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CARGA TRIBUTÁRIA

PARA AS EMPRESAS NÃO

OPTANTES PELO

SIMPLES NACIONAL

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A série SAIBA MAIS esclarece as dúvidas mais frequentes dos empresários atendidos pelo SEBRAE nas mais diversas áreas: organização empresarial, finanças, marketing, produção, informática, jurídica, comércio exterior.

DÚVIDAS OU SUGESTÕES, CONSULTE O SEBRAE 0800 570 0800

GE

/37.

2005

1ª E

DI.

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IMP.

1º8

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Conselho Deliberativo

Presidente: Abram Szajman (FECOMERCIO)ACSP Associação Comercial de São PauloANPEI Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas InovadorasBanco Nossa Caixa S. A.FAESP Federação da Agricultura do Estado de São PauloFIESP Federação das Indústrias do Estado de São PauloFECOMERCIO Federação do Comércio do Estado de São PauloParqTec Fundação Parque Alta Tecnologia de São CarlosIPT Instituto de Pesquisas TecnológicasSecretaria de Estado de DesenvolvimentoSEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas EmpresasSINDIBANCOS Sindicato dos Bancos do Estado de São PauloCEF Superintendência Estadual da Caixa Econômica FederalBB Superintendência Estadual do Banco do Brasil

Diretor - Superintendente

Ricardo Luiz Tortorella

Diretores Operacionais

José Milton Dallari SoaresPaulo Eduardo Stabile de Arruda

Projeto e desenvolvimento - SEBRAE-SP

Autor Bóris Hermanson

Diagramação e ilustrações Ceolin e Lima Serviços Ltda. / Antonio Eder

Impressão -

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CARGA TRIBUTÁRIA PARA AS EMPRESAS NÃO

OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL

A seguir segue a relação de tributos e contribuições federais, estaduais e municipais, incidentes sobre as empresas em geral. Vale observar que alguns tributos, tais como o ICMS e o ISS, incidirão apenas nas atividades de vendas de produtos (ICMS) e sobre a prestação de serviços (ISS). Vejamos então, de forma mais detalhada, quais são estes tributos e contribuições:

A) - Tributos federais:

a.1 - Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ:

Este imposto, conhecido tecnicamente como Imposto sobre Rendas e Proventos de Qualquer Natureza, cobrado pela União através da Secretaria da Receita Federal, tem como fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido), a aquisição da disponibilidade econômica de renda (produto do capital e/ou trabalho além de outros proventos que venham aumentar o patrimônio da pessoa jurídica). Ele poderá ser calculado e recolhido através de umas das modalidades abaixo:a) Lucro Presumido; ou,b) Lucro Real.

a) O Imposto de Renda calculado pelo Lucro Presumido terá seu recolhi-

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mento realizado trimestralmente. Ele será calculado aplicando-se sobre a Receita Bruta do Trimestre (Base de Cálculo) um dos seguintes percentuais (alíquota):

– de 8% (atividade comer-cial, industrial, transporte de cargas e serviços hos-pitalares);

– de 1,6% (revenda para consumo de combus-tíveis);

– de 16% (prestação de serviços em geral, com faturamento anual até R$ 120.000,00);

– de 32% (prestação de serviços em geral com faturamento anual su-perior a R$ 120.000,00, ou prestação de serviços regulamentados, intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza, qualquer que seja o faturamento da empresa);

Sobre o valor resultante da aplicação das alíquotas acima mencionadas sobre a Receita Bruta, serão somadas todas as demais receitas auferidas pela empresa no trimestre, como receitas de aplicação financeira, ganhos de capital, etc. Sobre o total assim apurado, será aplicada a alíquota do imposto de renda que é de 15%. Seu recolhimento deverá ser realizado no último dia útil do mês subsequente ao fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido). Conforme definido no art. 279 do RIR, Receita Bruta é o total das receitas auferidas pela empresa na comercialização de seus produtos ou na prestação de serviços e pelo resultado auferido nas operações de conta alheia, como comissões auferidas na venda de bens ou serviços por conta de terceiros. Mas inclui-se na base de cálculo do imposto, as receitas com aplicações financeiras, ganhos de capital variação monetária ativa, receitas de aluguel.

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b) O Imposto de Renda calculado pelo Lucro Real também terá recolhimento trimestral. Neste caso ele será calculado aplicando-se diretamente o per-centual (alíquota) de 15% sobre o Lucro apurado no Trimestre (Base de Cálculo). Seu recolhimento se dará no último dia útil do mês subsequente ao fato gerador. Conforme art. 248 do RIR, lucro líquido é a somatória do lucro operacional do período mais as receitas não operacionais. Lucro Operacional é calculado, deduzindo-se da receita bruta, os impostos incidentes sobre as vendas e os custos dos bens e serviços vendidos.

A opção pelo Lucro Real ou Lucro Presumido, exceto nos casos abaixo descritos, deverá ser decidida pela própria empresa. Uma vez feita a opção por um sistema, este poderá ser alterado somente no próximo exercício.

Segue abaixo a relação de empresas cuja lei obriga a optar pelo lucro real:• empresa cuja receita total, no ano

calendário anterior, seja superior a R$ 24.000.000,00;

• instituições financeiras e as entidades a elas equiparadas;

• empresas e instituições que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

• empresas e instituições que gozem benefícios fiscais de isenção ou re-tenção do imposto de renda;

• empresas que, no decorrer do ano calendário, tenha suspendido ou reduzido o pagamento de imposto, através de elaboração de balancetes mensais de suspensão de imposto;

• empresas de factoring.

Existem alguns fatores de ordem práticas que deverão ser observados pelos empresários e seus Contabilistas no momento de se optar por uma ou outra modalidade. Vejamos alguns deles:

a) a empresa optante pelo lucro presumido não poderá deduzir nenhuma despesa e não terá nenhum tipo de incentivo, sendo o imposto calculado

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sobre o total das receitas auferidas no trimestre independentemente de prejuízo (vale dizer que não existe forma de se compensar o prejuízo acu-mulado no exercício), sendo este sistema relativamente mais simples do que a apuração pelo lucro real;

b) a empresa optante pelo lucro real, trimestral ou por estimativa mensal, poderão, eventualmente, beneficiarem-se de incentivos fiscais, visto que tal regime permite deduções sobre o imposto a pagar ou deduções como despesas operacionais, antes da apuração do lucro líquido do exercício;

c) se a opção for pelo lucro real trimestral, uma vez apurado o lucro o imposto é definitivamente pago. Se for apurado prejuízo, não há imposto a pagar. Nele não existe a possibilidade de compensação com os trimestres seguintes (se a empresa apresentou mais prejuízos do que lucro, ela eventual poderá ter recolhido imposto de renda em algum trimestre);

d) caso a empresa opte pela tributação pelo Lucro Real Estimativa Mensal, o imposto será calculado da mesma forma do lucro presumido, podendo tal empresa elaborar balancetes mensais que comprovem prejuízos (assim não haverá recolhimento do tributo).

e) Caso a Base de Cálculo do IRPJ ultrapasse o limite de R$ 20.000,00, deverá ser aplicada sobre o valor excedente a alíquota de 10%. Este acréscimo no imposto devido é chamado de ADICIONAL DO IRPJ. No caso do IRPJ apurado trimestralmente, calcula-se o limite trimestral de R$ 60.000,00 (3 x R$ 20.000,00). Nos casos em que a apuração é mensal, calcula-se o ADICIONAL sobre o limite de R$ 20.000,00.

a.2 - Contribuição Social sobre o Lucro - CSL:

A Contribuição Social sobre o Lucro, espécie de tributo instituído pela União e administrado pela Secretaria da Receita Federal, cuja finalidade é o financiamento da seguridade social, será calculada conforme a opção que o contribuinte (empresa) tiver realizado em relação ao recolhi-mento do Imposto de Renda.

Sua Base de Cálculo será o valor do resultado do exercício, antes da provisão para o imposto de renda.

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Assim sendo, teremos duas hipóteses distintas:a) Lucro Presumido – Recolhimento Trimestral. Será calculada aplicando-se

sobre a Receita Bruta do Trimestre um percentual (alíquota) de 12% para empresas em geral e de 32% para prestadora de serviços. Sobre o valor en-contrado na operação mencionada, serão somadas todas as demais receitas auferidas no trimestre pela empresa, como receitas de aplicações financeiras, ganhos de capital, etc. e sobre este total apurado será aplicada a alíquota de 9,00%. Deverá ser recolhida no último dia útil do mês subsequente ao fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido).

b) Lucro Real – Recolhimento Trimestral. Será calculada aplicando-se dire-tamente o percentual de 9% (alíquota) sobre o Lucro Líquido apurado no Trimestre. Deverá ser recolhida no último dia útil do mês subsequente ao fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido).

OBS.: O pagamento mensal do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro é efetuado pelas empresas optantes pelo Lucro Real Estimado.

a.3 – Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP:

Esta contribuição é uma espécie de tributo instituído pela União e administrado pela Sec-retaria da Receita Federal, tendo por finalidade o financiamento de programas voltados aos trabalhadores. Sua Base de Cálculo é o fatura-mento (Receita Bruta) da pessoa jurídica. Esta contribuição será calculada, aplicando-se sobre a Receita Bruta Mensal, o percentual (alíquota) de 0,65%. O recolhimento é mensal e deverá ser realizado até o dia 15 do mês seguinte ao fato gerador.

No caso de produtos tais como cigarro, de-rivados de petróleo, veículos, medicamentos, perfumes, cosméticos e similares ocorrerá a substituição tributária, ou seja, a responsabilidade pelo recolhimento do PIS/PASEP será dos fabricantes e/ou importadores, conforme alíquotas defini-das pelo governo federal.

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No caso da opção da empresa ser pelo Lucro Real a alíquota será 1,65%, sendo tal alíquota compensada com o imposto incidente sobre a aquisição de mercadorias que forem tributadas.

a.4 – Contribuição (Social sobre o Faturamento) para Financiamento da Seguridade Social - COFINS:

Tributo instituído também pela União, cuja Base de Cálculo é o faturamento (Receita Bruta) da pessoa jurídica, sendo administrado pela Secretaria da Re-ceita Federal, calculado, aplicando-se sobre a Receita Bruta Mensal, o percentual de 3%. O recolhimento é mensal e deverá ser realizado até o dia 15 do mês seguinte ao fato gerador.

No caso de produtos tais como cigarro, derivados de petróleo, veículos, medicamentos, perfumes, cosméticos e similares ocorrerá a substituição tributária, ou seja, a responsabilidade pelo recolhimento do COFINS será dos fabricantes e/ou importadores, conforme alíquotas definidas pelo governo federal.

No caso da opção da empresa ser pelo Lucro Real a alíquota será de 7,6%, sendo tal alíquota compensada com o imposto incidente sobre a aquisição de mercadorias que forem tributadas.

a.5 – Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica – INSS EMPRESA:

A contribuição mensal ao INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social, realizada pela empresa é composta da seguinte forma:• 20% sobre o valor da remuneração dos sócios;

• 20% sobre folha de pagamento para INSS;

• 5,8% sobre folha de pagamento destinado ao INCRA, Sistema S e Salário Educação);

• 1 a 3% sobre folha de pagamento destinado ao SAT – seguro de acidentes do trabalho, conforme o grau de risco da atividade da empresa;

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• 15% sobre o valor bruto da Nota Fiscal relativa à prestação de serviços presta-dos através de cooperativas de trabalho.

E dos valores retidos dos funcionários, conforme tabela divulgada pelo INSS.

Observação: Sobre a remuneração mensal do empregado, o empregador deverá recolher a alíquota de 08% a titulo de FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Tais valores serão depositados em conta vinculada na Caixa Econômica Federal. No caso de demissão imotivada do empregado por parte do empregador, deverá o empregador ainda depositar uma multa no percentual de 50% sobre o saldo da conta vinculada, sendo 40% destinado ao empregado e os 10% restantes para os cofres da união, conforme os termos do artigo 1º da Lei Complementar 110/01.

a.6 - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI:

O Imposto sobre Produtos Industrializados é um imposto incidente sobre produtos industrializados, gravando sua etapa inicial, ou seja, sua industrialização.

O estabelecimento industrial ou equiparado é o responsável pelo recolhimento do IPI, cabendo ao consumidor suporta-lo. Ou seja, sobre o valor da mercadoria é acrescido o valor do IPI, que será suportado pelo comprador do produto industrializado e recolhido pelo estabelecimento industrial ou equiparado.

O fato gerador do IPI é o desembaraço aduaneiro de produto estrangeiro e a saída de produto industri-alizados de estabelecimento industrial, ou equiparado.

As alíquotas do IPI são estabelecidas na TIPI - Tabela de Incidên-cia do IPI.

A industrialização de um produto engloba a transformação da natureza de um produto e/ou matéria prima, seu beneficiamento, sua montagem, seu acondicionamento, ou mesmo seu recondicionamento.

O IPI é um imposto não cumulativo, cabendo assim o aproveitamento do crédito do imposto anteriormente pago na aquisição dos seus insumos (matéria prima, produtos intermediários e material de embalagem efetivamente empr-egados no produto objeto da industrialização), com o imposto devido.

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a.7- Outros Tributos Federais:

Além do tributos acima, temos também o Imposto sobre Importação - II; o Imposto sobre Exportação - IE, o Imposto Territorial Rural - ITR; O Imposto sobre Operações Financeiras - IOF.

B) - Tributos estaduais:

b.1 - ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços:

O ICMS é um imposto de competência Estadual. Ele incide sobre a circulação de mercadorias, prestações de serviços de transporte interestadual, intermu-nicipal, de comunicações, de energia elétrica, sobre a entrada de mercadorias importadas e sobre serviços prestados no exterior.

O fato gerador é a saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte, fornecimento de refeições, prestação de serviços de transporte, entre outros.

Cada Estado da Federação tem liberdade para adotar regras próprias relativas à cobrança desse imposto, respeitados os requisitos mínimos fixados na Constituição Federal e pelo Código Tributário Nacional.

O ICMS, na prática, corresponde à aplicação de uma alíquota determinada, variável de acordo com o tipo de produto comercializado ou serviço prestados. Esta alíquota incidirá sobre o valor da operação de saída do produto ou sobre a prestação do referido (ele passa a ser devido no momento da emissão da Nota Fiscal ou do Cupom Fiscal). Esta alíquota pode ser de até 25% (a alíquota média aplicada no Estado de São Paulo é de 18%).

O cálculo desse imposto é feito “por dentro”, ou seja, ele está embutido no valor da operação que consta na nota fiscal, integrando sua própria base de cálculo.

No Estado de São Paulo as alíquotas são:Operações internas ou iniciadas no exterior: - 18% - a partir de

janeiro/2001;

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Operações interestaduais com saídas para os Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e também Espirito Santo: 7%;

Operações interestaduais com saídas para os Estados das Regiões Sul e Sudeste: 12%.

O ICMS é um imposto não cumulativo, cabendo assim o aproveitamento do crédito do imposto anteriormente pago na aquisição de mercadorias com o imposto devido.

Se o recolhimento do ICMS for postergado, ou seja, transferido, por disposição legal, para um contribuinte situado num elo posterior ao processo de comercialização de um produto, teremos a figura do DEFERIMENTO.

Caso o recolhimento do ICMS de vários ou de todos os elos de comercialização de uma mercadoria forem antecipados, por disposição legal, para um contribuinte que ocupa o elo inicial nesta cadeia (fabricante, por exemplo), então teremos a figura da SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

Substituição tributária é um sistema pelo o qual o ICMS devido durante todas as etapas de comercialização de um determinado produto são transferidas e agr-egadas em uma única etapa, ou seja, um único contribuinte torna-se responsável pelo recolhimento do ICMS que irá incidir sobre o referido produto em todo o seu processo de comercialização.

Exemplo:As bebidas (refrigerantes, cerveja, chope, água e gelo) terão o recolhimento do

ICMS realizado de forma antecipada pelo próprio fabricante ou pelo distribuidor dos referidos produtos. Caso o valor de venda desse tipo de produtos for superior àquele sugerido pelo fabricante ou então superior ao valor pactuado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, no caso específico do Estado de São Paulo, tal diferença deverá ser tributada, conforme as regras contidas nas Portarias CAT 17/99 e 63/99, editadas pela própria Secretaria da Fazenda do Estado. Estas Por-tarias disciplinam também os casos em que houver restituição do imposto retido, ou seja, aqueles casos em que o valor de venda dos citados produtos se der por preço inferior àquele sugerido pelo fabricante ou então inferior ao valor pactuado pelo Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

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b.2- Outros Tributos Estaduais:

Além dos tributos acima, temos também o Im-posto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos - ITBI; o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA.

C) - Tributos municipais:

c.1 - Imposto Sobre Serviços - ISS:

O Imposto sobre Serviços de qualquer na-tureza é um imposto municipal incidente sobre prestação de serviços, conforme os termos da Lei Complementar no. 116, de 31/07/03, onde estão relacionados 233 tipos de serviços que podem ser tributados.

O Fato Gerador desse imposto é a prestação de serviços por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, conforme anexo com 233 serviços previsto na L.C. 116 de 31/07/03. O que não fizer parte do anexo é tributado pelo exclusivamente pelo ICMS, caso tal prestação de serviços for acompanhada por fornecimento de mercadorias.

A Base de Cálculo do ISS é o preço de serviço. Se o serviço for prestado mediante trabalho pes-soal ou então por empresa uniprofissional, o imposto será calculado por meio de uma taxa fixa anual.

Caso contrário, será aplicada uma alíquota variável, incidente sobre o fatura-mento dos serviços, cujos percentuais variam de 02 a 05%.

O contribuinte é o prestador de serviços. Entretanto, muitas prefeituras tem estabelecidos em Lei Municipais que o tomador dos serviços deve efetuar o recolhimento através da retenção na fonte.

O local da prestação do serviço é o do estabelecimento do prestador do serviços, ou, no caso da construção civil, o do local da obra. Entretanto, tem sido

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adotado com grande freqüência a tributação pela alíquota fixada pelo município onde o serviço está sendo prestado, de forma a tentar combater a guerra fiscal entre municípios.

c.2- Outros Tributos Municipais:

Além dos tributos acima, temos também o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU; o Imposto sobre Transmissão Inter Vivos, a Qualquer Título, por ato oneroso, de Bens Imóveis, por Natureza ou Acessão Física, e de Direitos Reais sobre Imóveis, Exceto os de Garan-tia, Bem como Cessão de Direitos e sua Aquisição - ITIV.