Ano Rotário 2013/2014Edição 09 | Março de 2014
Carta Mensal
Companheiros,
Março é o mês dedicado à alfabetização pelo Rotary.
E Rotary considera a Educação e a Alfabetização como uma de
suas áreas de enfoque.
O Rotary apoia treinamentos e práticas para a melhoria da
educação para todas as crianças, mas também a de alfabetização de
jovens e adultos.
O Propósito e as metas da Fundação Rotária são de capacitar os
rotarianos a fazerem com que as pessoas tenham acesso contínuo (ao
fortalecer a capacidade das comunidades) à educação básica e alfabeti-
zação; Aumentar as taxas de alfabetização entre adultos; Reduzir a
disparidade entre os sexos no acesso à educação; Apoiar estudos ligados
à educação básica e alfabetização. (Para saber mais acesse áreas de
enfoque em www.rotary.org/pt.)
Será que nossos clubes estão trabalhando nessa área de
enfoque? Como estamos apoiando as escolas de nossas comunidades?
Temos levantado os problemas e buscado soluções junto às autoridades
e comunidade, para sanar ou minorar esses problemas?
Temos observado em pesquisas recentes a necessidade premente de nos
engajarmos nesse problema.
A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já
que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas
com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas
pelas instituições sociais. Assim, a alfabetização é um fator propulsor
do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da socieda-
Palavra do Governador
Distrito 4560
Clubes em Ação Pág. 05
Fotos e ações de clubes no Distrito
Célia Giay Pág. 03
Dinheiro não é o mais importante
Dólar RotárioAbril/2014
R$ 2,40
de como um todo.
A incapacidade de ler e escrever é denominada analfabetismo,
enquanto que a incapacidade de interpretar textos simples é chamada
analfabetismo funcional ou semianalfabetismo.
Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) aponta que entre 150 países, o
Brasil aparece em 8° lugar com maior número de analfabetos adultos.
De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de
analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi estimada em 8,7%, o
que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.
Em todo o mundo, segundo o 11° Relatório de Monitoramento
Global de Educação para Todos, da UNESCO, há 774 milhões de adultos
que não sabem ler nem escrever, dos quais 64% são mulheres. Além
disso, 72% deles estão em dez países, como o Brasil. A Índia lidera a lista,
seguida por China e Paquistão.
O estudo também mapeou os principais desafios da educação no
planeta. A crise na aprendizagem não é só no Brasil, mas global. Para a
UNESCO, o problema está relacionado com a má qualidade da educação
e a falta de atrativos nas aulas além do treinamento inadequado
fornecido aos professores.
No Brasil, por exemplo, atualmente menos de 10% dos
professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo
federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Entre os
países analisados, apenas um terço deles tem menos de 75% dos
educadores do ensino primário treinados.
No Fórum Mundial de Educação realizado em 2000, 164 países
(entre eles, o Brasil), 35 instituições internacionais e 127 organizações
não governamentais (ONG) adotaram o Marco de Ação de Dacar, em que
se comprometem a dedicar os recursos e esforços necessários para
melhorar a educação até 2015.
Na ocasião, foram traçados seis objetivos: os países devem
expandir os cuidados na primeira infância e na educação; universalizar
o ensino primário; promover as competências de aprendizagem e de
vida para jovens e adultos; reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a
paridade e igualdade de gênero; e melhorar a qualidade da educação.
Segundo o relatório da UNESCO, esse compromisso não deve
ser atingido globalmente, apesar de alguns países terem apresentado
avanços nos últimos anos.
No Brasil o analfabetismo médio por regiões é: Sul - 4,74%;
Sudeste – 5,11; Centro -Oeste – 6,64; Norte – 10,60 e Nordeste – 17,65.
Isso companheiros, demonstra de maneira indelével, que
devemos o mais breve possível colocar a Educação como meta para os
anos rotários vindouros, com ações duradouras nos projetos desenvol-
vidos na comunidade.
Abraços a todos,
Virgilio Augusto Resende Bandeira
Governador 2013-14
Março, mês da alfabetização
EXPEDIENTE
Carta Mensal | Distrito 4560 | Março de 201402
Palavra do PresidenteRon D. Burton
Nascido e criado aqui nos Estados Unidos, no Estado de
Oklahoma, eu achava que todo mundo era como eu e sabia ler.
Na minha escola, não apenas tínhamos que estar lendo bem
aos sete ou oito anos de idade, como os professores nos faziam
ler com o livro virado de cabeça para baixo. Cada um de nós
tinha sua vez de ler em voz alta para toda a sala, e não era nada fácil ler algo de
ponta cabeça e mostrar os desenhos nos livros. Mas depois de tanto ler desta forma,
chegou um momento em que não importava mais a forma como segurávamos o
livro.
Naquela época eu não dava importância a esta habilidade que desenvolvi
na escola, até que alguns meses atrás, durante uma visita a um projeto rotário no
Estado do Alabama, me pediram para ler um livro para uma turma de 30 alunos
com idade média de seis anos. Eu me sentei e comecei a ler com o livro de ponta
cabeça.
Eu repeti a rotina exatamente como fazia quando tinha a idade daquelas
crianças. Mas como adulto, especialmente com a mente de rotariano, passei a ver
isto de uma forma diferente. Eu estava lendo para um grupo de crianças de uma
escola, onde os rotarianos vinham semanalmente ler para aquelas crianças que
precisavam de reforço na leitura. Não havia nenhuma dúvida de que todos ali
naquela sala aprenderiam a ler e escrever bem. Mas, certamente, aqueles alunos
não entendiam a dádiva de estar na escola, de contar com adultos que liam para
eles, mesmo que fosse para mostrar as imagens de um livro virado de ponta cabeça.
Infelizmente, esta não é a realidade de todo o mundo. Milhões de crianças
não têm a mesma sorte. É por isso que fizemos da educação básica e alfabetização
uma área de enfoque do Rotary. Conforme celebramos o Mês da Alfabetização no
Rotary, lembremo-nos de que estamos dando um presente muito valioso às
crianças quando contribuímos para que elas aprendam a ler e escrever, estejam
elas perto de nós ou em um país distante.
Caras Associadas das Casas da
Amizade do Distrito 4560,
É muito bom poder me dirigir a
vocês novamente, neste que é o mês da
ênfase à Alfabetização em Rotary
International.
As Casas da Amizade muito tem
feito para ajudar jovens e adultos a
poderem ler, escrever, e principalmente
entender o que está sendo lido. São
várias iniciativas neste sentido e que tem o apoio e respeito de toda a Família Rotária.
Quero conclamá-las a continuar e ampliar esta importante ferramenta da
cidadania, pois um povo educado sabe distinguir melhor suas opções de escolha e se
torna um povo mais feliz. E todas queremos que o nosso povo seja cada dia mais feliz,
não é verdade?
Quero aqui agradecer a todos os trabalhos que estão sendo realizados, todas as
Companheiras que estão enviando os relatórios, os projetos dentro das Áreas de Enfoque
e dizer que estamos desde já selecionando os Projetos ganhadores das Premiações na
Conferência Distrital "O Rotary Transformando Vidas", que se realizará de 15 a 18 de maio
de 2014, no Hotel Guanabara, na cidade de São Lourenço.
As inscrições estão sendo feitas pelo site da Governadoria, www.ro-
tary4560.org.br/conferencia2014 bem como as reservas de hotéis.
Obrigada mais uma vez pelo carinho e dedicação de cada uma,
Aguardo vocês, com um abraço bem apertado.
Adriane Coutinho Barbosa Bandeira
Coordenadora Distrital das ASR
Mensagem da Coordenadora
PAULO ROBERTO RAMOS (RC Divinópolis Leste)
ÂNGELO ANTÔNIO DE FREITAS (RC de Itaúna Cid. Educ.)
03Carta Mensal | Distrito 4560 | Março de 2014
Coluna da Dir. Reg. Célia GiayDinheiro não é o mais importante
É verdade que há quem já tenha fornecido milhões
para boas causas. Que bom que essas pessoas existem,
porque elas são indispensáveis. Mas há muitas outras que
não podem doar tanto financeiramente, mas engrande-
cem suas causas ao contribuírem com sua personalidade,
como Mahatma Gandhi, Madre Teresa ou Nelson
Mandela.
Acredito ser necessário criar no Rotary um equilí-
brio entre os bens materiais e os bens espirituais. Uma
pessoa é tão valiosa pelo que faz quanto pelo que doa.
Porque fazer requer um enorme compromisso e
uma vocação que nem todos têm. Os anos se passam e
acho difícil entender por que temos tantos rotarianos
apáticos em nossos clubes. A apatia é o nosso pior inimigo,
porque nos leva à mediocridade, a não compreender que
cada um pode e deve fazer sua doação, pode e deve contri-
buir para a mudança e o progresso.
Por isso devemos colocar o dinheiro em seu devido
lugar: junto às ferramentas. Devemos ser generosos e
doar o máximo que pudermos de nossos recursos.
Devemos ser realizadores e usar nossos esforços e traba-
lho para concretizar nossos sonhos.
Pelo bem do Rotary e das próximas gerações, é
importante continuarmos a contribuir e a realizar.
“Há pessoas pobres, tão pobres, que dinheiro é a única
coisa que elas têm.” – Armando Fuentes Aguirre “Cato”
“No Rotary, nem tudo é dinheiro” é uma frase que
escuto com frequência. No entanto, é verdade que as
contínuas campanhas de arrecadação de fundos são
muito importantes para cumprirmos nossas ações, e
também é certo que, por vezes, deixamos a árvore desviar
nossa atenção da beleza do bosque. Porque nem tudo é
dinheiro.
Para nós, dinheiro é meio, é ferramenta, instru-
mento que, apesar de útil, não serve para medir a qualida-
de de um indivíduo, nem para analisar o serviço ofereci-
do. Não se avalia uma pessoa pelo que ela tem ou fornece,
mas sim por seu valor como ser humano. Contamos com
muitos rotarianos economicamente prósperos, entretan-
to o valor deles está muito mais no que são do que em suas
posses – e isso é realmente notável.
Ser rotariano nos oferece muitas oportunidades
para sermos úteis, para oferecermos nosso tempo a
tarefas que favorecem os mais necessitados, para servir-
mos por meio de nosso trabalho e praticarmos princípios
e valores dessa organização que é nosso núcleo, e para
contribuirmos com recursos. Como disse Paulo Coelho:
“Somente recebemos mais do que doamos, quando
doamos mais do que recebemos”.
Rua João Modesto, 151 - Centro
Lavras/MG - Fone: (35)3821-8088
Carta Mensal | Distrito 4560 | Março de 201404
Clubes em Ação
Estão acontecendo as terças feiras reuniões de instrução
rotária na cidade de Nepomuceno com o intuito de abrirmos
mais um Rotary Club. Que seja bem vindo nosso caçula!
O Rotary de Divinópolis Leste recebeu ontem em sua reunião ordiná-
ria mais os dois clubes co-irmãos: Rotary Club Divinópolis e Rotary
Divinópolis Oeste. Foi muito importante esta reunião onde a Médica
Acupulturista Marília falou para todos os presentes à reunião, sobre
está técnica milenar Chinesa. Após os companheiros saborearam
uma deliciosa costela na brasa
O Rotaract Club Elói Mendes realizou no dia 22 de março, o Projeto Não Foi
Acidente. Que simulou um acidente de trânsito no centro da cidade. Os
motoristas receberam panfletos e adesivos que orientavam pela boa
conduta e prudência ao volante.
Rotary Club Lavras Sul Rotary Club Lavras Sul Rotary Club Lavras Sul Rotary Club Lavras Sul Rotary Club P. Alegre das Geraes Rotary Club Alfenas
Rotary Club AlfenasRotary ItaúnaRotary ItaúnaRotary ItaúnaRotary ItaúnaRotary Itaúna
Carta Mensal | Distrito 4560 | Março de 2014 05
GOVERNADOR VIRGÍLIO E COORDENADORA ADRIANERECEBEM O PRÊMIO DO MÉRITO ROTARACTIANO 2013-14
ATLETAS DO PROJETO GALPÃO APOIADO PELOR.C. LAVRAS SUL SÃO DESTAQUE EM MINAS GERAIS
O Projeto Galpão Cidadão - Karate, da Fundação Padre apoiado desde seu início pelo Rotary Club de
Lavras-Sul classificou-se em 16º lugar no Ranking de Karate Oficial 2013 da Federação Mineira de Karate.
No sul e sudoeste mineiro, com abrangência de 300 cidades, Lavras está entre as 22 cidades que
conquistaram Medalhas.
Parabenizamos os jovens atletas e o Cordenador Prof . Oeven Evangelista - Faixa Preta 3º Dan,
pelos venturosos resultados em tão pouco tempo de treinamento. Temos plena certeza de que melhores
classificações obteremos no futuro. Abraços a todos.
No último dia 15 de Março, o Governador
Virgílio e sua Esposa Adriane foram agraciados com
o Prêmio do Mérito Rotaractiano 2013-14. premiação
criada pelo Rotaract Elói Mendes, para homenagear
aqueles que mais trabalharam pelos objetivos do
Rotaract no âmbito rotário e na comunidade.
Os premiados, escolhidos anualmente pelo
clube são observados em suas ações quando
alinhadas com a missão do Rotaract Club Elói
Mendes que é:
Desenvolver jovens líderes através da prestação
de serviços humanitários, da promoção de
padrões éticos, da boa vontade e da coletividade,
garantindo oportunidades de ação diante das
necessidades comunitárias e mundiais.
O Prêmio faz parte das comemorações da
Semana Mundial do Rotaract, celebrada sempre na
semana de 13 de Março e foi celebrado com um
jantar festivo organizado pelo Rotaract Elói
Mendes.
Carta Mensal | Distrito 4560 | Março de 201406
Realizar grandes projetos é o sonho e o desejo da
maioria dos membro da família rotária, mais isso acaba
sendo esquecido devido aos mitos de que isso é
praticamente impossível. É preciso acreditar que realizar
projetos não é nenhum bicho de sete cabeças.
Conheça os mitos e as desculpas que estão
impedindo seu clube de trabalhar grande e veja como
superá-los:
1) Ter uma grande ideia
Não se deixe acreditar que o mais difícil para
começar um grande negócio é ter uma grande ideia. Ter
ideias na verdade é a parte mais fácil do projeto. O que é
preciso, é identificar a viabilidade de suas ideias. Não
importa se sua ideia não seja grandiosa desde que ela seja
executável e você possa adicionar inovação a ela. Pense
dessa forma ao escolher o campo de atuação do seu novo
projeto!
2) Sua vida corrida não deixa você ter tempo para os
projetos
Realizar grandes projeto não significa que você
precisa exigir muito de sua vida pessoal. Para isso podemos
aplicar a regra de que muito é pouso, e o pouco é muito.
Aqueles 10min no final do seu expediente, ou antesde
dormir podem ser empregados a cuidar de suas ideias de e
seu projeto.
3) Você precisa ser especialista nessa área
Para realizar um projeto você não precisa ser
especialista na área dele. Aliás está aí uma grande
oportunidade de ampliar seus conhecimentos e se tornar
uma pessoa melhor. Se você trabalha com área fiscal,
contas, números, pode descobrir um prazer inexplicável ao
trabalhar com crianças em um bairro pobre. É claro que
você terá mais facilidade pra elaborar projetos que tenham
a ver com sua área, mas acredite, ampliar seus
conhecimentos conhecendo outras áreas é “pensar fora da
caixinha” e o caminho para se tornar uma pessoa muito
melhor.
4) O projeto tem grandes chances de falhar
Ninguém será capaz de garantir o sucesso de seu
projeto, mas seu clube pode, sem dúvida, empregar todos os
recursos possíveis para que ele não falhe. Embora fatores
externos sejam muitos e você não pode controla-los, os
fatores internos tem o mesmo peso. Com dedicação e cabeça
aberta a novos conhecimentos as chances de falha são
mínimas. Basta que você esteja disposto a recusar essa
falha.
«Comece fazendo o necessário, depois o que é possível
e de repente, você estará fazendo o impossível.»
São Francisco de Assis
Os mitos que podem estarimpedindo seu clube de fazer
grandes projetos
Carta Mensal | Distrito 4560 | Março de 2014 07
Os seus olhos estão prontos para ver o Rotary em 2020?
PLANEJAMENTO RECEITAS E DESPESASFUNDO DISTRITAL - FEVEREIRO 2014
Não sou o descobridor dos sete mares e não tenho o dom
da profecia, sou rotariano com três décadas de caminho percorrido
e asseguro-vos que não suspeitava do que é a vista da mocidade
tomada da outra margem da vida. Os que envelhecem não
compreendem e reconhecem mais o valor das ilusões que viveram
e os jovens não dão o valor à experiência que ainda não têm.
O Rotary é como o nobre romano, tem a sua vila dividida
em casa de verão e em casa de inverno. Podemos habitar uma ou
outra, conforme o vento soprar. Eu direi somente aos mais novos e
promissores associados, não receiem a concorrência dos mais
veteranos e hão de caminhar e acontecer naturalmente como as
estações do ano.
Aos mais antigos, que representam um estado de espírito,
não há mocidade perpétua, o nosso privilégio está garantido.
Quando se fala da mocidade perpétua de um rotariano, não se quer
dizer que não envelheceu, mas a essência do Rotary que ele
recolheu e exprime, continua a ser verdadeira. Não é que o
rotariano e o seu conhecimento sejam guardados por trás das
mesas diretoras, é que a humanidade, sempre jovem, se reconhece
sob os traços das novas gerações e vê o antigo associado com o
mesmo prazer, talvez até maior do que em sua imagem atual.
Nesta passagem, vale um aviso, às vezes não são as
gerações somente que envelhecem, sente-se também envelhecer a
humanidade, a manhã torna-se então incrivelmente curta, como
nos trópicos, e o perfume da mocidade cada vez mais inapreensível
ao calor do sol que levanta. Nos novos tempos que iremos
enfrentar, a continuidade do rotarismo será o legado vivo dos
companheiros e companheiras que escrevem o Rotary nas páginas
da história; mas o futuro do Rotary será escrito lá fora.
As novas gerações precisam do pensamento e da ação dos
espíritos rotários que estendem os olhos para todos os lados, uma
visão igual do rotariano de ação, igual a todos e sendo discípulo dos
novos sem ser mestre, mas transformando as forças individuais
em coletivas, na ocupação mais honrosa do trabalho pela extensão
do Rotary.
A grandeza e a sublimidade do Rotary estão repelir o
concurso rápido e esterilizante das idéias pequenas. O sonho e a
emoção do nosso fundador Paul Harris, caminham juntos como
um cataclismo por meio dos tempos, infiltrando a mocidade na
primavera ou o inverno do mundo.
No ano de 2020, segundo dados do IPEA/SAE/PR (relatório
de dez/2012), o Brasil terá aproximadamente 50 mil ONGs, que
representarão um orçamento anual de 500 milhões de dólares. O
Rotary em 2020, provavelmente, terá em seus quadros um
associado, o grande intérprete, um grande explicador do mundo do
Rotary, que falará da ilusão inevitável, da perfídia do “riso
inumerável” dos mares como Ésquilo ou como Schiller nas
Palavras da Ilusão, transformando a tragédia poética em realidade
do bem, distinguindo Rotary como uma salvaguarda das misérias
do planeta em tempos de obscuridade. E nisso nós rotarianos
somos muito bons, habituados às grandes viagens e aos grandes
itinerários, desde 1905 como homens do mar, não olhando as
ondas que sulcam, olhando para o céu. É do céu e não das vagas, é
das nuvens e das estrelas que nos vem à orientação para evitar a
perda e chegar ao porto.
As situações de risco das pessoas na próxima década já
fazem parte hoje da vida em várias comunidades, a distância
destas pessoas que recebem a ajuda do Rotary aos nossos olhos é
cada vez menor, muitas ações em curso dos programas e projetos
dos clubes rotários convergem cada vez mais para áreas onde
vivem e trabalham muitos rotarianos, a implantação do Plano
Visão de Futuro da Fundação Rotária elegendo as seis áreas de
enfoque: paz e prevenção/resolução de conflitos; prevenção e
tratamento de doenças; recursos hídricos e saneamento; saúde
materno-infanti l ; educação básica e alfabetização e
desenvolvimento econômico e comunitário, são áreas de atuação
dos rotarianos há décadas, como disse o nosso Presidente do Rotary
International, Sakuji Tanaka, em sua mensagem de dezembro de
2012.
Neste turbilhão de emoções, onde as pessoas não sabem
quem será o último a sair e apagar a luz, somos a presença do
Rotary, o companheiro moldado no dom para sentir todas as forças
vitais de todos os elementos imperceptíveis, carregados de
misterioso fluido que convulsiona a alma, inflama, corrói, clarifica
e turba. O rotariano tem ascendência sobre a misteriosa
conjugação das aflições humanas e as ondas de salvação do
anúncio de um dia seguinte melhor, mais benfazejo, a diástole
ininterrupta da respiração do rotarismo salva vidas.
São os seus olhos de rotariano para o ano de 2020,
carregados e formados na generosidade, são referência de muitos,
como um dos meus melhores amigos. A animação e a alegria
capazes de manter um diálogo altruísta são os olhos de rotariano,
raros e plurais nas qualidades que estarão presentes em 2020 e
continuarão a escrever a história de Rotary no mundo.
* O autor é Antonio Augusto Mena Barreto, associado ao
Rotary Club de Brasília-Sul, DF (distrito 4530).