_______________________________________Bahia. Governo do Estado.
B135b Bahia criativa : diretrizes e iniciativas para o
desenvolvimento da economia criativa na Bahia /
Governo do Estado
da Bahia. –
Salvador : O governo,
2014.
90 p.
;
il.
.
Inclui bibliografia
ISBN:
978-85-61458-67-6
1.
Desenvolvimento econômico. 2. Política
Cultural. 3. Economia criativa. 4. Bahia. I. Título.
CDD 338.981 42______________________________________________________
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
JAQUES WAGNER
Governador do Estado da Bahia
OTTO ROBERTO MENDONÇA DE ALENCAR
Vice-Governador
RUI COSTA DOS SANTOS*
CARLOS PALMA DE MELLO**
Secretário da Casa Civil
ANTONIO ALBINO CANELAS RUBIM
Secretário de Cultura
JOSÉ SÉRGIO GABRIELLI DE AZEVEDO
Secretário do Planejamento
PAULO FRANCISCO DE CARVALHO CÂMERA***
ANDREA ALMEIDA MENDONÇA****
Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação
OSVALDO BARRETO FILHO
Secretário da Educação
MANOEL VITÓRIO DA SILVA FILHO
Secretário da Fazenda
JAMES SILVA SANTOS CORREIA
Secretário da Indústria, Comércio e Mineração
NILTON VASCONCELOS JUNIOR
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
DOMINGOS LEONELLI NETO***
PEDRO JOSÉ GALVÃO NONATO ALVES****
Secretário de Turismo
ROBINSON SANTOS ALMEIDA*
MARLUPE FERREIRA CALDAS**
Secretário de Comunicação Social
VITOR CÉSAR RIBEIRO LOPES
Agência de Fomento do Estado da Bahia – DESENBAHIA
PAULO ROBERTO VIEIRA RIBEIRO*
JOSÉ ARARIPE JR.**
Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IRDEB
JOSÉ GERALDO DOS REIS SANTOS
Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos – SEI
ROBERTO PAULO MACHADO LOPES
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Bahia – FAPESB
EDIVAL PASSOS SOUZA
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
MARINA VIANNA ALVES DE ALMEIDA
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
JOSÉ DE F. MASCARENHAS
Serviço Social da Indústria – SESI
LEONE PETER CORREIA DA SILVA ANDRADE
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI
JORGE ANTÔNIO BAGDÊVE DE OLIVEIRA
Banco do Nordeste do Brasil – BNB
* Até abril de 2014
** A partir de abril de 2014
*** Até janeiro de 2014
**** A partir de janeiro de 2014
GRUPO DE TRABALHO BAHIA CRIATIVA(Decreto nº 14.529/2013)
Secretaria de Cultura (coordenação)Titular: CARMEN LIMA
Suplente: TAÍS VISCARDI
Secretaria de PlanejamentoTitular: ROBERTO FORTUNA CARNEIRO
Suplente: NADYA FIGUEIREDO
Secretaria de Ciência, Tecnologia e InovaçãoTitular: TATIANA CARVALHO
Suplente: LEANDRO BARRETO
Secretaria da EducaçãoTitular: MARTHA ROCHA
Secretaria da Indústria, Comércio e MineraçãoTitular: MARCOS COSTA
Suplente: IVAN DE QUEIROZ
Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e EsporteTitular: OLÍVIA SANTANA
Suplente: LUCIANA EMBILINA
Secretaria do TurismoTitular: RITA DE CÁSSIA MAGALHÃES
Suplente: ÚSSULA GOMES PINTO
Agência de Fomento do Estado da Bahia – DesenbahiaTitular: JOÃO PAULO MATTA
Suplente: DANIELLA VIEIRA
Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – IrdebTitular: RITA GORETTE RANDAM
Suplente: DORIS PINHEIRO
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Bahia – FapesbTitular: ARTHUR BRANDÃO
Suplente: ALZIR MAHL
Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos – SEITitular: CARLOTA GOTTSCHALL
Suplente: GUILLERMO ETKIN
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SebraeTitular: LUCIANA SANTANA
Suplente: ARTHUR FAHEL
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SenacTitular: ANA PAULA SILVA SANTOS
Suplente: MARIA TEREZA MORAES DA CRUZ
Serviço Social da Indústria – SesiTitular: MARIA ANGÉLICA RIBEIRO SANTOS
Suplente: ROSA VILLAS BOAS
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SenaiTitular: RICARDO LIMA
Suplente: DJALMA JÚNIOR
Banco do Nordeste do Brasil– BNBTitular: GABRIEL SALGADO
Suplente: SORAYA DE OLIVEIRA
Rede de Formação e Qualifi cação em Cultura da BahiaTitular: LAURA BEZERRA
Suplente: ELISABETH RANGEL
EQUIPE TÉCNICA
Elaboração
CARMEN LIMA (coordenadora)
TAÍS VISCARDI (coordenadora adjunta)
CARLOS PAIVA
CARLOTA GOTTSCHALL
LAURA BEZERRA
LUCIANA SANTANA
NADYA FIGUEIREDO
ROBERTO FORTUNA CARNEIRO
Apoio
CECÍLIA BASTOS
DANIEL CARNEIRO
DENISE ALVES
FILIPE DUNHAM
JUAN BRIZUELA
RITA CLEMENTINA
ROSENUCE GOMES
TADEU FÉLIX
TICIANA FIGUEIREDO
CONSULTORIA
PATRÍCIA MIRANDA SANTOS (Universidade Corporativa do Serviço Público
do Estado da Bahia da SEPLAN-UCS)
ERNESTO BRITTO RIBEIRO (Sobreturismo Consultoria)/SEBRAE
REVISÃO
LAURA DANTAS
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO
DENDÊ COMUNICAÇÃO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Abrasel . . . . . . . . . . . . . Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
BID . . . . . . . . . . . . . . . . Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNDES. . . . . . . . . . . . . . Banco Nacional de Desenvolvimento
CAS . . . . . . . . . . . . . . . Centro Antigo de Salvador
CCPI . . . . . . . . . . . . . . . Centro de Culturas Populares e Identitárias
Cecult . . . . . . . . . . . . . . Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologia Aplicada
CEES . . . . . . . . . . . . . . . Conselho Estadual de Economia Solidária
CEP . . . . . . . . . . . . . . . Centro de Educação Profi ssional
Codes-BA . . . . . . . . . . . . Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia
Conder . . . . . . . . . . . . . Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia
Credisol . . . . . . . . . . . . . Crédito Solidário
CREE . . . . . . . . . . . . . . Centro de Referência em Engenharia do Espetáculo do
. . . . . . . . . . . . . . . . . . Teatro Castro Alves
CT&I . . . . . . . . . . . . . . . Ciência, Tecnologia e Inovação
AS
Cult . . . . . . . . . . . . . . . Centro de Estudos Multidisplinares em Cultura
Desenbahia . . . . . . . . . . . Agência de Fomento do Estado da Bahia
DIRCAS . . . . . . . . . . . . . Diretoria de Referência do Centro Antigo de Salvador
Enecult . . . . . . . . . . . . . Estudos Multidisciplinares em Cultura
Fapesb . . . . . . . . . . . . . Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Bahia
Finep . . . . . . . . . . . . . . Agência Brasileira de Inovação
FNE . . . . . . . . . . . . . . . Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste
FNE-MPE . . . . . . . . . . . . Programa de Financiamento às Micro e Pequenas Empresas
FPC . . . . . . . . . . . . . . . Fundação Pedro Calmon
Funceb . . . . . . . . . . . . . Fundação Cultural do Estado da Bahia
Funcep . . . . . . . . . . . . . Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza
Fundese . . . . . . . . . . . . . Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico
GTT . . . . . . . . . . . . . . . Grupo Técnico de Trabalho do Bahia Criativa
Ibametro . . . . . . . . . . . . Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade
IBGE . . . . . . . . . . . . . . . Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística
IFBA . . . . . . . . . . . . . . . Instituto Federal da Bahia
Imic . . . . . . . . . . . . . . . Fundação Instituto Miguel Calmon de Estudos Sociais
Inec . . . . . . . . . . . . . . . Instituto Nordeste Cidadania
INPI . . . . . . . . . . . . . . . Instituto Nacional de Propriedade Industrial
Irdeb . . . . . . . . . . . . . . . Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia
IPAC . . . . . . . . . . . . . . . Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
IPHAN . . . . . . . . . . . . . . Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
MCT . . . . . . . . . . . . . . . Ministério da Ciência e Tecnologia
MEC . . . . . . . . . . . . . . . Ministério da Educação
em Cultura
MinC . . . . . . . . . . . . . . . Ministério da Cultura
Obec . . . . . . . . . . . . . . . Observatório Estadual de Economia Criativa
PED . . . . . . . . . . . . . . . Pesquisa de Emprego e Desemprego
PEF . . . . . . . . . . . . . . . Programa Especial de Fomento
PNAD . . . . . . . . . . . . . . Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PPA . . . . . . . . . . . . . . . Planejamento Plurianual
PGE . . . . . . . . . . . . . . . Procuradoria Geral do Estado
Proaj . . . . . . . . . . . . . . . Programa de Aprendizado Jovem
Pronaf . . . . . . . . . . . . . . Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
Pronatec . . . . . . . . . . . . Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
Qualicultura. . . . . . . . . . . Qualifi cação para a Economia Criativa
Sebrae . . . . . . . . . . . . . . Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEC/MinC . . . . . . . . . . . . Secretaria de Economia Criativa
SEC . . . . . . . . . . . . . . . Secretaria da Educação
Secom . . . . . . . . . . . . . . Secretaria de Comunicação Social
Secti . . . . . . . . . . . . . . . Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
Secult . . . . . . . . . . . . . . Secretaria de Cultura
Sedur . . . . . . . . . . . . . . Secretaria de Desenvolvimento Urbano
Sefaz. . . . . . . . . . . . . . . Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia
SEI . . . . . . . . . . . . . . . . Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos.
Senac . . . . . . . . . . . . . . Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Senai. . . . . . . . . . . . . . . Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Seplan . . . . . . . . . . . . . . Secretaria do Planejamento
Sesi . . . . . . . . . . . . . . . Serviço Social da Indústria;
Setre . . . . . . . . . . . . . . . Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte
Setur . . . . . . . . . . . . . . . Secretaria de Turismo
Suprof . . . . . . . . . . . . . . Superintendência de Educação Profi ssional
Suset. . . . . . . . . . . . . . . Superintendência de Serviços Turísticos
Sicm . . . . . . . . . . . . . . . Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração
Siic . . . . . . . . . . . . . . . Sistema de Informação e Indicadores em Cultura
Sipac. . . . . . . . . . . . . . . Sistema de Informações do Patrimônio Cultural da Bahia
TCA . . . . . . . . . . . . . . . Teatro Castro Alves
TIC . . . . . . . . . . . . . . . . Tecnologia da Informação e Comunicação
UFBA . . . . . . . . . . . . . . Universidade Federal da Bahia
UFRB . . . . . . . . . . . . . . Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFSBA. . . . . . . . . . . . . . Universidade Federal do Sul da Bahia
ZEE . . . . . . . . . . . . . . . Zoneamento Ecológico-Econômico
a Informação e Comunicação
Federal da Bahia
Federal do Recôncavo da Bahia
Federal do Sul da Bahia
Ecológico-Econômico
Fo
to: M
anu
Dia
s/G
OV
BA
Forte doBarbalho
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
CONCEITO E ESCOPO DO SEGMENTO CRIATIVO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA: POTENCIALIDADES E DESAFIOS . . . . . . . . . . . . . 22
OBJETIVOS DO BAHIA CRIATIVA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
DIRETRIZES ESTRATÉGICAS PARA A ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA . . . . . . . . . . . 30
LINHAS DE ATUAÇÃO PARA FORTALECIMENTO DA ECONOMIACRIATIVA DO ESTADO DA BAHIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
CARTEIRA DE INICIATIVAS PARA A ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA . . . . . . . . . . . . 33
RECOMENDAÇÕES PARA UM MODELO DE GESTÃO DA CARTEIRA DE INICIATIVAS . . . . 79
AVANÇOS E LACUNAS NAS POLÍTICAS PARA ECONOMIACRIATIVA NA BAHIA: UM BALANÇO INICIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
INTRODUÇÃO
Desde o século XX, a dimensão econô-
mica da cultura vem consolidando-se,
e esse processo pode ser verifi cado a
partir de dois fenômenos: o primeiro é a am-
pliação da agregação do valor que a cultura,
como conjunto de sistemas simbólicos, confe-
re aos bens materiais; o segundo é que, cada
vez mais, as atividades culturais, por envolver
processos de produção, circulação e consumo
de produtos, são fontes geradoras de ocupa-
ção e renda, de atração de investimento e de
captação de divisas.
A cultura, portanto, passou a ocupar posição
importante na elaboração de políticas de de-
senvolvimento. Destacam-se, assim, as rela-
ções entre cultura e economia, em que a pri-
meira é considerada como eixo construtor de
identidades, como espaço de realização da ci-
dadania e de inclusão social e também como
fator econômico gerador de riquezas. Assim,
o fazer criativo, independentemente de ser
voltado ao mercado, tem uma base econômi-
ca, pois, envolve a produção, gestão, distribui-
ção, circulação e consumo de bens.
No Brasil, o conceito de economia criativa
tem sido utilizado para designar a dimensão
econômica presente no segmento cultural.
Este engloba criação, produção e distribuição
de bens e serviços que usam o conhecimento,
a criatividade e o ativo intelectual como prin-
16 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
cipais recursos produtivos. A economia cria-
tiva é, portanto, a economia do simbólico, a
qual se alimenta dos talentos criativos, que se
organizam, individual ou coletivamente, para
produzir bens criativos.
Nos últimos onze anos (2003-2013), no MinC,
colocou-se a dimensão econômica como um
elemento-chave da política cultural. A criação
da Diretoria de Economia da Cultura no BN-
DES, a instituição da Secretaria de Economia
Criativa no MinC (SEC/Minc) e a elaboração
do plano de ações da Economia Criativa para
os anos 2011-2014, são claras as manifestações
do desejo do governo federal de dar maior
atenção à implantação de políticas públicas
que possam alavancar o setor no Brasil.
A economia criativa é de natureza transversal
e, por isso, a formulação de uma política pú-
blica para a área requer ações multidimensio-
nais e uma governança integrada de diversas
instituições. Com o objetivo de mapear e sis-
tematizar as iniciativas voltadas à dimensão
econômica do segmento criativo no estado,
desenvolvidas no período de 2007 a 2013 ou
planejadas para os próximos anos, foi cons-
truído este Documento Bahia Criativa (dora-
vante Bahia Criativa).
Dessa forma, o presente documento foi ela-
borado com base em uma ampla discussão,
em que se procurou identifi car as principais
iniciativas, das instituições que fazem parte
do Grupo de Trabalho, relacionadas ao seg-
mento criativo, que pudessem contribuir para
o desenvolvimento deste como vetor econô-
mico estratégico para a Bahia. O processo de
construção do Bahia Criativa pode ser descri-
to nas seguintes etapas:
Em agosto de 2012 foi realizado I Seminá-
rio Bahia Criativa. Esta foi a primeira reu-
nião entre órgãos e entidades atuantes no
âmbito da economia criativa, ocasião em
que foram discutidas ações atuais e futuras
para o desenvolvimento do segmento no
estado da Bahia.
Entre abril e maio de 2013, a Secretaria de
Cultura do Estado da Bahia realizou reuniões
individuais com cada uma das instituições
17BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
afetas à área para discussão e revisão do do-
cumento resultante do encontro anterior.
Em junho de 2013, por meio do Decreto nº
14.529, o Governo do Estado da Bahia ins-
tituiu o Grupo de Trabalho Bahia Criativa.
Entre agosto e outubro de 2013 foi organi-
zada, pelo grupo de trabalho, uma cartei-
ra de iniciativas para apresentar as ações
realizadas, em andamento e planejadas,
voltadas ao desenvolvimento da economia
criativa no estado.
Em novembro de 2013 ocorreu o II Seminá-
rio Bahia Criativa para discussão da cartei-
ra de iniciativas. Participaram associações,
representantes de segmentos criativos,
universidades, especialistas e órgãos e en-
tidades relacionadas ao tema que não fa-
zem parte do grupo de trabalho.
Em janeiro de 2014 ocorreu o seminário de
encerramento dos trabalhos do GT Bahia
Criativa, no qual os especialistas Paulo Mi-
guez, da Universidade Federal da Bahia, e
Gilberto Monte, da empresa In-Vento, rea-
lizaram uma leitura crítica do Documento
Bahia Criativa.
As iniciativas, classifi cadas em cinco linhas de
atuação, foram articuladas e pactuadas pelos
órgãos da administração pública e por inte-
grantes do GT que atuam na área de econo-
mia criativa. Cabe ressaltar que o Bahia Cria-
tiva busca potencializar iniciativas de diversas
instituições que trabalham na formulação de
políticas relacionadas ao segmento no Estado.
O presente documento visa, também, fornecer
subsídios à formulação de um plano estratégi-
co para a consolidação do segmento criativo
como vetor de desenvolvimento na Bahia.
A organização do Bahia Criativa segue uma
estrutura que interliga diretrizes estratégicas
e uma carteira de iniciativas com programas,
projetos e ações. O documento agrega, ainda,
a discussão do conceito de economia criativa;
além de potencialidades e desafi os do seg-
mento no estado. Para gerar consequência
objetiva às iniciativas, também foi proposto
um modelo de gestão da carteira mapeada.
18 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
CONCEITO E ESCOPO DO SEGMENTO CRIATIVO
Cultura, em sentido amplo, é tudo que é apre-
endido e partilhado por indivíduos de de-
terminado grupo. De um lado, as atividades
culturais refl etem o conjunto de práticas do
cotidiano que diferencia grupos e povos; do
outro, envolvem processos de produção, cir-
culação e consumo de bens, abrangendo,
assim, também uma dimensão econômica
(BAHIA, 2011).
O elemento cultural, nas últimas décadas, tor-
nou-se aspecto fundamental na construção do
modelo de desenvolvimento contemporâneo
de uma nação. Há uma tendência de utilizar a
“cultura como recurso”, dirigida para a melho-
ria social, política e econômica das comunida-
des. As políticas públicas vêm reconhecendo
também a dimensão econômica da cultura.
Nos anos 1990, principalmente em resposta à
necessidade de se promover a revitalização de
determinadas regiões e cidades, começou a ser
utilizado, no âmbito das políticas públicas, o ter-
mo creative industries como nova categoriza-
ção aplicada ao setor cultural, abarcando ativi-
dades culturais tradicionais e, ao mesmo tempo,
enfatizando o papel da arte e da cultura na pro-
moção de inovação e crescimento econômico1.
O termo indústria criativa é relativamente
novo e é difícil precisar sua origem. Pensa-se
ter surgido na Austrália, em 1994, quando o
governo de Keating lançou a política cultural
“Nação Criativa”, projetada para auxiliar o país
nos desafi os comuns da revolução das tecno-
logias de informação e da onda da cultura de
massa global. A “Nação Criativa” sinalizou que
a política cultural seria também uma política
econômica (BRASIL, 2011).
Na Europa, a terminologia “indústrias criativas”
é atribuída ao Reino Unido. Em 1997, o Parti-
do Trabalhista desse país começou a adotar
o termo e a empreender estratégias e ações
1 • Existem críticas quanto à utilização da expressão indústria
para a produção criativa, já que é considerada bastante restri-
tiva, pois denotaria uma necessidade signifi cativa de capital e
uma organização muito tradicional dos meios de produção. Mas,
na verdade, o conceito indústria é usado em muitos países para
designar um conjunto de atividades interrelacionadas em torno
de produtos semelhantes.
19BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
relevantes para proteger e estimular a produ-
ção criativa. O Departamento para Cultura,
Mídia de Comunicação e Esportes (DCMS) do
governo elaborou o primeiro Documento de
Mapeamento das Indústrias Criativas em 1998,
como parte de seus esforços para combater a
depressão econômica que atingia as cidades
industriais inglesas (BRASIL, 2011).
Nesse contexto, as atividades centradas nos
elementos culturais e na criatividade passam
a ser considerados como alternativas para um
novo modelo de desenvolvimento, tradicio-
nalmente atrelado à indústria manufatureira.
O segmento criativo se associa, rapidamente,
ao uso de novos materiais, às novas tecnolo-
gias de informação e telecomunicação e às
mutações organizacionais na produção e dis-
tribuição de bens.
No Brasil, o termo economia criativa é uti-
lizado para denominar uma conceituação
mais ampla do segmento cultural com foco
em sua dimensão econômica, e, embora
exista uma discussão muito intensa sobre
as atividades que fazem parte deste, não há
um consenso, nem mundial nem nacional,
sobre a questão. Assim, objetivando estabe-
lecer uma referência comum para o estado
da Bahia e um alinhamento com as metas
traçadas no Plano da Secretaria da Econo-
mia Criativa do Ministério da Cultura, o pre-
sente documento utiliza conceito e taxono-
mia próximos aos defi nidos pelo MinC.
Fo
to: D
ivul
gaç
ão
A economia criativa, como descrita no plano,
“compreende as dinâmicas dos ciclos de cria-
ção, produção, distribuição e consumo/frui-
ção de bens e serviços criativos, oriundos dos
setores criativos cujas atividades produtivas
têm como processo principal um ato criativo
gerador de um produto, bem ou serviço, cuja
dimensão simbólica é determinante do seu
valor, resultando em produção e riqueza cul-
tural, econômica e social” (BRASIL, 2012).
No contexto da economia criativa, os segmen-
tos criativos não se restringem apenas aos de
natureza reconhecidamente “culturais”, como
patrimônio, música, teatro e outros, tendo
sido ampliados, contemplando, neste novo
conceito, design, arquitetura e publicidade.
Desse modo, seu escopo estaria estruturado
de acordo com a Figura 1.
Para que o segmento criativo possa se fortalecer
como um vetor de desenvolvimento do estado
da Bahia é necessário identifi car suas principais
potencialidades e desafi os, que devem subsi-
diar as políticas públicas capazes de fomentar e
fortalecer a economia criativa no estado.
No campodo Patrimônio
• Patrimônio Material
• Patrimônio Imaterial
• Arquivos
• Museus
• Dança
• Música
• Circo
• Teatro
• Cinema e Vídeo
• Publicações e
mídias impressas
• Moda
• Design
• Arquitetura
• Festas e celebrações
• Artesanato
• Culturas Populares
• Culturas Indígenas
• Culturas Afro-brasileira
• Artes Visuais
• Arte Digital
No campo das ExpressõesCulturais
No campo dasArtes dosEspetáculos
No campo doAudiovisualdo Livro,da Leiturae da Literatura
No campo dasCriações Culturaise Funcionais
FIGURA • 1
21BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA: POTENCIALIDADESE DESAFIOS
Segundo o IBGE, com base nos dados da PNAD
de 2012, o setor cultural/criativo ocupa núme-
ro superior a 3,6 milhões de pessoas em todo o
país. Desse número, a Região Nordeste aparece
na quarta posição, dentre as grandes regiões, do
total de ocupados no segmento criativo2.
A Bahia, por sua vez, possui 171 mil ocupados no
setor cultural/criativo, o que representa 2,6% do
2 • O IBGE não utiliza o termo segmento criativo e sim cultural. Con-
tudo, o órgão parte de uma defi nição abrangente da cultura, na qual
não se incluem somente as artes e o patrimônio material e imaterial,
mas também a importância da dinâmica econômica do setor. Ver
a metodologia de delimitação do setor cultural em Sistema (2013).
total de ocupados no estado. Destes, 65 mil tra-
balham por conta própria, 46 mil são empregados
com carteira assinada, 42 mil são empregados
sem carteira assinada e 10 mil são empresários.
O estudo do IBGE apresentou, ainda, dados
acerca do rendimento médio da população ocu-
pada no setor cultural/criativo. As informações
revelam que o rendimento médio desta popu-
lação é de R$ 1.553, valor ligeiramente superior
ao rendimento médio da população ocupada
nos demais setores da atividade produtiva, em
torno de R$ 1.460,00. A Bahia fi gura como o
TABELA 1NÚMERO DE OCUPADOS NO SEGMENTO CRIATIVO E RENDIMENTO MÉDIO REAL – BAHIA, REGIÃO NORDESTE E BRASIL
2012
Brasil Região Nordeste Bahia
Número de ocupados Valor absoluto (1000 pessoas) 3.650 785 171
Rendimento médio real (R$) 1.553 994 1.195
Fonte: IBGE
22 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
terceiro estado de maior rendimento médio por
ocupados do setor cultural, atrás apenas de Rio
de Janeiro e São Paulo (SISTEMA, 2013).
Para analisar a participação do governo no
setor cultural/criativo, o IBGE utilizou informa-
ções sobre despesas orçamentárias referentes
ao período estudado, relativas a operação e
suporte dos órgãos governamentais encarre-
gados de apoiar a cultura em seus diversos
elos (difusão cultural, preservação do patrimô-
nio histórico e promoção das artes), nas esfe-
ras federal, municipal e estadual. Os resultados
obtidos demonstraram um aumento no total
de investimentos governamentais no período,
que passou de R$ 4,4 bilhões em 2007 para
aproximadamente R$ 7,3 bilhões em 2010. Nes-
se mesmo período, a Bahia apresentou incre-
mento crescente em investimento no que tan-
ge a valores absolutos, experimentando uma
ampliação de R$ 126,63 milhões em 2007 para
R$ 203,73 milhões em 2010 (SISTEMA, 2013).
Em que pese o valor dos gastos públicos di-
recionados ao setor cultural/criativo, as políti-
cas, tradicionalmente, não são voltadas à di-
mensão econômica do segmento. Assim, para
que se desenhem políticas públicas direcio-
nadas à dimensão econômica do segmento
criativo, é necessário identifi car as principais
potencialidades e desafi os para o seu desen-
volvimento no estado da Bahia.
A Bahia é notoriamente identifi cada como um
local representativo no que se refere à atividade
cultural brasileira. O estado tem sido reconheci-
do pela qualidade de seus artistas, profi ssionais
e de suas escolas de formação. Estas caracte-
rísticas apontam, por si só, o segmento criativo
como um vetor de desenvolvimento econômi-
co e social para a Bahia e a construção de um
plano estratégico para o aproveitamento deste
potencial. Além destes, vários outros fatores
poderiam ser apontados neste sentido.
As universidades em funcionamento na Bahia
ainda possuem um amplo conjunto de cursos
de graduação relacionados à economia cria-
tiva, como: Produção Cultural, Gestão, Admi-
nistração, Economia, Gestão Pública e Social,
Contabilidade, Dança, Teatro, Música, Cinema
e Audiovisual, bacharelados interdisciplinares
23BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
em Artes e Humanidades, Moda, Design, Ar-
quitetura, Belas Artes, Museologia, Gastrono-
mia, História, entre outros.
Cabe salientar também a criação de novos
cursos na área da cultura em universidades
públicas no interior da Bahia, em espacial atra-
vés da UFRB e UFSBA, com cursos nas áreas
de Tecnologias do Espetáculo, Música Popular
Brasileira, Produção Musical, Design Digital e
Política e Gestão Cultural, entre outras.
Desde 2005 funciona, na UFBA, o Programa
Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e
Sociedade, no qual uma das áreas de concentra-
ção investiga a cultura como elemento essencial
para o desenvolvimento. A sua existência vem
proporcionando a produção de teses e disser-
tações que discutem a dimensão econômica da
cultura, bem como a formação de especialis-
tas em gestão e políticas culturais. Também na
UFBA, a Escola de Administração tem desen-
volvido diversas ações relacionadas à gestão da
criatividade e da cultura, em particular no que
se refere à gestão de territórios. Além disso, a
unidade conta com diversos professores que
atuam em projetos de pesquisa e ministram dis-
ciplinas ligadas à temática da economia criativa
sob uma perspectiva de gestão (UFBA, 2013).
O Cult, órgão complementar da UFBA, desen-
volve pesquisas, atividades de extensão e for-
mação, como cursos e eventos, e publica livros
periodicamente. As pesquisas estão divididas
em duas principais linhas: cultura e desenvolvi-
mento e cultura e identidade (UFBA, 2013).
Cabe destacar a organização do Enecult,
evento que há nove anos reúne, em Salvador,
pesquisadores, professores, estudantes uni-
versitários, artistas e profi ssionais vinculados
ao campo cultural, tendo entre seus eixos te-
máticos a relação entre cultura e desenvolvi-
mento, a qual acolhe trabalhos sobre: estudos
socioeconômicos da cultura, economia da
cultura, economia criativa, indústrias criativas,
cidades criativas, indústrias culturais, indica-
dores culturais, estatísticas culturais, diversi-
dade cultural e desenvolvimento, consumo de
bens e serviços culturais, comércio internacio-
nal de bens e serviços culturais, cultura e pro-
priedade intelectual.
24 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
A Bahia é notoriamente
identifi cada como um local
representativo no que se refere à
atividade cultural brasileira. O estado
tem sido reconhecido pela qualidade
de seus artistas, profi ssionais e de
suas escolas de formação.F
oto
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rvo
SE
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ahia
O Governo do Bahia também tem produzido
pesquisas importantes na área de economia da
cultura. Podem ser citadas a publicação Info-
cultura, da Secretaria de Cultura do Estado da
Bahia, que apresentou em parceria com a Se-
plan/Sei, estudos sobre a economia do carnaval
e o diagnóstico do audiovisual na Bahia. Além
disso, houve a edição especial da revista Bahia
Análise & Dados com o tema Economia Criativa,
lançada pela Superintendência de Estudos Eco-
nômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da
Secretaria do Planejamento (Seplan).
Outro fato importante a ser destacado é o re-
conhecimento das três dimensões da cultura
pela Lei Orgânica da Cultura do Estado da
Bahia3: a simbólica, a cidadã e a econômica.
Esta última considera o aspecto cultural relati-
vo ao desenvolvimento sustentado e inclusivo
de todos os elos das cadeias produtivas e de
valor da cultura.
Desde 2007, ano de criação da Secult-BA, o
tema economia criativa fi gura como linha de
3 • Lei Nº 12.365, de 30 de novembro de 2011, que dispõe sobre a
Política Estadual de Cultura e institui o Sistema Estadual de Cultura.
ação estratégica no estado da Bahia. O inte-
resse do MinC em construir uma política pú-
blica, diretrizes e ações para esse setor con-
tribuiu para que a Secult-BA defi nisse uma
diretoria específi ca para a economia criativa
e o governo estadual estruturasse, no PPA
2012-2015, um programa intitulado Economia
Criativa, que é transversal a distintas secre-
tarias4. Outro fator que facilita o desenvolvi-
mento da economia criativa é o acúmulo de
iniciativas voltadas para o tema realizadas por
várias instituições do estado nesta área, como
Sebrae, Sesi, BNB e Desenbahia, entre outras.
Em que pese o cenário positivo, acima descri-
to, para a economia criativa na Bahia, existem
muitos desafi os que devem ser objeto de po-
líticas públicas. Estes podem ser classifi cados
em cinco áreas: produção de conhecimento,
formação, fomento, promoção e aglomera-
ções territoriais.
Um dos principais desafi os é, ainda, a insufi ci-
ência de pesquisas e indicadores que contem-
4 • O PPA 2008-2011 também possuía um programa intitulado Eco-
nomia Criativa, porém apenas com ações da Secretaria de Cultura.
26 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
plem, de modo amplo, o segmento criativo. A
maior produção de conhecimento sobre a di-
nâmica econômica do setor permitiria conhecer
dados relativos às vocações e oportunidades
de empreendimentos criativos para a defi nição
de políticas públicas. Além disso, é necessário
que haja uma defi nição consensual de quais são
os setores que integram a economia criativa e
que se estabeleçam as condições para a men-
suração do seu tamanho (BRASIL, 2011). Para
tanto, é fundamental que seja concluída a conta
satélite para o segmento cultural.
A consolidação do segmento criativo como
vetor de desenvolvimento também depende
de uma maior capacitação e profi ssionaliza-
ção dos agentes, entidades e associações do
setor. O que signifi ca tanto uma maior forma-
ção artística como técnica. Além disso, faz-se
necessário uma maior capacitação nas áreas
de suporte e interação com a área cultural,
tais como formulação e gestão de projetos,
administração de negócios, assim como nas
áreas contábil, jurídica, produtiva e de crédito
nas diversas atividades da rede/cadeia produ-
tiva cultural/criativa.
A atividade criativa na Bahia é bastante di-
versifi cada. De um lado existem as produ-
ções de forte apelo comercial e de retornos
fi nanceiros mais seguros: são os casos dos
grandes artistas do Carnaval e das grandes
empresas produtoras de eventos, segmen-
tos que possuem um público consumidor
consolidado e aos quais a iniciativa privada
tem mais interesse em associar suas marcas
e, consequentemente, fi nanciar projetos. Do
outro lado existem os novos artistas, as ma-
nifestações regionais e étnicas, as comuni-
dades e os povos tradicionais, grupos soli-
dários e pequenos projetos sem um público
que lhes dê sustentação econômica e que
difi cilmente conseguem incentivos do setor
privado. Existe, ainda, uma situação inter-
mediária em que alguns empreendimentos
criativos podem ser negócios rentáveis, mas
precisam de algum apoio.
Diante desse quadro, é preciso consolidar um
modelo que seja capaz de fomentar estas ati-
vidades, considerando as diversidades de tipo
e estágio da organização das atividades cria-
tivas. Os mecanismos devem ser ampliados e
27BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
diversifi cados, indo além dos atuais incentivos
fi scais e fundos e das incipientes inicitativas
de produtos fi nanceiros específi cos, incuba-
doras e incentivos para inovação tecnológica.
Uma das questões importantes para o seg-
mento é a promoção comercial dos bens cria-
tivos do estado da Bahia, para incentivar seu
reconhecimento, valorização, intercâmbio e
acesso ao mercado. Para isso, é necessário
proporcionar condições para que a produção
baiana esteja presente em feiras, salões, ex-
posições, rodadas de negócio e eventos seto-
riais, realizados no Brasil e no exterior.
Uma característica comum, verifi cada em mui-
tos países, é que atividades do setor criativo
tendem a se aglomerar em certos locais ou re-
giões. Tais aglomerações desenvolveriam uma
diversidade de relações sociais, baseadas na
complementaridade, na interdependência e
na cooperação. Diante disso, a abordagem
da aglomeração vem sendo muito utilizada
em intervenções governamentais. São neces-
sários, assim, a identifi cação e o desenvolvi-
mento de territórios com características que
permitam gerar e potencializar novos empre-
endimentos dos setores criativos.
Os setores que lidam com bens culturais fo-
ram bastante atingidos pelas inovações de-
correntes das novas tecnologias. Isso elevou
o potencial de reprodutibilidade desses bens
e expandiu as formas colaborativas de produ-
ção. Assim, se faz necessário desenhar ações
estruturantes que aproveitem este potencial
inovador do segmento criativo no Estado.
Além desses, em nível macro, existem desa-
fi os que precisam ser enfrentados para que a
economia criativa seja assumida como um ve-
tor de desenvolvimento no Brasil, dentre estes
se destacam: a consolidação de um conceito
que seja referência no País e que possibilite
um planejamento efi ciente e uma gestão po-
lítica de desenvolvimento das atividades cria-
tivas; a criação da conta satélite para o seg-
mento; a criação/adequação de marcos legais
para tais setores e a melhoria da infraestru-
tura de criação, produção, distribuição/circu-
lação e consumo/fruição de bens e serviços
criativos (BRASIL, 2012).
28 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
As iniciativas implantadas na última década,
pelas diferentes esferas de governo e pelo
setor privado, evidenciam o reconhecimento
da potencialidade da economia criativa no es-
tado da Bahia. Estas também revelam os de-
safi os existentes para ampliar as experiências
localizadas e avançar para ações contínuas,
abrangentes e estruturantes.
As discussões para a elaboração do Bahia Cria-
tiva possibilitaram mapear a situação atual da
política para a economia criativa no estado. Com
base nessas informações, o documento procu-
rou priorizar, consolidar e ampliar as ações em
curso. Neste sentido, foram formuladas as dire-
trizes estratégicas e organizada uma carteira de
iniciativas, considerando o que já foi realizado, o
que está em execução e o planejado.
OBJETIVOS DO BAHIACRIATIVA
Objetivo geral
Construir diretrizes estratégicas, de forma a
permitir a sistematização de uma carteira de
iniciativas integradas para o fortalecimento
da dimensão econômica do segmento cria-
tivo na Bahia.
Objetivos específi cos
Sensibilizar e mobilizar os atores relaciona-
dos ao segmento criativo sobre a impor-
tância da dimensão econômica deste setor.
Dar visibilidade às ações em curso relacio-
nadas à economia criativa na Bahia.
Articular as ações e estratégias ligadas à
economia criativa com as políticas de de-
senvolvimento no estado.
Estimular a institucionalização de políticas
públicas voltadas à economia criativa.Fo
to: D
ivul
gaç
ão
29
Recomendar um modelo de gestão das inicia-
tivas voltadas à economia criativa no estado.
Estabelecer uma rede como espaço de
interlocução, articulação e colaboração
entre os agentes atuantes no segmento
criativo.
DIRETRIZES ESTRATÉGICAS PARA A ECONOMIACRIATIVA NA BAHIA
A formulação e o planejamento de políticas
devem ter como pressuposto a obtenção de
resultados efetivos que favoreçam a socie-
dade. O potencial de desenvolvimento do
segmento criativo na Bahia oferece a opor-
tunidade para o estado associar a sua reco-
nhecida criatividade e diversidade cultural
com a necessidade de geração de ocupa-
ção, renda e desenvolvimento social para a
sua população. Para realizar esses propósi-
tos, o Documento Bahia Criativa identifi ca
dez diretrizes estratégicas:
1. Incentivar a produção e a difusão de co-
nhecimento sobre a atividade econômica
criativa no estado.
2. Estruturar o sistema de informações e indi-
cadores relacionados ao segmento criativo.
3. Ampliar e aprimorar as oportunidades de
desenvolvimento profi ssional de técnicos,
produtores e gestores culturais nos diver-
sos segmentos criativos.
4. Promover a qualifi cação de profi ssionais e
empresários para a gestão de projetos e
empreendimentos criativos.
5. Estruturar uma carteira diversifi cada de
instrumentos para fomentar os segmen-
tos criativos no estado da Bahia.
6. Ampliar e diversifi car o público benefi ciá-
rio dos instrumentos de fomento.
7. Aumentar a competitividade dos bens
criativos da Bahia no mercado nacional e
internacional.
30 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
8. Promover os bens criativos produzidos na
Bahia no mercado nacional e internacional.
9. Estimular a estruturação de arranjos pro-
dutivos locais dos segmentos criativos do
estado da Bahia.
10. Fortalecer a governança no âmbito dos
territórios criativos baianos.
LINHAS DE ATUAÇÃO PARA FORTALECIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVADO ESTADO DA BAHIA
As iniciativas dos integrantes do GT afetas à área da
economia criativa podem ser classifi cadas em cinco
linhas de atuação, as quais são as bases para a orga-
nização do conjunto de iniciativas para o segmento:
Informação e refl exão
Esta linha de atuação reúne iniciativas que
tenham como objetivo produzir dados, in-
formações e estudos sobre a economia
criativa, permitindo uma compreensão am-
pla das suas características e potenciais. A
linha deve envolver: análises aprofundadas
quanto à natureza e ao impacto dos setores
criativos na economia baiana; construção
de indicadores que permitam planejamen-
to, monitoramento e avaliação consistente
das políticas públicas; promoção e apoio
aos seminários e encontros sobre econo-
mia criativa; criação dos colegiados dos
segmentos culturais.
Formação e qualifi cação
A presente linha refere-se às iniciativas rela-
cionadas a formação, qualifi cação e capaci-
tação de profi ssionais que atuam nas ativida-
des de produção, circulação e distribuição de
bens criativos. São ações que envolvem: edu-
cação profi ssionalizante e tecnológica; capa-
citação na formulação e gestão de projetos
e formação e qualifi cação/profi ssionalização
para administração de empreendimentos
criativos, tais como: planejamento estraté-
gico, fi nanceiro e orçamentário; gestão de
31BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
pessoas e recursos logísticos; elaboração de
planos de negócios e de marketing e conhe-
cimento jurídico, entre outros.
Fomento especializado
O fomento especializado envolve ações
que diversifiquem os mecanismos de
apoio ao segmento criativo com foco na
dimensão econômica da atividade cultural.
Estão inclusos, também, incentivos que
fomentem a inovação e o desenvolvimen-
to tecnológico na geração de serviços e
produtos criativos e que estimulem a sus-
tentabilidade de empresas e profissionais,
tais como: a difusão de informações sobre
oportunidades de mercado, legislação e
regulamentação, formalização de empre-
endimentos e criação de incubadoras.
Promoção
Esta linha envolve ações que visem pro-
mover, em níveis regional, nacional e in-
ternacional, a produção artística cultural
local, ampliando a visibilidade do seg-
mento criativo baiano no Brasil e no ex-
terior e inserindo a Bahia no mercado e
em espaços de intercâmbio e coopera-
ção cultural nacional e internacional. São
iniciativas como: plataformas de comer-
cialização, realização de rodadas de ne-
gócios, catálogos promocionais, apoio à
mobilidade artística cultural para partici-
pação em eventos relacionados aos seto-
res criativos (exposições, circuitos, festi-
vais, mostras, feiras).
Territórios criativos
Esta linha de ação se refere a projetos que
buscam articular iniciativas em torno de de-
terminado território previamente identifi -
cado, reforçando tais iniciativas com ações
específi cas, de acordo com o perfi l de cada
um. Esta linha justifi ca-se pelo fato de que
alguns territórios – como bairros, cidades
ou regiões – demonstram possuir maior po-
tencial para promover seu desenvolvimento
por meio de atividades econômicas criati-
vas, apresentando signifi cativas economias
de aglomeração.
32 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
CARTEIRA DEINICIATIVAS PARAA ECONOMIACRIATIVA NA BAHIA
O Governo do Estado da Bahia, em parce-
ria com outras instituições, apresentou ini-
ciativas no âmbito das seguintes linhas de
atuação: informação e reflexão; formação
e qualificação; fomento especializado; pro-
moção e territórios criativos. As iniciativas
podem ser programas, projetos ou ações
e mantêm uma relação direta com as dire-
trizes estratégicas e os resultados a serem
alcançados.
A carteira está estruturada com os seguin-
tes itens: descrição; situação, meta, recurso,
fonte de recursos, instituições envolvidas e
coordenação.
Com o objetivo de avaliar o status das ini-
ciativas por linha de atuação, estas foram
organizadas de acordo com a sua situação:
concluída, ação contínua, em andamento e
não iniciada. Além disso, há uma subdivisão
dentro de cada linha de atuação, de acordo
com a sua natureza.
Informação e refl exão
Nesta linha de atuação foram mapeadas 18
iniciativas classifi cadas de acordo com suas
naturezas: indicadores de cultura (3 iniciati-
vas); publicação (5 iniciativas); estudos e pes-
quisas (6 iniciativas); seminários e encontros
(4 iniciativas).
Tais iniciativas são coordenadas pelas seguin-
tes instituições: Seplan (SEI), responsável por
seis ações; Secult, responsável por sete ações;
Sebrae, coordenadora de uma ação; SICM,
responsável por uma ação; além da DIRCAS,
UFBA cada uma coordenadora de uma ação.
O recurso total para estas iniciativas é de
R$ 4.251.578,68. Ressalta-se que não foi esti-
mado o valor do recurso para três das ações
mapeadas.
Destaca-se que doze destas já estão concluí-
das; duas são ações continuadas e quatro es-
tão em andamento.
33BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
INDICADORES DE CULTURA
Natureza Indicadores de cultura
Iniciativa Sistema de Informações e Indicadores em Cultura da Bahia (SIIC BA)
Descrição
Desenvolvimento do Sistema de Informações e Indicadores Culturais,
que tem por fi nalidade a coleta, a sistematização, a interpretação e a
disponibilização de dados e informações para subsidiar as políticas
culturais dos poderes públicos e as ações da sociedade civil, sendo
composto dos seguintes módulos: Cadastro Cultural; Fomento e
Pesquisas e Estatísticas.
Situação Em andamento
Metas1) Implantar funcionalidades básicas dos módulos Cadastro Cultural,
Pesquisa e Indicadores e Clique Fomento até julho de 2014; 2) Implantar
sistemática de manutenção e evolução da aplicação.
Recurso R$ 543.200,00
Fonte de Recurso Recurso do Fundo de Cultura da Bahia e Recurso do Tesouro – exercício
corrente
Instituições Envolvidas Secult, entidades vinculadas, Prodeb
Coordenação Secult
Natureza Indicadores de cultura
Iniciativa Sistema de Informações do Patrimônio Cultural da Bahia (Sipac)
DescriçãoInstrumento de gestão, promoção e difusão dos bens sob salvaguarda na
Bahia através da internet. É um dos elementos constitutivos do Sistema
Estadual de Patrimônio Cultural.
Situação Ação continuada
Metas
1) Promoção da relação de 100% dos bens sob salvaguarda na Bahia,
tanto no âmbito estadual quanto federal; 2) difusão de informações
padronizadas acerca dos bens sob salvaguarda através das fi chas de
bens; 3) 100% das fi chas de bens tombados/registrados pelo IPAC
preenchidas; 4) disponibilização de três fotos de cada um dos bens sob
salvaguarda estadual; 5) georreferenciamento dos bens tombados em
Salvador, Feira de Santana e Caetité.
34 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Recurso R$ 40 mil (concepção do Sistema)
Não estimado (georreferenciamento)
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Secult (IPAC), IPHAN, Seplan (SEI)
Coordenação Secult (IPAC)
Natureza Indicadores de cultura
Iniciativa Indicadores Econômicos Selecionados para Segmento Criativo do Estado
da Bahia
DescriçãoSistematizar as informações referentes à dimensão econômica do
segmento criativo no estado da Bahia, com base nas estatísticas ofi ciais e
em pesquisas desenvolvidas.
Situação Em andamento
Metas1) Gerar um banco de dados de indicadores de ocupações do segmento
criativo na Bahia; 2) Elaborar publicações com a análise da ocupação
cultural no estado da Bahia.
Recurso Não defi nido
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Secult, Seplan (SEI)
Coordenação Seplan
PUBLICAÇÕES
Natureza Publicações
Iniciativa Infocultura
Descrição
Manutenção de coleção de publicações sobre economia criativa em
diferentes formatos (impresso e digital). Seis publicações realizadas
entre 2007 e 2013, sobre carnaval. Destaque para os temas, carnaval,
audiovisual e Centro Antigo de Salvador (CAS)
35BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Ação continuada
Metas Consolidar o conhecimento sobre o tema e tornar a Bahia uma referência
nesta área no Brasil. Até 2013: sete edições, com um mil exemplares, cada.
Recurso Total até 2013: R$ 269.500,00. Média de R$ 38.500,00, por publicação.
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Secult, Seplan (SEI)
Coordenação Secult
Natureza Publicações
Iniciativa Bahia Análise e Dados – Economia Criativa
Descrição Coletânea de artigos referentes às experiências de economia criativa na
Bahia.
Situação Concluído
Metas Subsidiar a elaboração de políticas públicas.
Recurso R$ 13.030,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Seplan (SEI), Secult
Coordenação Seplan (SEI)
Natureza Publicações
Iniciativa Série Estudos e Pesquisas: Panorama Cultural da Bahia Contemporânea
DescriçãoColetânea de artigos de cunho socioeconômico e cultural considerando a
cultura como eixo de identidade histórica e contemporânea dos territórios
da Bahia.
Situação Concluído
Metas Elaboração de estudos para subsidiar o projeto ZEE/Seplan. (Tiragem de
dois mil exemplares distribuídos pela SEI, Seplan, Secult).
36 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Recurso R$ 132.600,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Seplan (SEI), Secult
Coordenação Seplan (SEI)
Natureza Publicações
Iniciativa Revista Eletrônica – Centro Antigo de Salvador: Território de Identidade
Descrição Relatório socioeconômico das características da população do CAS com
base na compilação de dados do Censo Demográfi co 2010 e da PED.
Situação Concluído
Metas Subsidiar a elaboração de políticas públicas para o CAS. (Veiculado no
site da SEI / DIRCAS-Conder)
Recurso R$ 3.100,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Seplan (SEI)
Coordenação Seplan
Natureza Publicações
Iniciativa Cidades Criativas
DescriçãoColetânia de textos que visam apresentar um novo caminho de
desenvolvimento regional, proporcionando geração de riqueza local,
qualidade de vida, empregos e renda por meio da economia criativa.
Situação Concluído
Metas
Lançamento de um livro derivado das ofi cinas de cidades criativas,
em versões impressa e em pdf, em português e inglês que auxiliem os
gestores municipais na formulação de estratégias de desenvolvimento
com base no segmento criativo.
37BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Recurso Informação não disponível
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sebrae
Instituições Envolvidas Sebrae-BA
Coordenação Sebrae-BA
ESTUDOS E PESQUISAS
Natureza Estudos e pesquisas
Iniciativa Efeitos do São João na economia local
DescriçãoPesquisa com empresários, atores culturais e informais para mensurar os
impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que
abastece o São João.
Situação Em andamento
Metas Subsidiar a elaboração de políticas públicas para a festa.
Recurso R$ 35 mil
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Seplan (SEI), Secult, Setur
Coordenação Seplan (SEI)
Natureza Estudos e pesquisas
Iniciativa Comportamento dos residentes de Salvador no Carnaval
Descrição
Investigação com base na metodologia da PED/RMS destinada a observar
o comportamento dos residentes em Salvador, na festa de carnaval de
2008, 2009 e 2010, resultando nas publicações infoculturais e boletim
anual da PED/RMS.
Situação Concluído
Metas Subsidiar a elaboração de políticas públicas para a festa de Carnaval de
Salvador.
Recurso R$ 20 mil
38 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Seplan (SEI), Secult
Coordenação Seplan (SEI)
Natureza Estudos e pesquisas
Iniciativa Observatório Estadual de Economia Criativa (OBEC)
Descrição
Unidade de pesquisa responsável pela produção, sistematização e análise
de dados e informações sobre a economia criativa no estado da Bahia.
Fará parte da Rede dos Observatórios Estaduais de Economia Criativa
que será instalada inicialmente em oito estados do Brasil.
Situação Em andamento
Metas
1) Implantação do Observatório; 2) Composição das equipes
multidisciplinares; 3) Articulação com entidades parceiras; 4)
Mapeamento e pesquisa; 5) Articulação institucional; 6) Articulação
com observatórios estaduais; 7) Integração de atividades de pesquisa e
extensão; 8) Apresentação de resultados de cada ano; 9) Comunicação à
sociedade.
Recurso R$ 1.350.000,00
Fonte de Recurso Recursos de convênio com o MinC
Instituições Envolvidas UFBA, MinC
Coordenação UFBA
Natureza Estudos e pesquisas
Iniciativa Diagnóstico do audiovisual baiano
DescriçãoO diagnóstico que estuda a dinâmica econômica do segmento audiovisual
na Bahia e apresenta a evolução e recomendações de políticas públicas
de promoção e apoio ao setor no estado.
Situação Concluído
Metas Subsidiar a formulação de políticas para este setor audiovisual.
Recurso R$ 100 mil
39BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas IRDEB, Secult (Funceb/Dimas), Seplan, Sefaz , Sebrae
Coordenação IRDEB
Natureza Estudos e pesquisas
Iniciativa Plano de Reabilitação Participativo Centro Antigo de Salvador
DescriçãoConjunto de proposições – articuladas e complementares – para
enfrentamento das questões sociais, ambientais, urbanas e culturais
visando à reabilitação do CAS.
Situação Concluído
Metas Plano apresentado.
Recurso R$ 1.461.600,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas
DIRCAS, sociedade civil, Associação dos Moradores e Amigos do Centro
Histórico, Centro Histórico Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,
Fórum Municipal para o Desenvolvimento Sustentável do Centro da
Cidade, Pestana Convento do Carmo, Projeto Abraço Fraterno
Coordenação Conder/DIRCAS
Natureza Estudos e pesquisas
Iniciativa Equipamentos culturais
Descrição
Estudos e pesquisas para identifi cação e mapeamento dos negócios
que gravitam em torno das cadeias de negócios culturais. Foram
mapeadas oportunidades de negócio em dois equipamentos culturais
do complexo TCA. Descrição da cadeia, quais negócios ela agrupa, onde
estão presentes, quais relações mantém entre si, previsão econômica dos
negócios gerados e quais suas maiores carências.
Situação Concluído
Metas Um mapeamento de negócios elaborado.
Recurso R$ 120 mil (Sebrae-BA: R$ 80 mil; SICM: R$ 40 mil)
40 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sebrae-BA e recursos do Tesouro – exercício
corrente
Instituições Envolvidas Sebrae, SICM
Coordenação SICM
SEMINÁRIOS E ENCONTROS
Natureza Seminários, encontros
Iniciativa Seminário Economia do Audiovisual
Descrição Seminário de pesquisadores, empresários e gestores públicos para
discussão sobre a perspectiva econômica do audiovisual brasileiro.
Situação Concluído
Metas Apontar novos caminhos para a sustentabilidade da atividade.
Recurso R$ 178.718,68 (Secult: R$ 106.652,00; Sebrae-BA: R$ 72.066,68)
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos próprios do Sebrae-BA
Instituições Envolvidas Secult, Sebrae
Coordenação Secult
Natureza Seminários, encontros
Iniciativa I Encontro Estadual de Moda
Descrição Encontro para a organização do setor de moda no estado da Bahia.
Situação Concluído
Metas Formular propostas para o desenvolvimento do setor da Bahia, nas
dimensões cultural, cidadã e econômica.
Recurso R$ 53.770,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos próprios do
Sebrae-BA
41BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Instituições Envolvidas Secult, Sebrae, MinC, Sindivest
Coordenação Secult
Natureza Seminários, encontros
Iniciativa Seminário Economia da Música
Descrição
Seminário com o objetivo de promover refl exões que possam contribuir
na elaboração de políticas públicas que atuem diretamente no
desenvolvimento do setor musical e na profi ssionalização dos seus
agentes produtivos na Bahia.
Situação Concluído
MetasSubsidiar a elaboração de políticas públicas que atuem diretamente
no desenvolvimento do setor musical e na profi ssionalização dos seus
agentes produtivos na Bahia.
Recurso R$ 63.660,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos próprios do
Sebrae-BA
Instituições Envolvidas Secult, Sebrae
Coordenação Secult
Natureza Seminários, encontros
Iniciativa Fórum das Artes/Música, Mercado e Tecnologia
Descrição
Encontro para debate sobre os desafi os para o amplo fortalecimento
das indústrias culturais, em suas diversas expressões, através do
compartilhamento de soluções comuns novas tecnologias. As 3
primeiras edições como Fórum de Música, Mercado e Tecnologia
(2007/2008/2009) e a quarta expandida para todas as linguagens.
Situação Concluído
42 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas Compartilhamento de soluções comuns novas tecnologias para promoção
da música e demais linguagens artísticas.
Recurso Não informado
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro
Instituições Envolvidas Secult (Funceb)
Coordenação Secult
43BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Formação e Qualifi cação
Foram mapeadas, nesta linha de atuação, 21
iniciativas referentes a formação, qualifi cação
e capacitação de profi ssionais e gestores que
trabalhem no âmbito da economia criativa no
estado, classifi cadas de acordo com suas na-
turezas: estruturante (4 iniciativas); educação
profi ssionalizante (13 iniciativas) e competên-
cias criativas para criação e gestão de empre-
endimentos criativos (4 iniciativas).
Tais iniciativas são coordenadas pelas se-
guintes instituições: Secult, responsável
por nove ações, sendo uma em parceria
com o Sebrae; Setre, coordenadora de três
ações; SECTI, Senai e SEC, responsável por
duas ações, cada uma; Banco do Nordeste
do Brasil, Senac e Sesi, coordenadores de
1 iniciativa, cada instituição. Vale salientar
que muitas destas ações estão relaciona-
das ao Pronatec. O recurso nesta linha é de
R$ 218.803.979,75. Ressalta-se que não foi
estimado o valor recurso de seis iniciativas.
Destaca-se que uma ação já foi concluída; seis
são ações continuadas; doze estão em anda-
mento e duas ainda não foram iniciadas.
Fo
to: A
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Bah
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ESTRUTURANTE
Natureza Estruturante
Iniciativa Programa de Formação e Qualifi cação em Cultura
Descrição
Instituído através da Portaria nº 64, de 15 de maio de 2012, tem como
fi nalidade promover a formação e qualifi cação em cultura e estimular
os processos formativos no campo da cultura, considerada em suas
diferentes áreas, dimensões, linguagens, manifestações e aspectos.
Situação Ação continuada
Metas
1) Promover a formação e a qualifi cação em cultura e estimular os processos
formativos no campo da cultura, considerada em suas diferentes áreas,
dimensões, linguagens, manifestações e aspectos; 2) Ampliar e aprimorar
a formação de técnicos, empresários, produtores e gestores e agentes
culturais; 3) Proporcionar a criação e/ou ampliação de oportunidades de
desenvolvimento profi ssional nos diversos segmentos culturais; 4) Atender
à crescente demanda por pessoal qualifi cado no campo da cultura; 5)
Estimular o desenvolvimento de ações e formulações inovadoras na cultura.
Recurso Não defi nido
Fonte de Recurso Variável
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Estruturante
Iniciativa Rede de Formação e Qualifi cação em Cultura
Descrição Rede constituída em 2011 com representação de 43 entidades envolvidas
na formação e qualifi cação em cultura.
Situação Ação continuada
Metas
1) Articular, pactuar e formular colaborativamente as políticas para formação
e qualifi cação em cultura na Bahia; 2) Estimular as parcerias e a criação de
novos cursos e novas áreas; 3) Promover a refl exão sobre a relação educação
e cultura.
Recurso Não defi nido
Fonte de Recurso Variável
45BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Instituições EnvolvidasSecult, MinC, SEC, Setre e Casa Civil, universidades públicas que atuam
na Bahia, institutos federais de educação, Sistema S e organizações não
governamentais voltadas para a cultura e a educação.
Coordenação Secult
Natureza Estruturante
Iniciativa Edital de Formação e Qualifi cação em Cultura (2012, 2013, 2014)
Descrição
Edital que objetiva apoiar propostas que contemplem uma ou mais ações
de formação e qualifi cação em cultura com diferentes cargas horárias
(cursos de especialização, extensão e cursos livres) e sobre temáticas
específi cas da área cultural.
Situação Ação continuada
MetasPromover a formação e qualifi cação em cultura e estimular os processos
formativos no campo da cultura, considerada em suas diferentes áreas,
dimensões, linguagens, manifestações e aspectos.
Recurso R$4,8 milhões [R$1 milhão (2012); R$1.800.000,00 (2013); R$2 milhões
(2014)]
Fonte de Recurso Fundo Estadual de Cultura
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Estruturante
Iniciativa Mapeamento de Formação e Qualifi cação em Cultura na Bahia
DescriçãoMapeamento sistemático de instituições e ações de formação e
qualifi cação em cultura realizadas no estado da Bahia, contemplando a
diversidade dos tipos de ações formativas e das áreas que elas abarcam.
Situação Não iniciado
Metas Orientar a defi nição dos eixos básicos e prioridades de uma política
estadual para a formação e qualifi cação em cultura na Bahia.
46 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Recurso R$ 43 mil
Fonte de Recurso Não defi nido
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Pronatec Cultura
Descrição O Pronatec Cultura tem o objetivo de aumentar a oferta de vagas para os
cursos do segmento cultural do Pronatec.
Situação
Em andamento
2013: 26 cursos (700 vagas) em Salvador e Camaçari – alguns ainda em
andamento até janeiro (exemplos: fotógrafo, Iluminador cênico, costura
cênica, brincante de rua, auxiliar de coreografo, agente cultural, assistente de
produção cultural, modelista, desenhista de moda e organizador de eventos).
2014: solicitada a abertura de 75 novos cursos (1.250 vagas) em Salvador
e em 15 cidades do interior.
Metas Ampliar a oferta de cursos de educação profi ssional e tecnológica na área
cultural.
Recurso Variável (depende do número de cursos pactuados).
Fonte de Recurso Recursos advindos do convênio MinC-MEC
Instituições Envolvidas MEC, MinC, Secult (com Senac, IFBA, SEC, Senai)
Coordenação Pronatec Cultura na Bahia: Secult e representação do MinC-BA
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)
Descrição
Programa do governo federal que incentiva a qualifi cação e a educação
profi ssional para diversos públicos. No caso do Pronatec-MEC, executado pela
SEC do estado da Bahia, contribui para a qualifi cação profi ssional de estudantes
regularmente matriculados no ensino das escolas da rede pública de educação.
47BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Ação continuada (em funcionamento desde novembro de 2011).
Metas Promover educação e qualifi cação profi ssional para 30 mil alunos/ano até
2014.
Recurso R$ 140 milhões (R$ 70 milhões por ano).
Fonte de Recurso Recursos do Governo Federal
Instituições Envolvidas SEC, Sistema S (Senac, Senai, Senar, Senat), IFBA, IFBAIANO.
Coordenação SEC
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Cursos técnicos de educação profi ssional – Secretaria Estadual de
Educação
Descrição Cursos técnicos nos eixos de produção cultural e design, hospitalidade e
lazer, comunicação e informação, produção alimentícia e recursos naturais.
Situação Ação continuada
Metas Capacitar 9 mil alunos.
Recurso R$ 63 milhões
Fonte de Recurso Governo federal e governo estadual
Instituições Envolvidas SEC
Coordenação SEC
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Cursos de qualifi cação profi ssional – Senac
Descrição Cursos de fotógrafo e vitrinista
Situação Em andamento
Metas Formar seis turmas
Recurso R$ 3.600,00
48 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Pronatec/MEC
Instituições Envolvidas Senac, SEC
Coordenação CEP Salvador, Camaçari e Feria de Santana
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Cursos de qualifi cação profi ssional – Senai
Descrição Preparação para o exercício de uma profi ssão, de acordo com o perfi l
requerido pelo mercado.
Situação Em andamento
MetasFormar: Computação Gráfi ca – cinco turmas; desenvolvedor de Web –
sete turmas; desenvolvedor de PHP – duas turmas; web designer – duas
turmas; design de joias; design de moda reciclada; joalheria avançada.
Recurso Informação não disponível
Fonte de Recurso Informação não disponível
Instituições Envolvidas Senai
Coordenação Senai
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Centro Técnico do Teatro Castro Alves
Descrição Atua no sentido de desenvolver a qualifi cação nas áreas técnicas das
Artes Cênicas (cenografi a, fi gurino, maquiagem, sonorização, iluminação).
Situação Em andamento (programa anual de cursos e ofi cinas, desde 2010)
Metas
1) Apoiar grupos artísticos do estado da Bahia na confecção e elaboração
de fi gurinos, cenários, adereços; 2) oferecer qualifi cação continuada nas
áreas que integram a engenharia do espetáculo teatral; 3) disponibilizar o
acervo técnico do TCA para a comunidade técnica e artística do estado.
Recurso R$ 112.268,75 (2012: R$ 42.268,75; 2013: R$ 70 mil)
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
49BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Instituições Envolvidas Secult (Funceb)
Coordenação Secult
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Centro de Referência em Engenharia do Espetáculo do Teatro Castro
Alves
Descrição
Dará continuidade ao Centro Técnico do TCA e terá como missão
ser um espaço de produção da engenharia do espetáculo, visando
promover a qualificação dos profissionais das áreas técnicas das
Artes Cênicas e do Audiovisual, por meio da realização de cursos e
oficinas técnicas e organização e difusão de informações referentes à
engenharia do espetáculo, além de prestar assessoria técnica.
Situação Em andamento.
Metas
1) Criar, supervisionar e produzir fi gurinos, cenários, adereços; 2) oferecer
qualifi cação continuada nas áreas que integram a engenharia do
espetáculo teatral; 3) facilitar o acesso à informação técnica, através da
organização, informatização e disponibilização do acervo técnico do TCA
para a comunidade técnica e artística do estado; 4) produzir e incentivar
trabalhos de investigação de pesquisa de engenharia do espetáculo
teatral; 5) desenvolver programas específi cos para interiorização através
da assessoria técnica aos centros de cultura do interior da Bahia.
Recurso R$ 160.231,00 (2012: R$ 69.231,00;2013: R$ 91 mil )
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos diretamente
arrecadados por entidades da administração indireta
Instituições Envolvidas Secult (Funceb)
Coordenação Secult
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Na Trilha das Artes
Descrição
Visa qualifi car e inserir no mundo do trabalho jovens de 16 a 29 anos
oriundos de situação de vulnerabilidade social, além de promover a
formação nas áreas mais diversas da cultura, tais como: técnicas de palco
e produção cultural, cultura digital e mobilização de redes sociais.
50 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Concluído (em 2012 – 363 alunos certifi cados em sete municípios
atendidos pelo programa).
Metas Qualifi car social e profi ssionalmente 500 jovens em oito municípios baianos.
Recurso R$ 790 mil
Fonte de Recurso Recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza
Instituições Envolvidas Setre / Sudet / Coppe / Secult
Coordenação Setre
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Programa Trilhas / Trilhas Criativas
Descrição
Visa qualifi car e inserir no mundo do trabalho jovens de 16 a 29 anos
oriundos de situação de vulnerabilidade social, além de promover a
formação nas áreas mais diversas da cultura, tais como: técnicas de palco
e produção cultural, cultura digital e mobilização de redes sociais.
Situação Em andamento
Metas Qualifi car social e profi ssionalmente 680 jovens em 15 municípios baianos.
Recurso R$ 1.904.000,00
Fonte de RecursoRecursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza;
Recursos do Programa de Consolidação do Equilíbrio Fiscal para o
Desenvimento do Estado da Bahia – exercant
Instituições Envolvidas Setre / Sudet / Coppe / Secult
Coordenação Setre
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Cursos técnicos – Senai
Descrição Cursos de design de móveis, design de interiores, design de calçados e
multimídia.
Situação Não iniciado
51BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas Informação não disponível
Recurso Informação não disponível
Fonte de Recurso Informação não disponível
Instituições Envolvidas Senai
Coordenação Senai
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Centros Digitais de Cidadania – CDC
Descrição
O Programa de Inclusão Sociodigital, através da implantação
de Centros Digitais de Cidadania, busca oferecer à população
infoexcluída acesso gratuito à internet, assim como às tecnologias de
informação e comunicação, facilitando o acesso a serviços disponíveis
ao cidadão.
Situação Em andamento
MetasAmpliar a inclusão digital, a qualifi cação e o acesso da população
às tecnologias de informação e comunicação, objetivando reduzir o
contingente populacional infoexcluído.
Recurso R$ 2.700.000,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente; Recursos do Fundo Estadual de
Combate e Erradicação da Pobreza
Instituições Envolvidas SECTI
Coordenação SECTI
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Programa de Aprendizado Jovem (PROAJ)
Descrição
O Proaj é um programa de qualifi cação profi ssional em TIC, para alunos
que estejam cursando o ensino médio da rede pública do estado da
Bahia, preparando-os de forma mais abrangente para o mercado de
trabalho.
52 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Em andamento
Metas
Oferecer formação profi ssionalizante em TIC, para alunos do ensino
médio da rede pública, buscando despertar interesse, talentos, vocações
e potenciais profi ssionais para o setor, aumentando assim a inserção no
mercado de trabalho.
Recurso A defi nir
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas SECTI, SENAI e IMIC
Coordenação SECTI
Natureza Educação profi ssionalizante
Iniciativa Cursos de capacitação – Espaço Nordeste
Descrição
O espaço Nordeste é um novo canal de atendimento do Banco do
Noedeste do Brasil S/A que envolve negócios, cultura e inclusão
social, em parceria com o Inec, e tem por objetivo aumentar
a capilaridade do banco na Região Nordeste, com pontos de
atendimento de baixo custo, bem como incentivar e apoiar a cultura
local e ainda fornecer para a comunidade dos municípios serviços
voltados para acesso a educação, atrações culturais, inclusão digital
e formação profissional. São seis unidades na Bahia, Amargosa,
Euclides da Cunha, Lençóis, Mairi, Rio de Constas e Jeremoabo.
Situação Ação continuada
Metas
Capacitar dez mil pessoas por espaço. Atualmente possui seis espaços
em funcionamento na Bahia: Amargosa, Euclides da Cunha, Jeremoabo,
Lençóis, Mairi e Rio de Contas. Capacidade de atender mais de 60 mil
pessoas por ano.
Recurso R$ 62 mil
Fonte de Recurso Recursos próprios do Banco do Noedeste do Brasil S/A
Instituições Envolvidas Banco do Noedeste do Brasil S/A e Inec
Coordenação Banco do Noedeste do Brasil S/A
53BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Natureza Competências criativas para criação e gestão de empreendimentos
criativos
Iniciativa Qualifi cação para a Economia Criativa (Qualicultura)
Descrição
Programa de assessoria técnica, com o objetivo de promover a
qualifi cação dos agentes e organizações dos diferentes elos da cadeia
produtiva da cultura do estado, com ênfase na qualifi cação da gestão de
projetos, produtos e negócios de micro e pequenos empreendimentos
criativos.
Situação Em andamento
Metas
1) Publicizar o Qualicultura nos 27 territórios baianos; 2) realizar 1.880
atendimentos a empreendedores da economia criativa; 3) capacitar dois
mil empreendedores da economia criativa; 4) atingir um público de 1.100
pessoas nos encontros temáticos; 5) apoiar, no mínimo, 20 projetos para
ações de acesso a mercado; 6) aumentar em 15% o número de projetos
inscritos e aprovados nos mecanismos de fomento federal por ano;
7) aumentar em 15% o número de projetos com captação de recursos
na lei de incentivo estadual – Fazcultura por ano; 8) formalizar 100
empreendimentos da economia criativa por ano.
Recurso R$ 728.880,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos próprios do Sebrae
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult e Sebrae
Natureza Competências criativas para criação e gestão de empreendimentos
criativos
Iniciativa Incubadora Bahia Criativa / Criativa Birô
Descrição
Projeto que substituirá o Qualicultura. Ações de atendimento e suporte a
profi ssionais e empreendedores que atuam nos setores criativos, por meio
da oferta de informação, capacitação, consultorias e assessorias técnicas,
entre outros serviços voltados para a qualifi cação da gestão de projetos,
produtos e negócios de micro e pequenos empreendimentos criativos.
Situação Ação continuada
54 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas
1) Disponibilizar informações acerca dos setores criativos;
2) identificar as principais demandas setoriais e territoriais na área
da economia criativa; 3) promover a capacitação dos profissionais
criativos em competências de gestão e empreendedorismo;
4) integrar, ampliar e qualificar a oferta de capacitação e qualificação
profissional voltada para as competências de gestão e em áreas
técnicas das cadeias produtivas dos setores criativos; 5) facilitar o
acesso a linhas de fomento financeiro para empreendedores criativos;
6) contribuir para a formação de empreendimentos criativos por meio
de acessoria técnica; incentivar o associativismo e o cooperativismo;
7) articular a divulgação, distribuição e comercialização de bens e
serviços criativos; 8) estimular a troca de experiências, soluções e
tecnologias entre empreendimentos criativos.
Recurso R$ 1.500.000,00 (MinC: R$ 1.200.000,00; Secult: R$ 300 mil)
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos do MinC
Instituições Envolvidas Secult, MinC
Coordenação Secult
Natureza Competências criativas para criação e gestão de empreendimentos
criativos
Iniciativa Programa Bahia Solidária
Descrição O programa visa atender seis mil membros de empreendimentos
econômico-solidários.
Situação Em andamento
Metas Fortalecer empreendimentos econômico-solidários mediante
identifi cação, cadastro e capacitação de seus agentes.
Recurso R$ 3 milhões (cadastramento: R$ 600 mil – capacitação:
R$ 2.400.000,00 para o PPA 2012 – 2015).
Fonte de Recurso Recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza
Instituições Envolvidas Setre e Funcep
Coordenação Setre
55BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Natureza Competências criativas para criação e gestão de empreendimentos
criativos
Iniciativa Qualifi cação do Sesi
Descrição Cursos para a área de teatro; música; captação e edição de áudio e vídeo;
videomap.
Situação Em andamento (captação de recurso)
Metas 230 alunos
Recurso R$ 120 mil
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sesi.
Instituições Envolvidas Sesi, UFBA e UNEB
Coordenação Sesi
56 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fomento Especializado
Foram identifi cadas, nesta linha de atuação,
14 iniciativas referentes a mecanismos de
apoio ao segmento criativo na Bahia, classifi -
cadas de acordo com suas naturezas: fomen-
to com recursos não reembolsáveis – editais
ou patrocínios diretos (2 iniciativas); crédito
(6 iniciativas) e fomento à sustentabilidade de
empresas e profi ssionais (6 iniciativas).
Tais ações são coordenadas pelas seguin-
tes instituições: Desenbahia, responsável por
cinco ações (em conjunto com a Secult e a
Setre); Secult, responsável por uma iniciativa;
SECTI, responsável por uma iniciativa; Secom,
por meio do Irdeb, coordenadora de cinco
ações, e Banco do Nordeste do Brasil S/A, res-
ponsável por duas ações.
O recurso total a ser disponibilizado nesta linha é
de R$ 82.211.944,43. Vale salientar que este valor
pode ser alterado de acordo com a demanda de
crédito. Ressalta-se ainda que neste valor total
não está incluso o recurso destinado ao crédito
pela Desenbahia e ao Edital Áity Criativa.
Destaca-se que dez são ações continuadas,
uma está em andamento e três ainda não
foram iniciadas.
FOMENTO COM RECURSOS NÃO REEMBOLSÁVEIS
Natureza Fomento com recursos não reembolsáveis
Iniciativa Edital de Economia Criativa (2012, 2013, 2014)
Descrição
O edital objetiva fomentar iniciativas destacadas que contribuam para o
desenvolvimento da dimensão econômica da cultura nas suas diferentes
etapas dos ciclos de criação, produção, circulação, distribuição, consumo
e/ou fruição de bens e serviços criativos das TIC.
Situação Ação continuada
Metas Apoiar, no mínimo, seis projetos por edital.
Recurso R$ 1.800.000,00 (R$ 600 mil por edital)
Fonte de Recurso Recursos do Fundo de Cultura da Bahia
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
57BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Natureza Fomento com recursos não reembolsáveis
Iniciativa Patrocínio (recursos não reembolsáveis)
Descrição
O Programa de Cultura Banco do Nordeste criado pelo BNB em 2005,
com o objetivo de democratizar o acesso aos recursos destinados ao
patrocínio de ações culturais, desenvolvidas em benefício da Região
Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo. Durante
suas sete edições foram patrocinados 1.696 projetos, beneficiando
diretamente 350 municípios. A Bahia foi a nº 1 em projetos inscritos
no ano de 2012, com 676 projetos, correspondendo a 21% do total.
Situação Ação continuada
Metas Atender cinco mil pessoas por projeto (último edital 2012).
Recurso R$ 8 milhões (último edital 2012) – para as regiões acima descritas.
Fonte de Recurso Recursos próprios do Banco do Nordeste do Brasil S/A
Instituições Envolvidas Banco do Nordeste do Brasil S/A
Coordenação Banco do Nordeste do Brasil S/A
CRÉDITO
Natureza Crédito
Iniciativa Financiamento do Banco do Nordeste do Brasil S/A (recursos
reembolsáveis)
Descrição
As possibilidades de fi nanciamento para quem é artista, produtor cultural
ou empresário são bastante variadas e atendem a todos os portes de
clientes. Trabalhador informal urbano: Programa CrediAmigo; agricultor
familiar: Programas AgroAmigo e Pronaf; empreendedor individual: FNE-
EI; micro e pequena empresa: FNE-MPE; média e grande empresa: FNE-
Comércio e Serviços e FNE-Industrial.
Situação Ação continuada
Metas Conceder 55 milhões em crédito (meta do FNE para a Bahia para todos
os segmentos em 2012)
Recurso R$ 55 milhões (caso haja uma demanda maior, esta será atendida).
Fonte de Recurso Recursos do FNE
Instituições Envolvidas Banco do Nordeste do Brasil S/A
Coordenação Banco do Nordeste do Brasil S/A
58 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Natureza Crédito
Iniciativa Programa Credibahia
Descrição Oferta microcrédito produtivo no estado (capital e interior).
Situação Ação continuada
Metas Financiar cerca de 50 empreendimentos por ano
Recurso Limites defi nidos pelas fontes
Fonte de Recurso Recursos da Fundese e BNDES
Instituições Envolvidas Secult, Setre, Desenbahia, Sebrae, prefeituras e parceiros
Coordenação Setre, Secult e Desenbahia
Natureza Crédito
Iniciativa Financiamento a empresas da economia criativa
Descrição Desenvolvimento e oferta de linhas de crédito para empresas da
economia criativa.
Situação Ação continuada
Metas Desenvolver e comercializar linhas de crédito de capital de giro,
investimento fi xo e investimento em inovação para o setor.
Recurso Limites defi nidos pelas fontes
Fonte de Recurso Fundese, BNDES, FINEP, outras
Instituições Envolvidas Desenbahia, Secult e parceiros
Coordenação Desenbahia
Natureza Crédito
Iniciativa Fomento ao cooperativismo
Descrição Apoio técnico e financeiro ao cooperativismo, através da participação
no Conselho de Cooperativismo e da oferta de linhas de crédito.
Situação Ação continuada
Metas Oferta de microcrédito II Piso e de linha de fi nanciamento de
capitalização para cooperativas de crédito.
Recurso Limites defi nidos pelas fontes
59BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Recursos da Fundese e BNDES
Instituições Envolvidas Setre, Desenbahia e parceiros
Coordenação Setre e Desenbahia
Natureza Crédito
Iniciativa Financiamento a Prefeituras
Descrição
Linha específica para financiar prefeituras, com o objetivo de
viabilizar obras de infraestrutura urbana dos municípios baianos,
através de projetos que tenham como objetivo contribuir para a
geração de emprego e renda, a redução das desigualdades sociais e
a melhoria das condições de vida da população. Em que pese não ser
relacionada diretamente à área cultural, tal iniciativa abrange o apoio
a equipamentos e iniciativas referentes à economia criativa.
Situação Ação continuada
MetasProvocar e fi nanciar, junto a demanda municipal, projetos que impliquem
equipamentos e iniciativas relevantes para o desenvolvimento da
economia criativa local.
Recurso Limites defi nidos pelas fontes
Fonte de Recurso Recursos próprios do Desenbahia
Instituições Envolvidas Desenbahia e parceiros
Coordenação Desenbahia
Natureza Crédito
Iniciativa Fomento à Economia Solidária
Descrição Apoio técnico e financeiro à economia solidária
Situação Ação continuada
Metas
1) Lançamento do Programa Credisol, operado em parceria com a
Setre; 2) inserção do Credibahia também junto à economia solidária; 3)
existência de um GT permanente de fi nanças solidárias ligado ao CEES,
onde se trabalham a sistematização e o aperfeiçoamento das alternativas
de fomento existentes no estado.
60 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Recurso Limites defi nidos pelas fontes
Fonte de Recurso Recursos da Fundese e BNDES
Instituições Envolvidas Setre, Desenbahia e parceiros
Coordenação Setre e Desenbahia
FOMENTO À SUSTENTABILIDADE DE EMPRESAS E PROFISSIONAIS
Natureza Fomento à sustentabilidade de empresas e profi ssionais
Iniciativa Edital Áity Criativa
Descrição Edital de incubadora de empresas criativas, de base tecnológica, ligadas
ao segmento das indústrias criativas.
Situação Em andamento
Metas Incubar empresas no Áity Incubadora de empresas do Parque Tecnológico
da Bahia, por meio do termo de permissão de uso remunerado
Recurso A defi nir
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas SECTI, Secult, Sebrae-BA
Coordenação SECTI
Natureza Fomento à sustentabilidade de empresas e profi ssionais
Iniciativa Programa Especial de Fomento (PEF) – Imagens da Bahia
Descrição
O Programa Imagens da Bahia tem por objetivo fortalecer um dos
principais polos audiovisuais do país, a Bahia: 1) animação – obra
seriada para público infantil – uma obra com 13 episódios de 13’ cada;
2) animação – pilotos de desenvolvimento de série – cinco obras de
13’ cada; 3) ficção – obra seriada para público jovem – uma obra com
13 episódios de 26’ cada; 4) produção de conteúdo – obra seriada
de ficção para público infantil – uma obra com 13 episódios de 26’
cada; 5) produção de conteúdo – obra audiovisual de ficção de longa
duração – uma obra de longa duração; 6) produção de conteúdo –
telefilme de ficção – cinco obras de 52’ cada.
Situação Não iniciado
61BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas
Apoiar projetos de audiovisual:
1) Primeira fase – cinco projetos para desenvolvimento e produção de
episódio piloto. Segunda fase – um projeto para produção da obra seriada.
2) Média de 50 postos de trabalho por obra produzida.
3) Seleção de um projeto de minissérie.
4) Seleção de um projeto de minissérie.
5) Seleção de um projeto de produção independente de obra de longa-
metragem brasileira que se realize integral ou parcialmente no estado da Bahia.
6) Seleção de cinco projetos de produção de telefi lmes.
Recurso R$ 8.800.000,00 [1) R$ 1.300,00; 2) R$ 350.000,00; 3) R$ 1.950.000,00;
4) R$ 1.950.000,00; 5) R$ 1.500.000,00; 6) R$ 1.750.000,00]
Fonte de Recurso Recursos captados através do Artigo 1o A da Lei do Audiovisual
Instituições Envolvidas Secom (Irdeb), Secult (Funceb), futuros patrocinadores
Coordenação Secom
Natureza Fomento à sustentabilidade de empresas e profi ssionais
Iniciativa Programa Especial de Fomento (PEF) – Formação
Descrição
1) Três oficinas de formatação de projetos; 2) duas oficinas para
animação (produção de pilotos e produção de séries); 3) duas
oficinas para telefilme (roteiro e produção executiva); 4) quatro
oficinas para obra seriada de ficção (dramaturgia e produção
executiva); 5) duas oficinas de distribuição.
Situação Não iniciado
Metas
Oferecer cursos para profi ssionais de audiovisual:
1) três ofi cinas de formatação de projetos para produção de obra seriada
de animação infantil; 40 vagas por ofi cina; 2) uma ofi cina de roteiro e
uma ofi cina de produção executiva com 20 horas semanais cada; 3) duas
ofi cinas de formatação de projetos para produção de telefi lme. Serão
oferecidas 40 vagas; 4) quatro ofi cinas de formatação de projetos para
produção de obras seriadas de fi cção; 5) duas ofi cinas de planejamento de
distribuição e operacionalização de lançamentos com duas vagas cada.
Recurso R$ 1.199.000,00
Fonte de Recurso Recursos captados através do Artigo1o A da Lei do Audiovisual
62 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Instituições Envolvidas Secom (Irdeb)
Coordenação Secom
Natureza Fomento à sustentabilidade de empresas e profi ssionais
Iniciativa Programa Especial de Fomento (PEF) – Distribuição
Descrição Distribuição de três longas-metragens inéditos.
Situação Não iniciado
Metas Lançar edital de seleção em duas etapas: etapa de seleção de agente
distribuidor e etapa de contratação de carteira.
Recurso R$ 750 mil
Fonte de Recurso Recursos captados através do Artigo 1o A da Lei do Audiovisual
Instituições Envolvidas Secom (Irdeb), Secult (Funceb)
Coordenação Secom
Natureza Fomento à sustentabilidade de empresas e profi ssionais
Iniciativa Apoio cultural
DescriçãoAs emissoras do Irdeb apoiam espetáculos culturais, entre shows
musicais, de circo e peças teatrais. Este apoio consiste em veiculação
de chamadas de TV e rádio para os espetáculos.
Situação Ação continuada
Metas Incentivar a produção cultural baiana
Recurso Média: R$ 10.576,40 – até 2013
Fonte de Recurso Recursos diretamente arrecadados por entidades da administração
indireta
Instituições Envolvidas Secom (Irdeb) e agentes culturais
Coordenação Secom
63BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Natureza Fomento à sustentabilidade de empresas e profi ssionais
Iniciativa Dinamização da programação dos meios de comunicação do Irdeb – TV
Educativa da Bahia
Descrição
A priorização da qualidade de conteúdo da programação da emissora
leva o Irdeb a investir na aquisição e cessão de direitos de exibição
de conteúdos audiovisuais (documentários, ficção e animação);
transmissões ao vivo.
Situação Ação continuada
Metas Dinamizar a programação da TVE.
Recurso R$ 6.652.368,03 (2012: R$ 3.647.365,51; 2013: R$ 3.005,002,52)
Fonte de RecursoRecurso do Tesouro – exercício corrente; recurso do Tesouro – exercícios
anteriores; recursos diretamente arrecadados por entidades da
administração indireta
Instituições Envolvidas Secom (Irdeb) e produtoras independentes
Coordenação SecomCoordenação Secom
64 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Promoção
Foram identifi cadas, nesta linha de atuação,
treze iniciativas referentes à promoção da
produção artístico-cultural baiana, em âm-
bito local, regional, nacional e internacional;
classifi cadas de acordo com suas naturezas:
promoção e difusão (8 iniciativas), eventos
(4 iniciativas) e competitividade (2 iniciativas).
Tais ações são coordenadas pelas seguintes
instituições: Secult, responsável por sete inicia-
tivas; Secom (por meio do Irdeb) coordenado-
ra de uma ação; Fapesb, responsável por uma
iniciativa; Sesi, coordenador de três iniciativas, e
Sebrae e SICM responsável por
uma ação cada uma.
O recurso total infor-
mado a ser aporta-
do nesta linha é de R$
31.474.326,05. Destaca-
-se que quatro são ações
PROMOÇÃO E DIFUSÃO
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Apoio à promoção artística
Descrição
Qualifi cação e desenvolvimento de produtos que apresentem a produção
artístico-cultural da Bahia no Brasil e no exterior. Projetos: 1) Kit Difusão
do Teatro na Bahia; 2) Bahia Music Export; 3) Coletânea de Autores
Baianos – Frankfurt.
Situação Em andamento
Metas Apoiar a promoção da produção artística baiana.
Recurso R$ 195.636,35 [1) R$ 4.000,00; 2) R$ 164.345,35; 3) R$ 27.291,00].
Fonte de RecursoRecurso do Tesouro – exercício corrente e recurso do Programa de
Consolidação do Equilíbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da
Bahia – exercício anterior
65BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Mostra Baiana de Teatro no Fringe
Descrição
Ação de promoção que integra o Programa de Difusão das Artes
da FUNCEB. Consiste na realização de uma mostra de espetáculos
teatrais a fim de representar a riqueza de expressões do teatro
produzido na Bahia na contemporaneidade, dentro da programação
de um grande festival internacional – sendo neste caso o maior do
Brasil, o Festival de Teatro de Curitiba.
Situação Em andamento
Metas
1) Intercâmbio entre os artistas participantes da Mostra e do Festival
de Curitiba; 2)Acesso do público especializado de curadores,
produtores, artistas e representantes de instituições culturais
estratégicas, bem como do público curitibano em geral; 3)Consolidar-
se como uma ação continuada da FUNCEB no âmbito dos festivais
de artes cênicas no Brasil e do Festival de Teatro de Curitiba, em
especial.
Recurso R$ 160.000,00 – aproximadamente
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro
Instituições Envolvidas Secult (FUNCEB)
Coordenação Secult
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Atração de curadores/compradores
Descrição
Atração de curadores e compradores para a Bahia, com o intuito de
permitir o conhecimento da produção artístico-cultural baiana no
território de origem. Essa ação oferece melhor custo-benefício do que
o envio de artistas, curadores e produtores a eventos fora do estado.
(exemplos: Apoio ao Festival de Artes Cênicas na Bahia; Programação
Baiana de Circo, Teatro e Dança, Apoio ao Festival Internacional
Vivadança).
66 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Em andamento
Metas Incentivar a criação e difusão da produção artística baiana.
Recurso Média: R$ 39 mil por evento.
Fonte de RecursoRecurso do Tesouro – exercício corrente e recurso do Programa de
Consolidação do Equilíbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da
Bahia – exercício anterior
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Bahia Film Comission
DescriçãoConsolidação da atuação da Bahia Film Commission (BFC) como
agente facilitador entre a indústria audiovisual e toda a rede
produtiva local, para a realização de obras audiovisuais no estado.
Situação Em andamento
Metas
1) Apoiar as atividades audiovisuais no estado da Bahia; 2) divulgar o
potencial dos cenários naturais do estado como espaços para locações
cinematográfi cas e audiovisuais; 3) prestar apoio técnico e logístico a
empresas e produtores audiovisuais; 4) estimular e apoiar a realização de
obras audiovisuais na Bahia, fomentando a coprodução com entidades
nacionais e internacionais.
Recurso R$ 280.000,00 (média: R$ 40.000,00/ano)
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Secult (Funceb), SICM, Setre, Setur, Sefaz, Secom (Irbeb)
Coordenação Secult
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Fomento à difusão artística e intercâmbio nacional e internacional
DescriçãoAmpliar a visibilidade da cultura baiana no Brasil e no exterior e
inserir a Bahia em espaços de intercâmbio e cooperação cultural
nacional e internacional.
Situação Ação continuada
67BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas
Ampliar em 100% as participações de artistas baianos em eventos
culturais nacionais e internacionais; ampliar em 100% a formação
de jovens em instituições de ensino vocacional em outros estados
brasileiros e no exterior; ampliar o número de empresas baianas do
setor cultural atuando no mercado internacional; ampliar em 100% a
participação de artistas baianos em projetos de residências no Brasil
e no exterior.
Recurso R$ 838.000,00/ano
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos do Fundo de
Cultura da Bahia – estado
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa SESI Cultura – Construindo Cultura
Descrição
O Sesi desenvolve na área de cultural o projeto Construindo Cultura,
um trabalho de interface com os setores criativos da indústria. O
projeto visa estimular a criatividade nos setores mais formais da
indústria.
Situação Projeto piloto testado com a Empresa Embasa em 2013/2014, fi nalizado
em abril. Entrou no Portfólio de Serviços da Instituição no ano de 2014.
MetasAmpliar a oferta de produtos diferenciados no setor industrial;
melhorar a relação estética com a cidade e trazer a identidade
cultural local para as empresas formais.
Recurso R$ 100 mil
Fonte de Recurso Recursos próprios Sesi Bahia e indústrias baianas.
Instituições Envolvidas Sesi, Sindicatos da Industrias e Empresas Industriais
Coordenação Sesi
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Apoio à promoção cultural
Descrição Qualificação e desenvolvimento de coletivos culturais para a criação
de conteúdos educativos para ampliação do acesso a cultura.
68 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Em andamento
Metas Apoiar 16 coletivos por ano
Recurso R$ 500 mil
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sesi Bahia
Instituições Envolvidas Sesi, TVE, Coletivos de artistas
Coordenação Sesi
Natureza Promoção e Difusão
Iniciativa Edital de Mobilidade Artístico Cultural
DescriçãoApoiar iniciativas de residência, de formação, de intercâmbio e
difusão artístico-cultural no Brasil e no exterior. O Edital divide-se em
quatro chamadas por ano.
Situação Ação continuada
Metas Apoiar, no mínimo, quatro propostas por chamada
Recurso R$ 2.800.000,00 (R$ 175.000,00 por chamada)
Fonte de Recurso Fundo Estadual de Cultura
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
EVENTOS
Natureza Eventos
Iniciativa Carnavais culturais
DescriçãoFortalecer os carnavais culturais da Bahia e a economia da festa,
garantindo a preservação das tradições, a diversidade, a inovação e o
diálogo com a contemporaneidade.
Situação Ação continuada
Metas Realizar anualmente o Carnaval Ouro Negro, o Carnaval do Pelourinho, o
Carnaval de Participação, o Carnaval Intercultural e outros carnavais.
Recurso R$ 24 milhões (2013: R$ 14 milhões / 2014: R$ 10 milhões)
69BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Eventos
Iniciativa Feira do Empreendedor
Descrição
Visa fomentar a abertura de novos negócios e a competitividade e
a sustentabilidade de negócios como potenciais empreendedores
(que pretendem abrir um negócio), empreendedores individuais,
empresários de micro e pequenas empresas, produtores rurais.
Situação Ação continuada – bianual
Metas Realizar 600 antendimentos
Recurso R$ 142 mil
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sebrae-BA, Instituto Mauá
Instituições Envolvidas Sebrae-BA, Instituto Mauá, Secult, Abrasel, Senac, Setur, Produtora Jr.
Coordenação Sebrae-BA
Natureza Eventos
Iniciativa Festivais, mostras e concursos
Descrição
Promover o acesso e a inserção qualificada dos trabalhadores
da indústria e seus dependentes, através do desenvolvimento
de competências pessoais, cognitivas e produtivas de formação
e valorização artística, que contribuam com o reconhecimento
do potencial criativo, para a democratização da cultura e para o
fortalecimento da indústria.
Situação Em andamento
Metas Atender empresas e trabalhadores
Recurso R$ 180 mil
70 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sesi
Instituições Envolvidas Sesi – Departamento Nacional e Sesi – Departamento Regional da
Bahia
Coordenação Sesi
Natureza Eventos
Iniciativa Rodada de negócios e seminário audiovisual
Descrição Realização de rodada de negócios entre os produtores de audiovisual
baiano e as TVs por assinatura.
Situação Concluído
Metas Expandir possibilidades do mercado audiovisual
Recurso R$ 21.619,18
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente e recursos diretamente
arrecadados por entidades da administração indireta
Instituições Envolvidas Secom (Irdeb), Secult
Coordenação Secom
COMPETITIVIDADE
Natureza Competitividade
Iniciativa Edital Fapesb 021/2011 de apoio a projetos de caracterização de Indicação
Geográfi ca (IG) no estado da Bahia
Descrição
Apoiar projetos que tenham a finalidade de identificar e
caracterizar um produto ou serviço como originário de um local
ou região do estado da Bahia, com determinada reputação,
característica e/ou qualidade vinculadas essencialmente a esta
sua origem particular, a fim de que sejam adquiridas as condições
técnicas e legais para o requerimento de Indicação Geográfica
junto ao INPI.
Situação Em andamento (início em 2011): cinco projetos
71BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas Apoiar projetos de inovação para o desenvolvimento socioeconômico
sustentável.
Recurso R$ 618.070,52
Fonte de Recurso Recursos próprios da Fapesp
Instituições Envolvidas Fapesb
Coordenação Fapesb
Natureza Competitividade
Iniciativa Selo Bahia feito à mão
Descrição
Qualificar o artesanato baiano por meio da avaliação da
conformidade dos requisitos normativos para este produto.
Disponibilizar para a indústria do artesanato baiano o Serviço de
Avaliação da Conformidade do Artesanato para 40 itens.
Situação Em andamento
Metas Certificar 180 produtos até o ano 2015
Recurso R$ 1.600.000,00 (PPA 2012 – 2015)
Fonte de Recurso
Recurso do Tesouro – exercício corrente; Recurso do Programa de
Consolidação do Equilíbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado
da Bahia – Lei nº 12.359/11; Operações de Crédito Externas em Moeda
– BIRD (Lei n°12571/12).
Instituições Envolvidas Setre (Instituto Mauá), SICM (Ibametro), Sebrae
Coordenação SICM
72 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
continuadas, oito estão em andamento, uma
já foi concluída.
Territórios criativos
Foram identifi cadas, nesta linha de atuação, nove
iniciativas referentes a ações em torno de deter-
minado território, visando promover o seu de-
senvolvimento; classifi cadas de acordo com suas
naturezas: distritos culturais (5 iniciativas), cluster
tecnológico (2 iniciativas) e cidades criativas (1 ini-
ciativa) e territórios culturais (1 iniciativa).
Essas ações são coordenadas pelas seguintes
instituições: Secult, responsável por três inicia-
tivas; Setur, responsável por uma ação; SECTI,
responsável por uma iniciativa; UFBA, coorde-
nadora de uma ação; Sebrae, responsável por
duas ações e Sedur, responsável por uma ação.
O recurso total a ser aportado nesta linha é
de R$ 310.978.051,70 e US$ 4 milhões. Res-
salta-se que foi estimado o valor do recur-
so de duas iniciativas. Destaca-se que uma
é ação continuada, quatro estão em anda-
DISTRITOS CULTURAIS
Natureza Distritos culturais
Iniciativa Barbalho – Forte de Serviços Criativos
Descrição
O Forte do Barbalho é equipamento federal cedido ao estado. O
objetivo deste projeto é criar um cluster de empresas da área cultural,
especifi camente relacionadas a aspectos técnicos da produção artístico-
cultural.
Situação Em andamento
Metas
1) Consolidar um espaço para o suporte e qualifi cação de
empreendedores criativos, por meio da oferta de informação,
capacitação, consultorias e assessorias técnicas, entre outros serviços
voltados para a qualifi cação da gestão de projetos, produtos e negócios
de micro e pequenos empreendimentos criativos.
2) Criar um cluster de serviços criativos apto a atender às demandas das
mais variadas linguagens artísticas e culturais.
73BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Metas
3) Oferecer espaço para montagem de produções artístico-culturais,
abrigando diversas produções em fase de execução que se valham dos
seus serviços para desenvolvimento, fi nalização ou complementação das
etapas que compõem a estruturação de um projeto artístico-cultural.
4) Promover ações de caráter formativo para o mercado de trabalho,
através de ações de qualifi cação, na qual jovens, anualmente, serão
tutoriados pelos diversos profi ssionais que ocupam o Forte e absorvidos,
em estágios profi ssionalizantes, pelas diversas produções que executarem
seus projetos.
Recurso R$ 3.300.000,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Secult
Coordenação Secult
Natureza Distritos culturais
Iniciativa Programa Reabilitação do Centro Antigo de Salvador
Descrição Reabilitar o CAS contemplando a sua sustentabilidade cultural,
econômica urbanística e ambiental.
Situação Em andamento
Metas
Aplicar recursos em: infraestrutura e equipamentos (R$ 171.623.892);
habitação; (R$ 34.726.791); monumentos (R$ 46.985.000);
manutenção do Centro Antigo (R$ 21.340.954); capacitação e
serviços (R$ 13.124.215); projetos (R$ 6.218.580) e dez imóveis para o
Mercado de São Miguel (R$ 1.931.308).
Recurso R$ 295.950.740,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas IPAC, Conder, Codeba, IPHAN, Fundac, Setur, Secult, Sesab, Sedes
Coordenação Sedur
Natureza Distritos culturais
Iniciativa Distrito Cultural e Turístico da Baía de Todos os Santos
74 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Descrição
O programa tem como objetivo geral integrar a cultura e a oferta
turística e cultural na Baía de Todos os Santos, melhorando não
somente a capacidade dos stakeholders em produzir atividades
culturais, bem como a competitividade das empresas de turismo
locais nos mercados turísticos nacionais e internacionais.
Situação Não iniciado
Metas Impantar um sistema de gestão do Distrito Cultural e Turístico da
Baía de Todos os Santos até o ano de 2018.
Recurso US$ 4 milhões
Fonte de Recurso BID
Instituições Envolvidas BID, Câmara de Turismo Baía de Todos os Santos, Instância de
Governança do Distrito Cultural e Turístico Setur
Coordenação Setur
Natureza Distritos culturais
Iniciativa Projeto Territórios Criativos
Descrição
Repasse de metodologias de análise da competitividade do
território, plano de ação, núcleo de governança e consultoria para
o aumento da competitividade do/no território e diagnósticos de
competitividade empresarial, consultorias e cursos empresariais e
tecnológicos, ações de promoção e acesso a mercado nos negócios
nos territórios criativos de Candeal, Santo Antônio Além do Carmo,
Rio Vermelho, Ribeira, Bonfim, Curuzu, Cidade Baixa, Ilhéus, Porto
Seguro, Recôncavo.
Situação Em andamento.
Metas
1) Elevar o faturamento das empresas participantes do projeto
territórios criativos em 5% a.a, nos dois anos do projeto;
2) fomentar a formalização de 20% do público atendido até o final do
projeto;
3) contribuir para que 10% das empresas atendidas adotem controles
gerenciais em seus processos internos;
4) elevar em 10% o grau de inovação nas empresas atendidas através
de soluções de tecnologia.
75BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Recurso R$ 4.497.311,70 (2013 a 2015)
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sebrae-NA, Sebrae-BA e Instituto Arapyau
Instituições Envolvidas Sebrae-BA. Espera-se envolver também: Secult, Setur, Senac e
prefeituras municipais
Coordenação Sebrae-BA
Natureza Distritos culturais
Iniciativa Centro de Referência da Capoeira – Forte de Santo Antonio Além do
Carmo
Descrição
O centro objetiva potencializar a Bahia como lugar de referência
nacional e internacional da capoeira, além de constituir uma política
cultural para a capoeira na Bahia, articular os diferentes grupos e
estilos existentes e desenvolver estudos e pesquisas na área.
Situação Ação continuada
MetasCriar o Centro de Referência no Forte da Capoeira enquanto espaço
destinado à cultura da capoeira e à sua prática, história e realização
de grandes eventos.
Recurso Informação não disponível
Fonte de Recurso Informação não disponível
Instituições Envolvidas CCPI/IPAC (plano de salvaguarda, visto que se trata de bem
imaterial)
Coordenação Secult
CLUSTERS TECNOLÓGICOS
Natureza Clusters tecnológicos
Iniciativa Game Cluster
DescriçãoImplantação de laboratórios para desenvolvimentos de Games e
Audiovisual da Bahia, com o intuito de consolidar o Parque Tecnológico
como um pólo de excelência neste segmento.
76 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Situação Em andamento (proposta em fase de contratação)
Metas Implantar laboratórios para criação, produção e desenvolvimento de
games e audiovisual.
Recurso Média de R$ 2.200.000,00
Fonte de Recurso Recurso do Tesouro – exercício corrente
Instituições Envolvidas Fapesb, SECTI
Coordenação UFBA
Natureza Clusters tecnológicos
Iniciativa Ambiente Criativo em Culturas Digitais
Descrição
Formação de um ambiente criativo voltado para a produção de
conteúdos e produtos digitais e para a capacitação de pessoal
especializado em culturas digitais. O Ambiente Criativo compreende
laboratórios, cursos e incubadora de micro e pequenas empresas em
culturas digitais.
Situação
Não iniciado (a Unilab está adequando o curso de culturas digitais
desenvolvido pela Secult. A Prefeitura de São Francisco do Conde
está abrindo processo licitatório para contratação da empresa que será
responsável pela elaboração do projeto executivo do laboratório e da
incubadora).
Metas
1) Implantar o curso de culturas digitais; 2) construir um laboratório
de desenvolvimento de produtos e serviços em culturas digitais;
3) construir uma incubadora de novas formas de negócios; 4) implantar
um programa de atração de empresas através de renúncia fi scal.
Recurso O valor preciso só será estimado após o desenvolvimento do projeto
executivo.
Fonte de Recurso Prefeitura São Francisco do Conde, Secult, MinC.
Instituições Envolvidas Prefeitura de São Francisco do Conde, Unilab, Secult, MinC
Coordenação Secult
77BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
CIDADES CRIATIVAS
Natureza Cidades criativas
Iniciativa Ofi cinas Economia Criativa e Cidades Criativas
DescriçãoApresentar um novo caminho de desenvolvimento regional,
proporcionando geração de riqueza local, qualidade de vida, empregos e
renda por meio da economia criativa.
Situação Concluído (realização de 11 ofi cinas no estado da Bahia)
Metas Realizar de 11 ofi cinas no estado da Bahia
Recurso R$ 230 mil
Fonte de Recurso Recursos próprios do Sebrae-BA
Instituições Envolvidas Sebrae
Coordenação Sebrae-BA
TERRITÓRIOS CRIATIVOS
Natureza Territórios Criativos
Iniciativa Espaços Interativos
DescriçãoImplantação de espaços interativos, através da instalação de
equipamentos de experimentos científi cos, em praças públicas de
munícipios baianos, visando a popularização da ciência e tecnologia.
Situação Não iniciado
Metas Implantar 40 espaços interativos no interior da Bahia.
Recurso Aproximadamente R$ 4.800.000,00
Fonte de Recurso Fonte 121
Instituições Envolvidas SECTI
Coordenação SECTI
78 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
mento, uma foi concluída e três ainda não
foram iniciadas.
RECOMENDAÇÕES PARA UM MODELO DE GESTÃODA CARTEIRA DE INICIATIVAS
Para que as iniciativas do Bahia Criativa pos-
sam cumprir a sua fi nalidade, faz-se necessá-
rio o fortalecimento de mecanismos de ges-
tão que estimulem o diálogo entre os diversos
atores governamentais e não governamentais
envolvidos. Além disso, é necessária a cons-
trução de um plano estratégico para a econo-
mia criativa no estado da Bahia.
Comitê gestor
Recomenda-se a instauração, por meio de
decreto estadual, de um comitê gestor para
gerenciar a carteira de iniciativas, contribuin-
do para que as metas sejam cumpridas. Re-
comenda-se a participação das instituições
abaixo relacionadas:
I. Secretaria de Cultura
II. Secretaria de Planejamento
79BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
III. Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Inovação
IV. Secretaria da Educação
V. Secretaria da Indústria, Comércio e Mi-
neração
VI. Secretaria de Trabalho, Emprego, Ren-
da e Esporte
VII. Secretaria de Turismo
VIII. Secretaria da Fazenda do Estado da
Bahia
IX. Agência de Fomento do Estado da
Bahia (Desenbahia)
X. Instituto de Radiodifusão Educativa da
Bahia (Irdeb)
XI. Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado Bahia (Fapesb)
XII. Superintendência de Estudos Sociais e
Econômicos (SEI)
XIII. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae)
XIV. Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (Senac)
XV. Serviço Social da Indústria (Sesi)
XVI. Serviço Nacional de Aprendizagem In-
dustrial (Senai)
XVII. Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB)
XVIII. Rede de Formação e Qualifi cação em
Cultura da Bahia
XIX. Representante do Fórum de Dirigentes
Municipais de Cultura
XX. Representantes das Universidades Fe-
derais e Estaduais
XXI. Representantes da iniciativa privada
que atuam no segmento criativo
XXII. Representante do Ministério da Cultura
da Regional Bahia/Sergipe.
O comitê gestor deverá se reunir quadrimes-
tralmente e terá como atribuições:
Formular um plano estratégico para a eco-
nomia criativa na Bahia.
Elaborar o plano de ação anual para área
da economia criativa.
Elaborar o relatório anual de atividades re-
lacionadas às diretrizes e iniciativas para o
desenvolvimento da economia criativa na
Bahia.
Aprovar o plano de acompanhamento, mo-
80 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
nitoramento e avaliação das iniciativas ma-
peadas no documento.
A Secretaria Executiva do Bahia Criativa será
exercida pela Superintendência de Promoção
Cultural da Secretaria de Cultura do Estado
que se responsabilizará pelas atribuições con-
cernentes, quais sejam:
Modelo de governança
Recomenda-se utilizar, como base, o modelo
já instituído para os programas de governo,
por meio do Decreto nº 14.219, de 27 de no-
vembro de 2012, publicado no Diário Ofi cial
de 28 de novembro de 2013, cuja estrutura
acolhe arranjos institucionais como conse-
lhos, fóruns, comitê.
O modelo pode ser descrito da seguinte maneira:
O comitê gestor do Bahia Criativa institui o
seu Grupo Técnico de Trabalho (GTT) com
representantes de todas as instituições
executoras ou parceiras.
Poderá compor o GTT, a convite do comitê
gestor, representantes de órgãos da adminis-
tração pública das esferas federal, estadual e
municipal, de organizações não governamen-
tais, bem como especialistas em assuntos li-
gados a sua área de atuação, cuja presença
se considere necessária às atividades.
Também serão formados GTT por linhas de
atuação (formação, fomento, informação e
refl exão, promoção e territórios criativos e ou-
tras que o comitê gestor estabelecer). A com-
posição destes GTT será com as instituições
que têm iniciativas para a linha em questão.
O GTT deve acompanhar e instrumentali-
zar as iniciativas mapeadas, propor novas
iniciativas, consolidar parcerias e formular
estratégias para execução da Carteira.
O GTT deve subsidiar o comitê gestor na
elaboração dos planos estratégico, de ação
e de acompanhamento, monitoramento e
avaliação.
Em reuniões regulares, cuja periodicidade
deverá ser defi nida pelo GTT, os relatórios
81BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
de acompanhamento, monitoramento e
avaliação deverão ser analisados.
Estas reuniões podem ser em uma sala de
gestão com a presença do GTT, ou GTT
mais comitê gestor ou uma sala de integra-
ção (com a presença dos titulares das insti-
tuições que fazem parte do comitê gestor).
�
O modelo de governança da carteira de ini-
ciativas do Bahia Criativa pode ser visualizado
pela Figura 2.
Monitoramento e avaliação
A transversalidade do segmento criativo de-
manda um consistente conjunto de ferra-
mentas que auxilie o acompanhamento sis-
temático, permanente e tempestivo do seu
desenvolvimento. Este conjunto deve ser de-
MODELO DE GOVERNANÇA DA CARTEIRA DE INICIATIVAS DO BAHIA CRIATIVAFigura 2 •
GTT • CarteiraIniciativas
Bahia Criativa
GestãoPolítio-estratégico
Informação Decisão
Execução
GerenciamentoTático-estratégico
Execução
GTT • Linha 1 GTT • Linha 2 GTT • Linha 3
Fonte: SEPLAN
Sala deIntegração
ComitêGestor
Grupo Técnicode Trabalho
82 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
fi nido pelo comitê gestor, ao construir o mo-
delo de acompanhamento e monitoramento
das iniciativas mapeadas pelo Bahia Criativa
(e outras que venham a ser implementadas).
É fundamental, para o devido monitoramento
da carteira de iniciativas, a ampliação de fer-
ramentas e sistemas de informações que per-
mitam a aferição de seus resultados. Portan-
to, a carteira demanda o acompanhamento de
importantes bases de dados e indicadores da
atividade em nível macro, tais como: a) núme-
ro de estabelecimentos formais do segmento
criativo; b) número de empregos do segmento
criativo; c) rendimento médio do trabalhador
do segmento criativo; d) total de ocupados
do segmento criativo, e e) rendimento médio
dos ocupados do segmento criativo.
Recomendam-se, também, avaliações pe-
riódicas que permitam aferir a efi cácia e a
efi ciência de cada iniciativa. Neste caso, em
2015, deve ser realizada uma avaliação com
o objetivo de aferir o grau de cumprimento
das metas da carteira de iniciativas, dos fato-
res que infl uenciaram o desenvolvimento e o
desempenho do plano e indicar providências
para melhorar a execução, de modo a contri-
buir para assegurar o cumprimento das metas
propostas. Além disso, devem ser avaliados
os resultados das iniciativas que estavam con-
cluídas e em andamento na ocasião do lança-
mento do Bahia Criativa.
Numa perspectiva de médio prazo, o ano de
2020 é o horizonte fi nal para avaliação dos
resultados de todas as iniciativas propostas.
Nesse ano deve ser realizada uma avaliação
da efetividade das iniciativas. Deve ser iden-
tifi cado um conjunto de indicadores de pro-
cessos e produto, a ser proposto pelo GTT, e
indicadores de atividade em nível macro.
A gestão do Bahia Criativa: Diretrizes e Ini-
ciativas para o Desenvolvimento da Econo-
mia Criativa na Bahia deve prever a apre-
sentação e a divulgação dos principais
resultados obtidos aos órgãos colegiados
relacionados à economia criativa. Além dis-
so, deve ser também ser apresentado ao
Conselho de Desenvolvimento Econômico
e Social da Bahia (Codes-BA), que discute
83BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
e elabora políticas públicas voltadas para o
desenvolvimento do estado.
As iniciativas elencadas neste documento
devem estar registradas em ambiente vir-
tual, com possibilidade de atualização do
status das ações elencadas e divulgação
das mesmas. Neste espaço deverá estar
elencado todas as instituições atuantes no
setor.
A Seplan deverá participar de todos os even-
tos de monitoramento e avaliação, com o in-
tuito de identifi car impactos entre ações do
Bahia Criativa e os programas do PPA que tra-
tem de questões afi ns. Assim, mantém-se um
Fo
to: G
ilber
to S
ilva/
AS
N B
ahia
Antiga Sede do Qualicultura. Atualmente o projeto funciona no Forte do Barbalho
84 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
fl uxo permanente de colaboração e sinergia
entre essas categorias de planejamento.
AVANÇOS E LACUNAS NAS POLÍTICAS PARA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA:UM BALANÇO INICIAL
O Documento Bahia Criativa objetivou siste-
matizar as principais iniciativas relativas ao
desenvolvimento da economia criativa no es-
tado da Bahia. Foram mapeadas 74 iniciativas,
entre programas, projetos e ações, formula-
das e executadas no período de 2007 a 2013.
A análise da carteira de iniciativas, construída
nesse documento, forneceu indícios sobre os
avanços e lacunas nas políticas voltadas para
este segmento na Bahia.
A linha de atuação informação e refl exão reú-
ne iniciativas relacionadas à produção de indi-
cadores, estudos e pesquisas sobre economia
criativa no estado. Já é sabido que tal produ-
ção, de modo geral, ainda é incipiente, não
apenas na Bahia, mas em todo o país. Nesse
sentido, as ações mapeadas buscam adensar
a compreensão/refl exão dos segmentos cria-
tivos, além de promover refl exões e gerar da-
dos e informações específi cas sobre determi-
nado segmento. Houve avanços relevantes no
que se refere a publicações e ao amadureci-
mento das discussões técnicas sobre econo-
mia criativa. No total, foram identifi cadas cin-
co ações de publicação, com destaque para a
coleção Infocultura (que reúne estudos sobre
diversos temas, como Carnaval, Centro Anti-
go de Salvador e Economia do Audiovisual).
Nesta linha foi identifi cada, ainda, a realização
de alguns encontros e seminários, entretanto,
ressalta-se que tais iniciativas são de caráter
pontual, devendo haver maior constância.
Faz-se necessário avançar, ainda, na criação
de colegiados dos segmentos da economia
criativa e, sobretudo, no desenvolvimento de
indicadores que mensurem adequadamente o
crescimento e a importância desses segmen-
tos no contexto geral da economia baiana.
Os sistemas indicadores de cultura previstos,
quando em pleno funcionamento, permitirão
mensurar os atores culturais criativos em di-
versas variantes, e também servirá de subsí-
dio para a elaboração de políticas públicas.
85BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
Tais indicadores devem ser acompanhados
por um sistema único e centralizado, de for-
ma que se possam fazer análises de seus re-
sultados e das tendências de crescimento, a
exemplo do SIIC.
As iniciativas referentes à linha de atuação
formação e qualifi cação envolvem educação
profi ssionalizante, capacitação na formulação
e gestão de projetos e formação e profi ssio-
nalização para a gestão de empreendimentos
dos segmentos criativos. Nesse aspecto, hou-
ve grande avanço na educação profi ssionali-
zante, sobretudo com as iniciativas da Secult,
da SEC, da SECTI, da Setre, do Senai e do
Sebrae, em parceria com outras instituições.
Vale destacar que, nesse caso, a educação
profi ssionalizante deve continuar e até ex-
pandir seus limites para atender à demanda
crescente dos segmentos criativos, visando
ao aumento contínuo da competitividade
dos produtos e serviços da economia criativa
baiana. Precisa ainda avançar nas chamadas
competências criativas, seja na gestão de pro-
jetos, no desenvolvimento de novos modelos
de negócios, ou ainda na gestão das empre-
sas da economia criativa, em temas como es-
tratégia, fi nanças, marketing, relações huma-
nas, logística e outros.
Na linha de fomento especializado, as inicia-
tivas envolvem assuntos como fi nanciamento
com recursos não reembolsáveis, fundos de
investimentos, fomento de inovação e tecno-
logia, sustentabilidade dos negócios e difusão
de informações, formalização de empresas e
criação de incubadoras. Dentro dessa orien-
tação, percebe-se um aumento dos fi nancia-
mentos não reembolsáveis, como os editais
da Secult e das linhas de crédito reembolsá-
veis, tanto do Banco do Nordeste do Brasil
S/A como da Desenbahia. Esse crédito, embo-
ra já esteja disponível, precisa evoluir na ade-
rência às necessidades e características dos
segmentos da economia criativa. É necessário
também a criação de linhas de investimen-
to em atividades culturais, caracterizadas de
maior risco do que outros setores.
Contudo, é necessário atuar com mais ênfase
nas questões ligadas à formalização de em-
86 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
presas, inovação e tecnologia e na ampliação
das incubadoras especializadas em segmen-
tos da economia criativa. Houve avanços pon-
tuais na criação de incubadoras, que precisam
ser ampliados.
A linha de ação promoção envolve iniciativas
como plataformas de comercialização, ca-
tálogos e eventos promocionais ligados aos
segmentos criativos. Nesse aspecto, houve
avanços na difusão de produções artísticas e
de audiovisual e nos eventos promotores nos
mercados regional e nacional.
Há de se investir mais na construção de pla-
taformas de comercialização, elaboração de
catálogos demonstrativos dos produtos e ser-
viços criativos baianos, realização de rodadas
de negócios e outras formas para promover a
comercialização dos produtos e serviços da
economia criativa da Bahia.
Por fi m, a linha de ação territórios criativos
envolve projetos que buscam articular inicia-
tivas em torno de determinados territórios
previamente identifi cados. Iniciativas com
foco segmentado também avançaram, como
o Parque Tecnológico, o Forte do Barbalho
(Forte dos Serviços Criativos) e o Forte de
Santo Antônio (Forte da Capoeira), com as
atividades empresariais de tecnologia, ceno-
grafi a e iluminação cênica e com as acade-
mias de capoeira, respectivamente. Houve
progresso, ainda, em iniciativas com foco ter-
ritorial, como o projeto Territórios Criativos,
do Sebrae, que envolve os territórios Cande-
al, Santo Antônio Além do Carmo, Bonfi m,
Ribeira, Rio Vermelho, Curuzu e Comércio,
em Salvador, além de Recôncavo, Ilhéus e
Porto Seguro.
É fundamental fortalecer e ampliar as ações
nesses territórios e eleger outras áreas para
atuação com foco territorial, sobretudo avan-
çando na articulação de iniciativas de diver-
sas instituições signatárias deste Documento
Bahia Criativa para canalizar esforços conjun-
tos em territórios previamente defi nidos, po-
tencializando os resultados por meio da con-
jugação dos esforços.
No estágio em que se encontra o desenvol-
87BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
vimento da economia criativa na Bahia, não
cabem mais ações isoladas ou sobrepostas
entre as instituições que promovem ou que,
de alguma forma, apoiam as iniciativas apre-
sentadas neste documento. Acredita-se que,
após a identifi cação e a sistematização das
iniciativas já existentes, as instituições de-
vem somar competências para que os resul-
tados auferidos sejam mais valorosos para a
sociedade.
Além disso, faz-se necessário um diagnóstico
sobre a participação e os impactos das ativida-
des criativas na economia baiana, identifi can-
do os setores com maior potencialidade em
termos de geração de ocupação e renda. Tam-
bém deve ser elaborado um plano estratégico
88
que estabeleça metas e diretrizes de longo prazo para o segmento criativo na Bahia.
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89BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA
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90 BAHIA CRIATIVA • DIRETRIZES E INICIATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA