fertilizantes sintticos base de nitrognio utilizados no 20 planetafabricados pela primeira vez em 1913foram utilizados a partir de 1985. 21

    Desde 1750, a concentrao atmosfrica de dixido de carbono aumentou cerca de 22 32% (de aproximadamente 280 para 376 partes por milho em 2003), principalmente 23 em decorrncia da combusto de combustveis fsseis e mudanas no uso do solo. 24 Aproximadamente 60% desse aumento (60 partes por milho) ocorreu a partir de 25 1959. 26

    O homem est mudando fundamentalmente e, em grande medida, de forma irreversvel, 27 a diversidade da vida no planeta, e boa parte dessas mudanas representa uma perda da 28 biodiversidade. [1] 29

    Mais de dois teros da rea de 2 dos 14 maiores biomas do planeta, e mais da metade 30 da rea de quatro outros biomas foram convertidos at 1990, principalmente para a 31 agricultura1. (Ver Figura 3). 32

    Em vrios grupos taxonmicos e na maioria das espcies, o tamanho da populao ou 33 a variedade, ou ambos, esto atualmente em declnio. 34

    A distribuio das espcies no planeta est se tornando mais homognea; em outras 35 palavras, o conjunto de espcies em qualquer dada regio do planeta est se tornando 36 mais semelhante a outras regies, principalmente em conseqncia da maior 37 introduo de espcies, intencional ou inadvertidamente associada a um aumento no 38 nmero de viagens e remessas. 39

    1 Bioma a maior unidade de classificao ecolgica conveniente para ser reconhecida na totalidade do globo, por exemplo florestas latifoliadas temperadas ou pradarias de montanha. Bioma uma categorizao ecolgica amplamente utilizada e, como uma quantidade considervel de dados ecolgicos foi fornecida e de modelos exemplificados com base nesta categorizao, algumas informaes nesta avaliao s podem ser fornecidas com base em biomas. Sempre que possvel, porm, a AM fornece informaes baseando-se em dez sistemas socioecolgicos, conforme descreve o Quadro 1.1, por exemplo florestas, cultivados, costeiros, e marinhos, porque correspondem a regies sob responsabilidade de diferentes ministrios governamentais e porque so as categorias utilizadas na Conveno sobre Diversidade Biolgica.

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    O nmero de espcies do planeta est em declnio. Nos ltimos sculos, a taxa de 1 extino de espcies pelo homem aumentou cerca de 1.000 vezes em comparao a 2 taxas histricas do planeta (preciso mdia). (Ver Figura 4). Entre 10 e 30% das 3 espcies de mamferos, aves e anfbios encontram-se atualmente ameaadas de 4 extino (preciso mdia a alta). Em geral, os habitats de gua doce tendem a 5 apresentar a maior proporo de espcies ameaadas de extino. 6

    A diversidade gentica diminuiu mundialmente, principalmente entre espcies 7 cultivadas. 8

    A maioria das mudanas nos ecossistemas foi resultado de um aumento dramtico na 9 demanda por alimentos, gua, madeira, fibras e combustvel. [2] Algumas mudanas nos 10 ecossistemas foram resultado acidental de atividades no relacionadas ao uso dos servios 11 dos ecossistemas, incluindo construo de estradas, portos, cidades, e descarga de poluentes. 12 Mas as mudanas nos ecossistemas foram, em grande parte, o resultado direto ou indireto de 13 mudanas destinadas a suprir as demandas crescentes pelos servios dos ecossistemas, em 14 particular as demandas crescentes por alimentos, gua, madeira, fibras e combustvel 15 (madeira para combustvel e energia hidrulica). Entre 1960 e 2000, a demanda pelos 16 servios dos ecossistemas cresceu consideravelmente, enquanto a populao mundial 17 duplicou para 6 bilhes de habitantes e a economia global cresceu mais de seis vezes. Para 18 suprir essa demanda, a produo de alimentos aumentou cerca de duas vezes e meia, o uso da 19 gua duplicou, a explorao de madeira para produo de celulose e papel triplicou, a 20 capacidade hidreltrica instalada duplicou, e a produo de madeira de corte aumentou mais 21 de 50 %. 22

    A demanda crescente pelos servios desses ecossistemas foi suprida no s pela utilizao de 23 uma frao crescente da oferta disponvel (por exemplo, desviando mais gua para irrigao, 24 intensificando a pesca de captura) como pelo aumento da produo de alguns servios, 25 incluindo lavouras e criao de rebanhos. Este ltimo foi obtido pelo uso de novas 26 tecnologias (incluindo novas variedades de plantas, fertilizao e irrigao), bem como pelo 27 aumento da rea gerenciada para os servios, no caso de produo agrcola, criao de 28 rebanhos e aqicultura. 29

    Resultado no 2: As mudanas que ocorreram nos ecossistemas contriburam com ganhos 30 finais substanciais para o bem-estar humano e o desenvolvimento econmico, mas esses 31 ganhos foram obtidos a um custo crescente, que incluiu a degradao de muitos servios 32 dos ecossistemas, maior risco de mudanas no lineares, e a exacerbao da pobreza 33 para alguns grupos da populao. Esses problemas, a menos que tratados, reduziro 34 substancialmente os benefcios dos ecossistemas para geraes futuras. 35

    No conjunto, e na maioria dos pases, as mudanas ocorridas nos ecossistemas do 36 planeta nas ltimas dcadas proporcionaram benefcios substanciais para o bem-estar 37 humano e desenvolvimento interno. [3] Muitas das mudanas mais significativas nos 38 ecossistemas foram essenciais para suprir as demandas de gua e alimentos; essas mudanas 39 ajudaram a diminuir a proporo de subnutridos e a melhorar a sade humana. Durante 40 sculos, a agricultura, incluindo a pesca e a silvicultura, constituiu o principal suporte das 41 estratgias de desenvolvimento dos pases, permitindo ganhos suficientes para possibilitar 42 investimentos na industrializao e na mitigao da pobreza. Embora o valor da produo de 43 alimentos em 2000 correspondesse apenas a cerca de 3% do produto bruto mundial, o 44 contingente de mo-de-obra agrcola representa aproximadamente 22% da populao 45 mundial, metade do contingente total mundial, e 24% do PIB nos pases com renda per 46

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    capita inferior a US$765 (pases em desenvolvimento de baixa renda, conforme definido pelo 1 Banco Mundial). 2

    Contudo, esses ganhos foram obtidos a um custo crescente, que inclui degradao de 3 muitos servios dos ecossistemas, maior risco de mudanas no lineares nos 4 ecossistemas, exacerbao da pobreza para alguns grupos, e agravamento da 5 desigualdade e disparidade entre diferentes grupos da populao. 6

    Degradao e Uso No Sustentvel dos Servios dos Ecossistemas 7

    Cerca de 60% (15 entre 24) dos servios dos ecossistemas examinados durante esta 8 avaliao (incluindo 70% dos servios reguladores e culturais) vm sendo degradados 9 ou utilizados de forma no sustentvel. [2] (Ver Tabela 1). Entre os servios dos 10 ecossistemas degradados nos ltimos 50 anos esto: pesca de captura, fornecimento de gua, 11 tratamento de resduos e destoxificao, purificao da gua, proteo contra desastres 12 naturais, regulao da qualidade do ar, regulao climtica local e regional, regulao da 13 eroso, realizao espiritual e apreciao esttica. O uso de dois servios dos ecossistemas14 pesca de captura e gua doceatingiu nveis muito acima dos nveis sustentveis mesmo nas 15 demandas atuais, que dir futuramente. Pelo menos um quarto dos estoques comerciais 16 importantes de peixe so superexplorados (preciso alta). (Ver Figuras 5, 6 e 7). Entre 5% e 17 talvez 25% do uso global de gua doce ultrapassa o fornecimento disponvel a longo prazo e 18 atualmente obtido por transferncia mecnica ou por extrao dos suprimentos subterrneos 19 (preciso baixa a mdia). Cerca de 15 a 35% da extrao de irrigao ultrapassa as taxas de 20 fornecimento e, portanto, insustentvel (preciso baixa a mdia). Enquanto 15 servios 21 foram degradados, apenas 4 foram melhorados nos ltimos 50 anos, trs dos quais 22 envolvendo produo de alimentos: lavouras, criao de rebanhos, e aqicultura. Os 23 ecossistemas terrestres eram fontes de emisso de CO2 no sculo XIX e incio do sculo XX, 24 mas se tornaram receptculos em meados do sculo passado. Portanto, nos ltimos 50 anos, o 25 papel dos ecossistemas na regulao climtica global atravs do seqestro de carbono 26 tambm foi enfatizado.. 27

    Aes para aumentar o servio de um ecossistema geralmente causam degradao em outros 28 servios. [2, 6] Por exemplo, como as aes para aumentar a produo de alimentos 29 geralmente envolvem uso mais intensivo de gua e fertilizantes ou aumento da rea de terra 30 cultivada, essas mesmas aes geralmente degradam outros servios dos ecossistemas, como 31 por exemplo diminuio da disponibilidade de gua para outros usos, deteriorao da 32 qualidade da gua, reduo da biodiversidade, e decrscimo da cobertura florestal (o que, por 33 sua vez, pode levar a perda de produtos florestais e a liberao de gases do efeito estufa). De 34 forma semelhante, a converso de florestas em agricultura pode modificar de forma 35 significativa a freqncia e a magnitude das inundaes, embora a natureza desse impacto 36 dependa das caractersticas locais do ecossistema e do tipo de mudana na cobertura do solo. 37

    A degradao dos servios dos ecossistemas geralmente traz danos significativos para o 38 bem-estar humano. [3, 6] As informaes disponveis para avaliar as conseqncias das 39 mudanas nos servios dos ecossistemas para o bem-estar humano so relativamente restritas. 40 Muitos servios dos ecossistemas no foram monitorados e tambm difcil calcular a 41 influncia das mudanas nos servios dos ecossistemas envolvendo outros fatores sociais, 42 culturais, e econmicos, que tambm afetam o bem-estar humano. No entanto, as evidncias 43 a seguir demonstram que so substanciais os efeitos nocivos da degradao dos servios dos 44 ecossistemas para os meios de subsistncia, sade e economias, tanto locais como nacionais. 45

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    As decises de gesto dos recursos so, na sua maioria, influenciadas principalmente 1 pelos servios dos ecossistemas que adentram os mercados; em conseqncia, os 2 benefcios no comercializveis so geralmente perdidos ou degradados. Esses 3 benefcios no comercializveis geralmente so preciosos e s vezes mais valiosos 4 que os comercializveis. Por exemplo, um dos estudos mais abrangentes j feitos at 5 hoje, que examinou valores econmicos comercializveis e valores no 6 comercializveis associados a florestas de oito pases mediterrneos, constatou que, 7 no geral, a madeira de corte e a madeira para combustvel representavam menos de 8 um tero do valor econmico total das florestas em cada pas. (Ver Figura 8). Valores 9 associados a produtos florestais no madeireiros, recreao, caa, proteo de bacias, 10 seqestro de carbono, e uso passivo (valores independentes dos valores de uso direto), 11 representavam 25% a 96% do valor econmico total das florestas. 12

    13 O valor econmico total associado a uma gesto mais sustentvel dos ecossistemas 14

    geralmente maior que o valor associado converso desses mesmos ecossistemas 15 para agricultura e criao, explorao madeireira pr-definida ou outros tipos de uso 16 intensivo. Relativamente poucos estudos compararam o valor econmico total 17 (incluindo valores comercializveis e valores no comercializveis dos servios) dos 18 ecossistemas sujeitos a regimes de gesto alternados, mas alguns dos estudos j 19 existentes constataram que as vantagens de gerenciar um ecossistema de forma mais 20 sustentvel superaram as vantagens de converter esse mesmo ecossistema. (Ver 21 Figura 9). 22

    23 Os custos econmicos e de sade pblica associados aos danos causados a servios 24

    de ecossistemas podem ser substanciais. 25 o O colapso, no incio dos anos 90, da pesca de bacalhau em Newfoundland 26

    (Canad) em conseqncia de explorao excessiva, resultou na perda de dezenas 27 de milhares de empregos e custou pelo menos US$2 bilhes em seguro-28 desemprego e treinamentos de recolocao. 29

    o Em 1996, os custos para o setor agrcola do Reino Unido resultantes dos danos 30 que as prticas agrcolas causam gua (poluio e eutroficao processo pelo 31 qual o crescimento excessivo de plantas esgota o oxignio da gua), ao ar 32 (emisses de gases do efeito estufa), ao solo (danos secundrios de eroso, 33 emisses de gases do efeito estufa), e biodiversidade, atingiram US$ 2,6 bilhes, 34 ou 9% da receita bruta mdia anual do setor agrcola nos anos 90. De forma 35 semelhante, estima-se que os custos dos danos causados pela eutroficao da gua 36 doce, s na Inglaterra e em Gales (envolvendo fatores que incluem reduo do 37 valor das moradias ribeirinhas, custos de tratamento da gua, reduo do valor 38 recreacional dos corpos dgua, e perdas no turismo), eles tenham atingido entre 39 US$105 e US$160 milhes ao ano na dcada de 90, com outros US$77 milhes 40 adicionais por ano para tratar desses danos. 41

    o A incidncia de doenas em organismos marinhos e o aparecimento de novos 42 agentes patgenos vem aumentando, e alguns deles, como a ciguatera, prejudicam 43 a sade humana. Exemplos de proliferao nociva (e tambm txica) de algas em 44 guas costeiras vm aumentando em freqncia e intensidade, prejudicando outros 45 recursos marinhoscomo a produo pesqueirae a sade humana. Em uma 46 ocasio particularmente grave na Itlia, em 1989, o surgimento de algas nocivas 47 custou U$$10 milhes ao setor de aqicultura costeira, e US$11,4 milhes ao 48 setor de turismo italiano. 49

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    o A freqncia e o impacto das inundaes e dos incndios aumentou 1 significativamente nos ltimos 50 anos, em parte por causa das mudanas nos 2 ecossistemas. Exemplos incluem: maior suscetibilidade das populaes costeiras a 3 tempestades tropicais quando florestas de manguezais so eliminadas, e aumento 4 do fluxo a jusante resultante de mudanas no uso do solo no Rio Yangtze superior. 5 As perdas econmicas anuais decorrentes de eventos extremos saltaram dez vezes 6 desde a dcada de 50, chegando a aproximadamente US$70 bilhes em 2003, das 7 quais catstrofes naturais (enchentes, incndios, tempestades, secas, terremotos) 8 responderam por 84% das perdas seguradas. 9

    O impacto da perda de servios culturais particularmente difcil de se mensurar, 10 embora tenha especial importncia para muitas populaes. As culturas humanas, os 11 sistemas de conhecimento, as religies, e as interaes sociais foram fortemente 12 influenciados pelos ecossistemas. Algumas das avaliaes subglobais da AM 13 constataram que os valores espirituais e culturais dos ecossistemas so to importantes 14 quanto os outros servios para muitas comunidades locais, tanto em pases em 15 desenvolvimento (por exemplo, a importncia dos bosques sagrados na ndia,) como 16 em pases industrializados (a importncia de parques urbanos, por exemplo). 17 18

    A degradao dos servios dos ecossistemas representa a perda de um bem essencial. [3] 19 Tanto os recursos renovveis (incluindo servios dos ecossistemas) como os recursos no 20 renovveis (incluindo depsitos minerais, alguns nutrientes do solo, e combustveis fsseis) 21 so bens essenciais. Contudo, registros nacionais tradicionais no incluem estatsticas sobre o 22 esgotamento ou degradao desses recursos. Em conseqncia, um pas pode derrubar suas 23 florestas e esgotar sua produo pesqueira, e isto s aparecer como ganho positivo no PIB 24 (uma medida do bem-estar econmico atual), sem registrar a perda correspondente de bens 25 (riquezas), que uma medida mais adequada do bem-estar econmico no futuro. Alm disso, 26 muitos servios dos ecossistemas (incluindo gua doce nas camadas aqferas e uso da 27 atmosfera como depsito de poluentes) esto amplamente disponveis para eventuais 28 usurios, o que, mais uma vez, faz com que sua degradao no seja contabilizada nas 29 estatsticas econmicas tradicionais. 30

    Quando as estimativas de perdas econmicas associadas ao esgotamento dos bens naturais 31 so contabilizadas nas estatsticas da riqueza total dos pases, elas alteram expressivamente o 32 balano geral dos pases com economias que dependem primariamente dos recursos naturais. 33 Por exemplo, pases como Equador, Etipia, Cazaquisto, Repblica Democrtica do Congo, 34 Trinidad e Tobago, Uzbequisto, e Venezuela, que mostraram um crescimento positivo na 35 economia lqida em 2001, refletindo um crescimento na riqueza lquida do pas, na 36 realidade, sofreram uma perda na sua economia lquida quando o esgotamento dos recursos 37 naturais (energia e florestas) e estimativas dos danos resultantes das emisses de carbono 38 (associados a fatores de mudanas climticas) foram includos nas estatsticas. 39

    Embora a degradao de alguns servios possa s vezes garantir maior ganho em outros 40 servios, freqentemente ocorre mais degradao dos servios dos ecossistemas do que 41 interessa sociedade porque muitos dos servios degradados so bens pblicos. [3] 42 Embora as pessoas se beneficiem dos servios dos ecossistemas, como regulao do ar e da 43 qualidade da gua ou presena de uma paisagem esteticamente agradvel, no h mercado 44 para esses servios e ningum recebe incentivo para pagar pela manuteno do bem. Assim, 45 quando uma ao resulta na degradao de um servio que prejudica outros indivduos, no 46

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    h qualquer mecanismo de mercado (nem poderia haver, em muitos casos) que garanta aos 1 indivduos prejudicados uma compensao pelas perdas sofridas. 2

    As populaes abastadas no podem se isolar da deteriorao dos servios dos 3 ecossistemas. [3] A agricultura, a pesca e a silvicultura constituam a poro principal das 4 economias nacionais, e o controle dos recursos naturais dominava as agendas de trabalho para 5 elaborao de estratgias. Mas, se de um lado, esses setores de recursos naturais ainda tem 6 importncia, de outro lado, a importncia poltica e econmica de outros setores nos pases 7 industrializados cresceu no sculo passado em decorrncia da contnua transio de 8 economias agrcolas para economias de indstria e servios, da urbanizao, e do 9 desenvolvimento de novas tecnologias para incrementar a produo de alguns servios e para 10 substituir outros. Contudo, a degradao dos servios dos ecossistemas influencia de 11 inmeras maneiras o bem-estar humano em regies industrializadas e as populaes 12 abastadas dos pases em desenvolvimento: 13

    Os impactos fsicos, econmicos e sociais da degradao dos servios dos 14 ecossistemas podem ultrapassar fronteiras. (Ver Figura 12.) Por exemplo, a 15 degradao do solo em um pas e as tempestades de poeira ou incndios a ela 16 associados podem piorar a qualidade do ar em pases vizinhos. 17

    A degradao dos servios dos ecossistemas exacerba a pobreza nos pases em 18 desenvolvimento, o que pode afetar os pases industrializados vizinhos por retardar o 19 crescimento econmico da regio e por contribuir para a deflagrao de conflitos ou 20 migrao de refugiados. 21

    As alteraes nos ecossistemas que contribuem para emisses de gases do efeito 22 estufa tambm contribuem para mudanas climticas globais que, por sua vez, afetam 23 os pases. 24

    Muitos setores da indstria ainda dependem diretamente dos servios dos 25 ecossistemas. O colapso da produo pesqueira, por exemplo, prejudicou muitas 26 comunidades nos pases industrializados. As perspectivas para setores como 27 silvicultura, agricultura, pesca, e ecoturismo, esto todas diretamente ligadas aos 28 servios dos ecossistemas, ao passo que outros setores, como seguros, negcios 29 bancrios, e sade, so fortemente influenciados, ainda que no to diretamente, por 30 mudanas nos servios dos ecossistemas. 31

    As populaes abastadas esto isoladas dos efeitos nocivos de alguns elementos de 32 degradao, mas no de todos. Por exemplo, em geral, no h substitutos para a perda 33 de servios culturais. 34

    Embora a importncia econmica relativa da agricultura, da pesca, e da silvicultura, 35 esteja em declnio nos pases industrializados, a importncia de outros servios dos 36 ecossistemas, como prazer esttico e opes recreativas, vm crescendo. 37

    38 difcil avaliar as implicaes das mudanas dos ecossistemas e gerenciar os ecossistemas 39 de forma eficaz porque muitos dos efeitos levam tempo para se tornar aparentes, porque 40 podem ser expressos primariamente a certa distncia de onde o ecossistema foi alterado, e 41 porque os custos e benefcios das mudanas geralmente so sentidos por diferentes grupos de 42 interesse. [7] Existe uma inrcia considervel (demora na resposta de um sistema a um 43 distrbio) nos sistemas ecolgicos. Em conseqncia, longos perodos decorrem entre a 44 mudana em um vetor e o tempo para que as reais conseqncias daquela mudana se tornem 45 aparentes. Por exemplo, grandes quantidades de fsforo vm se acumulando em muitos solos 46 agrcolas, ameaando rios, lagos e reas costeiras com o aumento da eutroficao. Mas pode 47

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    levar anos ou dcadas para que o impacto total do fsforo se torne aparente, atravs de eroso 1 e outros processos. De forma semelhante, levar sculos para que as temperaturas ao redor do 2 globo atinjam um equilbrio com concentraes alteradas dos gases do efeito estufa na 3 atmosfera, e mais tempo ainda para os sistemas biolgicos responderem s mudanas 4 climticas. 5

    Ademais, alguns dos impactos das mudanas nos ecossistemas podem ser sentidos somente a 6 certa distncia de onde a mudana ocorreu. Por exemplo, mudanas na captao de gua a 7 montante afetam o fluxo e a qualidade da gua em regies a jusante; de forma semelhante, a 8 perda de uma rea importante de criao de peixes em terras midas costeiras pode diminuir 9 o rendimento da pesca longe dali. Tanto a inrcia nos sistemas ecolgicos como a separao 10 temporal e espacial dos custos e benefcios das mudanas nos ecossistemas, geralmente 11 resultam em situaes onde os indivduos que sofrem os danos dessas mudanas (por 12 exemplo geraes futuras ou proprietrios de terra a jusante) e os indivduos que colhem os 13 benefcios no so os mesmos. Esses padres temporais e espaciais tornam extremamente 14 difcil avaliar totalmente os custos e benefcios associados a mudanas nos ecossistemas ou 15 mesmo atribuir custos e benefcios a diferentes grupos de interesse. Ainda, os acordos 16 institucionais hoje vigentes acerca de gesto de ecossistemas no parecem suficientemente 17 desenvolvidos para lidar com esses desafios. 18

    Maior Probabilidade de Mudanas No Lineares (Escalonadas) e Potencialmente Abruptas 19 nos Ecossistemas 20

    H evidncia definida, porm incompleta, de que as mudanas em curso nos ecossistemas 21 tm feito crescer a probabilidade de mudanas no lineares nos ecossistemas (incluindo 22 mudanas aceleradas, abruptas, e potencialmente irreversveis), com importantes 23 conseqncias para o bem-estar humano. [7] As mudanas nos ecossistemas geralmente 24 ocorrem gradualmente. No entanto, algumas mudanas no so lineares: quando um 25 determinado limite ultrapassado, o sistema se modifica para um estado muito diferente. E 26 essas mudanas no lineares so s vezes abruptas; tambm podem ser de ampla magnitude e 27 difceis, caras, ou impossveis de se reverter. A capacidade para se prognosticar algumas 28 mudanas no lineares vem melhorando, mas para a maioria dos ecossistemas e para a 29 maioria das potenciais mudanas no lineares, embora a cincia seja capaz de alertar sobre os 30 crescentes riscos, ela no capaz de prever os pontos-limite em que as mudanas podem ser 31 detectadas. Exemplos de mudanas no lineares de grande magnitude incluem: 32

    Surgimento de doenas. Se, em mdia, cada pessoa infectada contamina pelo menos 33 outra pessoa, ento uma doena se alastra, ao passo que se a infeco transferida em 34 mdia para menos de uma pessoa, a epidemia acaba. Durante o fenmeno El Nio em 35 1997/98, inundaes excessivas causaram epidemias de clera em Djibouti, Somlia, 36 Qunia, Tanznia, e Moambique. O aquecimento dos Grandes Lagos Africanos em 37 decorrncia de mudanas climticas pode criar condies que aumentam o risco de 38 transmisso de clera para os pases vizinhos. (C14.2.1). 39

    Eutroficao e hipoxia. Quando um ponto limite de carga de nutrientes atingido, as 40 mudanas nos ecossistemas costeiros e de gua doce podem ser abruptas e extensas, 41 causando a proliferao de algas nocivas (incluindo proliferao de espcies txicas) e 42 levando formao de zonas de esgotamento do oxignio, destruindo boa parte da 43 fauna. 44

    Colapso da produo pesqueira. Por exemplo, o estoque de bacalhau do Atlntico na 45 costa leste da Newfoundland sofreu um colapso em 1992, forando o encerramento da 46 atividade pesqueira aps centenas de anos de explorao. (Ver Figura 10). Mais 47

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    importante, os estoques esgotados podem levar anos para se recuperar, ou mesmo no 1 se recuperar, mesmo que a explorao seja bastante reduzida ou at eliminada por 2 completo. 3

    Introduo e perda de espcies. A introduo do mexilho zebra nos sistemas 4 aquticos dos Estados Unidos, por exemplo, resultou na extirpao dos moluscos 5 nativos do Lago St. Clair e em custos anuais de US$100 milhes ao setor de energia e 6 a outros usurios. 7

    Mudanas climticas regionais. Desmatamento geralmente ocasiona queda nos 8 ndices de precipitao. Como a existncia de florestas depende essencialmente da 9 chuva, a relao entre perda de floresta e queda da precipitao pode originar um 10 feedback positivo que, sob certas condies, pode levar a uma mudana no linear na 11 cobertura florestal. 12

    O crescente comrcio de carne de caa traz ameaas significativas associadas a 13 mudanas no lineares, o que neste caso acelera as taxas de mudana. [7] O crescimento 14 no uso e comrcio dessa carne vem aumentando a presso sobre muitas espcies, 15 especialmente na frica e na sia. Enquanto, por algum tempo, o nmero de indivduos das 16 espcies exploradas pode diminuir gradualmente conforme a produo aumenta, se a 17 explorao exceder os nveis de sustentabilidade, a taxa de diminuio dessas populaes 18 tender a se acelerar. Isso pode colocar essas mesmas populaes em risco de extino e 19 reduzir a longo prazo o fornecimento de alimentos para populaes dependentes desses 20 recursos. Paralelamente, o comrcio de carne de caa envolve nveis relativamente altos de 21 interao entre o homem e alguns animais que lhe servem de alimento, de certa forma 22 intimamente relacionados. E isso aumenta o risco de uma mudana no linear, neste caso o 23 surgimento de novos e srios agentes patgenos. Em vista da velocidade e magnitude das 24 viagens internacionais hoje, novos agentes patgenos podero se espalhar rapidamente pelo 25 mundo. 26

    A maior probabilidade dessas mudanas no lineares resulta da perda de 27 biodiversidade e das presses crescentes de diversos vetores diretos de mudanas nos 28 ecossistemas. [7] A perda de espcies e de diversidade gentica diminui a resilincia dos 29 ecossistemas, que o nvel de distrbio que um ecossistema pode suportar sem precisar 30 ultrapassar um ponto-limte para outra estrutura ou funcionamento. Alm disso, as crescentes 31 presses de vetores como explorao predatria, mudanas climticas, espcies invasoras, e 32 carga de nutrientes, foram os ecossistemas a extrapolar limites que, de outra maneira, 33 poderiam ser evitados. 34 35 Exacerbao da Pobreza para Alguns Indivduos e Populaes e Contribuio para 36 Desigualdades e Disparidades Crescentes entre as Populaes 37

    Apesar do progresso alcanado com o aumento da produo e o uso de alguns servios 38 dos ecossistemas, continuam altos os nveis de pobreza, e muitos ainda no dispem de 39 acesso suficiente ou mesmo acesso algum aos servios dos ecossistemas. [3] 40

    Em 2001, pouco mais de 1 bilho de pessoas sobreviveram com uma renda de US$1 41 por dia, cerca de 70% em reas rurais, onde se depende essencialmente de agricultura, 42 pastagens, e caa, para a subsistncia 43

    A disparidade de renda e outras medidas do bem-estar humano cresceram na ltima 44 dcada. A probabilidade de uma criana nascida na frica Subsaariana morrer antes 45 de completar 5 anos 20 vezes maior do que num pas industrializado, sendo essa 46 disparidade maior do que era h uma dcada. Durante a dcada de 90, 21 pases 47 experimentaram queda em sua classificao no ndice de Desenvolvimento Humano 48

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    (parmetro geral de bem-estar econmico, sade, e educao); 14 deles esto situados 1 na frica Subsaariana. 2

    Apesar do crescimento na produo per capita de alimentos nas ltimas quatro 3 dcadas, estima-se que 852 milhes de pessoas sofreram de subnutrio entre 2000 e 4 2002, 37 milhes a mais que no perodo entre 1997 e 1999. A sia do Sul e a frica 5 Subsaariana, regies onde foram verificadas as maiores concentraes de subnutridos, 6 so tambm as regies onde o aumento da produo per capita de alimentos ocorreu 7 mais devagar. Mais notadamente na frica Subsaariana, a produo per capita de 8 alimentos sofreu queda. 9

    Cerca de 1,1 bilho de pessoas ainda no tm acesso a gua tratada, e mais de 2,6 10 bilhes no tm acesso a servios de saneamento bsico. A escassez de gua atinge 11 entre 1 e 2 bilhes de pessoas no planeta. A partir de 1960, a razo entre uso da gua e 12 acesso ao seu fornecimento cresceu 20% por dcada. 13

    14 A degradao dos servios dos ecossistemas vem prejudicando as populaes mais 15 pobres do planeta, sendo s vezes o principal fator gerador de pobreza. [3, 6]. 16

    Metade da populao urbana da frica, sia, Amrica Latina, e Caribe, sofre de uma 17 ou mais doenas associadas a gua e saneamento inadequados. No planeta, cerca de 18 1,78 milho de pessoas morrem anualmente em decorrncia de gua, saneamento e 19 higiene inadequados. 20

    A queda da produo pesqueira de captura vem reduzindo uma fonte barata de 21 protena nos pases em desenvolvimento. O consumo per capita de peixe nos pases 22 em desenvolvimento, exceto China, baixou entre 1985 e 1997. 23

    A desertificao afeta os meios de sustento de milhes de pessoas, inclusive um 24 grande nmero de pessoas pobres que habitam zonas secas (C22). 25

    26 O padro vencedores e perdedores associado s mudanas nos ecossistemasem 27 particular, o impacto dessas mudanas sobre populaes pobres, mulheres e povos 28 nativosno tem sido considerado de forma adequada nas decises gerenciais. [3, 6] As 29 mudanas nos ecossistemas geralmente trazem benefcios a alguns e prejuzos a outros, que 30 podem tanto perder o acesso a recursos ou meios de vida como ser afetados pelas 31 externalidades associadas a tais mudanas. Por vrias razes, grupos como populaes 32 pobres, mulheres, e comunidades nativas, tendem a ser prejudicados por tais mudanas. 33 Muitas alteraes na gesto dos ecossistemas envolveram a privatizao do que antes 34

    constituam recursos de acesso comum. Em muitos casos, indivduos que dependiam 35 desses recursos (incluindo povos nativos, comunidades dependentes de florestas, e 36 outros grupos relativamente marginalizados pelas fontes de poder poltico e 37 econmico) perderam os direitos sobre tais recursos. 38

    Algumas populaes e locais afetados pelas mudanas e servios dos ecossistemas so 39 altamente vulnerveis e pouco equipadas para enfrentar as principais mudanas 40 passveis de ocorrer. Entre os grupos altamente vulnerveis esto aqueles cuja 41 demanda pelos servios dos ecossistemas excedem a oferta, incluindo populaes sem 42 acesso adequado ao fornecimento de gua tratada, e populaes que habitam regies 43 com queda na produo agrcola per capita. 44

    Diferenas significativas entre funes e direitos dos homens e das mulheres em 45 muitas sociedades tornam as mulheres mais vulnerveis s mudanas nos servios dos 46 ecossistemas. 47

    A dependncia de populaes pobres rurais para com os servios dos ecossistemas 48 raramente mensurada, sendo geralmente negligenciada nas estatsticas nacionais e nas 49 avaliaes de pobreza, resultando em estratgias inadequadas que deixam de 50

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    considerar o papel do meio ambiente na reduo da pobreza. Por exemplo, um estudo 1 recente que sintetizou dados de 17 pases constatou que 22% da renda domstica de 2 comunidades campesinas em regies florestadas provm, em geral, de fontes no 3 includas nas estatsticas nacionais, incluindo explorao de alimentos silvestres, 4 madeira para combustvel, forragem, plantas medicinais e madeira. Essas atividades 5 formavam uma poro muito maior da renda total das famlias mais pobres do que das 6 famlias mais abastadas, tendo essa renda especial importncia nos perodos de 7 escassez, previsvel e imprevisvel, de outras fontes de sustento. 8

    As perspectivas de desenvolvimento nas zonas secas dos pases em desenvolvimento 9 dependem principalmente de aes para evitar a degradao dos ecossistemas e 10 retardar ou reverter a degradao que j estiver ocorrendo. [3, 5] Os sistemas de zonas 11 secas se estendem por cerca de 41% da superfcie terrestre do planeta, e mais de 2 bilhes de 12 pessoas os habitam, mais de 90% das quais se encontram nos pases em desenvolvimento. Os 13 ecossistemas das zonas secas (abrangendo tanto regies rurais como urbanas) foram os que 14 experimentaram a maior taxa de crescimento da populao na dcada de 90, dentre todos os 15 sistemas examinados na AM. (Ver Figura 11.) Embora as zonas secas abriguem cerca de um 16 tero da populao humana, elas guardam apenas 8% da proviso mundial de gua renovvel. 17 Tendo em vista sua pluviosidade baixa e varivel, altas temperaturas, baixo teor de matria 18 orgnica no solo, alto custo dos servios de abastecimento, como eletricidade ou gua 19 encanada, alm de investimento limitado em infra-estrutura devido a baixa densidade 20 populacional, os habitantes das zonas secas enfrentam muitos desafios. Elas tendem tambm 21 a apresentar os nveis mais baixos de bem-estar humano, incluindo o menor PIB per capita e 22 os maiores ndices de mortalidade infantil. 23

    A combinao entre alta variabilidade nas condies ambientais e nveis relativamente altos 24 de pobreza pode originar situaes de alta vulnerabilidade em relao s mudanas nos 25 ecossistemas, embora a presena de tais condies tenha contribudo para o desenvolvimento 26 de estratgias bastante resilientes de gesto do solo. As presses sobre os ecossistemas das 27 zonas secas j ultrapassam nveis sustentveis para alguns servios, como formao do solo e 28 abastecimento de gua, e vm crescendo. Hoje, a disponibilidade de gua per capita 29 representa apenas dois teros do nvel necessrio para se atingir nveis mnimos de bem-estar 30 humano. Cerca de 10 a 20% das zonas secas do planeta esto degradadas (preciso mdia), 31 prejudicando diretamente os habitantes dessas regies e prejudicando indiretamente uma 32 populao maior, atravs de impactos biofsicos (tempestades de poeira, inundaes a 33 jusante, emisses de gases do efeito estufa, e mudanas climticas regionais) e atravs de 34 impactos socioeconmicos (onde migrao humana e agravao da pobreza por vezes 35 contribuem para os conflitos e a instabilidade). Apesar desses enormes desafios, os habitantes 36 das zonas secas e seus sistemas de gesto do solo provaram ser resilientes e ter capacidade 37 para prevenir a degradao do solo, embora isso possa ser tanto negligenciado como 38 intensificado por polticas pblicas e estratgias de desenvolvimento. 39

    40 Resultado no. 3: A degradao dos servios dos ecossistemas pode piorar 41 consideravelmente na primeira metade deste sculo, representando uma barreira para a 42 consecuo das Metas de Desenvolvimento do Milnio. 43

    A AM desenvolveu quatro cenrios no intuito de explorar futuros plausveis para os 44 ecossistemas e o bem-estar humano. (Ver Quadro 1.) Os cenrios exploraram duas vertentes 45 de desenvolvimento globaluma onde o planeta se torna gradativamente globalizado, e outra 46

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    onde ele se torna gradativamente regionalizadoalm de duas abordagens diferentes de 1 gesto dos ecossistemasuma onde as aes so reativas e quase todas as questes s so 2 abordadas quando j esto bvias, e outra onde a gesto dos ecossistemas pr-ativa e as 3 polticas buscam deliberadamente manter os servios dos ecossistemas a longo prazo. 4 5 Boa parte dos vetores diretos de mudanas nos ecossistemas atualmente ou se mantm 6 constante ou est se intensificando na maioria dos ecossistemas. (Ver Figura 13.) Nos 7 quatro cenrios da AM, projees indicam que as presses sobre os ecossistemas devem 8 aumentar progressivamente na primeira metade deste sculo. [4, 5] Os principais vetores 9 diretos de alteraes nos ecossistemas so as alteraes de habitat (alteraes no uso do solo 10 e alteraes fsicas nos rios ou extrao de gua dos rios), superexplorao, espcies 11 estranhas invasoras, poluio e mudanas climticas. Esses vetores diretos so geralmente 12 sinrgicos. Por exemplo, em alguns locais, mudanas nas prticas de uso do solo podem 13 ocasionar aumento da carga de nutrientes (se o solo for convertido em rea de agricultura 14 intensiva), aumento de emisses dos gases do efeito estufa (se florestas forem devastadas), e 15 aumento do nmero de espcies invasoras (por causa de distrbios de habitat). 16

    Transformao dos habitats, particularmente para converso em agricultura: Sob os 17 cenrios da AM, estima-se que mais 10 a 20% das pradarias e reas florestadas sejam 18 convertidas entre 2000 e 2050 (primariamente em zona agrcola), conforme ilustra a 19 Figura 2. A projeo de que a converso do solo concentre-se em pases de baixa 20 renda e regies de zonas secas. Estima-se que a cobertura florestal continue a crescer 21 nos pases industrializados. 22

    Superexplorao, especialmente pesca predatria: Em alguns sistemas marinhos, a 23 biomassa de peixes procurados pela atividade pesqueira (incluindo a de espcies-alvo e 24 a de espcies capturadas acidentalmente) diminuiu 90 a 99% em relao aos nveis do 25 perodo pr-industrial, e os peixes capturados atualmente so, cada vez mais, 26 provenientes de nveis trficos inferiores e de menor valor, enquanto as populaes de 27 espcies em nveis trficos superiores esto se esgotando, conforme ilustra a Figura 6. 28 Essas presses continuam a crescer em todos os cenrios da AM. 29

    Espcies estranhas invasoras: A disseminao de espcies estranhas invasoras e 30 organismos portadores de doenas continua a aumentar em virtude tanto de 31 transferncias deliberadas como de introdues acidentais ligadas a expanso do 32 comrcio e viagens, com grandes implicaes para espcies nativas e muitos servios 33 dos ecossistemas. 34

    Poluio, especialmente carga de nutrientes: O ser humano j duplicou o fluxo de 35 nitrognio reativo nos continentes, e algumas projees sugerem a possibi