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CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE

DEPARTAMENTO DE PLANEAMENTO E GESTÃO URBANíSTICA

INFORMAÇÃO

ASSUNTO: ESTIMATIVA DE CUSTOS DE OBRAS -INTERPRETAÇÃO DO RMUE

Data: 2007.03.05

Encaminhamento: Despacho:

Têm chegado a este departamento vários pedidos de esclarecimento sobre a interpretação do disposto

no n02 do art° 4° do Regulamento municipal da Urbanização e da Edificação.

Com efeito, a disposição regulamentarem causa estabelece que a estimativa orçamental por metro

quadrado de construção é fixada por" metro quadrado de área útil de construção fixado anualmente em

Portaria, para efeitos de aplicação do n01 do art° 7° do Decreto - lei n013/86, para a "zona 11", segundo a

fórmula:

"2 - A estimativa orçamental deve ser calculada em função do valor unitário por metro quadrado de

construção legalmente fixado para a zona onde se insere o Município de Peniche, não podendo ser

inferior à que resulta da seguinte fórmula:

E (€) ;;:V x K

Em que:

a) E (€) - Valor em euros da estimativa de custos;

Grafinal-Águeda Formato A 4

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b) V - Valor em euros para efeitos de cálculo correspondente ao custo por metro quadrado de área

útil de construção fixado anualmente em Portaria, para efeitos de aplicação do n.o 1 do artigo 7. o

do Decreto-Lei n.o 13/86, de 23 de Janeiro, para a zona li;

c) K - Coeficiente a aplicar consoante a tipologia de construção:

K = 0,65 - Habitação unifamiliar e colectiva;

K = 0,35 - Caves, garagens e anexos;

K = 0,50 - Estabelecimentos comerciais e serviços;

K = 0,50 - Estabelecimentos industriais;

K = 0,25 - Construções agrícolas e agro-f1orestais;

K = 0,08 - Muros confinantes com a via pública (metro linear);

K = 0,10 - Muros de divisão de estremas (metro linear)."

Desde o início da entrada em vigor do RMUE que o nosso entendimento tem sido que esse valor/m2 que

resulta da aplicação da fórmula (E), é aplicada à área bruta de construção e não à útil. Temos

considerado que "K" seria, no caso das construções habitacionais, precisamente o equivalente ao factor

da conversão do custo/m2 de construção de área útil para área bruta.

Todavia, agora que este problema se coloca com maior frequência, quando se lê e interpreta o

regulamento, nada nos permite da letra do mesmo fazer esse entendimento, muito pelo contrário. Trata­

se de uma situação que não foi acautelada como deveria na redacção do n02 d? art° 4°. E se a nossa

interpretação até poderá encontrar uma justificação técnica quanto às construções para fins

habitacionais, já a mesma lógica não poderá ser aplicada a todas as outras.

Acresce que, o sistema utilizado para cálculo da estimativa de custos mínima é semelhante ao modelo

utilizado pela Câmara da Lourinhã, sendo certo que, uma das razões de algumas reclamações por parte

dos técnicos autores dos projectos, tem precisamente a ver com as disparidades de resultados entre os

dois concelhos vizinhos, não obstante no caso da Lourinhã, a questão da área bruta estar perfeitamente

clarificada na definição de "V". Ainda assim, quer pelo facto da Lourinhã estar inserida na zona 111 (+

10.4%), quer ainda porque a Câmara de Lourinhã estabeleceu um K (máximo) = 0.60, enquanto Peniche

tem 0,65, o valor unitário de estimativa mínima de construção habitacional é de 334,37 €/m2 ·enquanto

que para o concelho de Peniche é de 399.28 € ( + 65,51 €/m2).

Ora, se em ambos casos for utilizada a área bruta de construção, existe uma disparidade de mais de

15% entre os dois concelhos vizinhos, o que não é de somenos importância dado que um mesmo

"construtor", muitas vezes, tem alvará com classe suficiente para realizar determinada obra no Concelho

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Grafillal-Águeda Formaro A 4

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de Lourinhã e já não o tem para o Concelho de Peniche, para uma obra com área e natureza

semelhante. Actualmente, não há qualquer razão plausível que justifique esse facto.

Face ao descrito no nosso regulamento e à disparidade atrás referida, propõe-se o seguinte:

1. Que face à interpretação do regulamento actual, se aceite, sempre que técnico autor do projecto

assim o entender, a aplicação do custo actualmente estipulado à área útil de construção, na

condição dessa área útil estar perfeitamente calculada e descriminada em planta.

2. Que juntamente com a proposta de alterações regulamentar seja incluída uma proposta para

alteração desta disposição, que permita, tanto quanto possível, a harmonização de valores com

os concelhos vizinhos.

3. A proposta de alteração deverá ser presente à Câmara para apreciação no prazo máximo de 60

dias.

Caso, a Ex. ma Câmara concorde com esta orientação, a mesma deverá ser comunicada aos técnicos

autores dos projectos e devidamente publicitada no Portal da Câmara Municipal.

À consideração da Ex.ma Câmara

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Grafinai-Águeda Formaro A 4


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