In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: Igualdade e Diversidade no Acesso à Informação: da Biblioteca Tradicional à Biblioteca Digital – CBBD, 22., 2007, Brasília. Anais... Brasília: FEBAB, 2007. 1CD.
ÁREA: GESTÃO. SUB-ÁREA: Qualidade e produtividade de serviços em Unidades de Informação. BASE DE DADOS DE INFORMAÇÃO INDÍGENA: padrão adotado pela FUNASA para o sistema de informação indígena
Georgete Lopes Freitas1
Rosa Maria Pinto2
RESUMO: Apresenta a base de dados criada pela FUNASA para a disponibilização do sistema de
informação indígena. Base de dados - SIASI – FUNASA.
1 INTRODUÇÃO
O exercício da cidadania é meta das ações de construção e
disponibilização de um sistema de informação para a saúde indígena. Nessa
vertente, busca-se a implementação de um sistema que possibilite a
alimentação e acesso aos dados de saúde concernentes à população indígena
no Brasil.
Ressalta-se que a iniciativa da FUNASA está embasada no acreditar
que com a disponibilidade de informações e o controle da mesma, aliada ao
processo de atendimento in loco à população indígena se terá maior qualidade
e retorno social assim como a garantia do exercício da cidadania pelos
mesmos, a partir da conquista da informação e alimentação dos dados
concernentes às suas necessidades específicas.
Informações são imprescindíveis para viabilizar análises sobre as
múltiplas e complexas inter-relações entre desigualdades sociais, processo
saúde/doença e etnicidade existentes entre os povos indígenas, como o
registro epidemiológico. Conhecimentos fundamentais para o embasamento de
atuações políticas, inclusive por parte de lideranças indígenas, e de
intervenções com vistas à promoção da eqüidade em saúde.
Assim, a partir da participação indígena nos vários segmentos do
sistema de saúde, como os Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e os Agente
Indígenas de Saneamento (AISAN) espera-se que futuramente eles próprios
venham a fazer uso dessas informações com vistas a definir prioridades e
implementar estratégias mais adequadas no que concerne à saúde das
comunidades indígenas maranhenses.
________________ 1.Professora da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Mestre em Biblioteconomia – PUC-Campinas. Doutoranda em Educação – Universidade da Madeira – Uma, Portugal. 2. FUNASA/DSEI - MA. Graduada em Biblioteconomia - UFMA.
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2 O SIASI LOCAL: análise e discussão
A condução para os questionamentos quanto a estruturação dos
Pólos-Base, em virtude das Equipes Multidisciplinares em Saúde Indígena
(EMSI), hoje, constituem-se de profissionais contratados pelo Programa de
Saúde da Família Indígena (PSFI), foi baseada em informações dos
entrevistados através de relatos e documentos. Assim, enfoca-se que os Pólos-
Base foram estruturados a partir de 1999, através das discussões e atividades
relativas ao processo de mudança ocasionada na época quanto a implantação
do novo modelo de atenção à saúde indígena no Maranhão, realizadas pelas
Equipes de Saúde Indígenas (ESAI). A princípio, a distribuição desse espaço
geográfico era pensada como Sub-Distritos, levando em consideração as
especificidades sócio-culturais dos povos indígenas no Maranhão. Entretanto,
foram designados como Pólos-Base como preconizava a Política Nacional de
Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
Como inicialmente o SIASI foi implantado e disponibilizado aos DSEI
via Internet, no Maranhão, na sede do DSEI começou a ser operacionalizado
em 2000, na versão 1.0. Com a reestruturação do SIASI a nível nacional que
passou a ser denominado SIASI Local. Conforme já explicitado, no DSEI/MA o
SIASI Local foi implantado em 2002, na versão 1.0. Ainda nesse período, após
realização de Treinamento dos técnicos responsáveis pelo SIASI Local, em
Fortaleza, foi implantado na versão 2.0. A partir de 2004, passou a
operacionalizar na versão 3.0.
Nos Pólos-Base o processo difere, iniciou em 2002 precariamente, e
posteriormente sem continuidade em determinados Pólos-Base. Em 2004,
após o treinamento realizado em São Luis, uma equipe técnica composta de
técnicos do Departamento de Saúde Indígena (DESAI), do DSEI/MA e do
DATASUS se deslocou aos Pólos-Base para instalação da base local e iniciar o
processo de digitação do cadastramento das famílias. Porém, mesmo com os
responsáveis habilitados a operacionalizar o SIASI Local, houve Pólos-Base
que não foi possível darem continuidade na alimentação do mesmo, em virtude
da estrutura não estar compatível com a sua operacionalização (espaço físico e
equipamentos) e pela mobilidade de pessoal. Pois, os responsáveis são
contratados pelo PSFI.
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No DSEI/MA a coleta dos dados é de responsabilidade das EMSI
conjuntamente com os Agentes Indígenas de Saúde (AIS). Os formulários
estão disponíveis no DSEI, nas CASAI e nos Pólos-Base, e são: o Formulário
de Cadastro da Família Indígena; o Formulário de Consulta e Prontuário; o de
Imunizações (relatório de planejamento emitido pelo módulo de imunizações do
SIASI); o da Saúde Bucal; o Formulário de Referência e Contra-referência; o
Livro de Atividades dos AIS; e o Relatório Mensal. E cada um desses
formulários possui objetivos, métodos e responsáveis quanto ao preenchimento
dos mesmos para garantir a qualidade dos dados. Por enquanto o módulo da
saúde bucal não foi implantado no SIASI Local, os profissionais devem
entregar relatórios mensais de atividades à chefia do DSEI.
Os dados devem ser preenchidos no ponto de digitação mais
próximo de sua coleta. Por exemplo: nas CASAI são inseridos os dados que
foram produzidos nas referências hospitalares (consultas, diagnósticos,
resultados dos exames complementares, tratamentos, procedimentos etc.); nos
Pólos-Base os dados produzidos nas aldeias. Caso estes não possuam infra-
estrutura computacional, os mesmos são digitados no DSEI, o que ocorre com
as CASAI. Os dados são digitados por pessoas previamente treinadas. Para
isto o programa SIASI Local tem uma tela inicial de seleção onde são
identificados o lugar e abrangência dos dados inseridos.
No que diz respeito aos dados de morbidade, recomenda-se que
estes sejam inseridos por pessoas com domínio e/ou sob controle de pessoas
com experiência na Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), pois, o SIASI Local tem um
programa auxiliar que permite consultar integralmente a CID-10, para que o
responsável pela inserção dos dados de morbidade tenha familiarização e
prática conforme instrução de Coloma (2002, p. 3).
No SIASI Local os indicadores da saúde indígena são calculados
automaticamente e a apresentação é feita em quadro e gráficos em tempo real,
para facilitar a análise em todos os níveis de serviço.
No questionamento sobre a modificação do Sistema, observou-se
que em 2001, houve necessidade de reformulação em decorrência dos
problemas observados na operacionalização quando era feita via Internet.
Nessa época, o processamento dos dados e a geração dos relatórios eram de
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forma demorada. Decorridos cinco anos, verificou-se no treinamento realizado
em janeiro de 2006, que as modificações continuam ocorrendo, haja vista, que
os processos de mudanças ocorrem cada vez mais, nesta nova sociedade.
No DSEI/MA no que se refere às vantagens e desvantagens do
SIASI Local apontadas pelos sujeitos da pesquisa, observou-se que não
diferem das descritas no documento base do SIASI Local elaborado pela
Fundação Nacional de Saúde, assim, ressalta-se conforme Quadro 1.
VANTAGENS DESVANTAGENS
1. Processamento da informação local imediata;
2. O acesso imediato às informações, o que possibilita resoluções com maior rapidez e eficácia aos problemas de saúde dos indígenas maranhenses;
3. Obtenção de relatórios, indicadores e gráficos através da pirâmide populacional.
1. Por tratar-se de base local, no Pólo-Base
só permitirá comparações de dados com outros Pólos via Internet. E os mesmos ainda não contam com a estrutura de rede;
2. A transferência dos dados; 3. Os responsáveis não serem servidores
da FUNASA e sim contratados, pois com isso há mobilidade de pessoas, o que vem refletir na capacitação dos técnicos, que posteriormente, reflete na precisão das informações.
Quadro 1 – Vantagens e desvantagens apontadas pelos sujeitos sobre o SIASI Local no DSEI/MA
Quanto ao conhecimento do SIASI Local por parte dos indígenas,
destaca-se que de acordo com observações na pesquisa, a minoria, conhece o
objetivo do sistema através das suas lideranças, mas não com conhecimentos
aprofundados. Até o momento não há indígenas no Maranhão habilitados a
acessar o sistema, isto não implica que futuramente, fiquem habilitados, até
porque o DSEI/MA passa por reestruturação gerencial.
Com objetivo de demonstrar a importância do SIASI Local no
DSEI/MA, para os povos indígenas maranhenses como forma de alcançar o
exercício da cidadania plena ressalta-se que, após as análises dos
questionamentos, observações e participação no treinamento em 2006, sobre o
SIASI Local, houve necessidade de destacar também como resultado da
pesquisa, os módulos do sistema através de suas telas de inserção dos dados
para a produção dos indicadores de saúde necessários a FUNASA/DSEI/MA
para o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações de atenção
básica à saúde dos povos indígenas maranhenses.
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3 OS MÓDULOS DO SIASI LOCAL
A abordagem dos módulos do SIASI Local foi desenvolvida a partir
do treinamento realizado em São Luis, no período de 30.01 a 03.02.2006, o
que possibilitou realizar a análise das telas do Sistema.
É importante enfatizar que para acessar e operacionalizar o SIASI
Local o usuário deve ser cadastrado pelo Departamento de Saúde Indígena
(DESAI) (Figura 1).
Figura 1 – Tela de acesso do usuário no SIASI Local Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006a).
Este sistema está composto de três módulos de entrada de dados: o
Módulo Demográfico (permite o cadastro das famílias), o Módulo de
Imunização (controla a cobertura vacinal) e o Módulo de Morbidade (permite
acompanhar o estado de saúde através do controle ambulatorial).
O módulo demográfico inter-relaciona três grupos de variáveis:
domicílio, famílias e temporalidade de ocupação da residência. O domicílio é a
unidade residencial onde são prestados os serviços de saúde, eles estão sob a
responsabilidade dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e das Equipes
Multidisciplinares em Saúde Indígena (EMSI). Em cada domicílio (que é
numerado) as pessoas são identificadas nominalmente com as características
de idade, sexo, filiação e língua e pode estar ocupado por mais de uma família.
A atualização permanente dos dados da população mediante o
Cadastro Família (CAFI), com a identificação dos nascimentos e óbitos, assim
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como emigração e imigração, permitem a obtenção de indicadores com
qualidade esperada no menor tempo possível.
No ícone “cadastro”, há o cadastro de diversos indicadores. Todos
os cadastros devem obedecer às orientações e os procedimentos corretos,
conforme instruído no sistema. Isto, porque a informação deve ser precisa.
Quando na inserção dos dados, caso ocorra duplicidade, o sistema demonstra
na tela a “duplicidade do cadastro”. Após conclusão do cadastro a tela
permanece ativa.
O SIASI Local gera automaticamente todos os indicadores
demográficos. O gerador de relatórios permite responder as necessidades
segundo as demandas dos usuários (Figura 2).
Figura 2 – Tela de geração de relatórios demográficos Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006a).
Conforme demonstra a figura 2, a geração de relatórios é feita por
nomes, por quantitativos e por gráficos, como a pirâmide de população que é
estratificada por Município, Pólo-Base, Etnia e ano e gera simultaneamente
uma tabela com valores por cada faixa etária; de natalidade e de mortalidade
objetivando um acompanhamento quantitativo desses eventos selecionados
por mês/ano.
Dessa forma, demonstra-se uma tela de geração por nomes (Figura
3).
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Figura 3 – Tela de geração de relatório por nome (família) Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006a).
Verifica-se que essa tela permite a seleção de variáveis segundo
unidade de gestão (Pólo-Base, Aldeia, Município ou Estado) e associada com
as características da população (nome da pessoa, sexo, data de nascimento,
idade, etc.). Assim, após definição dos indicadores do relatório, executa-se a
ação que aparece a tela filtro, após a filtração do relatório, o mesmo fica
disponível na planilha Excel.
O módulo de imunização está associado ao módulo demográfico,
pois o esquema vacinal é registrado por pessoa. Cada pessoa deve ter
identificado os tipos de vacina aplicada, por dose com a identificação de cada
lote. O número de lote permitirá identificar grupos de pessoas que receberam
vacina da mesma procedência, o que facilita diversos procedimentos no caso
de haver problemas com a aplicação da vacina. Os itens em negrito são
suficientes para que o módulo possa realizar todas as operações (FUNDAÇÃO
NACIONAL DE SAÚDE, 2002b, p. 16).
O Relatório de Planejamento é impresso numa planilha onde
constam: a identificação do nome do sujeito a receber as doses de vacina; a
aldeia, número de domicílio, e número de família que pertence; e o nome da
vacina e número de dose que deve ser aplicada. No final do relatório aparece o
cálculo de doses das distintas vacinas e seringas que a equipe deve levar a
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aldeia para dar cobertura no período planejado. Neste cálculo estão previstos
as seringas para diluição e as margens por perda de material.
Para manter a veracidade e qualidade dos dados, além dos registros
rotineiros é fundamental manter uma coordenação interinstitucional. O sistema
gera ainda diversos relatórios e gráficos: relatório de pessoas a vacinar, cartão
vacina, quantidade de pessoas por doses, quantidade de doses, etc. (Figura 4).
Figura 4 – Tela de geração de relatório de cartão de vacina Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006a).
Conforme se observa na figura 4, ressalta-se que para gerar o relatório
“cartão de vacina”, primeiro acessa-se o ícone “família”, filtra a informação e
executa que posteriormente, aparece outra tela, onde se define a situação das
doses.
O módulo de morbidade associa-se ao demográfico, pois todos os
dados das informações clínicas são registrados para cada pessoa. Esse
módulo concentra e processa as informações de todas as intervenções
realizadas nas pessoas doentes em todos os níveis de gestão do Subsistema
de Saúde do Índio.
O princípio fundamental é registrar e acompanhar o “Itinerário
Diagnóstico Terapêutico” de cada pessoa. A informação deste itinerário permite
um acompanhamento por qualquer recurso humano da assistência prestada ao
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doente. Ele é especialmente importante por duas situações: a alta rotatividade
do pessoal médico e a necessidade de um controle de qualidade diagnóstico-
terapêutico.
Esta informação é fundamental para tomar conhecimento dos perfis
de morbidade e poder agir na prevenção e controle das principais patologias
presentes na população indígena, assim como evitar o excesso de óbitos
encontrados na mesma.
Em todos os três módulos, todos os indicadores, relatórios, tabelas e
gráficos podem ser exportados para outros programas nos formatos Word e
Excel, para que os usuários insiram estes dados em seus relatórios de análises
(Figura 5).
Figura 5 – Formato dos relatórios do SIASI Local Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006a).
A organização do fluxo de todas essas informações não é uma
atividade paralela na atenção à saúde, mas um instrumento que deve ser
utilizado pelas instituições, profissionais de saúde e usuários no exercício do
controle social.
No que se refere à recuperação da informação, enfatiza-se que o
SIASI como base de dados a nível central, permite aos usuários cadastrados o
acesso de duas formas: a primeira, através do Sistema de Informação da
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FUNASA denominado SCDWEB, em que todo servidor da instituição é
cadastrado e habilitado a acessar os sistemas que fazem parte do Sistema de
Informação da FUNASA, de acordo com sua área de atuação. No que se refere
ao SIASI nem todos os servidores da instituição têm acesso. Atualmente, os
servidores que têm acesso são: a chefia do DSEI/MA, o responsável pelo
SIASI Local na sede do DSEI/MA e os responsáveis nos Pólos-Base. Esta tela
demonstra um usuário cadastrado em quais sistemas tem acesso na FUNASA
(Figura 6).
Figura 6 - Tela de usuário do Sistema de Informação da FUNASA Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006b).
A segunda, via Internet através do endereço:
http//sis.funasa.gov.br/siasi/. No entanto, conforme mencionado, o usuário tem
que estar habilitado pelo Departamento de Saúde Indígena/Fundação Nacional
de Saúde (DESAI/FUNASA) para executar o acesso ao SIASI, conforme se
demonstra na Figura 7.
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Figura 7 - Tela de reabilitação do usuário a base de dados SIASI via Internet Fonte: Fundação Nacional de Saúde (2006b).
Cabe registrar que nas consultas realizadas através do SCDWEB e
da Internet, as informações estão disponibilizadas somente como planilhas
fixas, ou seja, para emissão de relatórios e/ou para obtenção das informações
inerentes às necessidades dos usuários. Isto significa que não podem ser
alterados os dados constantes nos módulos que compõem o SIASI. Esta
operação será feita através da base de dados SIASI Local implantada no DSEI
e nos Pólos-Base. Conforme planejado, o SIASI fornece informações em
formato de relatórios ou gráficos.
4 CONCLUSÃO
Em face do exposto, verificou-se que a base de dados SIASI Local
dispõe de diversificados indicadores sobre a saúde indígena maranhense.
Assim, destaca-se que esta, atualizada, possibilita subsídios aos gerentes da
FUNASA/Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (DSEI/MA) no
planejamento operacional, no monitoramento e na avaliação das ações de
saúde aos povos indígenas no Maranhão.
Com destaque à busca pela cidadania plena, enfoca-se que ser
“cidadão pleno” é usufruir os direitos preconizados na Constituição Federal,
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quando enfatiza que todos são iguais perante a lei e que tem garantia de
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade e à segurança e
àquele que fosse titular dos direitos civis, político e sociais.
Em se tratando do direito à saúde que é garantido pelo direito social,
ressalta-se que a garantia de sua existência depende da eficiência da máquina
administrativa do Poder Executivo. Assim, os direitos sociais permitem que a
sociedade politicamente organizada reduza o excesso de desigualdades.
Nessa perspectiva, vale ressaltar que a partir de fevereiro de 2006, o
DESAI propõe uma reestruturação gerencial e administrativa no DSEI/MA
quanto à operacionalização e à execução das ações de saúde aos povos
indígenas maranhenses, e assim, os Pólos-Bases passam a operacionalizar a
base SIASI Local, versão 3.0.0. Porém, até a conclusão do estudo essas
propostas não estavam concretizadas, por motivos de mais uma reorganização
política na atenção à saúde indígena no Maranhão.
Ressalta-se que o SIASI Local como base de dados específica aos
povos indígenas é de suma importância à população indígena maranhense,
gerenciada e operacionalizada pelo DSEI/MA, no almejo à busca pela
cidadania plena, em virtude de que no Brasil é a única desenvolvida
especificamente à população indígena na geração de indicadores relativos aos
agravos que essa população é acometida. Indicadores estes que são utilizados
para o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações de atenção
básica à saúde dos povos indígenas.
Nesse sentido, para gerenciar e operacionalizar o SIASI Local o
Bibliotecário deve habilitar-se como Especialista em Sistemas por meio da
busca de conhecimentos sobre a utilização das ferramentas disponibilizadas
pelas TICs em parceria com o Especialista em Informática, qualificar-se sobre
Gestão em Saúde Pública e etnicidades.
REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Disponível em http://sis.funasa.gov.br/siasi/.