26 DE MARÇO DE 2018
ANO 5, EDIÇÃO 82 BOLETIM INFORMATIVO PROCURE O CARTÓRIO DE NOTAS DE SUA CONFIANÇA
NESTA EDIÇÃO: O CONTRATO DE
CONVIVÊNCIA NA
ERA DO AMOR
SEM RÓTULOS No Brasil, a constituição de uma
família tradicionalmente se dava pelo
casamento religioso entre um homem
e uma mulher, no qual o sacerdote
conferia legitimidade à união.
Com a laicização do Estado e a
evolução da legislação, no século
XIX, houve a regulamentação do
casamento civil, até o modelo atual,
exigindo a presença de um juiz de paz
e de duas testemunhas para sua
validade. Além disso, é neste ato que
o casal escolhe o regime de bens que
regulará o casamento – o regime legal
da comunhão parcial de bens, da
comunhão universal de bens, a
participação final nos aquestos ou a
separação total de bens.
Em 1996, com o advento da Lei nº
9.728 que regulamentou o artigo 226
da Constituição Federal, uma nova
forma de família passou a ter
reconhecimento jurídico – a chamada
união estável – que dispensa a
burocracia imposta para celebração
do casamento, bastando a assinatura
de um contrato particular ou escritura
pública entre as partes, além da
demonstração da relação pública,
duradoura, contínua e visando a
constituição de uma família.
Ocorre que, desde a regulamentação
da união estável, as relações
amorosas mudaram e continuam
constantemente sofrendo alterações.
Apesar de haver a celebração de um
maior número de uniões estáveis do
que de casamentos, há novas formas
de relação que fogem dos modelos
pré-estabelecidos, pelas quais os casais passam a
morar juntos sem celebrar qualquer contrato, seja
casamento ou união estável.
Nessa nova realidade, os casais passam a morar
juntos – em alguns casos não – ou constituir um
patrimônio conjunto, porém sem nenhuma proteção
jurídica que regulamente a parte econômica da relação
amorosa entre os ‘companheiros’. Isso é
especialmente preocupante quando a relação termina
de forma não amigável.
A fluidez das relações sociais, principalmente nos
últimos 20 anos após a lei que regulamentou a união
estável, é um grande desafio que os legisladores,
operadores de direito e principalmente os novos casais
têm de encarar.
Contratos de namoro, pactos antenupciais, todas estas
‘ferramentas’ são decorrentes dessa nova necessidade
e dos anseios e preocupações dos casais.
A ausência de regulamentação legal dessas novas
formas de relacionamento faz com que esses novos
casais estejam em um limbo jurídico. Por isso, a
divisão patrimonial poderá ser estabelecida pelas
partes, quer o término seja amigável ou decidido após
anos de processo por um juiz de direito.
A solução judicial sobre o patrimônio desses casais é
uma forma dolorosa para as partes, já que o processo
judicial demora para chegar ao seu final – o que por si
só já é desgastante – e, normalmente, a decisão não
agrada nenhuma das partes envolvidas.
Por isso, nessa era de amor sem rótulos e relações
efêmeras, os novos casais que não quiserem celebrar
um contrato de união estável ou casamento, devem
celebrar acordos de convivência para evitar o
sofrimento de uma batalha judicial posterior.
Fonte: Estadão
CONVENÇÃO DE
HAIA MAIS DE 1,9
MILHÃO DE
DOCUMENTOS JÁ
APOSTILADOS
2
SAIBA MAIS:
USUCAPIÃO
EXTRAJUDICIAL
3
CONHEÇA ALGUNS
DOS SERVIÇOS DOS
CARTORIOS DE
NOTAS
4
CONVENÇÃO DE
HAIA - MAIS DE 1,9
MILHÃO DE
DOCUMENTOS JÁ
APOSTILADOS Quase dois milhões de documentos já
foram apostilados pelos cartórios
nacionais após a entrada em vigor no
Brasil da Convenção da Apostila da
Haia. Especialistas comemoram o
número de documentos e a redução de
um ano para 24 horas no prazo para
legalização de documentos do País.
“A entrada em vigor da apostila de Haia
foi uma bênção na vida dos brasileiros.
Já tivemos que esperar mais de um ano
para conseguir legalizar documentos,
como em Curitiba, por exemplo Agora
em até 24 horas conseguimos concluir o
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processo. É uma vitória”, afirmou Felipe
Malucelli, diretor proprietário da
empresa Ferrara Cidadania Italiana,
especializada em auxiliar os brasileiros
a conseguir o reconhecimento da origem
europeia.
“Antes da apostila havia uma fila
enorme, corrupção, era uma desordem.
Esperei seis meses para legalizar os
meus próprios documentos”, disse
Malucelli. O Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) é o responsável por
coordenar e regulamentar a aplicação
da Convenção da Apostila da Haia no
Brasil, que entrou em vigor em agosto
de 2016.
O tratado tem o objetivo de agilizar e
simplificar a legalização de documentos
entre os 112 países signatários,
permitindo o reconhecimento mútuo de
documentos brasileiros no exterior e de
documentos estrangeiros no Brasil. São
Paulo continua sendo o estado que mais
realiza apostilamentos, responsável
por mais de 484 mil documentos
apostilados desde a criação do
mecanismo. Em segundo lugar está o
Rio de Janeiro (297.471) e, na
sequência, o Distrito Federal (286.232).
Mudança
Antes da Apostila entrar em vigor, para
um documento ser aceito por
autoridades estrangeiras era
necessário tramitá-lo por diversas
instâncias, gerando as chamadas
“legalizações em cadeia”. Após entrar
em vigor a Apostila houve a
“legalização única”, basta ao
interessado dirigir-se a um cartório
habilitado e solicitar a emissão de uma
“Apostila da Haia” para um documento.
“Hoje praticamente todos os cartórios
do Brasil estão habilitados para emitir
uma apostila. São mais de 13 mil.
Começamos com as capitais, mas os
cartórios do interior também
demonstraram interesse”, disse
Fernanda Castro, superintendente da
Associação dos Notários e
Registradores do Brasil (Anoreg/BR).
Ela contou que os documentos
apostilados mais comuns são
certidões de nascimento e diplomas
universitários.
A entrada em vigor da Convenção da
Apostila foi possibilitada pelo trabalho
conjunto entre o CNJ, órgão designado
pelo Estado brasileiro como autoridade
competente e ponto focal para
interlocução sobre a Convenção da
Apostila com entidades nacionais e
estrangeiras, e o Ministério das
Relações Exteriores. Mais informações
acerca da aplicação da Convenção da
Apostila no Brasil poderão ser obtidos
na página eletrônica do CNJ.
Fonte: CNJ
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O QUE É?
A usucapião é modo originário de aquisi-
ção da propriedade pela posse prolongada
do bem.
Desde março de 2016, com a entrada em
vigor do Código de Processo Civil (Lei nº
13.105/2015), é possível que o interessa-
do busque o reconhecimento da sua pro-
priedade imobiliária direto nos cartórios,
sem a necessidade de recorrer ao Judiciá-
rio. Este procedimento foi denominado de
usucapião extrajudicial ou administrativo.
Nesse sentido, foi acrescentado o art. 216
-A na Lei dos Registros Públicos (Lei nº
6.015/1973), para prever a possibilidade
de se processar o pedido de reconheci-
mento extrajudicial de usucapião junto ao
cartório de registro de imóveis da comarca
em que estiver situado o imóvel usucapi-
endo.
A usucapião extrajudicial foi regulamenta-
da pela Corregedoria Geral da Justiça do
Estado de São Paulo por meio do Provi-
mento nº 58/2015.
Importante: a Lei n° 13.465/2017 trouxe
um grande avanço aos procedimentos de
usucapião extrajudiciais, retirando a obri-
gatoriedade da anuência do proprietário e
confrontantes sob o imóvel usucapiendo.
Pela nova redação, o silêncio do antigo
proprietário ou de qualquer confrontante
do imóvel será interpretado como concor-
dância ao pedido de usucapião extrajudici-
al.
COMO É FEITA?
O primeiro passo é ir ao cartório de notas
do município onde estiver localizado o
imóvel usucapiendo para fazer uma ata
notarial, na qual deverá constar a declara-
ção do tempo de posse do interessado e
da inexistência de ação possessória ou
reivindicatória envolvendo o respectivo
imóvel.
Posteriormente, o interessado, representa-
do por advogado, deverá apresentar a ata
notarial e os demais documentos necessá-
rios ao registro de imóveis competente.
O procedimento de reconhecimento extra-
judicial da usucapião envolve a análise da
documentação apresentada, a publicação
de edital, a manifestação dos confrontan-
tes e do Poder Público.
Observação: a rejeição do pedido extraju-
dicial não impede o ajuizamento de ação
de usucapião.
QUAIS SÃO OS DOCUMENTOS NE-
CESSÁRIOS?
- documentos pessoais; (obrigatórios)
- planta e memorial descritivo assinado
por profissional legalmente habilitado,
com prova de anotação de responsabili-
dade técnica no respectivo conselho de
fiscalização profissional, e pelos titulares
de direitos reais e de outros direitos regis-
trados ou averbados na matrícula do imó-
vel usucapiendo e na matrícula dos imó-
veis confinantes; (consulte o tabelião)
- certidões negativas dos distribuidores
da comarca da situação do imóvel e do
domicílio do requerente; (consulte o tabe-
lião)
- justo título ou quaisquer outros docu-
mentos que demonstrem a origem, a
continuidade, a natureza e o tempo da
posse, tais como pagamento dos impos-
tos e das taxas que incidirem sobre o
imóvel. (consulte o tabelião)
QUANTO CUSTA?
O preço é tabelado por lei em todos os
cartórios deste Estado. Para verificar os
valores, consulte o tabelião de sua esco-
lha .
SAIBA MAIS:
USUCAPIÃO
EXTRAJUDICIAL
ABERTURA DE FIRMAS
“Firma” é o nome dado, nos Tabelionatos, à
assinatura. “Abrir firma” é o ato de registrar o padrão
de uma assinatura (também chamado de ficha de
firma) no Tabelionato…
APOSTILA DE HAIA
Apostila é uma autenticação emitida nos termos da
Convenção de Haia que garante a procedência de um
documento público nacional para ter validade e
eficácia no exterior, eliminando o procedimento de
legalização, muitas vezes complicado, demorado e
dispendioso.
AUTENTICAÇÃO DE CÓPIAS
A cópia autenticada é a cópia (Xerox) de um
documento, que tem a mesma validade do original…
RECONHECIMENTO DE FIRMA
Existem dois tipos de reconhecimento de firma: por
Semelhança, que Para que possa ser feito, é
necessário que a pessoa cuja firma será reconhecida
tenha firma aberta…
ATA NOTARIAL
É o documento escrito pelo Tabelião que prova a
existência de um fato ou situação, cujo contexto seja
importante perpetuar para momento futuro.
ATA NOTARIAL PARA USUCAPIÃO
É documento público, exigido por lei, que atesta o
tempo de posse do requerente e seus antecessores,
conforme o caso e suas circunstâncias.É um dos
requisitos obrigatórios para o reconhecimento do
usucapião extrajudicial.
CARTA DE SENTENÇA NOTARIAL
A carta de sentença serve para fazer cumprir a
decisão judicial, ou seja, a carta de sentença é
entregue ao órgão ou pessoa a que se destina a
decisão judicial, para que esta cumpra o que a
sentença determina.
CERTIDÕES
Todos os atos praticados pelo Tabelião de Notas,
exceto o reconhecimento de firma, algumas atas
notariais e a autenticação de cópias, são anotados em
um livro próprio, que fica arquivado no Tabelionato.
CERTIFICADO DIGITAL
A certificação digital é uma tecnologia que permite a
identificação de pessoas físicas e jurídicas e cuja a
validade e autenticidade são garantidas por uma
terceira parte de confiança. Essa tecnologia é
regulamentada pela ICP-Brasil e serve para assinar
digitalmente documentos eletrônicos com validade
jurídica.
DIVÓRCIO
O divórcio é uma das formas de dissolução do
casamento, e pode ocorrer independentemente de
partilha de bens.
EMANCIPAÇÃO
A escritura de emancipação é o ato pelo qual os pais
de um menor (de 16 e 17 anos) renunciam ao seu
poder familiar em relação a este menor, alegando que
ele está apto para todos os atos da vida civil.
ESCRITURA DE DOAÇÃO DE BENS
A Escritura Pública de Doação é o ato feito e assinado
em Tabelionato de Notas por meio do qual uma das
partes doa determinado bem – móvel ou imóvel – para
outra.
ESCRITURA DE IMÓVEIS
A transferência de bens imóveis no Brasil, seja por
venda e compra, doação, dação em pagamento, ou
qualquer outro meio, somente pode ser feita por
escritura pública, em Tabelionato de Notas, onde as
partes comparecem para a concretização do negócio,
através da escritura pública, que é ato solene.
INVENTÁRIO
Quando alguém falece, seus bens e direitos são
recebidos pelos herdeiros e, se for casado,
dependendo do regime de bens, também pela viúva.
PACTO ANTENUPCIAL
O pacto antenupcial é o ato feito pelos noivos, antes
do casamento, se eles decidirem se casar por um
regime de bens diferente do regime legal vigente no
País, que é o da comunhão parcial de bens...
PROCURAÇÃO
É o instrumento que documenta a outorga de poderes
de representação, enfim, é o documento onde consta
que determinada pessoa atribuiu poderes a outrem
para atuar em seu nome.
RECONHECIMENTO DE FILHOS
É um tipo de escritura pública feita pelo pai verdadeiro
de uma criança ou adulto, quando este não a registrou
quando do seu nascimento. Assim, passará a constar
na Certidão de Nascimento do filho o nome de seu pai
e avós paternos, além da possibilidade do pai poder
acrescentar seu sobrenome ao filho reconhecido.
TESTAMENTO
O Testamento é o ato pelo qual alguém dispõe de seu
patrimônio, ou de parte dele, para depois da morte…
UNIÃO ESTÁVEL
É uma declaração oficial feita por casais que vivem
juntos, sem haverem se casado, para, entre outras
coisas, garantir seus direitos e de seus herdeiros…
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Durante 40 anos o 4º Tabelionato de Notas de SBC
acompanhou e participou ativamente da construção e
desenvolvimento de São Bernardo e esteve presente em fatos
históricos importantes, como a construção e a duplicação da
Rodovia dos Imigrantes, o boom e o êxodo temporário do
parque industrial, o nascimento da força sindical, o
fortalecimento e amadurecimento do comércio local… e
cresceu junto à cidade, sempre guiado pelo compromisso do
desenvolvimento social e a alta qualificação dos serviços
prestados.
Hoje, o 4º Tabelionato de Notas de SBC continua a crescer e
olhar para o futuro, reinaugurando 100% de suas instalações e
ampliando seus canais de comunicação via internet/mobile,
facilitando a vida de milhares de pessoas e empresas, todos os
dias. Graças à experiência acumulada através dos anos e à
eficiência demonstrada em todos os serviços, o 4º Tabelionato
de Notas de SBC desfruta, hoje, de uma posição destacada e
respeitada. O seu conceito junto à comunidade em geral,
empresários, casas comerciais e entidades de todo o gênero é
a de um órgão competente, ágil, eficiente e seguro.
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