PROINFO INTEGRADONTE – NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
CURSO TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICS(Tecnologia da Informação e Comunicação)
SECRETERIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – DONA INÊS/PBTURMA: 100 HORAS. PROFISSIONAIS CURSISTAS: 1ª e 2ª FASES DO ENS. FUND.
TUTORA/EMAIL: IZABEL CRISTINA COSTA DE ARAÚJO RODRIGUES/ [email protected]
ID DA TURMA: 29.096 PERÍODO: 05/09/2012 ATÉ 09/09/2012.CURSISTAS: Raimunda Maria da Silva Cavalcante.
Antonio Andrade Leal JúniorNatalina Gomes
DATA: 05/09/2012 ATIVIDADE Nº: 4.3TEMA: Biografia da Instituição Educacional
Escola Estadual de Ensino Médio Governador Clóvis Bezerra Cavalcanti
MARIA DO LIVRAMENTO CARVALHO GESTORA
ANTÔNIO ANDRADE LEAL JÚNIORGESTOR ADJUNTO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOVERNADOR CLÓVIS BEZERRA CAVALCANTI. DONA INÊS – PARAÍBA
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
1.1 Escola: Est. Ens. Médio Gov. Clóvis Bezerra Cavalcanti.
1.2 Entidade Mantenedora: Secretaria Estadual de Educação
1.3 Modalidades de Ensino: Médio e Educação de Jovens e Adultos.
1.4 Endereço: Rua Prof. Odilon Matias, 156 Centro
1.5 Município: Dona Inês/PB
2. APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
História do município de Dona Inês
A formação do município, segundo estudos do SEBRAE, do ano de
1996, ocorreu aproximadamente, na segunda metade do século XIX. O que se
confirma, através da história que os mais velhos contam sobre a denominação
do lugar. Afirmam que a denominação “Dona Inês” foi anterior a ocupação
efetiva da região, quando vaqueiros que trabalhavam nas fazendas do
município de Bananeiras vinham a procura de gado desgarrado. Porém, em
uma dessas jornadas eles viram ao longe uma cortina de fumaça, levados pela
curiosidade, pois sabiam que o lugar era totalmente desabitado, foram
observar e encontraram uma mulher muito bem vestida, junto com um negro,
sentados a sombra de um cajueiro. Ao perguntarem de onde vinham, ela disse
que eram do Estado de Pernambuco e que estavam fugindo da sua família, por
motivos amorosos.
Esta mulher nunca mais foi vista neste local. Porém, seu nome
nunca foi esquecido pelos vaqueiros. Pois, ao se separarem nas matas da
região, a procura de gado, sempre marcavam como ponto de encontro a Serra
de Dona Inês, lugar onde fora encontrada esta mulher, para eles, inesquecível.
O povoamento se deu no final do século XIX, quando alguns
senhores como Manoel Pedro, Pedro Teodósio e outros, vieram construir suas
moradias no lugar que mais tarde seria efetivamente chamado de Dona Inês.
Outras pessoas idosas afirmam que, as pessoas encantadas com a beleza do
local e a grande quantidade de caça, se instalaram no local e desenvolveram
suas famílias.
Outra forma de entendermos a formação do município de Dona Inês,
é procurando observá-lo geograficamente, pois, o mesmo encontra-se
localizado entre grandes municípios, como Bananeiras, Araruna e Nova Cruz.
Porque, entre os mesmos, ocorria a troca de mercadorias através das feiras
livres. Com isso, foi possibilitado o povoamento do mencionado local,
principalmente, como forma de encurtar as distâncias entre os mesmos.
Com a chegada de novas pessoas, foi se formando o povoado. O
qual passou a condição de vila no ano de 1943, por força do Decreto Lei Nº
520, a qual pertencia ao município de Bananeiras.
O anseio pela Emancipação Política neste município surgiu no
momento em que Dona Inês não foi contemplada com a divisão administrativa,
a qual fizera surgir novos municípios, para o qüinqüênio 1944/48,
permanecendo assim como Distrito de Bananeiras.
O município contava com homens que por motivos próprios ou
mesmo comum a toda sociedade, buscavam uma melhoria de vida da
população, através da Emancipação Política. Dentre os quais, podemos citar:
os Srs. Luiz Pedro e Manoel Leonel. Estes eram vereadores e representavam
os interesses do povo deste local na Câmara Municipal de Bananeiras. Eles,
junto com outros homens de influência no município, fizeram o movimento de
Emancipação Política.
Esse movimento teve início por volta de meados dos anos 50,
quando a arrecadação do município começou a crescer devido o cultivo do
sisal. Neste período, Bananeiras passou a necessitar desta arrecadação, para
manter sua economia forte e sua política de favores. Entretanto, os
comerciantes deste município percebendo a grande perda de investimentos
gerados dentro do próprio lugar, criaram um movimento que passou a contestar
a autonomia administrativa de Bananeiras. Os mesmos passaram a visitar
políticos na capital com o intuito de facilitar a Emancipação Política do
município
A Emancipação Política do município de Dona Inês, teve início
quando os dois vereadores Luiz Pedro da Costa e Manoel Leonel da Costa,
fizeram acordo com a oposição aos Bezerras, juntamente com os vereadores
de Borborema, outro distrito de Bananeiras, ambos combinaram de
apresentarem o projeto de lei na Câmara Municipal, acrescido dos vereadores
de oposição das demais localidades, teria maioria e seria aprovado.
Em seguida, o projeto de lei de Nº 231/1958, foi encaminhado para a
Assembléia Legislativa em João Pessoa, que teve como relator o deputado
estadual Humberto Coutinho de Lucena, o qual na época fazia oposição aos
Bezerras, o mesmo criava o município, como também, estabelecia os limites
com relação a Bananeiras e criava a comarca. Entretanto, a família Bezerra
contava com outro deputado na assembléia, o sr. Clóvis Bezerra Cavalcanti, o
mesmo apresentou na comissão de custeio e justiça, duas emendas
supressivas, suprimindo os limites, o qual passou a ser o Rio Curimataú e
retirando do projeto a criação da comarca a qual até hoje não existe, alegando
falta de condições para manutenção das despesas com um juiz.
No ano de 1959, estava no Governo do Estado, Pedro Moreno
Gondim do PSD, o mesmo passou a assumir o governo em janeiro de 1958,
após o afastamento do então governador Flávio Ribeiro Coutinho, que tinha se
licenciado, por questões de saúde. O grupo político de Dona Inês que lutava
pela Emancipação Política, tratou de buscar apoio para o movimento, já que
esta facção política também era do PSD e o mesmo fazia oposição aos
Bezerras Cavalcanti. O Projeto de Lei fora apresentado e aprovado, no dia 19
de junho de 1959, sendo nomeado o Sr. José Tomaz de Aquino para o cargo
de prefeito no dia 17 de novembro de 1959. Os Bezerras quando perceberam
que perderiam a autonomia política nesta região, passaram a fazer oposição a
administração do prefeito atual. No ano seguinte, teríamos eleição para
prefeito, seria o momento oportuno para a formação e consolidação de uma
nova oligarquia política no município.
Entrada da cidade de Dona Inês, 1960.
Fonte: Arquivo pessoal Mozart Bezerra
Rua: José Paulino da Costa, do lado direito o cinema, 1961.
Fonte: Arquivo Pessoal, Mozart Bezerra.
Rua: Ana da Conceição Melo, 1960.Fonte: Arquivo Pessoal,Mozart Bezerra
Rua: Pedro Teixeira, 1960.Fonte: Arquivo Pessoal, Mozart Bezerra.
História do Colégio Estadual
Com o aumento do número de alunos que deixavam o município em
busca de estudos nos municípios de Bananeiras e Belém, foi observado pelo
poder público, a necessidade de se construir um colégio que atendesse a essa
demanda de alunos, então, o prefeito tentou junto ao secretário de educação.
Porém, o Estado não dispunha desta verba, foi quando um dos deputados
sugeriu redirecionar a verba do colégio que deveria ser construído em Serra da
Raiz, isso porque o então prefeito fazia oposição ao governo.
Luiz quando viu isso disse: “não aqui nós vamos partir para a construção de um colégio”, aí foi verificar a Legislação, foi pra lá, viu o que era possível fazer, aí havia uma possibilidade uma escola de 1º grau Pe. Ibiapina, uma instituição aí, que podia fundar e ajudava em alguma coisa na organização da escola né, aí Luiz entrou na luta, chegou na prefeitura, entrando firme para conseguir isso, a prefeitura não tinha recursos ele foi batalhar, inclusive foi com um deputado nosso na época, deputado estadual que havia sido eleito aqui, um rapaz muito bom era Valdir Lima, Valdir dos Santos Lima que era o nosso deputado um rapaz de Serraria, um rapaz muito bom, ele era muito amigo do governador, muito amigo do Secretário da Educação do Estado que se chamava Tarcísio de Miranda Burity. Valdir Lima foi com Luiz ao gabinete do secretário solicitar, vê se tinha algum recurso que pudesse ajudar a prefeitura a construir uma escola de 1º grau e Burity, não vamos vê, tal, puxa pra lá, puxa pra cá, aí Valdir viu assim um município que já tava com uma verba pra construção de uma escola né, e por sinal era um município adversário do governo, o nome desse município chamava Serra da Raiz (...) aí Valdir disse: P. Burity esse município aqui é adversário do governo, você transfere isso aqui para Dona Inês que é amigo do governo, aí Burity topou, era 20 milhões de cruzeiros que na mesma hora transferiu para Dona Inês, que ajudou muito, foi a grande alavanca para a construção do colégio, Luiz foi economizando os recursos do município e com esse dinheiro
da Secretaria da Educação construiu esse colégio que esta aí. (Francisco Guilherme dos Santos, Entrevista concedida ao autor, 2003).
Com esta verba a prefeitura completou a obra e construiu o colégio
que foi inaugurado no ano 1978, mesmo contra a vontade de todo o esquema
político, pois o Sr. Clóvis Bezerra e Joaquim Cabral já haviam demonstrado ser
contra esta obra, que fora o pivô do prévio rompimento entre Luiz José e a
oligarquia dominante.
Já tinha tido uns aborrecimentos que começou com a construção desse colégio, aí eles sempre foram contrários, achavam que Dona Inês não havia, não tinha condições de ter uma escola no porte daquele, e nas conversas mesmo entre Joaquim Cabral e Dr. Clovis eles abordavam isso, mesmo antes de eu ser prefeito, eu ouvia eles conversarem que não podia ter esse colégio aqui, que tinha um bocado de analfabeto, quem vinha de fora pra ensinar. Quando eu idealizei esse colégio ele não gostou, achava que era uma atitude precipitada, e que eu estava com aquilo pensando em suplanta-lo politicamente, quando a minha intensão não era essa. (Luiz José da Silva, entrevista concedida ao autor, 2003).
Assim o colégio estadual foi inaugurado no ano de 1979, mesmo
contra a vontade da oligarquia que comandava este município, porém na
inauguração todos estavam presentes e festejando a tal obra.
Inauguração do Colégio Estadual, 1978.Luiz José, Joaquim Cabral, Clóvis Bezerra (da esquerda para direita)
Fonte: Arquivo Pessoal, Vilma Almeida da Silva.
Inauguração do Colégio Estadual, 1978.Vilma Almeida, Clóvis Bezerra, Tarcísio Burity, Joaquim Cabral, Luiz José.(da esquerda para
direita) Fonte: Arquivo Pessoal, Vilma Almeida da Silva.
Localização Geográfica
O Município de Dona Inês/PB, localiza-se a 6º de Latitude Sul e 35º de
Longitude Oeste, fazendo parte assim da Mesorregião do Agreste, da
Microrregião do Curimataú Oriental e da Região da Borborema, no Estado da
Paraíba. Sua altitude é de aproximadamente 480 metros acima do nível do mar
e sua extensão territorial é de 132 km².
O Município de Dona Inês/PB limita-se ao Norte com os Municípios de
Araruna, Cacimba de Dentro e Riachão; ao Sul com os Municípios de
Bananeiras e Solânea; ao Leste com o Município de Campo de Santana; e a
Oeste com o Município de Cacimba de Dentro. Dona Inês está
aproximadamente 156 Km da Capital do Estado, João Pessoa. O Município se
subdivide em 01 (uma) Sede, 01 (um) povoado e 63 (sessenta e três) Sítios.
Administrativamente, o Município de Dona Inês/PB está vinculado a 2ª Região,
que tem como pólo a cidade de Guarabira/PB.
FIGURA 1 – Limites do Município de Dona Inês – PB.
Fonte: Leal Junior (2007).
Segundo o Censo Demográfico/2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2000), foram registrados 10.227 (dez mil, duzentos e
vinte e sete) habitantes no Município de Dona Inês. De acordo com esse Censo, existe
a predominância da população rural (61,01%), apesar da população urbana ter tido um
acréscimo de 4% entre os anos de 1996 e 2000.
Toda a área onde se localiza o município de Dona Inês/PB, está na
depressão do Planalto da Borborema. O território é ligeiramente colinoso e sua
topografia está dividida da seguinte forma: 30% (trinta por cento) plana, 65% (sessenta
e cinco por cento) ondulada e 5% (cinco por cento) montanhosa. (SEBRAE, 1996)
Os tipos de solo encontrados formam uma associação de podzólicos vermelho
(atuais argissolos), com textura argilosa e solos litólicos eutróficos (atuais neossolos
litólicos) de textura média. São rasos e pedregosos, porém ricos para a pastagem,
tanto a nativa quanto à cultivada pelo homem, em especial as do tipo pangola e
bracharia, como para a agricultura.
O município de Dona Inês possui uma vegetação do tipo acatingado. A
região onde está localizado o município é uma área de transição climática entre o
Brejo úmido e o Cariri semi-árido. Suas matas são compostas de árvores do tipo
subcaducifoliadas resultante dos solos litólicos e podzólicos, com espécies
xerófilas da caatinga e algumas espécies de mata úmida.
As árvores nativas, encontradas nessa região, são principalmente da família
das cactáceas, a exemplo do juazeiro, da canafístula, mulungús, barrigudas,
mandacarus (cardeiro), umbuzeiros, aroeira, imburana, ipês (amarelo e roxo), além
de facheiros e gravatás.
As matas localizadas no município sofreram uma grande devastação, que
teve início com a fundação da cidade. Primeiro foram às construções das casas; em
seguida, devastou-se para construção de roçados e abertura de estradas; depois para
dar acesso ao “Lajedo da Serra” (hoje a pedreira de granito). Hoje, já bastante
devastada, ainda sofre com o contrabando da madeira, e na utilização caseira (fogões
de lenha, produção do carvão e queima em fogueiras).
A região onde se localiza o município de Dona Inês, é caracterizada como de
clima tropical semi-árido (Bsh), com uma temperatura amena graças à influência da
altitude. Durante o quadrimestre chuvoso a temperatura se torna mais baixa com
nevoeiros intensos e freqüentes. Mesmo nessa época do ano, os ventos (alísios do
sudeste) são brandos. A temperatura varia entre 17º C no período mais frio e 30º C no
período mais quente do ano. A precipitação pluviométrica anual, varia entre 350 e 700
mm, e o sistema correlato de circulação atmosférica existente é o mEc. ( Massa
Equatorial Continental)
Praticamente não existe rede hidrográfica no município. Não existem rios
dentro do município, apenas na divisa com o município de Bananeiras/PB, é que
encontramos o Rio Curimataú, rio temporário com período de vazão no inverno.
Existem ainda, pequenos braços desse rio que adentram por pequenas faixas de terra
do município. O município conta com um grande número de açudes, lagoas, barreiros
e poços artesianos.
A captação de água no Município é um problema à parte. O abastecimento
canalizado de água doce, na zona urbana, existe desde o ano 2000, sendo que em
alguns povoados do município, como é o caso do Povoado de Cozinha, a canalização
aconteceu a partir do ano de 2002. Até então, o abastecimento era feito com água
salobra, vinda do açude “Cacimba da Várzea”. Além disso, existem no Lajedo da Serra
dois reservatórios construídos para captação de água das chuvas (armazenamento a
céu aberto, sem tratamento).
FIGURA 2 – Clima, vegetação e solo da região/ Município de Dona Inês-PB.
Fonte: Leal Junior (2007).
BIBLIOGRAFIA DO PATRONO
Clovis Bezerra Cavalcanti, nasceu em Bananeiras a 09 de julho de
1911. O primogênito filho de Augusto Bezerra e Maria das Mecês Bezerra.
Cursou a faculdade de medicina em Pernambuco, formando-se em 06 de
dezembro de 1935.
Casado com a senhora Maria de Lourdes Atthayde Bezerra
Cavalcanti. Teve 03 filhos, Afrânio Bezerra Cavalcanti, Ângela Bezerra
Cavalcanti de Melo e Célia Bezerra Cavalcanti Leite.
Iniciou suas atividades no seu torrão natal, fazendo da profissão um
verdadeiro sacerdócio. Em 1936 foi nomeado médico da saúde pública.
Clóvis Bezerra foi deputado estadual por 40 anos, foi vice-
governador nos mandatos dos governadores: João Agripino, Ernani Satyro e
Tarcísio de Miranda Burity a quem sucedeu no período de março de 1983.
3. JUSTIFICATIVA
Vivemos num mundo capitalista, onde se procura obter
conhecimentos com o objetivo de conseguir posição social e retorno financeiro,
uma sociedade que usa a guerra como argumento e faz dela meios para
defender interesses políticos e religiosos. Um mundo conturbado, onde a
família, eixo central da sociedade, perde sua identidade, gerando filhos sem
valores, sem princípios.
As consequências da crise global interferem na situação brasileira:
menores abandonados, pais desempregados, baixo poder aquisitivo, famílias
desestruturadas, a violência, agricultura prejudicada por anos consecutivos de
secas devido à falta de políticas públicas.
A Escola Estadual de Ensino Médio Governador “Clovis Bezerra
Cavalcanti” têm como função principal respeitar e valorizar as experiências de
vida dos educandos e de suas famílias. Temos como propósito fortalecer nos
educandos, a postura humana e os valores aprendidos: a criticidade, a
sensibilidade, a contestação social, a criatividade diante das situações difíceis,
manter a esperança. Queremos deste modo, formar seres humanos com
dignidade, identidade e projeto de futuro. Preparar o aluno para inserção na
sociedade, sabendo escolher o caminho mais justo para sua vida.
Também desejamos que nossa clientela interfira na sua
comunidade, participando das decisões, buscando soluções, mantendo boa
convivência, tendo presente em sua vida a religiosidade e os valores morais e
éticos.
4. VISÃO DE EDUCAÇÃO, ESCOLA E SOCIEDADE.
4.1. Visão de educação
A educação é um dos processos de formação da pessoa humana,
através do qual as pessoas se inserem na sociedade, transformando-se e
transformando a sua realidade.
4.2. Visão de escola
Ambiente que leva em conta o conjunto das dimensões da formação
humana, onde o conhecimento é compartilhado e sistematizado, tendo a tarefa
de formar seres humanos com consciência de seus direitos e deveres.
4.3 Visão de sociedade
Ambiente no qual o indivíduo está integrado, produzindo e
reproduzindo relações sociais, problemas e propondo valores, alterando
comportamentos, desconstruindo e construindo concepções, costumes e
ideias. Onde o natural seja pensar no bem de todos e não apenas em si
mesmo.
5. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
A escola segue algumas matrizes pedagógicas que norteiam nossa
prática e vivências fundamentais neste processo de humanização das pessoas,
que também chamamos de educação.
5.1. Pedagogia da organização coletiva
Nossa escola tem como desafio permanente difundir novas relações de
trabalho, pelo jeito de dividir tarefas e pensar no bem estar do conjunto e da
comunidade escolar.
A escola se organiza coletivamente através de novas relações sociais
que produz e reproduz valores, alternando comportamentos, costumes e ideias.
Construindo a aprendizagem organicamente coletiva torna o espaço escolar
uma janela aberta para a visão de um mundo novo, e de uma cultura de pensar
no bem de todos.
5.2. Pedagogia do trabalho
Pelo trabalho nossa escola acredita que o educando compartilha
conhecimentos, cria habilidades e forma consciência. Em si o trabalho já é uma
potencialidade pedagógica, e a escola torna-o mais plenamente educativo, à
medida que ajudamos nossos educandos a perceber o seu vínculo com as
demais dimensões da vida humana.
No cotidiano os educandos desenvolvem trabalhos pedagógicos
através de oficinas realizadas, a fim de vivenciarem os conhecimentos
adquiridos na sala de aula, na preparação dos mesmos para enfrentar a
sociedade e as novas tecnologias desse mundo globalizado, além de cuidarem
da conservação do ambiente mantendo o espaço de sala de aula limpo e da
conservação do patrimônio escolar.
5.3. Pedagogia da escolha
Dizemos que há uma pedagogia da escolha á medida que
reconhecemos que a comunidade escolar se educa, se humaniza mais quando
exercita a possibilidade de fazer escolhas e refletir sobre elas. Ao ter que
assumir a responsabilidade pelas próprias decisões os indivíduos do processo
educativo aprendem a dominar impulsos, influências, e aprendem também que
a coerência entre valores que defende com as palavras e os valores que
efetivamente se vive, é um desafio sempre em construção vivido na escola.
5.4. Pedagogia da história
A escola acredita que cultivar a memória é mais do que compreender
friamente o próprio passado. A pedagogia da história se baseia em não ver a
história somente como uma disciplina e passe a trabalhá-la como uma
dimensão importante de todo o processo educativo.
A comunidade tem uma história que desencadeou-se em movimento,
pois todos as famílias vieram de diferentes comunidades e passaram por
diversos conflitos sociais até chegarem neste lugar. Sendo assim a escola tem
o papel fundamental de manter viva, e sempre em pleno resgate, esse
processo vivido pela comunidade.
6. FILOSOFIA DA ESCOLA
Educar partindo do principio: Prática-teoria-prática, em busca da
construção de uma sociedade justa, igualitária, vivenciadora de valores e
conhecimentos socialmente úteis, almejando o desenvolvimento integral do ser
humano, sujeitos do contexto social e capazes de transformar o ambiente em
que vivem.
7. OBJETIVO GERAL
Ser espaço físico, pedagógico, político e cultural de formação de
sujeitos de plena cidadania e de consciência crítica, capazes de produzir e
compartilhar os conhecimentos, transformando-os em aprendizagem concreta
e viabilizadora que venha a favorecer o crescimento social de nossa
comunidade escolar.
7.1 Objetivos dos níveis de ensino
7.1.1 Ensino Médio
Desenvolver a capacidade de aprendizagem, postura pesquisadora,
autoestima, formação de valores, fortalecimento dos vínculos familiares e
convivência comunitária, através de conhecimentos socialmente úteis, a fim de
exercer sua cidadania.
7.2Objetivos específicos
Desenvolver a capacidade de organização dos educandos quanto à
preservação e limpeza do ambiente educativo, pontualidade,
horários da escola e o zelo ao patrimônio escolar,
Vivenciar juntamente com a comunidade escolar, atitudes como
humildade, respeito, postura, disciplina, solidariedade e amor a
terra;
Construir um ambiente educativo que vincule com a comunidade
através dos processos econômicos, políticos e culturais;
Cultivar a memória coletiva do povo brasileiro, valorizando a
dimensão pedagógica da história da classe trabalhadora;
Oferecer a comunidade escolar, momentos de estudo, a fim de
qualificar a atuação junto à comunidade escolar;
Buscar a combinação entre teoria e trabalhos práticos como
instrumentos para desenvolvermos habilidades e conhecimentos
socialmente úteis á comunidade escolar.
8. PROPOSTA METODOLÓGICA
Queremos que os educandos possam ser mais gente e não apenas
sabedores de competências e habilidades técnicas. Eles precisam aprender a
interpretar, produzir e saber articular o pensamento e o seu próprio sentimento,
sintonizados com a sua história de luta, ou seja, cidadãos conscientes e
capazes de interagir na sociedade.
A proposta de educação de nossa escola tem ênfase em três
aspectos importantes na questão da metodologia de ensino: temas geradores;
prática-teoria-prática; e participação coletiva.
O estudo a partir de Temas Geradores como forma de tomar da
realidade concreta o ponto de partida do ensino, de superar uma abordagem
estanque e desatualizada do ensino/aprendizagem mais atraente e significativo
para os educandos. Sendo assim; esse método de ensino torna o processo
ensino-aprendizagem mais voltado às necessidades e aos interesses
populares.
Em linhas gerais podemos dizer que Temas Geradores são assuntos
ou questões extraídas da realidade. Em torno destas questões são
desenvolvidos os conteúdos e práticas no conjunto da escola. A partir disso
desejamos intervir concretamente na realidade.
Através da relação entre prática-teoria-prática, temos como objetivo
garantir que os educandos sejam estimulados a perceber como se utilizam na
prática social os conhecimentos que vão produzindo na escola. Temos uma
grande preocupação com a aprendizagem de habilidades, conhecimentos
práticos, que somente ações concretas podem proporcionar.
Queremos um método que ensine não só a dizer, mas também a
fazer, nas varias dimensões da vida humana.
A participação coletiva provoca os educandos a vivências e
assegura aos mesmos o direito de ter vez e voz no cotidiano educativo. Os
métodos de ensino ou a didática utilizada pelos educadores devem incentivar
os educandos a se assumirem como sujeitos do processo ensino-
aprendizagem que têm opiniões, posições contestações, questionamentos,
dúvidas, entre si, com os educadores, pais e outros.
O dia-a-dia escolar deve ser espaço de concentração para o estudo,
mas também da fala, da discussão, da expressão de sentimentos.
A educação não é obra apenas da inteligência, do pensamento, é
também da afetividade, do sentimento. E é esta combinação que precisa estar
tanto no ato de educar, como no de ser educado e deve ser o pilar da relação
educador-educando, sustentado pelo companheirismo e pelo respeito no
sentido profundo e libertador da palavra.
9. PERFIL DO EDUCANDO QUE PRETENDE FORMAR
Queremos que o nosso educando seja capaz de:
sentir indignação diante de injustiças e de perda da dignidade humana;
apresentar companheirismo e solidariedade nas relações entre as
pessoas, bem como respeito às diferenças culturais, raciais e estilos
pessoais;
planejar atividades e dividir tarefas, tendo disciplina no trabalho e no
estudo;
demonstrar sensibilidade ecológica e respeito ao meio ambiente;
praticar o exercício permanente da crítica e da autocrítica, bem como a
criatividade e o espírito de iniciativa diante dos problemas;
sonhar, de partilhar o sonho e as ações de realizá-la;
demonstrar atitude de humildade, mas também de auto-confiança.
10. METAS E AÇÕES
10.1 Metas
- Construir ambiente educativo onde todos os segmentos da comunidade
escolar sintam-se responsáveis pelo processo educativo e pela conservação do
patrimônio escolar;
- Conscientizar da importância do estudo, como fonte de conhecimento e apta-
afirmação;
- Estimular a participação da comunidade nas ações da escola;
- Ser espaço de interação e discussão conduzindo na busca de alternativas;
- Ter todos as crianças, jovens e adultos, freqüentando a escola;
10.2 Ações
- Realização de reuniões com todos os segmentos da comunidade escolar para
organização das atividades escolares;
- Realização de momentos cívicos semanalmente para entoação dos hinos
Nacional e do Estado;
- Realização, pelos alunos com o auxílio dos professores, de peças teatrais,
declamação de poemas, dança; contribuindo para o enriquecimento da cultura.
- Disponibilização do prédio escolar para a realização de encontros religiosos,
cultos ecumênicos, reuniões;
- Realização de reuniões periódicas com os professores e com o Conselho
Escolar;
- Realização de reuniões com o Circulo de Pais e Mestres;
- Realização de palestras com o Conselho Tutelar, psicológicos e pessoas da
comunidade;
- Realização de eventos para a aquisição de recursos, a fim de realizar
passeios educativos;
- Organização de prestações de contas à comunidade escolar.
11. AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um processo contínuo e cumulativo,
contextualizado por toda a comunidade escolar. São realizadas práticas
avaliativas
diagnósticas,
investigativas,
participativas,
levando em consideração o aluno como um todo, sua bagagem cultural e as
diferenças individuais.
12.1 Expressão dos resultados da avaliação
A avaliação é feita de forma constante e contínua no decorrer de todo o ano
letivo, através da verificações dos conteúdos que estão sendo estudados.
É realizada: Avaliação somativa, um dos exemplos mais conhecidos é a
prova objetiva (os mais variados tipos de testes, relatórios, questionários).
Avaliação formativa, que pretende acompanhar o processo de aprendizagem, o
crescimento e a formação dos alunos; esta é feita através de observação
diária).
12.2 Estudos de recuperação
A avaliação como já descrevemos é processo continuo, devendo
prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantificativos. Com base neste
pensamento o estudo de recuperação é oferecido a todos os educandos,
sempre que o educador notar deficiências no processo, é paralelo.
12.3 Controle de freqüência
Um educando será promovido para a série seguinte se tiver freqüência
igual ou superior a setenta e cinco por cento da carga horária anual. O controle
de freqüência é registrado em livros de registro, de uso dos educadores, os
quais ficam arquivados ao final do ano letivo, na Secretaria da escola.
Quando as faltas do educando gerarem perigo de reprovação, os pais
serão convocados para reunião na escola e serão comunicados do perigo de
reprovação do(a) filho(a). Caso as faltas continuem, o caso é encaminhado ao
Conselho Escolar. Se assim mesmo o problema continuar, será encaminhado
ao Conselho Tutelar, a fim de que o mesmo tome as providências de acordo
com a lei vigente.
12.4 Documentação escolar
Ao término do ensino fundamental a escola conferirá certificado de
conclusão do ensino fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos,
como também histórico escolar em duas vias.
13. CONCLUSÃO
Ao concluir este trabalho, afirmamos que nossa escola precisa ser um
espaço aberto onde todos os sujeitos sejam estimulados ao exercício da
escolha, mas pequenas e nas grandes coisas, de modo que assim aprendam a
cultivar valores e a refletir sobre eles, o tempo todo. Somente assim seremos a
escola que somos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais.
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 130p.
BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O perfil profissional do formando no Projeto
Pedagógico. Pedagogia em Foco, Petrópolis, 2002.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e
Projeto
Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.