AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
BIBLIOTECA ESCOLAR: UM INCENTIVO A LEITURA
VEREDIANA VIEIRA KELLER
ORIENTADOR: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO
COLNIZA/2013
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
BIBLIOTECA ESCOLAR: UM INCENTIVO A LEITURA
VEREDIANA VIEIRA KELLER
ORIENTADOR: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO
"Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção de titulo de Especialização em Educação Interdisciplinar com Ênfase em Educação Infantil e Alfabetização."
COLNIZA/2013
RESUMO
A biblioteca é de suma importância para a construção de conhecimento
realizado, desde a sua origem o homem usou diversos suportes para a escrita,
sendo que não se tem uma data certa de sua criação. No Brasil a registros que a
biblioteca pública tenha se instalado no país a partir do ano 1811. A pesquisa segue
uma abordagem quantitativa e qualitativa, foi utilizada a metodologia de revisão
bibliográfica e foram realizadas visitas a três escolas urbanas de Colniza-MT e na
Biblioteca municipal. Por fim foi feito a análise e exposição dos dados coletados. Os
resultados mostraram que a biblioteca A e C, são as que melhor atendem os
usuários e as bibliotecas D e E, precisam de investimentos e se adequar com a Lei
n° 12.244 que determinou a universalização das bibliotecas escolares.
Palavras Chaves: biblioteca, escolar, pública.
GROSSÁRIO
Acervo: conjunto de obras de uma biblioteca, de um museu.
Biblioteca: Conjunto de livros, manuscritos, etc., possuídos por um particular ou
destinados à leitura pública.
Linho: planta ereta com folhas lineares.
Imprensa: atividade de imprimir jornais ou revistas; arte de imprimir.
Monopólio: posse, direito ou privilégio exclusivos sobre a exploração, produtos,
distribuição ou venda de determinado produto.
Mosteiros: casa, geralmente em local retirado, onde vivem, em comunidade,
monges ou monjas.
Papel: produto da celulose de várias plantas, reduzido a folhas secas e finas,
destina-se principalmente à escrita.
Papiro: planta própria de terrenos inundados, a partir da qual os antigos Egípcios
faziam folhas finas para escrever.
Pergaminho: pele de animal tratada e usada como material de escrita e
encadernação.
Rolo: manuscrito antigo em papiro, pergaminho ou pele, que se enrolava num pau
de forma cilíndrica.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................05
1. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................06
1.1 A origem da Biblioteca..........................................................................................06
1.2 Os Principais suportes de registro inventado pelo homem..................................07
1.3 A Biblioteca pública no Brasil...............................................................................10
1.4 Biblioteca escolar.................................................................................................11
1.5 Bibliotecas escolares como incentivo a leitura.....................................................14
2. BIBLIOTECAS URBANAS NA CIDADE DE COLNIZA/MT....................................16
2.1 Biblioteca A...........................................................................................................20
2.2 Biblioteca da escola B..........................................................................................21
2.3 Biblioteca da escola C..........................................................................................22
2.4 Biblioteca da escola D..........................................................................................24
CONCLUSÃO............................................................................................................26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................27
ANEXOS....................................................................................................................30
INTRODUÇÃO
A primeira biblioteca que surgiu foi a de Alexandria, no Egito, que reuniu o
maior acervo de cultura da antiguidade, fundada por, Alexandre, o Grande, por volta
do ano 332 a.C. Entre os séculos II e I a.C. O acervo da biblioteca continha rolos de
papiros medindo 25 cm de altura por 11 metros de comprimento. As palavras
escritas nos rolos não possuíam separação, vírgula ou acentuação. Desde a
antiguidade até o final da Idade Média foram utilizados diferentes suportes como
base para o registro de conhecimentos: a pedra, o barro, a madeira, o linho, a seda,
o papiro, o pergaminho e o papel.
Como qualquer outro equipamento escolar, a biblioteca precisa estar
enraizada no projeto pedagógico da escola. O acervo revela muito a respeito do tipo
de serviço que presta a seus usuários e, por isso, é fundamental dar atenção à
diversidade, à qualidade e à quantidade do material oferecido.
A análise e exposição dos dados das bibliotecas urbanas de Colniza –MT
coletados, mostraram que a biblioteca A e C, são as que melhor atende os usuários
e as bibliotecas D e E, precisam de investimentos e se adequar com a Lei n° 12.244
que determinou a universalização das bibliotecas escolares.
O primeiro capitulo fará um levantamento teórico sobre a origem da
biblioteca, dos principais suportes utilizados como base de registros inventados pelo
homem, do surgimento da biblioteca no Brasil e sobre a importância da biblioteca
para a sociedade. No segundo capitulo será abordado sobre as bibliotecas
(municipais e escolares urbanas) do município de Colniza-MT,
1 REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 A ORIGEM DA BIBLIOTECA
Segundo ARAÚJO e OLIVEIRA (2005), conhecer a origem das bibliotecas
implica em abordar a produção de conhecimentos e registros de conhecimentos,
pois, desde a sua origem na Antiguidade Clássica, a biblioteca é um espaço de
preservação dos conhecimentos gerados pela humanidade a partir de diferentes
sociedades.
A origem exata da biblioteca é desconhecida, porém as mesmas aparecem
na era histórica, quando tem inicio a preservação dos registros escritos de
conhecimentos.
De acordo com o DICIONÁRIO online de Português (2013), a palavra
biblioteca surgiu do grego bibliothéke e significa coleção pública ou privada de livros
e documentos congêneres, organizada para estudo, leitura e consulta. Estante ou
outro móvel onde se guardam, ordenam ou arquivam livros, fitas magnéticas, etc.
Segundo ANDE e LEMOS (2011), a primeira biblioteca que surgiu foi a de
Alexandria, no Egito, que reuniu o maior acervo de cultura da antiguidade, fundada
por, Alexandre, o Grande, por volta do ano 332 a.C. Entre os séculos II e I a.C.,
Alexandria, que passa a fazer parte do Império Romano, tornou-se a capital da
ciência e da filosofia, a biblioteca atingiu seu apogeu com cerca de 700 mil textos em
diversos volumes. O acervo da biblioteca continha rolos de papiros medindo 25 cm
de altura por 11 metros de comprimento. As palavras escritas nos rolos não
possuíam separação, vírgula ou acentuação, Protocollon era o nome dado à página
que abria o rolo daí surge a nossa palavra “protocolo”.
Há indícios e comprovações de grandes bibliotecas na antiguidade. Dentre elas, cita-se a biblioteca de Nipur, na Babilônia, descoberta em um templo, com registros em tábuas de argila e em escritas cuneiforme. Também famosa é a biblioteca de Assurbanipal, rei da Assíria que viveu no século VII a.C. A biblioteca situa-se em seu palácio na cidade de Ninive e contava com milhares de tabletes de argila com transcrições e textos sobre os mais variados assuntos, coletados sistematicamente pelo rei em outros templos do seu reino. A mais famosa biblioteca da Antiguidade ficava na Alexandria, no Egito e seu desaparecimento deveu-se a saques de conquistadores, fanáticos religiosos e a desastres naturais. Na idade média, as igrejas e mosteiros foram os grandes guardiões dos ricos acervos das antigas bibliotecas. Esse fato coincide com a riqueza e o poder da igreja, que,
naqueles séculos, não só produzia, mas também legitimava o conhecimento (ARAÚJO e OLIVEIRA, 2005, p.32)
Conforme COMO SURGIU (2012), durante a Idade Média, a Europa
Ocidental esteve sob o domínio cultural da Igreja Católica. Por essa razão, as
bibliotecas ficaram restritas aos mosteiros. A Igreja monopolizou a comunicação
escrita: a cópia e iluminação (desenhos pintados) de manuscritos, era feita
sobretudo em mosteiros e conventos.
Mais tarde, segundo COMO SURGIU (2012), durante o Renascimento
(período de Renovação artística, literária e cientifica, situado entre os séculos XIV e
XV, é que, se realizou no plano estético, como pintura, escultura e arquitetura, tendo
em conta os modelos da cultura clássica greco-romana) duas forças impulsionaram
o desenvolvimento de bibliotecas. De um lado, as universidades criaram as
primeiras bibliotecas públicas, destinadas principalmente ao uso de professores e
alunos. De outro, nobres e sábios, ou simplesmente colecionadores apaixonados de
manuscritos, deram grande impulso à criação de bibliotecas privadas, que
aumentaram em número e quantidade durante os séculos XIX e XV.
1.2 OS PRINCIPAIS SUPORTES DE REGISTRO INVENTADO PELO HOMEM
De acordo com ARAÚJO e OLIVEIRA (2005), desde a antiguidade até o final
da Idade Média foram utilizados diferentes suportes como base para o registro de
conhecimentos: a pedra, o barro, a madeira, o linho, a seda, o papiro, o pergaminho
e o papel.
Segundo MILANESI (2002):
LIVRO DE BARRO
Livro de Barro: 22.000 placas de argila gravadas, integram a coleção da mais
antiga biblioteca de que se tem notícia. Construída sete séculos antes de Cristo. As
placas de argila estavam gravadas em escrita cuneiforme e guardavam todo o saber
da Mesopotâmia.
Imagem 01 livro de barro
07
Fonte: COMO SURGIU (2012)
PAPIRO
A base de registro que mais se desenvolveu na antiguidade foi o papiro, cuja
existência foi simultânea a outras formas de suportes. Egípcios, gregos e romanos
usaram esse primitivo papel feito com as fibras do Cyperus papyrus, abundante nas
margens do Rio Nilo. O texto era escrito em colunas, formando faixas de vários
metros, enroladas em torno de uma haste.
O rolo de papiro denominava-se volumen. Uma obra poderia ser
apresentada em vários volumes. Para lê-la tornava se necessário uma certa
habilidade física do leitor: enrolar uma extremidade e desenrolar a outra. Uma vasta
coleção de rolos de papiros existia na mais conhecida biblioteca da Antiguidade: a
de Alexandria, no Egito. Segundo consta existia lá cerca de 700 000 rolos
Imagem 02 Mostra papiro em papel
Fonte: COMO SURGIU (2012)
PRENSA
A invenção da imprensa por Johan Guttenberg, em 1452, e seu
desenvolvimento nos séculos seguintes, houve grandes modificações na produção,
no armazenamento e na difusão do conhecimento. Esse fato ocasionou o
rompimento do monopólio que a Igreja exercia na geração e guarda dos
conhecimentos. Até então, o acesso aos conhecimentos, como a consultas em
bibliotecas, constituía-se em privilégio da elite. A criação de Guttenberg e o
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processo e fabricação do papel facilitaram, aos poucos, a democratização dos
conhecimentos e do livro. Esses eventos permitiram maior produção de registros
impressos e levaram a biblioteca a uma condição de maior importância à época.
Imagem 03 Prensa inventada por Johan Guttenberg em 1452
Fonte: COMO SURGIU (2012)
SURGIMENTO DO PAPEL
Segundo DO PAPIRO (2013), o papel como conhecemos surgiu na China no
início do século II, através de um oficial da corte chinesa, a partir do córtex de
plantas, tecidos velhos e fragmentos de rede de pesca. A técnica baseava-se no
cozimento de fibras do líber - casca interior de certas árvores e arbustos -
estendidas por martelos de madeira até se formar uma fina camada de fibras.
Posteriormente, as fibras eram misturadas com água em uma caixa de madeira até
se transformar numa pasta. O papel é considerado o principal suporte para
divulgação das informações e conhecimento humano. Dados históricos mostram que
o papel foi muito difundido entre os árabes, e que foram eles os responsáveis pela
instalação da primeira fábrica de papel na cidade de Játiva, Espanha, em 1150 após
a invasão da Península Ibérica. No final da Idade Média, a importância do papel
cresceu com a expansão do comércio europeu e tornou-se produto essencial para a
administração pública e para a divulgação literária
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Figura 04: fabricação de papel no século II
Fonte: DO PAPIRO (2013)
Depois do papiro e do pergaminho, o papel se fixou como o novo suporte
para a escrita e o registro da informação. O preço elevado do pergaminho, causado
pela produção limitada, diante de um mercado em crescente aumento, se tornou um
obstáculo que restringia a divulgação da cultura. Esta, não podia continuar como
privilégio dos ricos e poderosos, dos mosteiros e das dinastias. Assim, a procura
pelo pergaminho – que não era atendida pelos produtores – precipitou o
aparecimento do papel.
1.3 BIBLIOTECA PÚBLICA NO BRASIL
Segundo HISTORIA (2012), a primeira biblioteca pública oficial do Brasil foi
a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, cujo acervo original foi trazido com a família
real e a corte portuguesa, em 1808, quando Portugal foi invadido pelas tropas de
Napoleão. Até então, durante todo o período colonial brasileiro, havia somente
bibliotecas particulares e de conventos, destinadas a poucos e usuários. O núcleo
deste acervo (hoje incalculável pelo seu valor histórico) tem origem na antiga Real
Biblioteca ou Livraria Real, criada no reinado de D.José I (1750 – 1777). Na verdade,
esta Real Biblioteca substituía à anterior, muito mais antiga (iniciada por D. João I,
que reinou de 1385 -1433) e que havia sido totalmente destruída pelo terremoto e
pelo incêndio que ocorreram em Lisboa no dia 1º de novembro de 1755. Esta
biblioteca era constituída pela Livraria Real (biblioteca privativa dos monarcas) e a
do Infantado (biblioteca destinada aos infantes, filhos dos soberanos portugueses).
A história desta biblioteca, que resulta na Biblioteca Nacional brasileira, perpassa
boa parte da história de Portugal e faz parte do término do período colonial no Brasil.
A fundação da Biblioteca Nacional, HISTORIA (2012), ocorreu oficialmente
em 29/10/1810, mas até 1814 quando foi franqueada ao público, ela era restrita
apenas à família real e a poucos estudiosos, sendo que estes tinham de pedir
autorização para consultá-la. A segunda biblioteca pública brasileira foi inaugurada
na cidade de Salvador em 1811, por iniciativa particular (portanto, não
governamental) de Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco, com contribuições dos
seus sócios. Alguns consideram, porém, que esta é a primeira biblioteca pública,
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pois a Biblioteca Nacional só foi aberta ao público em 1814. Em São Paulo, a
Biblioteca Mário de Andrade (considerada a segunda maior biblioteca brasileira,
depois da Biblioteca Nacional), foi criada em 1926, resultando da absorção, por
parte da antiga Biblioteca Pública Municipal, de diversos acervos particulares e da
Biblioteca Pública do Estado. Ganhou o nome Mário de Andrade em 1960.
Para SUAIDEN (1980, p. 4), “a primeira biblioteca pública fundada no Brasil
foi a Biblioteca Pública da Bahia”, pois “[ . . .] as bibliotecas fundadas anteriormente,
como as dos conventos, não eram públicas, e a Biblioteca Real do Rio de Janeiro já
existia em Lisboa, havendo, portanto, no caso, apenas a transferência de sede.”
Analisando a literatura da área percebemos que a visão de Emir Suaiden é mais
aceita pela maioria dos pesquisadores, até pelo fato de que a Biblioteca Real do Rio
de Janeiro, instalada no hospital dos Terceiros Carmelitas, só ter aberto suas portas
à população três anos mais tarde, como reconhece o próprio Souza. Assim, optamos
pela visão de SUAIDEN, onde a primeira Biblioteca Pública do Brasil e da América
Latina foi a instalada no antigo Mosteiro de São Bento (ou antigo Colégio dos
Jesuítas), popularmente conhecida como Biblioteca Pública da Bahia, fundada em 4
de agosto de 1811 em Salvador por iniciativa pessoal de um senhor de engenho,
Pedro Gomes Ferrão de Castello Branco.
1.4 BIBLIOTECA ESCOLAR
No Brasil, a biblioteca escolar é desvalorizada pela ausência de recursos
informacionais, financeiros, humanos, infra-estruturais precárias, bibliotecário
desqualificado, educadores descompromissados, gestores desinformados sobre a
função de uma biblioteca, além de fatores externos e internos que levam à sua não
utilização.
Conforme A RELEVÂNCIA (2013), um armário trancado, situado numa sala
de aula, aos quais os alunos só têm acesso se algum professor se dispõe a abri-lo
(...) quando a chave é localizada. Outras vezes, a biblioteca, razoavelmente
instalada, funciona em horários breves e irregulares, sendo uma verdadeira loteria
adivinhar quando ela estará aberta. Há situações em que o espaço da biblioteca
escolar é utilizado não como lugar de estudo, de pesquisa ou leitura, mas de
punição. É o espaço onde os alunos vão copiar verbetes, trechos ou parágrafos dos
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mesmos livros e enciclopédia ‘receitados’ pelos professores, ‘desde os tempos
imemoriais.
Segundo a Lei Nº 12.244 de 24 de Maio de 2010, as instituições de ensino
públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com
bibliotecas. Considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais
videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta,
pesquisa, estudo ou leitura. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de,
no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de
ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como
divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das
bibliotecas escolares. Os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços
progressivos para que a universalização das bibliotecas escolares, seja efetivada
num prazo máximo de dez anos.
O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), desenvolvido desde
1997, tem o objetivo de promover o acesso à cultura e o incentivo à leitura nos
alunos e professores por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de
pesquisa e de referência. O programa incentiva a apropriação e o domínio do código
escrito que contribuem significativamente para o desenvolvimento de competências
e habilidades importantes para que os educandos e educadores possam transitar
com autonomia pela cultura letrada. O investimentos contínuo na avaliação e
distribuição de obras de literatura têm por objetivo fornecer aos estudantes e seus
professores material de leitura variado para promover tanto a leitura, como fonte de
fruição e reelaboração da realidade, quanto a leitura como instrumento de ampliação
de conhecimentos, em especial o aprimoramento das práticas educativas entre os
professores.
Conforme o site DO PAPIRO (2013), o consumo de livros no Brasil só não é
maior por uma questão de hábito. Uma das causas da falta de hábito é que a leitura
tem que disputar espaço com outras formas de entretenimento. As grandes editoras
do Brasil surgiram junto com o rádio e a televisão que, de alguma forma, são meios
de lazer baratos e de fácil acesso. A distribuição e a divulgação de livros no Brasil
são precárias. Não há verba para se fazer divulgação de livros pela televisão, que é
uma mídia cara. E os jornais tratam como assunto de final de semana. "Um exemplo
disso é que na França a venda de jornais aumenta no dia em que são publicadas
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resenhas. No Brasil as resenhas são publicadas nos dias em que se vende mais
jornais".
Conforme BRITTO (2011), uma biblioteca escolar tem objetivo de:
• integrar-se ao projeto pedagógico e cooperar com o currículo da instituição de
ensino no atendimento às necessidades da comunidade escolar;
• estimular e orientar a comunidade escolar em suas consultas e leituras, favore-
cendo o desenvolvimento da capacidade de selecionar e avaliar;
• incentivar os educandos a pensar de forma crítica, reflexiva, analítica e criadora,
orientados por equipes inter-relacionadas (educadores + bibliotecários);
• proporcionar aos leitores materiais diversos e serviços bibliotecários adequados
ao seu aperfeiçoamento e desenvolvimento individual e coletivo;
• promover a interação do trinômio – professor-bibliotecário-aluno – facilitando o
processo ensino-aprendizagem;
• oferecer um mecanismo para a democratização da educação, permitindo o
acesso de um maior número de crianças e jovens a materiais educativos, seja
eles impressos, virtuais ou digitais e, através disso, dar oportunidade ao
desenvolvimento de cada aluno a partir de suas atitudes individuais;
• contribuir para que o corpo docente amplie sua percepção dos problemas educa-
cionais, oferecendo-lhe informações que o ajudem a tomar decisões no sentido
de solucioná-los, tendo como ponto de partida valores éticos e cidadãos.
De acordo com FERNANDES (2013), somos um país que lê pouco.
Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-livro, em São
Paulo, a média anual por pessoa é de apenas quatro livros e a maioria deles é
indicada pelos professores. O dado é alarmante sobretudo porque o cálculo também
inclui os didáticos. Mas o problema é ainda maior... Os brasileiros não estão sendo
seduzidos para a leitura, e 61% das crianças e dos jovens em idade escolar dizem
ler apenas por obrigação.
Esse triste retrato reforça o papel fundamental da escola na mudança do
cenário. O censo escolar de 2010, no entanto, constata que infelizmente não
estamos no caminho correto: apenas 35% das unidades de Ensino Fundamental têm
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bibliotecas. A ausência desse espaço se justifica pela falta de prioridade dos
gestores públicos, apesar da existência de várias orientações legislativas. Diante da
falta de avanços a Lei n° 12.244 determinou a universalização das bibliotecas
escolares e postergou o prazo para 2020.
1.5 BIBLIOTECAS ESCOLARES COMO INSCENTIVO A LEITURA
Segundo BRITTO (2011), ainda que não seja a salvação da escola e da
educação pública, a biblioteca escolar pode ser um lugar privilegiado que contribua
para a qualidade do ensino, ao promover práticas de leitura e acesso à informação
de qualidade, integrando equipe técnica, professores e alunos à sua comunidade.
Como qualquer outro equipamento escolar, a biblioteca precisa estar enraizada no
projeto pedagógico da escola, já que é peça relevante para a formação de usuários
competentes da linguagem escrita, que se constitui como uma dimensão
capacitadora das aprendizagens em todas as áreas. Mas, para que possa atuar
como centro de informação, além do diálogo entre os profissionais que atuam na
instituição, a biblioteca precisa estar equipada e organizada para funcionar bem.
Essa demanda se traduz em um espaço agradável, além de um acervo com títulos
impressos e digitais que atenda às demandas da pesquisa escolar e da leitura
literária.
O acervo de uma biblioteca, segundo MOLLO E NÓBREGA (2011), revela
muito a respeito do tipo de serviço que presta a seus usuários e, por isso, é
fundamental dar atenção à diversidade, à qualidade e à quantidade do material
oferecido. Em geral, o acervo que se encontra nas bibliotecas escolares públicas
resulta de doações, feitas por programas de governo, como o PNBE (Programa
Nacional de Biblioteca da Escola), ou outros com recursos estaduais ou municipais.
O problema é que, às vezes, os livros se perdem no caminho entre a diretoria, a sala
do coordenador, o almoxarifado; ou são trancados a sete chaves para não serem
danificados.
Segundo Olga Pombo (2013), biblioteca e escola percorrem caminhos
cruzados e, de certa forma, dependentes: para ter acesso ao acervo da biblioteca, é
preciso letramento (promovido pela escola); para se ensinar algo, é preciso material
(fornecido pela biblioteca). Ainda de acordo com a filósofa portuguesa, a biblioteca
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sempre tem uma função educativa, ao mostrar para o aluno a diversidade de
saberes e de pontos de vista, além dos múltiplos esforços em compreender o
mundo. Dessa forma, a biblioteca pode se converter num mecanismo de
transformação das relações entre alunos e professores, já que o professor deixa de
ser a fonte única de saber, enquanto o aluno ganha autonomia e liberdade de
pesquisa.
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2. ANALISE SOBRE AS BIBLIOTECAS URBANAS EM COLNIZA-MT
Conforme BRASIL (2011), o conceito de biblioteca e, sobretudo de biblioteca
escolar, é muito pouco conhecido e/ou difundido. A despeito da importância de uma
biblioteca escolar, o conhecimento de suas práticas implica, inicialmente, considerar
a diversidade de concepções, expressas pelas próprias denominações que
assumem nos espaços escolares: biblioteca, sala de leitura, cantinho da leitura,
biblioteca expandida. Como as palavras não são neutras, o uso de algumas
expressões por determinadas comunidades escolares revela os sentidos que
atribuem à biblioteca.
Segundo PIMENTEL, BERNARDES e SANTANA (2007), a escola que não
proporciona aos alunos o contato com a leitura, não ensina a ler. Mas é bom lembrar
que este deve ser um compromisso de todos que trabalham na escola. Uma grande
força-tarefa deve ser formada para transformar a biblioteca em um espaço ativo para
melhorar os índices de leitura. Este é um bom começo para envolver todos os
profissionais de educação, em atividades como: hora do conto, contação de
histórias, representação teatral, jornada pedagógica, concursos literários, recitais
poéticos etc. Você, por exemplo, pode ser um excelente contador de histórias.
Imagine-se construindo uma poesia e apresentando seu talento para os alunos,
professores e seus colegas. Você criando textos, uma peça de teatro, compondo
uma música. Já pensou? Sendo a escola um espaço de aprendizagem permanente,
é preciso usufruir das coisas boas que lá existem e desenvolver suas
potencialidades ajudando, assim, a escola a crescer. É dessa interação que estamos
falando. Nesse sentido, a biblioteca escolar não deve ser só um espaço de ação
pedagógica, servindo como apoio à construção do conhecimento e de suporte a
pesquisas. Deve ser, sim, um espaço perfeito para que todos que nela atuam
possam utilizá-la como uma fonte de experiência, exercício da cidadania e formação
para toda a vida. É consenso dos educadores que o desempenho escolar flui melhor
quando a escola tem uma biblioteca dinâmica.
De acordo com PIMENTEL, BERNARDES e SANTANA (2007), nem sempre
as bibliotecas estão instaladas em prédios construídos especialmente para atender
às suas necessidades, serviços e produtos oferecidos. Muitas delas funcionam em
espaços adaptados ou em pequenas salas. Daí a importância em se ter pessoas
sensíveis a esses problemas, que possam criar soluções de viabilidade. O ideal é
que as instalações da biblioteca fossem abrigadas em um prédio próprio, projetado
para esse fim, em local de pouco barulho e de fácil acesso às pessoas.
Uma coleção média de livros deve ter 10 livros por estudante. Uma escola de menor porte deve ter pelo menos 2.500 itens relevantes e atualizados, para proporcionar um acervo amplo e equilibrado a usuários de todas as idades, habilidades e bases de conhecimento. Pelo menos 60% da coleção devem ser constituídos de recursos de não-ficção relacionados aos programas escolares. Além disso, a biblioteca escolar deve adquirir materiais para lazer, como romances populares, música, videogames, videocassetes, DVDs, revistas e cartazes. Esses materiais podem ser selecionados em cooperação com os estudantes para assegurar que reflitam seus interesses e cultura, sem ultrapassar os limites razoáveis de padrões éticos (MACEDO e OLIVEIRA, 2005, p.11).
De acordo com MACEDO e OLIVEIRA (2005) o projeto [de instalações] da
biblioteca escolar vai contribuir para o bom atendimento prestado à escola. A
aparência estética promove uma sensação de acolhimento da comunidade escolar,
trazendo incentivo para que ela permaneça por mais tempo na biblioteca.
Uma biblioteca escolar conforme MACEDO e OLIVEIRA (2005),
apropriadamente equipada deve ter as seguintes características:
� segurança
� boa iluminação
� ser planejada para
� acomodar mobiliário resistente, durável e funcional, de acordo com os
requisitos específicos de espaço, atividades e usuários da biblioteca
� atender aos requisitos especiais da comunidade escolar da maneira menos
restritiva possível
� atender às mudanças nos programas da biblioteca, nos programas da escola
e nas tecnologias de informação e comunicação
� possibilitar o uso adequado e seguro do mobiliário, dos equipamentos, dos
suprimentos e dos materiais
� estar preparada e administrada de tal modo a possibilitar o acesso eqüitativo e
em tempo hábil a uma coleção organizada e diversificada de recursos
� ser esteticamente agradável, com orientação e sinalização claras e atrativas,
de modo a proporcionar boa ambientação de lazer e aprendizagem para os
usuários
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A biblioteca escolar segundo Macedo e Oliveira (2005) desempenha
importante função como porta de acesso à atual sociedade baseada na informação
e no conhecimento. Por essa razão, deve prover o acesso a todos os equipamentos
eletrônicos, computacionais e audiovisuais necessários. Tais equipamentos incluem:
� estações de trabalho com computador e acesso à Internet
� catálogos de acesso público adequados a diferentes faixas etárias e níveis
escolares dos alunos
� gravadores
� leitoras de CD-ROM
� escaners
� projetores de vídeos
� computadores especialmente destinados a portadores de necessidades
especiais (visuais e físicas)
Os móveis para computadores devem ser adequados às crianças, com
facilidade de ajuste para as diferentes estaturas.
A principal função do bibliotecário escolar de acordo com MACEDO e
OLIVEIRA (2005), é a de contribuir para [o cumprimento] da missão e dos objetivos
da escola, em que se incluem os processos de avaliação, implementação e
desenvolvimento [da missão e dos objetivos] da biblioteca. Em cooperação com a
direção da escola, com os administradores em geral e com o professorado, o
bibliotecário deve estar envolvido no planejamento e na implementação dos
programas escolares. O bibliotecário deve criar um ambiente de entretenimento e
aprendizagem que seja atrativo, acolhedor e acessível para todos, livre de qualquer
medo ou preconceito. Todos aqueles que trabalham na biblioteca da escola devem
ter bom relacionamento com crianças, jovens e adultos.
O bibliotecário escolar deve encarregar-se das seguintes tarefas:
� analisar os recursos e as necessidades de informação da comunidade escolar � formular e implementar políticas para o desenvolvimento de serviços � desenvolver políticas de aquisição e sistemas para os recursos da biblioteca ƒ catalogar e classificar materiais da biblioteca � oferecer instrução no uso da biblioteca ƒ capacitar professores e alunos no conhecimento e uso da informação � prestar atendimento a estudantes e professores no uso dos vários recursos da biblioteca e das tecnologias de informação � responder a questões de referência e informação, utilizando materiais apropriados � promover programas de leitura e eventos culturais
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� participar do planejamento de atividades relacionadas à implementação do programa escolar � participar do preparo, da implementação e avaliação de atividades de ensino � promover a avaliação dos serviços da biblioteca escolar, como parte integrante do sistema geral de avaliação da escola � efetuar parcerias com organizações externas � preparar e implementar orçamentos � desenvolver planejamento estratégico � gerenciar e promover treinamentos da equipe da biblioteca (MACEDO e OLIVEIRA, 2005, p. 14).
Conforme MACEDO e OLIVEIRA (2005) os alunos são o principal alvo da
biblioteca escolar. A cooperação com outros membros da comunidade escolar é
importante por ser de interesse dos alunos. Os estudantes podem usar a biblioteca
para diferentes propósitos. Ela deve ser vista como um ambiente de aprendizagem
livre e aberto, não ameaçador, em que eles possam trabalhar em todos os tipos de
tarefas, individualmente ou em grupos. As atividades dos estudantes na biblioteca
provavelmente incluem:
As atividades dos estudantes na biblioteca provavelmente incluem:
� lição de casa (tradicional) � projetos e tarefas para solução de problemas � busca e uso da informação � produção de portfolios e material a ser apresentado ao professor e
aos colegas de classe � O diretor deve trabalhar em estreita cooperação com a biblioteca ao
planejar o desenvolvimento da escola, especialmente quanto à capacitação do uso
da informação [information literacy] e aos programas de promoção da leitura.
Quando os planos forem postos em prática, o diretor deve promover uma
organização flexível do tempo e dos recursos para permitir aos professores e
alunos o acesso à biblioteca e aos seus serviços. (MACEDO e OLIVEIRA, 2005, p. 17).
A biblioteca pode ser utilizada informalmente conforme MACEDO e OLIVEIRA
(2005),
como um ambiente esteticamente agradável, cultural e estimulador, contendo
uma variedade de revistas, romances, publicações e recursos audiovisuais. Eventos
especiais podem ser organizados na biblioteca, tais como exposições, visitas de
autores e datas internacionais comemorativas. Se houver espaço suficiente, os
estudantes podem apresentar encenações inspiradas na literatura, para os pais e
outros colegas; o bibliotecário pode organizar reuniões [para troca de ideias] sobre
livros e também a “hora do conto”, para alunos mais jovens; ele pode estimular o
interesse pela leitura e organizar programas que promovam o desenvolvimento do
gosto pela literatura.
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2.1 BIBLIOTECA A
No dia catorze de novembro de dois mil e doze foi realizada visita na
Biblioteca A, constata-se que a mesma está localizada na Avenida Mato Grosso,
s/nº, no Centro da cidade de Colniza-MT. A biblioteca não possui sede própria e no
ano de dois mil e doze mudou de endereço três vezes, dificultando a adaptação dos
usuários que utilizam os serviços prestados pela instituição e a organização da
biblioteca, aja visto que os livros ficam organização através de uma ordem numérica
própria de biblioteca e o bibliotecário deve organizá-los bem para melhor atender os
visitantes. A mesma é ampla, espaço próprio para auditório, forrada, o piso em
cerâmica, as janelas são grandes, porém ficam fechadas para o bom funcionamento
do ar condicionado, As mesas destinadas para leitura são arredondadas com
cadeiras almofadadas, o espaço é pintado de cor branca e com boa iluminação. As
prateleiras para armazenar livros parte é de madeira parte e de ferro, sendo que as
livros ficam nelas bem organizados, atendendo as necessidades dos usuários.
A biblioteca atende ao público das sete às dezessete horas interruptamente
de segunda a sexta feira e para o seu bom funcionamento ela conta com quatro
funcionários dois pedagogos um trabalha fazendo controle de entrada e saída de
livro e outro catalogando livros, e os outros dois fazem serviços diversos.
A biblioteca conta com um acervo de cinco mil livros, distribuído em diversas
categorias: literatura, geografia, história, gerência/administrativa, artes,
gerência/serviços auxiliares, utilidades da casa/costura, culinária/alimentos, vida
econômica/família, agricultura, saúde, anatomia humana, ciências da terra, química
e ciências aliadas, leis, gramática, língua e lingüística, serviços sociais,
administração pública, ciência política, antropologia, sociologia, religião, filosofia,
historia, matemática e revistas diversas.
Os livros são organizado por área de conhecimento, sendo que cada usuário
possui um cadastro na qual ele tem direito de levar até três livros para ler em sua
residência, tendo um período de oito dias para devolve-lo e se o mesmo não
conseguir ler o livro no prazo estabelecido e dado igual prazo para o usuário
terminar a leitura.
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Imagem 05: biblioteca A Fonte: arquivo pessoal
2.2 BIBLIOTECA ESCOLA B
No dia catorze de novembro de dois mil e doze foi realizada visita na
Biblioteca da Escola B, localizada na Avenida Integração Nacional nº 50, Bairro Bela
Vista Cidade de Colniza/MT. A Biblioteca possui estrutura física com sala tamanho
médio, piso em cerâmica, duas janelas grandes, forrada, cor branca, bem iluminada,
não é climatizada, possui quatro ventiladores.
Os moveis destinado ao acento dos usuários para leitura, são de madeira:
duas mesas grandes com quatro cadeiras cada, sendo as mesmas inadequadas
para uma boa leitura. A mesma possui uma organização improvisada, tendo 1.080
livros: didáticos e literários, os mesmos são organizados por disciplinas e por series.
A biblioteca não oferece diversidade em livros para os alunos, dificultando cada
aluno em descobrir um gênero literário que lhe chame atenção.
Os 1.08 alunos têm o direito de possuir cadastros, onde eles podem levar
livros para casa, tendo um período de quinze dias para lê-lo. Um funcionário efetivo
em técnico administrativo, formado em letras trabalha das 12:00 às 18:00 horas. O
horário de funcionamento é inadequado como incentivo a leitura. Pois a escola
funciona em três períodos, matutino, vespertino e noturno
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Imagem 06: biblioteca B Fonte: arquivo pessoal
2.3 BIBLIOTECA DA ESCOLA C
No dia catorze de novembro de dois mil e doze foi realizada visita na
Biblioteca da Escola C, localizada na Avenida dos Pinhais, n° 256, Centro,
Colniza/MT. A escola possui 750 alunos distribuídos em três períodos, matutino,
vespertino e noturno.
A biblioteca segue o mesmo horário de funcionamento da escola: no
período matutino das sete às onze horas, no vespertino da treze às dezessete horas
e no período noturno das dezenove as vinte e três horas. O horário de
funcionamento é adequado para o bom desenvolvimento dos alunos, pois possibilita
aos mesmos fazer pesquisas sempre que for necessário.
A instituição conta com dois funcionários, um efetivo com curso de pro –
funcionário e formando em pedagogia e outro contratado possuindo o ensino médio.
Cada funcionário trabalha seis horas corridas, (a biblioteca fecha no intervalo de um
período de aula para outro) possibilitando que a instituição fique aberta durante os
três períodos de aulas.
A biblioteca tem duas repartições:
A primeira é ampla com piso de cimento queimado em cor vermelha, é
forrada, com janelas grandes, possui boa iluminação, e climatizada, tem uma
recepção onde fica um funcionário fazendo o controle de entrada e saída de livros. O
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espaço é adequado para uma boa leitura e pesquisa. As cadeiras almofadadas
oferecem ótimo conforto para os usuários e as mesas redondas dão suporte para
colocar os livros e fazer anotações.
Imagem 07: biblioteca c Fonte: arquivo pessoal
A sala dois fica ao lado da primeira com uma abertura grande na parede, o
espaço é destinada a sala de vídeo, ela é equipada com computador, data show,
caixa de som amplificada, um televisor equipado com vídeo cassete, possui um
acervo de vídeos, e as cadeiras são todas almofadadas. Espaço adequado para
pesquisas em áudio e vídeo.
.
Imagem 08: sala de vídeo da biblioteca C
Fonte: arquivo pessoal
23
A biblioteca possui 1800 livros, distribuídos nos gêneros, didáticos, literários,
enciclopédias e livros diversos para pesquisa. Os livros didáticos são organizados
por disciplinas e por série e os outro livros são organizado por gêneros. Esse rico
acervo possibilita aos alunos fazer pesquisas diversas enriquecendo seu
conhecimento e descobrindo novas possibilidades de leitura.
Os professores utilizam a biblioteca para fazer pesquisas e como aula
prática no período docente, através dos recursos de áudio e vide eles expandem
suas possibilidades de fazer uma boa aula. E a fuga da rotina de uma sala de aula
abre novas possibilidades de intuição criativa.
Todos os alunos possui um cadastro na biblioteca onde os mesmos são
autorizados a levar livros para sua residência, tendo um prazo de quinze dias para
devolve-lo. Isso possibilita aos educandos desenvolverem seus conhecimentos
através de pesquisas extraclasses e pegar o gosto pela leitura.
2.4 BIBLIOTECA DA ESCOLA D
No dia catorze de novembro de dois mil e doze foi realizada visita na escola
D, a mesma esta localizada na Rua Ji-Paraná, número 60, Bairro Castelos dos
Sonhos.
Imagem 09: biblioteca D Fonte: arquivo pessoal
24
A escola atende trezentos e cinqüenta alunos do ensino primário e
fundamental, a mesma funciona no horário matutino das sete às onze horas e
vespertino, das treze às dezessete horas, sendo que de manha estudam os alunos
do ginásio, que residem na cidade, e a tarde os educandos do primário que moram
na zona rural.
A biblioteca atende os alunos no mesmo horário de funcionamento da
escola, a sala e de tamanho médio, forrada, com quatro ventiladores, uma mesa
coletiva com poucas cadeiras e contém quatro computadores. Um funcionário e
responsável pela organização da biblioteca, a mesma possui um acervo de mil livros
distribuídos em enciclopédias e literatura infanto-juvenil. Os livros são organizados
por gêneros para facilitar a escolha do usuário.
Os alunos não podem levar os livros para suas residências, essa atitude
dificulta o desenvolvimento dos educandos em períodos extraclasses, uma vês que
os alunos de escolas públicas na maioria das vezes são de famílias com poucos
recursos e não dispõe de dinheiro para comprar livros. E uma instituição que vise o
bom desenvolvimento de seus educandos deve oferecer em abundancia livros de
diversos gêneros para que cada aluno faça grandes descobertas.
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CONCLUSÃO
A primeira biblioteca que surgiu foi a de Alexandria, no Egito, que reuniu o
maior acervo de cultura da antiguidade, fundada por, Alexandre, o Grande, por volta
do ano 332 a.c.a. os registros mostram que é um espaço de preservação dos
conhecimentos gerados pela humanidade a partir de diferentes sociedades.
No Brasil, a biblioteca escolar é desvalorizada pela ausência de recursos
informacionais, financeiros, humanos, infra-estruturais precárias, bibliotecário
desqualificado, educadores descompromissados, gestores desinformados sobre a
função de uma biblioteca, além de fatores externos e internos que levam à sua não
utilização.
Os resultados mostraram que a biblioteca A e C, são as que melhor atende
os usuários. As mesmas conta com um acervo diverso. Os livros são organizado por
área de conhecimento, sendo que cada usuário possui um cadastro na qual ele tem
direito de levar até três livros para ler em sua residência.
A Biblioteca B precisa de algumas adequações: Os móveis destinados ao
acento dos usuários para leitura, são de madeira: duas mesas grandes com quatro
cadeiras cada, sendo as mesmas inadequadas para uma boa leitura. A mesma
possui uma organização improvisada, não oferece diversidade em livros para os
alunos, dificultando cada aluno em descobrir um gênero literário que lhe chame
atenção. Um número de funcionário e o horário de funcionamento das 12:00 às
18:00 horas. É inadequado como incentivo a leitura. Pois a escola funciona em três
períodos, matutino, vespertino e noturno
A biblioteca D atende de forma deficiente aos alunos, os mesmos não
podem levar os livros para suas residências. O espaço e os moveis são insuficiente
e o livros não oferece diversidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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28
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ANEXOS
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
CURSO EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO
INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
ESCOLA:___________________________________________________________ DATA________/_______/_________ COLNIZA/MT ACADEMICO: PESQUISA DE CAMPO: Qual o endereço da instituição? ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quantos alunos há matriculados na escola?
___________________________________________________________________
Há biblioteca na escola?
___________________________________________________________________
Qual o horário de funcionamento da biblioteca?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Como é organizado o acesso dos alunos ha biblioteca?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Como é a estrutura da biblioteca:
Espaço é físico:
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Moveis:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Iluminação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
A sala é climatizada:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quantos funcionários trabalham na biblioteca e em quais formações?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Quantos livros e quais gêneros possuem a biblioteca?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Como são organizado os livros do acervo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Os alunos podem levar livros para casa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
De que forma a escola incentiva à leitura?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Outras informações:
___________________________________________________________________
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