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Cancro oculto e trombose- conceito, biologia e e.ologia -

Marta AmaralServiço de Medicina Interna e Cuidados PaliativosIPO de Coimbra, Francisco Gentil E.P.E.

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O tromboembolismo venoso (TEV) é uma manifestação comum nos doentes com

cancro.

Entre os doentes com TEV sintomático

10-20% têm cancro activo conhecido

20% não têm causa subjacente identificável (TEV idiopático)

Pode ser a primeira manifestação de malignidade, precedendo o diagnóstico de

cancro em meses ou anos.

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cancro

trombose

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1865

Armand Trousseau

Jean-Baptiste Bouillaud

1823

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Trousseau descreveu a trombose como primeira manifestação do cancro(relação causal)

Cancro oculto?

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1865

Armand Trousseau

Jean-Baptiste Bouillaud

1823

1935

Illtyd e James

Diagnóstico de cancro gástrico meses após um

evento trombótico

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Ajit Varki. Trousseau's syndrome: multiple definitions and multiplemechanisms. Blood 2007 110:1723-1729

“Parece razoável restringir o uso do termo Síndrome de Trousseau a eventostrombóticos inexplicados que precedem o diagnóstico de uma malignidadeoculta ou aparecem concomitantemente com o tumor”

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ü Até 1951 a associação entre trombose e cancro oculto foi baseada apenas em

relatos de casos e necrópsias.

ü Ackerman RF et al(1951) - investigação retrospetiva sobre prognóstico e

morbilidade da tromboflebite idiopática. Entre os 67 doentes com TEV, 6

(9%) tinham malignidade oculta subjacente.

ü Gore JM (1982) - primeiro estudo de coorte apropriado. Doentes com

embolia pulmonar (EP) tiveram maior prevalência de diagnóstico de cancro

nos 2 anos após o evento trombótico (em comparação com doentes sem EP)

e quase todos os cancros estavam ocultos na altura do evento

tromboembólico.

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Otten HM and Prins MH. Venous Thromboembolism and OccultMalignancy. Thromb Res. 2001 Jun 15;102(6):V187-94

Ø Nos ensaios mais antigos, para além da dificuldade em diagnosticarobjectivamente a TVP/EP, muitos cancros só seriam ocultos porque não sedispunham de meios adequados para o seu diagnóstico.

Ø Casos que são diagnosticados com base em análises simples de rotina e Rx tóraxprovavelmente não se poderão chamar de cancros ocultos.

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Estes autores consideraram cancros ocultos na altura do TEV, aqueles detetados até 3anos após o evento tromboembólico, não conhecidos previamente e não detectados porexames de rotina na altura desse evento.

ü A prevalência de cancro oculto em doentes com TEV idiopático foi mais elevada(risco3 a 5x superior) do que em doentes com TEV secundário.

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Aproximadamente 10% dos doentes que se apresentam com tromboseidiopática são diagnosticados com cancro dentro de alguns anos após oevento trombótico.

Van Dormaal et al (2011) – a taxa de diagnóstico de cancro oculto ao longode um período de 2,5 anos variou de 3,7 a 5% (rastreio exaustivo Vs limitado).

Klein et al (2017) – A prevalência de cancro oculto foi 6.8%

Khan et al (2017) - A prevalência de cancro oculto diagnosticado no primeiroano após o TEV foi 5%

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O cancro oculto após TEV é mais prevalente em

ü doentes mais velhos (> 60 anos)

ü género masculino (?) – [risco 1.28 vezes > relativamente a género feminino no estudo de Chung et al (2012)]

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ü Tabagismo activo

ü TVP bilateral

ü TEV recorrente

ü Trombose venosa em locais não usuais (MS, pescoço, veia cava, circulação visceral, portal ou cerebral)

ü Anemia, eosinofilia

ü D-dímeros > 4000ng/mL

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O diagnóstico de cancro oculto é mais frequente

ü TEV idiopático Vs secundário (risco 2 a 8x>)

ü TEV idiopático Vs ausência de TEV

Ligação biológica/causal entre o cancro oculto e o TEV

ü Nos primeiros 6 meses a 1 anoapós o evento tromboembólico(depois desse período, o risco émuito ligeiramente superior ao dapopulação em geral)

Sørensen HT et al. The risk of a diagnosis of cancer after primary deep venousthrombosis or pulmonary embolism. N Engl J Med. 1998 Apr 23;338(17):1169-73.

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Biologia

mecanismos protrombóticos

mecanismos anticoagulantes

cancro

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ü Fator tecidual (FT)

Encontrado quase constitutivamente na superfície de células de tumoressólidos (ovário, estômago, rim) e células de leucemia mielóide aguda.

A sua expressão pode correlacionar-se inversamentecom o grau de diferenciação do tumor.

Já foi encontrado em elevadas concentrações em tumores primários muito pequenos e mesmo assim capazes de induzir tromboses sistémicas major.

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ü Micropartículas contendo FT

Frequentemente encontradas em doentes com cancro avançado

Níveis elevados podem estar associados com ocorrência de TEV.

Parece ser a causa mais provável de tromboses à distância.

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ü Fator procoagulante do cancro

Cisteína protease dependente de cálcio que foi encontrada em tecido maligno e fetal, mas não em tecido normalmente diferenciado.

Activa diretamente o fator X, independentemente do complexo FT/factor VIIa.

Foi descoberto em extractos de células obtidas de doentes com leucemia promielocíticaaguda, melanoma, cancros do cólon, mama, pulmão, próstata e rim.

Contaminação?

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ü Monócitos

ü Plaquetas

ü Células endoteliais

ü Neutrófilos

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ü Mucinas

Produtos secretórios das células epiteliais, frequentemente transportadoras de glicanos.

Tornam-se glicosiladas de forma aberrante em carcinomas e são secretadas deforma abundante para a corrente sanguínea à maioria eliminada por recetores deglicanos no fígado à as que resistem são fortemente sialiladas (componentebiologicamente ativa)

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ü Polifosfatos

Nigel S. Key. New players in Trousseau syndrome. Blood 2015 126:1270-1272

ü Óxido nítrico

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ü Oncogenes

Ø Ativação de oncogenes

K-ras EGFR MET

Ø Inativação de genes supressores tumorais

p53 PTEN

FTCOX-2PAI-1

Fenómenos tromboembólicos

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ü Citocinas

ü FT nas células endoteliais e monócitos

ü moléculas de adesão celular

ü fator ativador de plaquetas

ü inibidor do ativador do plasminogénio tipo 1

Células tumorais TNFα e IL1β

aumentam a expressão de

diminuem a expressão de

ü trombomodulina

ü recetor da proteína C das células endoteliais

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Ajit Varki. Trousseau's syndrome: multiple definitions and multiple mechanisms. Blood 2007 110:1723-1729

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Homens de meia idade, sem cancro, com ativaçãopersistente da coagulação, tiveram maior risco decancro (sobretudo do trato digestivo) e cancros maisagressivos, condicionando menor sobrevida.

A ativação persistente da coagulação desempenha

um papel na fase pré-clínica do cancro e está

associada com incidência aumentada de malignidade

clinicamente evidente.

Miller GJ et al. Increased incidence of neoplasia of the digestive tract in men with persistent activation of the coagulant pathway.J Thromb Haemost. 2004 Dec;2(12):2107-14.

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Estudos revelaram que

Ø a heparina tem propriedades antineoplásicas e um efeito inibitóriosobre o crescimento tumoral e metastização

Ø o tratamento com HBPM está associado a vantagens de sobrevivênciaem doentes com cancro

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Cancro Trombose

cancro causa trombose

a trombose afeta a biologia do cancro

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ü Angiogénese mediada pelo FT

Joanne E Bluff et al. Tissue factor, angiogenesis and tumourprogression. Breast Cancer Research 2008 10:204

O FT é provavelmente um importantemediador entre a ativação da coagulação eo crescimento tumoral, ao promover aangiogénese.

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ü FT e transformação oncogénica

Joanne L. Yu et al. Oncogenic events regulate tissue factor expression in colorectal cancer cells:implications for tumor progression and angiogenesis. Blood 2005 105:1734-1741

Usando culturas de células tumorais colorrectais, os autores descobriram que aatividade do FT se correlaciona positivamente com transformações oncogénicas(ativação do k-ras e inactivação p53)

Os níveis plasmáticos de FT correlacionam-se diretamente com o volume tumoral e comoncogenicidade aumentada do mesmo volume tumoral.

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ü Plaquetas

As plaquetas promovem a síntese de COX-2 nos monócitos à inibição da apoptose efenótipo mais invasivo.

As prostaglandinas (produtos da COX2 e mediadores da inflamação) podem suprimir aimunidade do hospedeiro contra os tumores.

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ü Hipoxia tumoral

Denko NC, Giaccia AJ. Tumor hypoxia, the physiological link between Trousseau's syndrome (carcinoma-induced coagulopathy) andmetastasis. Cancer Res. 2001 Feb 1;61(3):795-8.

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A expressão aumentada do oncogene MET catalisada pela hipoxia leva àactivação da coagulação, mas também ao crescimento e disseminação tumoral.

Boccaccio C, Comoglio PM. Invasive growth: a MET-driven genetic programme for cancer and stem cells. Nat Rev Cancer 2006 Aug;6(8):637-45.

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A ativação persistente da coagulação é a consequência de umamalignidade oculta?

Hipercoagulabilidade surgindo de outras causas “acorda” célulastumorais dormentes no hospedeiro?

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Etiologia

Qualquer tipo de cancro pode ser diagnosticado após um TEV

Adenocarcinomas são muito frequentes

cólonpulmãopâncreasováriopróstata

também fígado, cérebro, rim, mama, útero

Leucemia Linfoma não hodgkin

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Na meta-análise de Iodice et al. (2008), o risco de cancro após TEV foi maiorpara os cancros associados a pior prognóstico (ovário, pâncreas e fígado)

Ø Relação entre trombose e disseminação tumoral?

Ø Localização anatómica dos tumores?

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ü O TEV e o cancro têm uma relação de 2 vias

ü TEV é uma complicação comum nos doentes com cancroconhecido

ü Pode ser a primeira manifestação de cancro oculto quando precede odiagnóstico de um cancro previamente não conhecido e não diagnosticado porexames de rotina altura do evento tromboembólico.

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ü Os fatores responsáveis pelos fenómenos tromboembólicos no cancro sobrepõem-se aos mecanismos responsáveis pela angiogénese e metastização

ü Cancro oculto é diagnosticado em 5-10% dos doentes após um TEV, sendo aprevalência maior

no TEV idiopático

nos primeiros 6 meses a 1 ano após o evento

Relação causal/biológica entre cancro e

trombose

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Quão exaustiva deve ser a busca por um cancro oculto num doente comum TEV inexplicado?

Implicações

terapêuticas

prognósticas

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Bibliografia

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