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Há 55 anos, educando com Espiritualidade Ecumênica!

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A revista BOA VONTADE não se responsa-biliza por conceitos emitidos em seus artigos

assinados.

Adriane Schirmer Neuza Alves

Walter Periotto Wanderly Albieri Baptista

BOA VONTADE

Diretor e Editor responsável

Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Gerdeilson BotelhoRevisão

ArteProjeto Gráfico: Alziro Braga e João Periotto

Capa: Alziro Braga

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação.

Impressão: PROL Editora Gráfica

Produção

Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro

CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9

— CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com E-mail: [email protected]

ColaboradoresAlvino Barros, Cida Linares, Daniel Trevisan, Danielly Arruda, Débora Verdan, Elias Paulo, Leonardo

Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva, Mário Augusto Brandão, Natália

Lombardi, Paulo Azor, Pedro de Paiva, Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre e

William Luz

Ao Leitor

Em um mundo sequioso de Paz, reviver os ensinamentos do Mahatma Gandhi é essencial para promover um não à violência, em todas as suas terríveis modalidades. Este assunto e a Espiritualidade Ecumênica foram pauta do histórico encontro entre o Embaixador da Índia no Brasil, o Excelentíssimo senhor Amitava Tripathi, e o Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, no Centro Educacional, Cultural e Comunitário da Instituição, na capital fluminense. Aliás, esses sentimentos pacifistas e de Fraternidade Universal permeiam da mesma forma as páginas do Espe-cial: “Um teto para a Humanidade”, que apresenta a série de eventos reali-zados em Brasília para comemorar os 16 anos do Templo da Boa Vontade, conhecido também como a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, o Templo da Paz.

O equilíbrio proposto e o respeito às diferenças são pontos de partida, ainda, para matéria a respeito do sur-gimento da Organização das Nações Unidas (ONU), que, em outubro, comemora 60 anos de conquistas e desafios vencidos para a estabilização das relações internacionais. Confira

em Campanha a maratona de fotos que envolveu artistas, esportistas, profissionais voluntários, personali-dades da mídia e o Povo brasileiro para a promoção da Campanha da LBV Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de cada dia!, no estúdio do renomado fotógrafo Chico Audi.

Esta edição da revista BOA VON-TADE apresenta também as novas medidas adotadas pelo governo bra-sileiro para conter a contaminação de aves com a gripe do frango, uma doença contagiosa que atinge animais e pode infectar Seres Humanos. Os destaques da matéria são os procedi-mentos preventivos e responsáveis de nossas autoridades públicas.

Os editores

4 Ao leitor 6 Cartas9 Coluna do Garotinho10 Literatura12 Campanha16 Especial24 Samba e História28 Internacional33 Acontece no Mundo

34 História36 In memoriam37 Melhor Idade38 Saúde42 Reportagem52 Homenagem56 Soldadinhos de Deus58 Ação Jovem LBV59 Atualidades62 Pedagogia do Cidadão Ecumênico

Edição nº 206

Índice

Dia virá, sempre haverá um dia (...), em que o Ser Humano, integrado nas Leis Espirituais, não mais terá anelo pela vitória, a não ser a da Paz.

(Paiva Netto)

Reflexão

ANOXXIII•Nº206•OutubROde2005

Francisco de Assis PeriottoMTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Coordenação

Revista Boa Vontade �

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Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

9

1242

28

16Esporte

Especial

Campanha de Natal da LBV

Reportagem

Internacional

59Atualidades

24 Samba e História

38 Saúde

Portal BOA VONTADE: www.boavontade.com

Revista Boa Vontade �

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Cartas

Sucesso para a rBV

Muito obrigado pela revista BOA VONTA-DE. Gostei do novo formato e da qualida-de da impressão. Creio que a opção de fazer uma edição destacan-do as mulheres também foi muito feliz. Vocês poderiam repetir um modelo deste gênero a cada dois meses. Não deixe de me enviar os exemplares da revista. É sempre um prazer recebê-la. Sucesso. (Sidney Rezende, apresentador da TV

Globo, do programa Conta Corrente, da GloboNews, âncora da Rádio CBN e professor da Faculdade de Comuni-cação da PUC/RJ, por e-mail).

Temas relevantes Saúdo o trabalho feito pela LBV,

na pessoa de seu Diretor-Presidente, o jornalista José de Paiva Netto. Agrade-ço pela revista BOA VONTADE, com temas importantes para a nossa época, matérias de grande cunho cultural, so-cial, informativo e ecumênico. (Waldeth

Brasiel, Deputada Estadual pelo Rio de Janeiro/RJ)

Alto nívelParabenizo a LBV, seu Diretor-Pre-

sidente, Paiva Netto, e toda a equipe responsável pela edição da revista BOA VONTADE, uma publicação de alto nível jornalístico que divulga com a devida transparência as belas iniciativas da Legião da Boa Vontade em favor da Educação e da assistência às crianças e idosos necessitados. O sonho de Alziro Zarur (1914-1979) segue concretizado brilhantemente nas mãos de um gran-de empreendedor. Se todos em nosso país agissem como a LBV, não mais existiria tanta desigualdade no Brasil. (André Corrêa, Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro)

Notícias do ParaguaiÉ uma enorme

alegria poder ler os ensinamentos de Paiva Netto pelo diário ABC Color. Foi um momento de sabedoria para mim tomar conhe-cimento da matéria “É Urgente Ree-ducar!”. Sei que posso aprender muito com ele.

Que Jesus possa sempre iluminá-lo e guiá-lo em todos os seus passos. (Allison Bello, Assunção/Paraguai).

Cacique da PazGostaria de parabenizar a revista

BOA VONTADE pelas matérias

Sidney Rezende

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Manifestações de apreço e carinho chegam todos os dias de ouvintes e telespectadores da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, em especial destaque às palavras do jornalista e radialista Paiva Netto, parabenizando-o e agradecendo pelo fortalecimento que leva a todos os corações que acompanham a mídia da Boa Vontade.

Em recente acontecimento não foi diferente. Após análise de versículos contidos no capítulo 24 do livro do Profeta Isaías, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada, feito pelo diri-gente da LBV, em uma das Cruzadas

do Novo Mandamento de Jesus nos Lares de Boa Vontade, os jovens se manifestaram (foto abaixo) na Rede Mundial de Televisão, na Super Rede Boa Vontade de Rádio e no Portal www.boavontade.com, para debater suas palavras. No ensejo, fizeram ampla divulgação da Campanha Natal

Permanente de Jesus — o Pão Nosso de cada dia!, pela qual a Legião da Boa Vontade distribuirá mais de 350 tonela-das de alimentos às famílias em situação de pobreza de nosso País.

A revista BOA VONTADE trará, em sua próxima edição, ampla repor-tagem sobre essa campanha que visa assistir milhares de famílias em risco social por todo o território brasileiro neste fim do ano.

Natal Permanente da LBV

Da esq. para a dir.: Marco Da-metto (Super Rede Boa Vontade

de Rádio), Tereza Fraga Pereira (Departamento de Assistência

Espiritual da Religião de Deus), Celso de Oliveira (Rede Mundial

de Televisão), Suelí Periotto (Insti-tuto de Educação da LBV), Raquel

Bertolin (Editora Elevação) e Luciano Duarte Pereira (Fundação

José de Paiva Netto).

Pedro Simon parabeniza Paiva Netto

Prezado Se-nhor Paiva Netto, com o meu mais cordial abraço, acuso o recebi-mento e agrade-ço a distinção do convite para parti-cipar da Solenida-de de Abertura das comemorações dos 10 anos da Sala Egípcia do Templo da Boa Vontade.

Assim, formulo votos do mais alto sucesso, pedindo a Deus que tais cerimônias se repitam indefi-nidamente e que Vossa Senhoria possa estar a dirigir a Legião da Boa Vontade, com o mesmo suces-so, ainda por muitos e muitos anos.

Receba, nesta oportunidade, as expressões do meu mais ele-vado apreço e distinta conside-ração. (Pedro Simon, Senador).

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Líder da Legião da Boa Vontade dispara Campanha da Solidariedade EcumênicaAr

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L i com entusiasmo o exemplar 204 da revista BOA VON-TADE. Com fino aca-

bamento, ricamente ilustrada e com matérias relevantes, a publicação é, sem dúvida, o que de melhor há no gênero.

Logo de início, nos salta aos olhos a reportagem “Um Cida-dão chamado Solidariedade” (Editorial de Paiva Netto). Uma homenagem mais do que justa ao saudoso sociólogo Betinho (1935-1997) e a sua luta pela erradicação da fome no Brasil. Segundo o próprio Betinho, “quando uma pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi negado”. Essa frase que soa como um grito de alerta remete ao caráter humanitário da LBV (...).

É óbvio que muito há que se falar das matérias em BOA VONTADE, mas algumas falam mais forte, como “Sonho de pai, realização dos filhos”, que conta a trajetória de sucesso da dupla Zezé Di Camargo e Luciano. Aliás, o próprio Zezé manifesta o seu carinho pela ação solidária da LBV: “Se existe um peda-cinho do céu no Brasil, esse pedacinho é a LBV”, confessa com carinho.

“Cidadania Ecumênica na Sala de Aula”, de autoria de Rodrigo Oliveira (ex-aluno do Instituto de Educação da LBV), é também outro texto que

nos lava a Alma. Rodrigo passeia com maestria pelo mundo da Pedagogia e fala até com certa autoridade — ele mesmo um produto da tese — sobre a Pedago-gia do Afeto (do dirigente da Legião da Boa Vonta-de) que ensina valores

éticos e espirituais e tem como princípio a formação do Ser Humano. A coordenadora da 5ª série do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio, Iramara Fluminhan, citada na reportagem, explica o sucesso da Pedagogia do Afeto, ao nos remeter ao Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Aliás, muito bem lembrado. O Amor é a base de tudo para um mundo melhor.

O fundador da LBV, saudoso Alziro Zarur, com toda a certeza deve estar muito feliz com a semente que plantou há 55 anos. Gostaria também de comen-tar sobre outra matéria que me seduz muito: o esporte, por razões óbvias. Na página 27, o título “Jovens conquistam medalha de ouro em torneio de caratê” chamou-me a atenção. Não bastasse toda preocupação com a formação dos jovens, a LBV proporciona aos seus alunos o direito de sonhar com um futuro de conquistas e medalhas por meio da prática esportiva em seu

Centro Comunitário e Educacional. Fiquei emocionado ao ler que o

programa LBV: Criança — Futuro no Presente! beneficia jovens. Lem-brei-me da infância em situação de pobreza na Baixada (Fluminense) e do meu início na carreira esportiva que me proporcionou momentos inesquecíveis. Infelizmente não pude contar com os benefícios de uma LBV naquela época, mas folgo em saber que há centenas de jovens afortuna-dos que já podem sonhar com um futuro melhor sob a orientação de profissionais altamente preparados e preocupados com essa parcela signi-ficativa da juventude.

Ressalte-se também outras matérias não menos importantes como “Socie-dade da Solidariedade Ecumênica”, “Estatuto do Idoso” e “Saúde na Ter-ceira Idade” e a homenagem mais do que justa à Irmã Dulce, que semeou o Amor e a Bondade no coração dos ho-mens. Parabéns a todos vocês editores, repórteres, redatores que fazem de BOA VONTADE uma leitura imprescindível. (Roberto Dinamite, Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro) (grifos nossos)

BOA VONTADE: leitura imprescindível!

Roberto Dinamite

que visam ao esclarecimento à Luz do Novo Mandamento de Jesus, a tantos que buscam uma boa leitura. São várias as reportagens que nos ensinam, fortalecem e emocionam, como a que tem o título “Cacique da Paz” (uma das últimas entrevistas concedi-das pelo indigenista Orlando Villas Bôas — publicada na edição nº 200 e disponível no Portal Boa Vontade www.boavontade.com —, a exemplo do parágrafo “Aldeia das Estrelas”, onde são recebidos os índios que morrem. E lá existe uma sabedoria espiritual e esta é a que

ilumina a Legião da Boa Vontade”. Senti uma vibração muito boa e fiquei feliz por per-tencer a essa Instituição que luta por um Brasil melhor e por uma Huma-nidade mais feliz. É disso que nós precisamos: boas leituras para nos reeducar. (Janete Moreira da Silva,

via e-mail)

BOA VONTADE especial Mulher

Agradeço ao jornalista Paiva Netto a revista BOA VONTADE especial

Mulher de setembro. Sua generosa providência foi a de ressaltar o valor das mulheres e a luta delas, em todas as épocas da Humanidade, para que a Fé, a Dignidade e o Amor vençam, na Terra e no Espaço, o ódio e a desu-nião. (Vera Carpes Quednau, Porto Alegre/RS)

TBV e PortugalO meu maior desejo é visitar o

TBV (Templo da Boa Vontade), mas estou do outro lado do Atlântico. Porém, o meu pensamento voa para aí. Um grande e fraterno Abraço Le-gionário a todos os de Boa Vontade. (Isabel Santos, Porto/Portugal)

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José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do

Rio de Janeiro/RJ

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Coluna do Garotinho

O Campeonato Brasileiro vai chegando ao seu final sem grandes surpresas. Estão na frente, disputando o título

e vagas nas mais importantes com-petições internacionais, exatamente aquelas equipes mais bem-prepara-das, as que souberam manter uma boa base e conseguiram bons reforços.

São os clubes que se planejaram e mereceram figurar entre os principais do Brasil, a exemplo do Corinthians, que firmou uma parceria milionária e se reforçou com jogadores de primei-ra linha. É preciso destacar, também, o brilhante trabalho desenvolvido no São Paulo, no Palmeiras, no Interna-cional, no Fluminense e no Goiás.

Desde o início, ninguém duvidava que o título e as vagas para a Taça Libertadores da América seriam disputados por esses times que pri-maram pela regularidade e pela força do conjunto.

Não tivemos um Campeonato de grande qualidade técnica, uma vez

previsívelUm final

que a quase totalidade dos craques brasileiros atua no Exterior. Salvo um ou outro atleta diferenciado, como Te-vez, Petkovic e Alex Dias, os demais se equivalem. O que pesou para um lado ou outro foi basicamente a força do conjunto e o planejamento sério, visíveis em alguns clubes, inexistentes em outros.

Na outra ponta da tabela, apareceu a decepção dos torcedores, mas sem qualquer surpresa. Desde o início da competição, já se previa que, mais uma vez, clubes tradicionais, donos de um sem-número de títulos nacionais, como Flamengo, Vasco e Atlético Mineiro, estariam seriamente ameaçados de rebaixamento.

Esses clubes contrataram muito e mal. Não houve um critério definido para se reforçar. Apostaram em jogado-res de nível duvidoso e até mesmo em repatriar alguns que já tinham passado pelos clubes sem muito sucesso.

O resultado não poderia ser outro: uma briga incessante contra

o rebaixamento para a segunda divisão, derrotas constantes e até humilhantes.

Mas, é preciso ressaltar, nada dis-so surpreendeu os que acompanham o futebol. Os clubes foram alertados pela imprensa, que era qualificada de pessimista.

Agora, cada um vai colher aquilo que plantou. Quem se preparou para ser campeão e lutou por uma vaga nas competições internacionais che-gou ao seu intento ou bem próximo disso.

Os que não acreditaram nas previsões dos críticos fizeram-se de surdos diante das advertências e entraram no Campeonato com times de pouca qualidade técnica, vivem o futuro que desenharam: caindo para a segunda divisão ou escapando dela por milagre.

Que tudo sirva de incentivo para uns e de lição para outros. E que to-dos se mostrem fortes para um 2006 emocionante.

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Saído da gráfica há poucos dias, o livro 40 Anos de Educação em Brasília é um precioso retrospecto dos primei-ros passos do ensino no Distrito Federal e dos seus principais mento-res. O professor da rede pública e poeta Gustavo Dourado, que participou do levantamento de dados e da revisão da obra, fez questão de

No dia 20 de outubro foi lança-do, na Academia Brasileira de Letras (ABL), o livro Franklin Távora e o Seu Tempo, de au-

toria de Cláudio Aguiar, uma biografia do Patrono da cadeira no 14 da centenária ABL.

A obra faz parte da Coleção Afrânio Peixoto, da Academia, e abrange pesqui-sas significativas da história brasileira nas últimas décadas do século XIX, como o Segundo Império, os movimen-tos revolucionários, a libertação dos es-cravos e a Proclamação da República.

Este é o panorama traçado pelo bió-grafo para descrever a época vivida por Franklin Távora (1842-1888), que come-

Biografia traz história_____________ Simone Barreto

Caneca (oratório dramático). Há dez anos dirige o periódico Calibán, uma revista de cultura, publicada no Rio de Janeiro.

No evento, os representantes da Le-gião da Boa Vontade cumprimentaram Cláudio, enviando o abraço fraterno do Diretor-Presidente da LBV. Ele retribuiu o carinho autografando um exemplar do livro com o seguinte recado: “Para o jornalista José de Paiva Netto, o retrato de um escritor que também foi jornalista e homem de ação. Com a amizade e o abraço de Cláudio Aguiar”.

Registrar em livro as quatro úl-timas décadas do jornalismo social, este é o objetivo do livro Paulo Cesar de Oliveira — PCO encontros, lançado recente-mente em Belo

Horizonte/MG. O título registra a jornada de trabalho deste colunista que conseguiu tirar do jornalis-mo diário uma crônica divertida e abran-gente da vida brasileira, especialmente da mineira. Ao visitar os meandros da política e da economia, trouxe os basti-dores dos grandes acontecimentos.

Amigo da Legião da Boa Vontade e de seu dirigente, encaminhou a obra com estas belas palavras: “Ao caríssimo José de Paiva Netto, o maior líder brasileiro da assistência social, cujo trabalho é um exemplo para todos nós, com a admira-ção de Paulo Cesar”.

40 anos de Educação em Brasília

çou a vida pública lutando pela liberdade do ensino e pelo fim da escravidão.

Távora ficou mais conhecido no mo-vimento literário Romantismo, com seus temas regionalistas, nos quais descrevia os costumes, os ambientes, denunciava os problemas sociais, como a seca, o cangaço e a miséria, pondo em evidên-cia a literatura do norte, tipicamente brasileira.

Entre seus títulos mais conhecidos estão O Cabeleira (1876), Lourenço (1881) e O Matuto (1878), nos quais há o retrato do orgulho histórico em relação ao norte do País. Em 1883 funda, no Rio de Janeiro, com outros escritores, a Associação dos Homens de Letras, que a partir de 1897 passaria a ser chamada de Academia Brasileira de Letras, sob a liderança de Machado de Assis.

A respeito do autor da biografia, Cláu-dio Aguiar, vale dizer que é ficcionista, dramaturgo, jornalista e pesquisador. É membro da Academia Pernambucana de Letras, publicou os premiados livros Caldeirão (romance) e Suplício de Frei

de um dos fundadores da ABL

Literatura

enviar um exemplar, mes-mo antes do lançamento oficial, para o dirigente da Legião da Boa Vontade, com a seguinte dedicató-ria: “Ao grande José de Paiva Netto, Mahatma da Boa Vontade e Apóstolo do Terceiro Milênio, ofe-reço 40 Anos de Educação

em Brasília. Com apreço, amizade e admiração”.

[L.S.M]

Crônicada vida brasileira

Literatura

Cláudio Aguiar autografa livros na ABL

Gustavo Dourado

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Paulo Cesar de Oliveira

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A história da Rádio Nacional — desde sua fundação em 1936, na sede do edifício “A Noite”, na praça Mauá —, seus programas de auditório e os grandes nomes da época de ouro do rádio no País agora podem ser conferidos no li-vro Rádio Nacional — O Brasil em sintonia, lançado em 27 de outubro na livraria Arteplex, no Botafogo, zona sul do Rio.

A obra literária foi escrita pela jornalista e professora universitária Sonia Virginia Moreira, ex-Pre-sidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), e pelo radialista e mestre em Comunicação

Rádio Nacional O Brasil em sintonia

e Cultura pela Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Carlos Saroldi.

O livro ainda traz diversas his-tórias radiofônicas. Em uma delas, no capítulo “Acossado pela TV, o Rádio busca saídas”, os autores narram a fundação da Rádio Eldora-do, do Rio de Janeiro, que buscava radialistas experientes, entre eles o fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), para equilibrar a juventude da maioria de seus con-tratados.

Os representantes da Legião da Boa Vontade, originária do progra-ma radiofônico Hora da Boa Von-tade (4 de março de 1949), apresen-

A professora Sonia Virginia Moreira ao lado do radialista Luiz Carlos Saroldi

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tado por Alziro Zarur, participaram do lançamento e, na oportunidade, cumprimentaram os autores, em nome do radialista, jornalista e cria-dor da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, José de Paiva Netto. Eles retribuíram com simpatia, agra-decendo a presença da Instituição, além de oferecerem um exemplar da obra com as seguintes dedicatórias: “Ao Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, com nossos votos de constante sucesso. Saroldi” e “Ao Presidente Paiva Netto, com o respeito pelo trabalho, Sonia, Rio, out./2005”.

[S.B.]

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Uma grande corrente de Solidariedade está sendo formada por meio do projeto Amigos de Boa

Vontade. O conceito dessa iniciativa que reúne artistas, esportistas, profis-sionais voluntários e personalidades da mídia é o de — sensibilizando as pessoas a apoiar as diversas ações socioeducacionais realizadas pela Legião da Boa Vontade em todo o País — despertar nelas o espírito so-lidário e torná-las agentes das grandes

Chico Audi clica famosos que apóiam Campanha de Natal da LBV

transformações para a construção de uma sociedade humana, justa e igualitária.

Quando somada a outros pequenos gestos, a ação individual e aparente-mente simbólica torna-se gigante. Graças aos muitos “elos” que com-põem esse grande coração chamado LBV, nestes 55 anos foi possível dar a milhares de crianças, jovens, adultos e idosos educação, amparo, consolo, cura; renovar esperanças; resgatar a Fé; promover a bondade,

___________ Leila Marco

tudo pautado pela Espiritualidade Ecumênica.

A iniciativa da Legião da Boa Von-tade foi valorosamente abraçada pelo fotógrafo Chico Audi, padrinho do pro-jeto Amigos de Boa Vontade, que reuniu dezenas de famosos neste 25 de outubro para uma sessão de fotos e a gravação de um videoteipe institucional, em seu estú-dio na capital paulista. Foi o pontapé ini-cial desta ação que pretende, ao lado do trabalho socioeducacional feito durante todo o ano pela Obra, distribuir cestas de

Amigos deBoa Vontade

Helen Ganzarolli

Chico Audi

Fernando Scherer, o “Xuxa”. Olga Bongiovanni

Tânia Mara Maurício Manieri Roberto Camasmie Patrícia, do Rouge.

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Fotos: Chico Audi

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Campanha

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alimentos para famílias em situação de risco social. “É um prazer muito grande poder contribuir novamente com a LBV. Na última vez arrecadamos mais de 350 toneladas de alimentos. Para o resto da minha vida vou ajudar a Instituição”, disse o fotógrafo na oportunidade.

Maratona

Para captar a imagem de tantos amigos, foi preciso uma pequena maratona que envolveu Chico e sua equipe desde as primeiras horas da-quele dia até noite adentro. Mas o tremendo esforço era recompensado: cada pessoa que chegava, com entu-siasmo, ia descrevendo a satisfação em poder tomar parte de uma empreitada desta natureza.

Assim aconteceu com Lucimara Parisi, diretora de produção do pro-grama Domingão do Faustão, que afirmou ser uma “alegria incalcu-lável” integrar aquele time. “Tenho uma admiração muito grande pela LBV e por Paiva Netto, estão sempre no coração. Poder participar dessa Solidariedade entre amigos é gratifi-

cante. Qualquer palavra seria muito pouco para Paiva Netto. Obrigada por fazer este movimento”, concluiu.

Com o mesmo bom orgulho, falou a modelo Helen Ganzarolli: “É uma grande satisfação estar aqui, podendo colaborar, pela primeira vez, com essa Campanha Amigos de Boa Vontade, sendo agora mais uma voluntária de coração. Dedicarei todo o tempo que for possível para ajudar essas crianças maravilhosas (...). No que puder, estarei com vocês”.

A empresária Lilian Gonçalves fez coro: “É uma honra estar neste movimento. Eu adoro o trabalho de Paiva Netto, da LBV, sou uma fã in-condicional. Quando a LBV ligar para você, diga um sim bem grande. Eu falo sempre sim!”.

Outros dois empresários que se uniram na empreitada são Marcelo e Ramom Fogeiro Asensio. “Preci-samos da união de todos para que se possa ajudar as pessoas que mais precisam, fazendo um Natal Perma-nente”, incentiva Marcelo. E comple-ta Ramom: “Mais uma vez estamos aqui juntos, presentes, participando

dessa ação bonita que a LBV faz. A nossa empresa Eurodata (cursos de informática) fez uma campanha de arrecadação de brinquedos e, agora, vamos ajudar na arrecadação de ali-mentos”.

Afinados e fraternos

Entre os músicos que apóiam a causa está o cantor, compositor e tecladista Frank Aguiar. Natural do Piauí, vindo de família humilde, valoriza acontecimen-tos com fins tão nobres. “É muito bom estar nesta Campanha, desejo grande sucesso a ela. Parabéns, Chico, para-béns, LBV e todos que fazem parte dessa família. Nós nos sentimos honrados em dar a nossa contribuição por intermédio da imagem, da voz, da energia positiva para um projeto que vale a pena incen-tivar. Trouxe até meu filhinho”.

As integrantes do Rouge — Patrícia, Karen e Aline — eram das mais ani-madas. Patrícia conta que “não pensou duas vezes” quando recebeu o convite: “Falei para as meninas: a gente tem de participar, de estar junto. E para mim é um prazer enorme”.

Rappin’ HoodFrank Aguiar Lucimara Parisi Viviane Romanelli

Karen e Aline, do Rouge. Marisa Carnicelli

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Karen pediu uma atenção especial a todos. “Não custa nada fazer uma visita à LBV. Porque tem unidades da Instituição em todo o lugar do Brasil. Visitar e conhecer, porque é uma ação muito bonita”.

Por fim, Aline registrou a alegria do grupo: “Estamos muito felizes. Espero que as pessoas sintam no coração, se sensibilizem”.

Rappin’ Hood, um dos mais respeita-dos e conhecidos rappers do momento, tem tornado o hip hop famoso no Brasil, com letras de valor ético, de luta contra os preconceitos. Ele é também antigo admirador da Instituição por causa de uma influência muito especial em sua vida. “Na verdade, sempre observei a obra desenvolvida pela LBV. Minha avozinha fazendo oração (ao lado do rá-dio) na voz de Alziro Zarur (1914-1979) e várias vezes rezei com ela. Admiro o que faz a Legião da Boa Vontade. É uma oportunidade importante poder colaborar para que o Natal de todos seja melhor. Para a criançada, quero dizer que podem o que quiserem de bom para suas vidas, acreditem em seus sonhos, em Deus, e tudo lhes será acrescentado.”

Para o cantor Maurício Manieri, é relevante um movimento deste: “Estou muito contente de poder fa-lar da Campanha da Legião da Boa Vontade. O Brasil precisa de pes-soas que pensem dessa forma (...), só assim teremos um país melhor. É bom estar observando um pouco mais o trabalho bonito que a LBV

faz, prestando um grande serviço à sociedade”.

A cantora Tânia Mara completa pelos colegas de profissão: “Eu ve-nho com a maior Boa Vontade. Já participei de outras campanhas da LBV e toda vez que precisarem de mim estarei à disposição”.

O Esporte ajudando a quebrar um recorde no Bem

O nadador Fernando Scherer, co-nhecido como Xuxa, festejado pelos recordes e pela presença vencedora em Olimpíadas, deseja novamente quebrar marcas. Desta vez, quer suplantar as 350 toneladas de gêneros alimentícios arreca-dados no último ano: “Cada um, se fizer um pouquinho, consegue ajudar o País inteiro. O objetivo nosso não é só nadar, é representar o Brasil lá fora e também utilizar a nossa imagem para conseguir coisas boas para quem se encontra em situação de risco social. Nesse caso, ajudar a LBV a ter mais alimentos para as famílias (...). Tomara que (a Campanha) se supere e alimente mais pessoas”.

Os jogadores da Portuguesa Rodri-go, Márcio, Celsinho e Thiago Oliveira compartilham da mesma meta de Xuxa. Para Rodrigo, a Campanha “é importan-tíssima”, e confirma: “Se cada um de nós fizer um pouco, ajudará muita gente”.

Márcio afirma ser “um prazer imenso” estar nesta corrente. “Chamar a atenção para que outros colaborem mais e (...) façam um Natal cheio de

Campanha

Amigos de Boa Vontade”.Thiago Oliveira adorou contribuir

com a Instituição: “É uma felicidade. Pedimos que ajudem as crianças que necessitam neste Natal. Torcemos para que as pessoas liguem e digam sim à LBV!”.

Celsinho completou por todos os atletas, pedindo o empenho do Povo: “Temos de ter a consciência de que muita gente necessita dessa iniciativa maravilhosa. Aqui vai o apelo, não só do Celsinho, mas do Rodrigo, do Márcio, para que todos possam fazer parte da LBV”.

Além dos desportistas já destacados, três pilotos de kart, Renan Gama, Sérgio Jimenez e Gabriel Tojal, amigos e divul-gadores da Obra, mantêm em seus carros de corrida o slogan LBV — Campanha Esporte é Vida, não violência!. Renan Gama diz ser “um amigo e colaborador da LBV sempre, pela gratidão com Deus e o compromisso que tenho de ajudar as pessoas”. “O trabalho é muito bonito e no que eu puder vou contribuir. Que a LBV possa crescer mais e mais, para dar um jeito no Brasil”, acrescentou Sérgio Jimenez.

Gabriel Tojal colocou-se da mesma forma à disposição: “É sempre bom ajudar, ainda mais a LBV. Estarei presente quando me chamarem (...). Inclusive agora, nesta nova etapa do (campeonato) Paulista, andaremos com o dístico da Legião da Boa Vontade no kart e em mais campeonatos que ainda houver neste e no ano que vem”.

Lilian Gonçalves Omar Caldas

Os jogadores de futebol da Portuguesa, da esq. para a dir.: Celsinho, Márcio Saraiva, Thiago Oliveira e Rodrigo Pontes.

Odair Del PozzoFotos: Daniel Trevisan

Os médicos voluntários Dr. José Luiz Amuratti, Dra. Juliana Rimcha e Dr. José Garris Del Valle.

Beto Junqueyra

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O apoio dos profissionais da mídia

A apresentadora de TV Olga Bon-giovanni várias vezes integrou esta equipe de benfeitores e conta que apoiar a Campanha da Obra se tornou uma tradição. “Todo ano a gente já espera por essa data, sabe que mais ou menos por outubro, novembro, se faz as fotos e grava, nos reunimos, nos revemos. O estúdio do Chico Audi tor-nou-se este ponto de encontro da LBV. E é o mínimo que se pode fazer em prol dessas famílias, das crianças”.

O incentivo chega dos antigos e dos novos amigos, a exemplo dos jornalistas Odair Del Pozzo e Ro-gério Vieira. “Saber que você está colaborando é legal e ainda com foto do Chico Audi é irrecusável, uma iniciativa bonita, num País generoso”, diz Del Pozzo.

Rogério traduziu pelos profissio-nais da mídia um sentimento que se faz cada vez mais presente: “A gente não pode ficar esperando, temos de fazer algo pelas pessoas, ter a atitude de estender a mão ao próximo”.

Viviane Romanelli, apresentadora de TV, falou também do gigantismo do Brasil e dos problemas que a nação tem de enfrentar, relembrando a im-portância dos programas da LBV que beneficiam o nosso Povo nos 365 dias do ano. “A fome não tem hora mar-cada, dia, acho que ela só tem local. Que infelizmente é na população mais carente. (...) Contem comigo”.

Marisa Carnicelli, apresentadora de televisão, garante ainda: “Quando a Legião da Boa Vontade bater à sua porta, pedindo ajuda, diga sim. Seu coração vai se encher de alegria”.

O artista plástico Roberto Ca-masmie recordou sua recente visita à Escola da Instituição, na capital pau-

Da esq. para a dir.: Gabriel Tojal, Sérgio Jimenez e Renan Gama, pilotos de kart.

Marcelo e Ramom Fogeiro Asensio

2002 2003 2004

O gráfico ao lado mostra o expressivo número de atendimentos socioeducacionais realizados pela Legião da Boa Vontade nos últimos anos e a desafiante meta projetada para 2005.

2.609.1452.855.614

3.503.908

4.448.578Projeção

2005

Balanço social

A LBV foi a primeira Instituição filantrópica no País a ter seu balanço geral auditado por Auditores Externos Independentes (Walter Heuer), e publicado na imprensa, por iniciativa de Paiva Netto, muito antes de a legislação, que exige essa medida, entrar em vigor.

lista: “Naquela manhã que estive na LBV, escutei o Coral cantar Crianças a lápis de cor (...) foi uma recepção de primeiro mundo. Vocês têm de colaborar conosco, a LBV é uma entidade séria”.

Alguns já estão criando outras maneiras para incentivar a Campanha, como o Diretor de Marketing da GGP, Beto Junqueyra: “Admiro muito o tra-balho do Paiva Netto e da LBV. Estou com um projeto de livro infantil para ajudar as crianças da Instituição. A nossa ajuda tem efeito multiplicador muito grande, porque contagia”.

Com igual carinho falou o publici-tário Omar Caldas: “Com a Campanha estamos pedindo contribuições para que esse trabalho seja ampliado ainda mais”. Médicos em ação

Por fim, vale trazer o depoimento de três amigos da área médica que, ao lado do serviço voluntário no Centro Educacional e Comunitário na capital paulista, estão empenhados também nesta frente de trabalho:

“O respeito às diversidades, à defesa do meio ambiente, à preservação dos bens culturais e, principalmente, ao desenvolvimento dos valores da solida-riedade e da cidadania são a motivação pessoal e social da nossa ação voluntária que é ancorada nos princípios do bem.”

José Garris Del Valle, dentista.

“Sou voluntária da LBV há anos, adoro ir lá e fico muito contente em poder ajudar na saúde bucal das crianças. O que puder fazer para ajudar o próximo farei, é muito bom.”

Juliana Rimcha, dentista. “O entusiasmo que vejo em torno dessa Campanha da LBV, de tudo o que está acontecendo, 350 toneladas é pouco, vamos conseguir umas 700.”

José Luiz Amuratti, gastroenterologista.

As doações para a Campanha podem ser entregues nos postos de arrecadação da Legião da Boa Vontade, em todo o Brasil. Veja relação de endereços no site www.lbv.org.br.

Rogério Vieira

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Gandhie seu legado de Amor e Paz

Em um encontro histórico no Rio de Janeiro o Embaixador da Índia e o Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade conversam sobre Educação, Cultura e Espiritualidade Ecumênica.

Balões coloridos soltos no ar, música e saudações de boas-vindas. Sob esse clima de festa e alegria é que ocorreu,

no último 6 de outubro, o encontro do Embaixador da Índia, Amitava Tripa-thi, e o Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, no Centro Educacional, Cultural e Comunitário da Instituição, na capital fluminense, situado na Avenida Dom Hélder Câmara, 3.059, Del Castilho, Zona Norte do Rio. O Embaixador de imediato expressou seu contentamen-to pela gentil acolhida: “Maravilhoso. Estou muito feliz por estar aqui”.

Na conversa travada entre os dois, o amor ao Brasil e ao país do visitante, a fantástica cultura e o milenar Povo indiano logo surgiram. O dirigente da LBV rememorou que, desde cedo, foi levado por influência paterna a se inte-ressar pelo assunto: “Ainda pequenino, tive meu interesse também despertado para a Índia e sua gente. Meu pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000), era um estudioso da vida de Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948); do poeta e pensador hindu Rabindranath Tagore (1861-1941) e outras vívidas

personalidades do seu imenso país. Em 1961, escrevi sobre Gandhi e ganhei uma tocante recordação da Embaixada indiana. Estava com 19 anos. Recebi-a das mãos do Embaixador naquele tem-po. Foi comigo um colega do Colégio Pedro II, Dálsio Cavalcanti Pinto, que falava um excelente inglês”.

Dando corpo àquelas lembranças, Paiva Netto trouxe o quadro com o qual foi agraciado pelo então Embai-xador, senhor M.K. Kripalani, época distante em sua vida, e, ao mesmo tem-po, tão presente pela força de uma

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Paiva Netto recebe o Embaixador da Índia no Brasil, Amitava Tripathi, no Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, na capital fluminense.

Fotos: Richam Samir

__________Leila Marco

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“Quando o Homem chega à plenitude do Amor, neutraliza o ódio de milhões.”

Gandhi

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cultura fascinadora. “Num documento que recebi da Embaixada, encontra-se a assinatura do Adido de Imprensa, Dr. S.K.Das, que me chamou a atenção pelo perfeito formato triangular. Na parte posterior da estampa, aparecem várias anotações feitas por mim. Como

vê, Dr. Amitava, o nosso relaciona-mento é antigo. Trata-se de amizade com um surpreendente Povo que deveras tem influenciado o mundo ocidental. Basta lembrar o Buda. Há um pensamento que diz: ‘A Luz vem do Oriente’. A Ásia e a África são o

grande útero das religiões. Recordo-me também de Ramakrishna (1834-1886), Swami Vivekananda (1863-1902). Li obras sobre eles e deles quando bem jovem. Assim como a respeito das XIV Lições de Filosofia Yogue, de Ramacharaca*1”.

Amitava Tripathi, Embaixador da Índia.

“Estou deslumbrado em estar neste lugar. É a

primeira vez que visito um Centro Educacional

da LBV, já estive no Templo da Boa Vontade, em Brasília, em várias oportunidades. Fico

impressionado com o Amor e o carinho que a Instituição compartilha com as muito adoráveis

criancinhas do Rio. Estou feliz de saber que

Jesus cuida delas.”

Coral Ecumênico Infantil LBV recepciona o senhor Tripathi e Paiva Netto na entrada

da Escola da Legião da Boa Vontade. Era o início do memorável encontro.

Na fotografia acima, aspecto da fachada do Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, na capital fluminense (1). Nas fotos menores, o senhor Tripathi visita os ambientes internos da escola (2 e 3). Na foto ao lado (4), Raquel Bertolin (E), da LBV, o Administrador Estadual de Del Castilho/Suburbana, Pedro Paulo Torres (C), que, na ocasião, representou a Governadora do Estado do Rio, Rosinha Garotinho, e o Embaixador Tripathi.

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Dito isso, enumerou algumas das palavras grafadas de próprio punho no verso daquela relíquia: “Isso me dá grande emoção. Está tudo quase apagado, é de 22 de fevereiro de 1961. Anotei aqui diversos pensamentos do Mahatma (...). Gandhi deu, em vida, lição de Solidariedade Ecumênica aos Homens de Boa Vontade. Tornou-se o líder do movimento para a libertação de sua pátria do poderio da Inglaterra pela força militante do Amor, pela corajosa Fraternidade, pelo acendrado senso de Justiça. Religioso sincero e político hábil! Levantou-se também contra o racismo, encetando vigorosa atividade pelo fim dessa abominação. Por exem-plo, quando, como advogado, vivendo na África do Sul, enfrentou o General Jan Christian Smuts (1870-1950), Primeiro-Ministro Sul-Africano, que depois veio a tornar-se seu admirador. Gandhi foi, sem dúvida, uma das maiores figuras dos séculos XIX e XX”.

Ainda sobre o quadro, o Líder da LBV lê, por sugestão do Legionário Alvino Alves de Barros, para o senhor Tripathi trechos da carta que redigiu, nos idos de 1960, ao Embaixador indiano:

“Muita Paz,“Como admirador que sou de sua

grande Pátria, tenho profunda veneração pelo maior de todos os seus filhos, o Mahatma Gandhi.

“Já perdi a conta de quan-tos livros, revistas e páginas li sobre a inconfundível per-sonalidade dele (...).

“Chamo-me José Simões de Paiva Netto, tenho 19 anos, no dia dois de março completarei 20. Curso o terceiro ano Científico no Colégio Pedro II e serei médico, se for esta a vontade de Deus. Se me atrevo a escrever-lhe é porque a minha professora de História Geral, Dona Hermínia, encoraja-nos, seus alunos, a fazê-lo, pois afirma ser Vossa Ex-celência pessoa assaz interessada no intercâmbio de informações e idéias sobre a grande e milenar Índia, tão cantada por Rabindranath Tagore.

“Mas, voltando ao Mahatma, à me-dida que aumenta nosso conhecimento da sua vida e sua obra, cresce-nos o espanto.

“Personalidade granítica. Coração intensamente fraterno, ligado a um cérebro portentoso. Foi realmente um Homem Crístico sem ser um cristão formal. Honra-nos, Seres Humanos, fazer parte do mundo em que ele ha-bitou. Sua existência é uma mensagem de Amor a um planeta onde ainda campeia o ódio.

“Há uma página sua, entre as mui-tas que escreveu, ‘O Amor’, na qual diz: ‘A não-violência completa é a ausência completa de malquerer a tudo

MahatmaMohandas Karamchand Gandhi é o nome verdadeiro do líder pacifista indiano. O Mahatma, que significa

“grande alma”, ficou conhecido por sua liderança pacifista e é, com certeza, a personalidade principal da independência da Índia. Em 1891, formou-se em Direito na Inglaterra e depois voltou à Índia, onde exerceu a profissão. Dois anos depois, iniciou um movimento na África do Sul — àquela altura colônia britânica —, no qual objetivava lutar contra o racismo e pelos direitos dos hindus. Em 1914, voltou a seu país e difundiu seu movimento, cujo método principal era a resistência passiva, pregando a não-violência como forma de luta. Em 1922, foi detido após organizar uma greve contra o aumento de impostos, sendo condenado a seis anos de prisão.

Porém, foi libertado em 1924. Em 1930, liderou a marcha para o mar, uma cami-nhada de 320 quilômetros para protestar contra os preços dos impostos britânicos e a proibição aos indianos de fabricar sal. Por isso, sua iniciativa tornou-se famosa sob o nome de “a Marcha do Sal”. Em 1931, reivindicou a liberdade de seu país na II Conferência da Mesa-Redonda, em Londres. De volta à Índia, em dezembro do mesmo ano, depois de reiniciar sua cam-panha de libertação, foi novamente preso. Finalmente, em 1947, foi proclamada a independência da Índia. Gandhi trabalhou também para evitar a luta entre muçulma-nos e hindus, que estabeleceram um Esta-do separado, o Paquistão, dividido em duas frações, uma das quais, anos depois, se tornou Bangladesh.

Acusado pela divisão territorial da Índia, atraiu o ódio dos nacionalistas hindus. Um deles o assassina a tiros no ano seguinte, quando Gandhi tinha 78 anos. Na época, foi cremado, e mais de um milhão de indianos compareceram ao seu funeral. Parte de suas cinzas foi jogada nas águas sagradas do rio Jumna. Passados 49 anos de sua morte, outra parte de suas cinzas foi lançada, numa cerimônia especial, no rio Ganges, na cidade de Allahabad, local sagrado para os hinduístas. (Reflexões da Alma, de Paiva Netto, página 139).

o que vive. A não-violência sob forma ativa é a Boa Vontade para com tudo o que vive: é a perfeição do Amor’.

“O pensamento do Mahatma asse-melha-se aos ideais fraternistas de um movimento que se espalha por todo o Brasil — a Legião da Boa Vontade, di-rigida por seu fundador, Alziro Zarur*², que prega a União de todos pelo Bem de todos, numa batalha titânica contra o materialismo avassalador. (...)

“Deus que está presente faça-o cada vez mais feliz e torne sua his-tórica Índia cada dia mais próspera e magnânima e o seu Povo usufruindo dessa prosperidade. Salve Mohandas Karamchand Gandhi.

“Viva Jesus!”

Recordações: Paiva Netto mostra ao senhor Amitava quadro de Gandhi que ganhou, em 1961, do então Embaixador da Índia, senhor M.K. Kripalani, quando estava com 19 anos e já revelava sua admiração pelo país asiático.

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Após a leitura da missiva, inda-gado por um dos presentes, comenta sobre os motivos que acabaram mo-dificando sua meta inicial de vida, a Medicina. “A especialidade seria operador e ginecologista. Contudo, me integrei na Legião da Boa Vonta-de e pelas mãos de Alziro Zarur fui levado para o caminho do jornalismo e do rádio. Em 1956, com 15 anos, já estava na LBV e na Rádio Mundial, contribuindo com minha modesta cota de Boa Vontade no extraordiná-rio labor de Zarur. Imaginem o que ocorreu na minha casa quando numa certa manhã revelei aos meus pais:

— Sinto muito, mas não serei mé-dico. Apaixonei-me pelos nobres ob-jetivos da Legião da Boa Vontade.

Minha querida e tão saudosa mãe desmaiou, literalmente. As mães são as donas amorosas dos filhos (risos). Tudo mudou em minha existência, porém não me arrependo. Eles mes-mos, mais tarde, deram-me o maior apoio e incentivo, o que foi muito importante para mim”, concluiu.

Lembranças do Brasil e da Índia

Amantes da História, falaram ainda dos laços que unem Portugal e Índia. O Chanceler presenteou o diri-gente da Instituição com dois livros: India & Portugal — Cultural Interac-tions (Índia & Portugal — Interações Culturais) e o Rajasthan — Colours of a Desert Land (Rajasthan — Cores do Deserto; tradução livre), do Dr. Surendra Sahai (não disponíveis no Brasil). Nas obras, deixou, respecti-vamente, duas belas dedicatórias para Paiva Netto: “Concedido a um grande estudioso, humanista e espiritualista” e “Concedido a um, verdadeiramente, grande filho da Humanidade”.

Outra lembrança ofertada pelo Embaixador foi um quadro feito em computação gráfica por ele mesmo, inspirado no Templo da Boa Vontade, erguido em Brasília/DF e que neste 21 de outubro completou 16 anos de existência*3.

Troca de lembranças. Na foto 1, o Embaixador da Índia presenteia o dirigente da LBV com quadro feito em computação gráfica por ele, inspirado no Templo da Boa Vontade. Na segunda fotografia, aparecem, da esq. para a dir.: O Líder da LBV, o Sr. Tripathi e Pedro Paulo Torres, representando a Governadora do Rio, Rosinha Garotinho. Nas imagens 3 e 4, Paiva Netto retribui a gentileza entregando ao Chanceler uma estampa da Mãe de Jesus, o CD Ave, Maria! (coletânea clássica da Gravadora Som Puro) e o livro As Profecias sem mistério (em inglês), de autoria dele.

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Especial

Nos livros que o senhor Tripathi autografou a Paiva Netto foram deixadas duas belas

mensagens: “Concedido a um grande estudioso, humanista e espiritualista” e

“Concedido a um, verdadeiramente, grande filho da Humanidade”.

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Ao entregar a tela, o amigo da LBV descreveu detalhes de seu labor artístico: “A terra é a filha do sol. Para todas as ciências e religiões antigas, o sol é muito importante, como se vissem um deus. Em outras crenças, os santos têm uma auréola representando o astro solar, a essên-cia, a quintessência do Templo da Boa Vontade. A Paz, a unidade em Deus para o TBV, em si, é bastante significativa por causa da sua forma piramidal (...). Ali está o espírito do Brasil, que é o céu azul, e eu gosto muito dessa obra de arte”.

Por sinal, por de-terminação de Paiva Netto, a explicação

dada anteriormente e a fotografia do doutor Amitava serão colocadas ao lado do quadro, no Centro Comuni-tário e Educacional da LBV no Rio, em lugar de destaque.

Em retribuição, o Diretor-Pre-sidente da LBV entregou-lhe uma estampa da Mãe de Jesus, o CD Ave, Maria! (coletânea clássica da grava-dora Som Puro), em que há melodias dele, a exemplo do oratório O Mis-tério de Deus Revelado: “Tenho de corresponder a tanta gentileza. Este CD traz composições minhas com a orquestração do maestro Vanderlei

Alves Pe-re i ra , um músico de qualidade e de cabeça aberta, por-que quebro muitas re-g r a s m u -sicais (ri-sos)”.

Também autografou

seu livro As Profecias sem mis-tério (no idioma inglês): “Ao Amigo e Irmão Embaixador Ami-tava Tripathi. Disse Alziro Zarur, saudoso Fundador-Presidente da LBV: ‘O Amor é todo o encanto

da vida. A vida sem Amor não vale nada’. Assim vejo a Índia, com gran-de Amor Fraternal. Paiva Netto”.

Educação com qualidade

O Centro Comunitário da LBV conta com mais de 5.000 m² de área construída. Nesse espaço há 22 sa-las de aula, berçários, consultórios médico e odontológico, laborató-rios de informática e refeitórios. O prédio possui ainda ampla quadra poliesportiva, biblioteca, auditório e brinquedoteca, que atendem não somente aos alunos, mas também a suas famílias.

Conhecer de perto essa ação emocionou o Sr. Tripathi: “Estou deslumbrado em estar neste lugar.

É a primeira vez que visito um Centro Educacional da LBV, já es-tive no Templo da Boa Vontade, em Brasília, em várias oportunidades. Fico impressionado com o Amor e o carinho que a Instituição com-partilha com as muito adoráveis criancinhas do Rio. Estou feliz de saber que Jesus cuida delas”.

Sua atenção igualmente se vol-tou para a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, metodologia preconi-zada por Paiva Netto, aplicada com sucesso em todas as unidades edu-cacionais da Obra. “A Espirituali-dade é importante para todos, não só para crianças, mas para adultos também, porque proporciona uma direção para a vida. O mundo hoje está cheio de distrações. Podemos ser levados para caminhos não tão bons. Precisamos de um direciona-mento para que possamos conduzir nossa vida propriamente. A Espiri-tualidade é fundamental para mos-trar esta trilha, para que as crianças se tornem cidadãos plenos”. E concluiu reforçando que essa ação não serve apenas aos alunos: “As crianças conseguem levar esses valores defendidos pela LBV para dentro de casa. Isso causa um bom impacto na sociedade brasileira e mundial”.

Compareceu, ainda, naquela data, representando a Governadora do Estado do Rio de Janeiro, Ro-sinha Garotinho, o Administrador Estadual de Del Castilho/Suburba-na, Pedro Paulo Torres.

________________*1 Ramacharaca — pseudônimo mais famoso de William Walker Atkinson (1862 -1932), que escreveu diversos livros sobre saúde, bem-estar e felicida-de por meio do controle e da confiança; além de valorizar encontro com o prin-cípio divino positivo e benevolente.*2 Alziro Zarur (1914-1979) – Jorna-lista, radialista, poeta e escritor. Mili-tante brasileiro social e religioso.*3 Leia reportagem completa nesta edição.

“As crianças conseguem levar esses

valores defendidos pela LBV para dentro

de casa. Isso causa um impacto na sociedade brasileira e mundial”.

Amitava Tripathi, Embaixador da Índia.

O Embaixador da Índia é recebido pelos alunos da Escola da LBV com flores e muito carinho

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Especial

Amitava Tripathi, que está pres-tes a assumir a Embaixada da Índia na Suíça, onde acumu-lará o cargo da Delegação de

Autoridade no Vaticano, já se despede da capital do Brasil com saudade. Um de seus últimos compromissos foi palestrar no “Congresso Temático: Ciência e Fé na construção da Paz”, no dia 21 de outubro, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, da LBV, em Brasília/DF, sobre o tema “Se queres a Paz, prepara-te para a guerra?”.

Ao falar no assunto, deixou seu recado aos peregrinos que, àquela altura, se preparavam para viajar à capital federal, para comemorar os 16 anos de existência do TBV: “A todos que vão ao Templo da Boa Vontade, espero que recebam o amor, a atenção e a Espiritualidade e os levem para o resto do mundo”.

O Embaixador Tripathi, que tem 34 anos de carreira diplomática, fez a primeira visita ao Templo da Boa Vontade — a Pirâmide dos Espíritos Luminosos — em 2002. Logo procu-rou, como turista, conhecer a cidade em todos os aspectos culturais e políticos para estabelecer seus contatos profis-sionais. Para ele, esse monumento é diferente de tudo que já viu, tem um apelo humanitário e une idéias das mais diversas formas e crenças, não per-dendo seus princípios, mas acolhendo

O Amor por Brasíliae o respeito pelo Templo da LBV

outros ideais. Foi atraído de longe pela arquitetura mística do local.

Após esse dia, seu interesse só au-mentou por essa filosofia ecumênica sem restrições. O seu deslumbramento pelo ambiente o levou a fazer um qua-dro em homenagem ao que viu e sentiu dentro do Templo da Paz. “Eu não posso ir embora do Brasil sem antes entregar essa minha contribuição à pessoa que criou isso, o Presidente Paiva Netto. Alimento grande vontade de poder entregar-lhe pessoalmente”, disse o Em-baixador. E esse desejo se concretizou no dia 6 de outubro.

Uma viagem à ÍndiaEm julho de 2005, a Embaixada

promoveu a exposição Arte Contempo-rânea da Índia, na Galeria de Arte do TBV. O Diplomata achou o lugar ideal para uma mostra deste porte, por se tratar de ambiente ecumênico e, culturalmen-te, um dos melhores locais para exibição na capital federal. Foi grande sua alegria quando recebeu um exemplar da revista BOA VONTADE, edição 204, em que o evento teve destaque nas páginas 34 e 35. “Tenho um grande respeito pelo Deus que o TBV proclama. A mensa-gem ecumênica que une as pessoas é algo em que acredito. E tudo isso em conformidade com a própria civilização indiana. É um prazer estar aqui”, decla-rou à revista, ao ser questionado sobre o porquê da escolha do local.

O senhor Tripathi durante palestra no “Congresso Temático: Ciência e Fé na construção da Paz”, que ocorreu em 21 de outubro no ParlaMundi da LBV.

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Quem esteve na exposição Arte Contemporânea da Índia, no mês de julho deste ano na Galeria de Arte do TBV, pôde apreciar músicas típicas do país apresentadas pelos músicos Anand Jyothi (E), Clarice Prestes (C), André Luiz Oliveira (D). Também estiveram presentes no acontecimento:

Carina Palackapilly, escritora.

Rubens Paiva, ilustrador.

Lorenza Carrion, do Departamento Cultural da Embaixada da África do Sul.

Ahimsa Soekartono, representante do Embaixador da República da Indonésia.

Reprodução de algumas obras de arte indianas expostas no Templo da LBV

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Em breve, o Embaixador Amitava representará a Índia na Suíça e no Vaticano.

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No ano de 2000, em Bra-sília/DF, ocorreu o Fórum Paz no Planeta, que reuniu personalidades e renomados

conferencistas do Brasil e do Exterior, sugerindo soluções para os problemas decorrentes da violência. O evento, que contou com o apoio da Legião da Boa Vontade, foi promovido pela Organiza-ção das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela Universidade da Paz (Unipaz) que escolheram o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (ParlaMundi da LBV) para sediar o acontecimento em razão da ambiência de Paz que caracteriza o local.

Arun Gandhi, neto do Mahatma Gandhi, foi um dos palestrantes desse encontro. Acompanhado de sua esposa, Sunanda, vivenciou uma forte emoção no monumento mais visitado do Distrito Federal. Na oportunidade, participou de uma singular homenagem do Diretor-Presidente da LBV em memória ao líder indiano propagador da não-violência. A solenidade teve lugar no Salão Nobre do TBV, onde se encontra a imagem de seu avô no painel A Evolução da Hu-

manidade, idealizado por Paiva Netto, no qual figuram grandes luminares da História.

Referindo-se à iniciativa do dirigente da Instituição, declarou Arun: “Muito obrigado. É uma grande honra estar na LBV para esta maravilhosa cerimônia. É bom ver que o meu avô está represen-tado no TBV. Porque, durante toda a sua vida, ele acreditou que o desentendimen-to entre religiões causou muita violência no mundo. Ele queria que as pessoas se unissem. Enquanto seguiam as suas próprias religiões, deveriam também respeitar todas as demais que existem no Planeta. E nos considerarmos uma grande família”.

Conforme seu relato, o Mahatma incorporou em seu serviço de orações de todas as manhãs e noites preces de diferentes correntes religiosas: “Ele costumava fazer as orações do lado de fora da casa, debaixo de uma árvore, e nós crescemos com esse tipo de tradição, em que cantávamos hinos do Cristianis-mo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Judaísmo... todos os dias. Tivemos a oportunidade de aprender e respeitar as diversas religiões. Estou muito feliz

pelo Templo da Legião da Boa Vontade e seus voluntários, por estarem levando o Ecumenismo para o mundo. Tenho certeza de que meu avô ficaria muito orgulhoso disso também. Desejo todo o sucesso ao senhor Paiva Netto”.

Arun GandhiApós evento promovido pela Unesco e pela Unipaz, no ParlaMun-di da LBV, neto do líder pacifista indiano emociona-se em home-nagem de Paiva Netto ao seu avô.

e a Paz no Templo da Boa Vontade

O neto de Gandhi, Arun Gandhi, que preside o Instituto Gandhi para a Não-Violência em Nova York, e sua esposa, Sunanda, participam de homenagem ao líder indiano, no Templo da Boa Vontade. Ao fundo, o painel A Evolução da Humanidade no qual se encontram, por providência de Paiva Netto, a imagem do Mahatma e de outros grandes luminares da História.

“Estou muito feliz pelo Templo da Legião da Boa Vontade e seus voluntários, por estarem levando

o Ecumenismo para o mundo. Tenho certeza de que meu avô ficaria muito orgulhoso disso

também. Desejo todo o sucesso ao senhor Paiva Netto.”

Arun Gandhi

O Templo da Boa Vontade (SGAS 915, Sul, Lotes 75/76, Brasília/DF – Brasil) é o monu-mento mais visitado da capital federal, segundo a Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur). O Templo da Paz, como também é conhecido, recebeu, em seus 16 anos de existência, mais de 15 milhões de peregrinos e turistas.

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Deputado Federal, Senador, jornalista, escritor e radialista. Estes são alguns dos atributos de Paulo Alberto Moretzsohn

Monteiro de Barros, nome de nasci-mento, mais conhecido por Artur da Távola. Profundo conhecedor da música popular brasileira, ele foi o entrevistado do programa Samba e História em outubro, ocasião em que rememorou fatos da nossa raiz cultural, defendendo a homenagem aos bambas da música, e ressaltou a amizade de longa data que tem com a Legião da Boa Vontade e seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto. “Acompanho a Instituição desde os tempos do Alziro Zarur e depois, já nos 50 anos do Irmão Paiva, vejo a luta dessa Obra que é uma das maiores do mundo, mais interessantes, que já passou por tempestades, tormentas, mas segue no seu caminho deliberado por forças até superiores a nós”, assevera o entrevista-do, integrante da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Quanto ao gosto pela área musical, ele conta que surgiu naturalmente em família e teve o privilégio de nascer em 1936, na década considerada a mais brilhante da nossa canção. Por sinal, é sobre seu interesse pela nossa cultura a pauta da entrevista, como pode ser conferido a seguir.

Hilton Abi-Rihan — Qual o significado da música na sua vida?

Artur da Távola — Sou muito ligado em música, não posso ficar mais

de dois dias sem ouvir uma boa compo-sição, porque sinto falta. (...) Sou uma pessoa eclética, não sei se isso é uma virtude, mas sou assim. Todas as canções manifestam a sensibilidade de quem as compõe e canta.

Abi-Rihan — Na época em que foi titular da Secretaria da Cultura, mudou o nome dela para Secretaria das Culturas. Por que fez isso?

Artur — É um equívoco que em um país com a diversidade do Brasil a cultura seja tratada como algo único, superior, das classes dominantes, erudita. Temos culturas, subculturas, estamos cheios de formas culturais das mais ricas, variadas, por todo o território. Portanto, o Ministério não é da Cultura, daquela coisa aparentemente superior, elitista; e, sim, das Culturas. Até porque em nossa Pátria as principais conquistas nesta área não foram feitas pelas elites e, sim, pelo Povo. Agora, saindo da esfera brasileira e observando a realidade do Rio de Janeiro, vejo um acúmulo de culturas espetacular. Por isso fiz a mudança. O nosso país é tão interessante que ele absorve a cultura do outro e “engole”. Assim fez com a música norte-america-na, centro-americana e latina. O Brasil não se subordina, ele até faz isso em outras áreas, como a econômica, mas não faz isso na área cultural. É tão forte a herança negra, do índio e portuguesa; elas encontram caminhos próprios, vão engolindo as culturas que nos impõem. O jazz vira jazz-samba, o funk brasileiro é

Brasileira

MúsicaPopular

A força das raízes negras e indígenas em sua evolução

O radialista Hilton Abi-Rihan (E), ao lado do jornalista e escritor Artur da Távola, durante gravação do progra-ma Samba e História, nos estúdios da Super Rádio Brasil (AM 940 kHz), do Rio de Janeiro. Na Super RBV, o ou-vinte pode acompanhar essas entre-vistas aos domingos, às 5 da manhã, 14 e 20 horas. Pela Rede Mundial de Televisão (RMTV) é exibido aos sábados, às 23 horas. No domingo, o telespectador tem duas opções de horário: às 15 ou 23 horas.

Samba e História

Jorge Alexandre

Pixinguinha

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diferente, o rap nosso ultimamente anda com muitas palavras norte-americanas, mas daqui a pouco vai arranjar outras.

Abi-Rihan — Como surgiu essa parceria com a música?

Artur — O contato com a música vem desde a mais remota memória que tenho. Meu pai morreu muito cedo, eu ti-nha 11 anos de idade quando ele faleceu: era um mineiro quieto, tinha a mania de chegar em casa, botar o pijama, antiga-mente se fazia isso. Até me lembro de pessoas que saíam assim na rua, isso no bairro carioca de Ipanema em 1940. Ele era todo cuidadoso, abotoava o pijama até em cima para ficar bem sério. Sen-tava-se ao lado de um velho rádio, que ainda tenho, ouvia as notícias da guerra que impressionaram muito a minha infância, embora sabendo que era longe do Brasil; nós chegamos nessa época a passar por blecaute e racionamentos na cidade do Rio de Janeiro, porque os submarinos alemães passavam por aqui (...). Acabado o noticiário da guerra, sintonizava em uma estação com música. Eu ficava brincando ali perto dele, até a hora de dormir, porque a minha casa não era grande. Aquilo ficou no meu espírito, sempre apreciei música. Minha mãe também gostava de cantar algumas canções antigas, tristes; ela era árabe, filha de sírios, mas veio da Síria no ventre da mãe dela, minha avó. Foi concebida lá e nascida aqui, possuía toda aquela carga da luta do imigrante, suas canções permaneceram na minha memória de modo muito intenso, porque tinha uma

relação de amor muito grande comigo. Eu fui um filho muito bem-tratado, querido, amado pelos meus pais. (...) O meu pai ouvia música clássica à noite, minha mãe e ele trabalhavam fora já nos anos de 1940, século passado. Tinha uma empregada muito carioca chamada Dóris que cuidava de mim, ela passava as tardes, escondida dos patrões, com o rádio ligado nos programas de auditório das Rádios Nacional, Tupi, e eu, garoto, ficava ali a ouvir o Trem da Alegria, entre outros. Todos aqueles programas constituíram também um pano de fundo da minha infância e, conseqüentemente, os cantores e as músicas que naquela época faziam sucesso. Dizem que 1930 foi a grande década da Música Popular Brasileira. Eu fui criança na década de quarenta, porque nasci em 1936, e ela ainda era brilhante (...), faziam-se carnavais formidáveis, com músicas lindas, e aquilo foi permanecendo no meu espírito.

Abi-Rihan — Por que propôs a criação do Dia Nacional do Choro?

Artur — É a data de nascimento do Pixinguinha, 23 de abril. Achei que seria justo homenagear o Choro neste dia. Como parlamentar da área da Cultura, eu tinha o dever de levar aquela iniciativa adiante. Agora, nunca imaginei que a data, criada apenas para recordar um ritmo importante do Brasil, viesse a ser realmente comemorada como agora.

Abi-Rihan — Há uma história que você sempre conta, que ocorreu ao receber um título de Cidadão Nilopolitano, honraria esta com a qual o Líder da LBV também foi agraciado, por proposição do Presidente da Câmara dos Vereadores, o vereador Vadinho, em 1982.

Artur — Eu acompanho a Legião da Boa Vontade, como digo, desde o tempo do saudoso Alziro Zarur. Aprecio muito a idéia que o Paiva Netto desenvolve de Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica, até porque, por dentro eu sou assim. (...) Então, estava lá na Câmara e um Deputado Federal da época me

Na imagem, de 21/8/1982, aparece o jornalista Artur da Távola discursando

para os Legionários da Boa Vontade no Núcleo da LBV, em Nilópolis/RJ. À

esquerda está o dirigente da Instituição, José de Paiva Netto. Naquela data,

ambos foram condecorados com o título de Cidadão Nilopolitano. Ao centro

da foto está o Soldadinho de Deus José Eduardo Paulote de Paiva, com 10

anos, na ocasião.

A festa das crianças atendidas pelo Centro Educacional, Cultural e Comunitário, no Rio, e que compõem o Coral Ecumênico Infantil LBV, ao se encontrarem com Artur da Távola.

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Jorge Alexandre

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disse assim: “É o seguinte: quando você estiver falando e o auditório demonstrar desinteresse ou não estiver prestando tanto atenção, você cita as palavras do Irmão Paiva”. E eu guardei aquilo. Até que uma certa hora estava lá falando de-mais e notei que as pessoas começaram a ficar um pouco dispersas. Aí não tive dú-vidas, afirmei: “Porque como diz o Irmão Paiva...”, e o público todo me aplaudiu. Peço desculpas... mas, para mim, aquele foi um claro sinal da empatia que ele tem com o Povo.

Abi-Rihan — A chave então era você citar o Irmão Paiva e o pessoal aplaudia.

Artur — Só dava o Irmão Paiva lá...

Abi-Rihan — Porque é o prestígio, a simpatia, a empatia do Irmão Paiva.

Artur — É verdade, é verdade. E eu acho que inclusive é modéstia. Aprecio muito quando ele fala, pois o faz dis-cretamente, sem empáfia, com muita interioridade.

Abi-Rhian — Como foi a pré-história do samba?

Artur — Você sabe que toda forma musical é extremamente discu-tida pelos estudiosos, porque é uma evolução natural, misturada com uma fusão, com o aperfeiçoamento que os músicos acrescentam ao longo do tempo, com as mudanças no gosto do público. Há pouco tempo saiu um li-vro chamado A Pré-História do Sam-ba (de Bernardo Alves), justamente esse nome que você mencionou, com

a tese muito discutida de que o samba não seria de origem negra, mas bra-silíndia, como ele chama. Porque se encontraram evidências de um ritmo parecido com o samba em longínquas datas entre os índios brasileiros. Te-nho dificuldade de aceitar essa idéia, mas são pessoas sérias, estudiosas. Eles acham que quem estudou até agora antropologicamente a música brasileira, como Edson Carneiro, Gilberto Amado e outros, defendeu demasiadamente a influência africana em relação à do índio. Então essa obra diz que o samba nasceu no Nordeste, de influência afro-índia. (...) Eu não me considero autoridade no assunto para dizer com acerto como o samba nasceu no Brasil. Agora, há alguns

dados que são insofismáveis. Por exemplo, a afinidade entre a nossa música e a cubana na sua concepção rítmica. Porque as mesmas tribos africanas que de maneira violenta, covarde, foram arrancadas do seu hábitat na África e transportadas nos porões dos navios negreiros para as Américas, morrendo e sofrendo, de-pois padeceram na escravidão, essas mesmas tribos que foram para Cuba estiveram na Bahia, portanto, tem-se uma afinidade muito grande entre o tipo de samba-de-roda que a Bahia faz e o ritmo caribenho, aliás em toda a América Central. (...) Os nossos ín-dios tinham formas culturais próprias (...), é uma civilização milenar.

Abi-Rihan — Na ocasião dos festejos de 50 anos de existência da Legião da Boa Vontade, você proferiu um emocionante discurso no Senado Federal. Por que escolheu a tribuna para homenagear a Instituição?

Achei que a tribuna do Senado era um lugar ideal para falar sobre a LBV que nasceu no Rio de Janeiro e hoje está no mundo todo. E ao mesmo tem-po é uma Instituição que prossegue crescendo e formando pessoas.

Abi-Rihan — Algum planejamento para lançar livros em breve...

Artur — Agora vou voltar, estou com um livro de crônicas pronto, espero que saia antes do Natal. Estou escrevendo um sobre música, que deve sair em meados do ano que vem.

“Todas as canções

manifestam a sensibilidade de quem as compõe e canta.”

Artur da Távola

Auditório da Rádio Nacional — Programa de Paulo Gracindo

(Arquivo Rádio Nacional do Rio de Janeiro)

César de Alencar, Dircinha Batista e Linda Batista (ao microfone)

Arquivo Rádio Nacional

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Ao término do bate-papo, Artur da Távola aproveitou para dar os parabéns pela revista BOA VONTADE, a qual, na análise dele, “é muito bem-feita”. Destacou a reportagem sobre a vida de Carmen Miranda, publicada em Samba e História, na edição nº 205. “Eu comprei aquele número da revista. O mais impressionante nela é o caráter ecumênico da LBV, que é aberto e sem nenhum fechamento dogmático.”

O jornalista comentou também o número especial da BOA VONTADE Ecumenismo, editada em homenagem aos 16 anos do Templo da Paz, monu-mento idealizado e construído por Paiva Netto e que, desde sua inauguração (21/10/1989), já recebeu mais de 15 milhões de peregrinos e turistas, o que o consagrou como local mais visitado de Brasília/DF. “Quando morei em Brasília estive na Pirâmide da LBV umas quatro vezes, fazendo a espiral que nos faz che-gar ao centro (da nave); é interessante, possui fluidos, há coisas muito boas lá. Ficava impressionado com a presença de jovens muito bem-vestidas, cidadãos sempre de gravata, e a amabilidade de-les. Até uma vez brinquei: ‘Eu acho que o céu é assim’. Porque só tinha pessoas educadas, conduzindo com delicadeza”, diz o radialista.

O Professor Artur também men-ciona a arquitetura do Templo, que para ele é própria para a meditação. “O Templo da Boa Vontade faz parte hoje de Brasília de uma maneira muito intensa. Quantas e quantas pessoas se energizam no TBV graças ao formato, à entrada do sol, são formas de, sobre-tudo, dar autoconfiança às pessoas,

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A Espiritualidade Ecumênica da LBV

auto-estima. Esse é um outro bem que a LBV faz: independente de tudo que a Instituição realiza pelas crianças, tudo que faz no mundo inteiro em creches, escolas, lares. Mas também a auto-estima dos seus membros, dos seus seguidores. (...) Por isso, repito o que já disse no começo: gosto da LBV quando ela se intitula, e não apenas se intitula, mas luta pela Espiritualidade Ecumênica”.

Conselheiro da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica — hon-raria criada por Paiva Netto e que visa premiar aqueles que se dedicam à Solidariedade Ecumênica no mun-do —, Artur recorda-se: “Já partici-pei da eleição de figuras de destaque em vários anos e a LBV me deu a honra de ser um dos jurados”.

Artur da Távola é ouvinte da Super Rede Boa Vontade de Rádio — emissora que está em 1º lugar no Ibope em audiência fidelizada. “É uma freqüência muito boa a Super Rádio Brasil 940 AM (Rio de Janei-ro), som muito bom”.

Ao término da entrevista, registrou: “Agradeço muito à LBV pela oportuni-dade de um programa que a gente pode falar, que dá tempo para isso. Que o corre-corre da televisão, do rádio con-temporâneo, o sujeito fala 20 segundos e cortou. Mas aqui nos programas da Legião da Boa Vontade, não. A gente pode trocar idéias e ter uma conversa livre. Sou grato à LBV, ao Irmão Paiva, à Super Rede Boa Vontade de Rádio e à Rede Mundial de Televisão. E como sempre repito: Viva a Espiritualidade Ecumênica!”.

O jornalista Artur da Távola discursa no ParlaMundi da LBV.

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O marco dos 60 anos lembra-nos que o mundo, hoje, é muito diferente daquele dos funda-dores da ONU. As Nações

Unidas devem refletir essa nova era e responder a seus desafios — inclusive, e principalmente, a consciência de que muitas pessoas ainda estão indefesas contra a fome, a doença e a degradação ambiental, mesmo tendo o mundo os meios para salvá-las. Uma ONU reno-vada deve ajudar a mudar essa situação e trabalhar com muitos parceiros para fazer progredir os nobres ideais dos fundadores.” As palavras do Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, sintetizam o espírito de renovação que marcou as comemorações dos 60 anos do Órgão.

Criada em um período pós-guerra (veja o subtítulo Como tudo começou), a Organização das Nações Unidas nasceu prioritariamente para estabelecer um sis-tema de segurança coletivo que evitasse novos desastres globais e até mesmo uma iminente guerra nuclear. Dessa maneira, tem participado dos principais movimentos da segunda metade do sé-culo XX e início do XXI, evitando con-

O espírito das

________________Danilo Parmegiani

Fotos: UN/DPIO mundo em 1945 estava diante do cenário devastador do fim da Segunda Guerra Mundial. Os conflitos finais que levaram à derrota do Eixo pelas forças aliadas encerravam uma das mais sangrentas páginas da História da Humanidade. Era um momento de estabilizar as relações internacionais e firmar bases de Paz, que acabassem com a intolerância e com a ameaça de uma guerra nuclear. Esses foram os propósitos que fizeram surgir a Organização das Nações Unidas (ONU), que celebra neste mês de outubro 60 anos de atividades com espírito de renovação.

ONU completa 60 anos celebrando conquistas, mas busca renovação e novos desafios.

flitos e promovendo o reconhecimento universal dos direitos humanos. Muito mais do que uma força de Paz, a ONU preocupou-se em ampliar sua atuação durante todos esses anos e tem essencial-mente procurado estimular a cooperação internacional na área econômica, social, cultural e humanitária.

Na atualidade, conta com 191 esta-dos-membros e tem se esforçado para vencer desafios internos de reforma da Instituição, enquanto se empenha em âmbito mundial na mais ampla campa-nha de desenvolvimento sustentável já acordada internacionalmente.

O desafio das metas do milênio

Durante a última Assembléia Geral, em setembro de 2005, líderes mundiais reuniram-se para avaliar os cinco pri-meiros anos dos chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O ambicioso plano a ser alcançado até 2015 é um conjunto de oito metas que abrange ações desde o combate à pobreza, mortalidade, desigualdade de

Nações Unidas

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toO Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, conversa com lideranças de comunidades africanas.

Revista Boa Vontade 28 Revista Boa Vontade 28

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gêneros, HIV/aids e outras doenças até a universalização do ensino, promoção do desenvolvimento sustentável e parcerias globais. Embora alguns países tenham apresentado avanços significativos, um relatório do Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimento (PNUD) mostrou dados alarmantes coletados em 177 países, constatando que a desigual-dade social no mundo está em processo de crescimento.

Por isso, uma das mais importantes atuações da ONU tem sido promover uma globalização inclusiva, mobilizan-do não apenas governos, mas também sociedade civil para um pacto de atua-ção cooperativa na qual todos tenham consciência de suas responsabilidades e reconheçam seu papel ativo nos desafios globais.

Importantes parceiros têm contri-buído com as Nações Unidas para o cumprimento de tão nobres objetivos, entre eles a Legião da Boa Vontade, que possui status consultivo geral em seu Conselho Econômico e Social (Ecosoc) e apresenta sua experiência em mais de meio século promovendo Solidariedade

com Espiritualidade Ecumênica, por meio de centenas de iniciativas huma-nitárias desenvolvidas no Brasil e em outros seis países (Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Portugal e Estados Unidos), além de correspondentes em diversas partes do Planeta.

A exemplo desse trabalho da LBV, a contribuição brasileira nas Nações Unidas sempre foi pautada na vertente pacífica de nosso Povo, como lembra o escritor Paiva Netto no subtítulo “Oswaldo Aranha, a ONU e a Paz”, publicado na revista Sociedade da So-lidariedade Ecumênica. “Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha (1894-1960) presidiu a Assembléia Geral da ONU. Anteriormente ocupou, entre outros, os cargos de Embaixador do Brasil em Washington e de Ministro das Relações Exteriores. O biógrafo

Francisco Talaia O’Donnell, em seu livro Oswaldo Aranha, relata:

“— Discursando na ONU, ao tomar posse da presidência, em 16 de setembro de 1947, Oswaldo Aranha mais uma vez aproveitava a oportunidade para transmitir ao mundo a semente de seus ideais:

“‘O mundo totalitário ruiu porque quis afrontar a liberdade da consciên-cia humana. As conquistas espirituais não são passíveis de ser alteradas pela força’.

“Pregando a Paz aos povos do mundo, que foi o incansável aposto-lado de sua vida, afirmava: ‘Aqui se ensina, se doutrina e sobremodo se crê e aprendem os povos a conhecerem-se e a confiarem-se uns nos outros e todos na necessidade de um destino comum e fraternal (...)’”.

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Mais de 170 Chefes de Estado e Governo reunidos na sede da ONU em Nova York para a High-level Plenary Meeting na Sexagésima Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas (2005 World Summit), de 14 a 16 de setembro de 2005, também comemorando o sexagésimo aniversário das Nações Unidas.

Assembléia Geral da ONU

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Primeira reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada em Paris, França, em 16/9/1948.

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toAspectos do início da construção da Sede em Nova York/EUA.

Revista Boa Vontade 30 Revista Boa Vontade 30

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A expressão “Nações Unidas”, suge-rida pelo Presidente dos EUA Franklin Roosevelt, foi usada primeiramente na “Declaração das Nações Unidas”, em 1º de janeiro de 1942, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, quando repre-sentantes de 26 nações reafirmaram suas intenções de continuar lutando contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Várias organizações internacionais foram primeiramente estabelecidas en-tre os Estados em assuntos específicos, a exemplo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e União Postal Universal (UPU) ainda no século XIX.

A Liga das Nações, concebida em circunstâncias similares durante a Pri-meira Guerra Mundial, foi estabelecida em 1919, sob o Tratado de Versalhes, com o fito de “promover cooperação internacional e alcançar a Paz e a segu-rança”. A Liga cessou suas atividades

– Um dos arquitetos responsáveis pelo projeto da sede das Nações Uni-das em Nova York foi o renomado arquiteto brasi-leiro Oscar Niemeyer.

– O Brasil é sempre o primeiro país a se pronun-ciar durante a Assembléia Geral da ONU, o mais importante encontro anual dos Chefes de Estado.

– O diplomata brasi-leiro Oswaldo Aranha foi nomeado Presidente da Segunda Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1947.

– A Legião da Boa Vontade, LBV, foi a primeira organização brasileira reconhecida em caráter oficial na sede da ONU, em 1994.

– Em abril de 2000, o Coral Ecumênico LBV apresentou-se na sede das Nações Unidas.

O aniversário das Nações Unidas foi comemorado em várias das principais cidades do mundo. No Rio de Janeiro (Brasil), Genebra (Suíça) e em Nova York (EUA), por exemplo, ocorreram concertos de música clássica, com orquestras compostas por músicos de diversas nações. A idéia foi a de que as sinfônicas espelhem, em sua formação, a união dos povos. No Rio de Janeiro, a Organização valeu-se de uma paixão nacional. A 1ª Copa ONU de Futebol

Como tudo começou...depois de ter falhado na prevenção da Segunda Guerra Mundial.

Em 1945, representantes de 50 países, entre eles o Brasil, se encon-traram em São Francisco, EUA, para uma conferência internacional que delineasse a Carta das Nações Unidas. A Carta foi assinada em 26 de junho de 1945 pelos representantes dessas nações, incluindo os cinco membros do Conselho de Segurança (China, a então União Soviética, Reino Unido, França e Estados Unidos). A Polônia, que não estava representada na confe-rência, assinou logo depois e se tornou um dos primeiros 51 estados-membros da ONU.

Com a ratificação da Carta das Na-ções Unidas, em 24 de outubro de 1945, surgia oficialmente a Organização das Nações Unidas.

Fonte: www.un.org

Eventos diversos celebram o aniversário da ONUFeminino, cuja madrinha é a atriz Ju-liana Paes, e tem o patrocínio da LBV, reúne 16 times em um torneio que se realiza sempre aos sábados e domingos até 11 de dezembro.

Nos Estados Unidos, organizações não-governamentais, entre elas a Legião da Boa Vontade, promoveram um importante encontro, conforme relata, a seguir, a representante da LBV nas Nações Unidas, Conceição Malaman.

Brasil na ONUCuriosidades

Oscar Niemeyer

Oswaldo Aranha

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Equipe de planejamento arquitetônico da Sede Permanente das Nações Unidas (componentes da equipe e consultores auxiliares), fotografada em 18 de abril de 1947, em frente ao projeto preliminar do edifício. No primeiro plano, da esq. para a dir.: Ssu-Cheng Liang, China; Oscar Niemeyer, Brasil; Nikolai Bassov, Rússia (URSS); e Ernest Cormier, Canadá. Na segunda fileira, da esq. para a dir.: Sven Markelius, Suécia; Charles Le Corbusier, França; os membros da equipe Bodiansky, engenheiro consultor da diretoria (França); Wallace K. Harrison, Projetista-chefe da equipe; G.A. Foilleux, Austrália; Max Abramowitz, EUA, Diretor de Planejamento, e os consulto-res Ernest Weismann (Iugoslávia), Antoniades (Grécia) e Matthew Nowicki (Polônia).

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Nova York — O Co-mitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Glo-bais, do qual faz parte a Legião da Boa Vontade, e integrantes do grupo de trabalhos Values Cau-cus organizaram evento no salão de conferência número três, na Sede das Nações Unidas em Nova York, com o tema O Es-pírito das Nações Unidas — Reflexões para o Futu-

ro. No ambiente superlotado, estavam presentes representantes de ONGs com status consultivo no Ecosoc e afiliadas ao Departamento de Informações Públicas, jovens, adolescentes e crianças da escola internacional da ONU, como também o Coral da Organização.

O início da cerimônia foi marcado com uma apresentação do “Hula Ha-lau”, formado por jovens do Havaí. Logo após, Roberto Mucaro Borrero, representante da tribo Boriken Taino e também Presidente do Comitê de ONGs na década internacional da ONU para os Povos Indígenas Mundiais, fez a abertura pedindo um minuto de silêncio em um brado de Paz. A reunião contou ainda com a presença do subsecretário das Nações Unidas para Comunicação e Informações Públicas, Shashi Tharoor.

Diane Williams, chefe do Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais em NY, com Carl Murrell, Vice-

_________________Conceição Malaman

Presidente do Values Caucus, apresen-taram um vídeo relembrando os valores que nortearam a criação da Organização na década de 1940. Este documentário histórico foi produzido em parceria com a LBV e a Fundação José de Paiva Netto. Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Radio e TV, Diane destacou: “Nós queremos agradecer muito à Legião da Boa Vontade. Tem sido incrível tê-los como um dos principais organizadores do evento. Desde o início do processo de planejamento, a LBV esteve conosco, 100%. Ficou um produto final muito bonito. Foi maravilhoso. Queremos, par-ticularmente, agradecer ao Irmão Paiva Netto por disponibilizar tudo isso, aju-dando para que a LBV estivesse presente nesse encontro da ONU. Estamos todos satisfeitos e empolgados. As pessoas saíram do acontecimento emocionadas e impressionadas com o espírito das Nações Unidas”.

Ela ressaltou também que durante a apresentação do vídeo, o Presidente da 60ª Sessão das Nações Unidas e da As-sembléia Geral, Exmo. Sr. Jan Eliasson, ficou comovido. “Eu vi o Presidente da Assembléia Geral visivelmente emo-cionado enquanto assistia ao início do vídeo, quando foi mostrado o momento em que a Carta das Nações Unidas foi es-tabelecida, há 60 anos, e agora ele está lá naquela mesma cadeira como Presidente da Assembléia Geral. Foi um momento para mim muito especial. O programa e o vídeo inspiraram aquele instante.

Ficamos muito felizes com a participação da LBV e gostaríamos de lhes agradecer do fundo de nosso coração”.

Representantes da Legião da Boa Vontade levaram aos presentes a revista Sociedade da Solidariedade Ecumê-nica, 7ª edição, com a mensagem de Paiva Netto “É urgente ree-ducar” (publicada em Inglês, Espanhol e Por-tuguês). Palavras desse artigo também foram transcritas no livro de Reflexões que, durante o acontecimento, co-lheu a opinião dos par-ticipantes sobre como a ONU pode ajudar a melhorar a qualidade de vida dos povos e do Planeta.

A contribuição da LBV será enca-minhada ao Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, com a seguinte mensagem: “As Nações Unidas poderão melhorar a qualidade de vida do Planeta quando conseguirem fazer com que os chefes de estado, chefes ministeriais, se conscienti-zem — iluminados pelo Amor do Novo Mandamento de Jesus: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho do Cristo, segundo João, 13: 34) — da importância do Espírito. Assim, a ONU desenvolverá, ainda mais, o seu papel de fazer com que os povos entendam que não somos apenas seres carnais, mas, acima de tudo, Espirituais, pois como afirma o Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto: ‘Cui-da do Espírito, reforma o Ser Humano. E tudo se transformará’”.

Roberto Mucaro Borrero

Shashi Tharoor

Exmo. Sr. Jan Eliasson comoveu-se com o vídeo sobre os 60 anos da ONU.

evento comemorativo na sede da

ONU em Nova YorkLBV co-organiza

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Fotos: Amado Vieira e Conceição Malaman.

Comitê organizador do evento “O Espírito das Nações Unidas”: Conceição Malaman (LBV), Julia Welch (Brahma Kumaris), Diane Williams (Chefe do Comitê de

Espiritualidade, Valores e Interesses Globais - CSVGC), Jackqueline Ripstein (Chefe do grupo de trabalho de Artes Sagradas Transcendentais do CSVGC), Monica Willard

(representante da URI, United Religions Initiative), Margo Lazaro (representante da Organização Mayors for Peace and Global Family) e Carl Murrell (representante da

Organização Baha’i).

Apresentação do vídeo relembrando os valores que nortearam a criação da Organização das Nações Unidas na década de 1940. O documentário foi produzido pela LBV e pela Fundação José de Paiva Netto, em parceria com o Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas.

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Às margens do rio da Prata, no su-deste da América do Sul, e com território levemente ondulado, coberto por cam-pos similares aos pampas das regiões de fronteira da Argentina e Brasil. Este é o Uruguai da bela capital Montevidéu, em que convivem cidadãos com um padrão de vida semelhante ao visto em países desenvolvidos e outra parcela sem as mesmas oportunidades.

É este povo que receberá da Le-gião da Boa Vontade, em dezembro próximo, o Instituto de Educação José

Um local de

Primeiro MundoLBV do Uruguai amplia atendimentos em Centro Socioeducacional que será inaugurado no fim do ano

de Paiva Netto, um moderno Centro Socioeducacional que atenderá crianças, jovens, adultos e idosos, melhorando, em grande escala, a vida dos cidadãos que vivem nos bolsões de pobreza da capital uruguaia.

O novo empreendimento ocupará uma área superior a 1.500 m² e deve, já nos primeiros dias, oferecer ensino de qualidade a meninos e meninas; aos adultos e idosos, a unidade da LBV do Uruguai os contemplará com progra-mas socioeducativos e de capacitação

profissional. Só para se ter uma idéia, logo no térreo os vovôs e vovós poderão realizar atividades em um amplo espaço, instalado neste pavimento para facilitar a locomoção das pessoas da Terceira Idade.

Ao visitar a constru-ção do moderno Centro Socioeducacional é possível mensurar a extensão e a qualidade do atendimento que ali será prestado. Quem constatou isso foi a funcionária pública Raquel Re-vello que ressaltou o amplo trabalho que será feito com os menores, envolvendo a formação da Espiritualidade Ecumênica. Além da infra-estrutura, outro ponto que chamou sua atenção é que “neste novo projeto também vai ser feito um gran-dioso trabalho com adultos, incluindo os da Terceira Idade”.

As obras do Instituto de Educação José de Paiva Netto seguem a todo vapor e não foram interrompidas nem mesmo durante a crise econômica, pela qual o Uruguai passou em 2002. Uma razão para isso é que, desde a divulga-ção do projeto inicial, a comunidade uruguaia tem contribuído com recursos financeiros para apoiar a empreitada. A mídia igualmente tem demonstrado ser forte parceira ao destacar os trabalhos da Legião da Boa Vontade do Uruguai. [R.O.]

Instituto de Educação da LBV do Uruguai

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1º andar: InstalaçõesdaescoladeeducaçãoInicial,comrecepção,salasdeaulaeambientesdeapoio.

2º andar: Salãoabertoparaatividadesesportivas,seminárioseeventos.

Raquel Revello

As obras seguem a todo vapor e, em breve, o povo uruguaio receberá da LBV um moderno Centro Socioeducacional.

Fotos: Maciel Ferreira

Projeto gráfico do prédio

Acontece no Mundo

Calle Camino Castro, 462, Prado, Montevidéu, tel.: (00xx 5982) 308-6074.

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O dia 10 de outubro marca seis anos da passagem do saudoso Dr. João Jorge Saad ao Mundo Espiritual.

Para conhecê-lo um pouco mais, nada melhor que trazer um resumo da sua vitoriosa atuação, publicado no Portal www.band.com.br:

Um pioneiro das comunicações

“João Jorge Saad, fundador do Grupo Bandeirantes de Comunicação, nasceu em Monte Azul Paulista, em 22 de julho de 1919 e faleceu em 10 de ou-tubro de 1999, aos 80 anos. Descenden-te de imigrantes sírios, chegou à capital aos 5 anos, acompanhado de seus pais, Jorge João Saad e Raquel Amate Saad. Começou a trabalhar cedo no comércio do pai, na esquina da Rua 25 de Março com a Ladeira Porto Geral. Quando completou 21 anos, passou a percorrer o País como caixeiro-viajante. Nessa época, início da década de 1940, nem imaginava entrar para o mundo das comunicações.

“No inverno de 1947, João Saad casou-se com Maria Helena de Barros

Saad e tiveram cinco filhos: João Car-los (Johnny), Ricardo, Maria Leonor, Márcia e Marisa. Em 1º de julho de 1948, João Saad assumiu a Rádio Ban-deirantes, que pertencia a seu sogro, o Governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Com a PRH-9, ele daria início ao que viria a se tornar o Grupo Bandeirantes de Comunicação. Quan-do lhe perguntavam como, sem ser do ramo, havia criado uma rede tão grande e avançada, João Saad respondia: ‘Ela estava lá, escondida. Não fiz nada de-mais. Apenas fui eliminando as arestas, o supérfluo, e ela foi aflorando, apare-cendo’. A carreira empresarial de João Saad, no entanto, não ficou limitada ao ramo das comunicações. A cidade de São Paulo crescia e novos bairros começavam a surgir. Atento ao merca-do imobiliário, ele passou a incorporar grandes áreas de terrenos. Nasceram assim, entre outros, os bairros Cidade Adhemar e Jardim Leonor, em home-nagem aos pais de sua mulher.

“Comércio, comunicações, in-vestimentos nos setores imobiliário e agropecuário resultaram numa profunda ligação de João Saad com São Paulo.

Homenagem de Paiva Netto ao saudoso Dr. João Jorge Saad, fundador do Grupo

Bandeirantes.

______________Alvino de Barros

Apaixonado pela cidade, tornou-se cidadão paulistano e aceitou o desafio de presidir a Companhia Municipal de Transportes Urbanos, a CMTC. Refor-mulou o transporte da cidade, recuperou ônibus, criou linhas e reduziu o tempo dos percursos.

“Enquanto isso, a Rádio Bandeiran-tes consolidava sua liderança absoluta. Quando já possuía uma cadeia de rádio, inaugurou a TV Bandeirantes, canal 13 de São Paulo, em 13/5/1967. Nos anos 1970 estaria montada a Rede Bandei-rantes de Televisão.

“‘Temos como norma rígida a permanente prestação de serviços à coletividade. Somos uma empresa totalmente brasileira, consciente da responsabilidade social e política que temos, preocupada em cumprir o com-promisso de defender a livre iniciativa e as instituições, de promover o desen-volvimento econômico, de defender intransigentemente a democracia, de incentivar a educação, com suficiente coragem para atacar os que ousam ofen-der os interesses da coletividade.’

João Jorge Saad Fundador do Grupo Bandeirantes.”

Na foto, o registro da fraterna e antiga ami-zade entre José de Paiva Netto e o saudoso Dr. João Jorge Saad.

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Grande amigo da Legião da Boa Vontade e de seu Diretor-Presidente José de Paiva Netto, Dr. João Saad sempre apoiou as iniciativas da LBV. Com satisfação, esteve pessoalmente em muitos dos seus acontecimentos solenes. Em uma dessas oportunidades, destacou que “na LBV as crianças estão na Aca-demia do Ensino, da Saúde, do Amor, para tornarem-se brasileiros, como meus filhos, como meus netos. O Brasil devia ter mais uns dez como o Paiva Netto, seria tão bom para todos! Estou muito envaidecido, muito emocionado de estar acompanhando de perto essas crianças todas”.

É de se ressaltar uma ação social conjunta da LBV e da Band que alcan-

sempre de mãos dadas em prol do Brasil

çou enorme sucesso: a Campanha SOS Nordeste. Foram distribuídos mais de 4,1 milhões de quilos de alimentos às co-munidades atingidas pela seca nos anos finais do Segundo Milênio. A mobiliza-

ção ultrapassou as fronteiras do Bra-sil, despertando o sentimento de Solidariedade nos corações.

O sr. Johnny Saad, Presidente do Grupo Bandei-rantes de Rádio e TV, compartilha a mesma simpatia que seu pai de-monstrava pela Legião da Boa Vontade:

“Nós, da Ban-deirantes, estamos

muito orgulhosos de ser aliados de vocês da LBV. Acompanhamos a luta do Paiva desde o tempo de Zarur, e sabemos deste trabalho sério, bonito, honrado, que cuida de criança, cuida de gente idosa, envolve todo o mundo, então, somos, em primeiro lugar, fãs do trabalho de vocês, admiradores e colaboradores. (...) Muito obrigado e fiquem com Deus”.

Com imensa alegria, a LBV orgu-lha-se de estar na Rede Bandeirantes de Televisão há 22 anos. Atualmente, o Programa Paiva Netto vai ao ar no início da madrugada, de segunda a sex-ta-feira, após o A Noite é uma Criança do apresentador e amigo da Legião da Boa Vontade Otávio Mesquita. É uma parceria que começou no Rádio há várias décadas. Como a morte realmente não existe, dirigimos nosso pensamento ao nobre Dr. João Jorge Saad. Onde ele estiver, receba a carinhosa homenagem da Legião da Boa Vontade.

Milhares de flagelados da seca foram socorridos graças à mobilização promo-vida pela LBV em parceria com a Rede Bandeirantes de Televisão, Campanha que ficou conhecida como SOS Nordeste, na década passada.

A imagem registra o momento da assinatura do contrato entre a LBV e a Band, em 27/5/1983, na cidade de São Paulo/SP. Atualmente, o Programa Paiva Netto vai ao ar no início da madrugada, de segunda a sexta-feira, após o A Noite é uma Criança do apresentador e amigo da Legião da Boa Vontade Otávio Mesquita.

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Durante encontro no Instituto de Edu-cação da Legião da Boa Vontade, na capital paulista, Paiva Netto e Johnny Saad ratificam parcerias e os laços de antiga amizade entre a LBV e a Band, em favor do Povo.

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Ademã que eu vou em fren-te”, “gente fina é outra coi-sa”, “em sociedade, tudo se sabe”, ou ainda “sorry

periferia”. Grande parte de conhecidas expressões que estão na boca do Povo, a exemplo destas acima reproduzidas, foi criada pelo saudoso jornalista e colunista social Ibrahim Sued (1924-1995).

Dono de um estilo próprio que fez com que criasse modismos retratando costumes da época, o pioneiro do colu-nismo social dos anos de ouro da socie-dade carioca priorizava a informação, com dicas de etiqueta e acontecimentos internacionais. Também eram constantes em seus textos os comentários sobre o Rio, cidade onde nasceu em 23 de junho de 1924. De maneira criativa e elegante, opinava sobre a economia, fatos políticos e culturais.

Filho de imigrantes árabes, criou-se na Tijuca e em Vila Isabel e viveu muitos anos em quartos de pensão em Copaca-bana. Sua atuação na área jornalística deu-se em 1946, quando se firmou como repórter fotográfico na revista Diretrizes. Foi aí que conheceu gente famosa nas festas da alta sociedade, principalmente no Copacabana Palace. Ao mesmo tem-po que fotografava, redigia pequenas notícias na seção “Vozes da Cidade”, na Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda. Quando a revista Manchete e depois o jornal O Globo o contrataram, lançou-se no colunismo social.

A partir de 1950 já se consagrou

_____________Simone Barreto

como colunista e, oito anos mais tarde, comandou o programa Ibrahim Sued e Gente Bem, na TV Rio, que exibia entre-vistas e reportagens sobre a sociedade. A partir de 1993, sua coluna Reportagem social de Ibrahim Sued, que era diária no jornal O Globo, passou a ser publicada pelo colunista somente aos domingos.

Ibrahim escreveu livros que obtive-ram sucessos de venda, tais como: 20 anos de caviar, OOO contra Moscou, O segredo do meu su...sucesso, Aprenda a Receber e Etiqueta. Foram cinco décadas dedicadas ao jornalismo, findadas em 1o de outubro de 1995, quando o jornalista, aos 72 anos, veio a falecer.

Coluna mais social — Ibrahim inovou ao trazer para seus textos os temas sociais. Prova disso foram as amplas divulgações do trabalho socioeducativo da Legião da Boa Vontade, publicadas em sua coluna no jornal O Globo. Em uma delas, assim se referiu à Pirâmide da LBV: “Realmente, este é o pensamento fundamental da Legião da Boa Vontade: a Paz internacional e social só pode ser conquistada se a tolerância ecumênica for estabelecida primeiro nos corações. A RELIGIÃO, com letras maiúsculas, não pode jamais servir de instrumento de discriminação sob pena de descaracterizar-se, e assim também a Ciência, a Política, a Economia, a Educação, o Esporte, a Arte e a Vida, enfim”.

Na edição de 1995 da revista Ibrahim Sued — de olho no mundo, o jornalista

publicou reportagem de seis páginas dedicadas aos 45 anos da Legião da Boa Vontade, na qual focalizou a manifesta-ção de ilustres personalidades sobre o trabalho da Obra e apresentou diversos aspectos de sua ação. Ao longo de sua carreira, entrevistou importantes figuras, entre elas, o Presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), o Marechal e Presidente do Brasil Arthur da Costa e Silva (1902-1969), o escritor Jorge Amado (1912-2001), o Papa Paulo VI (1897-1978), a socialite Tereza de Souza Campos, hoje Princesa e casada com o Príncipe Dom João de Orleans e Bragança. Entrevistou na inauguração da cidade de Brasília/DF o Presidente brasileiro Juscelino Kubitschek (1912-1976) e o jornalista, radialista, escritor e Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, com quem fez a última grande reportagem.

Por escolha de Ibrahim, o assunto que pautou a entrevista concedida por Paiva Netto a ele, dois meses antes de seu falecimento e, posteriormente, publicada por seus assessores, em 1995, foi a “Pedagogia Revolucioná-ria: Educação e Cultura com Espiri-tualidade Ecumênica — o caminho para o Brasil”. A edição da revista foi lançada em 20 de dezembro de 1995, Noite de Gala no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o Parla-Mundi da LBV, quando o renomado pianista Arthur Moreira Lima realizou um recital.

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Paiva Netto ao lado de Simone Rodrigues

Concerto do renomado pianista Arthur Moreira Lima, no ParlaMundi da LBV, durante o lançamento da revista Ibrahim Sued — de olho no mundo, edição de 1995.

A imagem registra uma cordial conversa entre o pianista Arthur Moreira Lima e sua esposa, Rosana, com o Líder da LBV.

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Encerramos a apresentação dos trechos prin-cipais do Estatu-to do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Neste nú-mero, trazemos as penalidades

passíveis de serem aplicadas quando do não-cumprimento do Estatuto.

“Art. 96. Discriminar pessoa idosa,

impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:

Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.

§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.

Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Parágrafo único. A pena é aumenta-da de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de

Estatuto do Idosolonga permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.

Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimen-tos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:

Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.

§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (qua-tro) anos.

§ 2o Se resulta a morte:Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12

(doze) anos.Art. 100. Constitui crime punível

com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;

II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho;

III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assis-tência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;

IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;

V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requi-sitados pelo Ministério Público.

Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:

Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.

Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, infor-mações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso:

Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa”.

Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (qua-tro) anos.

Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outor-gar procuração:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (qua-tro) anos.”

Walter Periotto

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Brasilem alerta

O Ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento, Ro-berto Rodrigues, dis-

se no dia 27 de outubro que o governo brasileiro, “preocupado com os registros de ocorrência em escala mundial da gripe aviária” e antecipando a possibilidade da chegada da doença ao País, tem agido para capacitar o sistema de defesa animal com ações téc-nicas e adotado a transparência no trato das informações sobre cada medida.

Rodrigues citou, entre as medidas, a suspensão das im-portações de aves e produtos de países que apresentem casos da doença; a vigilância nos pontos de entrada de produtos; a ela-

boração de um cadastro nacional de produtores; o monitoramento das rotas de aves migratórias; restrição de materiais agrícolas, principalmente genéticos; maior rigor na vigilância de portos, ae-roportos e rodovias; e a criação de mecanismos para comunica-ção, por parte da sociedade, de casos suspeitos da doença.

O Ministro lembrou que a pre-ocupação do governo com a gripe aviária deve-se à “excepcional capacidade empresarial do setor avícola nacional”, que até setem-bro deste ano já havia exportado cerca de US$ 2 bilhões para 142 países. “É impressionante o cres-cimento da produção de frangos e derivados no País. De 1995 a 2005, esse crescimento foi de 162%”.

Gripe aviária:_______________________________________ Benedito Mendonça, Melina Fernandes e Lana

Cristina, repórteres da Agência Brasil.

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As primeiras mortes causadas pela gripe aviária foram registradas em 1997, data em que seis pessoas morreram em Hong Kong. De lá para cá, casos da doença já foram identifi-cados na Ásia e leste da Europa e um grande alerta proliferou pelo mundo sobre o risco de mutação do vírus que é transmitido a aves e infecta os Seres

O mal da gripe aviáriaHumanos a partir do contato destes com animais contaminados.

Desde maio, há registros de casos da gripe aviária e do vírus H5N1 (causador da enfermidade) na Rússia, China, Romênia, Turquia, Cazaquis-tão, Croácia e Mongólia. Na Indo-nésia, autoridades já contabilizam mortes de humanos em conseqüência

da gripe. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gripe aviária é uma doença contagiosa que atin-ge animais, causada por vírus que normalmente infectam apenas aves e, em casos mais raros, porcos. Esses vírus são altamente organi-zados, e evoluem de modo a atingir apenas uma espécie, mas têm, em alguns casos, cruzado a barreira das espécies e atingido Seres Humanos.

Para conter uma epide-mia no Brasil, o Ministro da Saúde, José Saraiva Felipe — ao falar sobre o plano de contingência contra a doença —, informou que o Instituto Butantan, de São Paulo, recebeu um aporte adicional de recursos no

valor de R$ 3,5 milhões para adaptar laboratórios e

comprar equipamentos, com o objetivo de produzir a vacina (leia

boxe).O Brasil já tinha se oferecido para

desenvolver o medicamento em setem-bro, durante reunião da qual participa-ram os países da Organização Mundial de Saúde (OMS). Até hoje, nenhum país conseguiu a vacina. Isso porque o vírus H5N1, que passa de aves para humanos, não cresceu em laboratório até o mo-mento. A vacina só pode ser produzida com o vírus. “Se houver uma cepa que se replique (se reproduza) em laborató-rio, a partir daí, passamos a produzir a vacina”, disse o Ministro.

Saraiva Felipe ressaltou que, quan-do houver proteção contra o H5N1, a imunização só será feita em casos comprovados de contaminação no País. Segundo o Ministro, os médicos estão preparados para identificar a necessi-dade de fazer exames em doentes que

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OMS libera ao Instituto Butantan material do vírus da gripe aviária para produção de vacina

O Presidente do Instituto Butantan, Isaías Raw, informou que a Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS) liberou no dia 25 de outubro uma amostra do vírus H5N1, que permitirá desenvolver o processo de fabricação da vacina contra a gripe aviária asiática, que será feita no Instituto. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva em que se divulgou a criação de uma força-tarefa para prevenção da doença no Estado de São Paulo.

Segundo Isaías Raw, o lote com o material viral deverá chegar a São Paulo nos próximos dias. Para isso, a Secretaria de Saúde estadual e o Ministério da Saúde trabalham em parceria para a construção do primei-ro laboratório de pesquisas do vírus influenza, que causa as gripes, e de uma fábrica para as vacinas.

“A idéia é que até o final de de-zembro a gente já tenha o laboratório. A vacina começará a ser produzida antes da finalização da fábrica, em maio”, explicou Raw. Segundo ele, o objetivo inicial é até 2006 fabricar 20 mil doses, que devem servir de reser-va, para vacinar pessoas que tenham contato com as aves, profissionais da saúde e familiares do infectado.

De acordo com Raw, houve até

agora 121 casos de gripe aviária no mundo, que resultaram em 62 mortes. Ele informou que a vacina contra o H5N1 é pouco eficaz, ou seja, gera baixa resposta do sistema imunoló-gico do Ser Humano. E previu para o fim de janeiro o resultado dos testes de confirmação de sua eficácia em animais e pessoas voluntárias.

Raw afirmou também que as equi-pes vão buscar reduzir a quantidade necessária de vacina para um terço do volume padrão, por meio da adi-ção de outra substância, para que a mesma quantidade inicial de 20 mil doses fabricadas possa ser usada para inocular 60 mil pessoas.

O Ministro da Agricultura, Ro-berto Rodrigues, recebeu no dia 25 de outubro exportadores de frango e proprietários de frigoríficos, a quem alertou para a adoção de medidas preventivas contra a gripe aviária.

Na ocasião, essas entidades pro-moveram, no Palácio do Itamaraty, o “19º Congresso Brasileiro de Avi-cultura”. Um dos temas do encontro, realizado até o dia 27, foi o crescimen-to do setor. O Brasil hoje é o segundo produtor mundial de carne de frango e o primeiro entre os exportadores do produto.

cheguem aos postos de saúde e hospi-tais, para comprovar se o quadro gripal é por causa do H5N1. “Isso ocorrerá se houver complicações no estado de saú-de do paciente”, explicou o Secretário de Vigilância Epidemiológica, Jarbas Barbosa.

O Brasil tem três laboratórios con-siderados referência pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para identi-ficação do vírus da gripe do frango: o Instituto Evandro Chagas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Adolpho Lutz. Se for constatada a contaminação, o doente será medicado com o Tamiflu. O remédio, único no mundo capaz de combater o vírus, foi encomendado pelo governo ao Labora-tório Roche e deverá chegar em breve ao Brasil.

Barbosa tranqüilizou a população que consome frango regularmente, ao lembrar que não há possibilidade de se contaminar ao consumir, inadvertida-mente, carne contaminada. “Se ocorrer de o frango que teve o vírus ser abatido e levado ao mercado, não há com que se preocupar. A temperatura do cozimento faz com que todos os vírus morram, inclusive esse”, afirmou. O Secretário lembrou que o mesmo se aplica a outras aves, também consumidas por Seres Humanos, como pato, marreco, peru, codorna ou chester. O contágio só ocorre, enfatizou Barbosa, quando há contato com aves vivas contaminadas com o vírus H5N1, em granjas ou em abatedouros.

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Reportagem

Edificado no coração do Brasil, Brasília/DF, o monumento dedi-cado à Fé e ao Respeito celebrou seus 16 anos em uma festa co-

roada no dia 22 de outubro. Na ocasião do “Encontro das Duas Humanidades”, foram feitas demonstrações claras de que naquele ambiente, “até as pedras clamam que Deus é Espírito”, conforme Paiva Netto — o idealizador e construtor da Pirâmide da Paz — fez colocar na parede de entrada do Templo da Boa Vontade. Não obstante, o grande recado dele aos peregrinos que superlotaram a Nave do TBV nos festejos de 2005 é o de que “os mortos não morrem”.

Prova disso foi o fato de a Humani-dade de Cima protagonizar momentos de grande elevação espiritual. Por meio de comovente mensagem veiculada ao vivo pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o Espírito Dr. Bezerra de Menezes registrou a incessante presença dos Irmãos Espirituais. O recado sensibi-lizou não apenas quem estava presente. “Estou emocionada com as palavras do

Um teto para aHuma nidadeO TBV, a Pirâmide da Paz, completa 16 anos, em uma festa de Cultura, Emoção e Espiritualidade Ecumênica em Brasília/DF.

Irmão Bezerra de Menezes. Uma prova de que para a Humanidade de Cima não há barreiras”, relata Roseli Garcia, da Argentina, sobre a vibração que sentiu mesmo estando a milhares de quilôme-tros da capital brasileira.

Pouco antes de o Encontro iniciar, Paiva Netto presenteou o público participante da 30ª Festa dos Casais Legionários da Boa Vontade de Deus com uma prédica na qual exortou o verdadeiro senti-mento que deve envolver aqueles que se amam, lendo o artigo de sua autoria: “Sejamos

Ao centro, no pináculo das sete faces do TBV, encontra-se aquela que é considerada pela mídia a maior pedra de cristal puro do mundo. A história de como chegou ao cume do Templo da Paz está detalhada na revista BOA VONTADE Ecumenismo.

______________Rodrigo Oliveira

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sempre como namorados!”, em que as-segura: “O Amor estabelece a simpatia. E este é o atrativo que não morre, a graça eterna do Espírito. Nem a morte separa os que se amam”.

O escritor e jornalista completou seu pensamento enfatizando: “Quando a gente ama, as épocas vão passando, e até as marcas do rosto do Ser amado tor-nam-se beleza. É igual a um bom vinho. Ele é sempre melhor com o decorrer dos anos, desde que não o deixemos azedar. O saudoso Alziro Zarur (1914-1979), poeta, costumava dizer: ‘O Amor é todo o encanto da vida. A vida sem Amor não vale nada’”.

Janela entre o Céu e a Terra

Além dos caravaneiros, autoridades e religiosos também aproveitam a opor-tunidade para saudar o monumento. Pedro Paulo Torres, representando a Go-vernadora do Rio, Rosinha Garotinho, ressaltou a homenagem prestada pelo Estado, ao declarar 21 de outubro o Dia do Ecumenismo, em deferência ao TBV. “A Governadora Rosinha Garotinho é uma pessoa ecumênica. Quando ela visitou o Templo da Boa Vontade, com toda a equipe do governo, verificando o trabalho realizado, ficou surpreendida com o ambiente, com esse clima, unindo o Céu e a Terra, ainda mais no centro da capital, onde os governantes passam. Inclusive sancionou o projeto de lei

feito pelo Deputado Noel de Carvalho e que foi aprovado por unanimidade pelos deputados do Estado do Rio de Janeiro”, conta.

E conclui dando parabéns ao ide-alizador e construtor da Pirâmide da Paz: “É mais uma evidência da visão de vanguarda do Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto. Porque ele conseguiu criar um lugar onde as pes-soas podem se unir, numa só irmanda-

de, numa só vibração, independentemente da religião, partido político, de qualquer tipo de opção. Parabéns ao jornalista Paiva Netto por seu trabalho de trazer a Humanidade para um momento de reflexão. O Templo é uma janela para essa reflexão, na qual todos os presentes sentem uma vibração maravilhosa, saem com o Espírito elevado, para termos um Brasil melhor e uma Humanidade mais feliz”.

A Repórter da TV Nacional (Agência Radiobrás) Carolina Gonçalves sintetiza que “a festa é o retrato do Templo da Boa Vontade que atrai 1 milhão e 200 mil pessoas por ano. (...) A Pirâmide da LBV mostra exatamente a proposta de unir as religiões, gente de todos os lugares do País”, afirma a jornalis-ta, para quem “o TBV é um espaço extremamente importante para a Humanidade, principalmente nos dias de hoje”.

José de Paiva Netto, idealizador e construtor do Templo da Boa Vontade, o monumento mais visitado da capital federal.

Pedro Paulo Torres, representante da Governadora do Rio, Rosinha Garotinho, ao lado do apresentador da Super Rede Boa Vontade de Comunicação Marco Dametto.

Coral Ecumênico LBV apresenta-se na Nave do Templo da Paz

O Grupo de Teatro da Juventude Ecumênica da Boa Vontade apresenta a peça “A Queda da Musa”.

Regido pela maestrina Cláudia Costa, o coro do Templo da Boa Vontade emociona o público em Brasília.

ReportagemReportagem

“A Governadora Rosinha Garotinho é uma pessoa ecumênica. Quando ela

visitou o Templo da Boa Vontade, com toda a equipe do governo, verificando

o trabalho realizado, ficou surpreendida com o ambiente, com esse clima,

unindo o Céu e a Terra.”Pedro Paulo Torres

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O Povo superlota a Nave do TBV

Dias antes da realização do “Con-gresso Temático Ciência e Fé na construção da Paz”, dois de seus

palestrantes, de origem mexicana, estive-ram conhecendo o trabalho desenvolvido no Instituto de Educação da Legião da Boa Vontade na capital paulista (Av. Rudge, 700, Bom Retiro, tel.: (11) 3225-4500). O economista José Luís Lohra Morales e o educador Manuel Campos Olivares vieram acompanhados do Con-selheiro do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência da LBV (FOMPEC), Fernando Salazar Bañol.

Logo que chegaram ao Conjunto Educacional, receberam as boas-vindas do Coral Ecumênico Infantil LBV. De-pois, duas crianças, representando todas as atendidas pela Obra, entregaram car-tões aos visitantes, confeccionados por elas próprias com material reciclável.

José Luís Morales gostou muito da

ação socioeducacional da LBV: “Essa visita para mim foi transcendental. (...) Aqui no TBV há uma Obra que cria

uma renovação de Luz à Humanidade. Ver isso, de maneira concreta, tem sido

uma inspiração e um exemplo que tratarei de promover em meu país. Essa Espiri-tualidade é parte de algo que estabelece o contato com o Superior”, concluiu.

Manuel Campos ficou impressionado com a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, preconizada por Paiva Netto e aplicada com sucesso em todas as unidades edu-cacionais da LBV, que cuida de cérebro e coração. “Como educador (...) é uma gran-de alegria ter a oportunidade de estreitar os laços de Amor e amizade entre Brasil e México. Muito além do futebol, agora por meio da Educação — uma ferramenta que transforma a sociedade —, o futuro e a esperança do ‘novo homem’ surgem. A Educação Ecumênica já não é apenas uma oportunidade, é uma exigência de toda a Humanidade para este século XXI, para esta era de aquário. A chave de tudo é a Espiritualidade, conhecer o Espírito. A escola de Paiva Netto ensina as bases para compreender e sentir o Amor do Pai Celestial, que voltará. Nesse colégio, as crianças e os jovens têm sua felicidade compartilhada com todos os visitantes, com seus cantos e sorrisos que levaremos no coração”.

Sobre o Templo da LBV, o educador disse que já havia visto o monumento pela televisão. “Tive a oportunidade de ver a grande Pirâmide no canal Infinito, que a Organização de Paiva Netto, a LBV, construiu. Efetivamente, (estar lá) é inte-riorizar a ascensão da vida. Não é exterior, é interior, mas, ao sentir fisicamente essa energia, podemos encontrar a experiência vibracional interna. Muitos não sabem o que têm: em nenhum país latino-ameri-cano eu vi tamanho esforço de tantos e tantos brasileiros (...). Felicidades a todo o Brasil. Amamos vocês!”.

Conferencistas mexicanosvisitam LBV em São Paulo

“A escola de Paiva Netto ensina as bases para compreender e

sentir o Amor do Pai Celestial.”Manuel Campos Olivares, educador.

Da esq. para a dir.: José Morales, Fernando Bañol e Manuel Campos junto ao Coral Ecumênico Infantil LBV.

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“Tive a oportunidade de ver a grande Pirâmide no canal

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vida.”Manuel Campos Olivares, educador.

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Imantada pela vibração das 18 horas, a Pirâmide das Almas Bendi-tas (outro sinônimo atribuído ao Tem-plo da LBV) abri-gou cerimônia que reuniu religiosos e peregrinos para fomentar o legado do qual é revestido o TBV: o respeito

entre os povos. Com o ambiente superlota-

do, o Ato Ecumênico, um dos principais eventos do calendário das comemora-ções, foi assistido por caravaneiros do Brasil e Exterior e por líderes de diversos segmentos religiosos, fato este colocado em evidência nas palavras do advogado Dr. Pedro de Paiva, representante do dirigente da LBV, José de Paiva Netto, na festividade.

No início do discurso, frisou que “a mim coube a honra de representar Paiva Netto, o idealizador e construtor do Templo do Ecumenismo Total”. Ele contou detalhes do instante em que foi inaugurada a Pirâmide dos Espíritos Luminosos. “Quando estava vindo para cá, descendo a rampa de acesso, vi a porta de entrada e me lembrei que em 21 de outubro de 1989, às 14 horas, o Irmão Paiva soava as sete badaladas naquelas portas do Templo da Boa Vontade e desde então, há exatos 16

Templo da Boa Vontade:

Em 21 de outubro, Dia do Ecumenismo, encontro reúne representações religiosas para consagrar os 16 anos do TBV.

anos, elas nunca mais se fecharam”, disse na ocasião.

Para o Dr. Pedro de Paiva, este episódio simbolizou um marco, já que “quando se abre um caminho a Deus com Fé, ele nunca mais se fecha. Dentro desta energia e deste amor, todos nós podemos sentir isso aqui no Templo da LBV: esta Paz que o mundo tanto espera”. Finalizou com esta máxima do escritor Paiva Netto: “A Face de Deus é o Amor. Quanto mais amamos, mais Ele se manifesta em nós”.

Cada religioso pôde se expressar igualmente e durante a cerimônia eles depositaram relíquias e objetos sagrados de suas respectivas tradições religiosas e pensamentos, no Trono e Altar de Deus. Um dos que falaram em público foi Rogério Pedroso, membro da Loja Maçônica Ísis 102. Em suas palavras enfatiza que o “Templo da Boa Vontade é o referencial de Paz para toda a Humanidade”. Elianildo Nas-cimento, da Iniciativa das Religiões Unidas (URI) de Brasília, afirma que “debaixo do teto desta obra magnífica, que vem a ser uma representação con-creta dessa possibilidade de unidade inter-religiosa, só temos a orar e a pedir que as religiões não possam ser motivo de violência em nosso mundo”.

Estiveram também presentes o Bispo Edson Luiz, da Igreja Católica Apostólica Brasileira; Cristina Elsner e Iza Marina Viccino, membros da comunidade Brahma Kumaris; Dider

Dickel, da Christian Science; Dr. Leon Szklarowsky, da Associação Cultural Israelita de Brasília; o representante da Comunidade Afro-Brasileira Pai Jorge de Oxóssi; Geraldo Faria Júnior, representante da comunidade Bahá’i de Brasília; o Monge Shojo Sato, do Templo budista Terra Pura; o Reveren-do César Mendes, da Perfect Liberty; o Reverendo Luiz Alberto Barbosa, representante da Igreja Episcopal Anglicana; Olímpia Ferreira Lemes, preletora grã-sênior da Seicho-No-Ie do Brasil; Suzel Saraceni, da União Planetária da Universidade da Paz (Unipaz); Nazareno Feitosa, Represen-tante da Federação Espírita do Distrito Federal; o escritor Kaká Werá Jecupé, índio tapuia e Iramar Possamai, da Federação Internacional Inter-religiosa para a Paz Mundial.

Reportagem

Dr. Pedro de Paiva, represen-tante do dirigente da LBV, no evento.

No TBV, religiosos do Brasil e do Exterior confraternizam ecumenicamente pela construção da Paz.

O Ministro da Religião de Deus Jayme Bertolin realiza a abertura da solenidade.

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Referência da Paz

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da Pirâmide da LBV

Manifestações de diversas partes do Brasil e fora dele chegaram à Pirâ-mide da Paz na data em

que o monumento festejava seus 16 anos. Uma delas veio do Gabinete Pessoal da Presidência da Repú-blica, encaminhando os cumpri-mentos do Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, pelas

comemorações do 16º aniversário do Templo da Boa Vontade.

Quem também se expressou foi o Presidente da Câmara dos Depu-tados. Na missiva, o Excelentíssimo Senhor Aldo Rebelo envia as con-gratulações e formula votos de feli-cidades pelo aniversário do Templo da LBV. Em telegrama encaminha-do ao dirigente da Instituição, o Excelentíssimo Senhor Marco Ma-ciel parabenizou as festividades da Pirâmide dos Espíritos Luminosos.

O jornalista Gilberto Amaral publicou na sua famosa co-luna “Sociedade”, no Jornal do Brasil, de 21 de outubro,

uma homenagem especial ao construtor da Pirâmide dos Espíritos Luminosos, José de Paiva Netto. Logo no título, Amaral exalta: “Templo da LBV: 16 anos de Paz para o Mundo!”.

No texto, escreve: “O nosso Tem-plo da Boa Vontade, monumento mais visitado da capital do País, está em ple-

Gilberto Amaral

na comemoração de seus 16 anos, completados hoje. Erguido pelo ideal forte das pesso-as de Boa Von-tade do Brasil e do mundo, sob a liderança do jor-nalista, radialista e escritor José de Paiva Netto, Presidente da LBV, Legião da Boa Vontade, o TBV constitui o marco da Paz para a Humanidade. Com suas portas abertas 24 horas por dia, desde 21 de outubro de 1989, recebe indistintamente a todos, religiosos ou não, pois a Fraternidade Ecumênica é o grande objetivo social a ser alcançado neste Terceiro Milênio. Ao meu amigo Paiva Netto, os cumpri-mentos da coluna”.

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parabeniza TBV em coluna no JB

“Cumprimento-o pela passagem de importante data. Cordial abraço, Marco Maciel, Senador”.

Assim também o fizeram o Presidente do Senado, Renan Ca-lheiros e os Senadores Roseana Sarney, Mozarildo Cavalcanti e Paulo Paim. Os Ministros Sérgio Machado Rezende (de Ciência e Tecnologia) e Silas Rondeau Silva (Minas e Energia) saudaram o mo-numento idealizado e construído por Paiva Netto.

Saudação aos 16 anos

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Reportagem

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Reprodução do busto de Nefertite, que se encontra na Sala Egípcia no Templo da Boa Vontade. Acima, fotos de alguns aspectos do ambiente.

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Autoridades e peregrinos reu-niram-se no primeiro subsolo do Templo da Boa Vontade para festejar os 10 anos da

Sala Egípcia, completados no dia 20 de outubro. Foi uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais deste Povo antigo e que desperta o interesse de muitos, graças à mística e cultura milenares. A cerimônia registrou a presença dos Embaixadores do Egito, Excelentíssimo Sr. Mohamed Abdel Fattah Abdalla, e da Índia, Excelen-tíssimo Sr. Amitava Tripathi.

O Egito no BrasilNetto “Se você não pode ir ao Egito, o TBV traz o Egito até você”, o General destacou: “O nosso prezado amigo e parceiro, Paiva Netto, é sábio. Se você não pode ir lá, a Sala Egípcia está aqui presente para facilitar tudo aquilo que o Antigo Egito está pronto para ofere-cer”. Para o Secretário de Trabalho do Distrito Federal, Gim Argello, a Sala Egípcia possibilita “momentos de Paz, de tranqüilidade, de sabedoria e de conhecimento”.

A egiptóloga Iara Kern apresentou um panorama histórico da transfor-mação da antiga Sala do Silêncio para a atual Sala Egípcia. “É uma grande alegria ver como tudo começou. As pinturas, os desenhos, as cores, os hie-róglifos, as energias: é tudo perfeito; as réplicas também”, explica Iara.

Meditação e conhecimento

São muitas as minúcias que atra-em os olhares atentos de quem admira a cultura mística do Egito. O Embai-xador da Índia, Sr. Amitava Tripathi, conta que aprecia o local há três anos e que, desde o início, impressionou-se “com a questão ecumênica do Templo da Boa Vontade e a beleza da Sala Egípcia”. Ele ainda manifestou a ale-gria de participar daquela cerimônia. “Muito feliz de estar aqui hoje pela comemoração dos 10 anos da Sala Egípcia; e a mensagem que eu deixo pelo aniversário do Templo da Boa Vontade é de longa vida, por muitos e muitos anos”.

“Desde o início estava impressiona-do com o Ecumenismo do Templo da Boa Vontade”, conta o Sr. Tripathi. E é exatamente por essas, além de outras características, que ele diz não ter fica-do surpreso ao saber que o monumen-to é o mais visitado de Brasília.

Na oportunidade, o Legionário da Boa Vontade Dr. Pedro de Paiva repre-sentou o Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto. Ao discursar no Salão Nobre do Templo da Paz, enfa-tizou o misticismo daquele lugar. “A

Sala Egípcia foi idealizada e inaugurada por Paiva Net-to em 25 de ou-tubro de 1995. Outrora, exis-tia a Sala do Silêncio, mas era necessário trazer a místi-ca do Oriente para aquele ambiente de oração e medi-tação”, explica. E, prossegue, explanando que “quando adentramos a Sala Egípcia, podemos encontrar 700 hieróglifos, que descrevem com diferentes sinais, de sons e idéias, a frase: ‘Os mortos não morrem’, de Paiva Netto”.

Outro ponto difundido em suas pa-lavras foi o fato de que “a Sala Egípcia tem algo valioso a nos ensinar. Não há quem não sinta a energia positiva existente aqui, nos obriga a buscar, em nosso interior, um direcionamento a tudo aquilo que visa proporcionar a união consciente entre as Duas Hu-manidades”. Ao término do discurso, exaltou: “Sala Egípcia: dez anos. Tão nova, com uma história milenar. Para-béns a Paiva Netto, o idealizador, que nos deu este presente”. [R.O.]

Sala Egípcia, criada por Paiva Netto no Templo da LBV, completa 10 anos de cultura mística em Brasília/DF.

Pedro de Paiva e o Embaixador do Egito, Sr. Mohamed Abdel Fattah Abdalla.

Gim Argello, Secretário do Trabalho do GDF.

General Paulo Roberto Uchôa, Secretário Nacional Antidrogas.

Em entrevista, o Secretário Na-cional Antidrogas, General Paulo Ro-berto Uchôa, afirma a importância do monumento para a capital brasileira. “O Templo da Paz, nestes 16 anos, já é uma constante em Brasília. Basta olhar para ele e sentir a Paz. A Sala Egípcia com o seu poder magnético de relaxamento, reflexão e meditação também é um símbolo. A grande contribuição que a LBV traz é essa: o acesso a esses belíssimos símbolos”, resume.

Ao referir-se à assertiva de Paiva

A egiptóloga Iara Kern

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Diversas apresentações culturais marcaram as comemorações dos 10 anos da Sala Egípcia

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Com um minuto de silêncio pela Paz Mundial, o público que superlotou o auditório Austregésilo de Athayde,

localizado no térreo do ParlaMundi da LBV, participou da sessão solene de abertura do “Congresso Temático: Ciência e Fé na construção da Paz”, atividade que integra o Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV (FOMPEC). Os conferencistas deste encontro receberam a mensagem do jornalista e escritor Paiva Netto “Ques-tão de Morte ou de Vida?”, constante na publicação oficial do FOMPEC.

Em seu pronunciamento, o advogado Dr. Pedro de Paiva, representante, na ocasião, do Presidente das Instituições da Boa Vontade deu boas-vindas aos congressistas. “Eu espero trazer neste co-ração de filho a lembrança do coração de um pai — que vive pelo Amor, pela vida e por tudo que há de mais eterno e ele-vado no Ser Humano —, que é José de Paiva Netto, o idealizador do FOMPEC

e construtor do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica”. E, completou: “Meus olhos têm a felicidade de vislum-brar uma platéia com esse tipo de mente esclarecida. Sejam todos bem-vindos. Posso dizer em nome do Irmão Paiva Netto: sintam-se em casa”.

Enquanto o Coral Ecumênico Infan-til da Instituição saudava os presentes cantando Semeie a Paz, palestrantes, autoridades e congressistas receberam mensagens alusivas ao tema; foi esse o espírito que abriu as conferências com pesquisadores, autoridades e religiosos. Quem esteve no Congresso Temático “Ciência e Fé na construção da Paz”, no ParlaMundi da LBV, pôde optar pelas palestras que ocorriam simultaneamente nos auditórios Tom Jobim e Austregésilo de Athayde, tanto na parte da manhã quanto na da tarde.

As mais variadas abordagens sobre o assunto foram realçadas pelos estudiosos que expuseram suas opiniões no Con-gresso Temático. Palestrantes interna-

Caminhos para a PazCongresso temático da LBV reúne autoridades e estudiosos para a construção de um mundo melhor

Fernando BañolRoque de Barros Laraia

“No que se refere à fragmentação disciplinar, o Congresso

Temático da LBV é uma grande contribuição, porque provoca o encontro entre a Ciência e as

grandes tradições espirituais da Humanidade. (...)”

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José Luís Lohra Morales Manuel Campos Olivares

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Integrantes do corpo docente do Instituto de Educação da LBV em São Paulo/SP apresentaram os fundamentos da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, preconizada por Paiva Netto.

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cionais deram suas contribuições ao debate, trazendo a ex-periência, em especial, de duas nações: México e Índia. Participaram deste evento o Embaixador da Índia no Brasil, o Sr. Amitava Tripathi; José Luís Lohra Morales, catedrático e orientador de Pós-graduação na Universidade Na-cional Autônoma do México (UNAM); e Manuel Campos Olivares, mestre em Psicologia na corrente russa de “Teoria dos Condicionamentos”, esses dois últimos vindos do México.

Do Brasil, os conferencistas que fizeram parte do acontecimento foram: Roque de Barros Laraia, Professor emé-rito de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB); Pierre Weil, Escritor, educador, psicólogo e Presidente da Fun-dação Cidade da Paz; o Ministro da Re-ligião de Deus e graduando em História, Jayme Bertolin; Vera Pugliese, formada em Filosofia pela USP e Educação Ar-tística pela Faculdade Santa Marcelina, de São Paulo; o escritor Kaká Werá Je-cupé, índio tapuia que leciona Educação em valores humanos e Xamanismo na

Fundação Peiró-polis e na Unipaz; o responsável pelo Templo Budista de Brasília, Monge Shojo Sato; e os Professores do Instituto de Educação da LBV, de São Paulo/SP, escola que aplica a Pedagogia do Cidadão Ecumênico — A Pedagogia do Afeto, metodologia preconizada por Paiva Netto para as unidades educacionais da Instituição.

Uma das conferências que atraíram a atenção do público foi a do Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris Pierre Weil, que palestrou sobre “As três dimensões da Paz”. Em sua prédica, expôs a necessidade de saber onde podemos encontrar Paz e sereni-dade. “Existem três direções nas quais podemos enxergá-la. Cada uma delas necessita de uma forma de consciência e de um tipo de ecologia”. Para encerrar

sua participação na mesa de debates, destacou: “No que se refere à fragmenta-ção disciplinar, o Congresso Temático da LBV é uma grande contribuição, porque provoca o encontro entre a Ciência e as grandes tradições espirituais da Huma-nidade. (...) E é transdisciplinar, o que é muito importante: um encontro entre o lado esquerdo e o direito do cérebro, entre Oriente e Ocidente, entre Ciência e tradição, entre razão e intuição. Este Congresso está realizando isso. Parabéns à LBV”.

[R.O.]

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Ao lado, o Dr. Pedro de Paiva, representante, na ocasião, do Presidente das Instituições da

Boa Vontade, deu boas-vindas aos congressistas.

Acima, o público que superlotou o auditório Austregésilo de

Athayde.

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Apenas de janeiro a outubro deste ano, 21 Casas Legislativas, do sul ao norte, de leste a oeste do Brasil, homenagearam a Legião da Boa Vontade e seu dirigente. O grande número de manifestações de apreço tem motivo especial: a proximidade do aniversário de 50 anos de trabalho de Paiva Netto nas lides da LBV (em 29/6/2006). É o reconhecimento a

No Dia de São Francisco de Assis, 4 de outubro, que, por sinal, é Patrono da Legião da Boa Vontade, a Instituição foi lembrada, em sessão solene, pela Câ-mara de João Pessoa/PB. O Santo dos Pobres e dos animais, como também é denominado, certamente inspirou o propositor da homenagem, o Presidente da Câmara, Vereador Severino Paiva, a escolher a data, visto, como ele próprio destaca, o Brasil ainda ser um país mui-to desigual, em que é preciso “valorizar iniciativas a exemplo da LBV”.

Nesse raciocínio, ele ressaltou a base de um serviço que avança há décadas: “55 anos não são para qualquer institui-ção. É a primeira ONG, genuinamente brasileira, reconhecida em caráter oficial pela Organização das Nações Unidas (ONU), tendo participação no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da ONU, com status de grau Consultivo Geral. A gente percebe a importância da LBV, sua solidez, o trabalho social que desenvolve. Isso precisava ser registra-do, reconhecido”.

O Vereador comenta o pensamento

Até outubro deste ano, vinte e uma Casas do Poder Legislativo, das mais variadas regiões do Brasil, homenagearam a LBV e seu Líder.

uma vida a serviço do Bem, à Soli-dariedade, pois graças à dedicação dele, a Instituição chega a mais de meio século de existência com fôlego e renovação para avançar, ainda mais, em uma ação socioeducativa que, somente em 2004, foi responsável por mais de 3,5 milhões de atendimentos. Sem contar o imprescindível ampa-ro espiritual, cuja abrangência, tão

Homenagem em João Pessoa/PBde um dos presidentes mais amados dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), que afirmou em seu discurso de posse, na década de 1960: “Não pergunte o que o país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo país”. E, assim falando, concluiu: “Não é à toa que a LBV está presente em todo o território nacional e internacional”.

Durante a solenidade, Severino anunciou ainda que a Casa Napoleão Laureano concederá, em 2006, ao Dire-tor-Presidente da Legião da Boa Vontade o título de Cidadão Pessoense, aprovado por unanimidade pelos vereadores da Câmara.

“A Elite de um País é o seu Povo”, afirma Paiva Netto.

Na seqüência, o propositor entregou

a placa comemorativa ao representante do dirigente da Instituição, o Legioná-rio e Maestro José Eduardo Paulote de Paiva, que, diante de tamanha honraria, ressaltou: “O exemplo da Legião da Boa Vontade, de José de Paiva Netto, que

se dedicou desde a juventude (quando tinha seus 15 anos de idade) à LBV, a serviço da população brasileira, acredi-tando e investindo no Povo de todas as regiões. Ele acredita muito no nordes-tino, tanto que assegura: ‘Não há seca que seque o Povo do Nordeste’. Queria ainda citar outra frase de Paiva Netto: ‘A Elite de um País é o seu Povo’, porque ele não esquece que é Povo, conhece as dificuldades e, por isso, pode apresentar soluções”.

Muitas personalidades estiveram no evento, a exemplo da assistente social Tereza Jordão, que levou o abraço do Governador da Paraíba, Cássio Ro-drigues da Cunha Lima. “Em nome do Governo do Estado parabenizo os atores deste brilhante trabalho durante seus 55 anos de vida, Solidariedade, doação, assistência que a LBV vem desenvolvendo, salvando vidas. Como assistente social, admiro bastante a Instituição. Sinto-me honrada em par-ticipar de sessão tão brilhante. Desejo a todos coragem e Paz para continuar nessa luta. Parabéns ao professor Paiva”, concluiu.

Vitória do trabalho e do Bemimportante ou mais que a material, não pode ser aferida em cifras, mas talvez na gratidão de tantas pessoas que amam esta Obra.

Neste mês de outubro, foi a vez da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará e das Câmaras Municipais de João Pessoa/PB, Sapiranga/RS e Natal/RN saudarem a causa da Boa Vontade.

Homenagem

Coral Ecumênico Infantil LBV apresenta-se em sessão solene na Câmara Municipal de João Pessoa.

Da esq. para a dir.: Carlos Roberto; o Maes-tro José Eduardo Paulote de Paiva, da LBV; o Vereador Severino Paiva e Valdenir Ferreira, representante da LBV no Nordeste.

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No dia 5 deste mês, a Assembléia Legislativa do Ceará elevou seus pro-testos de irrestrito apoio à Legião da Boa Vontade. Aceita por unanimidade pelos parlamentares, a proposição do Presi-dente da Assembléia, Deputado Marcos Cals, encontrou também no Povo o mes-mo carinhoso acolhimento. O Plenário da Casa ficou pequeno para o público, personalidades, amigos e colaboradores da LBV que superlotaram o local.

A cerimônia teve início com a presença da Banda do Corpo de Bom-beiros, executando o Hino Nacional. E mais uma vez o Santo dos Pobres foi relembrado, graças ao Coral Ecumênico Infantil LBV, que comoveu os partici-pantes do encontro ao interpretar a Prece de São Francisco de Assis. Durante a apresentação, uma criança entregou ao Presidente da Câmara a estampa do Patrono da Obra.

O Deputado Marcos Cals, em seu discurso, explicou o motivo do preito: “Mais do que oferecer as condições ma-teriais para a sobrevivência das pessoas, a Legião da Boa Vontade constrói uma estrutura sólida, embasada na Solidarie-dade Humana, para a existência de uma sociedade mais justa e igualitária. (...) As ações da LBV só comprovam o quanto é necessária a Fraternidade entre os Seres

Um dia depois, foi a vez dos deputados da Assembléia do Ceará saudarem a LBV.

Humanos para conseguirmos superar as dificuldades. (...) Este Poder Legislativo se sente honrado em homenagear uma Entidade de tanta credibilidade e enver-gadura. A LBV é uma das poucas coisas boas que há no nosso País”.

Após a entrega da placa comemo-rativa ao Legionário e Maestro José Eduardo, que mais uma vez representou o Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, ele registrou: “Eu gostaria de seguir o exemplo de Paiva Netto e dedicar a homenagem a Jesus Cristo. Sinto-me honrado em representar esse grande brasileiro (...), que no próximo ano completa meio século de dedicação total e imparcial ao Povo. Nesta opor-tunidade, lembro-me de Euclides Pinto Martins (1892-1924), cearense que foi pioneiro ao realizar um vôo de Nova York ao Brasil; de João Ribeiro de Barros (1900-1947), o primeiro a atravessar o Atlântico Sul (com tripulação brasileira); enfim, é preciso que em nossas terras se valorize aquilo que o País tem de bom. Porque o mundo já começou a ver essa realidade, nós vimos no vídeo, nas pala-vras dos deputados, a LBV foi reconhe-cida na ONU. E recordo ainda como um

grande exemplo do reconhecimento do pioneirismo da Legião da Boa Vontade, a palavra de Pietro Ubaldi (1886-1972), filósofo que ao analisar esta Obra disse: ‘A LBV é um movimento novo na his-tória da Humanidade. Colocará o Brasil na vanguarda do mundo’”.

O amor à Pátria e a seus melhores valores, qualidades postas em relevo por José Eduardo, inspiraram também as palavras do Deputado Artur Bruno: “O que falta então para o Brasil dar mais certo? Educação, saúde e, sobretudo, falta passar esse otimismo para que as pessoas possam lutar por um país melhor. Eu vejo que na Legião da Boa Vontade tem Educação, o cuidado com a saúde, vocês se preocupam com a assistência, o emprego e a auto-estima, o gostar da gente mesmo. Estou muito feliz com esse preito que é merecido pelo trabalho que a LBV faz. O exemplo de vocês tem de ser seguido pelos governos das cidades, dos Estados e federal”.

O Vice-Prefeito de Fortaleza, Carlos Veneranda, presente ao evento, disse que acompanha há muitos anos os programas da LBV e sente-se orgulhoso em saudar homens e mulheres tão valorosos.

“Mais do que oferecer as condições materiais para a sobrevivência das pessoas, a Legião da Boa Vontade constrói uma estrutura sólida, embasada na Solidariedade Humana, para a existência de uma sociedade mais justa e igualitária.”

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Da esq. para a dir.: o Vice-Prefeito de Fortaleza, Carlos Veneranda; Deputado Carlos Mesquita; Maestro José Eduardo Paulote de Paiva e os deputados Marcos Cals, Artur Bruno e Heitor Ferrer.

A Assembléia Legislativa do Ceará ficou superlotada de per-sonalidades, amigos e colaboradores da LBV.

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A Câmara de Vereadores de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, conhecida como a Cidade das Ro-sas, juntou-se a outras localidades, no último 10 de outubro, em uma manifestação de respeito.

A proposta da honraria partiu do Vereador Francisco Ricardo de Oliveira e foi aprovada por unani-midade pelos demais integrantes da Casa. Muito antes de começar a sessão especial, o Plenário Lindomar Schmidt (local do evento) já estava lotado: Legionários, amigos da LBV, colaboradores e personalidades se faziam presentes. Após a leitura de um breve histórico sobre a Instituição e seu Diretor-Presidente, os integran-tes da mesa deram seu testemunho em favor da causa da Boa Vontade: na bancada o Vereador Francisco Ricardo de Oliveira; o Presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Eduardo Bobsin; o Vereador Clovis Henrique Ramos Mignoni; a volun-tária da Obra Sra. Maria Iracema

Sapiranga/RS reconhece trabalho da Instituição e de seu dirigente

Borges; o Vereador Gilberto Goetert e Ana Paula Campos, representante da LBV no Estado.

O Líder da LBV se fez presente na pessoa do Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva, que recebeu em nome dele uma placa comemorativa da Câmara das mãos do Vereador Carlos Bobsin.

O Vereador Francisco Ricardo de Oliveira rememorou em seu discurso a visita que ele e alguns companhei-ros da Casa Legislativa fizeram ao Centro Comunitário e Educacional da LBV em Porto Alegre e também ao Lar e Parque Alziro Zarur em Glorinha. “É uma Instituição séria, mantém a ética, a coerência, a moral (...). Ficamos impressionados com o atendimento às crianças dentro da Legião da Boa Vontade, é um trabalho bem-feito, organizado (...). Nada mais merecedor do que essa homenagem à LBV, ao Paiva Netto (...). Deus esteja com vocês. Muito obrigado”.

O Presidente da Câmara, Carlos Bobsin, fez coro: “A LBV sempre se destacou em sua missão fundamen-tal, que é promover Educação e Cul-tura com Espiritualidade, para que haja Alimentação, Saúde e Trabalho para todos, na formação do Cidadão Ecumênico. E tem atingido os seus objetivos com muita competência, me-recendo todas as láureas que possamos oferecer (...). Tra-balho sério, de credibilidade inabalável e voltado, sempre, para o bem-estar do cidadão

e da sociedade. Como diz o próprio Paiva Netto: ‘Que nós, Seres Huma-nos e Espirituais, saibamos mitigar a dor dos que padecem e regozijar-nos no júbilo dos que se alegram. Ou se-remos tudo, menos Humanidade, na Terra ou no Céu da Terra’. Parabéns a todos os integrantes da Legião da Boa Vontade, que desempenha uma ação fundamental para o desenvol-vimento da sociedade brasileira, um abraço especial ao senhor Paiva Netto, que há muitos anos conduz a Entidade com grande competência, merecendo todo o nosso reconheci-mento (...)”.

Por fim, vale trazer alguns trechos do pronunciamento do jovem Alziro de Paiva. Afirmou ele àquela ocasião, dando o recado da LBV: “O Ser Humano deve aprender a governar o mundo com o coração e a razão, porque é para isso que nós existimos, para ensinar que não existem bar-reiras que não possam ser vencidas pelo Amor. (...) É o ensinamento pelo qual a Legião da Boa Vontade e Paiva Netto batalham por todos esses anos: Vença, Ser Humano!

Homenagem

O Vereador Carlos Bobsin entrega a placa comemorativa da homenagem

a Alziro de Paiva.

O Jovem Legionário Alziro de Paiva, representando o dirigente da LBV.

Da esq. p/ a dir. Carla Beatriz Soares, Coordenadora da Secretaria da Câmara; Adriana Pereira Rost, Assessora Jurídica da Câmara;

Ana Paula Alves Campos, Gerente Administrativa da LBV em Porto Alegre; Alziro Paulote de Paiva, representante do dirigente da

LBV; Vereador Francisco Ricardo de Oliveira e sua esposa, Débora Cristiane de Oliveira; e os Legionários Liane Dresch, Maria Iracema

Borges, Otávio Martins dos Santos e Adelina de Fátima Borges.

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Já no fim de outubro, dia 27, a Câma-ra Municipal de Natal uniu-se às demais Casas neste abraço à Obra. O Palácio Padre Miguelinho foi palco de mais uma homenagem à Legião da Boa Vontade e seu dirigente. A moção de honra solici-tada pelo Vereador e radialista Salatiel de Souza foi votada por unanimidade pelos demais parlamentares, que viram na iniciativa uma forma de agradecer os serviços da Organização, há 23 anos na cidade.

Após a prece do Pai-Nosso, interpre-tada pelo Coral Ecumênico Infantil LBV, o representante do Líder da Instituição, Legionário e advogado Dr. Pedro de Paiva, ressaltou em seu discurso: “Paiva Netto costuma dizer que ‘o Natal é a expansão da Fraternidade’. Parafrase-ando esse pensamento, é o que vemos na cidade de Natal, a expansão da Fra-ternidade Ecumênica. E no momento em que a Legião da Boa Vontade é homenageada por esta Câmara Munici-pal, quando podemos falar ao vivo pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, pela TV Câmara, esta Solidariedade pode tomar conta do mundo inteiro e, cer-tamente, este Amor é sentido como se o Diretor-Presidente da LBV estivesse aqui, e por todos aqueles que nos ouvem e vêem neste instante”.

Em seguida, o Vereador Salatiel de Souza, que presidia a sessão, entregou a placa comemorativa ao Dr. Pedro de Paiva e enumerou algumas das ativida-des desenvolvidas pela Instituição no

Cresça! Ame o próximo! Seja mais humano, Ser Humano! É isso que a Legião da Boa Vontade representa: o exercício da humanidade que falta à Humanidade. Agradeço em nome dele a belíssima homenagem com a qual foi prestigiado, eu vejo que aqui, como em todo o Estado do Rio Grande do Sul, vocês sempre foram um exemplo de parceiros da Legião da Boa Vontade. O município de Sa-piranga é importantíssimo, é um elo do belíssimo coração da LBV”.

“O Ser Humano deve aprender a governar o mundo com o coração e a razão, porque é para isso que nós existimos, para ensinar que não existem barreiras que não possam ser vencidas pelo Amor (...) É o ensinamento pelo qual a Legião da Boa Vontade e Paiva Netto batalham por todos esses anos: Vença, Ser Humano! Cresça! Ame o próximo! Seja mais humano, Ser Humano! É isso que a Legião da Boa Vontade representa: o exercício da humanidade que falta à Humanidade.”

Alziro de Paiva

Natal une-se às homenagensEstado do Rio Grande do Norte. “A Le-gião da Boa Vontade presta importantes serviços à nossa sociedade, cuidando da mente, do corpo, do Espírito de forma ecumênica. Nós conhecemos um pouco da História, das ações da LBV. Tomamos a iniciativa de apresentar essa proposição, que foi aprovada pelos 21 vereadores de Natal, reconhecendo assim o trabalho que Paiva Netto e todos os colaboradores organizam há 55 anos no Brasil, há 23 anos na nossa cidade, com Fé e Boa Vontade”.

Daniel Costa Rodrigues Leite, Secretário-Adjunto da Secretaria Muni-cipal do Trabalho e Assistência Social, levou os cumprimentos do Prefeito Carlos Eduardo: “A cidade de Natal sente-se honrada em saudar a Legião da Boa Vontade. (...) Vejo com exce-lentes olhos o que realiza a LBV. Ela vem desenvolvendo em nosso País, a contento, seu trabalho, que é justamente o de promover o Ser Humano e seu

Espírito Eterno”, concluiu.Registro ainda os votos da Gover-

nadora do Estado, Wilma de Faria, que felicitou os vereadores pela feliz iniciativa da Câmara, por meio de uma gentil correspondência. O site oficial da Casa fez ampla cobertura do aconteci-mento, publicando registro fotográfico e com trabalho jornalístico de Riccelli Araújo.

[L.S.M]

Dr. Pedro de Paiva discursa na tribuna em nome do Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto.

Da dir. para a esq.: Dr. Pedro de Paiva, Secre-tário Municipal Daniel

Leite, Vereador Salatiel de Souza, Padre João

Batista Chaves da Rocha e Assis Oliveira, representante da Vice-

Prefeita, Micarla Araújo de Sousa Weber.

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Comemoração EspecialAs crianças da LBV de Araçatuba/SP comemoram de forma muito especial o dia delas. Durante a tarde de 17 de outubro, realizaram muitas atividades no Recanto Passa Tempo: além das brincadeiras, andaram de charrete, uma das principais

atrações do lugar.Acompanharam também uma apresentação especial de malabarismo e receberam presentes do grupo DeMolay, formado por 40 jovens.

Leve Leônidas ao pote de milho

Agradecemos a cartinha de Letycia Pereira Gevaerd (foto ao lado), que após ler o livro A Formiga

Preguiçosa, mandou-nos uma mensagem:“Eu aprendi que a gente não pode ficar de corpo mole, enquanto os outros ficam trabalhando. E que não existe morte em

nenhum ponto do Universo”.

Escreva para o Bolo com Pudim Editorial, mande sua foto, desenhos ou um recado

para os Soldadinhos de Deus. Não se esqueça de colocar seu nome, idade e cidade onde mora.

Rua Doraci, 90, Bom Retiro,São Paulo/SP – CEP 01134-050E-mail: [email protected]

Cartinha

Evelyn Cristina Alves Pimenta, 5 anos (direita) e Letycia Pereira Gevaerd,

7 anos, que moram em Uberlândia/MG.

As gêmeas Beatriz Albino dos Santos

(direita) e Marina Albino dos Santos, 10 meses,

São Paulo/SP.

Sandnere Evelyn Cagnoni, 8 anos, Joyce Helena da Silva, 9 anos, Paloma Cristina Custódio, 10 anos, Bruna de Souza Araújo, 9 anos,

Singridy Vitória Custódio Cagnoni, 7 anos, Maciel Ferreira Custódio Júnior, 9 anos, Iasmim Jovana Guidorizzi Oliveira, 5 anos, Carlos, 5 anos, Alekssânia Ariela Maciel da Silva, 10 anos, Ilidia Karine

Cagnoni Luz Alves, 11 anos e Luiz Fernando da Silva, 7 anos.

MuralOs Soldadinhos de Deus de Arceburgo/MG, durante as Aulas de

Moral Ecumênica, realizaram vários trabalhos sobre a importância de se respeitar a Natureza, sob a coordenação da professora Maria Isabel Cagnoni Luz. Destacamos uma das frases de autoria de Sand-nere Evelyn Cagnoni, 8 anos: “Semeie a Paz, porque você gostará

dos frutos”.

Soldadinhos de Deus

Arquivo pessoalArquivo pessoal

Fotos: Arquivo rBV

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Uma homenagem da revista BOA VONTADE a todos os Soldadinhos de Deus do Brasil e do mundo.

Salve 12 de Outubro

Que caminhem com convicção rumo a Jesus!

Dia da

Senhor,fazei de mim um instrumento da Vossa Paz;onde haja ódio, consenti que eu semeie Amor;perdão, onde haja injúria;fé, onde haja dúvida;verdade, onde haja mentira;esperança, onde haja desespero;luz, onde haja treva;união, onde haja discórdia;alegria, onde haja tristeza.

Ó Divino Mestre!Permiti que eu não procuretanto ser consolado quanto consolar;compreendido quanto compreender;amado quanto amar.Porque é dando que recebemos;perdoando é que somos perdoados;e morrendo é que nascemos para a Vida Eterna.

Prece de São Francisco de Assis

Patrono da Legião da Boa VontadeTradução de Alziro Zarur

Alessandra Francisco Soares, 1 ano, Duque de Caxias/RJ.

Luan Ângelo Cintra Teixeira, 3 anos, São Paulo/SP.

Samuel Augusto Freitas Brandão, 1 ano e 8 meses, Gravataí/RS.

Gabriel Ferreira Barreto da Silva, 8 anos, Niterói/RJ.

Lara Albino dos Santos, 6 anos, São Paulo/SP.

Camila Maria de Paula, 3 anos, e à direita Daniela Coelho Vieira, 5 anos, de

Florianópolis/SC.

Criança

Clara Caroline Botelho, 6 anos, São

Paulo/SP.

Fotos: Arquivo pessoal

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A Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus de Florianópolis/SC realizou em um domingo ensolarado, dia 30 de outubro, o 1º Torneio de Futsal da

Boa Vontade, com o tema Esporte é Vida, não violência!, no ginásio do Sest/Senat (Aveni-da Marinheiro Max Schramm, 3.635, Jardim Atlântico).

A disputa se dá entre quatro equipes que con-correm aos troféus de Campeão, Vice-Campeão, Artilheiro Goleador e Goleiro que menos sofreu gols. O torneio tem também o objetivo de bene-ficiar a vitoriosa Campanha Natal Permanente de Jesus — O Pão Nosso de cada dia!, da LBV, que vai distribuir mais de 350 toneladas de ali-mentos em todo Brasil, no fim do ano.

Juventude Legionária leva propostas

Em 28 de outubro foram feitos, em todo o País, seminários regionais para discutir e apresentar suges-tões para a elaboração do Plano

Nacional da Juventude (PNJ). Cada Estado brasileiro, incluindo o Distrito Federal, elegeu 13 representantes jovens que participarão do Fórum Nacional (em março de 2006), em Brasília/DF, e que visa à elaboração de um documento oficial de Políticas Públicas voltadas para os adolescentes.

Na capital brasileira, grupos e movi-mentos juvenis discutiram o projeto de lei que aprova o PNJ. Na ocasião foram escolhidos os delegados que represen-tarão a cidade no encontro nacional. De acordo com o Coordenador da Comissão Especial de Juventude, o Deputado Wasny de Roure, “esse evento procu-rou conciliar, por meio dos grupos que seriam coordenados por entidades que já têm esse trabalho na área da juventude, como também priorizar as organizações

de Cidadania Ecumênica ao Plano Nacional da Juventude (PNJ)___________Nádia Preda

para que elas nos ajudassem”. A Juventude Ecumênica da Boa

Vontade de Deus participou do subtema “Formação da Cidadania e Protagonis-mo e Organização Juvenil”, levando a temática da Pedagogia do Cidadão Ecu-mênico (tese do educador Paiva Netto), como meio de transformação social, principalmente nas escolas. O assunto foi escolhido por unanimidade pelo grupo e será encaminhado como proposta de Política Pública a ser anexada ao texto-base do Plano Nacional. O Deputado fez questão de deixar seus cumprimentos à Instituição pelo desempenho e “pelo eficiente trabalho que a Juventude da LBV vem desenvolvendo”.

No Paraná, a reunião ocorreu no Plenarinho da Assembléia Legislativa de Curitiba e contou com a presença de aproximadamente 200 jovens de diferentes cidades do Estado. A Juven-tude Ecumênica da LBV compareceu ao Encontro e participou ativamente

da temática “Avanço tec-nológico e Comunicação”. No contexto da oficina, os militantes da Instituição apresentaram as páginas da revista BOA VONTADE direcionadas à juventude, bem como a programação da Rede Mundial de Televisão e da Super Rede Boa Vontade de Rádio, que, por pioneira iniciativa de Paiva Netto, já colocam em prática um dos objetivos inclusos na proposta do Plano Nacional, que pede para “disponibilizar horários para a juventude nos programas de rádio e televisão”.

Deputado Wasny de Roure

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Torneio de Futsal

No seminário do DF, os movi-mentos juvenis elegeram seus 13 representantes.

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Em 22 de março de 2006, data prevista para o em-barque do Tenente-Coronel Marcos Pontes na nave

russa Soyuz, da Estação Internacional (ISS), o Brasil poderá comemorar dois feitos memoráveis para a Pá-tria: o centenário do vôo de Santos Dumont (1873-1932) com o 14 Bis (23 de outubro de 2006) e a ida do primeiro brasileiro ao espaço.

Mais que festejar a audácia de chegar aonde antes nenhum outro brasileiro foi, a façanha de nosso astronauta coloca o Brasil no seleto grupo de países que se destacam nesse tipo de tecnologia.

O acordo que prevê o intercâmbio foi assinado, em Moscou, no último 18 de outubro, na presença dos Pre-sidentes do Brasil e da Rússia, Luiz Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin. Do nosso lado, o contrato foi firmado pelo Diretor da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e pelos russos o Presidente da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Anatoli Perminov.

Nesta missão de 10 dias, sendo oito deles passados na Estação, Pontes levará pesquisas de cientistas para serem testadas em ambiente de microgravidade nas áreas de bioquí-mica, transferência de calor, cinética de enzimas, cristalização de proteínas e de semicondutores e difusão térmi-ca. Para essa iniciativa, o Governo brasileiro deve desembolsar US$ 10 milhões. De acordo com Gaudenzi, serão transportados 15 quilos de ma-terial para experiência, mas apenas cinco poderão ser trazidos de volta à Terra; a sobra será descartada como lixo espacial.

De Santos Dumont à

Primeiro astronauta brasileiro embarca em nave russa no ano do centenário do vôo do 14 Bisera espacial

O Tenente-Coronel já se encontra na Cidade das Estrelas, ao sul de Moscou, na escola de cosmonautas que formou Yuri Gagarin (1934-1968), o primeiro homem a orbitar a Terra em 1961, na astronave batizada como Vostok 1, quando cunhou a famosa frase: “Eu vejo a Terra. Ela é azul”. E é esta visão privilegiada que impulsiona o brasileiro a encarar os cinco meses de treinamento de adap-tação à Soyuz, longe da família, com poucas folgas, até o dia de viajar para a base de Baikonur, no Casaquistão, da qual partirá o vôo em março.

Marcos Pontes teve sua formação inicial pela Nasa, no Johnson Space Center em Houston, Texas/EUA, onde estudou por sete anos. Natural de Bauru, interior de São Paulo, é mestre em Engenharia de Sistemas, graduado pela Naval Postgraduate School, na Califórnia. [L.S.M]

Imagem guardada

Há algum tempo, em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, o Tenente-Coronel Marcos Pontes falou de sua afinidade com a LBV e lembrou-se do quadro com a estampa de Jesus que recebeu da Instituição: “Aquela foto é da Legião da Boa Vontade. Tenho a imagem há muito tempo. O trabalho da LBV é bonito, realmente necessário e tem de ser incentivado, pois só traz coisas boas. Acompanho suas mensa-gens, guardo-as e procuro segui-las. Sou apenas um consumidor de seus ensinamentos, mas, um dia, quero aju-dar mais a LBV”.

Que a imagem do Cristo, que tanta Paz e Amor suscita nas Almas, seja uma lembrança nesses seus dias no Espaço, a inspirar sucesso em seu trabalho, em prol do “planeta azul”.

Moscou, Rússia — Presidente Lula observa Marcos Cesar Pontes (C), astronauta brasileiro que vai participar de missão à Estação Espacial Internacional a bordo da nave russa Soyuz, recebendo os cumprimentos do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

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Ação Jovem LBVAtualidades

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A 51ª Feira do Livro de Porto Alegre/RS é uma das mais populares mostras culturais do País. A expectativa é que neste ano mais de 1,9 milhão de pessoas visitem o evento.

Segundo a Câmara Rio-Grandense do Livro, organizadora do encontro lite-rário, estão participando 149 expositores em uma área total de aproximadamente 21 mil metros quadrados.

O professor de Língua Por-tuguesa e dire-tor da Editora AGE, Paulo Flávio Ledur, destacou em en-trevista à Super Rede Boa Von-tade de Rádio (emissora local AM 1.300 kHz) a importância da

Editora Elevação no evento e, em especial, do best-seller do escritor Paiva Netto, que já se encon-tra na 70ª edição. “Estou com o livro As Profecias sem Mistério, do meu grande amigo. E ao abrir a obra me deparei com um pequeno conceito que gostaria de ler: ‘Mentes preparadas para a Paz’:

“‘(...) O Ser Humano pode co-mandar um desenvolvimento não destruidor. E por que não age assim?! Não adianta apenas o progresso das máquinas. Para que elas não se trans-formem em tormento dos povos, este orbe carece de mentes preparadas para a Paz e de Espíritos iluminados pelo Amor, pela Razão e pela Justiça.’

“Esta é a síntese máxima da convi-vência entre Irmãos que somos. Jesus

As Profeciassem Mistério: sucesso na Feira do Livro de Porto Alegre. ______________

Liliane Cardoso

Cristo nos disse que somos todos Irmãos. Vamos, sim, criar meios que nos ajudem na construção da Paz e da relação de progresso e justiça. É uma alegria muito grande, aliás, como sempre, quando me encontro com vocês da LBV. Aquele abraço a todos os ouvintes.”

Paulo afirmou ainda que o escritor traz aquilo que o País tanto precisa: “Paiva Netto é uma referência da Espiritualidade no Brasil, uma marca fundamental, a Espiritualidade sem ele seria outra. E quando se fala em trabalho social, lembramos da Legião da Boa Vontade. Tive muito orgulho de conhecer o Líder da LBV e ser carinhosamente recebido por ele em Glorinha/RS”.

Após agradecer a oportunidade, convidou os integrantes da Instituição para participar da sessão de autógrafos da sua Agenda Gramatical 2006, em 2 de novembro.

HomenagensDurante a sessão de autógrafos de O

poder que vem do seu nome, da escri-tora e numeróloga Aparecida Liberato, em 29 de outubro, meninas e meninos atendidos pela Obra fizeram mais uma bela surpresa, recebendo-a com flores e abraços.

Ao término da singela cerimônia, Aparecida comentou: “Tenho um apreço muito forte pela LBV. (...) Fui a Brasília, chorei de emoção no Templo da Boa Vontade, fiz o lançamento do meu livro lá (Vivendo Melhor Através da Numerologia). Fizeram-me uma homenagem na LBV em São Paulo. Recebo esta também com grande carinho e emoção. Que coisa bonita,

não esperava mes-mo as crianças, essa gente bonita. Eu sei que vocês, os voluntários, o Irmão Paiva, têm uma obra social e espiritual belíssima. Todo meu louvor para ele, para os que fazem parte disso (...)”.

Sobre o livro As Profecias sem Mis-tério (cuja coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração já vendeu mais de um milhão de exemplares) as-segurou: “Eu conhe-ço o livro do Irmão Paiva. Tenho um. (...) Já li; ser ecu-mênico é o que o brasileiro precisa, porque nosso Povo é multirreligioso. Aceitar Deus, tê-Lo no coração, não importa a religião que a pessoa te-nha. Nessa filo-sofia da LBV, do Irmão Paiva, cabe todo mundo. Isso é realmente inspirador (...)”.

A 51ª Feira do Livro de Porto Alegre transcorre até 15 de novembro, na Praça da Alfândega, com aconteci-mentos programados também no Cais do Porto, em horários diferenciados.

Atualidades

“Paiva Netto é uma referência da

Espiritualidade no Brasil.”

Paulo Flávio Ledur — Profes-sor de Língua Portuguesa e

diretor da Editora AGE.

A numeróloga Aparecida Liberato com a revista BOA VONTADE

O best-seller do escritor Paiva Netto chama a atenção dos leitores gaúchos

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Fotos: Elisa Rodrigues

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O Corredor Literário na Avenida Paulista, em São Paulo/SP, resultado de uma parceria entre a Associação Paulista Viva e a Secretaria de Estado da Cultura, contou com mais de 400 atrações gratuitas que ocorreram em 30 locais diferentes,

como palestras, mesas-redondas, workshops, apresentações teatrais, oficinas de literatura e leitura, campanhas de doações, lançamentos de livros, recitais, rodas de poesia, saraus e feira de livros. O acontecimento reali-zou-se de 24 a 30 de outubro com a co-laboração de mais de 100 apoiadores.

Segundo Nelson Baeta Neves, Pre-sidente da Associação Paulista Viva, o encontro “foi um presente para São Paulo, que, pela primeira vez, contou com um evento deste porte totalmente gratuito e voltado para a cultura da população”.

Os visitantes desfrutaram no Cor-redor Literário da presença da Editora Elevação, que apresentou títulos de renomados escritores, entre eles os do jornalista Paiva Netto. Em destaque As Profecias sem Mistério, edição revista e ampliada pelo autor, sucesso de vendas em todo o território nacional. A Feira de Livros foi realizada no Centro de Convenções São Luís e teve a presença de diversas personalidades, a exemplo

Corredor Literário na Paulista marca o mês de outubro

_____________Renata Tabach

do cartunista e escritor Ziraldo que apro-veitou os microfones da Super Rede Boa Vontade de Comunicação para mandar uma mensagem à LBV e ao seu dirigen-te e, ainda, deu algumas dicas aos pais que desejam despertar o gosto da leitura em seus filhos. “É impressionante esse trabalho de Paiva Netto. Até em Roma e Lisboa, eu estou lá e, de repente, chega o José de Paiva Netto para falar comigo. Eu torço muito por ele, pela Legião da Boa Vontade. Que vocês comuniquem ao maior número de pessoas possível a importância da leitura no lar. A Ins-tituição pode ter uma resposta para quem pergunta: ‘como é que faço para meu filho gostar de ler?’. O hábito de se ler tem de começar na infância (...). Tudo o que se fizer para incentivar o amor pelo livro no Brasil, eu estou dentro.”

Entre as atrações, destaque para a peça teatral “Chapeuzinho versus Lobo-Homem”, escrita pelo Jovem Legionário William Luz, autor de títulos infantis da Editora Elevação, a qual foi interpretada pelos atores juvenis Paula Schnor, Bruna Duarte, Leonardo Mattiuzzo, Franciele Vitor, William Luz, Natan Rodrigues, Alziro Pietrângelo e Eduardo Izaías.

Com abordagem ecumênica, a história apresentou ensinamentos ao público, alternando personagens clássi-cos dos contos de fadas com a narrativa da cultura hindu da criação do mundo, segundo a qual Deus fez um grande

cristal que se partiu em pedaços, cada um deles representa uma área do conhe-cimento humano. Os Seres Humanos foram encontrando fragmentos desses ensinamentos e, por egoísmo, preferi-ram guardá-los separadamente, em vez de reuni-los novamente para formar a grande pedra.

O propósito do espetáculo foi trazer a mensagem de que o Novo Mandamento de Jesus: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho do Cristo, se-gundo João, 13:34) é capaz de unir os fragmentos desse cristal.

Nelson Baeta Neves

Ziraldo

Peça teatral da Juventude Ecumênica da LBV, inspirada em contos infantis, mexeu com o imaginá-rio da garotada presente ao evento.

“O hábito de se ler tem de começar na infância (...). Tudo o que se fizer para

incentivar o amor pelo livro no Brasil, eu estou dentro.”

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Pedagogia do Cidadão Ecumênico

A Educação com Espirituali-dade Ecumênica objetiva o aperfeiçoamento do Ser na sua evolução: a finalidade

da existência é a realização indivi-dual e coletiva pela integração em Deus, definido por Jesus, segundo João Evangelista, como Amor.

A plenitude da vida somente pode ser alcançada por meio da Fraternida-de e da Solidariedade Ecumênicas e o caminho mais eficaz para atingi-la é o Amor em seu sentido amplo. A ausência dele é definida, há déca-das, por Paiva Netto, como a razão do maior dos sofrimentos humanos. Esse caminho, pois, permite ao in-divíduo viver em harmonia consigo mesmo, com os seus semelhantes e com toda a Criação.

É o Amor Fraterno que torna os participantes dos processos educati-vos aptos para a construção de um mundo melhor e, principalmente, para a autoconstrução cotidiana, como pondera o propositor da Peda-gogia do Cidadão Ecumênico, Paiva Netto:

“(...) O Cidadão Ecumênico é

Novo Mandamento

do Cristoo cidadão solidário, portanto não-egoísta. É aquele que não se deixa seduzir pelo fanatismo, porque en-tende que não faz sentido odiar em nome de Deus, que é Amor. Enfim, é o que sabe respeitar a sagrada criatura humana sem preconceitos e sectarismos. O que é ético não pode acovardar-se. Quando o território não é defendido pelos bons, os maus fazem ‘justa’ a vitória da injustiça. (...)*”

Lei de Solidariedade Universal

Há mais de meio século as Ins-tituições da Boa Vontade, por meio da Pedagogia do Cidadão Ecumêni-co, desenvolvem um programa de conscientização para o crescimento pessoal e social sustentável, que se fundamenta no Novo Mandamento do Cristo, conforme esclarece Paiva Netto:

“Sem Educação e Instrução não há progresso. Todavia, educar e instruir não é apenas ensinar a ler, a

mergulhar nos livros. Trata-se, acima de tudo, de iluminar com o Novo Mandamento de Jesus — Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reco-nhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros — a inteligência para as funções harmônicas do Ser Humano na sociedade (...). Isso somente será conseguido quando as criaturas sou-berem ver além do intelecto, com os olhos do Espírito (...).”

A Pedagogia do Cidadão Ecumê-nico, a Pedagogia do Afeto, reconhe-ce a Educação além dos ambientes escolares formais, considerando espaços educativos ecumênicos todos os locais de encontro comunitário em que está presente a discussão das grandes questões da origem e da finalidade da existência._________________* Definição de Paiva Netto, extraída da revista Sociedade da Solidariedade Ecu-mênica (7a edição), editada em diversos idiomas e encaminhada à Organização das Nações Unidas (ONU).

___________________________Equipe de Estudos Ecumênicos

Quarto Princípio

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