CADERNO DE RESUMOS DO
ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO
DO CURSO DE MEDICINA
Ano II – Número 3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Ouro Preto – Minas Gerais
DEZEMBO DE 2010
VII ENCONTRO
DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
João Luiz Martins
Reitor
Antenor Rodrigues Barbosa Júnior
Vice-Reitor
ESCOLA DE FARMÁCIA
Marta de Lana
Diretora
Carla Penido Serra
Vice-Diretora
CADERNO DE RESUMOS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS
George Luiz Lins Machado Coelho
Chefe do Departamento
COLEGIADO DE MEDICINA
Márcio Antonio Moreira Galvão
Presidente
09 e 10 de dezembro de 2010
CENTRO DE ARTES E CONVENÇÕES DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
OURO PRETO – MINAS GERAIS
CADERNO DE RESUMOS
REALIZAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
COMISSÃO ORGANIZADORA
Professor Dr. Márcio Antônio Moreira Galvão
Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)
Acadêmico de Medicina Alessandro de Sousa Veiga (UFOP)
Acadêmico de Medicina Gustavo André Almeida de Oliveira (UFOP)
Acadêmica de Medicina Mariana Fajardo de Oliveira (UFOP)
Acadêmica de Medicina Vanessa Nogueira de Paiva (UFOP)
CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR
Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)
Acadêmico de Medicina Alessandro de Sousa Veiga (UFOP)
Acadêmica de Medicina Mariana Fajardo de Oliveira (UFOP)
Acadêmica de Medicina Vanessa Nogueira de Paiva (UFOP)
SUMÁRIO
PREFÁCIO
1 APRESENTAÇÕES ORAIS
Efeito placebo/Nocebo: uma discussão social
As várias faces do tratamento psiquiátrico no Brasil – uma contraposição
entre o modelo de atendimento em unidades de atenção psicossocial e o
modelo de intervenção
Influências familiares no uso de drogas por adolescentes
Saúde dos Estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto
Estudo sócio-cultural das causas da superlotação das Unidades de Pronto-
Atendimento em Mariana
Projeto Novembro Alcoólico: estratégia educativa sobre alcoolismo voltada
para os agentes comunitários de saúde do município de Ouro Preto - MG
TER Saúde Brincando: ações de educação em saúde com enfoque em
crianças de 0 a 2 anos para famílias em uma Unidade de Estratégia de Saúde
da Famíla em Mariana, MG
Projeto Chuá-Chuá: ações educativas com higiene pessoal e bucal com
crianças da Escola Estadual Cônego Braga, Mariana, MG
Controle de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial com grupo de
intervenção educacional na Unidade Básica de Saúde de Cachoeira do
Brumado
Educação em saúde para famílias de crianças asmáticas de Antônio Pereira –
distrito de Ouro Preto
Projeto Papo Cabeça: uma ação em educação em saúde com adolescentes do
6º ao 9º ano da Escola Municipal Padre Carmélio augusto Teixeira, Ouro
Preto, MG
Educação popular em saúde: o papel da informação como medida preventiva
ao uso de álcool tabaco entre os jovens da Escola Municipal Doutor
Benedito Xavier, Glaura - MG
Sensibilização do agente comunitário de saúde para a avaliação da pessoa
idosa
2 POSTERES
Aprendendo semiologia médica com personalidades
“Projeto Educarte”
Projeto GestAção: educação em saúde das gestantes da EFS Bem Viver
Cefaléia Pós-traumática Crônica
Medidas antropométricas e de composição corporal se associam com
indicadores bioquímicos de risco cardiovascular
Repertório de atividades de recreação e lazer
Semelhanças neuroanatômicas e neuroquímicas podem dificultar o
diagnóstico diferencial entre os transtornos afetivo bipolar, obsessivo-
compulsivo, a depressão maior e esquizofrenia
Saúde do idoso: ações educativas no Projeto Recriavida em Mariana – MG
Avaliação da eficácia da associação de benznidazol e itraconazol no
tratamento de camundongos infectados com clones de trypanosma cruzi
pertencentes a grupos genéticos distintos.
Efeitos cardiovasculares da injeção periférica de angiotensina ii e prazosin
em ratos submetidos à restrição protéica.
Síndrome de Wallemberg: relato de caso
Haiti: Análise de uma Epidemia
A geografia médica sobre a perspectiva de Josué de Castro
Instituto Oswaldo Cruz e a influência das expedições sanitárias na
Amazônia: um olhar para o abandono dos “sertões”
As interações geografia-medicina e suas aplicações na abordagem do
paciente
Vigilância epidemiológica: a contribuição da Fundação Rockfeller e sua
influência na experiência com a febre maculosa no município de Caratinga,
MG
SISVAN como modelo avaliativo na correlação da renda familiar e do estado
nutricional de crianças no distrito de Cachoeira do Campo, Ouro Preto, MG
Incidência da tuberculose em Ouro Preto, 2002-2009: análise da distribuição
espaço-temporal, por gênero e idade
Perfil de causa-morte em Ouro Preto, MG, 2001 a 2005
Perfil dos pacientes portadores de hanseníase na cidade de Ouro Preto,
Minas Gerais no período de 2002 a 2009
Varicela sem complicação em Ouro Preto –MG
Alcoolismo: problematização da atenção em saúde com base em relato de
caso
Cuidando de idosos institucionalizados com acidente vascular encefálico:
proposta de intervenção
Paciente de ouro: identificar e motivar os desvios positivos na saúde
Hipertensos não-aderentes ao tratamento no PSF Amarantina: um projeto de
intervenção
Projeto avaliar saúde: uma análise multifatorial dos idosos de Cachoeira Do
Campo, Ouro Preto-MG/microáreas um e seis
Informação e vacinação contra a hepatite B com adolescentes de Ouro
Preto/MG
PREFÁCIO
Na dinâmica do aprendizado de uma profissão, o contato direto com a produção de
conhecimentos é um dos elementos responsáveis pela construção de competências de
iniciativa, de capacidade de trabalharem equipe, de expressar claramente as ideias em
público, de problematizar a realidade e apresentar alternativas de solução, além de
assumir postura crítica frente ao saber instituído.
Para nós, organizadores do Encontro Didático Científico do Curso de Medicina, estes
são os motivos que justificam sua realização. Entendemos que ele é mais do que um
momento de avaliação de resultados do processo educativo, sendo um cenário real de
aprendizagem das habilidades assinaladas.
Os “Encontros” vão mais além, constituindo-se em momentos de busca e de encontro de
autonomia, do compromisso de cada um com a sua própria educação e de todos em
transformar as ideias em recursos consistentes para novas formas de pensar e atuar na
área da saúde.
Adriana Maria de Figueiredo
Coordenadora da Comissão Organizadora
TÍTULO: EFEITO PLACEBO / NOCEBO: UMA DISCUSSÃO SOCIAL.
ORIENTADOR: RICARDO LUÍZ NARCISO MOEBUS
AUTORES: Danillo Zeferino de Oliveira Souza
Fernanda Cotrim Stefanelli
Gabriel Guandalini
Marcelo Pinto Maciel
Nayane Moura Maia
Patrícia Junqueira de Resende
Vinícius Chinellato Lima de Carvalho
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
LOCAL: OURO PRETO – MINAS GERAIS
Introdução: O efeito mensurável ou observável sobre uma pessoa ou grupo, que tenha
sido submetido a um tratamento com substâncias inertes ou cujos efeitos não podem ser
explicados pelas propriedades farmacológicas, referem-se ao efeito placebo / nocebo,
sendo que o primeiro designa benefícios e o segundo malefícios ao paciente. Tal
fenômeno implica inúmeras discussões devido ao seu caráter psicológico, social e
médico. Objetivos: Elucidar os conceitos de efeito placebo / nocebo. Estabelecer uma
discussão sobre a clínica médica, bem como um panorama de reflexão sobre esse
fenômeno e a questão ética. Método: Revisão bibliográfica não-sistemática e
entrevistas não estruturadas com médicos, psicólogos e farmacêuticos. Conclusão: O
efeito placebo tem como componentes importantes: a relação de cuidado e atenção que
se estabelece entre médico e paciente; relação que o paciente estabelece com o
medicamento mercadoria simbólica, bem como as expectativas em torno dos resultados,
que interferem diretamente no tratamento. Apesar de o efeito placebo não estar
totalmente elucidado, sua aceitação pode ser evidenciada pela importância de sua
utilização na pesquisa científica, como grupo controle, sendo critério de validação dos
resultados.
AS VÁRIAS FACES DO TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO NO BRASIL -
UMA CONTRAPOSIÇÃO ENTRE O MODELO DE ATENDIMENTO EM
UNIDADES DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E O MODELO DE
INTERNAÇÃO.
Bábara Vidigal dos Santos¹
Keilly Fonseca e Andrade¹
Lillian Guimarães de Faria¹
Lívia do Ó e Souza¹
Luiza Fagundes Lima¹
Rafaela Carvalho Gersanti¹
Rayanna Mara de Oliveira Santos Pereira¹
Thales Miranda Sales¹
Márcio Antônio Moreira Galvão²
INTRODUÇÃO: O método de atendimento aos pacientes psiquiátricos sofreu uma
mudança completa com a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), onde os
pacientes podem retornar para casa ao fim de um dia de atividade, consultas e reuniões.
Mas ainda hoje existem hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas com regime
de internação, comprovando que ainda não existe um único método que atenda todos os
casos. METODOLOGIA: Foram feitas visitas à instituições representativas de cada
modalidade de atenção psiquiátrica- a atenção psicossocial (CAPS AD/ Ouro Preto-
MG) e a atenção em regime de internação (Asilo Bom Pastor/ Conselheiro Lafaiete –
MG), com entrevistas a profissionais de ambas instituições. Entrevistas com estudantes
e profissionais da área psicoterapêutica também foram utilizadas, bem como consultas a
obras literárias e cinematográficas. RESULTADOS:Os resultados dessas visitas e
entrevistas apontam para as seguintes conclusões a seguir. CONCLUSÕES: O
atendimento dos pacientes psiquiátricos nos CAPS apresenta-se como alternativa ao
regime de internação, sendo uma opção preferencial nas situações em que, a despeito de
der portador de problemas mentais, o paciente demonstra um nível razoável de
autonomia. É preciso considerar, porém, que há casos em que a internação é necessária,
pois os pacientes são destituídos de qualquer forma de autocontrole. Salientamos que a
internação não deve ser entendida como sinônimo de exclusão social, mas como uma
forma de tratamento intensivo, requisitada quando o paciente passa a representar perigo
para familiares e para si mesmo, visando preservar sua vida, bem como a qualidade
desta.
1. Acadêmicos do primeiro período de Medicina da Universidade Federal de Ouro
Preto.
2. Professor Associado do Departamento de Ciência Médicas da Universidade
Federal de Ouro Preto.
INFLUÊNCIAS FAMILIARES NO USO DE DROGAS POR ADOLESCENTES
Autores: Janaína Drumond Rocha Fraga
Marcos Vinícios Rasmussen Loures
Naline Silva Jaques
Viviane Felício da Cunha Rodrigues
Douglas Donadone Soares
Orientadora: Dra. Adriana Maria de Figueiredo
Introdução: O uso abusivo de drogas por parte de um adolescente é um problema
vivido por famílias entre os diferentes níveis socioeconômicos. Além disso, ele pode ser
considerado um problema de saúde pública, por acarretar ônus ao sujeito, à família e à
sociedade na forma de: repetência na escola, perda de emprego, rupturas familiares e
violência (Schenker, 2008). Geralmente, o início do uso de drogas se dá na
adolescência, período do ciclo vital em que a curiosidade e a troca de influências são
fundamentais para a formação do caráter, e seu uso pode ser considerado como fonte de
socialização e como uma linguagem do adolescer. A família é uma das fontes de
socialização primária do adolescente e suas diferentes formas de criação podem
influenciar no uso de drogas. Objetivos: Analisar as diferentes estruturas familiares e
sua influência na drogadicção por parte de jovens. Metodologia: Análises de livro,
artigos relacionados ao tema e entrevista com assistente social do CAPS ad de Ouro
Preto. Discussão: Por família entende-se uma instituição privada, que neste mundo pós-
moderno possui vários tipos de arranjos que fogem do modelo de família nuclear
(constituída por pai, mãe e filhos). Muitas vezes a forma como os pais se divorciam e se
relacionam, o conflito de valores nas famílias em que avós participam da educação dos
netos, a forma como o jovem é tratado, além das expectativas dos pais, reforçam
determinados comportamentos e práticas que dão forma aos valores do adolescente.
Conclusão: Percebe-se que quando há problemas no ambiente familiar – violência
intrafamiliar física, psicológica, violência social, modelo de comportamento dos pais,
entre outros – existe maior tendência por parte de jovens a iniciar o uso de drogas. Além
disso, a família também tem um papel primordial na recuperação do usuário através de
apoio, compreensão e conhecimento da situação vivenciada pelo adolescente.
A SAÚDE DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO
PRETO
Orientadora: Adriana Maria de Figueiredo - [email protected]
Discentes: Breno Bernardes de Souza - [email protected]
Gustavo Resende Furtado - [email protected]
Joyce Carvalho Martins - [email protected]
Liliane Alves Matos - [email protected]
Marília Fontenelle e Silva - [email protected]
Natália Corrêa de Assis - [email protected]
Tamiris Ferreira Carneiro - [email protected]
Colaborador: José Vicente Gabriel - [email protected]
Introdução: Na transição do ensino médio para o superior, os estudantes enfrentam
desafios pessoais, acadêmicos e vocacionais. Ao lidar com esses, existem vários
aspectos que podem ser percebidos como estressores, independentemente do período em
que o aluno se encontra no curso. Esses fatores modificadores interferem no bem-estar
físico e psicológico, alterando, assim, a saúde do estudante. No Brasil, essa questão está
em processo de estudo. Há pouco aprofundamento acerca do assunto, já que a
comunidade estudantil não se enquadra em nenhum grupo de atenção pré-estabelecido
pelos Serviços Básicos de Saúde. Objetivos: Analisar o perfil dos estudantes que
frequentam o Centro de Saúde da Universidade Federal de Ouro Preto, considerando
seus diversos aspectos em saúde com base na morbidade referida. Metodologia: Foram
avaliados 30 prontuários de atendimentos médicos e nutricionais com foco na
morbidade referida durante seis dias. Os resultados foram comparados aos dados
contidos na revisão bibliográfica pesquisada. Discussão: A análise de dados constatou a
presença de pacientes atendidos com idades entre 17 anos e 34 anos, com média de 22
anos aproximadamente. Dos pacientes consultados no período avaliado, 73% eram
mulheres, demonstrando maior preocupação desse gênero com a saúde do corpo.
Considerando-se as áreas de conhecimento, houve maior busca de atendimento de saúde
por alunos da área de biológicas. Tendo em vista a morbidade referida pelos alunos,
constatou-se discrepância com dados já registrados na literatura, visto que o maior
número de queixas relacionou-se à dor ou febre. A revisão bibliográfica aponta, não a
morbidade, mas consultas de rotina como mais freqüentes. Conclusão: O estudante da
UFOP busca o Centro de Saúde objetivando serviços de caráter curativo, sem maiores
preocupações preventivas. São necessários estudos aprofundados no sentido de traçar
um perfil mais completo acerca desses alunos, visando à promoção de saúde
direcionada às reais necessidades da comunidade estudantil.
Referências:
VIEIRA, V. C. R. et al. Perfil socioeconômico, nutricional e de saúde de adolescentes
recém-ingressos em uma universidade pública brasileira. Rev. Nutr. 2002, vol.15, n.3,
pp. 273 -282.
BARDAGI, M. P.; BRANDTNER, M. Satisfação de vida, comprometimento com a
carreira e exploração vocacional em estudantes universitários; Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), Rio Grande do Sul, Brasil. Arquivos Brasileiros de
Psicologia, 2010, Vol. 62, No 1.
ESTUDO SÓCIO-CULTURAL DAS CAUSAS DA SUPERLOTAÇÃO DAS
UNIDADES DE PRONTO-ATENDIMENTO EM MARIANA
Autores: Bárbara Alves Salgado Costa
Camila Biazussi Damasceno
Maíra Lopes Xavier
Mirla Fiuza Diniz,
Nícolas Santos de Oliveira e
Thales Matheus Medonça Santos.
Orientador: Márcio Antônio Moreira Galvão
Email para contato: [email protected]
Instituição de ensino: Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Local: Ouro Preto - MG
Introdução: Em Mariana, como em várias outras localidades do Brasil, nota-se a
superlotação das unidades de pronto-atendimento, que são estruturas de complexidade
intermediária entre as unidades básicas de saúde e as portas de urgência hospitalares.
Objetivo: Elucidar os motivos socioculturais que levam à superlotação das unidades de
pronto-atendimento e propor alternativas para mudar essa realidade com o objetivo de
otimizar o atendimento à população. Metodologia: Entrevista in loco com 45 usuários
dos pronto-atendimentos de Mariana conduzida por meio de um questionário
previamente elaborado. Este questionário tentou abordar aspectos socioculturais dos
indivíduos e expor suas preferências e conhecimento prévio a respeito do Sistema de
Saúde vigente no Brasil. Resultados: Foi observada a predominância de usuários com
baixa escolaridade, sem plano de saúde e que não conheciam as diferenças entre os
níveis de atenção à saúde, bem como a Estratégia de Saúde da Família. Conclusão: A
referência dos usuários do sistema de saúde de Mariana, quando buscam auxílio médico,
é a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), devido à falta de divulgação da Estratégia
de Saúde da Família, a pouca abrangência e baixa eficácia da Atenção Primária. Com
isso, as UPAs não são utilizadas somente para os objetivos a que se propõem. O
aperfeiçoamento do sistema de saúde local pode ser alcançado pela divulgação das
responsabilidades de cada unidade dentro da organização do Sistema Único de Saúde e
ampliação do número de unidades de ESF, cabendo aos gestores da saúde o
cumprimento dessas designações.
PROJETO NOVEMBRO ALCOÓLICO: ESTRATÉGIA EDUCATIVA SOBRE
ALCOOLISMO VOLTADA PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE
SAÚDE DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO – MG
Orientador: Rodrigo Pastor Alves2
Autor Apresentador: Marcela Mitterhoffer Monteiro1 ([email protected])
Co-autores: Amanda Jackcelly Borges Neves1, Sidney Batista Araújo
1.
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
Local: Ouro Preto
Introdução: Este projeto faz parte do Programa de Educação pelo Trabalho para a
Saúde, e é realizado em parceria com a Unidade Básica de Saúde do bairro Bauxita,
município de Ouro Preto, MG. Diante da realidade problemática que o uso inadequado
do álcool traz para a saúde pública e para a sociedade e, atendendo a pedidos dos
agentes comunitários de saúde (ACS’s), que alegaram carecer de maiores informações
sobre o tema “alcoolismo”, optou-se por agir por meio da educação popular em saúde
de modo a proporcionar para aqueles maiores esclarecimentos teóricos sobre o álcool e,
assim, ajudá-los em suas funções de encaminhamento de casos problemáticos na
sociedade para ajuda especializada. Objetivos: Contribuir para a educação em saúde, de
forma a elucidar dúvidas e discutir sobre o problema do álcool em nossa sociedade.
Relato de experiência: Realização de três seminários destinados aos ACS's de todo
município, cujos temas abordados foram: Fisiopatologia e questões sociais relacionadas
ao uso do álcool; Políticas Públicas do Álcool; Identificação e manejo do alcoólatra. Em
todos, desenvolveu-se uma proposta de educação dinâmica, da qual fizeram parte:
teatros, debates e uso de slides. Além dos integrantes do grupo, contamos com a
participação ativa de profissionais - dois psiquiatras, uma psicóloga e um médico
especializado em saúde da família – além da colaboração de representantes de
instituições de auxílio-tratamento. Por esse trabalho, obtivemos uma resposta muito
positiva do público, mesmo que informalmente. Conclusão: Embora não se possa
averiguar a influência que os seminários tiveram sobre a prática de trabalho dos ACS's,
a discussão de um problema tão recorrente em nossa sociedade é de relevância para o
colocarmos em foco e discutir sobre formas de combatê-lo. Assim, pôde-se não só
transmitir conhecimento, mas trocar experiências e informações para planejar possíveis
outras intervenções afim da conscientização sobre a temática trabalhada.
REFERÊNCIAS:
Laranjeira R, Pinsky I, Zalesky M, Caetano R. I Levantamento Nacional sobre
Padrões do Consumo de Álcool na População Brasileira. Brasília, 2007.
Laranjeira R, Romano M. Consenso Brasileiro Sobre Políticas Públicas do Álcool.
Revista Brasileira de Psiquiatria, 2004.
1 Discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
2 Professor do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto
TER Saúde Brincando: ações de educação em saúde com enfoque em crianças de 0
a 2 anos para famílias em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Famíla em
Mariana, MG
Orientadora: Adriana Maria de Figueiredo
Preceptora: Pollyanna Zadra Valadares
Autores: Camila Nicolela Geraldo Martins ([email protected])
Henrique Leitão Gripp
Juliana Firmino Amaral
Paulo Henrique Sampaio
Vanessa Cristine Rezende ([email protected])
Introdução: A puericultura trata-se da ciência médica que se dedica ao estudo dos
cuidados com o ser humano em desenvolvimento, mais especificamente com o
acompanhamento do desenvolvimento infantil. Na interação com a preceptoria do PET-
Saúde, foi levantada a necessidade de se trabalhar esse tema com as famílias atendidas
pela ESF-III do bairro de Cabanas, Mariana – MG, devido à ausência de ações com esse
fim na unidade. As situações na UBS que demonstram essa demanda são as mais
variadas: crianças obesas, porém desnutridas e higiene inadequada são os principais
exemplos. Objetivos: Levantamento das necessidades apresentadas no que diz respeito
ao cuidado familiar às crianças de zero a dois anos da Unidade de Saúde. Planejar e
desenvolver ações educativas em grupo que visem atender às necessidades levantadas
com relação à saúde das crianças. Metodologia: Entrevistas em domicílio, realizadas
pelos estudantes, por meio de questionário. Realização de reuniões (grupos operativos)
com os responsáveis pelas crianças. Levantamento de dúvidas ao final de cada reunião
como forma de guiar a próxima reunião. Interação por meio de dinâmicas e técnicas
audiovisuais que despertassem o interesse dos participantes. Resultado: Com o passar
das reuniões as mães relatavam pequenas mudanças em seus cotidianos, demonstrando
abertura às informações que buscamos transmitir, e demonstrando certa inclinação a
uma modificação de alguns hábitos, especialmente os alimentares. Conclusão:
Pudemos observar que a partir de uma bibliografia atualizada e condizente e por meio
do uso de uma linguagem acessível à população em questão, é possível a aplicação bem
sucedida de um grupo operativo que visa melhorar alguns aspectos da condição de vida
das crianças de uma população carente.
Referências
BLANK, Danilo. A puericultura hoje: um enfoque baseado em evidências. Jornal da
Pediatria, 2003. Sociedade Brasileira de Pediatria.
GLASCOE F.P., OBERKLAID F., DWORKIN P.H., TRIMM F. Brief approaches to
educating patients and parents in primary care. Pediatrics1998;101:E10.
OSBORN, L.M. Effective well-child care. Current Probl Pediatr 1994;24:306-26.
RICE RL, SLATER CJ. An analysis of group versus individual child health
supervision. Clin Pediatr (Phila) 1997;36:685-9.
TAYLOR JA, DAVIS RL, KEMPER KJ. A randomized controlled trial of group
versus individual well child care for high-risk children: maternal-child interaction
and developmental outcomes. Pediatrics 1997;99:E9.
PROJETO CHUÁ-CHUÁ: AÇÕES EDUCATIVAS COM HIGIENE PESSOAL E
BUCAL COM CRIANÇAS DA ESCOLA ESTADUAL CÔNEGO BRAGA,
MARIANA, MG
Orientadora: Adriana Maria de Figueiredo1
Autoras: Carolina Braga Damasceno2 ([email protected])
Caroline Moreira Magalhães2 ([email protected])
Janaína Alves Bartelega2 ([email protected])
Luísa Coutinho Teixeira2 ([email protected])
Soraya Prates Eleutério2 ([email protected])
Colaboradoras: Célia Maria Fernandes Nunes3
Tatiane Pereira Alves Moraes4
Juliana da Silva Nardy Bittencourt4
Nathália da Conceição4
Ludimila Fonseca Sampaio4
Introdução: O projeto Chuá-Chuá propõe uma intervenção,em parceria com instituição
educacional local, moldada de acordo com as necessidades, interesses e recursos da
localidade de Monsenhor Horta. De acordo com o trecho: “A escola é um espaço de
grande relevância para a promoção da saúde,principalmente quando exerce grande
influência na formação do cidadão crítico, estimulando a autonomia, o exercício dos
direitos e deveres, o controle das condições de saúde e qualidade de vida, com opções
para atitudes mais saudáveis.” (1)
, é de suma importância a atuação da UBS junto à
comunidade escolar , uma vez que tal integração é capaz de promover o maior acesso,
eficiência do seu papel na saúde da população. Objetivo: Estabelecer por meio de uma
aproximação UBS-Escola, ações educativas em higiene pessoal. Metodologia: A
proposta de trabalho envolveu os alunos do 1º ao 3º ano. Durante o primeiro e o
segundo meses, foram trabalhados os temas: “Saúde bucal” e “Saúde corporal”, sendo
desempenhadas diversas dinâmicas. No terceiro mês houve a retomada de tais temas,
sendo possível reforçar os conhecimentos aprendidos. Sob orientação da preceptora, Drª
Sílvia Vilaça, distribuíram-se recipientes para a coleta de fezes, para posterior análise
laboratorial. Ao final do projeto, foi realizada uma reunião com os pais na escola, em
que eles receberam instruções para a continuidade do conteúdo aprendido em casa.
Também foram entregues os resultados dos exames, acompanhados da distribuição de
medicamentos pela médica da UBS para o tratamento dos casos positivos para
enteroparasitoses. Conclusão: O projeto Chuá-Chuá buscou, por meio das ações
realizadas na Escola Estadual Cônego Braga, esclarecer a importância dos hábitos de
higiene, as doenças relacionadas, como evitá-las e tratá-las. Nesse sentido, visou-se não
só à educação em saúde, mas também à promoção da saúde.
Referência:
1. DEMARZO, M. M. P.; AQUILANTE, A. G. Saúde Escolar e Escolas Promotoras de
Saúde. In: PROGRAMA de Atualização em Medicina de Família e Comunidade. Porto
Alegre, RS: Artmed: Pan-Americana, 2008. v. 3, p. 49-76.
1 – Professora do DCME 2 – Alunas do curso de Medicina da UFOP
3 – Professora do curso de Pedagogia
4 – Alunas do curso de Pedagogia da UFOP
CONTROLE DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL COM
GRUPO DE INTERVENÇÃO EDUCACIONAL NA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE DE CACHOEIRA DO BRUMADO
Tutora:
Adriana Maria de Figueiredo
Preceptora:
Maria das Mercês Chaves
Monitores:
Isadora Pinheiro Becker
Leopoldo de Freitas Araujo
Luana Matos Braga
Luíza Barros Fernandes de Oliveira
Mariana Isadora Ribeiro Vieira
O projeto foi desenvolvido em Cachoeira do Brumado, distrito do município de Mariana. O
diagnóstico situacional da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e o levantamento das
ocorrências de patologias nas Fichas de Cadastramento Familiar da Área (Fichas A) da região
evidenciaram altos índices de complicações por hipertensão e diabetes em sua população. Esses
dados motivaram a implementação de um projeto de combate à não adesão ao tratamento dessas
doenças, sendo esta identificada como causa significativa do grande número de efeitos
negativos decorrentes de tais patologias na comunidade local. Com o intuito de conscientizar os
pacientes quanto à importância do tratamento, foram executadas atividades educativas junto à
população, por meio de grupos operativos, atividades físicas coletivas e visitas domiciliares. As
pessoas atendidas pelo trabalho fora monitoradas quanto à pressão sanguínea, assim como à
glicemia no caso de diabéticos, sendo suas fichas de acompanhamento avaliadas nos quesitos
freqüência e melhora de suas medições. Ao final do projeto, os pacientes com índices alterados
apresentaram considerável melhoria, assim como, em geral, demonstraram opinião pessoal
positiva em relação ao trabalho. Assim, a partir dos resultados observados, foi possível concluir
que a estratégia adotada para o aumento da adesão ao tratamento de hipertensão e diabetes foi
eficaz, sendo uma possível base para uma melhora duradoura na qualidade de vida dos
indivíduos acompanhados.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA FAMÍLIAS DE CRIANÇAS ASMÁTICAS DE
ANTÔNIO PEREIRA – DISTRITO DE OURO PRETO
-Orientador(a):Maria Lilian Sales
-Colaboradores:Leonardo Cançado Savassi
-Componentes do grupo:
Anelisa Teixeira Afonso- [email protected]
Diego Cristiano da Silva - [email protected]
Lidiane Márcia Penido - [email protected]
Lorena Gabriele Estrella de Souza - [email protected]
Natália Faria Mesquita- [email protected]
INTRODUÇÃO: Diante da demanda observada na Unidade Básica de Saúde em
relação à incidência de asma na infância o grupo decidiu elaborar um plano de ações
educativas em asma tendo como base a hipótese de que elas contribuem para reduzir
índices de morbidade e para melhorar a qualidade de vida, através da promoção da
compreensão da doença e do desenvolvimento de habilidades de automanejo pelos
pacientes. Supõe-se que programas de educação em asma podem mudar atitudes e
crenças em relação à doença e melhorar a adesão ao tratamento. Para seu controle, além
do tratamento farmacológico adequado, é necessário que o doente tenha noções sobre a
asma, quais os fatores desencadeantes e como evitá-los, e adquira habilidades como o
uso correto das medicações e reconhecer os sinais de controle e descontrole da
doença.OBJETIVOS: Acompanhar crianças asmáticas por meio de uma abordagem
educativa realizada com as mães dessas crianças.Promover uma melhora na qualidade
de vida das crianças asmáticas através de um controle mais eficiente da crise, redução
do número de exacerbações e de sintomas no período intercrítico. METODOLOGIA:
Realização de questionário na Unidade Básica de Saúde de Antônio Pereira, realização
de visitas domiciliares à famílias com crianças asmáticas na comunidade e intervenção
por meio de grupos educativos com as mães dessas crianças.RESULTADOS E
CONCLUSÕES:O grupo ainda está desenvolvendo o projeto, desse modo, ainda não
há resultados conclusivos.
REFERÊNCIAS
VENTURA, Renato Nabas et al . Avaliação do programa de atenção a crianças
asmáticas acompanhadas nas unidades de saúde do Município do Embu, São Paulo, no
período de 1988 a 1993. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, Jan. 1998.
Disponível em <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X1998000100019&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 17 Outubro de 2010.
STEPHAN, Ana Maria Siga; COSTA, Juvenal Soares Dias da. Conhecimento sobre
asma das mães de crianças acometidas pela patologia, em área coberta pelo Programa
Saúde da Família. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 12, n. 4, dez. 2009.
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
790X2009000400016&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 06 outubro 2010.
PROJETO PAPO CABEÇA: UMA AÇÃO EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM
ADOLESCENTES DO 6º AO 9º ANO DA ESCOLA MUNICIPAL PADRE
CARMÉLIO AUGUSTO TEIXEIRA
Tutor: Rodrigo Pastor Alves Pereira1
Preceptor: Gustavo Franco Yamana2
Orientador: Leonardo Cançado Monteiro Savassi1
Autores: Raissa Chades Pinheiro Fonseca3, Pedro Henrique Miranda
3 , Bianca Cosme
Bongiovani3, Nathália Lohana Chaves Barbosa
3, Luara Brandão Viveiros
3.
I
Introdução: Após diagnosticar a área de atuação do PSF Renascer no bairro São
Cristóvão foram identificados problemas com relação ao número de consultas de
adolescentes, que representam 20,37% da população total. O público citado possui
baixa freqüência no Posto de Saúde e vivencia problemas relacionados com drogas,
violência, conflitos familiares e carência. Isso torna ainda mais turbulenta a passagem
desses indivíduos pela adolescência, fase caracterizada por mudanças fisiológicas,
psicológicas e comportamentais. Para atingir melhor o público alvo a ação do projeto
foi realizada com adolescentes do sexto ao nono ano da Escola Municipal Padre
Carmélio Augusto Teixeira (EMPCAT). Objetivo: Promover a saúde dos adolescentes
do bairro São Cristóvão de forma a torná-los mais aptos a conviver na comunidade,
consigo mesmos e com sua família; além de inserir hábitos mais saudáveis que elevem
o bem-estar psicossocial dessa faixa etária. Metodologia: O trabalho foi desenvolvido
com adolescentes na EMPCAT com encontros semanais. Cada encontro foi elaborado
de forma interativa por meio de dinâmicas e gincanas para atrair uma maior participação
dos alunos. Os temas abordados foram escolhidos pelos adolescentes, sendo por isso de
interesse do público alvo. Aplicação de testes referente aos temas discutidos.
Questionários de avaliação de interesses. Resultados: A média geral dos testes
específicos atingiu 70,5% de acerto. Os questionários revelaram que 97,89% dos alunos
gostaram de participar do projeto, e que 100% dos professores observaram melhora no
comportamento dos alunos. Conclusões: O projeto conseguiu obter participação efetiva
dos alunos, e os mesmos mostraram-se interessados nas didáticas interativas utilizadas
pelo grupo para expor os temas, o que foi comprovado nos testes específicos e nos
questionários. Isso demonstra a importância de ações educativas nesse formato para
maior envolvimento dessa faixa etária.
Referências:
FERRARI, R.A.P; THOMSON, Z; MELCHIOR, R. Atenção à saúde dos adolescentes: percepção dos
médicos e enfermeiros das equipes da saúde da família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(11):2491-
2495, nov, 2006.
MUZA, G.M; COSTA, M.P. Elementos para a elaboração de um projeto de promoção à saúde e
desenvolvimento dos adolescentes – o olhar dos adolescentes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
18(1):321-328, jan-fev, 2002.
1 Professores do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto
2 Médico da Saúde da Família da UBS São Cristovão
3 Discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: O PAPEL DA INFORMAÇÃO COMO
MEDIDA PREVENTIVA AO USO DE ÁLCOOL TABACO ENTRE OS JOVENS
DA ESCOLA MUNICIPAL DOUTOR BENEDITO XAVIER, GLAURA - MG
Orientador: Leonardo Cançado Savassi
Tutora: Maria Lilian Sales
Preceptor: Anderson Queiroz
Autor: Fernando Simões Sena ([email protected])
Co- autores: Nayara Moreira da Cunha
Pedro Victor Valente
Raphael Guerra David Reis
Thais Yoko Ferreira Koga
Introdução: o nosso trabalho no PET-Saúde Glaura tem como base a intervenção e
promoção de saúde na Escola Municipal Doutor Benedito Xavier, dando continuidade
ao vinculo entre Acadêmicos, Escola e UBS, criado por grupos anteriores do PET. O
foco do nosso projeto durante o semestre foi informar os alunos com relação ao uso e
conseqüências do álcool e tabaco através de uma didática lúdica e acessível. A escolha
do tema se deu pelos seguintes fatores: idade mais propensa ao uso e sugestões da
Diretoria da Escola, do médico da UBS e dos próprios adolescentes. Objetivos: o intuito
do nosso projeto foi auxiliar a formação de uma opinião crítica acerca dessas drogas,
visando à prevenção dos efeitos nocivos do seu uso por meio de uma estratégia
educativa que abordasse os diversos aspectos do consumo de álcool e tabaco.
Metodologia: avaliação dos alunos através de questionário, realização de oficinas
constituídas por dinâmicas para introdução e desenvolvimento dos temas que seriam
abordados, apresentação em data show e discussão sobre o conteúdo apresentado.
Resultados: realizou-se uma gincana no dia do encerramento das atividades, na qual foi
possível verificar a assimilação das informações pelos estudantes através de
apresentações teatrais, paródias e cartazes que expuseram seus conhecimentos.
Conclusão: os resultados possibilitaram concluir que a metodologia utilizada mostrou-se
eficiente para instruir tais jovens sobre álcool e tabaco.
SENSIBILIZAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA A
AVALIAÇÃO DA PESSOA IDOSA
Orientador: Leonardo Cançado Monteiro Savassi2
Autor Apresentador: Vinícius Boaratti Ciarlariello1 ([email protected])
Co-autores: Álisson Oliveira dos Santos1, Estevão Ferreira Barbosa
1, Camila Abrão
Borges Salomão1.
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde: “Saúde é um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. Além
disso, estudos mais recentes estruturam que a saúde não é mais medida pela presença ou
não de doenças, e sim pelo grau de preservação da capacidade funcional. Dentro dessa
definição mais ampla, pode-se abranger a saúde do idoso no Brasil como sendo uma
“política que objetiva, no Sistema Único de Saúde, garantir atenção integral à saúde da
população idosa, com ênfase no envelhecimento saudável e ativo”. Dessa forma,
verificou-se que o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem papel fundamental na
realização de uma ligação entre a equipe de saúde e o idoso, devido a sua maior
capilaridade e compreensão dos problemas vividos pelas famílias. Objetivo:
Sensibilizar o ACS para o instrumento “Avaliação Global da Pessoa Idosa”, elaborado
pelo Ministério da Saúde e adaptado por este grupo. Especificamente apresentar o
instrumento ao agente, conhecer a percepção do ACS sobre a pessoa idosa, dar
continuidade ao Projeto Avaliação da Pessoa Idosa e avaliar os conhecimentos do ACS
acerca do instrumento. Métodos: Como um pré-teste, serão aplicados dois
questionários, o Levantamento de Crenças em Relação à Velhice e a Escala de
Cachioni-Neri-Palmore, a fim de se ter uma percepção prévia do que o ACS pensa sobre
as pessoas idosas e as necessidades destas. Em seguida haverá a sensibilização do ACS
para o instrumento “Avaliação Global da Pessoa Idosa”, trabalhando o conteúdo do
instrumento na forma de oficina. Depois do treinamento, serão aplicados os dois
questionários como um pós-teste para que se comparem os resultados do pré-teste e do
pós-teste. Resultados: Os resultados ainda estão em análise. Conclusão: Por ser um
projeto piloto e ainda não ter sido finalizado, espera-se contribuir para melhorar a
relação do ACS com a população idosa.
Referências:
BEZERRA, Adriana Falangola Benjamin; ESPIRITO SANTO, Antônio Carlos Gomes
do and BATISTA FILHO, Malaquias. Concepções e práticas do agente comunitário na
atenção à saúde do idoso. Rev. Saúde Pública, 2005, vol.39, n.5, pp. 809-815. ISSN
0034-8910.
Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
1 Discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
2 Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto
APRENDENDO SEMIOLOGIA MÉDICA COM PERSONALIDADES
Orientação: Fabiana Alves Nunes Maksud
Autor apresentador: André Silva Rodrigues
E mail: [email protected]
Autores: André Silva Rodrigues, Felipe dos Santos Nascimento, Júlia Bamberg Cunha
Melo, Luíz Augusto Martins Silva, Luis Felipe Cintra Pereira, Filipe Garcia Moreira,
Taís Dias Murta, Tiago Soares Baumfeld,
Departamento de Ciências Médicas da UFOP
INTRODUÇÃO: Semiologia médica constitui o estudo dos sinais e sintomas que devem
ser analisados a fim de chegar a um diagnóstico correto da doença/enfermidade dos
pacientes. A disciplina de Clínica Geral II do 6º período do curso de Medicina da UFOP
tem como objetivo continuar o aprendizado da semiologia médica. Para tal, é de
extrema importância a busca de ferramentas que viabilizem esse aprendizado, e a
utilização das artes e humanidades pode ajudar o estudante a desenvolver habilidades de
observação e compreensão da condição humana. OBJETIVOS: Descrever uma
experiência didática no ensino da semiologia médica, utilizando a biografia de grandes
personalidades históricas para desenvolver habilidades de descrição da anamnese e
exame físico. METODOLOGIA: Através da pesquisa em sites de busca na internet,
biografias, bancos de dados (SCIELO e PUB MED), foram investigados os sintomas e
sinais apresentados por personalidades no mundo das artes e história. Os alunos
realizaram anamneses fictícias e descrições de achados físicos encontrados em fotos,
pinturas e relatos históricos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram apresentadas de
forma fictícia anamneses e descrições dos exames físicos, assim como comentários das
vidas destas personalidades, proporcionando a criação de hipóteses diagnósticas,
algumas confirmadas por dados históricos. Chopin provavelmente tinha fibrose cística;
Mozart apresentou Púrpura de Henoch-Schonlein; Renoir tinha artrite reumatóide;
Nietzsche tinha enxaqueca e provavelmente neurosífilis; Joana D´arc tinha Epilepsia;
Alexander Graham Bell tinha provavelmente anemia perniciosa; Thomas Edisson tinha
Diabetes Mellitus tipo 2 e Salvador Dalí tinha Doença de Parkinson. A maioria dos
alunos apresentou trabalhos de grande qualidade. Relataram que gostaram da
experiência e consideraram uma oportunidade de conhecer um pouco da vida destas
personalidades, além de praticar habilidades médicas. CONCLUSÕES: A incorporação
de temas das artes e humanidades no currículo médico pode ser uma importante
ferramenta no desenvolvimento do raciocínio clínico, além de complementar a
formação cultural dos alunos.
Referências
1. Bates Propedêutica Médica. Bickley LS, Hoelkelman RA. 7 ed., Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001, p. 2-125.
2. Cecil textbook of Medicine. 23ª Ed. 2009
3. HARRISON, Tinsley Randolph; FAUCI, Anthony S. Harrison medicina interna.
16º. ed.
Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006.
“PROJETO EDUCARTE”
Orientadora: Michelle Isabel Ferreira Mendes
Autora: Bárbara Furquim Werneck Campos Valadão ([email protected])
Co-autoras: Déglia Kennia R. Santana, Sanny Kemelly Miquelante Yoshida e Tarsila da
Silva Pereira.
Introdução: Direcionar a educação em saúde às crianças é buscar garantir a continuidade
daquilo que se é ensinado. Elas têm a capacidade de propagar as informações que
adquirem através do universo que as rodeiam (família, amigos e vizinhos), tornando
informações simples e básicas ferramentas preciosas no processo educativo. Objetivo:
Integrar crianças, pais e educadores na promoção da saúde e prevenção de doenças, de
maneira dinâmica e interativa, fazendo da criança o instrumento principal desse
trabalho. Além disso, verificar a eficácia de projetos como esse na transmissão de
conhecimentos em saúde, tendo como veículo as crianças. Métodos: Aos pais e
educadores de duas creches da cidade de Ouro Preto, foram realizadas algumas
apresentações, focando não apenas no âmbito expositivo, mas também nos
questionamentos comuns dos mesmos. O assunto de cada apresentação teve como base
pedidos de pais e educadores e outros assuntos considerados relevantes. Para as
crianças, são realizadas apresentações lúdicas, com fantoches. Posteriormente, são feitas
algumas perguntas e são cantadas músicas (“Ratinho tomando banho”, de Hélio Ziskind
e “Mão”, de Arnaldo Antunes) infantis; e para finalizar, há o momento em que, antes do
almoço das crianças, ensina-se o processo de lavar as mãos. Resultados (parciais): Foi
verificada adesão ao projeto, tanto por parte dos adultos como das crianças .
Conclusões: Tendo em vista esse papel da criança de propagadora do conhecimento e o
papel dos profissionais e estudantes da área da saúde na prevenção de doenças e
promoção da saúde, demonstra-se a importância da realização de trabalhos como este,
com o intuito de garantir vida saudável à comunidade.
PROJETO GESTAÇÃO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE DAS GESTANTES DO EFS
BEM VIVER
Tutor: Ivan Batista Coelho1
Preceptor e orientador: Luiz Antônio Braga2
Autores: Bernardo Pinto Coelho Keuffer Mendonça3 – [email protected];
Débora Camargos de Lima3 – [email protected]; Thiago Pereira
Andrade3 – [email protected]
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família (ESF), ao executar os princípios que
norteiam o SUS, é uma ferramenta que trouxe inequívoca melhora para a saúde das
gestantes e de seus filhos, desde o período gestacional até o pós-natal. Essa melhora em
saúde pode ser observada pelos decrescentes índices de mortalidade infantil e materna
ao longo do tempo no país. Porém, além dos procedimentos de praxe que são realizados
no cuidado pré-natal, para que o serviço de saúde seja completo, é necessária uma
abordagem de educação em saúde. Isso porque nem todas as dúvidas das gestante
podem ser esclarecidas durante o atendimento médico, haja vista o pouco tempo
disponível e o grande número de pacientes a serem atendidas. Em função disso, foi
criado o projeto GestAÇÃO. Objetivos: Tornar as gestantes de Cachoeira do Campo
agentes de sua própria saúde a partir da troca de informações sobre os cuidados
necessários para uma gravidez saudável e um parto seguro. Métodos: Realização de
grupos para discussão de temas relacionados à gravidez, às quintas-feiras, antes das
consultas pré-natais. Utilização de multimídia e cartazes para ilustração dos temas
abordados, além de participação de acadêmicos dos cursos de Educação Física e Direito.
Visita à maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto. Resultados: Houve
grande interesse e troca de conhecimento entre as gestantes participantes do grupo
GestAÇÂO. Além disso, a estratégia utilizada nesse projeto, que propiciou a
participação de um número expressivo de gestantes, despertou o interesse de tutores do
PET-Saúde que propuseram levar a mesma idéia a outras Unidades Básicas de Saúde.
Conclusões: A formação de grupos para a gestante é uma excelente estratégia para a
educação em saúde. Além disso, complementa a consulta pré-natal na medida em que
fornece informações adicionais não passadas pelo médico devido à limitação do tempo.
1- Médico, tutor do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) e professor do
curso de medicina da Universidade Federal de Ouro Preto – Ufop
2- Médico ginecologista e obstetra do PSF Bem Viver de Cachoeira do Campo, município de Ouro
Preto, Minas Gerais, Brasil.
3- Acadêmicos do 4º período de medicina da Universidade Federal de Ouro Preto - Ufop
CEFALÉIA PÓS-TRAUMÁTICA CRÔNICA
Nome do orientador: Wallace de Almeida Alves.
Nome do autor apresentador: Vanessa Nogueira de Paiva. ([email protected])
Instituição de ensino: Universidade Federal de Ouro Preto.
Introdução: A cefaléia é o sintoma mais proeminente após lesão na cabeça, no pescoço
ou no cérebro. Quando esta surge em até sete dias após traumatismos e persiste por mais
de três meses é classificada como cefaléia pós-traumática crônica (CPTC). A dor se
localiza, geralmente, na cabeça ou pescoço. A diferença da cefaléia pós-traumática
crônica para a aguda refere-se ao tempo, uma vez que a aguda desaparece dentro de três
meses. Objetivos: Observar a etiologia e os dados clínicos e epidemiológicos da CPTC.
Metodologia: Foi feita uma busca não sistemática na biblioteca eletrônica Scielo, com a
palavra-chave encefaleia pos-traumatica cronica, além de leitura de artigos indicados
pelo orientador. Discussão: O risco de desenvolver cefaléia após um traumatismo
cranioencefálico (TCE) varia de 30% a 90%, tornando-se crônica em aproximadamente
60% dos pacientes. Segundo dados, a CPTC prevalece em mulheres numa relação de
2:1 e ocorrem em sua maioria em traumatismos moderados a leves. A dor da CPTC
pode ser tanto do tipo tensional quanto do tipo migrânea, sendo mais comum o primeiro
tipo. Estudos anatomopatológicos post mortem do tecido cerebral encontraram lesões
microscópicas, incluindo a lesão axonal difusa, já outros estudos encontraram lesões
parenquimatosas e fluxo sanguíneo cerebral diminuído, anormal ou assimétrico. Quanto
à etiologia da CPTC, ela ainda é desconhecida, podendo ser tanto orgânica quanto
psicológica. Em relação ao tratamento da CPTC, usam-se, geralmente, analgésicos
simples como AAS ou acetaminofeno, podendo ser complementados com
antidepressivos tricíclicos ou benzodiazepínicos. Conclusão: O trauma não parece atuar
como “gatilho” para o aparecimento da CPTC, pois na maioria dos casos os TCEs eram
leves, mas a hipótese é que seja um fator de risco juntamente a predisposição genética,
idade, gênero, estresse. Acerca da etiologia, fatores e achados anatomopatológicos
indicam uma origem orgânica, porém necessita-se de maiores estudos para compreensão
e esclarecimento da etiologia.
Referências:
ADRY, R. A. R. C.; LINS, C.C.; BRANDÃO, M. C. M. Aspectos clínicos e
epidemiológicos da cefaléia pós-traumática crônica. Arq. Neurocirurgia 2010; 29(1)
:14-17.
SPECIALI, J. G. Classificação das Cefaléias.
SOUZA, J. A.; FILHO, P. F. M.; JEVOUX, C. C. Cefaléia pós-traumática crônica em
traumatismos crânio-encefálicos leves. Arq. Neuropsiquiatria 1999;57(2-A): 243-248.
MARTINS, H. A. L. [et al]. Post-traumatic headache. Arq. Neuropsiquiatria
2009;67(1):43-45 .
BIGAL, M. E.; BORDINI, C. A.; SPECIALI, J. G. Tratamento da cefaléia em uma
unidade de emergência da cidade de Ribeirão Preto. Arq. Neuropsiquiatria 1999;
57(3-B): 813-819.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL SE
ASSOCIAM COM INDICADORES BIOQUÍMICOS DE RISCO
CARDIOVASCULAR
Arthur da Silva Gomes (apresentador/aluno graduação)
Izabela Nascimento (aluno graduação)
Ana Carolina Pinheiro Volp (professor co-orientador)
Renata Nascimento de Freitas (professor colaborador)
Helena Doria Ribeiro de Andrade Previato (professor orientador)
Departamento de Nutrição Clínica e Social (DENCS) - Escola de Nutrição (ENUT) -
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Minas Gerais, Brasil.
Introdução: A ocorrência de um aumento do processo inflamatório, associado com
anormalidades nos parâmetros do metabolismo da glicose e lipídios, são mais prováveis
em indivíduos com obesidade abdominal-visceral, sendo mais freqüente em obesos, em
conseqüência do aumentado estoque de gordura corporal. Objetivo: Avaliar as
possíveis associações entre medidas antropométricas e de composição corporal com
indicadores bioquímicos de inflamação, glicemia e perfil lipídico. Metodologia: Foram
avaliados 26 indivíduos com excesso de peso, e idade entre 12 e 57 anos. Foram
aferidas as seguintes medidas antropométricas: peso, altura, prega cutânea tricipital,
circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ) e foram calculados o
IMC e a relação cintura quadril (RCQ). Ainda, foi aferido o percentual de gordura
corporal total (%GC) por bioimpedância elétrica. Foram analisadas as concentrações
séricas de leucócitos, linfócitos, glicose, triacilgliceróis, colesterol total, colesterol-HDL
e colesterol-LDL. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando-se o programa
SPSS 17.0. Foi utilizada a correlação de Spearman para rastrear a associação entre as
medidas antropométricas e de composição corporal e os indicadores bioquímicos. Foi
considerado o nível de significância estatística de 5% de probabilidade. Resultados:
Houve correlação direta e significativa entre o peso com glicemia (r= 0,816), IMC com
glicemia (r= 0,658) e RCQ e glicemia (r= 0,829). Para a CC, houve correlação direta e
significativa com o colesterol-LDL (r= 0,821). Não houve correlação entre os dados
antropométricos e de composição corporal com os indicadores bioquímicos de
inflamação leucócitos e linfócitos. Conclusões: Estes resultados confirmam a relação
entre as medidas antropométricas e de composição corporal com indicadores
bioquímicos. Na população avaliada, o acúmulo de gordura abdominal-visceral
(avaliada pela CC) apresentou correlação com alterações metabólicas, determinadas
pelo aumento das concentrações de colesterol-LDL, preditivas de risco cardiovascular.
Referências:
Ascaso JF, Romero P, Real JT, Lorente RI, Martinez-Valls J, Carmena R. Abdominal obesity,
insulin resistance, and metabolic syndrome in a southern European population. Eur J Med
2003; 14: 101-6.
Francisco G, Hernández C, Simó R. Serum markers of vascular inflammation in dyslipidemia.
Clin Chim Acta 2006, 369: 1-16.
REPERTÓRIO DE ATIVIDADES DE RECREAÇÃO E LAZER
Orientador: Dr. Adailton Eustáquio Magalhães
Autores: Cristina Iara Almeida; Daniele Leonora Franciane de Paiva Andrade;
Eliana Aparecida Braga Gomes Caetano; Mauri A. Caldeira Neto; Sandra M. Gomes
Depois da vivencia das aulas de recreação e lazer ministradas no projeto do PET saúde,
Recreio Dirigido, viu-se necessário documentar o repertório de atividades oferecidas
para as crianças de 6 a 10 anos de idade envolvidas nesse projeto. Essas atividades
visam desenvolver os componentes da atividade física relacionados à saúde, tais como,
flexibilidade, capacidade aeróbia, força, resistência muscular e agilidade.
O objetivo aqui é documentar propostas de atividades de recreação e lazer para que
estas possam servir de referencia a outros profissionais de educação física.
Muitos autores e estudiosos sobre lazer, recreação, jogos e brincadeiras divergem em
pensamentos e idéias, e esta pesquisa bibliográfica procurará estabelecer alguns
conceitos sobre estes assuntos de uma forma nivelada e mais coerente, facilitando a
absorção de tais definições e suas abrangências.
Este trabalho também abordará características e comportamentos do nosso público alvo.
Mensurados através da avaliação física e de análise da participação, envolvimento e
grau de satisfação do grupo assistido com o trabalho realizado.
Palavras chave: Lazer, projeto, crianças.
REFERENCIAS:
KOWALSKI, Marizabel. RECREAÇÃO, LAZER, LUDICIDADE E RELAÇÕES
COM A EDUCAÇÃO FÍSICA. [sem pág], [apostila datilografada].
REZENDE, Helder Guerra; SOARES, Antonio Jorge Gonçalves; CORPO DOCENTE
DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO C. JOÃO XXIII. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE
UMA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM DA
EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: UM ESTUDO DE CASO. Revista Perspectivas
em Educação Física Escolar. Niterói: EDUFF, 1(1): p. 26-35
Salto para o futuro. JOGOS E BRINCADEIRA: DESAFIOS E DESCOBERTAS. Ano
XVIII. Boletim 07- Maio 2008. 2 ª edição.
SEMELHANÇAS NEUROANATÔMICAS E NEUROQUÍMICAS PODEM
DIFICULTAR O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE OS TRANSTORNOS
AFETIVO BIPOLAR, OBSESSIVO-COMPULSIVO, A DEPRESSÃO MAIOR E
ESQUIZOFRENIA
Orientadora: Luciana Hoffert Castro Cruz2
Autor Apresentador: Vinícius Boaratti Ciarlariello1 ([email protected])
Co-autores: Pedro Henrique Miranda1, Isadora Pinheiro Becker
1, Luísa Coutinho
Teixeira1.
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a saúde mental é um
termo usado para descrever o nível da qualidade de vida cognitiva ou emocional.
Estima-se que a prevalência de perturbações psiquiátricas na população geral seja cerca
de 30%, e destes aproximadamente 12% sejam perturbações psiquiátricas graves. As
doenças mentais geralmente são caracterizadas pelo surgimento de sintomas positivos e
negativos relacionados aos pensamentos, emoções, comportamento. Objetivo: Elucidar,
através de revisão literária científica atual, as semelhanças das alterações
neuroanatômicas e neuroquímicas de distúrbios psiquiátricos freqüentes, as quais
podem dificultar o diagnóstico das seguintes doenças mentais: transtorno afetivo
bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, a depressão maior e esquizofrenia.
Discussão: O transtorno afetivo bipolar é uma alternância entre os estados cognitivo-
comportamentais de mania e depressão, que afeta principalmente o estriado, núcleo
amigdalóide, córtex pré-frontal, hipocampo e tronco encefálico. O transtorno obsessivo-
compulsivo é uma doença que acomete também o estriado, causando uma seleção
deficiente dos impulsos provenientes do córtex cerebral. O transtorno depressivo maior
é uma alteração persistente do humor e demonstra alterações fisiológicas no córtex pré-
frontal, cingulado, hipocampo, corpo amigdalóide, e núcleo acumbente. A esquizofrenia
é um distúrbio que apresenta distorções características do pensamento e da percepção, e
afetividade inapropriada. Observa-se alteração nos núcleos da base, tálamo, córtex
auditivo e sistema límbico. Em todos os quadros ocorrem alterações na concentração de
neurotransmissores na fenda sináptica e conseqüente distúrbio na eficiência da
transmissão sináptica. Conclusões: Os diagnósticos dessas doenças podem ser
freqüentemente confundidos, devido às semelhanças dos sintomas e das alterações
neuroanatômicas e neuroquímicas.
Referências:
Berne & Levy: Fisiologia / editores Bruce M. Koeppen, Bruce A. Stanton (6ª edição); tradução
Adriana Pitella Sudré et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e
Diretrizes Diagnósticas – Coord. Organização Mundial de Saúde; trad. Dorgival Caetano. –
Porto Alegre: Artmed, 1993. 1 Discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
2 Professora Substituta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto
SAÚDE DO IDOSO: AÇÕES EDUCATIVAS NO PROJETO RECRIAVIDA EM
MARIANA – MG
Orientadora: Adriana Maria de Figueiredo
Autora e apresentadora: Núbia Bernardes Carvalho (nú[email protected])
Co-autores: Marlus Sergio Borges Salomão Júnior
Tatiane Cíntia Nascimento
Tiago César Pereira Ferreira
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Introdução: O Projeto Recriavida é um programa de promoção à saúde da prefeitura de
Mariana-MG oferecido gratuitamente à população idosa. É freqüente, nos participantes
desse Projeto, a presença das situações comuns ao envelhecimento embora nem sempre
elas sejam objeto de reflexão por parte dessa população. Isto causa problemas de adesão
ao tratamento e de regularidade na realização de atividades, fatores que favorecem a
qualidade de vida. Objetivos: Informar e conscientizar os participantes do Projeto
Recriavida quanto às doenças crônico-degenerativas e à importância do tratamento;
Familiarizar o estudante de medicina com a abordagem do paciente idoso; Identificar
problemas de saúde individuais e Atualizar fichas cadastrais. Metodologia: Realização
de dinâmicas de grupo enfocando temáticas sobre envelhecimento saudável e
morbidades inerentes a essa fase da vida. Os temas abordados foram baseados em
sugestões dadas pelos participantes do Projeto tais como sono, vertigem, Hipertensão
Arterial e Diabetes. Cada tema foi trabalhado em dois encontros, um teórico e um
prático, enfocando a participação ativa e a troca de conhecimentos entre discentes e a
população local. Além disso, foi realizado acompanhamento individual dos idosos.
Resultados: Por meio dessas reuniões semanais, com presença de 30 idosos em média,
foram constatados a adesão e o interesse acerca dos temas abordados. Também foi
observada significativa assimilação dos assuntos discutidos, iniciada nas discussões em
grupo após as palestras e que se tornava ainda maior com a abordagem prática do tema.
No acompanhamento individual, pode-se perceber a alta prevalência de Hipertensão
Arterial, sendo os casos graves encaminhados à médica responsável pelo Recriavida.
Conclusões: A importância da disponibilização de tempo e de afeto no processo de
promoção à saúde da população idosa foi um dos fatos mais marcantes. É necessário,
entretanto, que haja uma promoção contínua à saúde em virtude de ainda persistirem
dúvidas quanto ao complexo processo de envelhecimento.
Referências:
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Relatório parcial do PET-
Saúde/UFOP/SMS de Mariana. Ouro Preto: outubro de 2009.
CARVALHO, Fernanda; TELAROLLI JUNIOR, Rodolpho; MACHADO, José
Cândido da Silva. Uma investigação antropológica na terceira idade: concepções sobre
a hipertensão arterial. In: Cadernos de Saúde Pública.Rio de Janeiro, 14 (3), jul-set,
1998.
Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization; tradução
Suzana Gontijo. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.
Sociedade Brasileira de Cardiologia/ Sociedade Brasileira de Hipertensão/ Sociedade
Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial [texto na
Internet]. São Paulo: 2006.
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA ASSOCIAÇÃO DE BENZNIDAZOL E
ITRACONAZOL NO TRATAMENTO DE CAMUNDONGOS INFECTADOS
COM CLONES DE TRYPANOSMA CRUZI PERTENCENTES A GRUPOS
GENÉTICOS DISTINTOS.
Orientadora: Marta de Lana
Autor apresentador: Luísa Coutinho Teixeira ([email protected])
Co-autores: Rodrigo Moreira Silva, Juliane Souza Lanza, Jaquelline Carla Valamiel de
Oliveira.
Laboratório de Doença de Chagas – NUPEB – Universidade Federal de Ouro Preto
Suporte financeiro: FAPEMIG, CNPq e UFOP
Recentemente foram demonstrados os perfis de resistência de clones de T. cruzi
pertencentes a grupos genéticos distintos em relação ao tratamento com benznidazol
(BZ) e itraconazol (IT) administrados separadamente em modelo murino. Tendo em
vista que a politerapia tem sido mais eficiente no tratamento de diversas infecções, o
objetivo deste projeto é verificar a eficácia terapêutica da associação destes dois
compostos empregados no tratamento da doença de Chagas humana, em camundongos
infectados experimentalmente via IP com 10.000 tripomastigotas sanguineos utilizando
clones de T. cruzi pertencentes aos grupos genéticos T. cruzi I, II e V. Assim, quatro
grupos de 8 animais infectados foram divididos em: animais tratados com BZ, com IT,
com BZ+IT e um grupo controle não tratado destinado a avaliação da eficácia
terapêutica. Os animais foram examinados diariamente por exame de sangue a fresco
(ESF) e hemocultura (HC) para confirmação da infecção. No décimo dia pós-infecção
os animais foram tratados por gavagem com 100mg de cada composto, durante 20 e 60
dias com o BZ e IT, respectivamente. A avaliação da eficácia terapêutica foi feita 30 e
60 dias pós-tratamento mediante a realização de ESF e HC. Posteriormente serão
realizados PCR, ELISA e pesquisa de anticorpos anti-tripomastigota vivos pela
citometria de fluxo (AATV). Os resultados preliminares demonstraram que os grupos
tratados tiveram redução significativa da parasitemia em relação ao grupo não tratado.
O clone P209 Cl1 (Grupo T.cruzi I), considerado resistente no tratamento monoterápico
com BZ e IT, não apresentou reativação da parasitemia no ESF e HC mesmo após 60
dias de avaliação pós-tratamento com o protocolo combinado BZ+IT. Foi observada a
ocorrência de falha terapêutica da associação proposta entre os animais infectados com
o clone IVV Cl4 (Grupo T.cruzi II) revelada pela reativação da parasitemia 15 dias pós-
tratamento, corroborando os resultados obtidos no tratamento isolado.
EFEITOS CARDIOVASCULARES DA INJEÇÃO PERIFÉRICA DE
ANGIOTENSINA II E PRAZOSIN EM RATOS SUBMETIDOS À RESTRIÇÃO
PROTÉICA.
Orientador: Leonardo Máximo Cardoso1
Co-Orientador: Deoclécio Alves Chianca Jr.1
Autor Apresentador: Pedro Henrique Miranda2 ([email protected])
Co-autores: Vinícius Nobre Flávio2, Alisson Silva Granato
3.
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
Local: Ouro Preto
Introdução: Dados da literatura sugerem que a desnutrição é um ativador potente do
sistema renina-angiotensina (SRA). Objetivo: Avaliar as respostas cardiovasculares
evocadas pela administração sistêmica de angiotensina II (AngII) em ratos desnutridos e
controle, bem como a participação de receptores α1 na resposta cardiovascular evocada
pela AngII periférica nestes animais. Metodologia: Utilizaram-se ratos Fischer
alimentados com uma dieta contendo 15% de proteína (controle – C, 220 a 330 g) ou
6% de proteína (desnutrido – DP, 71 a 112 g) por 35 dias pós desmame. Sob anestesia
(Ketamina + Xilazina), cânulas de polietileno foram implantadas na artéria e veia
femorais para registro de pressão arterial e injeção de drogas, respectivamente. Foi
construída a curva dose resposta de AngII administrando doses de 50ng/Kg, 100ng/Kg,
150ng/Kg, 200ng/Kg, 300ng/Kg e 400 ng/kg em 0,1 mL/300g de peso corporal.
Prazosin, antagonista α1 adrenérgico, foi administrado na dose de 1 mg/kg de peso
corporal 15 minutos antes da injeção de AngII (200 ng/kg). Resultados: Animais
desnutridos apresentaram respostas pressoras maiores para menores doses (100 ng/kg,
24.3 ± 4.2 mmHg DP vs. 12.0 ± 4.4 mmHg C, n=5-6) e menores para maiores doses
(200, 300 e 400 ng/kg, 24.3 ± 4.2 mmHg; 28.8 ± 5.0 mmHg; 31.7 ± 5.7 mmHg DP; vs.
40.1 ± 5.3 mmHg; 48.6 ± 1.8 mmHg; 45.7 ± 2.4 mmHg C; n=5-6) comparadas às
respostas dos animais controle. A injeção de prazosin gerou uma redução na resposta
pressora da AngII superior a 50% nos animais controle (40,1 ± 5,7 mmHg sem prazosin
vs. 15,4 ± 4,3 mmHg com prazosin; n=6) enquanto que, nos animais desnutridos não
houve redução significativa. Conclusão: Estes dados indicam que a desnutrição
proteica altera as respostas cardiovasculares à administração sistêmica de AngII em
ratos desnutridos e que parte da resposta pressora à AngII pode depender do sistema
nervoso simpático.
Apoio Financeiro: FAPEMIG, CNPq e UFOP.
1 Docentes do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Ouro Preto
2 Discentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto
3 Discente do curso de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto
SÍNDROME DE WALLEMBERG
RELATO DE CASO
Orientador: Dr. Wallace de Almeida Alves, Neurocirurgião
Autor e apresentador: Alessandro de Sousa Veiga
Co-autores: Daniel do Nascimento Antônio
Diogo Milioli Ferreira
Gustavo André Almeida de Oliveira
Introdução: A síndrome da artéria cerebelar inferior posterior tem como
correspondente anátomo-patológico o infarto da porção dorso-lateral do bulbo. Acomete
várias estruturas dando sintomatologia complexa. Pode acometer o pedúnculo cerebelar
inferior acarretando incoordenação de movimentos, o tracto espinhal do trigêmeo e
tracto espino-talâmico acarretando perda da sensibilidade térmica e dolorosa e lesão do
núcleo ambíguo com perturbações da deglutição e da fonação por paralisia dos
músculos da faringe e da laringe. Objetivos: Acompanhar a história clínica de um
paciente com quadro de síndrome de Wallemberg, internado no Hospital Monsenhor
Horta, Marina/MG através de um estudo retrospectivo nos registros médico. Realizar
um levantamento bibliográfico sobre a doença em questão. Método: Estudo
retrospectivo nos registros médicos do paciente em questão e busca na literatura
especializada sobre o agravo. Apresentação do caso. Discussões/Resultados: R.M.A,
Feminino, 34 anos, previamente hígida, deu entrada no H. Monsenhor Horta com
queixando dor súbita e intensa na região cervical posterior, descrita pela paciente nos
mínimos detalhes. Pouco tempo depois sentiu novamente a dor, agora acompanhada de
vômitos e perdeu o “jogo das pernas e do braço direito” caindo ao solo, quando foi
levada ao hospital. Apresentava bom estado geral e Glasgow 15. Ao exame neurológico
apresentava vômitos, disfagia, dificuldade de marcha e nistagmo horizontal, desvio do
olhar conjugado, paralisia da musculatura facial e desvio da úvula para a direita.
Conclusões/Desfecho: A ressonância magnética do tronco cerebral mostrou sinais
sugestivos de infarto isquêmico recente na porção posterolateral direita do bulbo em
território de irrigação da artéria cerebelar inferior posterior.
HAITI: ANÁLISE DE UMA EPIDEMIA
Orientador: Márcio Antônio Moreira Galvão
Autor: Ana Cláudia Ramos Donatelli
Co-autores: Leandro César Ferreira
Letícia Gomes Barcelos
Lívia Caetano Vasques
Mariana Fajardo de Oliveira
Renato Gomes Souza Nascimento
Vanessa Nogueira de Paiva
Introdução: O Haiti ocupa as nada invejáveis posições de país mais pobre do
hemisfério ocidental e de um dos mais pobres fora da África. Situado na América
Latina, possui uma população aproximada de 10 milhões de habitantes, com IDH de
0,404 (145º no ranking mundial dos 169). As condições de saúde são extremamente
precárias, comprovadas pelas baixas taxas de saneamento básico, acesso da população à
água tratada e expectativa de vida. A interação desses fatores favoreceu o surgimento da
epidemia da cólera, cuja transmissão ocorre via fecal-oral, principalmente pela ingestão
de água e alimentos contaminados. Objetivos: Analisar os fatores que proporcionaram
o início e disseminação da epidemia da cólera no Haiti. Discussão: A história da
emergência e impacto da cólera no Haiti é similar ao que foi observado pelo Dr. John
Snow em Londres na epidemia ocorrida em meados de 1800. Ele observou múltiplos
casos e mortes por cólera, comprovando a rota de transmissão pela água. O Haiti sofreu
com o terremoto ocorrido em janeiro de 2010, que destruiu as poucas instalações
sanitárias existentes, deixando a população sem fontes confiáveis de água potável. Além
disso, a aglomeração dos haitianos em campos de refugiados favoreceu o aparecimento,
em 21 de outubro, do primeiro caso de cólera. O surto então ganhou proporções
epidêmicas, agravado pelo furacão Tomas do meio de novembro, registrando-se, até o
dia 26, 60.250 casos de adoecimento e 1603 óbitos. Esses números podem ser
explicados pela ausência de imunidade da população ao Vibrio cholerae, apesar da
epidemia estar sendo causada pelo biotipo El Tor, comprovadamente menos toxigênico
que o biotipo clássico. Conclusão: A cólera é uma doença que afeta principalmente as
populações submetidas a condições precárias de saneamento. Devido à letalidade e ao
risco potencial de disseminação, inclusive para países vizinhos, seu controle demanda
constante vigilância epidemiológica.
A GEOGRAFIA MÉDICA SOBRE A PERSPECTIVA DE JOSUÉ DE CASTRO
Autores: Bárbara Furquim Werneck Campos Valadão, Dhyego Bonelle, Maíra Lucília
Monteiro Ferreira,Otávio Montovanelli Monteiro, Rafaela Gontijo Manso, Sâmara
Corrêa Silva e Sanny Kemelly Miquelante Yoshida.
Orientador: Prof. Márcio Antônio Moreira Galvão
Introdução: A análise da Geografia relacionada aos problemas de saúde foi introduzida
no Brasil na década de 40,destacando-se entre seus expoentes o médico Josué de Castro.
O referido médico não só vislumbrou as questões fisiológicas e nutricionais intrínsecas
à fome, mas também procurou compreender tal problema com o auxílio de análises
sociais. A “Geografia da Fome” é, sobretudo, um ensaio que proporciona um amplo
panorama acerca dos fatores biológicos e sociais da fome coletiva em cinco áreas
brasileiras: Amazônia, Nordeste açucareiro, Sertão nordestino, Centro e Sul do país. A
fome nada mais é do que um manifesto fisiológico de complexos problemas sociais,
cujas causas remontam à própria história de exploração do homem pelo homem.
Discussão: A Geografia Médica, ao buscar a identificação dos locais de ocorrência das
doenças, busca também a descrição e a explicação das diferenças existentes na
superfície terrestre e a relação da humanidade com o meio, oferecendo assim, subsídios
para o avanço das discussões sobre a Epidemiologia das doenças e agravos à saúde e
sobre o processo saúde-doença. Josué de Castro considerava como áreas de fome as
regiões onde mais da metade da população apresentava permanentemente (caráter
endêmico) ou periodicamente (caráter epidêmico, comum nos ciclos de seca do
Nordeste) evidências de alimentação insuficiente ou manifestações orgânicas de
deficiências nutricionais (Castro, 1992). Conclusão: Josué de Castro foi responsável
pela desmistificação do fenômeno da fome e da banalização da mesma. Antes
considerada como resultado de fatores ambientais ou mero fatalismo, a fome passa a ser
vista como fruto das desigualdades sociais.
Referências:
Lemos, J.C.; Lima, S.C. A GEOGRAFIA MÉDICA E AS DOENÇAS INFECTO-
PARASITÁRIAS. Caminhos de geografia Rev.
Arruda, B.K.G. "Geografia da Fome": da lógica regional à universalidade. Cad. Saúde
Pública vol.13 n.3 Rio de Janeiro July/Sept. 1997.
GASPAR, Lúcia. Josué de Castro. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim
Nabuco, Recife. Disponível em: http://www.fundaj.gov.br.
Juliana S Valis. O CIENTISTA DA FOME. Publicado no Recanto das Letras em
23/02/2007.
Castro, Josué de. Geopolítica da Fome: ensaio sobre os problemas de alimentação e de
população. 7a. Edição. Prefácios de Pearl S. Buck, Lord John Boyd Orr e Max Sorre.
Editora Brasiliense, 1965. 467p.
Bizzo, M.L.G. Ação política e pensamento social em Josué de Castro. Bol. Mus. Para.
Emílio Goeldi. Cienc. Hum., Belém, v. 4, n. 3, p. 401-420, set.- dez. 2009.
INSTITUTO OSWALDO CRUZ E A INFLUÊNCIA DAS EXPEDIÇÕES
SANITÁRIAS NA AMAZÔNIA: UM OLHAR PARA O ABANDONO DOS
“SERTÕES”
Orientador: Márcio Antônio Moreira Galvão
Apresentador: Edith Márcia Valadares Silva
Co-autores: Bernardo Pinto Coelho Keüffer Mendonça
Débora Camargos de Lima
Lucas Leandro Araújo Silva
Rodrigo Vieira Gomes
Simone Floresta Leal
Thiago Pereira Andrade
Introdução: As viagens científicas dirigidas aos “sertões” do Brasil, no início do século
XX, estiveram associadas a projetos modernizadores. O Instituto Oswaldo Cruz se
consolidou como instituição científica que desenvolvia atividades sanitárias requeridas
pela construção de ferrovias, acompanhadas de um estudo da forma de transmissão de
doenças e o comportamento de seus vetores. Objetivo: Analisar a relevância de
Oswaldo Cruz e sua visão das condições sanitárias dos “sertões” amazônicos frente à
nascente modernização. Metodologia: Análise bibliográfica de estudos das duas
expedições científicas sobre as condições sanitárias na região amazônica, realizadas
pelo Instituto Oswaldo Cruz em 1910 e 1913. Discussão: A saúde do interior da
Amazônia estava entregue à boa vontade dos patrões dos seringais e dos municípios que
tinham algum lucro com a indústria da borracha. Na Madeira-Mamoré, o impaludismo
era o principal responsável pela insalubridade. Tamanha era sua prevalência que invertia
a relação entre normal e patológico. Oswaldo Cruz atribuiu à saúde pública, com ênfase
para as condições sanitárias da região e da saúde do trabalhador, o papel decisivo na
industrialização da região, através da intervenção na construção de habitações com telas
protetoras contra mosquitos, na implantação de esgotos e abastecimento de água.
Conclusão: A leitura dos relatórios de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas mostra a
importância de perspectivas que articulem região e nação nos estudos em história da
ciência. Nota-se que a Amazônia desafiava a compreensão dos cientistas sobre as
doenças tropicais. As observações de campo descritas nos relatórios, além de trazerem
questões para o estudo e controle das doenças tropicais, inserem-se no movimento de
denúncia das graves condições sanitárias dos trabalhadores da borracha. Além disto,
possibilita o encontro direto dos cientistas com o ambiente e as populações doentes e
confronta-os com o grande desafio de conhecer e controlar a malária e outras doenças
nessa região do Brasil.
Referências:
SCHWEICKARDT, J. C.; LIMA, N. T. Os cientistas visitam a Amazônia: as viagens científicas de
Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v.14,
suplemento, p.15-50, dez. 2007. BENCHIMOL, J.L ; SILVA, A.F.C. Ferrovias, doenças e medicina tropical no Brasil da Primeira
República. Hist. cienc. saude-Manguinhos. 2008, vol.15, n.3, pp. 719-762.
AS INTERAÇÕES GEOGRAFIA-MEDICINA E SUAS APLICAÇÕES NA
ABORDAGEM DO PACIENTE
Orientador: Márcio Antônio Moreira Galvão.
Autor apresentador: Vinícius de Jesus Rodrigues Neves ([email protected])
Co-autores: Evandro Guedes Gonçalves, Felipe Guilherme Nascimento Garcia, Fellype
Rodrigues Freitas Lopes, Lídia de Souza Braz, Luiz Felipe Miranda Mendes, Raphael
Botelho Sá, Saulo Ribeiro Júnior.
O desenvolvimento da Geografia Médica - que estuda a Geografia das doenças -
processou-se com a penetração dos países imperialistas nos trópicos e a necessidade de
garantir as condições de estabelecimento do colono. É ramo da Geografia Humana ou
ainda, da Biogeografia. Objetivamos verificar a relação entre a Geografia Médica e as
doenças tropicais no Brasil, por revisão não-sistemática de artigos presentes no Scielo e
PubMed. A história da Medicina no Brasil pautou-se, inicialmente, no controle das
doenças a fim de não serem levadas aos colonizadores; posteriormente, quando os
colonos já haviam se instalado no país, seguindo-se as tendências mundiais, teve
destaque o modelo de controle biologicista, restrito, focado na enfermidade e não no
contexto biopsicossocial do paciente. Como oposição a essa tendência, ganha força após
a década de 30 o conceito de Geografia Médica, fortemente influenciado pela nosologia
e sua distribuição no ambiente. Desde então, diversos autores têm defendido a
necessidade da aplicação do conhecimento geográfico para a prevenção de
enfermidades, visto que a partir da distribuição espacial podem estabelecer-se relações
com premissas etiológicas, naturais ou sociais dos danos estudados. A geografia, dentro
de toda sua abrangência social, física, climática, humana, política e econômica deverá,
então, ser aplicada de forma ampla a fim de abordar o paciente não apenas em sua
enfermidade, mas em toda sua inserção na sociedade. Isso porque a pobreza, a miséria, a
fome e a desnutrição, a insalubridade, a desesperança, a tristeza, a violência; a
contaminação do ar, das águas, das terras e outros tantos males definem os espaços que
se constroem e se reformulam constantemente. Esses processos e estados contrários
determinam os espaços particulares e identificam e revelam os espaços humanos com
possibilidades de se melhorar a efetividade e a igualdade das ações em saúde.
Referências:
LACAZ, C. S. et al. Introdução à geografia médica do Brasil. São Paulo: Edgard
Blücher/Ed. da USP, 1972.
GATRELL, Anthony C. Geographies of Health: an introduction. Oxford - UK:
Blackwell publishers, 2002.
PEITER, Paulo César. Curso de Geografia da Saúde. Disponível em:
<www.igeo.ufrj.br/gruporetis/cursos. 2010>. Acesso em 12 de Novembro de 2010.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: A CONTRIBUIÇÃO DA FUNDAÇÃO
ROCKFELLER E SUA INFLUÊNCIA NA EXPERIÊNCIA COM A FEBRE
MACULOSA NO MUNICÍPIO DE CARATINGA, MG
Ana Luiza Costa Leite¹
Daniela Fernanda de Almeida Santos¹
Diego Luiz Guimarães Lacerda¹
Marcella Barbosa Sampaio¹
Marcos Rodrigues da Silva¹
Renato de Oliveira Milagres¹
Talitha Cristina Maletta de Moura¹
Márcio Antônio Moreira Galvão²
Introdução: Em 1913 surgiu a Fundação Rockefeller, cuja política de ação, por trás de
um disfarce filantrópico abrangendo a saúde pública na América Latina, assegurava o
êxito da Fundação e contribuía para o sucesso econômico da mesma e dos EUA na
América Latina. Apesar disso, ela também contribuiu para a consolidação das práticas
de Vigilância Epidemiológica no Brasil. Objetivos: Avaliar, no contexto histórico, a
importância da Fundação Rockfeller no âmbito da Vigilância Epidemiológica e
evidenciar a aplicação de princípios dessa vigilância no âmbito das ações investigativas
como no caso da epidemia de febre maculosa Brasileira ocorrida em Caratinga-MG em
1992. Discussão: A ocorrência de óbitos em Caratinga em 1992, de início com
diagnóstico provável depois confirmado de casos devido a febre maculosa Brasileira,
despertou interesse sobre a transmissão do parasito e da dinâmica populacional na
região. A metodologia aplicada incluiu Inquéritos Epidemiológico, Sorológico, de
Vetores e Molecular, de forma que a ocorrência da riquetsiose em questão fosse
analisada da forma mais aprofundada possível. Destacaram-se achados importantes ao
entendimento sobre a dinâmica dos fatores sócio-culturais e biológicos associados ao
processo de saúde e doença. Evidenciou-se que 64,5% dos entrevistados tinham
exposição ao risco de contato com o carrapato transmissor devido à proximidade com o
pasto. Descreveu-se pioneiramente na literatura a infecção por uma mesma espécie de
Riquetsia em mais de uma espécie de carrapato vetor, além da classificação de cães e
equídeos como sentinelas na riquetsiose. Nesse sentido, essa intervenção foi
indiretamente influenciada pelos métodos priorizados e implantados pela Fundação
Rockefeller nas décadas de 30 e 40. Conclusão: A Fundação Rockefeller promoveu a
saúde pública e difundiu práticas epidemiológicas decisivas para a consolidação de um
novo modelo de administração sanitária, a despeito de seus interesses econômicos na
América Latina.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro
Preto.
SISVAN COMO MODELO AVALIATIVO NA CORRELAÇÃO DA RENDA
FAMILIAR E DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS NO DISTRITO DE
CACHOEIRA DO CAMPO, OURO PRETO, MG”
Ana Yin Yin Mao¹
Fernanda Valério Henriques¹
Janaíssa Mara Neto Diniz Ribeiro¹
João Antônio Tempesta Baratti¹
Maria Eugênia Silveira¹
Natália Reis de Carvalho¹
George Luiz Lins Machado Coelho²
Introdução: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)é um sistema
concebido em três eixos: formular políticas públicas; planejar, acompanhar e avaliar
programas sociais relacionados à alimentação e nutrição; avaliar a eficácia das ações
governamentais. Dessa forma cumpre seu papel em auxiliar os gestores públicos na
gestão de políticas de alimentação e nutrição. Objetivo: A partir de dados colhidos
através de aplicação de questionário do SISVAN, avaliar o estado nutricional de
crianças no distrito de Cachoeira do Campo, Ouro Preto, Minas Gerais. Métodos: Foi
aplicado o questionário do SISVAN a 193 famílias residentes nas microáreas 1 e 6 do
ESF Vida em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Minas Gerais.
Posteriormente foram analisados no programa Epi info e Nutrition. Resultados: Em
Cachoeira do Campo, a maioria das crianças se encontrava na condição de normalidade
(66,7%). O que se pôde observar foi uma maior freqüência de crianças em condições de
sobrepeso (13,7%) e obesidade (6,4 %) do que crianças com déficit nutricional leve (9,2
%) moderado (2,8 %) ou grave (1,2%). Foi observada ainda correlação estatística entre
a escolaridade da mãe e renda familiar com o desenvolvimento nutricional da criança.
Com relação ao Programa Bolsa Família, percebeu-se que dentre as crianças que
recebem o benefício há menor porcentagem de desnutrição e obesidade. Conclusão: O
SISVAN é uma boa ferramenta não somente para avaliar condições nutricionais de
crianças, mas também para relacioná-la com condições socioeconômicas.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
INCIDÊNCIA DA TUBERCULOSE EM OURO PRETO, 2002-2009: ANÁLISE
DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL, POR GÊNERO E IDADE
Santana, D. K.¹
Dias, F. M.¹
Lopes, J. F. C.¹
Rocha, M. R. C.¹
Lima, T. L. F.¹
Machado-Coelho, G. L. L.²
A Tuberculose (TB) é uma endemia que esteve presente como problema de saúde
pública no Brasil durante todo o século XX e que ficou conhecida como a calamidade
negligenciada. No Brasil, os dados dos anos recentes indicam tendência descendente
constante na incidência de TB. Em Ouro Preto essa tendência não era conhecida. O
presente estudo se justifica porque apesar de os dados sobre a incidência de TB no
município de Ouro Preto-MG estarem disponíveis no Sistema de Informação de Agravo
de Notificação (SINAN), não existia uma análise de freqüências que demonstrasse a
distribuição temporal,etária e espacial desse dado no município. Este estudo é um
recorte descritivo de série temporal, construído através da análise dos dados da
Secretaria Municipal da Saúde de Ouro Preto, disponibilizados no SINAN. O banco de
dados contém 137 notificações, no período de 2002 a 2009. Os dados coletados foram
analisados através do software EPI-INFO (versão 3.5.1.). No período analisado, a
incidência de TB apresentou uma tendência crescente até 2005, que foi o ano com a
maior taxa de notificações (16,8%). A partir de 2006, observa-se uma tendência de
decrescente na taxa de notificação. Observou-se uma tendência decrescente desde 2006,
ocorrendo mais na região norte da cidade, mais freqüente em homens e na faixa etária
de 20 a 49 anos. Não foi possível avaliar a coexistência TB-HIV uma vez que o campo
destinado à notificação dessa comorbidade estava em branco.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
PERFIL DE CAUSA-MORTE EM OURO PRETO, MG, 2001 A 2005
Gustavo Ferreira Nascimento¹
Gustavo de Freitas Flausino¹
Ismael Eliezer Azevedo¹
Laissa Reis Paixão¹
Luís Felipe C. S. Azevedo¹
Robert Eduardo Emídio¹
George Luiz Lins Machado Coelho²
Introdução: O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) foi criado em 1975,
pelo Ministério da Saúde, para a obtenção regular de dados sobre mortalidade, de forma
abrangente e confiável. Ele visa embasar os diversos gerenciamentos em ações de
saúde. A causa básica da morte é definida como a doença ou lesão que iniciou a cadeia
de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as
circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal, classificada de
acordo com o CID-10. Objetivo: Agrupar os dados de modo a obter a evolução das
causas de mortes no município de Ouro Preto, nos anos de 2001, 2003, 2004 e 2005,
estratificadas por sexo. Métodos: Foi obtido junto a secretaria Municipal de Saúde os
registros acerca dos atestados de óbitos referentes a esses anos. Tais dados foram
analisados no programa EpiInfo, versão 3.5.1, utilizando o teste qui-quadrado. Foram
considerados significativos os resultados cujo p<0,05. Resultados: O perfil de Causa-
morte da cidade de Ouro Preto no período analisado teve poucas variações
significativas. A causa mais prevalente nesse período foram as doenças do aparelho
circulatório (33,2%), destacando-se Acidente Vascular Encefálico (7,9%), Infarto
Agudo do Miocárdio (5,0%) e Insuficiência Cardíaca Congestiva (4,3%). Destaca-se
também mortes decorrentes de complicações de neoplasias (11,8%), doenças
respiratórias (8,3%), causas externas (7,9%) e doenças metabólicas (5,5%). Conclusão:
O SIM proporciona a produção de estatísticas de mortalidade e a construção dos
principais indicadores de saúde, permitindo estudos não apenas do ponto de vista
estatístico epidemiológico, mas também do sócio-demográfico. No entanto, problemas
relativos ao processo de preenchimento do atestado de óbito, como ausência de
informações e classificações muito genéricas limitam as análises descritivas. Além
disso, deve-se considerar problemas relacionados à subnotificação, muito prevalente em
nosso país, ou erros de definição de causas-morte.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE NA CIDADE DE
OURO PRETO, MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 2002 A 2009
Alessandro Sousa Veiga¹
Aline Fernandes Silva¹
Daniel do Nascimento Antônio¹
Diogo Milioli Ferreira¹
Gustavo André Almeida de Oliveira¹
George Luiz Machado Coelho²
Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica de caráter
endêmico, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo com predileção pela pele e
nervos periféricos. Essa destaca-se entre as morbidades que originam incapacidades.
Objetivo: O estudo traçou o perfil epidemiológico da Hanseníase em Ouro Preto, no
período de 06 de março de 2002 a 19 de agosto de 2009. Métodos: : O desenho do
estudo é do tipo série temporal descritivo. Foram estudados os casos de hanseníase
notificados ao Ministério da Saúde (Brasil) através da Ficha de Notificação/Investigação
de Hanseníase Resultados: No período de 2002 a 2009, foram notificados 108 casos de
hanseníase na cidade de Ouro Preto, MG. O coeficiente de detecção anual de casos
novos variou de 0,6 a 5,8 por 10.000 habitantes, com média de 2,0 casos/10000hab.
70,2% dos pacientes residia na zona rural, 27,9% na zona urbana, e 1,9% na zona
periurbana. Apenas 45,9% dos casos foram notificados quanto ao bairro e foi observada
prevalência de 60% no Bairro Santa Rita de Ouro Preto. Houve predominância da
doença no sexo feminino (58,3%). A hanseníase é uma doença com maior número de
casos na faixa de 20 a 50 anos (MOREIRA, 2002), fato confirmado neste estudo cuja
média de idade foi de 50,28 anos. 54,2% da população estudada era parda, 21,5% era
branca e 24,3% era preta. Considerando-se a data de início dos sintomas e a data de
notificação, evidencia-se que 42,6% (46) dos pacientes descobriram ser portadores da
Hanseníase no dia da notificação e 57,4% (62) já apresentavam sintomas. Conclusão: O
perfil epidemiológico da Hanseníase em Ouro Preto é característico de zona endêmica.
A subnotificação de casos dificultou a obtenção de dados para realização do estudo.
Essa deficiência também pode prejudicar a classificação e a formulação de estratégias
junto aos serviços de saúde para aperfeiçoar o tratamento da doença.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professor Associado Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de
Ouro Preto.
VARICELA SEM COMPICAÇÃO EM OURO PRETO –MG
Daniela Andrade Albergaria¹
Marco Túlio Froes Duarte¹
Núbia Bernardes Carvalho¹
Tatiane Duarte Figueiredo¹
Thiago Amorim Ribeiro da Cruz¹
George Luiz Lins Macgado-Coelho²
Introdução: A varicela, ou catapora, é uma doença aguda contagiosa causada por vírus,
caracterizada por erupção vesicular generalizada. A maioria dos indivíduos a contrai na
infância, adquirindo imunidade. A doença se dissemina por contato direto embora a
disseminação aérea também já tenha sido demonstrada, especialmente em hospitais.
Ocorre mais entre o inverno e a primavera. Dados dessa doença, e de várias outras, são
notificados pelos funcionários de saúde de vários municípios e armazenados no Sistema
de Informação de Agravo de Notificação (SINAN). Objetivo: Avaliar a distribuição
temporal e espacial da varicela na população de Ouro Preto-MG entre os anos de 2007 a
2010; caracterizar a doença, no município, quanto à idade e sexo; identificar, entre os
indivíduos vacinados, o lote que mais apresentou falhas. Métodos: Utilizou-se do
SINAN para a obtenção do banco de dados de casos de varicela sem complicações
(ficha B01.9), analisados pelo EpiInfo. O Excel foi utilizado na criação de gráficos.
Resultados: Quanto à distribuição espacial, os bairros São Sebastião e Alto da Cruz
apresentaram maior prevalência de varicela sem complicação, 14,24% e 9,21%,
respectivamente. A prevalência da doença aumentou entre anos de 2008-2010 em
relação aos anteriores, com pico entre agosto e novembro. Foram identificados 73 casos
(29,08% dos casos de 2008) em setembro. 71% dos indivíduos acometidos tinham de 0
a 6 anos. Mulheres foram acometidas em 51% dos casos. 12,57% dos indivíduos
doentes foram vacinados com o lote 2009011. Conclusão: A diferença de prevalência
dos anos de 2008-2010 para os anteriores pode ser explicada por um aumento da
notificação. O pico do número de casos corresponde ao fim do inverno e início da
primavera, decorrente do maior contato entre os indivíduos no tempo frio. A maior
prevalência entre crianças de 0 a 6 anos vai de encontro aos dados epidemiológicos
existentes.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professor Associado do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
ALCOOLISMO: PROBLEMATIZAÇÃO DA ATENÇÃO EM SAÚDE COM
BASE EM RELATO DE CASO
Cezar Augusto Lamberti¹
Tiago César Pereira Ferreira¹
Hendrik R.Oliveira Carvalho¹
Felipe da Mota Mariano¹
Marlus Sergio Borges Salomão-Junior¹
Palmira de Fátima Bonolo²
No ano de 2005, o CEBRID-Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas realizou um estudo, indicando que o número de brasileiros, com idades
entre 12 e 65 anos, dependentes de bebidas alcoólicas foi de 12,3%, o que corresponde à
população de 5.799.005 pessoas. A assistência a esses usuários de álcool deve ser
oferecida em todos os níveis de atenção, devendo estar inserida na atuação da Estratégia
de Saúde da Família, Programa de Agentes Comunitários de Saúde e da Rede Básica de
Saúde. Através de um relato de caso, visou-se analisar e problematizar a interação do
paciente com o modelo de atenção para o alcoolismo estabelecido em Ouro Preto,
avaliar riscos individuais e conhecer as implicações do alcoolismo no âmbito familiar,
social e ocupacional. Foram realizadas entrevistas abertas com o paciente e familiares,
além do acesso ao prontuário deste. A rede social de suporte do paciente demonstrou
um apoio importante no tratamento do alcoolismo, configurando uma rede formada pelo
apoio de amigos, um ambiente de trabalho favorável e suporte familiar. O
acompanhamento do paciente foi realizado pelo CAPSad, com atenção especializada em
Psiquiatria e Clinica Geral. Vale ressaltar que os encaminhamentos para o centro de
atenção secundária, realizado em dois momentos, foram feitos por intermédio da família
e do patrão, respectivamente, não havendo contato com a atenção primaria de
referência. Algumas dificuldades impostas pela organização da Unidade Básica, como a
falta de ACS na microrregião do paciente em questão, predispôs esse distanciamento,
sendo por isso, difícil a caracterização do risco. Desse modo, apesar do importante
apoio constituído pela rede social do paciente, a não interação entre os níveis de
cuidados primários e secundários, expos o paciente a maior vulnerabilidade,
dificultando o acompanhamento e resolução do problema.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
CUIDANDO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS COM ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Geizon Souza Barbosa¹
Bruno Terra Junho¹
Cássia Rafaela Leão de Brito¹
Guilherme Almeida Maia¹
Marcos Kamilo Castro e Fonseca¹
Tatiane Rufino Vieira¹
Palmira de Fátima Bonolo²
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) caracteriza-se por uma alteração no
fluxo sanguíneo encefálico resultando em destruição tecidual. Os fatores de risco para
essa patologia incluem idade avançada, hipertensão, tabagismo, diabetes mellitus,
sedentarismo e estresse. Assim, os graduandos do 6° período de Medicina da
Universidade Federal de Ouro Preto propuseram esse tema a ser realizado no Lar São
Vicente de Paulo, Ouro Preto/MG, (LSVP) vinculado à disciplina Políticas,
Planejamento e Gestão em Saúde. Objetivo: Orientar os cuidadores sobre os cuidados
com os pacientes com AVE, visando à detecção precoce dos possíveis casos nos idosos
residentes no LSVP, buscando assim a melhora da qualidade de vida deste grupo.
Métodos: Foram identificados dentre os 71 residentes, por meio da análise dos
prontuários médicos, 13 idosos que sofreram episódios de AVE. Aplicou-se um
questionário próprio aos cuidadores que prestam serviços ao LSVP, objetivando
identificar os temas relacionados ao AVE considerados como mais importantes e/ou que
necessitam de maiores esclarecimentos. Aplicou-se o questionário Katz com cada
paciente que já sofreu um AVE. A partir dessas informações elaborou-se uma palestra
destinada aos 14 cuidadores visando aperfeiçoar o cuidado com esses pacientes.
Resultados: O curso contou com a participação de 71,4% dos cuidadores convidados.
Porém, superando nossas expectativas, funcionários de outros setores compareceram à
palestra, totalizando 26 participantes. Foram confeccionados banners de caráter
instrutivo que foram afixados em locais de acesso dos funcionários. Conclusão: Perante
a alta prevalência de AVE em idosos na população estudada e o alto risco de novos
casos, devido ao fato de a mesma compor um importante grupo de risco, faz-se
necessário o estabelecimento de políticas contínuas de educação e treinamento da
equipe envolvida no cuidado, possibilitando uma melhor assistência além do aumento
da qualidade de vida desses pacientes.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
PACIENTE DE OURO: IDENTIFICAR E MOTIVAR OS DESVIOS POSITIVOS
NA SAÚDE
Leonardo Pereira Ramiro¹
Mariana Carla Santos Rossini¹
Samuel Andrade de Araújo¹
Stéphanie Duffles Franco¹
Vitor Alves Dourado¹
Palmira de Fátima Bonolo²
Introdução: Desvio Positivo (DP) é aquele que possui atitudes, práticas estratégicas ou
comportamentos especiais que favorecem um desempenho mais efetivo, permitindo
encontrar melhores soluções para os problemas do que outros membros da comunidade,
que possuem os mesmos recursos sócio-econômicos. Oprincípio do modelo de DP é a
“valorização apreciativa” mudando o foco de barreiras e deficiências, para o
reconhecimento e disseminação de ações positivas. A Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) é 1ª causa de mortalidade no Brasil (30,8%), afetando cerca de 17 milhões de
pessoas. Apenas 33% dos hipertensos controlam a pressão arterial (PA), sendo o
tratamento farmacológico o mais eficaz atualmente. Dentre os fatores que corroboram
para tal quadro cita-se a má adesão ao tratamento médico com uma prevalência entre
53% e 69,5% no Brasil. A análise dos cadastros do HiperDia permite a identificação de
hipertensos controlados na população coberta. Objetivo: Identificarpacientes que
utilizam adequadamente os recursos que dispõem para alcançar e manter o controle da
hipertensão arterial (DPs) no distrito de Antônio Pereira; implementar o modelo de
intervenção positiva. Métodos: Realizou-sea análise dos cadastros do HiperDia da
Unidade Básica de Saúde local, a partir da qual os possíveis DP foram selecionados
seguindo as características pressóricas e antropométricas; com a ajuda dos informantes-
chave, tais indivíduos foram visitados e manifestaram interesse em participar do
projeto; grupos informativos foram realizados com DPs. Resultados: Identificação (a
partir de 218 indivíduos cadastrados no HiperDia) de DPsna comunidade de Antônio
Pereira (n=3905), de ambos os sexos.Realização de oficinas informativas com os DPs.
Conclusão: Trabalhar com o modelo de Desvio Positivo em HASé um caminho
promissor no campo da saúde coletiva. Há desafios a serem superados, como a
capacitação dos DPs para se tornarem multiplicadores na comunidade não-controlada e
maior compreensão das equipes de saúde das Unidades Básicas acerca do tema.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
HIPERTENSOS NÃO-ADERENTES AO TRATAMENTO NO PSF
AMARANTINA: UM PROJETO DE INTERVENÇÃO”
SANTOS, M.O.¹
TOLEDO, A.S.F.¹
BASTOS, N.B.¹
BRAGA, P.H.¹
OLIVEIRA, T.A.¹
SALES, M.L.¹
BONOLO, P.F.²
Introdução: Na redução dos níveis pressóricos e na sua manutenção, constituem
possíveis alvos de intervenção: práticas de exercícios físicos, adoção de dietas
adequadas, mudança de estilo de vida, cessação do tabagismo e adesão ao tratamento
medicamentoso, cujo grau de adesão, em geral, é baixo. Constituem-se nós críticos para
a resolução desse problema a compreensão da receita médica e a percepção da doença e
suas complicações. Objetivo: Avaliar o grau de adesão à terapia medicamentosa entre
os hipertensos estágios II e III, classificados pelo HIPERDIA e orientá-los quanto ao
uso correto dos medicamentos e as complicações da enfermidade, na ESF Amarantina
em Ouro Preto. Métodos: Foram selecionados, pelos cadastros do HIPERDIA, 116
pacientes hipertensos. Dentre esses, 68 foram submetidos à aplicação de uma entrevista
pelo questionário de Morisky-Green e Haynes-Sackett e tiveram seus medicamentos
contados. Suas pressões arteriais foram aferidas e foram orientados acerca da
administração adequada dos medicamentos anti-hipertensivos e das complicações da
hipertensão arterial não controlada. Posteriormente, os dados foram computados e
analisados pelo Epi Info. Resultados: Foram entrevistados 68 (58,6%) cadastrados no
HIPERDIA. Quando se considera os 3 métodos de adesão ao tratamento de maneira
conjunta, 17,6% dos pacientes foram classificados como aderentes. Embora os pacientes
tenham sido selecionados por apresentarem pressão arterial sistólica maior ou igual a
160 mmHg e/ou pressão arterial diastólica maior ou igual a 100 mmHg, sendo
classificados, portanto, como hipertensos estágio III, apenas 19,1% dos pacientes
apresentavam níveis pressóricos dessa magnitude no momento da aplicação do
questionário. Conclusão: A prevalência de adesão usando o Teste de Morisky-Green
(22,1%) foi inferior à descrita na literatura internacional e semelhante à encontrada em
estudos nacionais. Dentre os pacientes aderentes, 75% apresentaram níveis pressóricos
superiores a 130 x 89 mmHg. Foram realizadas orientações individuais sobre adesão,
bem como as complicações advindas da não adesão ao tratamento.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto.
PROJETO AVALIAR SAÚDE: UMA ANÁLISE MULTIFATORIAL DOS
IDOSOS DE CACHOEIRA DO CAMPO, OURO PRETO-MG/MICROÁREAS
UM E SEIS
Natália Silveira¹
Alexandrina Batista¹
Diego Andrade Leal¹
Fabiana Chamon¹
Helivelton Rocha Azevedo¹
Lívia Ferreira Fernandes¹
Norberto José Reis¹
Mariana Augusta S. Sobral²
Ivan Batista Coelho³
Palmira De Fátima Bonolo³
Introdução: O Brasil é um país que vivencia processo de transição demográfica, apesar
de municípios como Ouro Preto se encontrarem com distribuição anterior a esse evento
epidemiológico. Contudo, é preocupante a saúde de idosos, pois 15,7% dessa população
são analfabetas, maior risco para perda de autonomia. A Unidade Básica de Saúde
(UBS) Vida atua com abrangência de 4671 usuários, o que pode prejudicar a assistência
aos idosos, pois ultrapassa o limite preconizado. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida
e identificar riscos para a perda da autonomia dos idosos, sendo os casos reportados ao
médico da UBS, a quem compete interpretar os dados e julgar atender ou encaminhar os
mesmos. Métodos: Foi incluída a população sexagenária do bairro Vila Alegre de
Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, que aceitou todos os termos do Projeto,
com a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As atividades básicas
de vida foram avaliadas pelo Índice de Katz (IK) e a qualidade de vida pelo SF-36,
sendo sucedidos por pequena avaliação física dos sinais vitais e de funções
neurológicas. Os dados foram analisados por meio do programa Epi Info ™ 3.5.1,
utilizando os testes ANOVA e regressão linear, conforme a natureza dos dados.
Resultados: Nos oito domínios do SF-36, houve um rendimento inferior a 60% dos
idosos entrevistados, sendo que a perda de capacidade funcional teve associação
positiva com estado e saúde e vitalidade, que a explicam em 21% e 34%
respectivamente. Quanto ao IK, o maior grau de dependência foi encontrado quanto ao
controle dos esfíncteres. Pressão de pulso acima de 40 mmHg foi encontrada em 90%
da população. Conclusão: Foi percebida uma baixa qualidade de vida pelo SF-36,
ocorrendo concomitância de problemas físicos e psicológicos interferindo para perda de
autonomia, e uma provável demanda reprimida.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Preceptores PET-SAÚDE UFOP. 3. Professora Adjunta do Departamento de Ciências
Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto
INFORMAÇÃO E VACINAÇÃO CONTRA A HEPATITE B COM
ADOLESCENTES DE OURO PRETO/MG
André Silva Rodrigues¹
Filipe Garcia Moreira¹
Luis Felipe Cintra Pereira¹
Luiz Augusto Martins Silva¹
Júlia Bamberg Cunha Melo¹
Felipe dos Santos Nascimento¹
Tiago Soares Baumfeld¹
Palmira De Fátima Bonolo²
Introdução: A Hepatite B é uma doença viral que pode levar a complicações graves
como cirrose hepática e hepatocarcinoma. A inserção da vacina de Hepatite B no
calendário vacinal do Ministério da Saúde somente a partir de 2000 deflagra suspeita de
baixa cobertura entre os jovens de 10 a 19 anos no Brasil. No contexto da disciplina
Políticas, Planejamento e Gestão em Saúde, fez-se uma pesquisa-ação, em parceria com
a Secretaria de Saúde, com 250 adolescentes de 10 a 19 anos da Escola Estadual de
Ouro Preto - Polivalente, Ouro Preto/MG. Objetivo: Informar e sensibilizar os
adolescentes sobre a Hepatite B, seus riscos, modos de contato e formas de prevenção;
Vacinar os jovens. Métodos: Aplicou-se um questionário pré-intervenção, para avaliar
risco e informação da população em estudo. Utilizou-se material gráfico nas palestras.
Na sensibilização, utilizou-se dinâmicas participativas. Fez-se uma campanha de
vacinação na escola. Resultados: Dos 250 respondentes do questionário, 45,6% eram
homens. Mais de dois terços dos adolescentes associaram vacina a dor ou medo. Cerca
de 10% associaram vacina à prevenção. Somente 30 adolescentes levaram o cartão de
vacina na campanha. Desses, 22 estavam com o cartão em dia, 7 vacinaram contra febre
amarela (reforço) e um vacinou para febre amarela e tomou a 3º dose da Hepatite B.
Conclusão: A baixa adesão dos jovens à campanha pode ter sido causada pelo medo de
vacina relatado por mais de dois terços deles. A necessidade do cartão de vacina, apesar
de ser rotina dos serviços de saúde, refletiu a perda de uma oportunidade de vacinação
de inúmeros adolescentes. A visita domiciliar e o cartão espelho (cópia do cartão
original) podem ser alternativas para a maior cobertura vacinal dessa população. Além
disso, constatou-se a dificuldade de se trabalhar com ações de promoção e prevenção à
saúde com indivíduos dessa faixa etária.
1. Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
2. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal
de Ouro Preto