CADERNO 4

ADMINISTRAÇÃO, ARQUITETURA E URBANISMO.

PROVAS: L ÍNGUA PORTUGUESA E L ITERATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA, PRODUÇÃO DE TEXTO, MATEM ÁTICA, HISTÓRIA e LÍNGUA ESTRANGEIRA.

1. ESTE CADERNO DE PROVAS CONTÉM 40 (QUARENTA) QUESTÕE S DE MÚLTIPLA ESCOLHA, UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO E 20 PÁGINAS NUMERADAS.

2. COM RELAÇÃO À PROVA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA, RESOLVA AS QUESTÕES REFERENTES À LÍNGUA DE SUA OPÇÃO.

3. NÃO PERCA TEMPO EM QUESTÕES CUJA RESPOSTA LHE PAREÇ A DIFÍCIL. VOLTE A ELAS SE LHE SOBRAR TEMPO.

4. A PROVA TERÁ 04 (QUATRO) HORAS DE DURAÇÃO, INCLUIND O O TEMPO DESTINADO À TRANSCRIÇÃO DE SUAS RESPOSTAS.

5. ESTE CADERNO DEVERÁ SER DEVOLVIDO AO FISCAL, JUNTAM ENTE COM A FOLHA DE RESPOSTA DO COMPUTADOR.

6. VOCÊ PODE TRANSCREVER SUAS RESPOSTAS NA ÚLTIMA FOLH A DESTE CADERNO E A MESMA PODERÁ SER DESTACADA .

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Prezado(a) candidato(a): Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta.

Nº de Inscrição Nome

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA EM LÍNGUA P ORTUGUESA

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 7 referem-se ao texto a seguir. Leia-o antes de responder a elas.

Presépio

Carlos Drummond de Andrade

1º Dasdores (assim se chamavam as moças daquele tempo) sentia-se dividida entre a missa do galo e o presépio. Se fosse à igreja, o presépio não ficaria armado antes de meia-noite, e, se se dedicasse ao segundo, não veria o namorado. 2º É difícil ver namorado na rua, pois moça não deve sair de casa, salvo para rezar ou visitar parentes. Festas são raras. O cinema ainda não foi inventado, ou, se o foi, não chegou a esta nossa cidade, que é antes uma fazenda crescida. Cabras passeiam nas ruas, um cincerro tilinta: é a tropa. E viúvas espiam de janelas, que se diriam jaulas. 3º Dasdores e suas numerosas obrigações: cuidar dos irmãos, velar pelos doces de calda, pelas conservas, manejar agulha e bilro, escrever as cartas de todos. Os pais exigem-lhe o máximo, não porque a casa seja pobre, mas porque o primeiro mandamento da educação feminina é: trabalharás dia e noite. Se não trabalhar sempre, se não ocupar todos os minutos, quem sabe de que será capaz a mulher? Quem pode vigiar sonhos de moça? Eles são confusos e perigosos. Portanto, é impedir que se formem. A total ocupação varre o espírito. Dasdores nunca tem tempo para nada. Seu nome, alegre à força de repetido, ressoa pela casa toda. “Dasdores, as dálias já foram regadas hoje?” “Você viu, Dasdores, quem deixou o diabo desse gato furtar a carne?” “Ah, Dasdores, meu bem, prega esse botão para sua mãezinha”. Dasdores multiplica-se, corre, delibera e providencia mil coisas. Mas é um engano supor que se deixou aprisionar por obrigações enfadonhas. Em seu coração ela voa para o sobrado da outra rua, em que, fumando ou alisando o cabelo com brilhantina, está Abelardo. 4º Das mil maneiras de amar, ó pais, a secreta é a mais ardilosa, e eis a que ocorre na espécie. Dasdores sente-se livre em meio às tarefas, e até mesmo extrai delas algum prazer. (Dir-se-ia que as mulheres foram feitas para o trabalho... Alguma coisa mais do que resignação sustenta as donas de casa.) Dasdores sabe combinar o movimento dos braços com a atividade interior – é uma conspiradora – e sempre acha folga para pensar em Abelardo. Esta véspera de Natal, porém, veio encontrá-la completamente desprevenida. O presépio está por armar, a noite caminha, lenta como costuma fazê-lo no interior, mas Dasdores é íntima do relógio grande da sala de jantar, que não perdoa, e mesmo no mais calmo povoado o tempo dá um salto repentino, desafia o incauto: “Agarra-me!” Sucede que ninguém mais, salvo esta moça, pode dispor o presépio, arte comunicada por uma tia já morta. E só Dasdores conhece o lugar de cada peça, determinado há quase dois mil anos, porque cada bicho, cada musgo tem seu papel no nascimento do Menino, e ai do presépio que cede a novidades. 5º As caixas estão depositadas no chão ou sobre a mesa, e desembrulhá-las é a primeira satisfação entre as que estão infusas na prática ritual da armação do presépio. Todos os irmãos querem colaborar, mas antes atrapalham, e Dasdores prefere ver-se morta a ceder-lhes a responsabilidade plena da direção. Jamais lhes será dado tocar, por exemplo, no Menino Jesus, na Virgem e em São José. Nos pastores, sim, e nas grutas subsidiárias. O melhor seria que não amolassem, e Dasdores passaria o dia inteiro compondo sozinha a paisagem de água e pedras, relva, cães e pinheiros, que há de circundar a manjedoura. Nem todos os animais estão perfeitos; este carneirinho tem uma perna quebrada, que se poderia consertar, mas parece a Dasdores que, assim mutilado e dolorido, o Menino deve querer-lhe mais. Os camelos, bastante miúdos, não guardam proporção com os cameleiros que os tangem; mas são presente da tia morta, e participam da natureza dos animais domésticos, a qual por sua vez participa obscuramente da natureza da família. Através de um sentimento nebuloso, afigura-se-lhe que tudo é uma coisa só, e não há limites para o humano. Dasdores passa os dedos, com ternura, pelos camelinhos; sente neles a macieza da mão de Abelardo.

3 6º Alguém bate palmas na escada; ô de casa! amigas que vêm combinar a hora de ir para a igreja. Entram e acham o presépio desarranjado, na sala em desordem. Esta visita come mais tempo, matéria preciosa (“Agarra-me! Agarra-me!”). Quando alguém dispõe apenas de uns poucos minutos para fazer algo de muito importante e que exige não somente largo espaço de tempo mas também uma calma dominadora – algo de muito importante e que não pode absolutamente ser adiado – se esse alguém é nervoso, sua vontade se concentra, numa excitação aguda, e o trabalho começa a surgir, perfeito, de circunstâncias adversas. Dasdores não pertence a essa raça torturada e criadora; figura no ramo também delicado, mas impotente, dos fantasistas. Vão-se as amigas, para voltar duas horas depois, e Dasdores, interrogando o relógio, nele vê apenas o rosto de Abelardo, como também percebe esse rosto de bigode, e a cabeleira lustrosa, e os olhos acesos, dissimulados nas ramagens do papel da parede, e um pouco por toda parte. 7º A mão continua tocando maquinalmente nas figuras do presépio dispondo-as onde convém. Nada fará com que erre; do passado a tia repete sua lição profunda. Entretanto, o prazer de distribuir as figuras, de fixar a estrela, de espalhar no lago de vidro os patinhos de celuloide, está alterado, ou subtrai-se. Dasdores não o saboreia por inteiro. Ou nele se insinuou o prazer da missa? Ou o medo de que o primeiro, prolongando-se, viesse a impedir o segundo? Ou um sentimento de culpa, ao misturar o sagrado ao profano, dando, talvez! preferência a este último, pois no fundo da caminha de palha suas mãos acariciavam o Menino, mas o que a pele queria sentir – sentia, Deus me perdoe – era um calor humano, já sabeis de quem. 8º Aqui desejaria, porque o mundo é cruel e as histórias também costumam sê-lo, acelerar o ritmo da narrativa, prover Dasdores com os muitos braços de que ela carece para cumprir com sua obrigação, vestir-se violentamente, sair com as amigas – depressa, depressa! –, ir correndo ladeira acima, encontrar a igreja vazia, o adro já quase deserto, e nenhum Abelardo. Mas seria preciso atribuir-lhe, não braços e pernas suplementares, e sim outra natureza, diferente da que lhe coube, e é pura placidez. Correi, sôfregos, correi ladeira acima, e chegai sempre ou muito tarde ou muito cedo, mas continuai a correr, a matar-vos, sem perspectiva de paz ou conciliação. Não assim os serenos, aqueles que, mesmo sensuais, se policiam. O dono desta noite, depois do Menino, é o relógio, e este vai mastigando seus minutos, seus cinco minutos, seus quinze minutos. Se nos esquecermos dele, talvez pule meia hora, como um prestidigitador furta um ovo, mas, se nos pusermos a contemplá-lo, os números gelam, o ponteiro imobiliza-se, a vida parou rigorosamente. Saber que a vida parou seria reconfortante para Dasdores, que assim lograria folga para localizar condignamente os três reis na estrada, levantar os muros de Belém. Começa a fazê-lo, e o tempo dispara de novo. “Agarra-me! Agarra-me!” Nas cabeças que espiam pela porta entreaberta, no estouvamento dos irmãos, que querem se debruçar sobre o caminho de areia antes que essa esteja espalhada, na muda interrogação da mãe, no sentimento de que a vida é variada demais para caber em instantes tão curtos, no calor que começa a fazer apesar das janelas escancaradas – há uma previsão de malogro iminente. Pronto, este ano não haverá Natal. Nem namorado. E a noite se fundirá num largo pranto sobre o travesseiro. 9º Mas Dasdores continua, calma e preocupada, cismarenta e repartida, juntando na imaginação os dois deuses, colocando os pastores na posição devida e peculiar à adoração, decifrando os olhos de Abelardo, as mãos de Abelardo, o mistério prestigioso do ser de Abelardo, a auréola que os caminhantes descobriram em torno dos cabelos macios de Abelardo, a pele morena de Jesus, e aquele cigarro – quem botou! – ardendo na areia do presépio, e que Abelardo fumava na outra rua.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos de aprendiz. 14. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976, p. 41-46.

QUESTÃO 1

Sobre o conto, assinale a afirmativa INCORRETA. a) No conto tematizam-se convenções socialmente impostas à mulher. b) A mistura entre o sagrado e o profano evidenciada no último parágrafo do conto se explica pela força do

desejo que as normas familiares tentam impedir. c) O narrador constrói um clima de suspense em relação aos acontecimentos narrados. d) A personagem principal do conto apresenta-se como uma conspiradora, alguém que prepara em silêncio uma

ação contra a família.

QUESTÃO 2

Em todos os trechos a seguir, retirados do conto, evidencia-se a voz do narrador, EXCETO em: a) [...] assim se chamavam as moças daquele tempo [...] (1º §) b) Dir-se-ia que as mulheres foram feitas para o trabalho... (4º §) c) Deus me perdoe – era um calor humano, já sabeis de quem. (7º §) d) Agarra-me! Agarra-me! – (6º §)

4 QUESTÃO 3

No conto, o dilema da personagem se desenha, de fato, entre: a) a família e as obrigações. b) o amor e as obrigações. c) a missa e presépio. d) o namorado e as convenções sociais.

QUESTÃO 4

Em todas as alternativas, o narrador deixa emergir uma outra voz, EXCETO em: a) Dasdores, as dálias já foram regadas hoje? (3º §) b) [...] ô de casa! (6º §) c) Pronto, este ano não haverá Natal. (8º §) d) Ah, Dasdores, meu bem, prega esse botão para sua mãezinha. (3º §)

QUESTÃO 5

No trecho E viúvas espiam de janelas, que se diriam jaulas: a) revela-se pista da condição social de opressão das mulheres. b) usa-se uma comparação entre as janelas e as prisões das cidades interioranas. c) faz-se uma equiparação entre as viúvas e os animais selvagens. d) sugere-se uma crítica às viúvas de antigamente.

QUESTÃO 6

Assinale a alternativa que faz paráfrase adequada do seguinte trecho do conto: [...] há uma previsão de malogro iminente. a) Prevê-se que alguma coisa importante vai acontecer. b) Prevê-se que algo ruim está próximo. c) Prevê-se que algum engano será cometido. d) Prevê-se que a mentira será descoberta.

QUESTÃO 7

Nos trechos a seguir, todos os segmentos sublinhados exercem o mesmo papel sintático-semântico, EXCETO em: a) Se fosse à igreja, o presépio não ficaria armado antes de meia-noite [...] b) [...] se se dedicasse ao segundo, não veria o namorado. c) [...] se o foi, não chegou a esta nossa cidade [...] d) Não assim os serenos, aqueles que, mesmo sensuais, se policiam [...]

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INSTRUÇÃO: As questões 8 e 9 devem ser respondidas com base na leitura dos textos abaixo.

TEXTO 1 Senhorinha Moça de fazenda antiga, prenda minha Gosta de passear de chapéu, sombrinha Como quem fugiu de uma modinha Sinhazinha No balanço da cadeira de palhinha Gosta de trançar seu retrós de linha Como quem parece que adivinha (amor) Será que ela quer casar? Será que eu vou casar com ela? Será que vai ser numa capela De casa de andorinha? Princesinha Moça dos contos de amor da carochinha Gosta de brincar de fada-madrinha Como quem quer ser minha rainha Sinhá mocinha Com seu brinco e seu colar de água-marinha Gosta de me olhar da casa vizinha Como quem me quer na camarinha (amor) Será que eu vou subir no altar? Será que irei nos braços dela? Será que vai ser essa donzela A musa desse trovador? Ó prenda minha Ó meu amor Se torne a minha senhorinha

(GUINGA; PINHEIRO, Paulo César. “Senhorinha”. In: Noturno Copacabana . Faixa 8; Velas, 2003.)

TEXTO 2 “O trovador, obediente a estritas normas de cortesia – o ‘amor cortês’ –, rendia vassalagem à dama (o ‘serviço amoroso’), prometendo servi-la e respeitá-la fielmente, ser discreto embora ciumento, empalidecer na sua presença, perturbar-se interiormente, ser temeroso de não ser correspondido, nada recusar à dama eleita.” (MOISÉS, Massaud. “Trovadorismo”. Dicionário de termos literários . São Paulo: Cultrix, 2004, p. 455.)

QUESTÃO 8

Escrita por compositores brasileiros contemporâneos, a letra da canção faz referência direta às cantigas de amor mencionadas no Texto 2 . Dentre os fatores que contribuem para essa intertextualidade com a literatura medieval, destaca-se: a) o sentimento de incerteza do eu lírico, expresso pelas interrogações do texto. b) a idealização da mulher amada, sintetizada na figura da “senhora”. c) o eu lírico feminino, recurso característico da literatura da Idade Média. d) o sofrimento amoroso decorrente da impossibilidade de união com a dama.

6 QUESTÃO 9

Na letra da canção, a constante utilização de formas no diminutivo indica: a) infantilidade. b) pequeneza. c) afetividade. d) indiferença.

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda às questões 10 e 11.

“Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria e ousadia da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.”

(ASSIS, Machado. Quincas Borba . Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1952, p. 39.)

QUESTÃO 10

Assinale a expressão popular que melhor sintetiza o argumento utilizado no texto: a) “Quando um não quer, dois não brigam.” b) "Na guerra e no amor tudo é permitido.” c) “Quem tudo quer nada tem.” d) “Só os mais fortes sobrevivem.”

QUESTÃO 11

No trecho citado, encontra-se em evidência uma das mais marcantes características da escrita de Machado de Assis, que é a) a crítica política. b) o conservadorismo. c) a ironia. d) o pensamento filosófico.

7 QUESTÃO 12

Nesse poema, representativo da poesia visual portuguesa feita no século XX, a disposição gráfica do texto tem por objetivo: a) estabelecer uma relação de semelhança entre a palavra e o objeto representado. b) evidenciar as afinidades da poesia com as artes visuais, como a pintura e a fotografia. c) questionar as tradições poéticas então vigentes, abolindo o uso tradicional do verso. d) proporcionar novas possibilidades de leitura, a partir da combinação aleatória de letras.

INSTRUÇÃO: As questões 13 e 14 devem ser respondidas com base na leitura do soneto abaixo, do poeta português Cesário Verde.

“Heroísmos” Eu temo muito o mar, o mar enorme, Solene, enraivecido, turbulento, Erguido em vagalhões, rugindo ao vento; O mar sublime, o mar que nunca dorme. Eu temo o largo mar, rebelde, informe, De vítimas famélico, sedento, E creio ouvir em cada seu lamento Os ruídos dum túmulo disforme. Contudo, num barquinho transparente, No seu dorso feroz vou blasonar, Tufada a vela e n'água quase assente, E ouvindo muito ao perto o seu bramar, Eu rindo, sem cuidados, simplesmente, Escarro, com desdém, no grande mar!

(In: SERRÃO, Joel [Org.]. Cesário Verde : obra completa. Lisboa: Livros Horizonte, 1992. p. 58.)

(CASTRO, E. M. de Melo e. “Pêndulo”. Disponível em: <http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/e_m_de_melo_castro.html>. Acesso: 15 fev. 2014.)

8 Glossário famélico: faminto. blasonar: expressar-se de modo falso e/ou exagerado. tufada: estufada. assente: firmado. bramar: gritar, produzir grande ruído.

QUESTÃO 13

Considerando-se a importância do mar no contexto histórico de Portugal, no poema de Cesário Verde, a atitude do eu lírico demonstra uma intenção de a) exaltar e celebrar os grandes feitos do passado da nação lusitana. b) questionar os atos heroicos dos primeiros conquistadores portugueses. c) satirizar e desprezar o mar enquanto símbolo do heroísmo nacional. d) manifestar temor e respeito pela imensidão dos oceanos.

QUESTÃO 14

Nos versos “Eu temo o largo mar, rebelde, informe, / De vítimas famélico, sedento”, a figura de linguagem utilizada é: a) a metáfora b) a personificação c) a antítese d) o paradoxo

QUESTÃO 15

“Exortação” [Trecho] Ribeiro Couto e Manuel Bandeira, poetas do Brasil, do Brasil, nosso irmão, disseram: “ – É preciso criar a poesia brasileira, de versos quentes, fortes, como o Brasil, sem macaquear a literatura lusíada”.

Angola grita pela minha voz, Pedindo a seus filhos nova poesia!

[...] Angola, grande promessa do futuro, forte realidade do presente, inspira novos ideais encerra ricos motivos É preciso inventar a poesia de Angola! (GOMES, Maurício. In: MACÊDO, Tania; CHAVES, Rita. Literaturas de língua portuguesa : marcos e marcas. Angola, 2007, p. 61.)

No poema, a literatura brasileira é vista como uma referência para a literatura angolana. Segundo o texto, isso ocorre devido: a) à autonomia da poesia brasileira em relação à poesia de Portugal. b) à indicação de semelhanças culturais e históricas entre os dois países. c) ao caráter político da literatura de resistência produzida no Brasil. d) à capacidade de constante reinvenção dos poetas brasileiros.

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P R O D U Ç Ã O D E T E X T O

otivado(a) pela tirinha acima e por discussões desenvolvidas em sala de aula acerca da condição da mulher no mundo contemporâneo, você, assumindo a posição de aluno(a) do terceiro ano do ensino médio, deverá produzir um artigo de opinião, a circular no jornal de seu colégio, no qual se discutam as

condições para uma efetiva igualdade entre homens e mulheres na sociedade contemporânea, considerando os avanços e eventuais retrocessos das últimas décadas.

M

(Disponível em: <http://energiapaulistanica.blogspot.com.br/>. Acesso em: 15 mar. 2014.)

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R A S C U N H O D O T E X T O

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PROVA DE MATEMÁTICA

QUESTÃO 16

Sofia e Miguel planejaram viajar para o exterior e levar três mil e quinhentos dólares para as despesas. Em janeiro de 2013, quando o casal começou a reservar dinheiro para essa viagem, Sofia comprou dois mil dólares no banco; nessa ocasião, o dólar valia R$1,99; além de pagar pela compra de dólares, Sofia também pagou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que na época correspondia a 0,38% do valor pago pela compra. Miguel comprou os outros mil e quinhentos dólares em janeiro de 2014, quando o IOF correspondia a 6,38% do valor a ser pago pela compra e o dólar estava cotado a R$2,50. Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que o total gasto pelo casal, na compra de recursos para as despesas de viagem, foi igual a:

a) R$3.989,25 b) R$4.995,12 c) R$7.984,37 d) R$8.238,59

QUESTÃO 17

Doze candidatos distintos concorreram nas eleições de certo clube: 5 eram candidatos a presidente, sendo 3 homens e 2 mulheres, e 7 eram candidatos ao cargo de vice-presidente, sendo 3 homens e 4 mulheres. Apurados os votos, constatou-se que os eleitos (presidente e vice-presidente) eram de sexos opostos. O número de resultados possíveis dessa eleição é: a) 18

b) 21 c) 25 d) 32

QUESTÃO 18

Um município tem 150 postos de combustível. 80% desses postos comercializam gasolina; 85% dos postos que comercializam gasolina também comercializam álcool; apenas 50% dos postos que comercializam gasolina e álcool também comercializam diesel. O número de postos desse município que comercializam gasolina, álcool e diesel é: a) 48 b) 51 c) 64 d) 72

QUESTÃO 19

Uma fábrica produz de zero a oito aparelhos por dia. O custo de produção de x aparelhos é dado pela função

( )xxxC 3.400)( 2 += e o valor apurado com a venda é dado por ( )xxxV 5.400)( 2 += . Então, o lucro obtido com a venda de seis desses aparelhos, em reais, é: a) 2 400 b) 3 200 c) 4 000 d) 4 800

12 QUESTÃO 20

André ganhou um prêmio de R$1.500.000,00 na loteria e decidiu investir parte desse valor em caderneta de poupança, que rende 6,5% ao ano, e o restante em uma cesta de investimento, que rende 8,0% ao ano. Para garantir que, após um ano, tenha um rendimento total de R$90.000,00, a parte desse prêmio a ser aplicada na poupança deve ser igual a: a) R$150.000,00 b) R$175.000,00 c) R$200.000,00 d) R$225.000,00

QUESTÃO 21

Em cada quilograma de água do mar, estão dissolvidos, em média, 35g de sais. Baseando-se nessa

concentração de sais, é correto afirmar que a massa de água do mar, necessária para a obtenção de 1kg de sais, é aproximadamente igual a: a) 24 kg

b) 28 kg

c) 31kg

d) 35 kg

QUESTÃO 22

De acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, a cerimônia de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, realizada em julho de 2013, reuniu cerca de 3,2 milhões de pessoas na Praia de Copacabana. A área ocupada por essas pessoas equivale à área de n campos de futebol. Sabendo-se que um campo de futebol é um retângulo com dimensões de 105 metros por 68 metros, considerando-se que em uma concentração de grande porte como essa, um metro quadrado é ocupado, em média, por 4 pessoas e levando-se em conta os dados apresentados, pode-se afirmar, CORRETAMENTE, que o número inteiro positivo mais próximo de n é: a) 112 b) 124 c) 136 d) 148

QUESTÃO 23

O tempo, em minutos, gasto por um grupo de quatro atletas para cumprir uma prova de revezamento é dado pela

função 12

T(n) 2n

= + , em que n é o número inteiro de semanas dedicadas ao treinamento. Se essa equipe

deseja fazer uma prova em menos de 3 minutos, o número mínimo de semanas durante as quais deverá treinar é: a) 10 b) 11 c) 12 d) 13

13 QUESTÃO 24

Certa flora é contratada para cobrir toda a área do jardim apresentado na figura com dois tipos de grama. No círculo sombreado, inscrito no triângulo de vértices A, B e C, deve ser plantada grama do tipo I e, no restante do jardim, grama do tipo II. De acordo com as informações recebidas na encomenda do serviço, AB AC= , a altura

AH e o lado BC medem, respectivamente, 8m e 12m .

Sabendo-se que toda grama a ser utilizada pela flora é fornecida em placas quadradas que têm 1m de lado e com base nas informações dadas, pode-se estimar que o menor número de placas de grama do tipo I, necessário para a execução desse serviço, é: a) 27 b) 28 c) 29 d) 30

QUESTÃO 25

Certo silo, utilizado na armazenagem de grãos, é constituído por duas partes: um corpo cilíndrico e um funil cônico. Construído com chapas de metal, esse silo tem as seguintes especificações:

Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que a capacidade de armazenamento desse silo, em metros cúbicos, é igual a:

a) 36 π

b) 42 π

c) 48 π

d) 54 π

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PROVA DE HISTÓRIA

QUESTÃO 26

Sobre o sistema colonial adotado na América portuguesa, é CORRETO afirmar que: a) estabelecia uma organização que garantia o atendimento das demandas e dos interesses da metrópole. b) determinava a utilização da mão de obra escrava de origem africana como única possível para a atividade

agrícola. c) instituía a aplicação de recursos públicos na construção de engenhos para produção de açúcar. d) configurava uma unidade territorial e política baseada na representação do imperador por meio de vice-

reinados.

Para responder às questões 27 e 28, leia a adaptação de trechos da carta escrita por Francisco Varnhagen, naturalista e historiador do Brasil no século XIX, ao imperador D. Pedro II, em 14 de julho de 1857.

Senhor,

Chegou a hora de poder humildemente comparecer ante o Trono de Vossa Majestade Imperial com o segundo volume concluído da História Geral do Brasil , depois de haver trabalhado as vinte horas por dia, de forma que quase sinto que estes últimos seis anos da vida me correram tão largos como os trinta e tantos anteriores. [...] Não poderia aqui explicar uma a uma todas as razões que tive para dar certos toques, para empregar tais ou tais frases na História Geral . Assim na página 412 (do tomo II) há duas palavras que parecem desfavorecer, e sem embargo estão aí de intento e depois de muita reflexão. Era necessário começar por não me constituir adulador, para melhor encaminhar comigo o leitor a crer o que logo depois digo em tópicos mais melindrosos e essenciais à heroicidade. Creio que faço justiça ao Senhor D. Pedro I. Em geral busquei inspirações de patriotismo sem ser no ódio a portugueses, ou à estrangeira Europa, que nos beneficia com ilustração; tratei de pôr um dique a tanta declamação e servilismo à democracia; e procurei ir disciplinando produtivamente certas ideias soltas de nacionalidade; preguei quanto pude, a par da tolerância, a unidade religiosa, agora que é moda ser-se irreligioso e me diz a consciência que, tranquilo, baixará o meu corpo à terra, quando Deus me chame deste mundo. Em sua Mão tem Vossa Majestade Imperial o decidir da minha sorte, e de levantar-me o espírito, ou deixá-lo sucumbir. Porém, Senhor, seja qual for o ardor do espírito para as lides e trabalhos mentais, o coração e o braço hão de ser de Vossa Majestade; e esta boca, em quanto a ela assome o alento da vida, não deixará de pedir a Deus mil bênçãos sobre toda a Imperial Família, que respeita e ama profundamente.

Senhor,

De vossa Majestade Imperial,

O mais submisso e leal súdito

Francisco Adolfo de Varnhagen

(Fonte: LEMOS, Renato. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom texto, 2004, p. 58-63.)

QUESTÃO 27

Pela análise dos trechos da carta, assinale a intenção do autor ao escrever a História do Brasil. a) Valorizar o iluminismo europeu. b) Construir a identidade nacional. c) Criticar o imperador D. Pedro II. d) Fazer uma crônica do país.

15 QUESTÃO 28

Quando o autor escreve ao imperador que tratou “de pôr um dique a tanta declamação e servilismo à democracia”, é CORRETO afirmar que Francisco Varnhagen: a) valoriza a pátria brasileira em contraste à realidade vivenciada na Europa. b) afirma que construiu um pilar para valorizar a democracia no império. c) expõe ao imperador seu desejo pessoal por uma mudança política no país. d) toma como vazio o discurso revolucionário das repúblicas europeias.

QUESTÃO 29

Os grandes líderes dos movimentos de libertação nacional na América Latina tiveram sempre que enfrentar o dilema luta armada ou não violência. Países como Brasil, Chile, Argentina e Cuba tiveram enfrentamentos militares na condução e formação dos seus Estados, no século XX, no final da década de 50 até o final dos 80. É CORRETO afirmar sobre a América Latina desse período: a) Em comum a todos os países da América Latina estava a Igreja Católica como centralizadora das ações de

não violênica nos movimentos emancipatórios. b) O Brasil foi o único país que optou por uma pacificação não violenta por parte do Estado para conter os

movimentos antiguerrilheiros da década de 70/80. c) O grande motivador para os movimentos de esquerda para aderirem à luta armada nos anos 70 foi a crise

econômica mundial associada à manutenção do neocolonialismo. d) A guerrilha urbana e rural preponderou sobre os movimentos de resistência não violentos.

QUESTÃO 30

Nos 20 anos de ditadura militar do Brasil (1964-1984), quase todos os direitos constitucionais foram cassados ou suspensos, para garantir a manutenção do Estado militar. Essa medida repercutiu de forma negativa em toda a sociedade civil brasileira. Aponte a reação da sociedade brasileira que contribuiu para o endurecimento do regime militar. a) A guerrilha urbana defendida pelos partidos de esquerda, em particular o grupo da ALN (Ação Libertadora

Nacional) liderada por Carlos Marighella. b) O aumento do arrocho salarial promovido pela equipe econômica do governo Costa e Silva e Emílio Medici. c) O rompimento diplomático do Brasil com EUA por sua ingerência em nossas questões de política interna. d) A criação do bipartidarismo extiguindo todos os antigos partidos e criando a ARENA (Aliança Renovadora

Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro).

QUESTÃO 31

Entre as várias instituições do liberalismo, as revoluções socialistas engendradas a partir da primeira metade do século XX condenaram: a) o fim da soberania e do Estado Nacional. b) uma ampla distribuição da renda nas camadas mais pobres da sociedade. c) o controle e propriedade dos meios de produção estatal. d) a participação do Estado na economia através de planificação econômica.

QUESTÃO 32

O egoísmo, o interesse próprio, o individualismo e a lógica da acumulação privada dos meios de produção pertencem ao Sistema: a) Feudal. b) Liberal-burguês. c) Socialista. d) Anarquista-comunista.

16 QUESTÃO 33

A Coca-Cola é a maior fabricante de bebidas do mundo e produtora de diversas marcas conhecidas. O caso da Coca-Cola ilustra a existência de grupos gigantes que se destacam no controle da alimentação mundial. Sobre a concentração de produtos por corporações como a Coca-Cola, é CORRETO afirmar: a) A Coca-Cola tornou-se sucesso no mundo todo ao introduzir uma bebida gaseificada com sabor que originou

o refrigerante e, como inventora do produto, garantiu seu pioneirismo na conquista de mercados. b) A gestão da empresa num processo industrial sob o modelo fordista leva a uma produção exagerada de

milhões de litros de bebida que, para não encalhar, tem ser revestida em novos produtos. c) Com a globalização, algumas empresas mundiais acabaram por se fortalecer ao adquirir outras, tornando-as

marcas ou levando ao desaparecimento de antigas concorrentes. d) A expansão capitalista está associada ao desenvolvimento tecnológico na produção do refrigerante com

recursos de ponta; a empresa Coca-Cola garantiu assim a liderança na competição do setor de bebidas.

QUESTÃO 34

Segundo o historiador George Rudé, existem padrões comuns que definem o protesto popular. Diz ele da Inglaterra do seculo XVIII: "O padrão comum do protesto popular antes da revolução industrial tem sentido de modelar a sociedade da Inglaterra a sua imagem.” Em primeiro lugar, o protesto foi marcado tipicamente pelos métodos de ação direta e de violência à propriedade. Hoje no Brasil, temos uma leitura similar sem ser essencialmente comum os motivos e aspirações devido à complexidade do mundo contempôraneo. É CORRETO afirmar então que o chamado Black Bloc representa uma forma de resistência política baseada: a) na má distribuição da renda no sistema capitalista, que privilegia a classe média e o trabalhador qualificado. b) nos interesses dos estudantes urbanos em detrimento do mundo rural, que nada contribui para a formação do

financiamento básico das famílias. c) nos interesses de partidos de esquerda, que sonham em tomar o poder pela força . d) na violência de um desdobramento da cultura plebeia, que origina grande parte dos ”resistentes”.

17 QUESTÃO 35

Sabe-se que o nacionalismo do passado, isto é, do que foi uma vez a União Soviética, não constituiu efetivamente um fenômeno homogêneo. Seu caráter e intensidade variaram entre os diferentes grupos étnicos e também no interior destes. Entretanto, nos últimos tempos, foram os movimentos nacionalistas de base étnica os que cresceram mais rapidamente. Suas propostas são bem variadas: buscam território, independência política ou uma autonomia, avanço ou melhores condições de vida para o seu grupo e uma série de outras demandas afins, geralmente a expensas de outros povos.

(Adaptado de PAMPLONA, Marcos. A questão nacional no mundo contemporâneo. In. REIS FILHO, Daniel Aarão et. al. O século XX: O tempo das dúvidas. 4 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 197.)

Relacionando o texto à atual crise na Ucrânia, é CORRETO afirmar que tal situação: a) equivale a distúrbios pela democracia como os movimentos da Primavera Árabe, ainda recentes na História

do Mundo. b) revela questões nacionais que envolvem, além das questões políticas e econômicas, questões principalmente

étnicas. c) relaciona-se à disputa atual de poder entre Rússia e Ucrânia para definir qual desses países vai liderar a

nova União Soviética. d) reflete uma questão pontual e nova com relação à política econômica na região com a aproximação do país à

União Europeia.

PROVA DE ESPANHOL

Lea el texto atentamente y a continuación escoja la alternativa adecuada para cada una de las siguient es cuestiones.

ALEMANIA Y FRANCIA ESTUDIAN UNA RED DE COMUNICACION ES QUE NO PASE POR EEUU.

El proyecto de parcelar internet suena a querer poner puertas al campo, pero si a Angela Merkel se le pone entre ceja y ceja... ¿quién sabe? La canciller alemana ha anunciado este fin de semana que conversará con el presidente de Francia, François Hollande, para abordar juntos la construcción de una red de comunicaciones europea que evite que los correos electrónicos y otros datos pasen por Estados Unidos. Después del escándalo del espionaje estadounidense a las comunicaciones alemanas, con un volumen de 20 millones de correos electrónicos intervenidos a diario, Merkel ha pasado a considerar necesaria la comunicación segura entre países en los que sí mantiene la confianza y desea ponerse manos a la obra este mismo miércoles, cuando visite Francia. Una de las prioridades del viaje oficial será iniciar un proyecto que permita incrementar la protección de datos en Europa.

La canciller dijo en su podcast semanal que desaprueba que compañías como Google y Facebook establezcan sus operaciones en países con bajos niveles de protección de datos mientras estén activas en países con alta protección de datos, como Alemania.

"Conversaremos con Francia sobre cómo podemos mantener un alto nivel de protección de datos", ha dicho. "Fundamentalmente hablaremos de proveedores europeos que ofrezcan seguridad para nuestros ciudadanos, de modo que uno no tenga que enviar correos electrónicos y otra información al otro lado del Atlántico. En vez de eso, podríamos construir una red de comunicaciones dentro de Europa", ha explicado.

La oficina de Hollande confirmó que ambos gobiernos han estado discutiendo previamente el asunto y afirmó que París está de acuerdo con las propuestas de base de Berlín.

(SÁNCHEZ BERLÍN, R. in HTTP://www.elmundo.es/tecnologia/2014/02/16 html)

CUESTIÓN 36

De acuerdo con el texto, se puede concluir que el proyecto de parcelar internet a) tiene sus puertas abiertas. b) solamente Alemania y Francia han abierto puertas para él. c) es un proyecto tan evidente que no necesita normativa ninguna. d) es un proyecto abierto exclusivamente por Angela Merkel.

18 CUESTIÓN 37

La expresión “entre ceja y ceja” (línea 2), indica una connotación de a) duda. b) insistencia. c) obligación. d) evidencia.

CUESTIÓN 38

En la frase “… sí mantiene la confianza y desea ponerse manos a la obra este mismo miércoles , cuando visite Francia” (líneas 7 y 8), la expresión destacada significa que se pondrá en acción a) este mismo día. b) esta misma mañana. c) este fin de semana. d) el tercer día de la semana.

CUESTIÓN 39

En el texto se intuye que la canciller alemana no está de acuerdo con a) las noticias exhibidas en Facebook y Google. b) la baja seguridad que ofrecen los servidores de internet en países con alto grado de resguardo de datos. c) las medidas de protección de Estados Unidos en varios países alcanzando los 20 millones de correos

electrónicos. d) con las condiciones de protección exigidas por Facebook y Google.

CUESTIÓN 40

En relación a la red de comunicaciones que Angela Merkel propone, indique la única afirmación INCORRECTA: a) Crear la autonomía de Alemania y Francia en las comunicaciones europeas. b) Aumentar la colaboración entre países europeos. c) Superar la preeminencia de los Estados Unidos. d) Combatir las posibilidades de espionaje.

PROVA DE INGLÊS

Read the following passage and choose the option wh ich best completes each question, according to the text:

New figures from China show that the country has consolidated its position as the world's biggest source of tourists. A total of 97 million Chinese tourists travelled abroad in 2013, according to China's National Tourism Administration. Whatever measure you choose, Chinese tourists now top the global rankings . Last year, just a little less than 100 million Chinese made foreign trips. And collectively they spent well over $100bn overseas surpassing any other nationality.

Little more than a generation ago, few Chinese ventured abroad. But the restrictions have gone; most are now free to travel, although some minorities like Tibetans still complain of many requirements to be fulfilled when getting their passports.

And as China's economy has expanded, so have people's horizons. China's new middle classes want to see the world. The most popular destinations are in Asia and Europe, Thailand for beaches, France for history and culture, while Britain, which requires a separate visa to the rest of Europe, has been left behind. It received just 200,000 Chinese visitors two years ago, and is now trying to simplify the process so it doesn't miss out on China's new spenders.

(FROM: http://www.bbc.co.uk. Acesso: 16/01/2014. Adapted.)

19 QUESTION 36

Chinese tourists a) depend on China's Tourism Administration to travel. b) are travelling less than tourists from other countries. c) have spent more money abroad than other tourists. d) need a special visa if they want to travel to Tibet.

QUESTION 37

Why can Chinese travel so frequently now? a) Because they don’t care for money as they have become millionaires. b) Because they don’t have the restrictions they used to have in the past. c) Because they are interested in different cultures and in different people. d) Because they want to visit Tibet and Asian countries as well as Europe.

QUESTION 38

What has been happening to Tibetan tourists? a) They do not have permission to travel to foreign countries. b) They have fewer restrictions to get their passports than Chinese. c) They have been travelling more often than Chinese tourists. d) They find more difficulty to get their passports than Chinese do.

QUESTION 39

The word so in “so have people's horizons” (paragraph 03) indicates a) contrast. b) addition. c) finality. d) reason.

QUESTION 40

The word It in “It received just 200,000 Chinese visitors...” (paragraph 03) refers to a) Britain. b) China. c) France. d) Thailand.

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VESTIBULAR PUC – MINAS – ARCOS/ POÇOS/ SERRO / BELO HORIZONTE 2º SEMESTRE DE 2014

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