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    Sumrio

    1. Introduo

    2. Incndios urbanos e industriais

    3. Espaos confinados

    4. Salvamento de vtimas

    5. Regras de segurana

    6. Glossrio

    Siglas

    APS Alarme Pessoal de Segurana

    TO Teatro de Operaes

    SBV Suporte Bsico de vida

    COS Comandante das Operaes de Socorro

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    1 Introduo

    O salvamento de vitimas em perigo constitui um dos principais objectivos da aco dosbombeiros, pelo que deve ser visto como uma tarefa prioritria a ser levada a cabo em qualquerteatro de operaes (TO).

    Contudo, necessrio ter presente que as manobras de salvamento envolvem muito mais doque o mero salvamento de pessoas que se encontrem num edifcio a arder ou num qualquerespao confinado. Assim, apesar do transporte de uma vitima at um ponto seguro constituir, noverdadeiro sentido do termo, uma manobra de salvamento, existem outras que so essenciais parao xito da operao. So exemplos:

    A montagem de escadas de qualquer tipo molas, extensveis, telescpicas e outras para utilizao pelos ocupantes do edifcio;

    O encaminhamento de pessoas para fora do edifcio ou do espao confinado; A busca de vitimas no interior e exterior do edifcio ou no interior do espao confinado.

    Todas estas manobras fazem parte de um conjunto a que se pode chamar operaes desalvamento, na medida em que cada uma reduz, de imediato, o risco eminente que afecta aspotenciais vitimas. Complementarmente, contribuem para as operaes de salvamento:

    As operaes de ventilao que removem o fumo os gases e o calor, prevenindo a suaacumulao no interior do edifcio ou do espao confinado;

    A correcta colocao a trabalho da primeira linha de mangueiras que poder manter ofogo afastado das vitimas.

    Estas operaes reduzem o perigo para as vitimas ou ocupantes sem hiptese de fuga eaumentam o tempo til necessrio evacuao do edifcio ou do espao confinado, pelo quepodem ser consideradas, tambm, como operaes ligadas aos salvamentos.

    Os salvamentos so, para os bombeiros, operaes algo complexas, pois todas as situaesrequerem uma diferente combinao de movimentos, equipamentos e actividadescomplementares, como por exemplo, montagem de acessos, a entrada forada, a busca nointerior e a ventilao do edifcio ou espao confinado.

    Por vezes, h a tendncia para se considerar que as operaes de salvamento estorelacionadas, apenas, com hospitais, lares de terceira idade, escolas, hotis e outras instalaesque comportam um numero elevado de ocupantes.

    Na verdade, este tipo de edifcios deve merecer uma ateno especial no que respeita aoproblema dos salvamentos, em virtude da quantidade de pessoas que podem estar envolvidas. Noentanto, as operaes de salvamento mesmo nos incndios em moradias de apenas um ou doispisos devem ser sempre executadas.

    Embora no ocorram com tanta frequncia como nos incndios, os salvamentos em espaosconfinados representam um tipo de acidente com o qual os bombeiros tm de lidar.Pela sua diversidade e especificidade, os salvamentos em espaos confinados devem ser

    executados, somente, por equipas de bombeiros devidamente treinadas para o efeito, namedida em que, fugindo mera rotina, exigem grande desembarao, fora fsica, experincia,coragem, alguma improvisao e pronta deciso. Pelas sua caractersticas, os espaos confinadosconsubstanciam riscos extremamente gravosos para as vitimas

    Contudo, as operaes de busca e salvamento em incndios urbanos e industriais e emespaos confinados no so as nicas que os bombeiros executam, dado existirem outrossalvamentos que esto referenciados noutros volumes deste manual.

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    2- Incndios urbanos e industriais

    2. 1. Objectivos da busca e salvamento

    Existem dois objectivos quando se procede a uma busca e salvamento: procurar vitimas esalv-las e, complementarmente, obter informaes sobre a extenso do incndio.

    Em grande parte dos incndios urbanos e industriais, a busca deve ser dividida em busca

    primria e busca secundria.A busca primria uma procura rpida de vitimas antes ou durante as operaes de extino,chegando a ser feita, em muitos casos, sem que estejam montadas linhas de mangueiras paraataque ao incndio. Em geral, executada sob condies bastante adversas como grandeintensidade de calor e m visibilidade, pelo que pode no ser suficiente para localizar a totalidadedas vitimas. Apesar disso, pela sua importncia, a busca primria, tem que sero mais minuciosapossvel. Contudo, nos edifcios de construo antiga, acima do piso do incndio, muitas dasvezes pode no passar de uma rpida vista de olhos sobre toda a rea acessvel aosbombeiros, com particular ateno para os locais onde seja mais bvio encontrar vitimas.

    Por outro lado, a busca secundria executada depois do incndio estar dominado. Nestaaltura, no h necessidade de grandes correrias, pois as vitimas sobreviveram ou no. A buscasecundria deve ser ainda mais minuciosa por forma a garantir que no ficaram vitimas por

    localizar. Uma vez que as condies de calor e visibilidade melhoraram substancialmente, a buscasecundria no uma operao to perigosa para os bombeiros. No entanto, deve ser executada,dado que to importante como a busca primria.

    2. 2. Procedimentos chegada ao local

    Embora a responsabilidade do reconhecimento seja, inicialmente, do chefe do primeiroveculo de socorro a chegar ao local, todos os elementos da guarnio devem observaratentamente o edifcio e as zonas perifricas, medida que o veiculo se vai aproximando. Umaobservao cuidada d indicaes aos bombeiros sobre as propores do incndio, o tipo deocupao, o provvel estado de resistncia da estrutura e cobertura e o tempo necessrio para

    proceder busca e salvamento.Do mesmo modo, a observao exterior auxilia os bombeiros a manter a orientao quando seencontrarem no interior, permitindo, ainda, identificar caminhos alternativos de acesso e de fuga janelas, portas e escadas de emergncia antes de entrarem no edifcio. Uma vez no interior,podero localizar a sua posio exacta atravs do que vem, olhando pelas janelas.

    Para se obterem informaes sobre aqueles que podero estar, ainda, no interior e qual a sualocalizao aproximada, bem com, acerca da localizao e extenso do foco de incndio, devemser questionados, prioritariamente, os ocupantes que j saram do edifcio (Fig. 1). Sendo possvel,todas as informaes devem ser verificadas. Em qualquer caso, os bombeiros no devem assumirque todos os ocupantes se encontram em segurana, fora do edifcio, sem que tenha sidocompletada a busca e salvamento.

    Fig. 1 Obteno de informaes no local.

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    Dado que cada ocupante dum edifcio conhece, por vezes, os hbitos dos outros ocupantes e adisposio dos diversos compartimentos, pode ser uma fonte preciosa de informaes sobre aprovvel localizao das vitima. Do mesmo modo, podero ter visto algum ocupante perto de umajanela antes da chegada dos bombeiros. Estas e outras informaes, nomeadamente sobre onumero de vitimas devem ser fornecidas ao comandante dasoperaes de socorro (COS) e sguarnies dos veculos que vo chegando ao local do incndio.

    De acordo com a marcha geral das operaes, os salvamentos devem ser executados logoaps o reconhecimento, antes mesmo do estabelecimento dos meios de aco. Esto neste casoas situaes em que se verifica chegada dos bombeiros, a existncia de ocupantes preparadospara saltar das janelas ou das sacadas ou quando as vtimas tm as roupas a arder.

    Nestas situaes, a prioridade mxima deve ser dada montagem dos acessos necessriosaos salvamentos, em prejuzo do inicio de quaisquer outras operaes. Para que as vitimas seapercebam de que as manobras esto a ser executadas, importante chamar a sua ateno,podendo, para tal, utilizar-se megafones ou equipamentos similares. Deste modo, procura-se quefiquem calmas at serem retiradas do local onde se encontram.

    Se bem que a chegada dos bombeiros ao local do incndio possa ter como efeito uma acalmianas pessoas que se encontram em pnico, so frequentes situaes nas quais os bombeiros tmde actuar imediatamente, de modo a controlarem os ocupantes mais perturbados.

    Uma forma de o fazer dar ordens e directivas que demonstrem autoridade (Fig. 2). Se talno for feito, isto , se as ordens forem dadas sem que as vtimas sintam alguma fora, como, porexemplo, pessoal, calma ai! ou no entrem em pnico, o resultado poder ser bastantenegativo.

    Pelo contrrio, ordens dadas com firmeza com para trs ou desa pelas escadas doprdio, podem ter um efeito calmante nas vtimas e aumentam as hipteses de sucesso nosalvamento.

    Quando existem indicaes de que no interior do edifcio podero estar vtimas ou pessoas emrisco, a busca e salvamento deve comear imediatamente aps a chegada ao local.

    Fig. 2 A utilizao do megafone para controlar os ocupantes em pnico.

    2.3. Condies adversa nos edifcio com incndio

    Em geral, as condies com que os bombeiros se confrontam nos edifcios onde existe umincndio, dificultam a execuo da busca e salvamento de pessoas. Esta situao agrava-sequando os ocupantes esto a dormir, se encontram inconscientes ou, simplesmente, no tenhampossibilidade de atrair a ateno da equipa de salvamento.

    O fumo impede a visibilidade. Logo, se as vtimas estiverem inconscientes ouimpossibilitadas de falar, no ser possvel seguir as suas vozes e a sua localizao muito mais

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    difcil. Mesmo que os ocupantes faam barulho na tentativa de chamar a ateno, os sonsproduzidos pelo fogo podem, por vezes impedir que se distinga o seu chamamento.

    Por outro lado, o sentido do tacto poder ser confundido, pois as luvas de proteco no sofeitas de modo a permitir exames muito detalhados, pelo que, mesmo os objectos mais familiares,podero estar de tal forma distorcidos pelo calor que ficam completamente irreconhecveis.

    Como se pode, ento, executar a operao de busca e salvamento no interior dos edifciospor forma a maximizar as probabilidades de localizao das vitimas? As respostas a esta questoso muitas e complexas, mas todas comeam na existncia de um plano!

    Na verdade, para que a operao de busca e salvamento seja eficaz, ter que serdevidamente planeada, o mesmo ser dizer que no podem existir aces descoordenadas.Cada um dos bombeiros que executa uma busca e salvamento deve ter uma ideia clara do queprocura, onde procura e como deve procurar.

    A busca e salvamento deve ser executada por uma equipa especificamente indicada para atarefa, com um mnimo de dois bombeiros. No obstante, quando o numero de bombeiros muitolimitado, pode ser feita pelo segundo elemento de uma linha de mangueiras, medida que oataque vai sendo feito ou mesmo pelo bombeiro da agulheta, ao mesmo tempo que, por debaixodo fumo, procura localizar o foco de incndio. Em qualquer dos casos, os objectivos so osmesmos e os mtodos muito similares.

    2. 4. Busca primria

    Durante a busca primria, os bombeiros devem trabalhar sempre em equipas de dois ou maiselementos. Deste modo, a busca pode ser executada mais rapidamente sem prejuzo damanuteno das condies de segurana.

    Ao encontrar uma vtima, o passo seguinte ser, naturalmente, a tentativa de salvamento.Contudo, assim que as linhas de mangueira para as situaes mais criticas esto a trabalho emgeral, so necessrios dois bombeiros para cada linha de 45mm todo o pessoal disponvel deveser mobilizado para a busca primria.

    Os bombeiros utilizados nesta tarefa tm que estar preparados para a desempenhar, quer doponto de vista do equipamento individual, quermental e fisicamente. De preferncia, deve ser

    pessoal experiente, pois um elemento com prtica tem maior probabilidade de sedesenvencilhar de alguma situao perigosa com que possa deparar e, simultaneamente, estarmais habilitado do que um bombeiro com menos experincia, a trabalhar em ambiente de fumo ereduzida visibilidade.

    Ao encontrar uma vtima, o bombeiro deve ser fisicamente capaz de transportar o seu pesomorto para um local seguro, sendo esta uma tarefa que exige muita preparao. Logo, todos oselementos de um corpo de bombeiros devem ter conscincia plena da importncia que temmanterem-se em boas condies fsicas.

    Outra questo importante o transporte pela equipa de busca e salvamento das ferramentasdestinadas , eventual, abertura de acessos nalguma rea fechada, bem como a facilitar aretirada, se necessrio. Como exemplo, pode apontar-se a espia de trabalho como umaferramenta tpica da busca e salvamento, que pode ser utilizada quando a operao levada a

    cabo em condies mnimas de visibilidade ou ausncia de iluminao. Tambm o so as tiras deborracha ou giz, destinados a marcar os compartimentos j revistados e as ferramentas dearrombamento que se usam para a entrada forada, quer para aceder, quer para retirar dosedifcios, quer, ainda, para auxiliar os bombeiros na busca sob as peas de mobilirio.

    As ferramentas de arrombamento podem ser muitos teis para:

    Abrir janelas destinadas ventilao; Sondar por baixo dos mveis; Manter portas fechadas de modo a isolar o incndio, permitindo a continuao da

    busca.

    tecnicamente errado e uma perca intil de tempo, quando os bombeiros tm que voltar aoveculo para se equiparem com as ferramentas necessrias tarefa, por o no terem feito antes deentrarem no edifcio.

    Cada equipa de busca e salvamento e, preferencialmente, cada membro de uma equipa queexecuta a tarefa deve estar, tambm, equipado com um rdio porttil, de modo a pedir auxlio,

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    caso seja necessrio. ainda obrigatria, por bombeiro, uma lanterna porttil que proporcioneuma boa iluminao, na medida em que a visibilidade poder ser muito reduzida. Para destinguirentre uma vtima e, por exemplo, uma boneca, o bombeiro poder ter que colocar a sua face auma distncia muito curta e apontar directamente o foco da lanterna. Preferencialmente, a lanternaporttil deve ser transportada no cinto ou no capacete de modo a no ocupar as mos,possibilitando o transporte de outra ferramentas, subir escadas, etc. (Fig. 3).

    Fig. 3 A equipa de busca e salvamento deve transportar as ferramentas adequadas.

    Quando se faz a busca primria em edifcios com vrios pisos, as reas mais criticas so (Fig.4):

    O piso onde decorre o incndio; O piso imediatamente acima do piso incendiado; O piso mais elevado

    Fig. 4 Locais prioritrios para a busca primria.

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    No piso do incndio, a busca primria deve iniciar-se o mais prximo possvel do foco deincndio, retrocedendo a equipa em direco entrada. Este procedimento permite alcanar, emprimeiro lugar, as vtimas que se encontram em maior risco de serem atingidas pela propagao doincndio. Todas as outras, a maior distncia do foco de incndio, estaro menos expostas aosprodutos da combusto e, consequentemente, tero mais probabilidades de sobreviver at aequipa retornar em direco sada.

    Quando os bombeiros procedem busca primria no piso imediatamente acima do pisoincendiado, devem iniciar a tarefa logo que entram naquele e progredirna direco da vertical dofoco de incndio. Esta prtica, a utilizar obrigatoriamente nos edifcios de construo antiga,difere da anterior avano imediato para a zona do foco de incndio devido s diferentescondies existentes nos dois pisos considerados:

    Os bombeiros movimentam-se no piso em chamas junto ao pavimento, abaixo do calore do fumo, o mesmo no acontecendo no piso acima do incndio, pois muitas dasvezes, o fumo preenche todo o espao at ao nvel do piso, mesmo num incndio demdias propores;

    A propagao do incndio de compartimento para compartimento , normalmente,muito mais rpida do que a propagao de piso para piso;

    Os ocupantes do piso acima do incndio esto directamente ameaados pelos gases

    da combusto, enquanto as vtimas na rea do foco de incndio correm riscosprovenientes tanto dos gases como das prprias chamas.

    No caso do piso mais elevado do edifcio, quaisquer ocupantes que tenham ficado no seuinterior encontram-se fortemente ameaados pelo movimento ascendente de fumo, gases ecalor, que sobem pela caixa de escada e outros espaos verticais existentes. Assim, no caso dosedifcios de construo moderna, deve ser dada, de imediato, especial ateno busca esalvamento naquele piso.

    2. 4. 1. Os procedimentos na busca primria

    Consoante as condies existentes no interior do edifcio, ao fazerem a busca primria, osbombeiros deslocam-se de p, agachados ou de gatas (Fig. 5). Existindo, apenas, fumo poucodenso e no havendo ou sendo reduzido o calor, caminhar de p ser a forma mais rpida paraproceder busca. Caminhar de gatas sob a camada de fumo,, aumenta a visibilidade e reduz osriscos de tropear, cair em escadas ou por aberturas existentes no piso.

    Fig. 5 A deslocao deve ser feita junto ao piso, em locais de reduzida visibilidade.

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    Ao caminharem agachados ou de gatas, os bombeiros devem utilizar as ferramentas parasondar o caminho sua frente, fazendo deslocar as costas da mo do lado da parede ao longodesta, com movimentos para cima e para baixo. Tacteando com as costas da mo evita que obombeiro, ao tocar em qualquer instalao elctrica no protegida, a contraco automtica dosmsculos o leve a agarrar o cabo e, eventualmente, electrocusso.

    A deslocao pelas escadas de edifcio deve ser feita, preferencialmente, de gatas, quandoas condies de visibilidade so adversas. Ao subir, a cabea do bombeiro deve ir frente. Aodescer, devem ir frente os ps. Esta deslocao sendo, embora mais lenta, permite que obombeiro se movimente na camada de ar menos aquecida junto ao piso.

    A busca primria deve ser executada de forma sistemtica, de compartimento emcompartimento, completando a tarefa em cada um deles, enquanto se procura, constantemente,ouvir sons ou rudos produzidos pelas vtimas.

    A tcnica para a movimentao no interior de um edifcio com pouca visibilidade utilizar asparedes como guia, contornando todo o permetro que se pretende revistar. Pretende-se, assim,manter o sentido de orientao no fumo denso.

    Todavia, na busca primria esta manobra nem sempre totalmente eficaz, devido ao reduzidotempo disponvel que os bombeiros tm para encontrar vtimas com vida. Na verdade, sendosistemtica demasiado lenta para permitir que, em tempo til, se possa revistar um grandenumero de compartimentos, quer para chegar vtima, quer para fazer o caminho de regresso.

    Em alternativa, ao penetrar-se numa rea carregada de fumo denso e, consequentemente, semqualquer visibilidade, pode utilizar-se uma linha de mangueiras em carga, tanto para proteco,como para guia no caminho inverso em direco sada (Fig. 6). No havendo uma linha demangueiras disponvel, pode utilizar-se uma espia de trabalho de 9mm de dimetro.

    Fig. 6 A linha de mangueira como guia em condies de grande densidade de fumo.

    Est , de facto, a maneira mais rpida para encontrar o caminho de retorno, em alternativa utilizao das paredes como guia, pois, por exemplo, uma equipa poder ter que percorrer 12m aolongo de trs paredes num compartimento com apenas quatro metros de largura, consumindotempo e aumentando a sua exposio ao risco.

    Os bombeiros devem utilizar as ferramentas, as pernas e os braos para alcanar todo oespao sob as camas e outras peas de mobilirio (Fig. 7). Aps a revista do permetro do

    compartimento, a busca deve prosseguir na parte central.

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    Fig. 7 As ferramentas ajudam a revistar sob a moblia.

    Quando existe um corredor central a separar escritrios, apartamentos ou outros espaos, abusca e salvamento deve ser feita em ambos os lados, se possvel por duas equipas diferentes.Se houver apenas uma equipa disponvel, a operao deve iniciar-se pelos compartimentos de umdos lados do corredor e, no regresso, serem revistados os do lado contrrio.

    Ao entrar no primeiro espao, a equipa volta direita ou esquerda, seguindo as divisriasem redor do compartimento at regressar ao ponto de partida. Ao sair, volta na mesma direcoem que entrou, continuando at ao compartimento seguinte. Como exemplo, se voltou esquerdaquando entrou, volta esquerda quando sai do compartimento (Fig. 8).

    Fig. 8 Percurso da equipa de busca e salvamento.

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    No salvamento de uma vitima para um ponto seguro ou para o exterior de edifcio, a equipadeve voltar na direco contrria que entrou. importante que a equipa saia de cadacompartimento pela mesma porta por onde entrou, de modo a assegurar que todo o espao foicompletamente revistado. Esta tcnica deve ser empregue em todos os tipos de edifcios,independentemente do numero de pisos.

    Nalguns casos, o melhor mtodo para proceder busca em compartimentos de pequenasdimenses ser manter um dos bombeiros entrada do compartimento, enquanto o outro faz arevista, orientando-se atravs do dilogo que vai mantendo com o parceiro (Fig. 9). Quando arevista estiver completa, voltam a juntar-se entrada, fecham a porta, marcam-na e passam aocompartimento seguinte, invertendo a tarefa de cada um.

    Fig. 9 A busca em compartimentos de pequena dimenso.

    Este mtodo pretende reduzir a possibilidade da equipa se perder no interior do compartimento,diminuindo, simultaneamente, o stress causado pela situao. Por outro lado, quando oscompartimentos so relativamente pequenos, torna a busca mais rpida em comparao com aexecutada por dois bombeiros, pois o que entra pode deslocar-se com maior ligeireza sem receiode ficar desorientado.

    Como foi referido, durante a busca primria a visibilidade pode ser bastante limitada,obrigando a recorrer muitas vezes ao sentido do tacto. A identificao dos objectos pelo toquepode ser a nica fonte de informao sobre o tipo de compartimento onde se encontra a equipa de

    bombeiros.Se tal acontecer, isto , se a visibilidade for totalmente prejudicada pelo fumo, os bombeirosdevem dar conhecimento ao seu superior directo, dado que pode ser necessrio melhorar aventilao. Esta uma das razes pela qual a equipa deve manter o contacto rdio com oexterior comunicando, periodicamente, os progressos e as dificuldades da operao de busca(Fig. 10).

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    Fig. 10 O contacto via rdio com o exterior fundamental.

    Todas as informaes, positivas ou negativas, so importantes para assegurar que a buscaprimria fica completa. Se, por qualquer razo ela abortar, o superior directo deve serimediatamente avisado e a operao retomada logo que possvel.

    2. 4. 2 Localizao provvel das vtimas

    O comportamento humano na presena de um incndio segue padres cujo estudo, a partir daexperincia de situaes passadas, leva concluso de que se deve dar primordial importncia adeterminados locais quando se pretende encontrar vtimas no interior dos edifcios.

    Quase todas as pessoas e animais sendo os bombeiros a excepo fogem perante aameaa do incndio logo que do pela sua presena. Contudo, as chamas ou os produtos dacombusto podero cercar as vtimas antes destas conseguirem fugir.

    Por esta razo, deve ser dada uma especial ateno busca executada nos caminhos queservem para evacuao e que so, habitualmente, utilizados pelas pessoas para entrar e sair dosedifcios, nomeadamente, a porta principal e a escada interior, se existir, locais chave para acolocao de linhas de mangueiras.

    Assim, a busca deve ser feita nas sadas e nas escadas interiores o mais rapidamentepossvel, dando-se particular destaque zona imediatamente por detrs das portas,especialmente, se for difcil abri-las completamente. As vtimas, no momento em que tentammanipular os puxadores das portas, podem perder a conscincia e carem antes de serem capazesde escapar. A mesma ateno deve ser dada s zonas junto aos parapeitos das janelas.

    Quem no se aperceber, porm, da presena do fogo no fugir dele, o mesmo acontecendos pessoas fisicamente incapacitadas de o fazerem por si s, como crianas, deficientes, etc. emconsequncia, deve ser dada alguma prioridade busca e salvamento nos quartos de dormir.

    extremamente importante que todos os locais sejam revistados, nomeadamente, lavabos,banheiras, chuveiros, armrios, sob as camas, atrs das moblias, stos, caves e quaisqueroutras reas que possam ocultar crianas e ocupantes doentes ou desorientados (Fig. 11).

    As crianas podem esconder-se do fogo, ainda, em caixas de brinquedos, armrios e outroslocais inesperados. Sendo muito imaginativas, confrontados com o perigo podem esconder-se,tambm, nos locais que habitualmente usam para brincar. Mesmo frigorficos, arcascongeladoras e armrios de cozinha podem ser utilizados como refgio por uma criana, o quesignifica, mais uma vez, que a busca tem de ser exaustiva.

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    Fig. 11 Locais que devem ser cuidadosamente revistados.

    2. 4. 3. Marcao das reas revistadas

    Para uma busca e salvamento eficaz, a chave a coordenao. O objectivo ser tentaralcanar as vtimas mais ameaadas no mais curto espao de tempo. Assim, no pode permitir-seque hajam equipas a duplicar a busca primria, fazendo-a em compartimentos ou reas jrevistadas por outras.

    A melhor maneira de evitar duplicaes marcar os diferentes locais revistados de uma formaque, obviamente, faa parte dos procedimentos operacionais institudos no corpo de bombeirossendo, deste modo, de todos conhecida. Ser possvel, ento garantir a no duplicao de tarefasat que haja pessoal disponvel em numero suficiente.

    A forma mais eficaz para marcar os compartimentos j revistados, colocar na porta, depuxador a puxador, tiras de borracha retiradas, por exemplo, de cmaras de ar de motos, evitando-se no s a duplicao da busca mas tambm que a porta se tranque (Fig. 12).

    Fig. 12 Marcao com tiras de borracha. A- Incorrecto; B- Correcto

    A marcao pode, tambm, ser feita com giz ou produto similar, desde que no hajanecessidade de entrar no compartimento para descobrir a marca. Por outro lado, no

    recomendvel a colocao de cadeiras deitadas entre as ombreiras da entrada docompartimento, dado haver o inconveniente de manter a porta em posio de aberta, o que podefacilitar a propagao do incndio.

    Quando se usa giz ou produto similar, boa tcnica marcar a porta pelo lado de fora com umacruz, desenhando-se um trao quando a equipa entra e outro quando a equipa sai. Pretende-

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    se, assim, indicar a outras equipas que o compartimento est a ser revistado ou j foi revistado(Fig. 13).

    Durante a busca primria os bombeiros devem evitar, ao mximo, danificar ou modificar alocalizao do mobilirio. Por outro lado, ao puxarem os cortinados das janelas a fim deventilarem, no os devem lanar para reas ainda no revistadas.

    Fig. 13 Forma de marcar os compartimentos com gizA Equipa no interior; B Compartimento revistado

    Quando se executa a busca primria deve procurar-se que as condies de visibilidade sejam ,dentro do possvel, as melhores. Assim, desde que tal no contribua, decisivamente, paraaumentar a propagao do incndio e, sempre, sob instrues superiores, pode ventilar-se ao

    mesmo tempo que se avana.Desde que haja a certeza da existncia de outras sadas, as portas que ficam entre os

    bombeiros e o fogo podem ser fechadas. Por vezes, ao realizarem uma busca, os bombeirosficam de tal maneira absorvidos que se esquecem totalmente do incndio, principalmente, setiverem fechado a porta de entrada do compartimento onde se encontram. O perigo est emencontrarem o caminho bloqueado pelo fogo, ao pretenderem sair do compartimento.

    Assim , ao passarem por uma janela, os bombeiros devem procurar memorizar a sualocalizao, pois aquela poder ser o seu ponto de sada mais prximo em caso de emergncia.

    2. 5. Busca secundria

    Uma vez dominado o incndio e tendo melhorado, consequentemente, as condies nointerior do edifcio, altura de se proceder busca secundria, muitas das vezes em simultneocom a fase de rescaldo pois, ao mesmo tempo que se extinguem os pequenos focos aindaactivos, verifica-se a existncia ou no de vtimas. Entretanto, deve ser dada ateno formacomo se procede ao rescaldo de modo a no soterrar eventuais vtimas sob os escombros se asparedes ou tectos abaterem.

    Uma vez completamente extinto o incndio, a velocidade a que se procede a buscasecundria pode abrandar, sendo conveniente verificar o local onde vo ser colocados osobjectos ou escombros antes da sua movimentao.

    A busca secundria deve processar-se por todo o permetro do edifcio, incluindo ascoberturas, reas traseiras para as quais algum possa ter saltado e por debaixo de janelas.

    Devem ser verificadas, tambm, zonas de arbustos pois podero encobrir alguma vtimainconsciente. Estas reas exteriores devem ser examinadas antes de permitir lanar-se quaisquerescombros pelas janelas.

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    A busca secundria deve ser executada, preferencialmente, por bombeiros que noparticiparam na busca primria, pois, uma nova equipa ir, certamente, olhar para os locais deforma diferente.

    Na verdade, se durante a busca primria num quarto de dormir, por exemplo, o bombeiroapenas teve tempo para um rpido exame sob a cama e for mandado, de novo, para o mesmocompartimento para realizar a busca secundria, ter tendncia para assumir que j viu debaixoda cama e ir procurar noutro qualquer local.

    Assim, substituindo as equipas entre as buscas ou mesmo, apenas, os pisos oucompartimentos, cada local ser assumido como uma nova rea que deve sercuidadosamenteexaminada. O objectivo assegurar que, na busca secundria, se examinaram todos os locais eespaos susceptveis de esconder vtimas, incluindo crianas, pelo que essencial que seja omais minuciosa possvel (Fig. 14).

    Fig. 14 A busca secundria deve ser o mais minuciosa possvel.

    Outra dificuldade que os bombeiros podem sentir ao executarem a busca secundria serreconhecer o que sobra das vitimas queimadas, especialmente quando os escombrosprovocados caram em cima dos corpos. Assim, deve ser feito um completo exame aosescombros antes de serem lanados pela janela ou retirados para o exterior. Esta tarefa deve serencarada como um procedimento rotineiro por todos os bombeiros, mesmo que no hajainformao sobre a falta de qualquer pessoa.

    Deste modo, mesmo em incndios de pequenas propores, essencial proceder busca nasreas acima e abaixo do nvel do incndio.

    Se um compartimento ou rea no piso do incndio ou nos pisos acima estiverem trancados, necessrio abrir o acesso, por vezes com ferramentas de arrombamento, pois os espaosverticais como as chamins, condutas, etc., podero transportarconcentraes mortais de fumoe gases para reas afastadas da zona do incndio, sem qualquer indicao visvel nas caixas deescada.

    Em geral, nos pisos situados dois ou mais nveis abaixo do incndio no necessrioproceder abertura forada de compartimentos encerrados, excepto, em casos especiais. Umaexcepo, por exemplo, a que se refere aos pisos abaixo do nvel do solo, nos quais podemexistir concentraes de monxido de carbono provenientes de incndios em fase de asfixia.

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    3 Espaos confinados

    3. 1. Riscos associados aos espaos confinados

    Considera-se espao confinado (Fig. 15) aquele que possui em simultneo as seguintescaractersticas:

    Dimenso e configurao que permita a um indivduo entrar e executar trabalhos nointerior;

    Meios de acesso limitados ou restritos; Concepo no adequada para a ocupao humana permanente.

    Fig. 15 Exemplo de um espao confinado.

    Contudo, no que respeita s condies de trabalho no seu interior, os espaos confinados, tm

    diferentes graus de perigo, pelo que, s caractersticas acima mencionadas se devem juntar umaou mais das seguintes:

    Contm ou tm condies para vir a conter uma atmosfera perigosa; Encerram uma substncia susceptvel de imergir um indivduo; Dispem de uma configurao que permite a quem entra ficar impossibilitado de sair,

    devido a divisrias convergentes ou a pavimentos oblquos descendentes para secesde menor dimenso, sem proteco adequada;

    Possuem qualquer outro risco agravado para a segurana dos ocupantes.

    Esto neste caso, entre outros, os poos, cisternas, tanques, minas, grutas e esgotos.No fundo de qualquer dos espaos confinados as vtimas esto, em geral, sujeitas aco de

    atmosferas txicas e explosivas, como, por exemplo, as que contm monxido de carbono,metano, cido sulfdrico ou sulfidrato de amonaco. Por este motivo, desde logo uma regrafundamental de segurana se impe aos bombeiros: o uso de aparelho respiratrio isolante(Fig. 16).

    Todos os espaos confinados encerram diferentes riscos que podem apresentar-se das maisvariadas formas cabendo, a sua maior parte, em trs categorias: atmosfricos, fsicos eambientais.

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    Fig. 16 No trabalho em espaos confinados obrigatrio o uso de aparelho respiratrio

    isolante.

    3. 1. 1. Os riscos atmosfricos

    Os riscos atmosfricos associados aos espaos confinados obrigam a que se proceda,atravs de instrumentos prprios para o efeito, recolha e anlise de uma amostra de ar antes daentrada de qualquer indivduo, de modo a detectar as seguintes situaes:

    Atmosfera pobre em oxignio; Atmosfera rica em oxignio; Atmosfera inflamvel; Atmosfera txica.

    3. 1. 2. Os riscos fsicos

    Os riscos fsicos associados aos espaos confinados esto relacionados com a suaestabilidade estrutural e, ainda, com a existncia de objectos ou substncias perigosas no interior,tais como:

    Estruturas que compem o espao em deficientes condies; Escombros provenientes de um colapso parcial das estruturas; Possibilidade de imerso dos ocupantes em substncias a granel.

    3. 1. 3. Os riscos ambientais

    Consideram-se riscos ambientais nos espaos confinados, os criados pelas condies nointerior, mas cuja a origem no de caracter fsico ou estrutural. Essa condies, que podemdificultar e tornar mais morosas as operaes de salvamento, para alm de, aumentarem aansiedade e a sensao de claustrofobia nas vtimas so:

    Ausncia de iluminao; Temperatura elevada; Rudo; Humidade;

    Poeiras.

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    3. 2. Operaes em espaos confinados

    A menos que a localizao da vtima seja conhecida, a equipa tem de efectuar uma operaode busca no espao confinado, podendo, para tal, utilizar tcnica igual que se emprega na buscaquando se trata de incndios urbanos e industriais.

    A busca deve ser feita de forma sistemtica e numa sequncia lgica. Mesmo que o avanopossa parecer lento, a equipa deve trabalhar em conjunto, evitando dividir-se.

    Quando se revistem reas interiores isoladas ou bolsas, um dos bombeiros deve permanecerem local fixo, enquanto os outros procedem busca. O elemento fixo vai mantendo a ligaoatravs do dialogo com os outros bombeiros. De vez em quando a equipa deve imobilizar-se,chamar pela vtima e manter-se quieta por uns momentos, de modo a procurar ouvir sons ouchamadas por parte da vtima.

    Logo que a vtima seja localizada deve serexaminada para se determinarem as condies emque se encontra, tarefa que ser facilitada se a vtima estiver consciente e puder descrever os seussintomas. Se, por insuficincia de oxignio ou pela presena de gases ou vapores txicos, a vtimaestiver inconsciente deve, de imediato, receber ar respirvel ou ser removida para o exterior.

    Uma vtima presa num espao confinado pode sofrer de desidratao, choque ou efeitos deexposio prolongada ao calor ou ao frio, para alm de traumatismos de diversa ordem, peloque, as suas condies devem ser estabilizadas antes do salvamento.

    4 Salvamento de vtimas

    4. 1. Incndios urbanos e industriais

    Embora as escadas que equipam os corpos de bombeiros sejam usadas para remover osocupantes quando se localizam acima do piso trreo, a evacuao deve ser feita, sempre quepossvel, pelas escadas do edifcio. Esta uma das razes pela qual, no combate a incndiosurbanos e industriais, se torna essencial evitar que as caixas de escadas sejam tomadas pelo fogo,fumo e gases de combusto. As vantagens no salvamento de vtimas pelas caixas de escada so:

    Permitir a remoo ou a evacuao simultnea de um maior numero de ocupantes, nomenor espao de tempo;

    Evitar o receio dos ocupantes ao passar, a uma certa altura, para as escadas dosbombeiros;

    Evitar as manobras mais complexas no salvamento de ocupantes idosos ou deficientes; No expor as vtimas queda de objectos provenientes e pisos superiores; Facilitar o transporte de vtimas inconscientes, permitindo que os bombeiros parem

    para descansar ou troquem de lugar; Diminuir a possibilidade de quedas.

    Como atrs referido, independentemente de um incndio poder parecer, partida, de reduzidaspropores, os bombeiros devem, sempre, proceder busca no interior do edifcio, pois mesmoa confirmar-se aquela previso, podero existir ocupantes impossibilitados de escapar pelos seusprprios meios.

    Quando as vtimas, com menor ou maior dificuldade, so capazes de se movimentar por siprprias, os bombeiros devem procurarencaminh-las para o exterior do edifcio, ficando destemodo, com a tarefa simplificada (Fig. 17). Caso contrrio, podero ser necessrios um ou maisbombeiros para remover cada uma das vtimas, o que depende da disponibilidade de pessoal edas condies em que aquela se encontra.

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    Fig. 17 Em muitos casos os ocupantes, apenas necessitam, ser encaminhados

    As vtimas no devem ser removidas do local onde se encontrem sem que lhes seja prestadaa assistncia necessria estabilizao das sus condies, excepto se existir uma situao derisco eminente, quer para a vtima, quer para os bombeiros que procedem ao salvamento. Osalvamento urgente de vtimas deve efectuar-se quando:

    O incndio atingiu ou est prestes a atingir as reas que circundam o local; Existirem explosivos ou outras matrias perigosas; No for possvel proteger o local onde as vtimas se encontram; A vitima esteja a impedir o acesso a outras vtimas que necessitem, com urgncia, de

    assistncia com manobras de suporte bsico de vida(SBV); Por estar em paragem cardaca, a vtima tenha de ser transportada para outro local,

    como, por exemplo, uma superfcie rgida adequada reanimao crdio-pulmonar.

    O maior perigo na manobra de salvamento urgente consiste na possibilidade de agravareventuais danos da vtima. Contudo, em situaes extremas deve correr-se aquele risco, demodo a preservar a vida da vtima.

    Sempre que necessrio fazer um salvamento urgente, a vtima deve ser arrastada nadireco do comprimento do seu corpo e no para qualquer dos lados (Fig. 18). Se estivercada no pavimento, o bombeiro dever puxar pela roupa na zona do pescoo ou dos ombros, demodo a arrastar a vtima. Outra forma de o fazer ser arrastar a vtima para cima de um cobertor e,depois, puxar pelo cobertor.

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    Fig. 18 Um mtodo para o salvamento urgente da vtima

    Todavia, quando se trata de uma vtima adulta, sempre conveniente disponibilizar dois oumais bombeiros para a manobra. Um bombeiro pode remover, com segurana, uma criana, maspodem ser necessrios dois, trs ou, at quatro, para levantar e transportar um adulto. Por outrolado, se a vtima estiver inconsciente torna-se mais difcil de levantar e transportar, dado que no

    facilita a aco dos bombeiros que procedem ao salvamento tornando-se um peso morto.Levantar e transportar correctamente uma vtima no uma tarefa fcil para os bombeiros semexperincia, dado poder existir descoordenao nos seus esforos. Assim torna-se necessrio quetrabalhem sob uma cuidada superviso, para se evitar um eventual agravamento da estado dasvtimas. Ao procederem ao levantamento, devem precaver-se contra as perdas de equilbrio, peloque as manobras de levantamento devem ser efectuadas em equipa, com tcnicas apropriadas,a fim de se evitar que a vitima seja desnecessariamente sacudida.

    Se no for possvel imobilizar um membro fracturado, antes de um transporte a curta distncia,um dos bombeiros deve suportar o peso da parte lesada, enquanto os outros movimentam avtima.

    Quando necessrio remover um bombeiro sem sentidos, a equipa de salvamento deve,obviamente, utilizar todos os meios possveis. Em muitos casos, a necessidade de abandonar o

    local de risco sobrepe-se tarefa de estabilizao da vtima. Se o bombeiro vitimado tem oaparelho respiratrio a funcionar, a movimentao deve fazer-se sem que seja retirada a peafacial.

    No caso de se ter esgotado a reserva necessrio desligar do aparelho respiratrio tubo queliga pea facial (mscara) da vtima e voltar a ligar tomada rpida de emergncia, se existirno aparelho respiratrio de um dos membros da equipa de salvamento. Como alternativa, removerurgentemente a vtima do ambiente em que se encontra (Fig. 19).

    Fig. 19 O bombeiro acidentado deve ser rapidamente removido para o exterior.

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    Porm, em caso algum devem os bombeiros da equipa de salvamento retirar a sua prpriamscara com o intuito de a partilhar com a vtima.

    4. 2. Espaos confinados

    Aps a estabilizao e libertao de eventuais obstrues, a vtima deve ser devidamentepreparada para ser removida do local onde se encontra, utilizando-se, em muitos casos, macas

    apropriadas s dimenses e configurao do espao confinado, como, por exemplo, as feitas deplstico que, em conjunto com os equipamentos de imobilizao da coluna, combinam anecessria rigidez com flexibilidade (Fig. 20).

    O salvamento para fora do espao confinado pode ser efectuada pela equipa de busca esalvamento ou com o auxlio de meios mecnicos, operados pelos bombeiros que se encontram noexterior.

    Fig. 20 Remoo da vtima com maca apropriada.

    4. 3. Manobras de levantamento e transporte

    4. 3. 1. Nos braos

    Este tipo de levantamento e transporte eficaz quando utilizado para remover crianas ouadultos de pequena compleio fsica, desde que conscientes. No pratico para o transporte deadultos inconscientes devido ao peso morto do corpo. A manobra de levantamento e transportenos braos executada por um bombeiro, de acordo com as figuras 21 e 22.

    Fig. 21 1 tempo: Colocar um brao sob os braos da vtima cruzando as costas;2 tempo: Colocar o outro brao sob os joelhos da vtima.

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    4. 3. 2. Na posio de sentado

    Este levantamento e transporte, que executado por dos bombeiros, pode ser utilizado quer avtima esteja consciente ou inconsciente, de acordo com as figuras 23 a 25.

    Fig. 23 1 tempo: Colocar a vtima em posio sentada;2 tempo: Cruzar e unir os braos nas costas da vtimas.

    Fig. 223 tempo: Conservar o tronco emposio vertical enquanto prepara olevantamento;4 tempo: Levantar a vtima at, sensivelmente ameio do peito;5 tempo: Transportar a vtima at um lugarseguro

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    Fig. 24 3 tempo: Colocar as mos sob os joelhos da vtima de modo a formar um assento.

    4. 3. 3. Pelas extremidades

    O levantamento e transporte pelas extremidades pode ser, igualmente, utilizado com as vtimasconscientes ou inconscientes. uma tcnica que requer dois bombeiros e cujos procedimentosso descritos nas figuras 26 a 31.

    Fig. 254 tempo: Preparar;5 tempo: Levantar a vtima fazendo fora naspernas;6 tempo: Transportar a vtima at um lugarseguro

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    Fig. 261 tempo: Colocar a vtima deitada de costas com as pernas afastadas;

    2 tempo: Ajoelhar junto cabea da vtima( bombeiro n. 1)3 tempo: Colocar-se de p entre os joelhos da vtima(bombeiro n. 2)

    Fig. 274 tempo: Apoiar a cabea e o pescoo da vtima numa das mos e colocar a outrasob os ombros da vtima(bombeiro n. 1);

    5 tempo: Agarrar os pulsos da vtima(bombeiro n. 2).

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    Fig. 286 tempo: Puxar a vtima para a posio de sentada (bombeiro n. 2);

    7 tempo: Empurrar cuidadosamente as costas da vtima (bombeiro n. 1).

    Fig. 29 8 tempo. Colocar os braos em redor do tronco da vtima (bombeiro n. 1), agarrandoo seu pulso esquerdo com a mo direita e o direito com a mo esquerda, previamente soltos pelobombeiro n. 2.

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    Fig. 30 9 tempo: Virar de costas para a vtima, colocar o joelho no cho e as mos sob osjoelhos da vtima (bombeiro n. 2)

    Fig. 31 10 tempo: Colocarem-se de p e transportar a vtima voz do bombeiro n. 1

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    4. 3. 4. Por cadeira

    Nesta manobra, destinada quer a vtimas conscientes, quer a vtimas inconscientes, deveutilizar-se uma cadeira resistente que no seja de abrir e fechar. Esta tcnica pode subdividir-seem duas, cujos procedimentos so os descritos nas figuras 32 a 34.

    Fig. 32 1 tempo: Colocar a vtima deitada de costas.

    Fig. 33 2 tempo: Levantar os joelhos da vtima at que estejam, em conjunto com as ndegase as costas, a uma altura que permita deslizar a cadeira sob o seu corpo (bombeiro n. 1);

    3 tempo: Colocar a cadeira sob a vtima (bombeiro n. 2)4 tempo: Iar a vtima e a cadeira a um ngulo de 45 graus.

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    Fig. 34 5 tempo: Transportar a vitima, segurando pelos ps e pelas costas da cadeira

    Em Alternativa. O levantamento e transporte por cadeira pode efectuar-se da seguinte forma(Fig. 35 a 39):

    Fig. 35 1 tempo: Colocar a vitima na posio de sentada (bombeiro n. 1);

    2 tempo: Passar os braos sob os braos da vitima e agarrar firmemente pelos pulsos.

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    Fig. 36 3 tempo: Colocar a cadeira ao lado da vitima (bombeiro n. 2);

    4 tempo: Agarrar as pernas da vitima por detrs dos joelhos (bombeiro n. 2).

    Fig. 37 5 tempo: Levantar cuidadosamente a vitima e coloc-la sobre a cadeira.

    Fig. 38 6 tempo: Iar a vitima e a cadeira a um ngulo de 45 graus

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    Fig. 41 3 tempo: Segurar a cabea e o pescoo da vitima;

    4 tempo: Levantar o tronco da vitima at posio de sentada.

    Fig. 42 5 tempo: Passar os braos sob os da vitima;6 tempo: Segurar firmemente os pulsos da vitima.

    Fig. 43 7 tempo: Levantar e transportar.

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    4. 3. 6. Por cobertor ou similar

    Esta tcnica executada por um bombeiro com o auxilio de um cobertor, lenol ou tapete. Osprocedimentos a seguir so apresentados nas figuras 44 a 49.

    Fig. 44 1 tempo: Estender um cobertor ao lado da vitima de modo a que uma partefique alm da sua cabea.

    Fig. 45 2 tempo: Ajoelhar junto vitima no lado contrrio ao do cobertor;3 tempo: Colocar o brao da vitima para o lado da cabea.

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    Fig. 46 4 tempo: Rolar a vitima para o lado do bombeiro.

    Fig. 47 5 tempo: Puxar o cobertor juntando-o com cuidado nas costas da vitima.

    Fig. 48 6 tempo: Deixar a vitima rolar com cuidado para o lado do cobertor;7 tempo: Endireitar o cobertor em ambos os lados;8 tempo: Enrolar o cobertor volta da vitima;9 tempo: Prender o cobertor aos ps da vitima.

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    Fig. 49 10 tempo: Puxar a ponta do cobertor junto cabea da vitima;11 tempo: Transportar a vitima para um local seguro.

    5 Regras de segurana

    5. 1. Procedimentos gerais de segurana

    Quando procedem busca e salvamento, os bombeiros devem ter, sempre, em considerao asua prpria segurana. Esta deve constituir a sua principal preocupao, pois trabalhar de formainsegura pode trazer srias consequncias, no s para os prprios, mas tambm para as vtimasque pretendem salvar. Para tal, necessrio que os bombeiros estejam adequadamentetreinados quanto s tcnicas, procedimentos e manobra das ferramentas utilizadas na busca esalvamento, de modo a executarem a misso no menor tempo possvel. Embora a rapidez sejanecessria, as operaes devem ser efectuadas de forma segura e consciente, de modo a levara bom termo a misso e evitar transformar os bombeiros em vtimas.

    Quando a operao executada em edifcios com vrios pisos e visibilidade limitada,particularmente nos de construo antiga, deve ser dada uma especial ateno s condies em

    que se encontram as estruturas afectadas pelo incndio, como coberturas e soalhos . medida que se deslocam, os bombeiros devem procurar sentir o piso sua frente, pelo toque

    das mos e das ferramentas que transportam, assegurando-se da sua continuidade eestabilidade (fig. 50). Este procedimento pretende evitar acidentes por queda nas caixas deelevadores, escadas e aberturas, eventualmente existentes nos pisos, provocadas ou no peloincndio.

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    Fig. 50 Verificao do estado do pavimento.

    Outro importante procedimento de segurana prende-se com o cuidado que deve existir naabertura de portas. Assim, os bombeiros devem tactear a parte superior da porta e a fechadura,de modo a determinarem o grau de aquecimento (Fig. 51). Se for elevado, a porta no deve seraberta at existir junto dela uma linha de mangueiras com a agulheta pronta a trabalhar.

    Fig. 51 Verificao do estado de aquecimento da porta.

    Os bombeiros colocam-se lateralmente, mantm-se agachados e abrem a porta o maisvagarosamente possvel. Se houver fogo por detrs da porta, a posio junto ao piso permite queo calor e os outros produtos da combusto passem por cima dos bombeiros sem os afectar.

    Se uma porta no abrir os bombeiros no devem for-la a pontap, dado que pode existir umavtima inconsciente cada do outro lado (fig. 52). A abertura a pontap pode prejudicar ainda maisa vtima, alm de no ser a forma mais segura e profissional de lidar com a situao. Pelocontrrio, a porta deve ser empurrada com o mximo cuidado, revistando-se, posteriormente, area que fica por detrs, no intuito de encontrar a eventual vtima.

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    Fig. 52 A porta pode esconder uma vtima inconsciente.

    Um dos acidentes que mais vulgarmente afectam os bombeiros prende-se com olevantamento de cargas, neste caso particular, de vtimas. A fim de o evitar, o tronco deve sermantido na vertical e a fora aplicada com as pernas e no com as costas (fig.53).

    Fig. 53 O tronco na vertical evita acidentes.

    5. 2. Procedimentos quando desorientado

    Mesmo com a melhor organizao do teatro de operaes, pode acontecer que um bombeiroou uma equipe de bombeiros fique desorientado ou cercado dentro de um edifcio onde ocorreum incndio devido, por exemplo, a colapsos da cobertura e outras estruturas ou ao fechoinesperado de portas atrs da equipa de bombeiros.

    No primeiro caso, importante que os bombeiros mantenham a calma, pois, a excitaoreduz a capacidade de pensar e reagir com a necessria rapidez. Por outro lado, leva a um

    consumo exagerado de ar do aparelho respiratrio. Quando os bombeiros se encontram nestasituao, devem proceder da seguinte forma:

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    Procurar retroceder at ao local onde se encontravam no inicio; No sendo possvel, procurar uma qualquer sada do edifcio ou, pelo menos, da rea

    em risco de ser atingida pelo incndio; Simultaneamente, em voz alta, pedir auxilio tentando chamar a ateno de outros

    bombeiros que estejam na rea; No encontrando um caminho de fuga, procurar um lugar relativamente seguro e activar

    o alarme pessoal de segurana (APS), caso possua um destes equipamentos;

    Se encontrarem uma janela, cavalgar no parapeito, fazer sinais a pedir auxlio, activar oAPS, usar o foco da lanterna, agitar os braos ou atirar objectos para a rua. Contudo,em nenhuma circunstncia os bombeiros devem lanar o capacete ou outras peas doequipamento de proteco individual.

    Quando os bombeiros ficam presos por um colapso da estrutura do edifcio ou sofrem qualquertipo de leso que os impeam de se deslocarem, os procedimentos possveis so os seguintes:

    Activar, de imediato, o alarme pessoal de segurana; Manter a serenidade, de modo a poupar ao mximo o ar do aparelho respiratrio .

    Quando os bombeiros desorientados ou cercados possuem um radio porttil devem procurar

    contactar, o mais rpido possvel, com os outros emissores-receptores, descrevendo a sualocalizao to fielmente quanto forem capazes, de modo a diminuir a rea a percorrerpor outraequipa de salvamento.

    Em qualquer dos casos, quando no for possvel encontrar um caminho de fuga os bombeirosdevem permanecer junto a uma parede, dado que, de acordo com os procedimentos normais, aequipa de salvamento tende, em primeiro lugar, a circular junto periferia do compartimento.

    Por outro lado, ao ficarem exaustos ou perto de ficarem inconscientes, devem deitar-se nopavimento junto a uma parede exterior, de um corredor ou de uma porta, aumentando, destemodo, a possibilidade de serem encontrados com maior rapidez. Em complemento poderoapontar o foco da lanterna para o tecto do compartimento.

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    Glossrio

    Aparelho respiratrio aparelho destinado proteco respiratria do utilizador quando operaem atmosfera com fumo, gases nocivos ou com baixo teor de oxignio.

    Busca primria manobra, executada antes ou durante as operaes de extino, que visaencontrar eventuais vtimas junto ao foco de incndio e em todas as reas expostas.

    Busca secundria manobra, executada aps o domino do incndio, com o objectivo de detectarvtimas que no tenham sido encontradas na busca primria.

    Choque estado de hipoperfuso (insuficincia de lquidos circulantes, nomeadamente sangue eou plasma) dos tecidos , que pode levar a leses celulares desde ligeiras a morte cerebral

    Claustrofobia perturbao da ansiedade desencadeada pela presena ou pela necessidade deestar ou passar por um espao fechado

    Comandante das operaes de socorro responsvel dos bombeiros por uma operao desocorro e assistncia

    Desidratao estado caracterizado por carncia de lquidos e sais minerais no organismo

    Entrada forada conjunto de manobras necessrias remoo de barreiras que impedem osbombeiros de penetrar ou sair de um dado espao

    Espao confinado espao no adequado ocupao humana permanente com meios de acessolimitados ou restritos, mas com dimenses e configurao que permite entrar e executartrabalhos no seu interior

    Exploso de fumos exploso de monxido de carbono aquecido resultante do fornecimentorepentino de oxignio ao espao confinado onde se verifica o incndio

    Fase de asfixia fase de evoluo da combusto num espao fechado onde no existe renovaode ar e caracterizada pelo decaimento das chamas, baixo teor de oxignio, temperatura muitoelevada e grande quantidade de gases da combusto, nomeadamente monxido de carbono

    Incndio dominado incndio que atingiu uma fase em que as chamas j no afectam oscombustveis vizinhos nos mecanismos de transmisso de calor (no h propagao, noexistem grandes chamas)

    Incndio urbano e industrial fogo sem controlo no espao e no tempo, que tenha lugar em

    qualquer tipo de edificaes ou em instalaes industriais

    Montagem de acessos manobras de escadas destinadas a permitir o acesso alternativo aedifcios

    Procedimento operacional conjunto de directivas de carcter organizativo que estabelecem asformas de actuao nos acidentes de modo a aumentar a eficcia das aces desenvolvidaspelos bombeiros

    Propagao desenvolvimento do incndio no espao, atravs dos mecanismos de transmissode energia

    Reconhecimento avaliao dos problemas e das condies concretas que serve de base aoplano de aco, com vista ao desenvolvimento das operaes de socorro

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    Rescaldo fase das operaes de combate a um incndio destinada a assegurar que se eliminoutoda a combusto na rea ardida ou que, pelo menos, o material ainda em combusto, estdevidamente isolado e circunscrito de forma a no constituir perigo

    Stress toda a sensao que coloca o organismo em estado de alerta, que o trona mais vigilante,de msculos tensos, acelerando a respirao e a circulao

    Suporte bsico de vida nvel de emergncia mdica que procede avaliao inicial, manutenoda via area, ventilao e compresso externa do trax da vtima.

    Teatro de operaes rea onde se desenvolvem as operaes de socorro

    Traumatismo leso no corpo humano causada por receber subitamente energia do movimento,de calor ou elctrica

    Ventilao tctica manobra de apoio ao ataque a um incndio, que consiste na remoosistemtica de ar quente, fumo e gases do interior de uma edificao, substituindo-os por arfresco ou no contaminado


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